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POUSO ALEGRE
2022
ELUANA BERTELI MOKWA
MARIA THAÍS PEREIRA
POUSO ALEGRE
2022
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
IFSULDEMINAS – Campus Pouso Alegre
Biblioteca Paulo Freire
1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 10
2. ASPECTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA 13
3 EDUCAÇÃO MATEMÁTICA 16
3.1 Cidadania e Educação Matemática 18
3.2 Educação Matemática Crítica 20
3.3 A Matemática como Instrumento Da Cidadania 22
3.3.1 Modelagem matemática 23
3.3.2 Resolução de problemas 26
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 28
REFERÊNCIAS 29
10
1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
1
As Diretrizes Curriculares Nacionais- DCNs são normatizações obrigatórias para a Educação
Básica. O seu intuito é orientar o planejamento curricular das instituições de ensino.
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o ser humano como cidadão pleno, de tal modo que esse se torne apto
para viver e conviver em determinado ambiente, em sua dimensão
planetária. (BRASIL, 2013, p.16).
2
Os Planos Nacionais de Educação - PNE são uma Coleção de documentos com a finalidade de
nortear a grade curricular das instituições de ensino em âmbito nacional.
13
3 EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
3
Lei que estabelece as diretrizes e bases para a Educação Nacional no Brasil.
4
A Constituição Federal de 1988, conhecida como Constituição Cidadã, é a Lei maior que rege todo
o ordenamento jurídico brasileiro hoje.
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5
(PCN’s) de 1997/1998; os Planos Nacionais de Educação (PNE) ; e mais
recentemente a Base comum curricular (BNCC)6 de 2017.
A constituição Federal de 1988 assegurou a educação como um direito de
todos e declarou que a ela compete promover “[...] o pleno desenvolvimento da pessoa,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL,
1988, p. 109) para isso ela reconhece a necessidade de se fixar alguns conteúdos
mínimos de maneira a assegurar tal intenção, de modo que temos hoje, no que tange
a educação matemática, um componente curricular obrigatório em todo o ensino
básico, que compreende o ensino fundamental obrigatório (9 anos) e o ensino médio
(3 anos). Isso denota a importância dessa área do conhecimento para o
desenvolvimento da nação.
Em resposta à Constituição Federal, a LDB-96 surgiu com o propósito de
esquematizar e disciplinar a educação escolar, anunciando a necessidade de uma
“Base nacional comum curricular” que veio a ser promulgada 21 anos depois, em 2017.
Este documento normativo tem por objetivo explicar as competências e habilidades
que devem ser desenvolvidas ao longo de toda a Educação Básica de forma
estruturada por etapa da escolaridade.
Apesar de todas essas intervenções no que concerne as políticas educacionais
no país, os índices escolares não refletiram proporcionalmente um aumento da
qualidade da educação. A pesquisadora em educação Maria do Carmo Martins,
sugere que esses projetos educacionais não são consistentes pois estão relacionados
a interesses partidários e à gestão governamental vigente, ou seja, não são contínuos
nem progressivos em prol das reais necessidades do sistema educacional. (MARTINS,
2014, p.37-50).
5
O Plano Nacional de Educação -PNE determina diretrizes, metas e estratégias para a política
educacional no período de 2014 a 2024.
6
A Base Nacional Comum Curricular -BNCC é um documento de caráter normativo que define o
conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver
ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica.
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coletivas da sociedade civil, para garantir que o Estado sirva ao povo e não o contrário.
Portanto a cidadania não diz respeito a seguir cegamente ordens, mas buscar a
garantia da efetivação dos preceitos democráticos e éticos.
Para tornarmos aptos à participação cidadã, ao mercado de trabalho e ao pleno
desenvolvimento pessoal, o Estado oferece a educação básica como forma de inserir
o indivíduo na vida social, conforme o art. 205 expresso na Constituição:
A Educação Crítica é uma teoria que trouxe como foco de debate expor o modo
como as relações de poder existentes na sociedade interferem na estrutura
organizacional e curricular das escolas, que presume-se como neutra e objetiva.
Inspirada nela surge a partir da década de 1970 a Educação Matemática Crítica - EMC,
seu foco é trazer inquietações da Educação crítica para a área da educação
matemática, já que esta quase não tem espaço dentro das análises feitas no campo
da Educação crítica.
A EMC trata de questões inerentes ao campo da educação matemática que
dizem respeito ao currículo e sua intencionalidade; a tendenciosidade nas pesquisas
em educação matemática; a matemática na era tecnológica, bem como os problemas
sociais, éticos e políticos, decorrentes da educação matemática que afligem a
sociedade. (SKOVSMOSE, 2014, p. 11).
Ole Skovsmose, percursor da EMC no Brasil, intensifica as relações da
educação matemática com a Pedagogia Crítica e as ideias de Paulo Freire. A partir
de perspectivas fenomenológicas, filosofias e marxistas ele aborda a EMC não como
um ramo especial da educação matemática ou metodologia específica, mas em
termos de algumas preocupações emergentes da natureza crítica da educação
matemática. (SKOVSMOSE, 2014, p. 73).
Para este autor, a educação matemática é indefinida; isso porque ela pode
servir a diversos fins a depender de como é apresentada, por exemplo, para
potencialização em nível pessoal como garantia de um bom retorno financeiro; para
desenvolvimento do senso crítico de forma de apontar as contradições sociais; para a
capacitação da força trabalho; para formação científica; etc. Logo, há diferentes
projetos de sociedade a depender de como encaminha-se o ensino de matemática
nas instituições de educação.
Sabe-se que a vida moderna, cada vez mais, nos exige uma gama de
habilidades que requer um pensamento lógico-crítico, como: a retórica, a reflexão e a
abstração; a interpretação da realidade; buscar, organizar, tratar e analisar
informações; ser consciente de que o conhecimento não é algo terminado, mas que
está em constante construção etc.
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O ensino tradicional da matemática traz consigo uma carga prática que pouco
se adequa a sociedade atual, pois foi pensada antes do desenvolvimento e ampla
circulação dos computadores, e do advento da internet. Isto é, a maior parte do
processamento e aplicação dos algoritmos eram feitos manualmente. Além disso, o
professor não dispunha de muitos materiais que dessem apoio à prática pedagógica,
dessa forma o ensino se dava baseado na resolução massiva de exercícios.
Com o advento da tecnologia computacional, tivemos uma mudança drástica
na sociedade, passamos a delegar a parte “maçante” da resolução de problemas às
máquinas. Dessa forma tivemos um grande avanço científico, já que a mente humana
nunca foi tão rápida e precisa comparado ao desempenho computacional. Dessa
forma podemos agora poupar grande parte da energia que antes eram gasta com
cálculos e canalizá-la para outras partes das resolução de problemas, como a parte
criativa, por exemplo.
Pode-se notar que atualmente em praticamente qualquer campo de atuação
profissional utilizamos dos recursos digitais para tratar dados quantitativos, nesse
sentido, caberia dizer que vale mais a pena a formação de pessoas aptas a operarem
esses recursos digitais e entender para que serve cada um, do que forçar o aluno a
decorar inúmeras fórmulas que ele não saberá aplicar na realidade. Um exemplo disso
é o aluno que aprende que a operar com polinômios, mas não sabe como aplicar esse
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no brasil: o longo caminho. 15ª ed.:
Civilização Brasileira, 2012.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas,
2002.