Você está na página 1de 7

UNIVERDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

ATIVIDADE DE ETNOBOTÂNICA DE PLANTAS MEDICINAIS

Discentes: Kryslene Vitória


Stefanny Luane
Gabrielle Miranda

Docente: Cristiane Fernanda

Diamantina
2021
1- Indique quais artigos são de etnofarmacobotânica qualitativa e quais
são de etnofarmacobotânica quantitativa. O que diferencia o estudo
etnobotânico qualitativo do estudo etnobotânico quantitativo?

Os artigos 2 e 3 são qualitativos e o artigo 1 é quantitativo, visto que os


dados quantitativos apresentam os números que comprovam os objetivos gerais
da pesquisa, enquanto dados qualitativos permitem compreender a
complexidade e os detalhes das informações obtidas.

2- O que você entende por Importância Relativa de uma espécie vegetal?

A importância relativa é o valor que determinada espécie vai ter observando as


suas funções e os seus usos, assim observando se a espécie vai ter uma grande
variedade de uso ou não.No artigo 1 mostra o cálculo feito para descobrir a
importância relativa de cada espécie: ‘’O cálculo daimportância relativa, sendo 2
o valor máximo obtidopor uma espécie, foi feito deacordo com a fórmulaIR =
NSC + NPonde NSC = número de sistemas corporaistratados por uma
determinada espécie(NSCE) dividido pelo número total de sistemas corporais
tratados pela espécie maisversátil (NSCEV); NP = número de propriedades
atribuídas a uma determinada espécie (NPE) dividido pelo número total
depropriedades atribuídas à espécie mais versátil (NPEV).’’

3- O que é erosão genética e erosão cultural, citadas em artigo? Quais os


danos que essas “erosões” podem causar?

A erosão genética é devido ao grande número de desmatamento, fazendo com


que várias espécies de plantas desapareçam e assim acarretando a erosão
cultural, pois se não houver as espécies de plantas não terá como passar os
conhecimentos adquiridos de geração em geração.

4- Qual a importância de se fazer estudos etnobotânicos históricos e


comparar o uso de plantas medicinais em tempos antigos e atua?

Parafinalidadesterapêuticas, no campo da saúde pública, em que esses


estudo pode auxiliar na implantação de programas de fitoterapia contemplando
plantas nativase/ou exóticas adaptadas que já fazem parte damedicina popular
local, estudos etnofarmacológicos que trata-se da estratégia para descoberta de
novosfármacos, e a conciliação do conhecimento tradicional com a
pesquisacientífica que pode estabelecer uma importante estratégia para
melhoria da qualidade de vida dascomunidades locais e a preservação de
ecossistemas naturais de áreas de UC, contribuindo noplanejamento de
estratégias de desenvolvimento regional e conservação da biodiversidade.
5- Cite espécies botânicas que foram relatadas nos 3 artigos. Foram apresentados
nomes populares diferentes para essas espécies nesses 3 artigos? Quais?
Artigo I- USO E CONSERVAÇÃO DE PLANTAS E ANIMAIS MEDICINAIS NO ESTADO
DE PERNAMBUCO (NORDESTE DO BRASIL): UM ESTUDO DE CASO

