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Sumário
Apêndices
Para entender como tratar o problema, precisamos primeiro entender de onde o problema vem
e porque ele vem.
1
Jeremy Pierre e Deepak Reju, O Pastor e o Aconselhamento: Um Guia Básico para
Pastoreio de Membros em Necessidade, ed. Tiago J. Santos Filho, trans. Francisco
Wellington Ferreira, Primeira Edição. (São José dos Campos, SP: Editora FIEL, 2015), 178.
• O sinônimo que a Bíblia mais usa para o ser interior é coração. Ele abrange todos os
outros termos e funções usados para descrever a pessoa interior (espírito, alma, mente,
emoções, vontades etc. – Pv 4.23)
• Porque a Bíblia diz que o seu coração é você na essência, qualquer ministério de
mudança precisa ter o coração como alvo.
• Embora a fonte dos desejos seja uma, o coração, não há uma só causa para um dado
problema.
• O aconselhamento trata da fonte do problema – do caráter, da relação com Deus e,
nele, da relação com os homens, coisas e situações – a fim de que a pessoa cresça e
amadureça para tratar diretamente com o Redentor da sua alma.
• A Bíblia propõe a redenção divina, de todos os modelos humanos e materiais para o
modelo original, Cristo, em cuja imagem o homem é transformado de glória em glória
e de fé em fé.
• Qualquer desvio desse padrão é raiz de pecado.
• Lucas 6.43-45
• Frutos = comportamento de uma pessoa e consequências
• Raízes = A função do coração
• O comportamento de uma pessoa não resulta da situação que ela enfrenta, mas é
expressão de seu coração → a situação influencia, mas é moldado pelo coração.
• A situação é significativa → a situação é complexa → a situação não é determinante
• O conselheiro deve estar tão preocupado com a raiz quanto com os frutos
• Mudança permanente deve incluir mudança no nível das raízes/coração
• Nosso método de ação é “se mover em direção ao coração”, nós queremos sempre
entender as raízes
• Hebreus 4.12
o O papel da Bíblia no entendimento do coração tem três funções importantes:
julgar, analisar e discernir
o PENSAMENTOS e PROPÓSITOS
A Questão da Idolatria
• Muitas das raízes podem ser “resumidas” no grande “EU” → “como EU não sou
agradado”, “como não é do jeito que EU quero” ...
o Essas são frases importantes de prestar atenção na fala do aconselhado, quando
tudo gira ao redor do que “EU penso”, “EU quero”, “EU gosto”, “EU acho” você
achou a raiz
o O aconselhado fez de si mesmo seu próprio deus
• “Nosso coração é uma fábrica de ídolos” (Calvino)
• Mateus 6.19-21
o Tesouro = qualquer coisa que é de valor para mim e que viverei para obter,
manter, desfrutar
o Princípios do tesouro:
▪ Cada um vive em função de certo(s) tesouro(s)
▪ O seu tesouro irá controlar seu coração → controlar tudo que você é!
▪ O que controla o seu coração irá controlar seu comportamento
A. Situação
• Sua circunstância, as experiencias etc.
• Inclui seu passado, presente e circunstâncias futuras
• Calor = dificuldades, aflições, sofrimentos, efeitos do pecado, benções, ou coisas da
graça comum de Deus
B. Pessoa
• Espinheiro = pecaminosidade, tolice, carnalidade, secularização
o Fruto mau → comportamento pecaminoso e consequencias (ira, ansiedade,
preocupação, medo, fuga...l)
o Raiz má → coração pecaminoso (ex: ídolos do coração, orgulho, temor a
homens, adoração ao dinheiro, fé no “objeto errado etc.)
• Arvore frutífera → piedade, sabedoria
o Fruto bom → comportamento piedoso
o Raiz boa → coração piedoso
Se meu coração é a fonte do problema do meu pecado, então a mudança permanente deve
sempre abranger a totalidade do meu coração. Não é suficiente alterar meu comportamento
ou mudar minhas circunstâncias. Cristo transforma as pessoas mudando radicalmente seus
corações. Se o coração não mudar, será inútil.
Quando falamos do aconselhamento de forma prática, temos quatro passos que precisamos
caminhar durante a conversa para que o aconselhamento seja um sucesso.
I. ACOLHIMENTO
• Alvo: Construa um relacionamento de compreensão e confiança com o aconselhado
enquanto você ajuda o aconselhado a construir esperança em Deus
“Os aconselhados precisam saber que você está falando a verdade de Deus. Eles precisam saber
que podem confiar em você, pois você fala a verdade; precisam saber que você está a favor
deles.
Se você quer os aconselhados coloquem em suas mãos aquilo que eles têm de mais precioso na
vida, você precisa demonstrar compaixão, compreensão e humildade à semelhança de Cristo.
Os aconselhados precisam confiar que o conselho que está recebendo vem de alguém que
entende seu mundo e que foi tocado por suas fraquezas”. (Paul Tripp)
II. ENTENDIMENTO
• Alvo: obtenha o conhecimento de primeira mão e dirija atenção para o que importa.
• O pecado e obediência não são genéricos → são sempre respostas específicas aos
detalhes da situação na qual Deus colocou a pessoa
• A coleta de dados tem a ver com entrar no mundo do aconselhado, familiarizando-se
com os detalhes desse mundo e se deixando tocar por suas realidades.
• As perguntas durante a coleta de dados não são aleatórias → elas devem forçar o
aconselhado a pensar a respeito de si biblicamente enquanto respondem.
