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1. INTRODUÇÃO
Uma das duas chaves para obter uma boa adesão é a preparação da superfície. A outra
chave é a atração entre o revestimento e o substrato. Sem estas duas propriedades, a
tinta é como uma lona sobre um barco sem cordas para fixá-las – ela voará ao sabor da
brisa.
2. TIPOS DE ADESÃO
Ligações Químicas;
Ligações Polares;
Ligações Mecânicas.
Normalmente, dois tipos destas ligações adesivas dependem tanto do substrato como da
pintura. O substrato pode fornecer tanto adesão mecânica como pontos onde a pintura
pode se ligar quimicamente ou por atração polar. A constituição da tinta fornece as
condições químicas que atraem a superfície sob a mesma.
Indubitavelmente esta é a mais efetiva. Ocorre quando a tinta e a superfície reagem entre
si formando uma verdadeira ligação química. Sob tais condições, a adesão da pintura é
excelente. Uma das ligações químicas mais comuns é aquela do revestimento inorgânico
de zinco de aço. Neste caso existe uma ligação do oxigênio da matriz do silicato do
revestimento inorgânica a um átono de ferro na superfície metálica. A figura ( 1 ) mostra
esta reação como sendo uma ligação química primária.
Figura 1 – ADESÃO QUÍMICA
Esta ligação química também é chamada “ligação de valência primária”, e é possível que
as moléculas epóxi de um revestimento epoxidico possam estar ligadas à superfície
metálica através de grupos hidróxicos do metal, por reação de condensação. Tal possível
reação é mostrada na figura ( 2 ).
Figura 2 – ADESÃO QUÍMICA
Adesão de muitos revestimentos é por ligação polar ou valência secundária. Esse tipo de
ligação é muito mais comum que as reações químicas descritas.
Ligação polar é uma atração de grupos polares nas moléculas da resina, agrupos polares
nos substratos. Um bom exemplo disso foi mostrado durante o desenvolvimento das
resinas vinílicas.
A excelência da aderência dos epóxi pode ter sua origem nos grupos hidroxila e outros
que estão incorporados na sua molécula. Animais e amidas e uretanos possuem grupos
polares. Desaforadamente, ligações polares somente são possíveis quando o
revestimento orgânico e a superfície metálica estão suficientemente perto um do outro
para as ligações serem estabelecidas. Encontramos isto muito bem relatado no
“Corrosion and Preparation of Mettallic Surfaces for Painting”.
(Veremos o quão importante é a limpeza do substrato para que a adesão venha a existir).
“As forças adesivas e coesivas são uma combinação de forças mecânicas e químicas (ou
moleculares); Forças mecânicas resultam do intertravamento das moléculas ou polímeros
com as asperezas da superfície do substrato, partículas de pigmento ou carga, e com as
próprias cadeias de polímero: as forças químicas ou moleculares incluem forças
eletrostáticas, forças Vanderwall e forças iônicas: Estas estão relacionadas com os locais
positivos e negativos que existem sobre todas as superfícies e em todas as moléculas.
Suficientes alinhamentos de locais carregados contrariamente resultam em fortes forças
coesivas e adesivas de atração. Tais forças operam na formação de filme de revestimento
superficiais e afetam o balanço adesão-coesão”.
A figura (4) descreve a ligação de uma pintura a uma superfície jateada com os picos e
vales. As tintas que secam por simples evaporação de solvente sempre fazem a interação
do sistema, independente do intervalo entre demãos.
Múltiplas são as razões das falhas entre demãos de um esquema. Entre as principais
estão:
retenção de solvente;
sujeiras entre demãos;
migração do plastificante;
intervalo entre demãos equivocado;
esquemas mistos incompatíveis.
Por outro lado, quando efetuada decapagem ácida fornece uma superfície metálica limpa
que permite aos locais no aço liso estarem abertos para adesão química e polar. Porém
uma superfície permite aos locais no aço liso estarem abertos para adesão química e
polar. Porém, uma superfície decapada não é rugosa, por isso a área superficial está
reduzida em se comparando a uma jateada, e não há muitos locais disponíveis tanto
quanto haveria numa superfície ao metal branco ou quase branco.
Vários trabalhos foram executados para demonstrar que a performance de uma mesma
tinta está intimamente ligada ao preparo de superfícies. Um dos trabalhos mostra a
aplicação de um sistema vinílico sobre painéis jateados, enferrujados e com carepa de
laminação. Eles foram expostos 9 anos em atmosfera marítima. Como previsto o painel
com adequado preparo apresentou pequena corrosão após 9 anos. O painel enferrujado e
com a carepa mostraram substancial corrosão e desprendimento sob o filme.
Que preparo de superfície é imprescindível para adesão não é uma idéia particularmente
recente. J. C. Hudson do British Iron and Steel Pesearch Association fizeram uma série de
estudos de preparação de superfície. Os quais foram realizados anteriormente ao
desenvolvimento das tintas de alta performance mais altamente resistente. Os resultados
que Hudson obteve indicaram os benefícios contidos por uma superfície limpa. Em um
destes estudos usando duas demãos de zarcão e duas demãos tinta óxido de ferro, a
superfície jateada e pintada apresentou um resultado ao intemperismo cinco vezes maior
do que ao mesmo esquema pintado em painéis escovados após sofrer intemperismo.
