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Sumário
1. Sistema Financeiro Nacional ................................................................................... 10
1.1 Atribuições dos órgãos e agentes reguladores: Conselho Monetário Nacional
(CMN), Banco Central do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários (CVM). ........... 11
1.1.2 Autonomia do Banco Central (Lei complementar n° 179) ................................ 13
1.2 Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ............................................................ 15
1.3 Superintendência Nacional de Seguros Privados (SUSEP) .................................. 16
1.4 Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) ................ 16
1.5 Instituições financeiras: Bancos Múltiplos, Bancos de Investimento,
Distribuidoras e Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários, de Câmbio e de Futuros
.................................................................................................................................... 17
1.6 Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) ............................................................. 21
1.7 Câmaras de Compensação/Liquidação: B3 e SELIC............................................ 22
1.8 Comitê de Política Monetária (COPOM) ............................................................. 24
1.9 Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) ...................... 25
2. Mercado Financeiro e seus desdobramentos.......................................................... 30
2.1 Mercado de Capitais ............................................................................................. 32
2.2 Mercado Monetário ............................................................................................... 34
2.3 Mercado de Crédito .............................................................................................. 35
2.4 Mercado Cambial .................................................................................................. 35
3. Moeda e Política Monetária: políticas monetárias convencionais e não-
convencionais (quantitative easing) ............................................................................ 39
3.1 Políticas Monetárias Convencionais ..................................................................... 42
3.2 Política monetária não-convencional (Quantitative easing) ................................. 45
3.3 Taxa Selic e Operações Compromissadas ............................................................ 46
3.4 Debate sobre depósitos remunerados dos Bancos Comerciais no Banco Central do
Brasil ........................................................................................................................... 49
4. Orçamento Público ................................................................................................... 52
4.1 Títulos do Tesouro Nacional ................................................................................. 53
4.1.1 Títulos Públicos Federais: Letras do Tesouro Nacional (LTN), Letras
Financeiras do Tesouro (LFT) e Notas do Tesouro Nacional (NTN) ......................... 54
4.2 Dívida Pública....................................................................................................... 57
5. Produtos bancários: noções de cartões de crédito e débito, crédito direto ao
consumidor, crédito rural, poupança, capitalização, previdência, consórcio,
investimentos e seguros. ............................................................................................... 63
5.1 Cartões de crédito e débito.................................................................................... 63
5.2 Crédito direto ao consumidor ............................................................................... 65
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1.1 Atribuições dos órgãos e agentes reguladores: Conselho Monetário Nacional (CMN),
Banco Central do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
• Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas, quer
privadas; tendo em vista propiciar, nas diferentes regiões do País, condições
favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional;
• Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com
vistas à maior eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de recursos;
• Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;
• Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida
pública, interna e externa.
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• Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central, por meio dos
quais se estimarão as necessidades globais de moeda e crédito;
• Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a compra e
venda de ouro e quaisquer operações em Direitos Especiais de Saque e em moeda
estrangeira;
• Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em
todas as suas formas, inclusive aceites, avais e prestações de quaisquer garantias
por parte das instituições financeiras;
• Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que exercerem
atividades subordinadas a esta lei, bem como a aplicação das penalidades
previstas;
• Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos, comissões e
qualquer outra forma de remuneração de operações e serviços bancários ou
financeiros,
• Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições financeiras
poderão emprestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas;
• Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas
instituições financeiras;
• Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos o capital mínimo das
instituições financeiras privadas, levando em conta sua natureza, bem como a
localização de suas sedes e agências ou filiais.
• Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de fundos
públicos;
• Baixar normas que regulem as operações de câmbio, inclusive swaps, fixando
limites, taxas, prazos e outras condições
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o funcionar no País;
o instalar ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no
exterior;
o ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas;
o praticar operações de câmbio, crédito real e venda de títulos da dívida
pública federal, estadual ou municipal, ações, Debêntures, letras
hipotecárias e outros títulos de crédito ou mobiliários;
o alterar seus estatutos.
o alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle
acionário.
Parágrafo único. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental, o Banco Central do Brasil
também tem por objetivos zelar pela estabilidade e pela eficiência do sistema financeiro,
suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e fomentar o pleno emprego.
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I - 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de março do primeiro ano
de mandato do Presidente da República;
II - 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de janeiro do segundo ano
de mandato do Presidente da República;
III - 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de janeiro do terceiro ano
de mandato do Presidente da República; e
IV - 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de janeiro do quarto ano
de mandato do Presidente da República.
Esse é um ponto chave da autonomia do Banco Central, uma vez que tira o poder de
o Presidente da República indicar no mesmo ano de seu mandato um novo Presidente
para o Banco Central.
I - a pedido;
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...
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À PREVIC compete:
Os bancos múltiplos são instituições financeiras com licença para fornecer uma
ampla gama de serviços bancários comerciais, operações de câmbio, de investimento,
financiamento ao consumidor e outros serviços, inclusive gerenciamento de fundos e
financiamento de imóveis.
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Para configurar a existência do banco múltiplo, devem-se possuir pelo menos duas
carteiras mencionadas, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de
investimento.
Para tanto, podem, entre outras atividades, descontar títulos, realizar operações de
abertura de crédito simples ou em conta corrente, captar recursos à vista e a prazo fixo,
repassar aos clientes recursos de instituições oficiais e obter recursos externos para
repasse.
Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social
deve constar a expressão “Banco” (Resolução CMN 2.099/1994).
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Muitas das financeiras não ligadas a bancos operam como braço financeiro de grupos
comerciais ou industriais. É o caso, por exemplo, de lojas de departamentos ou
montadoras de automóveis que possuem suas próprias financeiras.
A CEF tem o monopólio de empréstimo com penhor dos bens pessoais e integra o
Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e o Sistema Financeiro de
Habitação (SFH).
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Ainda opera como contraparte central garantidora para a maior parte das operações
realizadas em seus mercados e oferta serviços de central depositária e de central de
registro.
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As operações à vista com ações são liquidadas em D+2, ao passo que operações com
títulos de renda fixa privada possuem um ciclo de liquidação de D+0 ou D+1. Prêmios de
opções sobre ações são liquidados em D+1.
Uma vez definida a taxa Selic, o Banco Central atua diariamente por meio de
operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para
manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.
Para que a política monetária atinja seus objetivos de maneira eficiente, o Banco
Central precisa se comunicar de forma clara e transparente. Além do comunicado e da ata
da reunião, o Banco Central publica, a cada trimestre, o Relatório de Inflação, que analisa
a evolução recente e as perspectivas da economia, com ênfase nas perspectivas para a
inflação.
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Governo
Indicação de membro titular Número de conselheiros
Ministério da Economia 4 (sendo 2 titulares e 2 suplentes)
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 2 (sendo 1 titular e 1 suplente)
Banco Central do Brasil (BACEN) 2 (sendo 1 titular e 1 suplente)
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Exercícios de Fixação
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GABARITO:
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Com relação às características que todo mercado financeiro deve ter, podemos
agrupá-las da seguinte forma: as do tipo institucional e as relacionadas à oferta e
demanda.
As características do tipo institucional são:
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• Empréstimos;
• Operações de leasing;
Crédito a longo • Operações de venda a prazo;
prazo • Operações de factoring;
• Operações hipotecárias
De capitais
• Bursátil;
Mercado de valores • Balcão.
• Operações do BNDES
Ajudas oficiais
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De acordo com sua estrutura, o mercado acionário pode ser dividido em duas etapas:
mercado primário e mercado secundário. A diferença básica entre os mercados primário
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Assim, podemos concluir que a função do mercado secundário, o lugar onde atuam
as bolsas de valores, é dar liquidez ao investidor, possibilitando que, no momento que
realizar uma operação de venda, exista o comprador e vice-versa, o que viabilizará o
crescimento do mercado primário, e a consequente capitalização das empresas via
mercado de ações, para compreender melhor o funcionamento e a inter-relação dos
mercados primário e secundário.
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Nas transações com ações, os mercados de balcão, em muitos países, servem para
que empresas novas e pequenas coloquem seus papéis ao público.
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Exercícios de Fixação
01) A reação dos mercados de câmbio ontem deu uma boa sinalização de qual pode
ser o caminho caso Washington intensifique o tom em relação às relações comerciais
dos Estados Unidos com o restante do mundo. As moedas emergentes recuaram a
mínimas em dez dias, segundo dados do Deutsche Bank, sob peso da queda de divisas
correlacionadas às matérias-primas – como o rand sul-africano e o real brasileiro
(…). No Brasil, o dólar fechou em alta de 0,90%, para R$3,290, no maior nível desde
o último 9 de fevereiro. Na máxima, a cotação beirou os R$3,30 ao tocar
R$3,2966.Em países que adotam o regime de câmbio flutuante, as mudanças diárias
observadas nas taxas de câmbio estão relacionadas a diversos fatores.
Considerando-se, no entanto, exclusivamente, a matéria jornalística, o principal
fator que explica a desvalorização do real brasileiro no movimento diário do
mercado de câmbio descrito no texto foi a(o):
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GABARITO:
1-E 2-B
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A moeda é vista como um bem de uso comum em todo tipo de transação que permite
a participação de operação de troca, na qual se realiza compra ou venda simultânea de
mercadorias, em operações separadas de intercâmbio. Na economia, a moeda cumpre
quatro papéis importantes:
A moeda pode ser mensurada de acordo com várias definições. Portanto, para medir
a oferta de moeda, precisamos de uma definição que nos diga exatamente quais ativos
deveriam ser incluídos. A mais restritiva incluiria apenas dinheiro (notas e moedas
metálicas – também chamado de papel-moeda em poder do público não bancário, moeda
manual ou moeda corrente) na definição de moeda. Outras definições incluiriam outros
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um controle estrito dos bancos e sua capacidade de multiplicar moeda por meio de
instrumentos de política monetária como o open market, o compulsório e o redesconto.
𝑀2 = 𝑀1 + títulos públicos
𝑀3 = 𝑀2 + depósitos de poupança
Esta capacidade dos bancos de manterem em caixa apenas uma fração de seus
depósitos totais é conhecida por Sistema de reservas fracionárias. Os empréstimos
concedidos pelos bancos permitem a criação de novos depósitos à vista dentro do sistema
financeiro.
Para evitar esse problema, uma parcela (R) dos novos depósitos é mantida sob a
forma de reservas bancárias (compulsórias e voluntárias). Com isso, esse valor não
poderá ser emprestado para outros clientes, restando apenas a diferença entre o depósito
e o valor da reserva R para novos empréstimos.
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Encaixes
voluntários e
compulsórios Novos Novas
depósitos operações de
Injeção inicial a vista empréstimos
Operações de
empréstimo
Encaixes Novos
voluntários e depósitos
compulsórios a vista
O Banco Central controla, por força de lei, o volume de moeda manual da economia,
cabendo a ele as determinações das necessidades de novas emissões e respectivos
volumes. A emissão desenfreada de papel-moeda compromete a credibilidade do governo
e tende a ter impactos inflacionários. Idealmente, a emissão de moeda deveria estar
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Depósitos Efeito
Depósitos a vista Limitam a multiplicação de moeda hoje
Depósitos a prazo Reduzem e encarecem o crédito hoje
Depósitos de poupança Reduzem e encarecem o crédito hoje
Outro tipo de política monetária são as operações de open market (mercado aberto),
que consistem em compras e vendas de títulos do governo pelo Banco Central. É o mais
importante instrumento de política monetária e o mais importante fator de determinação
de movimentos da base monetária e da oferta de moeda. Uma compra de open market
aumenta a base monetária, enquanto uma venda a reduz. Por outro lado, essas operações
afetam o preço e a taxa de juros sobre os títulos do governo (Selic). Uma compra de
open market tende a aumentar o preço dos títulos, reduzindo, portanto, a taxa de juros,
enquanto uma venda tende a reduzir os preços dos títulos e aumentar a taxa de juros.
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Essas operações englobam a liberação de recursos pelo Banco Central aos bancos
comerciais, que podem ser empréstimos ou redesconto de títulos. Existem os redescontos
de liquidez, que são empréstimos para os bancos comerciais cobrirem eventual débito na
compensação de cheques, e os redescontos especiais ou seletivos, que são empréstimos
autorizados pelo Banco Central visando beneficiar setores específicos. A mudança na taxa
cobrada pelas autoridades monetárias influi no sentido de aumentar ou diminuir o crédito
concedido aos bancos comerciais.
• Redesconto intradia: operações sem custo que não gera crédito, mas gera
liquidez; e
• Redesconto overnight: operação com custo punitivo.
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Principais desvantagens:
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Uma vez definida a taxa SELIC, o Banco Central atua diariamente por meio de
operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para
manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.
Para que a política monetária atinja seus objetivos de maneira eficiente, o Banco
Central precisa se comunicar de forma clara e transparente. Além do comunicado e da ata
da reunião, o Banco Central publica, a cada trimestre, o Relatório de Inflação, que analisa
a evolução recente e as perspectivas da economia, com ênfase nas perspectivas para a
inflação.
Operações Compromissadas
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juros esses que não guardam relação com o rendimento dos títulos utilizados em garantia.
Aliás, os títulos permanecem em propriedade da instituição que vende os títulos, pois eles
retornarão para ela na data previamente definida. O que muda em sua contabilidade é o
aumento do passivo correspondente ao empréstimo recebido. Já a contraparte concede
empréstimo garantido por títulos que não entram em sua contabilidade, ao mesmo tempo
que seu ativo aumenta em montante equivalente ao empréstimo cedido, em troca de juros.
Uma das motivações que explicam a realização dessas operações é a distinta situação
das partes envolvidas em termos de liquidez, entendida como disponibilidade imediata de
recursos. A instituição financeira que faz uma operação de venda de títulos com
compromisso de recompra precisa de recursos e usa seus títulos como garantia para obtê-
los. Já a contraparte está com sobra de recursos e quer emprestá-los em troca de juros.
Essas operações são muito úteis, pois as instituições financeiras, em vista de sua atuação
como intermediários de recursos, ora estão com falta, ora com excesso de liquidez. Assim,
elas podem tanto suprir a falta, como aplicar o excedente, conforme o momento, por meio
dessas transações de curtíssimo prazo.
Entretanto, não basta que haja duas partes em distintas situações. Como as condições
de liquidez podem mudar rapidamente, as operações precisam ser de curtíssimo prazo,
muitas vezes por alguns ou mesmo um dia, além de realizadas rapidamente e a um baixo
custo operacional. Se demorarem, perdem a razão de ser e, se forem caras, tornam-se
inviáveis, dada a frequência com que são realizadas. A venda definitiva de títulos não se
adequa a esses quesitos, pois os prazos de vencimento dos papéis superam os prazos
pretendidos pelos que demandam operações compromissadas. Ademais, o retorno à
posição anterior é mais custoso do que no caso das compromissadas.
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A situação descrita pressupõe que não haja falta, nem excesso de liquidez no conjunto
da economia. Vale dizer, os agentes econômicos que demandem liquidez não terão
problemas em satisfazer suas necessidades no mercado a uma taxa de juros razoável, do
mesmo modo que os agentes econômicos que ofertem liquidez não terão problemas em
encontrar tomadores a uma taxa razoável. Entretanto, é possível que ocorram situações
de falta ou excesso de liquidez para o conjunto da economia, situações essas que podem
ser conjunturais ou estruturais. Se o mercado fosse deixado à própria sorte, a taxa de juros
flutuaria em demasia ou tenderia para níveis indesejáveis para o bom funcionamento da
economia. Para que isso não ocorra, é preciso um agente no mercado de compromissadas
que funcione como tomador ou emprestador de última instância para as instituições
financeiras. Aí entra a atuação do Banco Central.
