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INTRODUÇÃO

A obesidade é definida como o acumulo de tecido adiposo no


organismo, resultante da quebra do balanço energético, também podendo ser
causada por doenças genéticas e/ou endócrino-metabólicas. A Organização
Mundial da Saúde (OMS) conceitua a obesidade como doença crônica, de
difícil etiologia e de controle complexo, considerando-a como um transtorno
alimentar da modernidade.
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) alerta
que a obesidade vai muito além do acúmulo excessivo de gordura, pois está
associada a diversas desordens da fisiologia endócrino-metabólica, propiciando
um estado que predispõe a endocrinometabolopatias.
Já o Ministério da Saúde afirma que a obesidade mesmo sendo de difícil
definição, constitui um problema de saúde pública, pois já acomete cerca de
10% da população brasileira, sendo que outros 40% já apresentam sobrepeso,
ou seja, quase metade dos brasileiros rumam para a obesidade.
A Organização Mundial da Saúde afirma que a obesidade é um dos mais
graves problemas de saúde que temos para enfrentar. Estima-se que em 2025;
2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso, sendo 700
milhões de indivíduos com obesidade, isto é, com um índice de massa corporal
(IMC) acima de 30.
O excesso de gordura corporal é um dos maiores problemas de saúde em
muitos países, especialmente entre os mais industrializados (Nahas, 1999).
O tecido adiposo trata-se de uma forma de tecido conjuntivo composto
por células separadas uma das outras por uma matriz de fibras colágenas e de
fibras elásticas amarelas. A gordura se acumula pelo preenchimento dos
adipócitos existentes e por meio da formação de novas células adiposas.
No Brasil, existem mais de 30 milhões de indivíduos obesos. Na
população adulta, 12,5% dos homens e 16,9% das mulheres apresentaram
obesidade e cerca de 50% têm excesso de peso (sobrepeso).
O número de mulheres no Brasil é superior ao de homens. A população
brasileira é composta por 51,8% de mulheres e 48,2% de homens. Com
propósito de atender os cuidados em saúde para esse elevado número de
mulheres, foram criadas estratégias para garantir atenção à saúde da mulher
através de serviços ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) oferecendo
atendimentos, consultas e medicamentos de forma gratuita para as mulheres
de todas as idades.
ENTENDENDO O QUE É OBESIDADE
Pensando na parte genética a obesidade é conceituada como excesso
de gordura corporal que traz danos à saúde. Podendo ser categorizada por
meio de um cálculo matemático que divide o peso por estatura de uma pessoa
elevada ao quadrado, o resultado é chamado de IMC (Índice de Massa
Corporal), que se classifica como:
 Abaixo do peso: abaixo de 18,5
 Peso Normal (eutrofia): 18,5 a 24,9
 Sobrepeso: acima de 25 a 29,9
 Obesidade grau I: entre 30 a 34,9
 Obesidade grau II: entre 35 a 39,9
 Obesidade grau III: acima de 40
Dependendo o valor resultante deste cálculo, começam as receitas para
manter a balança sob controle e todas com a mesma finalidade, perder peso e
conseguir o equilíbrio perfeito ou o corpo perfeito.
Só que não é tão fácil quanto parece, a forma que cada individuo
acumula gordura é decorrente de vários fatores. A lista é extensa no topo da
lista está a genética, responsável por cerca de 70% do modo como os genes
atuam no acúmulo da adiposidade, na forma como ela se distribui pelo corpo e
até na estabilização do peso. Também tem outros elementos relacionados,
como:
 Gênero
 Condições pré-natais e de desenvolvimento
 Dieta
 Ambiente
 Ação hormonal
 Condições psicossociais.
A principal causa da obesidade é a alimentação inadequada ou
exagerada. Para manter o peso ideal é preciso que haja um equilíbrio entre a
quantidade de calorias ingeridas e a quantidade de calorias gasta por dia.
Quando tem há abundância de alimentos e baixa atividade energética, existe o
acúmulo de gordura.
Também existe fatores genéricos que o indivíduo pode herdar a
disposição para obesidade; ter o metabolismo mais lento, o que facilita o
acumulo de gordura e dificulta o emagrecimento, ou ter aumento de peso por
conta das oscilações hormonais.
Episódios de apneia do sono, dificuldade para movimentar-se, cansaço
frequente e distúrbios no ciclo menstrual nas mulheres também são indicadores
da doença. O acúmulo de gordura no organismo aumenta o risco de doenças
como hipertensão arterial, aumento do colesterol e triglicérides, diabetes,
apneia do sono, acúmulo de gordura no fígado, infarto do miocárdio, acidente
vascular encefálico e pode estar relacionado ao surgimento de alguns tipos de
câncer.
Nas últimas décadas a população brasileira experimentou
intensas transformações nas suas condições de vida, saúde e nutrição. A
obesidade avança em todas as faixas etárias e classes sociais, com impacto
significativo nas mulheres inseridas nos estratos de menor renda.
A obesidade é uma doença crônica definida como um acúmulo
excessivo de tecido adiposo em um nível que compromete a saúde dos
indivíduos (WHO, 1997). Atualmente a obesidade tem apresentado um agravo
importante para a sociedade.
A obesidade vem causando grandes danos relacionados a diferentes
enfermidades incluindo as cardio e cerebrovasculares, a diabetes não insulino
dependente, a hipertensão arterial sistêmica e certos tipos de câncer. Estima-
se que os gastos públicos com a enfermidade consumam de 2% a 7% dos
orçamentos de saúde nos países desenvolvidos.
Observa-se a inversão dos indicadores no Brasil, caracterizada pelo
declínio da desnutrição e em contrapartida o aumento da obesidade. De tal
forma, que hoje a obesidade se apresenta como o maior problema alimentar da
população brasileira.
A obesidade é uma doença de etiologia não totalmente esclarecida. No
entanto, existe certo consenso na literatura de que ela é causada pela
interação de diferentes fatores. A obesidade é diagnosticada pelo parâmetro
estipulado pela Organização Mundial da Saúde, obtido por intermédio do
cálculo da relação entre peso corpóreo (kg) e estatura (m) 2 dos indivíduos.
Através deste parâmetro são considerados obesos os indivíduos cujo o valor
seja superior ou igual a 30 kg/m2.
A melhoria das condições de vida, a maior cobertura de saúde e o
declínio da fecundidade favoreceram a redução da desnutrição no país. Em
contrapartida, a urbanização e seu impacto nos padrões de alimentação e
atividade física contribuíram para a evolução do excesso de peso.

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