Isto demonstra o velho preceito da indústria de tintas, que uma superfície adequadamente
tratada incrementará a vida do esquema, seja baseado em tintas de família das alquídicas
ou as das famílias nobres tais como vinílica, epoxídica, etc.
3.1 Comentário I
Há tintas desenvolvidas para serem aplicadas sobre substratos não muito bem tratados.
Estas tintas de uma tecnologia moderna apresentam, em alguns casos, uma performance
razoável mesmo não havendo tratamento adequado. Mas, estas mesmas tintas
apresentarão uma performance muitíssimo melhor se aplicadas sobre superfícies que
tiveram adequado tratamento.
Se alguma falha da pintura pode ser considerada “boa” a do tipo coesivo é preferível. Isto
pode também ser levado a um ponto sem retorno, ou outras palavras, ao ponto onde a
pintura teria pouca ou nenhuma força coesiva e seria por isso apenas um aglomerado
macio na superfície. O ideal é ter-se uma pintura formulada de tal forma que seja firme e
durável. Porém, quando ocorrer falha, é preferível que ocorra dentro do revestimento
deixando parte do mesmo na superfície, do que haver falhado na interface entre o
substrato e a pintura.
Existe um terceiro tipo de falho onde o substrato é flexível e não possui força coesiva de
modo que o substrato quebra quando a pintura é removida.
Cloro, que nos casos (A e B), não há falha da adesão do revestimento. Por sorte, sobre
superfícies de aço, defeitos deste tipo nunca ocorrem.
Um teste que demonstra estes três tipos de falhas é o “Microtest Adhesion Tester”, onde
um cilindro de metal é preso à superfície do revestimento e então uma tração é aplicada
ao “dollie” metálico até que a pintura seja puxada do substrato. Este teste é uma medida
da adesão da pintura ao substrato. Porém, é normalmente reconhecido que a força da
ligação indica por este teste tanto a de coesão interna quando o revestimento quebra no
seu interior, deixando alguma tinta em ambas as superfícies, a resistência do substrato
onde ele pode quebrar sem romper a força adesiva ou a força de desfolhamento da
pintura quando ela vem completamente livre do substrato.
Existem diversos tipos de adesão relacionados com falhas de pintura, porém, os três
principais tipos são: “undersutting”, empolamento e delaminação entre demãos. Água é o
principal material que causa este tipo de falhas. Tem-se como verdade por muitos anos
que a humidade passará através de um revestimento orgânico a uma velocidade que está
relacionada a sua taxa de transferência de vapor d’água específica. Todas as pinturas
possuem uma e aquelas com a menor taxa serão as últimas a terem dificuldades de
adesão. Qual é o efeito da água na ligação adesiva? (E nosso ponto de vista que o real
entendimento deste fenômeno, sabendo fazer a correlação com os outros fenômenos,
leva ao profissional um maior entendimento ao mundo da tecnologia dos revestimentos
orgânicos). Com uma ligação química onde a pintura está realmente reagida com a
superfície, existe pouco ou nenhum problema da água desprender a tinta. Por outro lado,
onde a força de valência secundária é a principal adesão, água tende a penetrar a pintura.
Se a ligação de valência é fraca, a água tenderá a quebrar a ligação mudando a relação
polar a tinta e empolar. O mesmo tipo de reação ocorre quando há delaminação entre
demãos. Neste caso, onde uma demão está ligada a outra por razão de contaminação da
superfície ou por isolubilidade superficial , a água penetra na interface entre as duas
demãos e desprende qualquer ligação de valência secundária que pudesse haver. Isto
leva a que as duas superfícies se separem.
3.2 Comentários Ii
4. RESUMO
Figura 6
5 OUTRAS PROPRIEDADES
Se fizermos testes com diferentes tintas usando um painel jateado e outro não, em testes
de água seja do mar ou da bica, os resultados obtidos com aço jateado terão uma adesão
sumamente superior após o teste aquelas que não o foram.
Figura 4
Como uma generalização pode dizer que as tintas falham na relação direta na sua adesão
a superfície. As propriedades físicas de um revestimento também influenciam sua
tendência a aderir. Existem duas relações de forcas que possuem influencia sobre isso:
as forcas adesivas e coesivas de uma pintura. A forca adesiva crê que foi razoavelmente
bem estudada. A forca coesiva e a ligação dentro da pintura e em si que mantêm a tinta,
juntam como uma entidade. Para a melhor adesão, a forca adesiva do revestimento deve
ser maior que a forca suficiente no interior do filme, forte, pode ter forca suficiente no
interior do filme de modo de quebrara a ligação adesiva ao substrato e desfolhara da
superfície. Por outro lado, se a forca coesiva e menor que a forca adesiva, então a pintura
quebrara dentro dela mesmo, deixando parte da tinta na superfície e parte removida.
Figura 5