3.4 Debate sobre depósitos remunerados dos Bancos Comerciais no Banco Central do
Brasil
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Exercícios de Fixação
GABARITO:
1-A 2-B
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4. Orçamento Público
Receitas Despesas
Vinculadas: só podem ser usadas para Obrigatórias: pagamento da dívida
determinados fins, definidos em lei. pública; salários dos servidores;
Exemplo: salário educação – contribuição aposentadorias; benefícios como auxílio
paga pelas empresas a UNIÃO que só maternidade e auxílio doença;
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podem ser usadas para cobrir gastos com transferências que a constituição define
ensino fundamental. Outro exemplo é a para estados e municípios e etc. Acaba
contribuição chamada CIDE que vem deixando pouca margem para a despesa
embutida no preço da gasolina que só discricionária.
pode ser usada na construção e
recuperação de estradas, em infraestrutura
de transporte e em ações de proteção
ambiental.
Não vinculada: de outro lado, é aquele Discricionárias: financiamento de
em que o administrador público poderá pesquisas científicas; melhorias do
escolher, utilizando-se dos critérios da ensino; modernização de hospitais;
conveniência e oportunidade, onde aplicar construção de estradas, infraestrutura e
os valores arrecadados. etc.
Os títulos públicos podem ser emitidos para serem vendidos ao público ou então para
fazerem parte da carteira de títulos do Banco Central e serem vendidos posteriormente.
Existem basicamente dois critérios distintos de seleção das propostas feitas num
leilão primário de títulos:
P á g i n a | 54
públicos também podem ser negociados eletronicamente por meio de ofertas de compra
e venda por meio de sistemas com o Sisbex (B3) e o Cetip trader.
No caso dos títulos emitidos pelas instituições financeiras, como os CDBs e as letras
hipotecárias, para efetuar a compra do título, basta entrar e contato com o banco ou com
qualquer outra instituição financeira para saber das oportunidades de investimento.
4.1.1 Títulos Públicos Federais: Letras do Tesouro Nacional (LTN), Letras Financeiras
do Tesouro (LFT) e Notas do Tesouro Nacional (NTN)
O Tesouro nacional utiliza a emissão de títulos públicos como uma das formas de
captação de recursos para financiar atividades do governo federal, tais como
investimentos em educação, saúde e infraestrutura.
São emitidas pelo TN com o objetivo de cobrir o déficit orçamentário, bem como
para a realização de operações por antecipação de receitas.
A LTN representa uma ótima aplicação no cenário de redução de taxa de juros, uma
vez que o preço é inversamente proporcional à taxa de remuneração, ou seja, quanto
menor for a taxa, maior será o preço unitário do título e vice-versa.
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1000
𝑃𝑈 = 𝑛⁄
(1 + 𝑟) 252
Onde:
• PU = preço unitário;
• 1000 = valor de face do papel;
• 𝑟 = taxa de juro anual de emissão, ou de negociação em mercado, na base de
252 dias úteis por ano;
• 𝑛 = número de dias úteis a decorrer entre a compra do título e o vencimento.
• O seu preço subirá quando ela for negociada com ágio, pagando uma taxa
de juros menor do que a taxa Selic;
• O seu preço cairá quando ela for negociada com deságio, pagando uma taxa
de juros maior do que a taxa Selic.
Como as LFTs são indexadas à taxa Selic, possuem uma característica inversa às das
LTNs, representando um investimento recomendável num cenário de elevação de taxa de
juros, pois sua remuneração cresce com elevação da taxa. Da mesma forma, não
representam um bom investimento num cenário de baixa de juros.
𝑃0 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜
𝑃𝑈 = 𝑛⁄
(1 + 𝑎) 252
Onde:
• PU = preço unitário;
• 𝑃0 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 = valor pelo qual o título foi vendido, corrigido pela variação
da SELIC acumulada desde a data da venda;
• 𝑎 = ágio ou deságio em pontas da taxa de juros de mercado anualizada, na
base de 252 dias úteis por ano.
• 𝑛 = número de dias úteis a decorrer entre a venda do título e o vencimento.
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O primeiro cupom de juros a ser pago contemplará a taxa integral definida para seis
meses, independentemente da data de emissão do título. A taxa de juros é definida quando
da emissão do título, em porcentagem ao ano, e é aplicada sobre o valor nominal
atualizado.
É um título que não paga os cupons intermediários que a NTN-B paga. O comprador
desse título receberá apenas no vencimento o rendimento da inflação mais os juros reais
negociados na compra do papel.
É um título prefixado, sendo a rentabilidade do título definida pelo deságio sobre seu
valor nominal quando de seu lançamento. Ele paga juros semestralmente com ajuste de
prazo no primeiro período de fluência quando couber.
Tesouro Direto
A liquidez das aplicações é garantida pelas recompras diárias feitas pelo Tesouro. Ou
seja, o investidor pode vender antecipadamente os títulos adquiridos no Tesouro Direto
ao Tesouro Nacional, diariamente.
P á g i n a | 57
• Taxa cobrada pela B3: taxa de custódia de 0,25% a.a. sobre o valor dos
títulos referente aos serviços de guarda dos títulos e às informações e
movimentações dos saldos. Essa taxa é provisionada diariamente a partir da
liquidação da operação de compra (D+1). Especificamente para os
investimentos no título Tesouro Selic, a cobrança só ocorre sobre os valores
que excedem R$ 10 mil.
A dívida pública é a soma de tudo aquilo que todos os órgãos do Estado brasileiro
devem, incluindo o Governo Federal e os estados, municípios e empresas estatais.
Setor
público
Governo Estatais
Geral
Tesouro Nacional
Previdência Social
Banco Central
O conceito de dívida pública pode ser representado como dívida bruta – que
considera apenas os passivos do governo – e a dívida líquida – que desconta dos passivos
os ativos que o governo possui.
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) refere-se ao total das obrigações do setor
público não financeiro, deduzido dos seus ativos financeiros junto aos agentes privados
não financeiros e aos agentes financeiros, públicos e privados. No caso brasileiro, é
importante mencionar que, diferentemente de outros países, o conceito de dívida líquida
considera os ativos e os passivos financeiros do Banco Central, incluindo, dentre outros
itens, as reservas internacionais (ativo) e a base monetária (passivo).
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Quanto à sua origem, a dívida pode ser classificada em interna ou externa. A dívida
pública mobiliária federal interna (DPMFi) é aquela denominada na moeda corrente do
país e a externa (DPMFe) é aquela denominada em outras moedas que não a moeda
corrente.
A política fiscal está justamente relacionada com o gerenciamento das receitas e das
despesas do governo. Ela pode ser um instrumento de política econômica para compensar
os efeitos da política monetária.
P á g i n a | 59
Na imagem acima podemos observar que quando o governo aumenta seus gastos a
curva de demanda desloca-se de D1 para D2 (para cima), e a renda de equilíbrio (Q) sobe
de A para B. Com esse deslocamento, a renda da economia – representada pelo eixo x -
aumenta ao mesmo tempo que aumenta a taxa de juros - representada pelo eixo y. Esse
aumento da taxa de juros reduz reduzira os investimentos da economia, que também faz
parte da demanda agregada, reduzindo a renda da economia para 𝑄3 no ponto de
equilíbrio C, anulando os efeitos da política fiscal expansionista. Essa teoria faz parte da
teoria quantitativa da moeda, representada pelos economistas clássicos.
Caso o governo execute uma política fiscal expansionista e passe a gastar mais do
que está arrecadando, o orçamento público pode se tornar deficitário, ou seja, despesas
maiores que receitas, havendo a necessidade de o governo recorrer a empréstimos junto
ao setor privado via emissão de títulos pela Secretaria do Tesouro Nacional ou emissão
de moeda. Nesse último caso, a emissão monetária poderá elevar os preços na economia
(inflação).
P á g i n a | 60
𝑁𝐹𝑆𝑃 = −𝑆 + 𝐽
Superávit/déficit
Receitas primárias Despesas
primário
primárias
Superávit/déficit Superávit/déficit
Juros sobre a
primário nominal
dívida
NFS
P
O superávit primário é o resultado contábil usado pelo governo para o pagamento
de juros sobre a dívida pública e para reduzir o financiamento quando o pagamento de
juros superar o superávit. O superávit primário como porcentagem do PIB é uma medida
importante para a saúde das finanças públicas e um fator para reduzir o endividamento
público e o pagamento de juros exigido pelo mercado. O superávit pode ser atingido com
elevação da carga tributária, mas esse aumento pode acabar prejudicando a própria
arrecadação.
Parece meio intuitivo pensar o que acontece com a arrecadação se o governo eleva a
carga tributária: se um imposto tem uma alíquota de 20% e aumenta para 30%, o governo
deve arrecadar mais e, provavelmente, investir mais. Uma parcela maior da demanda
agregada seria direcionada não mais ao consumo e ao investimento privado, e sim aos
gastos do Governo. Mas segundo o economista Arthur Laffer, enquanto os agentes
econômicos forem racionais, não é isso o que deve acontecer.
Quanto mais a alíquota aumenta, menor o retorno do capitalista e, portanto, menor seu
incentivo em produzir.
Em casos muito elevados de carga tributária é possível que o capitalista feche sua
fábrica e saia do mercado, o que leva a arrecadação a cair. Em casos mais modernos, o
mesmo princípio pode ser visto na informalidade. Antes de sair do mercado o capitalista
pode ter incentivos a sonegar, o que também derrubaria a arrecadação. Esse fenômeno é
representado pela Curva de Laffer.
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Exercícios de Fixação
14069 - Título público do tipo zero cupom e com remuneração atualizada pelo IPCA:
a) NTN-B (principal)
b) Debêntures que pagam juros + IPCA
c) NTN-B
d) LTN
14190 - Marina possui uma carteira de investimentos com diversos títulos de renda
fixa. Ele faz algumas afirmações sobre esses títulos:
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) I, II e III
GABARITO:
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Significa que o valor da transação é dividido pelo número de parcelas. Nesse tipo de
transação, o estabelecimento recebe o valor da venda de forma parcelada.
Parcelamento emissor (com juros)
Significa que o titular do cartão pagará, além do valor combinado, uma taxa de juros
definida pelo emissor do cartão. Nesse tipo de transação o estabelecimento recebe o valor
da venda de uma vez e o emissor recebe os juros a serem pagos pelo titular.
Sub-adquirente
Apesar de não ser necessário no processo de autorização de uma compra, faz o papel
de facilitador entre o estabelecimento e o adquirente, provendo infraestrutura tecnológica
para auxiliar o estabelecimento e, em troca, cobrando tarifa, percentual das transações ou
oferecendo produtos de antecipação de recebíveis. Alguns casos de sub-adquirentes
atuando no Brasil são Mercado Pago (do Mercado Livre), PayPal, PicPay e PayU.
5.2 Crédito direto ao consumidor
Desvantagens:
• quanto mais parcelada for a compra, mais alto será o valor final, podendo chegar
ao dobro do preço inicial;
• Possibilidade de cobrança de IOF;
• avaliação financeira, no caso de empréstimo pré-aprovado pelo banco;
• taxa de juros maior que os rendimentos da poupança;
• facilidade de acumular dívidas.
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A quem se destina?
• Produtor rural (pessoa física ou jurídica);
• Cooperativa de produtores rurais;
• Pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo produtor rural, se dedique a uma
das seguintes atividades:
o Pesquisa ou produção de mudas ou sementes fiscalizadas/certificadas;
o Pesquisa ou produção de sêmen para inseminação artificial e embriões;
o Prestação de serviços mecanizados de natureza agropecuária, em imóveis
rurais, inclusive para proteção do solo;
o Prestação de serviços de inseminação artificial, em imóveis rurais;
o Atividades florestais.
P á g i n a | 67
O que é o Proagro?
O Proagro é o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária. É um programa do
governo federal que garante o pagamento de financiamentos rurais quando a lavoura
sofrer danos provocados por eventos climáticos adversos ou causados por doenças e
pragas sem controle.
• O Proagro é administrado pelo BC e regulamentado pelo CMN. As instituições
financeiras (bancos e cooperativas de crédito) são os agentes do programa.
• Um pouco mais a respeito do Crédito Rural...
• O crédito rural foi institucionalizado pela Lei 4.829, de 5 de novembro de 1965.
Durante 30 anos, sua gestão coube ao Banco do Brasil, por meio da Carteira de
Crédito Agrícola e Industrial. Em 1965, o assunto passou à responsabilidade do
Conselho Monetário Nacional (CMN), com a implementação do Sistema
Nacional de Crédito Rural (SNCR). As normas sobre o crédito rural são aprovadas
pelo CMN. O Banco Central faz parte desse órgão e auxilia na tomada de decisão
sobre o crédito rural. As instituições financeiras seguem essas normas e as
colocam em prática no dia a dia com seus clientes. Existe fiscalização de todo o
processo, por determinação legal. Por isso, o BC verifica junto às instituições
financeiras se a liberação do dinheiro e o seu uso estão de acordo com as normas
publicadas, dentre outras providências.
5.4 Poupança
P á g i n a | 68
• 0,5% ao mês, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for superior a 8,5%; ou
• 70% da meta da taxa Selic ao ano, mensalizada, vigente na data de início do
período de rendimento, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for igual ou inferior
a 8,5%.
5.5 Capitalização
P á g i n a | 69
a) Tradicional: opção para quem quer formar uma reserva financeira e concorrer a
prêmios;
b) Instrumento de Garantia: oferecer garantias em contrato de qualquer natureza,
incluindo aluguéis e empréstimos;
c) Incentivo: realizar ações promocionais de vendas com sorteios;
d) Filantropia Premiável: apoiar projetos de caráter social;
e) Popular: para quem busca soluções de baixo custo, como o título de capitalização
Popular.
Parte capitalizada
P á g i n a | 70
5.6 Previdência
Características
P á g i n a | 71
O incentivo fiscal oferecido por esta modalidade (12% de dedução da renda bruta
tributável anual) compõe importante fator de definição do valor de contribuição, pois
aumenta o poder de poupança do investidor que utiliza o modelo completo de declaração
de imposto de renda.
VGBL: apesar do Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) não ser um plano de
previdência, pois a legislação o qualifica como um seguro, vamos inserir sua definição
neste tópico por se tratar de uma modalidade de investimento também voltado para o
planejamento previdenciário.
O VGBL, criado em março de 2001 é um dos que mais cresce no Brasil. Assim como
o PGBL, ele funciona como um fundo de investimento em que é possível realizar
contribuições mensais ou não.
5.7 Consórcio
P á g i n a | 72
através das já citadas formas lance ou sorteio, pleitear a aquisição do bem de sua
preferência. Enquanto seu lance não for aceito, ou sua cota sorteada, o indivíduo pagará
mensalidades à administradora para continuar a ter direitos naquele respectivo consórcio.
Assim, a contemplação se dá exclusivamente por sorteio ou lance, sendo que a
contemplação por lance ocorre somente após o sorteio. Caso não seja realizado o sorteio
por eventual falta de recursos, poderá realizar-se apenas a contemplação por lance.
Havendo recursos suficientes no grupo, é realizada a contemplação. Em outras palavras,
os membros daquele determinado grupo devem estar em dia com suas mensalidades e
estar em condições de honrar os valores acordados. A administradora colocará, então, à
disposição do consorciado contemplado, o respectivo crédito ao qual este foi
contemplado, destinado à aquisição do bem. Eventuais rendimentos líquidos advindos do
valor depositado pertencerão ao contemplado.
Caso o bem ou objeto tenha sua produção suspensa, a administradora deve convocar
assembleia extraordinária para deliberar sobre a substituição, no prazo máximo de cinco
dias da ciência do cancelamento da fabricação do produto.
Tipos de grupos:
• Grupo homogêneo: Quando todos os consorciados têm o interesse em
bens do mesmo valor monetário, ou seja, todos os componentes do grupo
estão interessados em uma moto da marca X e do modelo Y, por exemplo.