ESPÉCIES DE PLANTAS

Família Espécie Nome popular


Amaranthaceae Celosia sp Crista-de-peru
Gomphrena sp Pepeta-branca
Anacardiaceae Anacardium occidentale L. Caju / caju-roxo
Myracrodruon urundeuva (Engl.) Aroeira
Fr. Allemão
Apiaceae Foeniculum vulgare Gaertn. Endro
Pimpinella anisum L. Erva-doce
Arecaceae Acrocomia intumescens Drude Macaíba
Cocos nucifera L. Coco
Syagrus sp Coco-catolé
Asteraceae Vernonia condensata Baker Alcachofra
Helianthus annuus L. Girassol
Matricaria chamomila L. Camomila
Egletes viscosa Less. Macela
Bignoniaceae Anemopaegma sp. Catuaba
Tabebuia sp1 . Pau-d’arco-branco
Tabebuia sp2 . Pau-d’arco-roxo
Crescentia cujete L. Coité
Cactaceae Melocactus sp. Coroa-de-frade
Cereus jamacaru DC. Mandacaru
Caesalpiniaceae Bauhinia sp. Mororó
Caesalpinia pyramidalis Tul. Catingueira-rasteira
Caesalpinia ferrea Mart. Jucá
Copaifera sp. Copaíba
Hymenaea sp. Jatobá
Senna occidentalis (L.) Link Mangirioba (gengiroba)
Celastraceae Maytenus sp1 . Bom-nome
Maytenus sp2 Espinheira-santa
Curcubitaceae Luffa operculata Cong. Cabacinha
Sechium edule Swart Chuchu
Wilbrandia sp Cabeça-de-negro
Euphorbiaceae Croton argyrophylloides Müll. Arg. Sacatinga
Croton sp. Mameleiro
Jatropha sp. Pinhão-branco
Ricinus communis L. Mamona
Aleurites sp. Nogueira
Phyllanthus niruri L Quebra-pedra
Fabaceae Bowdichia virgilioides H. B. e K. Sucupira
Cajanus sp. Feijão-gandu
Coumarona odorata Aubl. Cumaru
Amburana cearensis (Arr. Câm.) Emburana-de-cheiro
A.C. Smith.
Erythrina velutina Willd. Mulungu
Lamiaceae Rosmarinus officinalis L. Alecrim (alecrim-de-horta)
Ocimum gratissimum L. Plectranthus Alfavaca
amboinicus (Lour.) Spreng. Hortelã-graúda
Mentha sp. Hortelã-miúda
Macassá
Aeollanthus suaveolens Mart. ex Manjericão
Spreng. Manjericão-miúdo
Ocimum basilicum L.
Ocimum minimum L.
Lauraceae Persea americana Mill. Abacate
Cinnamomum zeylanicum Blume Canela
Laurus nobilis L. Louro
Não identificada1 Sassafrás
Não identificada2 Sassafrás-branco
Liliaceae Aloe vera L. Babosa
Allium aescalonicum L. Cebolinha-branca
Malvaceae Gossypium sp. Algodão-criolo
Urena lobata L. Malva-rosa
Meliaceae Guarea sp. Jitó-branco
Cedrela odorata L Cedro
Mimosaceae Piptadenia zehntneri Harms Angico-branco
Stryphnodendron sp. Barbatenom
Mimosa sp. Jurema-branca
Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir. Jurema-preta
Anadenanthera colubrina (Vell.) Benan. Angico (angico-de-caroço)
var. cebil (Griseb) Altschul
Myrtaceae Eucalyptus sp. Eucalipto (eucalipto-laranja)
Eugenia uniflora L. Pitanga
Syzygium aromaticum L Cravo-do-reino
Piperaceae Piper nigrum L. Pimenta-do-reino
Piper marginatum Jacq Capeba
Poaceae Cymbopogon citratus (DC) Stapf Capim-santo
Bambusa sp. Bambu
Imperata brasiliensis Trin. Sapé
Rubiaceae Borreria sp. Vassourinha-de-botão
Cephaelis ipecacuanha Rich Pepaconha
Rutaceae Citrus sp. Laranja
Pilocarpus sp. Jaborandi
Ruta graveolens L. Arruda
Solanaceae Brunfelsia sp. Manancã
Solanum tuberosum L. Batata-inglesa
Solanum paniculatum L Jurubeba
Zingiberaceae Alpinia speciosa Schum. Colônia
Zingiber officinalis Rosc Gengibre

ESPÉCIES DE ANIMAIS

Filo ou Classe Ordem/Família Espécie Nome popular


Mammalia Artiodactyla/Bovidae Bos taurus Boi
Ovis aries Carneiro
Insecta Hymenoptera/Apidae Tetragonisca sp. Abelha jati
Melipona Abelha uruçu
scutellaris
Artigo II – PLANTAS MEDICINAIS DA ESTRADA REAL

Nome popular Família


Abútua Menispermaceae
Barbatimão Farbaceae
Carapiá Moraceae
Caroba Bignoniaceae
Carqueja Asteraceae
Cassaú / Jarrinha Aristolochiaceae
Copaíba Fabaceae
Fedegoso Fabaceae
Imbaúba Cecropiaceae
Japecanga Smilacaceae