• A coleta de dados não é apenas para saber ONDE a mudança é necessária; a coleta é
feita para ser parte do processo de mudança.
• Por causa do pecado todos precisamos ser confrontados. Por causa da culpa todos nós
precisamos ser consolados.
• Confrontação bíblica → palavras amorosas, perceptivas, francas, motivadas pela
necessidade do meu próximo em vez da minha conveniência.
• Consolo bíblico → repleto de verdade, com o Evangelho do Salvador crucificado e o
poder do Espírito Santo de nos mudar.
• Mas nada disso fará sentido se o Evangelho ficar de fora!
o Relembre o aconselhado da identidade dele em Cristo (1Pedro 3.1-3)
o Relembre a promessa de perdão (1Jo 1.5-10) e a habitação do Espírito Santo (Ef
3.20)
• 4 Passos do confronto-consolo:
o I. Consideração → Ajude a pessoa a ver o que Deus quer que ela veja
o II. Confissão: →O que Deus quer que esta pessoa admita e confesse? Pecados
do coração e comportamentos errados que precisam ser confessados.
o III. Compromisso → Qual a nova maneira de viver que Deus está chamando essa
pessoa? (Ef 4.23-24)
o IV. Mudança → Como estes novos compromissos podem ser aplicados ao viver
diário?
IV. FAZER
• Alvo: Auxilie o aconselhado a aplicar as verdades que ele aprender a respeito de Deus,
de si mesmo e dos outros aos detalhes da situação que ele vive, fazendo correções
bíblicas e instituindo novos hábitos bíblicos.
DIAGNOSTICANDO O PROBLEMA
Os problemas que uma pessoa pode apresentar frequentemente se expressam em vários níveis
ou aspectos:
Quando conversar com o aconselhado existem sempre quatro aspectos que precisam ser
avaliados separadamente para que você consiga alcançar o objetivo: o diagnóstico do problema
1. Físico
• O corpo e a mente não são elementos desconexos.
• Enquanto conversa com o aconselhado sempre veja como o corpo se manifesta. Seja
com tiques, a forma como se senta, a forma que fala, a forma que gesticula
• A pessoa como estar com insônia, coração disparado, formigamento, falta de ar,
dificuldade de concentração etc. podem ser manifestações externas de problemas
internos.
• Nunca podemos mandar alguém começar ou parar com alguma medicação, mas também
é parte do nosso papel ajudar o aconselhado a procurar ajuda profissional quando
necessário.
2. Emocional
• A razão e a emoção vivem numa balança
• Costumamos pensar que pessoas muito emocionais são as que apresentam problemas,
mas muita racionalidade e frieza também podem ser uma forma de proteção do
aconselhamento para esconder o que vive
• Toda emoção e reação mostra algo, preste atenção em cada emoção dita
• “Eu me senti assim...”, “Eu comecei a chorar...”, “Me desesperei...”,
3. Espiritual
• Estaríamos sendo ingênuos ao pensar que o que acontece na nossa mente ou corpo não
afeta o nosso espírito, mas o inverso é completamente verdade também (Sl 6)
• O pecado não afeta apenas nosso espírito, o corpo sofre com o distanciamento de Deus
por causa do pecado.
• Quais são a opinião do aconselhado sobre Deus nessa situação? Como ele vê Deus ou
onde Deus está?
• Como é a vida diária de devocional do aconselhado? Qual a posição que Deus ocupa na
vida do aconselhado? Como é a relação do aconselhado com a igreja?
• Faça perguntas abertas → perguntas que não podem ser respondidas com “sim” ou
“não”
o O que veio a sua mente quando...?
o Qual é a sua maior luta/dificuldade neste momento?
o Qual é o seu sentimento?
o Você está irado/a? (ou qualquer outro sentimento)
o Como você vê Deus neste momento? O que você acha que Ele está fazendo?
o Qual tipo de pensamento você mais tem?
o Que perguntas você gostaria de fazer a Deus?
o Qual parte dessa situação está te incomodando mais?
o Quais frustrações te incomodam mais?
• Faça uma combinação de perguntas de “pesquisa” e “focalizadas”
• 5 classes de perguntas:
o O quê? → questão básica e que descobre informações gerais (“o que você fez?”
“Falei com a minha mãe”)
o Como → Revelam a maneira (“Como você falou com ela?” “Eu gritei por 10
minutos”)
o Por quê? → Revela desejos, propósitos, alvos e motivações (“Por quê você
gritou por tanto tempo?” “Eu queria que ela soubesse que eu estava irritado/a)
o Qual a frequência e onde isso costuma acontecer? → revelam assuntos e padrões
o Quando? → Revela ordem dos eventos (quando começou a gritar)
• Organize a informação
o Situação → descreve o mundo da pessoa
o Respostas → Fatos sobre o comportamento da pessoa (frutos)
o Pensamentos → Como a pessoa está interpretando o seu mundo (frutos)
o Motivos → O que você sabe sobre os desejos, alvos, tesouros, motivações,
valores e ídolos (raiz).
II. VERSÍCULOS POR TEMAS
LAMBERT, Heath. “Finalmente Livre: A Luta Pela Pureza Com o Auxílio do Poder da Graça”.
Eusébio, CE: Editora Peregrino, 2017.
TRIPP, Paulo David. “Instrumentos nas Mãos do Redentor: Pessoas que Precisam ser
Transformadas Ajudando Pessoas que Precisam de Transformação”. São Paulo, SP: Nutra
Publicações, 2009.