• Grupo misto: Quando os bens de interesse dos consorciados tem valores
monetários diferenciados, ou seja, quando existem consorciados que estão
contribuindo com o valor de uma moto da marca X e do modelo Y
enquanto outros estão contribuindo com o valor de um carro da marca A
e do modelo B, por exemplo.
Avaliação de consórcios
• As administradoras são obrigadas pelo Banco Central a iniciarem o grupo
quando este estiver com fundo para pagar a maior carta de crédito do grupo
por sorteio;
• As administradoras devem arcar com os prejuízos caso haja
contemplações onde era sabido que não havia dinheiro suficiente em caixa
para tal nos grupos;
• O consorciado tem direito a mudar o valor do bem desejado a qualquer
momento e antes da sua contemplação;
Taxas do Consórcio:
1. Taxa de administração: contempla a remuneração da administradora
pela prestação de serviços ao formar e gerir o grupo.
2. Fundo comum: é a maior parte da parcela e sua contribuição serve para
criar um fundo que será usado para que os consorciados comprem o seu
bem ou serviço pretendido, quando contemplados.
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Exercícios de Fixação
a) Seguradora Líder
b) Câmara Especial de Seguros
c) Superintendência dos Seguros Privados
d) Conselho Nacional de Seguros Privados
e) Instituto de Resseguros do Brasil
02) Uma das medidas adotadas para mitigar os efeitos da crise financeira de 2008
foi a ampliação do acesso ao crédito, aumentando, com isso, ainda mais, o papel dos
bancos no desenvolvimento do país. O Crédito Direto ao Consumidor (CDC):
03) Os cartões de crédito são, às vezes, chamados de “dinheiro de plástico”. Seu uso
crescente como meio de pagamento implica vários aspectos, EXCETO o(a):
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GABARITO:
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As ações são títulos de propriedade de uma parte do capital social da empresa que a
emitiu. Quem tem ações, portanto, pode-se considerar sócio da empresa emissora, e são
títulos de renda variável.
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Contudo, a lei 10.303 estabelece que somente serão negociadas em bolsa as ações
preferenciais com pelo menos uma das vantagens a seguir, independentemente do
direito de receber ou não o reembolso de capital:
As ações preferenciais geralmente não dão direito a voto (há exceções). Em caso de
não distribuição de resultados por três exercícios consecutivos, as ações preferenciais
adquirem poder de voto, capaz de comprometer a situação do acionista controlador. O
estatuto da companhia pode conferir poder de voto às preferenciais.
De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, uma empresa terá obrigatoriamente
que emitir, no mínimo 50% do seu capital social em ações do tipo ordinária. Essa
determinação repercute na emissão das ações no sentido de que:
Uma alternativa híbrida para negociação em bolsa de valores com as ações são as
units. As units são certificados de depósitos que podem combinar diferentes tipos de
ativos para negociação em conjunto. Dessa forma, mais de uma classe de ativos pode ser
comprada e vendida no mercado como uma unidade. Os ativos são negociados por lotes
e/ou unidades, e cada unidade contém tipos diferentes de ativos.
P á g i n a | 80
As units podem ser formadas por ações ordinárias, preferenciais, bônus de subscrição
etc. e são identificadas pelo número 11 no seu código.
1 ação ON
Unit 11
2 ação PN
Instituição custodiante, por sua vez, é a instituição autorizada por órgão similar à
CVM a prestar serviços de custódia no país de origem dos valores mobiliários.
P á g i n a | 81
Já o ADR não patrocinado não conta com a participação direta da empresa emissora
dos títulos de dívida. Esses são comprados no mercado secundário e utilizados nos EUA
como lastro de um programa de ADR. Por esse motivo, os lançamentos de ADR não
patrocinados não têm sido muito usuais ultimamente.
P á g i n a | 82
A companhia pode optar entre distribuir o montante integral do lucro líquido ou,
então, reter uma parcela desse lucro, a fim de financiar novos investimentos com recursos
próprios, recursos dos sócios.
Portanto, quanto maior for o índice, maior será a parcela do lucro líquido distribuída
sob a forma de dividendos. Quanto menor for o índice, maior será a parcela do lucro
líquido reinvestido na empresa, aumentando, dessa forma, a participação dos recursos
próprios em relação aos recursos de terceiros na estrutura de capital da companhia.
Após seu pagamento, o preço de mercado da ação sofre uma redução no mesmo valor
do dividendo pago por ação. Nesse caso, diz-se que a ação passa a ser negociada ex-
dividendos.
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Os juros sobre o capital próprio foram criados no Brasil em 1995, pela Lei n° 9.249,
no conjunto de medidas que sucederam o Plano Real e visavam eliminar a indexação da
economia. Assim foi extinta a correção monetária de contratos, dos preços e dos balanços
das empresas.
Para substituir a correção monetária, foram criados os juros sobre o capital próprio
que remuneram o capital do acionista investido na empresa até o valor da correção da
TJLP (taxa de juros de longo prazo) sobre o patrimônio líquido, desconsiderando, deste
último, o valor da reserva de reavaliação de bens e direitos.
O valor desembolsado pode ser considerado como despesa até o limite do maior
entre:
P á g i n a | 84
O preço da ação, após seu pagamento ao acionista, sofre o mesmo efeito que ocorre
no pagamento dos dividendos, reduzindo seu valor de mercado no montante aproximado
dos juros sobre o capital próprio por ação, passando a ser negociada ex-juros. Portanto,
descontado do lucro tributável, diminuindo o IR a ser pago pela empresa.
Quando a empresa lança uma subscrição de ações, ela anuncia uma séria de
condições, sendo as principais o número de ações colocadas à venda e o preço de
subscrição destes papéis, que resultam no valor total da operação, além do cronograma
da subscrição. Assim, o acionista acaba sendo informado de duas variáveis importantes:
• A proporção de novas ações a que sua posição já existente lhe dará direito;
• O preço a que elas estão sendo oferecidas.
Caso o acionista opte por não subscrever as novas ações, pode-se dizer que sua
participação acionária foi diluída. O acionista atual não é obrigado a participar da
subscrição. Os direitos podem ser negociados de forma separada da ação, ou seja, como
mais um papel na bolsa. Assim, quem tinha um papel, a ação original da empresa antes
da subscrição, passa a ter dois: a ação e o direito, que geralmente negocia como as quatro
letras do código da ação seguido pelos números 1 e 2, e que pode ser exercido ou vendido
para outro investidor.
P á g i n a | 85
6.4.4 Bonificação
Ela não envolve captação de recursos. Eventualmente, a empresa pode optar por
distribuir essas reservas de lucros (ou parte delas) em dinheiro, gerando o que denomina
bonificação em dinheiro.
Geralmente, ocorre quando a cotação de uma ação ou do lote de ações está sendo
negociada a preços muito elevados, o que dificulta sua negociação. Por esse motivo, a
empresa opta por realizar o desdobramento das ações, a fim de reduzir sua cotação e
aumentar sua liquidez em bolsa.
Um split de 2 por 1 significa que, se o investidor possui 200 ações a R$ 20,00 cada,
passará a ter 400 ações a R$ 10,00 cada.
𝑝𝑟𝑒ç𝑜 split
Preço ex-split = (1 + %𝑠𝑝𝑙𝑖𝑡) = 20 / 2 = R$ 10,00.
P á g i n a | 86
Uma empresa decide realizar o inplit quando deseja reduzir a quantidade de ações
em circulação a fim de elevar sua cotação e reduzir sua volatilidade. Também não produz
qualquer efeito sobre a estrutura de capital da empresa.
É o caso de o preço da ação em bolsa ficar tão reduzido, que é necessária uma
quantidade muito grande de ações para realizar uma simples operação de venda ou de
compra com valor pouco expressivo, muitas vezes maior do que um lote padrão de 100
ações.
P á g i n a | 87
Sempre que o mercado apresentar comportamento atípico, com oscilações fora dos
padrões regulares (decorrentes de algum fato econômico, catastrófico ou, até mesmo,
algum fato positivo totalmente inesperado que altere em demasia o preço do papel), o
formador de mercado ou terá seus parâmetros alterados, ou será liberado de suas
obrigações até que o mercado reencontre um novo nível de normalidade.
Cada formador de mercado poderá se credenciar para representar mais de uma ação
ou mais de uma debênture de empresas diferentes, podendo também representar mais de
um ativo por empresa.
Uma mesma ação ou debênture poderá ter mais de um formador de mercado. A bolsa
estabelece o limite máximo de formadores para cada ativo. Isso é o que se chama de
modelo competitivo de formador de mercado.
P á g i n a | 88
P á g i n a | 89
SELIC:
P á g i n a | 90
Ações da empresa
passam a ser
Emissão no mercado
negociadas no
primário.
mercado
secundário na Bolsa
de Valores
P á g i n a | 91
6.8.3 Underwriting
P á g i n a | 92
Selecionando o underwriter
• Emissão primária;
Tipo de
• Emissão secundária; e
emissão
• Emissão mista.
Após uma análise da demanda pela oferta pelos investidores pode-se optar por
aumento do volume da oferta
• Opção da emissora de aumentar a oferta em até 20% do
montante da oferta base. Não há necessidade de novo
pedido ou modificação dos termos da oferta. As ações
Lote adicional
chamadas hot issue são vendidas a um preço acima do
(hot issue)
valor do IPO devido à alta demanda. Esse montante que
não excede 20% da quantidade inicialmente requerida é
excluído o eventual lote suplementar, se houver.
• Opção dada pela companhia aos coordenadores para
Lote
distribuição de até 15% a mais do montante da oferta base.
suplementar
Só pode ser utilizado por companhias abertas que já
(Green Shoe)
tenham registrado emissões.
P á g i n a | 93
• Preparações preliminares;
• Definição da ação a ser lançada, montante em reais e preço
Empresa
unitário; e
emissora
• Negociação e contratação de instituição coordenadora.
P á g i n a | 94
• Liderança de mercado;
• Capacidade de colocação; e
• Relação reciprocidade versus empresa versus banco líder.
6.8.4 Bookbuilding
P á g i n a | 95
Cada investidor indica, formal ou informalmente, quantas ações ele quer comprar e
qual o preço que está disposto a pagar. O coordenador tabula estas informações por ordem
crescente de preço, de forma a obter qual seria a quantidade acumulada a determinado
preço.
Uma oferta pública de aquisição (OPA) é uma oferta de compra lançada sobre uma
empresa. Através da OPA, uma pessoa física ou jurídica, designada “oferente”, pretende
comprar uma sociedade cotada em bolsa, designada “alvo” (take over quando se busca o
controle da empresa alvo).
O anúncio público torna-se necessário porque quando uma empresa tem o seu capital
disperso em bolsa é difícil identificar todos os seus acionistas. A OPA pretende diminuir
o capital disperso em bolsa e, no extremo, a sua retirada de bolsa numa aquisição
posterior.
P á g i n a | 96
6.9 Funcionamento da B3
P á g i n a | 97
Na venda a descoberto, o investidor vende ações que não possui em sua custódia
esperando que seus preços caiam abaixo do preço de venda. Ao comprar as ações mais
baratas do que as vendeu, o investidor estaria lucrando com a diferença entre o valor que
recebeu pela venda a descoberto e o valor que desembolsou para recomprar as ações, e
assim encerrar sua operação.
O aluguel de ações é um contrato entre dois investidores que tem como objetivo uma
relação de ganhos para as duas partes. As ações devem ser devolvidas ao doador até a
data do vencimento. Caso contrário, ele tem direito a receber a garantia oferecida ou o
pagamento em dinheiro.
Trata-se de uma operação em que a câmara de ações atua como contraparte e garante
os negócios.
P á g i n a | 98
• Ações;
• Units;
• Cotas de fundos de índices (ETFs);
• BDRs patrocinados e não patrocinados nível I;
• Cotas de fundos de investimentos imobiliários; e
• Cotas de fundos de investimentos em participações.
É uma forma de negociação das ações que possibilita ao investidor obter, em uma
sociedade corretora, financiamento para compra dos títulos e/ou empréstimo dos papéis
para venda. A compra de ações com uso de margem permite ao investidor pedir dinheiro
de imediato à corretora, a fim de comprar mais ações do que poderia arcar apenas com
seu dinheiro. Isso se chama alavancagem, pois lhe permite comprar mais com menos
fundos. Essas operações são feitas no mercado à vista de bolsa.
6.13 Garantias
• Ativos em espécie:
o dólar americano, para investidores não-residentes;
o Moeda nacional, para residentes.
• Outros ativos elegíveis:
o Título público federal;
o Ouro ativo financeiro;
o ações, Units, ADRs, BDRs;
o CDB, LCI, LCA;
o Títulos norte-americanos;
o Títulos do tesouro alemão;
o carta de fiança bancária;
o Cota de fundo de índice (ETF);
o Cotas de fundos referenciados DI e FIC de FI;
o Cota do fundo de investimento liquidez da câmara B3 (FILCB).
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P á g i n a | 99
P á g i n a | 100
A extração do ouro bruto é feita por garimpeiros que o vendem para instituições do
Sistema Financeiro Nacional – SFN, devidamente autorizadas a funcionar pelo Banco
Central do Brasil – BACEN, que adquirem o metal em seus Postos de Compra de Ouro
(PCO) localizados nas regiões garimpeiras, que por definição é a dependência de banco
múltiplo com carteira comercial e/ou de investimento, banco comercial, banco de
investimento, sociedade corretora de títulos e valores mobiliários e sociedade
distribuidora de títulos e valores mobiliários.
O ouro foi transformado em ativo financeiro pela Lei nº 7.766 de 11 de maio de 1989
que define em seu artigo 1°;
O ouro depois de extraído nos garimpos pode ser transformado em ativo financeiro
mediante o pagamento do imposto sobre operações financeiras – IOF, quando o
garimpeiro ou minerador efetua a venda do minério para a instituição financeira
autorizada.
As Notas de Negociação ou de remessa devem ser emitidas por séries (uma série para
cada região de garimpo) em razão do grau de pureza de cada região e para que se possam
apurar os limites de perdas no refino do ouro e também dos demais minérios que o
compõem.
P á g i n a | 101
P á g i n a | 102
Exercícios de Fixação
20153 - Uma empresa pode recorrer ao mercado de capitais para obter recursos a
serem investidos no seu desenvolvimento ou levantar capital para as respectivas
necessidades de curto, médio ou longo prazos. Em relação ao mercado de capitais,
aos seus participantes e às operações realizadas, assinale a alternativa correta.
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GABARITO:
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A análise das perspectivas de uma empresa deve começar com a economia global.
Ao estar inserida num contexto internacional, a empresa é afetada pela economia
internacional em seus mais diversos níveis. As perspectivas de exportação e importação,
a competição de preços em função da concorrência internacional e os ganhos obtidos com
os investimentos internacionais são alguns dos exemplos que podemos citar em que a
economia internacional afeta o desempenho de uma empresa.
P á g i n a | 106
P á g i n a | 107
• Aumento nos preços dos produtos (inflação): uma alta da inflação provoca a
necessidade de ajustes na taxa de câmbio, para que este passe a refletir o poder de
compra real da moeda local. Podemos entender que um aumento na inflação pode
gerar uma queda na taxa de câmbio, ou seja, no poder de compra da moeda local
em relação às moedas externas;
• Balança comercial: de forma geral, a relação entre as entradas de recursos
externos (exportações) e suas saídas (importações) afeta a taxa de câmbio da
economia. Por exemplo, um aumento nas exportações gera um aumento na oferta
de moeda externa na economia, produzindo, assim, uma redução no seu preço;
como resultado, a taxa de conversão entre as moedas (taxa de câmbio) cairá,
refletindo um aumento do poder de compra da moeda local; e
• Conta de capitais do balanço de pagamentos: outra forma de entrada e saída e
moeda externa na economia é por meio dos investimentos estrangeiros que o país
recebe. Quando ocorre grande entrada ou saída de capitais em uma economia, há
um respectivo aumento na oferta e na demanda de moeda externa e, como
consequência, a taxa de câmbio se altera.
A taxa de câmbio pode ser expressa em taxa de venda ou taxa de compra. Pensando
do ponto de vista do banco (ou outro agente autorizado a operar pelo Banco Central), a
taxa de venda é o preço que o banco cobra para vender a moeda estrangeira (a um
importador, por exemplo), enquanto a taxa de compra reflete o preço que o banco aceita
pagar pela moeda estrangeira que lhe é ofertada (por um exportador, por exemplo).
A taxa de câmbio nominal (E) é o valor em moeda nacional para adquirir uma
unidade de moeda estrangeira. Cada país possui uma paridade diferente com cada uma
das moedas dos países que possuem comércio.
Outro conceito muito analisado é a taxa de câmbio real (𝜃). É um valor corrigido da
taxa de câmbio nominal pelo preço estrangeiro (P*) e o doméstico (P).
𝑃∗
𝜃 = 𝐸.
𝑃
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P á g i n a | 108
O câmbio real mede a paridade em termos de bens dos dois países. Um câmbio real
mais valorizado significa que um bem nacional pode adquirir maior quantidade que o
similar estrangeiro. A mudança no câmbio nominal pode compensar a inflação doméstica
e, assim, manter a paridade do câmbio real. O câmbio real pode ser considerado uma
medida de competitividade para um país.
A taxa de câmbio real efetiva é uma medida da taxa de câmbio nominal efetiva
corrigida pelo preço doméstico e os preços vigentes em cada país.
A intervenção do BC, via dealers, pode ser feita sobre o estoque de moeda da
seguinte forma:
Com isso, qualquer alteração nas taxas de juros ou nas taxas de câmbio internacionais
provoca instabilidade e opiniões divergentes sobre os rumos da economia.
Essa teoria parte da chamada lei do preço único, de acordo com a qual produtos
homogêneos devem ter o mesmo custo nos diferentes mercados, quando expressos na
mesma moeda. O exemplo geralmente utilizado é o do Big Mac, que é um produto
homogêneo, seja em New York, em São Paulo, em Paris, em Tóquio, em Moscou ou onde
quer que seja. De acordo com a lei do preço único, o Big Mac deveria ter o mesmo preço
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em São Paulo e New York, por exemplo, de tal modo que o consumidor brasileiro ou
norte-americano fosse indiferente entre comprar em qualquer um dos dois mercados.
Assim, pela lei do preço único, teríamos:
𝑅$ 𝑅$ 𝑈𝑆$
𝑃𝐵𝑅 = 𝑃𝐸𝑈𝐴 = 𝐸 𝑥 𝑃𝐸𝑈𝐴
Onde:
𝑅$
𝑃𝐵𝑅 = preço de um produto no Brasil expresso em reais;
𝑅$
𝑃𝐸𝑈𝐴 = preço de um produto nos EUA expresso em reais;
𝑈𝑆$
𝑃𝐸𝑈𝐴 = preço de um produto nos EUA em dólar.
Para comparar os preços do mesmo produto nos diferentes mercados, estes devem
ser expressos na mesma unidade monetária; no caso, utilizamos o R$. Para fazer a
conversão, tomamos o preço em US$ do produto e multiplicamos pela taxa de câmbio
entre as duas moedas.
A taxa de câmbio spot é aquela que mostra a relação entre duas moedas para troca
imediata, atual. Já a taxa forward mostra a taxa de câmbio para troca de duas moedas a
uma data futura, pré-estabelecida.
Se uma taxa spot está em BRL/USD 2,20 e a taxa forward está em BRL/USD 2,40,
dizemos que ela está tradando a um prêmio em relação à spot. Se estivesse mais baixa,
diríamos que está tradando a um desconto.
A taxa de câmbio cruzada simplesmente mostra a relação entre três moedas. Por
exemplo, podemos dizer que BRL/USD = 2,20 e que USD/GBP = 1,40. Para calcular o
câmbio entre BRL/GBP, pode-se multiplicar as duas cotações, cancelando USD do
numerador com o denominador:
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𝐵𝑅𝐿 𝑈𝑆𝐷
𝑋 = 2,20 𝑥 1,40 = 3,08.
𝑈𝑆𝐷 𝐺𝐵𝑃
1
= 0,3247
3,08
• Regime com taxa de câmbio fixa: por meio de uma política monetária
passiva, o BC se compromete a ofertar moeda estrangeira para ajustar
automaticamente um nível que assegure que a taxa de câmbio de equilíbrio
se iguale à taxa de câmbio anunciada. Em outras palavras, o BC compra e
vende moeda estrangeira de forma a manter a taxa de câmbio no nível
anunciado. o Banco Central deve possuir grande quantidade de reservas para
atender a uma situação de excesso de demanda por dólar (déficit no balanço
de pagamentos por exemplo). E deve adquirir qualquer excesso de oferta de
dólares (superávit no balanço de pagamentos).
• Regime com taxa de câmbio flutuante: a taxa de câmbio flutua livremente
em função de mudanças das condições econômicas de oferta e demanda de
divisas estrangeiras. Em períodos de grande entrada de recursos externos, a
tendência da taxa de câmbio é a valorização e vice-versa. A vantagem desse
câmbio é que concede maior grau de liberdade, a desvantagem é a
volatilidade.
• Regime cambial de flutuações sujas (Dirty floating): o BC, mesmo dentro
de um regime de câmbio flutuante, intervém no mercado cambial quando a
taxa de câmbio se afasta em demasia do valor considerado adequado, o que
poderia acarretar sérias instabilidades na economia.
Com isso, a política monetária enfrenta dificuldades para controlar os juros, dado que
o custo do governo aumenta.
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𝑗𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜
= 𝑗𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜
+ 𝑒𝑥𝑝𝑒𝑐𝑡𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑐â𝑚𝑏𝑖𝑜 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙
+ 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑎çã𝑜 + 𝑅𝑖𝑠𝑐𝑜 𝑝𝑎í𝑠
Reservas internacionais
Suponha que um exportador busque vender um bem no exterior e que, com a venda
realizada, tal agente vá receber dólares do comprador estrangeiro. O exportador vende
esses dólares e o Banco Central, por sua vez, compra tais dólares, pagando o
exportador em reais. Isso significa que as reservas internacionais aumentarão, uma vez
que o Banco Central comprou dólares, e o efeito disso consiste na elevação da oferta
monetária na economia. O Banco Central injeta reais na economia via pagamento em
moeda local ao exportador (expansionista).
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Cupom Cambial
𝑑𝑢
(1 + 𝑝𝑟é 𝑒𝑚 𝑅$)252
𝐹𝑜𝑟𝑤𝑎𝑟𝑑 = 𝑆𝑝𝑜𝑡 𝑥
𝑑𝑐
(1 + 𝑐𝑢𝑝𝑜𝑚 𝑐𝑎𝑚𝑏𝑖𝑎𝑙 𝑥 360)
O cupom é dito limpo (clean) quando incorpora a cotação corrente da taxa de câmbio.
Mas é considerado sujo (Dirty) quando a referência inicial é a taxa de câmbio de venda
(PTAX800) do dia anterior ao da compra do título.
A taxa do cupom cambial varia conforme a oferta e a demanda por dólar ou proteção
cambial. Se houver uma pressão vendedora de papéis lastreados em dólar, a tendência do
cupom é subir, pois o vendedor dará um prêmio ou juros maiores para atrair o comprador.
Se houver uma pressão compradora, a tendência é baixar o prêmio, pois os compradores
estarão à procura de papel e proteção cambial a ponto de aceitarem até um cupom cambial
negativo.
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No caso do swap cambial reverso, o investidor paga, numa data futura, uma taxa de
juros (CDI) e recebe em troca a variação do câmbio, no caso de uma desvalorização do
real. Caso haja valorização, o Banco Central pagará o CDI e a apreciação da taxa de
câmbio. O objetivo da autoridade monetária é conter a desvalorização do dólar. Equivale
à compra futura de dólar.
𝑇𝐶 = 𝐵𝐶 + 𝐵𝑆𝑅 + 𝑇𝑈
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Balança
Comercial Exportação Importação
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Exercícios de Fixação
01) Uma desvalorização cambial da moeda brasileira (real) frente à moeda norte-
americana (dólar), implica a(o)
a) Câmbio manual
b) Câmbio sacado
c) Exportação
d) Importação
e) Transferência
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GABARITO:
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12 Operações Compromissadas
A taxa DI é a taxa média dos empréstimos feitos entre os bancos. Um banco emite
um CDI, vende este papel no mercado, conseguindo assim levantar dinheiro para suas
necessidades.
A taxa do CDI (anualizada, exponencial, base 252 dias úteis) é divulgada diariamente
para operações de um dia ou prazos maiores (30, 60 ou mais dias).
A B3 faz a apuração diária das médias destas taxas, divulgando-a ao mercado como
parâmetro das taxas praticadas. A maioria das transações é negociada por apenas um dia,
estabelecendo-se um padrão de taxa média diária, o CDI over, que reflete a expectativa
de custo das reservas bancárias para a manhã seguinte à do fechamento das transações.
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Banco
Central
Debita/credita
conta; calibra
oferta; evita
flutuações de juros
Bancos R Bancos
deficitários $ superavitários
Carteira própria Carteira própria
de ativos de de ativos de
liquidez: TPF e liquidez: TPF e
CDI Intermediação CDI
Sistemas de
liquidação e
custódia
(SELIC e
B3)
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Exercícios de Fixação
a) I, II e III
b) II e III
c) I apenas
d) I e II, apenas.
GABARITO:
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13 Mercado bancário
13.1 operações de tesouraria
Primeiro vamos tentar entender o que vem a ser uma tesouraria. Uma tesouraria é o
órgão de uma entidade (um governo, um partido político, uma autarquia, um banco, ou
qualquer outra instituição) encarregado da contabilidade, armazenamento ou transações
de dinheiro.
As principais operações financeiras numa tesouraria são contas a receber, contas a
pagar, administração do fluxo de caixa, captação e aplicação de recursos financeiros.
Negociação com clientes e fornecedores em torno de descontos por conta de mudanças
nos prazos de recebimentos e pagamentos são operações financeiras complementares
numa tesouraria.
Todas as operações mencionadas são interdependentes e se interligam por meio do
fluxo de caixa financeiro, que é uma das principais ferramentas de apoio às decisões da
tesouraria.
No caso de instituições financeiras, o trabalho do setor de tesouraria inclui a
negociação e controle de aplicações de recursos financeiros. Ela fica responsável por
analisar a rentabilidade destas aplicações, para realocá-las se for o caso.
Além disso, é necessário fazer a análise de crédito do negócio junto às instituições
financeiras. Assim, o negócio saberá o que é possível fazer em caso de necessidade de
empréstimo bancário.
Por fim, é preciso ainda acompanhar as flutuações de câmbio, para as empresas que
atuam com comércio internacional, por exemplo. Isso inclui negociar as taxas de
fechamento de câmbio com as instituições financeiras. Em resumo, uma tesouraria
bancária realiza:
• Gestão do fluxo de caixa;
• Administração da carteira própria de títulos;
• Realização de operações no mercado interbancário;
• Contabilização das operações;
• Análise de cenários e gestão de riscos financeiros.
• Gerenciamento do recolhimento compulsório.
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MEDIDA SIGNIFICADO
Renegociação Consiste em renegociar as condições já acordadas anteriormente e
introduzir as alterações necessárias ao contrato de crédito, que
permita ao cliente a continuação do cumprimento das suas
obrigações. Estas mudanças podem passar por alterar a taxa de
juro, conceder um período de carência de capital, alteração do
prazo definido, redução do spread aplicável ou a ponderação de
um valor residual. Mas também pode ser conseguida através da
reformulação de todo o plano de reembolso através da diminuição
das prestações mais próximas e acrescer essa diferença nas últimas
prestações.
Refinanciamento Constitui num novo contrato celebrado, para o reembolso de
capital, juros, comissões e encargos na totalidade.
Consolidação de É a junção de todos os créditos em que o cliente é interveniente
créditos num único contrato, a fim de pagar o capital, juros, comissões e
encargos na totalidade, que tem de ser de valor inferior à soma de
todas as obrigações com a instituição de crédito.
Concessão de um Traduz-se num contrato de crédito, a fim de pagamento das
empréstimo prestações e outros encargos, para afiançar a continuação de
adicional. cumprimento das obrigações.
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Exercícios de Fixação
GABARITO:
21017-D
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14 taxas de juros de curto prazo e a curva de juros; taxas de juros nominais e reais
A estrutura das taxas de juros é fundamental na avaliação dos produtos de renda fixa.
A representação gráfica da relação entre os retornos dos títulos com a mesma qualidade
de crédito, mas com vencimentos diferentes, é conhecida como curva de juros ou yield
curve em inglês.
Para prazos muito curtos (menos de um ano), existe um mercado futuro (B3)
extremamente líquido que possibilita a obtenção direta das taxas spot. As figuras a seguir
mostram os possíveis formatos da curva de juros. Ou seja, as taxas spot, em vencimentos
sucessivos comparados ao vencimento. Essas curvas mostram as expectativas futuras de
taxas de juros no longo prazo.
Retorn
Retorn
vencimento vencimento
A curva a esquerda mostra uma curva de retornos com inclinação ascendente, ou seja,
o retorno cresce constantemente à medida que o vencimento aumenta. Este formato é
usualmente denominado curva de retornos normal ou positiva.
A curva a direita mostra uma curva de retornos inclinada para baixo, ou invertida,
em que os retornos declinam no decorrer do tempo.
P á g i n a | 128
Retorn
vencimento
Do ponto de vista prático, uma função-chave da curva de retornos de títulos do
Tesouro é a de servir como benchmark para a precificação dos títulos de renda fixa e
determinar os retornos em todos os demais setores do mercado de dívida: empréstimos
bancários, hipotecas, dívida corporativa e bônus internacionais.
Como não existem títulos públicos de cupom zero para todos os vencimentos, não é
possível construir tal curva apenas a partir de observações da atividade do mercado de
títulos do Tesouro.
A partir da curva de juros, podemos extrapolar as taxas spot teóricas. Além disso,
podemos extrapolar aquilo que alguns participantes do mercado denominam de consenso
do mercado de taxas de juros futuras ou a termo.
Definimos a taxa livre de risco nominal como a soma da taxa livre de risco real e
da taxa de inflação esperada.
𝑖 = 𝑟 + 𝜋𝑒
Onde:
𝜋 𝑒 = inflação esperada.
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Como estão preocupados com o consumo real, exigirão uma taxa de retorno nominal
maior quando a taxa de inflação esperada é mais elevada. Assim, o consumo real que
receberão no futuro em troca de não consumir agora (poupança) é o mesmo.
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Exercícios de Fixação
a) 6,82% a.a.
b) 7,00% a.a.
c) 6,67% a.a.
d) 6,875 a.a.
10012 - A diferença entre as taxas de juros nominal e real é data pela taxa de:
a) Câmbio.
b) Inflação.
c) SELIC.
d) Desconto.
GABARITO:
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Exercícios de Fixação
37) No mercado financeiro, além dos bancos, existem outras instituições que podem
realizar transações financeiras. Entre elas, estão as Sociedades de Fomento
Mercantil, que prestam o serviço de compra de direitos de um contrato de venda
mercantil, como, por exemplo, a compra de duplicatas de uma empresa mediante
um deságio. No mercado financeiro, essa operação é denominada
a) Aval bancário
b) Hot Money
c) Leasing
d) Factoring
e) Fiança bancária
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GABARITO:
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CAPÍTULO I
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Um paraíso fiscal também conhecido por refúgio fiscal, é uma jurisdição (estado
nacional ou região autônoma) onde a lei facilita a aplicação de capitais estrangeiros,
com alíquotas de tributação muito baixas ou nulas. As empresas e contas bancárias
abertas em territórios beneficiários do estatuto de paraíso fiscal costumam ser
chamadas de offshore.
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II. deverão comunicar ao Coaf, abstendo-se de dar ciência de tal ato a qualquer
IV. deverão comunicar ao órgão regulador ou fiscalizador da sua atividade ou, na sua
falta, ao Coaf, na periodicidade, forma e condições por eles estabelecidas, a não
ocorrência de propostas, transações ou operações passíveis de serem comunicadas
nos termos do inciso II.
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Dica do professor: para clientes sacadores e não clientes que realizem solicitação de
saque de valor igual ou superior a R$ 50.000,00, deve ser feito provisionamento com,
no mínimo, três dias úteis de antecedência das operações.
Art. 12. Às pessoas referidas no art. 9º, bem como aos administradores das
pessoas jurídicas, que deixem de cumprir as obrigações previstas nos arts. 10 e 11 serão
aplicadas, cumulativamente ou não, pelas autoridades competentes, as seguintes sanções:
I. advertência;
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III. inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o exercício do cargo de
administrador das pessoas jurídicas referidas no art. 9º;
IV. cassação ou suspensão da autorização para o exercício de atividade, operação ou
funcionamento.
§ 2o A multa será aplicada sempre que as pessoas referidas no art. 9o, por culpa ou
dolo:
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§ 3º As pessoas mencionadas nos incisos I a III do art. 3º desta Resolução que não
têm relacionamento direto com o investidor devem identificar, analisar, compreender e
mitigar os riscos de LD/FTP inerentes às suas atividades desempenhadas, considerando
os parâmetros estabelecidos nos §§ 1º e 2º do art. 17.
Art. 6º O diretor de que trata o caput do art. 8º deve elaborar relatório relativo à
avaliação interna de risco de LD/FTP, a ser encaminhado para os órgãos da alta
administração especificados na política de PLD/FTP, até o último dia útil do mês de abril,
contendo além das informações requeridas nos incisos I e II do art. 5º, o que segue:
I. identificação e análise das situações de risco de LD/FTP, considerando as
respectivas ameaças, vulnerabilidades e consequências;
II. se for o caso, análise da atuação dos prepostos, agentes autônomos de
investimento ou prestadores de serviços relevantes contratados, bem como
a descrição da governança e dos deveres associados à manutenção do
cadastro simplificado, nos termos do Anexo C;
III. tabela relativa ao ano anterior, contendo:
a. o número consolidado das operações e situações atípicas
detectadas, segregadas por cada hipótese, nos termos do art. 20;
b. o número de análises realizadas, conforme disposto no art. 21;
c. o número de comunicações de operações suspeitas reportadas para
o Conselho de Controle de Atividades Financeiras – COAF,
conforme disposto no art. 22; e
d. a data do reporte da declaração negativa, se for o caso, conforme
disposto no art. 23;
IV. as medidas adotadas para o atendimento do disposto nas alíneas “b” e “c”
do inciso II do art. 4º;
V. a apresentação dos indicadores de efetividade nos termos definidos na
política de PLD/FTP, incluindo a tempestividade acerca das atividades de
detecção, análise e comunicação de operações ou situações atípicas; e
VI. a apresentação, se for o caso, de recomendações visando mitigar os riscos
identificados do exercício anterior que ainda não foram devidamente
tratados, contendo:
a. possíveis alterações nas diretrizes previstas na política de
PLD/FTP de que trata o art. 4º;
b. aprimoramento das regras, procedimentos e controles internos
referidos no art. 7º, com o estabelecimento de cronogramas de
saneamento;
VII. a indicação da efetividade das recomendações adotadas referidas no inciso
VI em relação ao relatório respectivamente anterior, de acordo com a
metodologia de que trata o inciso II do art. 4º, registrando de forma
individualizada os resultados.
§ 1º O relatório referido no caput deve:
I. ser elaborado anualmente até o último dia útil do mês de abril e seu
conteúdo deve se referir ao ano anterior à data de entrega;
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Art. 16. As pessoas a que se referem os incisos I a III do art. 3º que tenham
relacionamento direto com o investidor devem, de forma consistente com sua política de
PLD/FTP, avaliação interna de risco e demais regras, procedimentos e controles internos,
dispensar especial atenção às situações em que não seja possível identificar o beneficiário
final, observado o disposto no § 2º do art. 13, bem como em que as diligências previstas
na seção II do Capítulo IV não possam ser concluídas.
§ 1º Nos casos descritos no caput, as pessoas lá mencionadas devem adotar os
seguintes procedimentos:
I. monitoramento reforçado, mediante a adoção de procedimentos mais
rigorosos para a seleção de operações ou situações atípicas, nos termos do
art. 20, independentemente da classificação de risco desse investidor;
II. análise mais criteriosa com vistas à verificação da necessidade das
comunicações de que tratam os arts. 22 e 27, na hipótese de detecção de
outros sinais de alerta, nos termos do inciso I do § 1º deste artigo e do art.
21;
III. avaliação do diretor responsável de que trata o caput do art. 8º, passível de
verificação, quanto ao interesse no início ou manutenção do
relacionamento com o investidor.
§ 2º Em relação aos investidores, as entidades administradoras de mercados
organizados e as entidades operadoras de infraestrutura do mercado financeiro adotarão
as medidas previstas neste artigo com base nas informações recebidas dos participantes,
observada a regulamentação em vigor.
Art. 25. As pessoas mencionadas nos incisos I a III do art. 3º devem manter
registro de toda operação envolvendo valores mobiliários, independentemente de seu
valor, de forma a permitir:
I. a verificação da movimentação financeira de cada cliente, consoante a
política de PLD/FTP, a avaliação interna de risco e as respectivas regras,
procedimentos e controles internos, conforme arts. 4º a 7º desta Resolução,
assim como em face das informações obtidas no processo de identificação
dos clientes previsto no Capítulo IV desta Resolução, considerando em
especial:
a. os valores pagos a título de liquidação de operações;
b. os valores ou ativos depositados a título de garantia, em operações
nos mercados de liquidação futura; e
c. as transferências de valores mobiliários para a conta de custódia do
cliente; e
II. as tempestivas análises e comunicações às quais se referem os arts. 21 a
23. Art. 26. As pessoas mencionadas nos incisos I a III do art. 3º devem
manter à disposição da CVM, durante o período mínimo de 5 (cinco)
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Art. 20. Para fins do disposto no inciso I do art. 11, da Lei nº 9.613, de 1998, as
pessoas mencionadas nos incisos I a IV do art. 3º devem, no limite de suas atribuições,
monitorar continuamente todas as operações e situações, bem como observar as seguintes
atipicidades, que podem, após detecção e respectiva análise, configurar indícios de
LD/FTP:
I. situações derivadas do processo de identificação do cliente, conforme
Capítulo IV, tais como:
a. situações em que não seja possível manter atualizadas as
informações cadastrais de seus clientes;
b. situações em que não seja possível identificar o beneficiário final;
c. situações em que as diligências previstas na seção II do Capítulo
IV não possam ser concluídas;
d. no caso de clientes classificados no inciso I do art. 1º do Anexo B,
operações cujos valores se afigurem incompatíveis com a
ocupação profissional, os rendimentos ou a situação patrimonial ou
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Exercícios de Fixação
a) Infrações administrativas
b) Infrações penais
c) Multas mobiliárias
d) Sanções do Banco Central
e) Ilícitos civis
103) A lavagem de dinheiro é uma das ações realizadas para tentar tornar lícito um
dinheiro proveniente de atividades ilícitas. Para ajudar na prevenção e combate a
esse tipo de crime, a Lei nº 9.613/1998, dentre outras ações, determina que as
instituições financeiras devem
99) Sr. X é gerente de uma agência bancária. Ele recebe o cliente, Sr. W, conhecido
empresário do ramo da constru- ção civil, com inúmeras aplicações financeiras na
agência. Com o passar do tempo, gerente e cliente tornam-se amigos e confidentes.
Em determinado dia, o empresário lhe confidencia ter recebido uma proposta de um
conhecido para legalizar valores que ele recebia, sem declarar à Receita Federal, e
que adviriam de atividades não autorizadas pela lei. Diante desse fato, o gerente
adverte seu cliente de que, caso acolhesse a proposta, estaria realizando, em termos
de lavagem de dinheiro, o que caracteriza a etapa de
a) Ocultação
b) Conclusão
c) Multiplicação
d) Integração
e) Manutenção
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GABARITO:
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17 Autorregulação bancária
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• Equidade;
• Respeito ao consumidor;
• Transparência;
• Excelência;
• Sustentabilidade; e
• Confiança.
O SARB reflete o compromisso do sistema financeiro no seu relacionamento com o
consumidor, com a livre concorrência; responsabilidade socioambiental; prevenção de
situações de conflito de interesses; prevenção à fraude; combate à lavagem de dinheiro e
com a adoção de medidas voltadas à anticorrupção.
Aliados a este Código de Conduta Ética e Autorregulação, o Sistema de
Autorregulação Bancária também é regido por Normativos de adesão voluntária pelas
Instituições Financeiras Signatárias, que se harmonizam à legislação vigente e possuem
TRÊS PRINCIPAIS EIXOS: Relacionamento com o Consumidor; Responsabilidade
Socioambiental; Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento ao Terrorismo.
O Selo da Autorregulação reforça e torna ainda mais transparente o compromisso
assumido pelas Instituições Financeiras Signatárias da Autorregulação FEBRABAN que
aderiram voluntariamente a pelo menos um de seus eixos normativos:
• relacionamento com o consumidor;
• combate ao financiamento ao terrorismo e prevenção à lavagem de dinheiro;
e
• responsabilidade socioambiental.
Apenas as Instituições Financeiras Signatárias níveis II e III farão jus ao selo
de Autorregulação, desde que cumpridos os requisitos e percentuais de conformidade
mínimos previstos no Anexo do Normativo SARB 020/2018.
• Signatárias NÍVEL I: Todas as Instituições Financeiras associadas à
FEBRABAN são Signatárias da Autorregulação de forma automática no que
se refere ao Código de Conduta Ética - que traz disposições gerais sobre
princípios éticos, relacionamento com o consumidor, livre concorrência,
responsabilidade socioambiental, prevenção à lavagem de dinheiro, dentre
outros temas.
• Signatárias NÍVEL II: as Instituições Financeiras Signatárias que aderirem
voluntariamente a pelo menos um dos eixos normativos acima descritos
• Signatárias NÍVEL III: aquelas que aderirem a todos os eixos.
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Um mercado forte se faz com regras claras, que reflitam a realidade das instituições
e assegurem a busca constante pelo aprimoramento.
Nosso modelo de autorregulação é privado e voluntário, baseado em regras criadas
pelo mercado, para o mercado e em favor dele. As regras são expressas em Códigos de
Autorregulação e Melhores Práticas, aos quais podem aderir inclusive instituições que
não são associadas ANBIMA.
O cumprimento das normas é acompanhado de perto pela nossa equipe técnica,
que supervisiona as instituições, dá orientações de caráter educativo e ajuda na
condução de processos avaliados pelos conselhos de autorregulação.
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Exercícios de Fixação
Ano: 2011 Banca: FCC Órgão: Banco do Brasil Prova: FCC - 2011 - Banco do Brasil
– Escriturário
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Ano: 2011 Banca: FCC Órgão: Banco do Brasil Prova: FCC - 2011 - Banco do Brasil
- Escriturário - Ed. 02
GABARITO:
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18 Sigilo bancário
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I. de terrorismo;
II. de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins;
III. de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado a sua
produção;
IV. de extorsão mediante sequestro;
V. contra o sistema financeiro nacional;
VI. contra a Administração Pública;
VII. contra a ordem tributária e a previdência social;
VIII. lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores;
IX. praticado por organização criminosa.
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§ 5o O dever de sigilo de que trata esta Lei Complementar estende-se aos órgãos
fiscalizadores mencionados no § 4o e a seus agentes.
Art. 3o Serão prestadas pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores
Mobiliários e pelas instituições financeiras as informações ordenadas pelo Poder
Judiciário, preservado o seu caráter sigiloso mediante acesso restrito às partes, que delas
não poderão servir-se para fins estranhos à lide.
§ 3o Além dos casos previstos neste artigo o Banco Central do Brasil e a Comissão
de Valores Mobiliários fornecerão à Advocacia-Geral da União as informações e os
documentos necessários à defesa da União nas ações em que seja parte.
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§ 2o As solicitações de que trata este artigo deverão ser previamente aprovadas pelo
Plenário da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, ou do plenário de suas respectivas
comissões parlamentares de inquérito.
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§ 5o As informações a que refere este artigo serão conservadas sob sigilo fiscal, na
forma da legislação em vigor.
Art. 10. A quebra de sigilo, fora das hipóteses autorizadas nesta Lei
Complementar, constitui crime e sujeita os responsáveis à pena de reclusão, de um a
quatro anos, e multa, aplicando-se, no que couber, o Código Penal, sem prejuízo de outras
sanções cabíveis.
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Exercícios de Fixação
a) I
b) II
c) II e III
d) Todas as alternativas
e) Nenhuma das alternativas
116) A quebra de sigilo, fora das hipóteses autorizadas na Lei do Sigilo Bancário,
constitui crime e sujeita os responsáveis à pena de:
a) I
b) II
c) II e III
d) Todas as alternativas
e) Nenhuma das alternativas
GABARITO:
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Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios
digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o
objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre
desenvolvimento da personalidade da pessoa natural.
Parágrafo único. As normas gerais contidas nesta Lei são de interesse nacional e
devem ser observadas pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
I. o respeito à privacidade;
II. a autodeterminação informativa;
III. a liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião;
IV. a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem;
V. o desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação;
VI. a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor; e
VII. os direitos humanos, o livre desenvolvimento da personalidade, a dignidade
e o exercício da cidadania pelas pessoas naturais.
a. jornalístico e artísticos; ou
b. acadêmicos, aplicando-se a esta hipótese os arts. 7º e 11 desta Lei;
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a. segurança pública;
b. defesa nacional;
c. segurança do Estado; ou
d. atividades de investigação e repressão de infrações penais; ou
§ 1º O tratamento de dados pessoais previsto no inciso III será regido por legislação
específica, que deverá prever medidas proporcionais e estritamente necessárias ao
atendimento do interesse público, observados o devido processo legal, os princípios
gerais de proteção e os direitos do titular previstos nesta Lei.
§ 2º É vedado o tratamento dos dados a que se refere o inciso III do caput deste
artigo por pessoa de direito privado, exceto em procedimentos sob tutela de pessoa
jurídica de direito público, que serão objeto de informe específico à autoridade nacional
e que deverão observar a limitação imposta no § 4º deste artigo.
§ 4º Em nenhum caso a totalidade dos dados pessoais de banco de dados de que trata
o inciso III do caput deste artigo poderá ser tratada por pessoa de direito privado, salvo
por aquela que possua capital integralmente constituído pelo poder público.
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VIII. encarregado: pessoa indicada pelo controlador e operador para atuar como
canal de comunicação entre o controlador, os titulares dos dados e a
Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD);
IX. agentes de tratamento: o controlador e o operador;
X. tratamento: toda operação realizada com dados pessoais, como as que se
referem a coleta, produção, recepção, classificação, utilização, acesso,
reprodução, transmissão, distribuição, processamento, arquivamento,
armazenamento, eliminação, avaliação ou controle da informação,
modificação, comunicação, transferência, difusão ou extração;
XI. anonimização: utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis no
momento do tratamento, por meio dos quais um dado perde a possibilidade
de associação, direta ou indireta, a um indivíduo;
XII. consentimento: manifestação livre, informada e inequívoca pela qual o
titular concorda com o tratamento de seus dados pessoais para uma
finalidade determinada;
XIII. bloqueio: suspensão temporária de qualquer operação de tratamento,
mediante guarda do dado pessoal ou do banco de dados;
XIV. eliminação: exclusão de dado ou de conjunto de dados armazenados em
banco de dados, independentemente do procedimento empregado;
XV. transferência internacional de dados: transferência de dados pessoais para
país estrangeiro ou organismo internacional do qual o país seja membro;
XVI. uso compartilhado de dados: comunicação, difusão, transferência
internacional, interconexão de dados pessoais ou tratamento compartilhado
de bancos de dados pessoais por órgãos e entidades públicos no
cumprimento de suas competências legais, ou entre esses e entes privados,
reciprocamente, com autorização específica, para uma ou mais modalidades
de tratamento permitidas por esses entes públicos, ou entre entes privados;
XVII. relatório de impacto à proteção de dados pessoais: documentação do
controlador que contém a descrição dos processos de tratamento de dados
pessoais que podem gerar riscos às liberdades civis e aos direitos
fundamentais, bem como medidas, salvaguardas e mecanismos de mitigação
de risco;
XVIII. órgão de pesquisa: órgão ou entidade da administração pública direta ou
indireta ou pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos legalmente
constituída sob as leis brasileiras, com sede e foro no País, que inclua em
sua missão institucional ou em seu objetivo social ou estatutário a pesquisa
básica ou aplicada de caráter histórico, científico, tecnológico ou estatístico;
e
XIX. autoridade nacional: órgão da administração pública responsável por zelar,
implementar e fiscalizar o cumprimento desta Lei em todo o território
nacional.
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Art. 8º O consentimento previsto no inciso I do art. 7º desta Lei deverá ser fornecido
por escrito ou por outro meio que demonstre a manifestação de vontade do titular.
§ 1º Caso o consentimento seja fornecido por escrito, esse deverá constar de cláusula
destacada das demais cláusulas contratuais.
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Art. 11. O tratamento de dados pessoais sensíveis somente poderá ocorrer nas
seguintes hipóteses:
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auxiliares de diagnose e terapia, em benefício dos interesses dos titulares de dados, e para
permitir:
Art. 12. Os dados anonimizados não serão considerados dados pessoais para os
fins desta Lei, salvo quando o processo de anonimização ao qual foram submetidos for
revertido, utilizando exclusivamente meios próprios, ou quando, com esforços razoáveis,
puder ser revertido.
§ 2º Poderão ser igualmente considerados como dados pessoais, para os fins desta
Lei, aqueles utilizados para formação do perfil comportamental de determinada pessoa
natural, se identificada.
§ 3º O acesso aos dados de que trata este artigo será objeto de regulamentação por
parte da autoridade nacional e das autoridades da área de saúde e sanitárias, no âmbito de
suas competências.
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Art. 16. Os dados pessoais serão eliminados após o término de seu tratamento,
no âmbito e nos limites técnicos das atividades, autorizada a conservação para as
seguintes finalidades:
Art. 17. Toda pessoa natural tem assegurada a titularidade de seus dados
pessoais e garantidos os direitos fundamentais de liberdade, de intimidade e de
privacidade, nos termos desta Lei.
Art. 18. O titular dos dados pessoais tem direito a obter do controlador, em
relação aos dados do titular por ele tratados, a qualquer momento e mediante
requisição:
§ 1º O titular dos dados pessoais tem o direito de peticionar em relação aos seus
dados contra o controlador perante a autoridade nacional.
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I. comunicar que não é agente de tratamento dos dados e indicar, sempre que
possível, o agente; ou
II. indicar as razões de fato ou de direito que impedem a adoção imediata da
providência.
§ 8º O direito a que se refere o § 1º deste artigo também poderá ser exercido perante
os organismos de defesa do consumidor.
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Art. 20. O titular dos dados tem direito a solicitar a revisão de decisões tomadas
unicamente com base em tratamento automatizado de dados pessoais que afetem seus
interesses, incluídas as decisões destinadas a definir o seu perfil pessoal, profissional, de
consumo e de crédito ou os aspectos de sua personalidade.
Art. 21. Os dados pessoais referentes ao exercício regular de direitos pelo titular
não podem ser utilizados em seu prejuízo.
Art. 22. A defesa dos interesses e dos direitos dos titulares de dados poderá ser
exercida em juízo, individual ou coletivamente, na forma do disposto na legislação
pertinente, acerca dos instrumentos de tutela individual e coletiva.
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§ 2º O juiz, no processo civil, poderá inverter o ônus da prova a favor do titular dos
dados quando, a seu juízo, for verossímil a alegação, houver hipossuficiência para fins de
produção de prova ou quando a produção de prova pelo titular resultar-lhe
excessivamente onerosa.
§ 4º Aquele que reparar o dano ao titular tem direito de regresso contra os demais
responsáveis, na medida de sua participação no evento danoso.
Art. 44. O tratamento de dados pessoais será irregular quando deixar de observar a
legislação ou quando não fornecer a segurança que o titular dele pode esperar,
consideradas as circunstâncias relevantes, entre as quais:
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§ 2º As medidas de que trata o caput deste artigo deverão ser observadas desde a
fase de concepção do produto ou do serviço até a sua execução.
Art. 47. Os agentes de tratamento ou qualquer outra pessoa que intervenha em uma
das fases do tratamento obriga-se a garantir a segurança da informação prevista nesta Lei
em relação aos dados pessoais, mesmo após o seu término.
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Art. 49. Os sistemas utilizados para o tratamento de dados pessoais devem ser
estruturados de forma a atender aos requisitos de segurança, aos padrões de boas práticas
e de governança e aos princípios gerais previstos nesta Lei e às demais normas
regulamentares.
§ 2º Na aplicação dos princípios indicados nos incisos VII e VIII do caput do art. 6º
desta Lei, o controlador, observados a estrutura, a escala e o volume de suas operações,
bem como a sensibilidade dos dados tratados e a probabilidade e a gravidade dos danos
para os titulares dos dados, poderá:
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Art. 51. A autoridade nacional estimulará a adoção de padrões técnicos que facilitem
o controle pelos titulares dos seus dados pessoais.
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Art. 53. A autoridade nacional definirá, por meio de regulamento próprio sobre
sanções administrativas a infrações a esta Lei, que deverá ser objeto de consulta pública,
as metodologias que orientarão o cálculo do valor-base das sanções de multa.
Art. 54. O valor da sanção de multa diária aplicável às infrações a esta Lei deve
observar a gravidade da falta e a extensão do dano ou prejuízo causado e ser
fundamentado pela autoridade nacional.
V. Procuradoria; e
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§ 1º Nos termos do caput deste artigo, cabe ao Ministro de Estado Chefe da Casa
Civil da Presidência da República instaurar o processo administrativo disciplinar, que
será conduzido por comissão especial constituída por servidores públicos federais
estáveis.
Art. 55-F. Aplica-se aos membros do Conselho Diretor, após o exercício do cargo,
o disposto no art. 6º da Lei nº 12.813, de 16 de maio de 2013.
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Art. 55-K. A aplicação das sanções previstas nesta Lei compete exclusivamente à
ANPD, e suas competências prevalecerão, no que se refere à proteção de dados pessoais,
sobre as competências correlatas de outras entidades ou órgãos da administração pública.
Parágrafo único. A ANPD articulará sua atuação com outros órgãos e entidades com
competências sancionatórias e normativas afetas ao tema de proteção de dados pessoais
e será o órgão central de interpretação desta Lei e do estabelecimento de normas e
diretrizes para a sua implementação.
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Exercícios de Fixação
01) De acordo com o que estabelece a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº
13.709/2018) acerca da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD),
GABARITO:
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§ 3º Considera-se agente público estrangeiro, para os fins desta Lei, quem, ainda
que transitoriamente ou sem remuneração, exerça cargo, emprego ou função pública em
órgãos, entidades estatais ou em representações diplomáticas de país estrangeiro, assim
como em pessoas jurídicas controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público de
país estrangeiro ou em organizações públicas internacionais.
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I. multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento)
do faturamento bruto do último exercício anterior ao da instauração do
processo administrativo, excluídos os tributos, a qual nunca será inferior à
vantagem auferida, quando for possível sua estimação; e
II. publicação extraordinária da decisão condenatória.
I. a gravidade da infração;
II. a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator;
III. a consumação ou não da infração;
IV. o grau de lesão ou perigo de lesão;
V. o efeito negativo produzido pela infração;
VI. a situação econômica do infrator;
VII. a cooperação da pessoa jurídica para a apuração das infrações;
VIII. a existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade,
auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de
códigos de ética e de conduta no âmbito da pessoa jurídica;
IX. o valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o órgão ou entidade
pública lesados; e
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Art. 14. A personalidade jurídica poderá ser desconsiderada sempre que utilizada
com abuso do direito para facilitar, encobrir ou dissimular a prática dos atos ilícitos
previstos nesta Lei ou para provocar confusão patrimonial, sendo estendidos todos os
efeitos das sanções aplicadas à pessoa jurídica aos seus administradores e sócios com
poderes de administração, observados o contraditório e a ampla defesa.
Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar
acordo de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos
nesta Lei que colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo,
sendo que dessa colaboração resulte:
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Art. 17. A administração pública poderá também celebrar acordo de leniência com
a pessoa jurídica responsável pela prática de ilícitos previstos na Lei nº 8.666, de 21 de
junho de 1993, com vistas à isenção ou atenuação das sanções administrativas
estabelecidas em seus arts. 86 a 88.
Art. 19. Em razão da prática de atos previstos no art. 5º desta Lei, a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por meio das respectivas Advocacias
Públicas ou órgãos de representação judicial, ou equivalentes, e o Ministério Público,
poderão ajuizar ação com vistas à aplicação das seguintes sanções às pessoas jurídicas
infratoras:
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Art. 20. Nas ações ajuizadas pelo Ministério Público, poderão ser aplicadas as
sanções previstas no art. 6º , sem prejuízo daquelas previstas neste Capítulo, desde que
constatada a omissão das autoridades competentes para promover a responsabilização
administrativa.
Art. 21. Nas ações de responsabilização judicial, será adotado o rito previsto na Lei
nº 7.347, de 24 de julho de 1985.
Art. 22. Fica criado no âmbito do Poder Executivo federal o Cadastro Nacional de
Empresas Punidas - CNEP, que reunirá e dará publicidade às sanções aplicadas pelos
órgãos ou entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esferas
de governo com base nesta Lei.
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§ 4º Caso a pessoa jurídica não cumpra os termos do acordo de leniência, além das
informações previstas no § 3º , deverá ser incluída no Cnep referência ao respectivo
descumprimento.
Art. 25. Prescrevem em 5 (cinco) anos as infrações previstas nesta Lei, contados da
data da ciência da infração ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em
que tiver cessado.
Art. 27. A autoridade competente que, tendo conhecimento das infrações previstas
nesta Lei, não adotar providências para a apuração dos fatos será responsabilizada penal,
civil e administrativamente nos termos da legislação específica aplicável.
Art. 28. Esta Lei aplica-se aos atos lesivos praticados por pessoa jurídica brasileira
contra a administração pública estrangeira, ainda que cometidos no exterior.
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Art. 30. A aplicação das sanções previstas nesta Lei não afeta os processos de
responsabilização e aplicação de penalidades decorrentes de:
§ 1º A investigação de que trata o inciso I do caput terá caráter sigiloso e não punitivo
e será destinada à apuração de indícios de autoria e materialidade de atos lesivos à
administração pública federal.
§ 2º A investigação preliminar será conduzida diretamente pela corregedoria da
entidade ou unidade competente, na forma estabelecida em regulamento, ou por comissão
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composta por dois ou mais membros, designados entre servidores efetivos ou empregados
públicos.
§ 3º Na investigação preliminar, serão praticados os atos necessários à elucidação
dos fatos sob apuração, compreendidas todas as diligências admitidas em lei,
notadamente:
I. proposição à autoridade instauradora da suspensão cautelar dos
efeitos do ato ou do processo objeto da investigação;
II. solicitação de atuação de especialistas com conhecimentos técnicos
ou operacionais, de órgãos e entidades públicos ou de outras
organizações, para auxiliar na análise da matéria sob exame;
III. solicitação de informações bancárias sobre movimentação de
recursos públicos, ainda que sigilosas, nesta hipótese, em sede de
compartilhamento do sigilo com órgãos de controle;
IV. requisição, por meio da autoridade competente, do compartilhamento
de informações tributárias da pessoa jurídica investigada, conforme
previsto no inciso II do § 1º do art. 198 da Lei nº 5.172, de 25 de
outubro de 1966 - Código Tributário Nacional;
V. solicitação, ao órgão de representação judicial ou equivalente dos
órgãos ou das entidades lesadas, das medidas judiciais necessárias
para a investigação e para o processamento dos atos lesivos, inclusive
de busca e apreensão, no Brasil ou no exterior; ou
VI. solicitação de documentos ou informações a pessoas físicas ou
jurídicas, de direito público ou privado, nacionais ou estrangeiras, ou
a organizações públicas internacionais.
§ 4º O prazo para a conclusão da investigação preliminar não excederá cento e oitenta
dias, admitida a prorrogação, mediante ato da autoridade a que se refere ocaput.
§ 5º Ao final da investigação preliminar, serão enviadas à autoridade competente as
peças de informação obtidas, acompanhadas de relatório conclusivo acerca da existência
de indícios de autoria e materialidade de atos lesivos à administração pública federal, para
decisão sobre a instauração do PAR.
20.2.1.2 Seção II - Do Processo Administrativo de Responsabilização
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§ 3º Caso a intimação prevista no caput não tenha êxito, será feita nova intimação
por meio de edital publicado na imprensa oficial e no sítio eletrônico do órgão ou da
entidade pública responsável pela condução do PAR, hipótese em que o prazo para
apresentação de defesa escrita será contado a partir da última data de publicação do edital.
§ 4º Caso a pessoa jurídica processada não apresente sua defesa escrita no prazo
estabelecido no caput, contra ela correrão os demais prazos, independentemente de
notificação ou intimação, podendo intervir em qualquer fase do processo, sem direito à
repetição de qualquer ato processual já praticado.
Art. 7º As intimações serão feitas por qualquer meio físico ou eletrônico que assegure
a certeza de ciência da pessoa jurídica processada.
§ 1º Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-
se da contagem o dia do começo e incluindo-se o dia do vencimento, observado o disposto
no Capítulo XVI da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
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Art. 12. Concluído o relatório final, a comissão lavrará ata de encerramento dos seus
trabalhos, que formalizará sua desconstituição, e encaminhará o PAR à autoridade
instauradora, que determinará a intimação da pessoa jurídica processada do relatório final
para, querendo, manifestar-se no prazo máximo de dez dias.
Parágrafo único. Transcorrido o prazo previsto nocaput, a autoridade instauradora
determinará à corregedoria da entidade ou à unidade competente que analise a
regularidade e o mérito do PAR.
Art. 13. Após a análise de regularidade e mérito, o PAR será encaminhado à
autoridade competente para julgamento, o qual será precedido de manifestação jurídica,
elaborada pelo órgão de assistência jurídica competente.
Parágrafo único. Na hipótese de decisão contrária ao relatório da comissão, esta
deverá ser fundamentada com base nas provas produzidas no PAR.
Art. 14. A decisão administrativa proferida pela autoridade julgadora ao final do PAR
será publicada no Diário Oficial da União e no sítio eletrônico do órgão ou da entidade
pública responsável pelo julgamento do PAR.
Art. 15. Da decisão administrativa sancionadora cabe pedido de reconsideração com
efeito suspensivo, no prazo de dez dias, contado da data de publicação da decisão.
§ 1º A pessoa jurídica contra a qual foram impostas sanções no PAR e que não
apresentar pedido de reconsideração deverá cumpri-las no prazo de trinta dias, contado
do fim do prazo para interposição do pedido de reconsideração.
§ 2º A autoridade julgadora terá o prazo de trinta dias para decidir sobre a matéria
alegada no pedido de reconsideração e publicar nova decisão.
§ 3º Mantida a decisão administrativa sancionadora, será concedido à pessoa jurídica
novo prazo de trinta dias para o cumprimento das sanções que lhe foram impostas,
contado da data de publicação da nova decisão.
Art. 16. Os atos previstos como infrações administrativas à Lei nº 14.133, de 1º de
abril de 2021, ou a outras normas de licitações e contratos da administração pública que
também sejam tipificados como atos lesivos na Lei nº 12.846, de 2013, serão apurados e
julgados conjuntamente, nos mesmos autos, aplicando-se o rito procedimental previsto
neste Capítulo.
§ 1º Concluída a apuração de que trata o caput e havendo autoridades distintas
competentes para o julgamento, o processo será encaminhado primeiramente àquela de
nível mais elevado, para que julgue no âmbito de sua competência, tendo precedência o
julgamento pelo Ministro de Estado competente.
§ 2º Para fins do disposto no caput, o chefe da unidade responsável no órgão ou na
entidade pela gestão de licitações e contratos deve comunicar à autoridade a que se refere
o caput do art. 3º eventuais fatos que configurem atos lesivos previstos no art. 5º da Lei
nº 12.846, de 2013.
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Art. 19. As pessoas jurídicas estão sujeitas às seguintes sanções administrativas, nos
termos do disposto no art. 6º da Lei nº 12.846, de 2013:
I. multa; e
II. publicação extraordinária da decisão administrativa sancionadora.
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Art. 20. A multa prevista no inciso I do caput do art. 6º da Lei nº 12.846, de 2013,
terá como base de cálculo o faturamento bruto da pessoa jurídica no último exercício
anterior ao da instauração do PAR, excluídos os tributos.
§ 1º Os valores que constituirão a base de cálculo de que trata o caput poderão ser
apurados, entre outras formas, por meio de:
I. compartilhamento de informações tributárias, na forma do disposto
no inciso II do § 1º do art. 198 da Lei nº 5.172, de 1966 - Código
Tributário Nacional;
II. registros contábeis produzidos ou publicados pela pessoa jurídica
acusada, no Brasil ou no exterior;
III. estimativa, levando em consideração quaisquer informações sobre a
sua situação econômica ou o estado de seus negócios, tais como
patrimônio, capital social, número de empregados, contratos, entre
outras; e
IV. identificação do montante total de recursos recebidos pela pessoa
jurídica sem fins lucrativos no ano anterior ao da instauração do PAR,
excluídos os tributos incidentes sobre vendas.
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III. até um e meio por cento para o grau de colaboração da pessoa jurídica
com a investigação ou a apuração do ato lesivo, independentemente
do acordo de leniência;
IV. até dois por cento no caso de admissão voluntária pela pessoa jurídica
da responsabilidade objetiva pelo ato lesivo; e
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Art. 24. A existência e quantificação dos fatores previstos nos art. 22 e art. 23 deverá
ser apurada no PAR e evidenciada no relatório final da comissão, o qual também conterá
a estimativa, sempre que possível, dos valores da vantagem auferida e da pretendida.
Art. 25. Em qualquer hipótese, o valor final da multa terá como limite:
I. mínimo, o maior valor entre o da vantagem auferida, quando for
possível sua estimativa, e:
a. um décimo por cento da base de cálculo; ou
b. R$ 6.000,00 (seis mil reais), na hipótese prevista no art. 21; e
§ 1º O limite máximo não será observado, caso o valor resultante do cálculo desse
parâmetro seja inferior ao resultado calculado para o limite mínimo.
§ 2º Na ausência de todos os fatores previstos nos art. 22 e art. 23 ou quando o
resultado das operações de soma e subtração for igual ou menor que zero, o valor da multa
corresponderá ao limite mínimo estabelecido nocaput.
Art. 26. O valor da vantagem auferida ou pretendida corresponde ao equivalente
monetário do produto do ilícito, assim entendido como os ganhos ou os proveitos obtidos
ou pretendidos pela pessoa jurídica em decorrência direta ou indireta da prática do ato
lesivo.
§ 1º O valor da vantagem auferida ou pretendida poderá ser estimado mediante a
aplicação, conforme o caso, das seguintes metodologias:
I. pelo valor total da receita auferida em contrato administrativo e seus
aditivos, deduzidos os custos lícitos que a pessoa jurídica comprove
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Art. 29. A multa aplicada será integralmente recolhida pela pessoa jurídica
sancionada no prazo de trinta dias, observado o disposto no art. 15.
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Art. 33. O acordo de leniência será celebrado com as pessoas jurídicas responsáveis
pela prática dos atos lesivos previstos na Lei nº 12.846, de 2013, e dos ilícitos
administrativos previstos na Lei nº 14.133, de 2021, e em outras normas de licitações e
contratos, com vistas à isenção ou à atenuação das respectivas sanções, desde que
colaborem efetivamente com as investigações e o PAR, devendo resultar dessa
colaboração:
I. a identificação dos demais envolvidos nos ilícitos, quando couber; e
II. a obtenção célere de informações e documentos que comprovem a
infração sob apuração.
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Art. 56. Para fins do disposto neste Decreto, programa de integridade consiste, no
âmbito de uma pessoa jurídica, no conjunto de mecanismos e procedimentos internos de
integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades e na aplicação efetiva de
códigos de ética e de conduta, políticas e diretrizes, com objetivo de:
I. prevenir, detectar e sanar desvios, fraudes, irregularidades e atos
ilícitos praticados contra a administração pública, nacional ou
estrangeira; e
II. fomentar e manter uma cultura de integridade no ambiente
organizacional.
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Parágrafo único. Poderão ser registradas no CEIS outras sanções que impliquem
restrição ao direito de participar em licitações ou de celebrar contratos com a
administração pública, ainda que não sejam de natureza administrativa.
Art. 59. O CNEP conterá informações referentes:
I. às sanções impostas com fundamento na Lei nº 12.846, de 2013; e
II. ao descumprimento de acordo de leniência celebrado com
fundamento na Lei nº 12.846, de 2013.
Art. 61. Os registros no CEIS e no CNEP deverão ser realizados imediatamente após
o transcurso do prazo para apresentação do pedido de reconsideração ou recurso cabível
ou da publicação de sua decisão final, quando lhe for atribuído efeito suspensivo pela
autoridade competente.
Art. 62. A exclusão dos dados e das informações constantes do CEIS ou do CNEP se
dará:
I. com o fim do prazo do efeito limitador ou impeditivo da sanção ou
depois de decorrido o prazo previamente estabelecido no ato
sancionador; ou
II. mediante requerimento da pessoa jurídica interessada, após
cumpridos os seguintes requisitos, quando aplicáveis:
a. publicação da decisão de reabilitação da pessoa jurídica
sancionada;
b. cumprimento integral do acordo de leniência;
c. reparação do dano causado;
d. quitação da multa aplicada; e
e. cumprimento da pena de publicação extraordinária da decisão
administrativa sancionadora.
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Art. 63. O fornecimento dos dados e das informações de que trata este Capítulo pelos
órgãos e pelas entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de cada uma das
esferas de governo será disciplinado pela Controladoria-Geral da União.
Parágrafo único. O registro e a exclusão dos registros no CEIS e no CNEP são de
competência e responsabilidade do órgão ou da entidade sancionadora.
20.6 CAPÍTULO VII - DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 64. As informações referentes ao PAR instaurado no âmbito dos órgãos e das
entidades do Poder Executivo federal serão registradas no sistema de gerenciamento
eletrônico de processos administrativos sancionadores mantido pela Controladoria-Geral
da União, conforme ato do Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União.
Art. 65. Os órgãos e as entidades da administração pública, no exercício de suas
competências regulatórias, disporão sobre os efeitos da Lei nº 12.846, de 2013, no âmbito
das atividades reguladas, inclusive no caso de proposta e celebração de acordo de
leniência.
Art. 66. O processamento do PAR ou a negociação de acordo de leniência não
interfere no seguimento regular dos processos administrativos específicos para apuração
da ocorrência de danos e prejuízos à administração pública federal resultantes de ato
lesivo cometido por pessoa jurídica, com ou sem a participação de agente público.
Art. 67. Compete ao Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União editar
orientações, normas e procedimentos complementares para a execução deste Decreto,
notadamente no que diz respeito a:
I. fixação da metodologia para a apuração do faturamento bruto e dos
tributos a serem excluídos para fins de cálculo da multa a que se
refere o art. 6º da Lei nº 12.846, de 2013;
II. forma e regras para o cumprimento da publicação extraordinária da
decisão administrativa sancionadora;
III. avaliação do programa de integridade, inclusive sobre a forma de
avaliação simplificada no caso de microempresas e empresas de
pequeno porte; e
IV. gestão e registro dos procedimentos e sanções aplicadas em face de
pessoas jurídicas e entes privados.
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Exercícios de Fixação
GABARITO:
01-B 02-B
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Art. 11. As instituições referidas no art. 1º devem assegurar que suas políticas,
estratégias e estruturas para gerenciamento de riscos previstas na regulamentação em
vigor, especificamente no tocante aos critérios de decisão quanto à terceirização de
serviços, contemplem a contratação de serviços relevantes de processamento e
armazenamento de dados e de computação em nuvem, no País ou no exterior.
Art. 12. As instituições mencionadas no art. 1º, previamente à contratação de serviços
relevantes de processamento e armazenamento de dados e de computação em nuvem,
devem adotar procedimentos que contemplem:
I. I - a adoção de práticas de governança corporativa e de gestão proporcionais
à relevância do serviço a ser contratado e aos riscos a que estejam expostas;
e
II. II - a verificação da capacidade do potencial prestador de serviço de
assegurar:
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§ 2º A comunicação de que trata o caput deve ser realizada até dez dias após a
contratação dos serviços.
§ 3º As alterações contratuais que impliquem modificação das informações de que
trata o § 1º devem ser comunicadas ao Banco Central do Brasil até dez dias após a
alteração contratual.
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Art. 18. O disposto nos arts. 11 a 17 não se aplica à contratação de sistemas operados
por câmaras, por prestadores de serviços de compensação e de liquidação ou por entidades
que exerçam atividades de registro ou de depósito centralizado.
21.3 CAPÍTULO IV - DISPOSIÇÕES GERAIS
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Art. 19. As instituições referidas no art. 1º devem assegurar que suas políticas para
gerenciamento de riscos previstas na regulamentação em vigor disponham, no tocante à
continuidade de negócios, sobre:
I. o tratamento dos incidentes relevantes relacionados com o ambiente
cibernético de que trata o art. 3º, inciso IV;
II. os procedimentos a serem seguidos no caso da interrupção de serviços
relevantes de processamento e armazenamento de dados e de computação em
nuvem contratados, abrangendo cenários que considerem a substituição da
empresa contratada e o reestabelecimento da operação normal da instituição;
e
III. os cenários de incidentes considerados nos testes de continuidade de negócios
de que trata o art. 3º, inciso V, alínea "a".
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Art. 23. Devem ficar à disposição do Banco Central do Brasil pelo prazo de cinco
anos:
I. o documento relativo à política de segurança cibernética, de que trata o art.
2º;
II. a ata de reunião do conselho de administração ou, na sua inexistência, da
diretoria da instituição, no caso de ser formalizada a opção de que trata o art.
2º, § 2º;
III. o documento relativo ao plano de ação e de resposta a incidentes, de que trata
o art. 6º;
IV. o relatório anual, de que trata o art. 8º;
V. a documentação sobre os procedimentos de que trata o art. 12, § 2º;
VI. a documentação de que trata o art. 16, § 3º, no caso de serviços prestados no
exterior;
VII. os contratos de que trata o art. 17, contado o prazo referido no caput a partir
da extinção do contrato;
VIII. os dados, os registros e as informações relativas aos mecanismos de
acompanhamento e de controle de que trata o art. 21, contado o prazo referido
no caput a partir da implementação dos citados mecanismos; e
IX. a documentação com os critérios que configurem uma situação de crise de
que trata o art. 20, Parágrafo único.
Art. 24. O Banco Central do Brasil poderá adotar as medidas necessárias para
cumprimento do disposto nesta Resolução, bem como estabelecer:
I. os requisitos e os procedimentos para o compartilhamento de informações,
nos termos do art. 22;
II. a exigência de certificações e outros requisitos técnicos a serem requeridos
das empresas contratadas, pela instituição financeira contratante, na prestação
dos serviços de que trata o art. 12;
III. os prazos máximos de que trata o art. 20, inciso II para reinício ou
normalização das atividades ou dos serviços relevantes interrompidos; e
IV. os requisitos técnicos e procedimentos operacionais a serem observados pelas
instituições para o cumprimento desta Resolução.
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Parágrafo único. O prazo previsto para adequação ao disposto no caput não pode
ultrapassar 31 de dezembro 2021.
Art. 26. O Banco Central do Brasil poderá vetar ou impor restrições para a
contratação de serviços de processamento e armazenamento de dados e de computação
em nuvem quando constatar, a qualquer tempo, a inobservância do disposto nesta
Resolução, bem como a limitação à atuação do Banco Central do Brasil, estabelecendo
prazo para a adequação dos referidos serviços.
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Exercícios de Fixação
01) Crime cibernético é todo crime que é executado online e inclui, por exemplo, o
roubo de informações no meio virtual. Uma recomendação correta de segurança aos
usuários da internet, para se proteger contra a variedade de crimes cibernéticos é
GABARITO:
01-C
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Nesta perspectiva a ética nas organizações remete para os deveres relacionados com
a responsabilidade que cada membro da organização tem no seu trabalho. Não ter uma
atitude ética é ir contra os deveres profissionais, é não cumprir compromissos assumidos,
por escrito ou verbalmente, perante as suas funções e estatutos nas organizações (Ferreira
& Dias, 2005, p.25). A organização não é uma abstração, é uma estrutura física e são as
pessoas concretas, é também por isso que a ética se prende com comportamentos
concretos.
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Código de Ética
3.1. Clientes e Usuários
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3.3 Fornecedores
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3.5. Parceiros
3.6. Concorrentes
3.6.1. Temos a ética, a integridade e a civilidade como compromisso nas relações com a
concorrência.
3.6.2. Conduzimos a troca de informações com a concorrência de maneira lícita,
transparente e fidedigna, preservando os princípios do sigilo bancário e os interesses da
Empresa.
3.7. Governos
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P á g i n a | 254
3.8. Comunidades
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3.9.3. Asseguramos informação completa, legítima, objetiva, atual e clara nos relatórios
e documentos que disponibilizamos aos órgãos reguladores nos diversos países em que
atuamos e nas demais divulgações públicas que realizamos.
NORMAS DE CONDUTA
4.1. Aspectos Gerais
4.2.1. Exercer sua função de forma isenta, eximindo-se de fazer uso da condição de
funcionário para obter vantagem para si ou para terceiros.
4.2.2. Comunicar imediatamente qualquer conflito de interesses, ou a presunção de sua
existência, ao superior hierárquico.
4.2.3. Privar-se de deliberar assuntos sobre os quais tenha interesse conflitante com o do
Banco ou nas decisões, controle ou liquidação de negócios com as pessoas a seguir
indicadas, bem como com Empresas onde figurem como dirigentes ou sócios:
4.2.3.1. o próprio funcionário;
4.2.3.2. o cônjuge ou o companheiro do funcionário;
4.2.3.3. parentes do funcionário de até 3º grau.
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4.2.4. Declarar-se impedido de conduzir assuntos ou negócios com agente público com
poder decisório no âmbito dos órgãos e entidades do governo, com o qual tenha relação
de parentesco, em linha reta ou colateral, por consanguinidade ou afinidade, até 3º grau.
4.2.4.1. São considerados parentes: Consanguíneos – pai, mãe, filho(a), avô(ó), neto(a),
bisavô(ó), bisneto(a), irmão(ã), tio(a) e sobrinho(a). Afinidade – sogro(a), genro, nora,
madrasta, padrasto, enteado(a), cunhado(a); do cônjuge ou do companheiro(a): avô(ó),
neto(a), bisavô(ó), bisneto(a), tio(a), sobrinho(a).
4.2.5. Zelar para que as atividades internas estejam restritas ao negócio e interesses da
Empresa.
4.2.6. Eximir-se de desempenhar atividades externas que possam constituir prejuízo ou
concorrência à Empresa.
4.2.6.1. Comunicar o exercício de atividade profissional paralela ao serviço no Banco ao
superior hierárquico, e consultar ou solicitar autorização ao órgão competente.
4.2.7. Contribuir, nas atividades diárias, para a manutenção do caráter laico e apartidário
da Empresa.
4.2.8. Zelar para que no exercício de seus direitos políticos não haja envolvimento do
nome da Empresa.
4.2.9. Conduzir sua carreira no Banco sem recorrer à intermediação de terceiros.
4.2.10. Somente tomar decisão, em nome do cliente, mediante autorização formal deste.
4.2.11. Abster-se de manter relacionamento negocial com pessoas e organizações
envolvidas em atividades ilícitas.
4.2.12. No exercício de atividade ligada ao mercado de capitais, eximir-se de utilizar
informação privilegiada sobre ato ou fato relevante ainda não divulgado no mercado, em
proveito próprio ou de terceiros.
4.2.12.1. É considerado ato ou fato relevante qualquer deliberação do acionista
controlador, da Assembleia Geral, do Conselho de Administração, do Conselho Diretor
ou de qualquer outro ato ou fato ocorrido nos negócios do Banco que possa influir de
modo ponderável:
4.2.12.1.1. na cotação dos valores mobiliários de sua emissão ou a eles referenciados;
4.2.12.1.2. na decisão dos investidores de comprar, vender ou manter aqueles valores
mobiliários;
4.2.12.1.3. na decisão dos investidores de exercer quaisquer direitos inerentes à condição
de titular de valores mobiliários emitidos pelo Banco ou a eles referenciados.
4.2.13. Eximir-se de utilizar da condição de funcionário para obter empréstimo pecuniário
junto a cliente, fornecedor ou prestador de serviços.
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4.3.5. Para oferecer brindes e presentes em nome do Banco para agente público, observar
os limites existentes na legislação local, nas legislações que tratam de suborno
transnacional e nas regras e políticas da instituição daquele que receberá a cortesia.
4.5.1. Pautar suas relações com colegas pelo respeito e pela cordialidade.
4.5.2. Abster-se de fazer ou reproduzir comentários que possam prejudicar a convivência
harmoniosa no ambiente de trabalho.
4.5.3. Abster-se de fazer ou divulgar, em qualquer meio, interno ou externo, críticas
ofensivas à honra ou calúnias que exponham a imagem ou a honra do Banco, da diretoria,
de superiores hierárquicos ou de colegas.
4.5.4. Abster-se de conduta que possa caracterizar:
4.5.4.1. preconceito e discriminação;
4.5.4.2. indução, coação, constrangimento;
4.5.4.3. desrespeito às atribuições funcionais de outrem;
4.5.4.4. assédio de qualquer natureza;
4.5.4.5. desqualificação pública, ofensa ou ameaça.
4.5.5. Respeitar a diversidade do grupo de pessoas que formam o ambiente de trabalho.
P á g i n a | 258
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5.1. Dúvidas
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Exercícios de Fixação
a) Inovação
b) Eficiência
c) Confiabilidade
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d) Espírito público
e) Senso de dono
GABARITO:
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DIRETRIZES
• Consideramos os impactos socioambientais no planejamento de nossas
atividades, negócios e práticas administrativas.
• Buscamos desenvolver ações voltadas para a gestão socioambiental, a
ecoeficiência e a prevenção da poluição e das emissões de carbono em
produtos, serviços e processos, bem como o zelo pela adequada destinação
dos resíduos gerados.
• Apoiamos iniciativas e firmamos parcerias que contribuam para a mitigação
dos efeitos das mudanças climáticas e que visem à redução das emissões ou à
estabilização da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera.
• Adotamos critérios de exclusão na realização de negócios, contratação de bens
e serviços, investimentos ou parcerias societárias com terceiros que submetam
trabalhadores a formas degradantes de trabalho ou a condições análogas a de
escravo; que pratiquem a exploração sexual de menores e/ou de mão-de-obra
infantil; e que sejam responsáveis por dano doloso ao meio ambiente.
GESTAO DO RISCO SOCIOAMBIENTAL
• Adotamos estrutura de gerenciamento integrado de riscos que tem por objetivo
identificar, mensurar, avaliar, monitorar, reportar, controlar e mitigar o risco
socioambiental.
• Definimos critérios de público-alvo e de Análise Socioambiental,
considerando os princípios da relevância e da proporcionalidade.
• Avaliamos o risco socioambiental na realização de negócios, contratação de
garantias, assessoria, investimentos ou parcerias societárias com terceiros, e
nas atividades com maior potencial de causar danos e, quando cabível,
aplicamos os critérios dos Princípios do Equador.
• Adotamos o modelo referencial de linhas de defesa, envolvendo diversos
níveis hierárquicos no controle do risco socioambiental.
• Registramos as perdas do risco operacional, com ocorrências geradas e
identificadas por eventos socioambientais.
• Avaliamos previamente os riscos, inclusive o risco socioambiental e de
reputação, na criação e na revitalização de produtos e serviços.
• Definimos a tolerância ao risco socioambiental por meio de limite
estabelecido na Declaração de Apetite e Tolerância a Riscos.
• Monitoramos continuamente o processo de gestão do risco socioambiental.
• Realizamos o sensoriamento de alterações no ambiente legal e regulatório que
nos impactem.
RELAÇÃO COM A ALTA ADMINISTRAÇÃO, FUNCIONÁRIOS E
COLABORADORES
• Repudiamos condutas que possam caracterizar assédio de qualquer natureza.
• Promovemos a qualidade de vida no trabalho, priorizando a saúde e a
segurança no trabalho, considerando o indivíduo nas suas dimensões
biológica, psicológica e social.
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Exercícios de Fixação
a) Custo
b) Rendimento
c) Benefício ambiental
d) Influxo geracional
e) lucro
GABARITO:
21013 - C 21005 - B
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Para começar a falar sobre atualidades, nada melhor do que demonstrar uma linha
temporal, ou seja, as mudanças que ocorreram no mercado financeiro ao longo do tempo.
1945 Criação da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC)
1962 Início da era da automação bancária no Brasil, com a aquisição dos primeiros
computadores pelos bancos.
1964 Lei 4.595/64 estabelece novas regras para o mercado bancário, criando o
Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central do Brasil (BACEN)
1967 Fundação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban)
1971 A FEBRABAN cria o Centro Nacional de Automação Bancária (CNAB), para
apoiar os esforços tecnológicos do setor.
1975 A padronização chega aos boletos de cobrança, aumentando a eficiência do
processamento e permitindo pagamento em qualquer agência bancária.
1979 O Banco Central e a ANDIMA criam o Sistema Especial de Liquidação e
Custódia (SELIC), substituindo títulos físicos por lançamentos eletrônicos.
1983 Criação da Compensação Nacional e instalação do primeiro caixa eletrônico e
da primeira Unidade de Resposta Audível (URA) do Brasil.
1988 CMN altera a regulamentação do setor bancário, permitindo a operação de
bancos múltiplos.
1992 Surgimento do débito automático para algumas contas (água, luz, gás e
telefone) e o sistema de pagamentos de aposentados e pensionistas por meio
de cartão magnético.
1994 Itamar lança o plano real. Bancos ajustam-se à estabilidade da moeda. O Bacen
passa a enquadrar os bancos brasileiros nas regras de basileia.
1996 Lançamento do primeiro serviço de internet Banking do Brasil. Criação do
Comitê de Política Monetária (COPOM).
1999 Criação da figura de correspondente bancário e da Cédula de Crédito Bancário
(CCB).
2000 Lançamento do primeiro serviço de mobile banking do Brasil.
2001 Criação do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e da Câmara
Interbancária de Pagamentos (CIP)
2002 O SPB entra em operação, processando inicialmente TEDs com limite mínimo
de R$ 5 milhões.
2009 Implantação do Débito Direto Autorizado (DDA), sistema eletrônico que
utiliza a estrutura do SPB para substituir por documentos digitais os boletos
impressos.
2010 Quebra da exclusividade das bandeiras de cartão de crédito.
2011 A compensação por imagem substitui em todo o território nacional a
compensação física de cheques.
2013 A lei 12.865/13 democratizou o acesso dos brasileiros a diversos serviços,
viabilizando a inclusão financeira no país. Mesmo sem conta corrente, pessoas
podem fazer pagamentos e transferências por meio de outras empresas,
fazendo uso dos seus telefones celulares.
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Investimento ASG é aquele que incorpora alguma questão, seja ambiental, social ou
de governança, em sua análise de investimento e leva em consideração a sustentabilidade
de longo prazo. Frequentemente, são identificados outros nomes que remetem a esse
mesmo tipo de investimento: investimento responsável, investimento sustentável,
investimento de impacto social, investimento ético, títulos verdes (green bonds),
investimentos na área de infraestrutura, entre outros.
A pesquisa com clientes do World Retail Banking Report 2021 destacou que, em
média, 65% dos clientes desejam que seus bancos reduzam sua pegada de carbono
seguindo processos sem papel, consumindo energia renovável e oferecendo cartões
biodegradáveis. A mesma pesquisa também indicou que quase um terço dos
consumidores estão dispostos a pagar uma taxa adicional por produtos e serviços
bancários verdes ou mudar para um novo fornecedor de produtos ambientalmente e
socialmente amigáveis.
Lista de algumas questões que podem ser consideradas em cada fator ASG:
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Unidos, Canadá, Japão, Austrália e Nova Zelândia), esse volume responde por 36% de
todos os ativos geridos profissionalmente.
Já no contexto local, a sustentabilidade corporativa e as finanças sustentáveis não são
um tema novo no Brasil. No final da década de 1970, empresas brasileiras começaram a
publicar relatórios de sustentabilidade, chamados na época de balanço social. Os
mercados financeiro e de capitais acompanharam a tendência e, no início dos anos 2000,
foram lançados vários fundos que investiam em ações de empresas com boas credenciais
em sustentabilidade corporativa ou que repassavam uma fatia da taxa de administração
para organizações sociais ou ambientais, uma prática atualmente em desuso. Esses fundos
ganharam, no mercado e na imprensa especializada, a nomenclatura de “fundos
socialmente responsáveis”, “fundos éticos” ou “fundos do bem”. Em 2021, mais gestoras
de investimentos afirmaram ter uma política de investimento responsável ou um
documento que formalize o tratamento ao tema.
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O tema moeda digital do banco central (da sigla em inglês CBDC, Central Bank
Digital Currency) tem chamado a atenção da comunidade global de bancos centrais. Uma
parte significativa deles, representando quase a totalidade do PIB mundial, está
estudando, explorando ou testando projetos, aspectos operacionais e tecnológicos de um
sistema de CBDC.
A maior parte dos países vê nas CBDCs o potencial de melhorar a eficiência do
mercado de pagamentos de varejo e de promover a competição e a inclusão financeira
para a população ainda inadequadamente atendida por serviços bancários. A crise da
pandemia evidenciou a importância de os instrumentos digitais de pagamentos chegarem
aos segmentos mais vulneráveis e afetados da população.
No Brasil, o BC vem acompanhando o tema há alguns anos e em agosto de 2020
organizou um grupo de trabalho, constituído pela Portaria nº 108.092/20, para a realização
de estudos sobre a emissão de uma moeda digital pela instituição.
O grupo teve representantes de todas as áreas do BC e contou com o envolvimento
direto dos departamentos de Assuntos Internacionais, Estudos e Pesquisas, Meio
Circulante, Monitoramento do Sistema Financeiro, Operações Bancárias e de Sistema de
Pagamentos, Promoção da Cidadania Financeira, Regulação, Supervisão e Conduta e,
ainda, de Tecnologia da Informação, além da Procuradoria do BC.
Resultados preliminares foram apresentados à Diretoria Colegiada, que determinou
o estabelecimento de um fórum regular para a discussão do tema com o corpo técnico do
BC. As discussões conduzidas nesse fórum motivaram:
• a publicação das diretrizes do Real Digital em maio de 2021;
• e realização de uma série de webinars para discutir com a sociedade as
potenciais aplicações do Real Digital; e
• o Lift Challenge Real Digital.
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Exercícios de Fixação
I. Os bancos centrais estão buscando digitalizar moeda de cada país para dar
mais eficiência às economias locais.
II. No caso do Brasil, a tecnologia está em fase de estudos pelo Banco Central.
III. A implantação do real digital não traria mudanças radicais na rotina das
pessoas, isso porque, os brasileiros já estão acostumados a fazer transações
digitais.
Está(ão) correta(s):
a) I, apenas
b) II, apenas
c) II e III
d) I e III
e) I, II e III
a) Blockchain.
b) Criptografia simétrica centralizada.
c) Criptografia assimétrica centralizada.
d) Autenticação do gasto e sua validação por um comitê central.
e) Registro em tempo real no livro contábil digital da entidade mantenedora do
bitcoin.
GABARITO:
20172 - E 20173 - A
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• Implementação de interfaces;
• Leiaute dos dados e serviços; e
• Resolução de disputas entre participantes, entre outros.
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Dica do professor: a tarifa só pode ser cobrada se o serviço for contratado pelo
consumidor e se a informação sobre a cobrança esteja prevista na tabela de tarifas da
instituição.
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4.3 Consentimento
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Dica do professor: esse prazo não pode ser renovado automaticamente pela
instituição. Ao término do prazo, é necessária uma nova autorização do cliente.
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Dica do professor: em casos de suspeita de fraude, a instituição que detém seus dados
pode cancelar o compartilhamento sem sua solicitação.
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Caso a instituição não cumpra as normas estabelecidas pelo Banco Central, poderá
sofrer punições. A troca de informações está protegida pela Lei do Sigilo Bancário e pela
Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
As normas sobre Open Finance determinam que as instituições participantes devem:
• Acompanhar e controlar o compartilhamento de dados e serviços;
• Seguir regras de responsabilização da instituição e de seus dirigentes.
4.5 Instituições participantes
Não, mas elas podem fazer parcerias com as instituições autorizadas pelo Banco
Central para compartilharem dados de clientes comuns a elas, desde que os clientes
autorizem antes.
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Exercícios de Fixação
GABARITO:
309-C
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Outra dimensão da expansão das IPs pode ser observada pelo crescimento do saldo
de moeda eletrônica de cartões pré-pagos, que atingiu R$9,8 bilhões em dezembro de
2019, representando 92% do total de moeda eletrônica emitida por todas as instituições
autorizadas pelo BCB.
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Dica do professor: um banco digital é aquele que não há agência bancária, ou seja,
não existe a possibilidade de o cliente ser atendido na presença física. Um banco
digitalizado possui agência, e pode atender tanto de forma digital quanto presencial.
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entre outros. Há casos de modelos de negócio que buscam oferecer crédito às pessoas e
empresas envolvidas com as atividades do grupo.
Embora as SCDs continuem concentrando suas operações de crédito vinculadas a
garantias reais como bens imóveis, veículos, consignado e até outros bens em processo
de teste e validação, como painéis solares, observa-se uma tendência ao uso de
inteligência artificial e técnicas de big data para originar operações desvinculadas de
garantias tradicionais, com base no histórico comportamental do cliente.
6.3 Sociedade de Empréstimo entre pessoas