Artigo III - PLANTAS MEDICINAIS NO ENTORNO DO PARQUE ESTADUAL DA

SERRA DO BRIGADEIRO

Família Nome científico Nome popular


Apiaceae Apium graveolens L. Aipo
Foeniculum vulgare Mill. Funcho
Asteraceae Acanthospermum australe Picão, carrapicho
(Loefi) Kuntze
Achilea milefolium L. Mil-em-ramas
Ageratum conyzoides L. Mentrasto
Alternanthera ficoidea R. Br Enfeita- canteiro
Arctium minus (Hili) Bernh. Bardana
Artemisia absinthium L. Artenisia, losna
Bccharis trimera (Less.) DC Carqueja
Chamomila recutita (L) Camomila
Rauschert Chaptalia nutans Arnica
(L.)Pol. Camomila
Coreopsis grandiflora L. Fumo-bravo
Elephantopus molis Kunth Erva-da-lua
Gnaphalium purpureum L. Carro-santo
Sonchus asper (L.) Hil Serraia
Sonchus oleraceus L. Cambará (assa-peixe)
Vernonia pholyantes Less. Macela
Soliva sp
Bignoniaceae Jacaranda caroba D.C. Querubim, carobinha
Jacaranda macrantha Cham. Querubim grande, caroba
Pyrostegia venusta (Ker.) Miers Cipó-de-São-João
Sparattosperma leucanthurm Cinco-folhas
(Vell.) K. Schum.
Lamiaceae Lavandula angustifólia Mill. Alfazema
Leonorus sibirucus L. Macaé
Mentha incisa Wall. Hortelã branca
Mentha pulegium L. Poejo
Mentha sp. Vique
Mentha sp. Hortelã
Mentha sp. Elevante
Ocimum basilicum L. Manjericão
Ocimum grasilicum L Alfavaca
Ocimum selloi Bebth. Alfavacão
Peltodon radicans Pohl. Erva-cidreia
Plectranthus barbatus Andrews Boldo
Plectranthus neochilus Schelchter Boldo-miúdo
Rosmarinus officinalis L. Alecrim
Salvia officinalis L. Salvia
Leguminosae Bauhinia variegata L. Pata-de-vaca
Cajanus cajan (L.) Millsp. Feijão-andú
Ingá vulpina Mart. Angá, ingá
Zrniga gemella (Wilid) Vogel Seno-do-mato
Liliaceae Herreira salsaparrilha Mart. Salsa-parrilha
Aloe vere. L. Babosa
Solanaceae Lycopersicon pimpinellifollium Mill. Tomate
Solanum cernuum Vell.
Braço-de-mono
Verbenaceae Lippia Alba (Mill.) N. E. Br Erva-cidreira
Lantana camara L. Mal-me-quer
Vitex montevidensis Cham Maria-preta
6- De modo geral, qual o perfil dos entrevistados nos 3 artigos? Idade,
formação escolar, sexo, dentre outros.

No artigo I- USO E CONSERVAÇÃO DE PLANTAS E ANIMAIS MEDICINAIS NO


ESTADO DE PERNAMBUCO (NORDESTE DO BRASIL): UM ESTUDO DE CASO,
foram entrevistados 20 informantes, totalizando todos os feirantes de plantas e animais
medicinais da área de Caruaru, Agreste do estado de Pernambuco. . Os formulários
foram compostos pelos seguintes elementos: informações sobre o entrevistado,
abordando aspectos sócio-econômicos como nome, idade, naturalidade, profissão e
tempo de trabalho na feira. Mas não foram relatados no artigo.

Para a execução do projeto do Artigo II – PLANTAS MEDICINAIS DA ESTRADA REAL


, Os entrevistados foram indicados pela própria população local como conhecedores e
usuários das plantas medicinais nativas. E houve estudos com os naturalistas.

No artigo III - PLANTAS MEDICINAIS NO ENTORNO DO PARQUE ESTADUAL DA


SERRA DO BRIGADEIRO o resgate de informações tradicionais foi realizado com 23
moradores, junto à comunidade do Estouro, pertencente ao município de Araponga, e à
comunidade de Bom Jesus do Madeira, pertencente ao município de Fervedouro, entre
agosto de 2007 a setembro de 2008. A maioria dos agricultores pesquisados tem como
fonte de recurso vegetal, os remanescentes de floresta nativa, hortas ou quintais,
presentes em suas propriedades, localizadas no EUC. Inicialmente, foram realizadas
entrevistas semi-estruturadas e turnês guiadas com moradores reconhecidos pela
população como conhecedores da medicina tradicional local.

Os entrevistados são pessoas da própria população, envolvendo feirantes e


agricultores, que receberam o conhecimento de antepassados, de idade mais elevada,
e ambos os sexos.

7- Você reparou a presença de plantas exóticas nesses artigos? Qual o


percentual das plantas exóticas citadas em cada artigo?

No artigo I de acordo com Benett e Prance (2000), as famílias Lamiaceae, Asteraceae,


Poaceae, Fabaceae e Malvaceae dominam a lista de plantas medicinais exóticas.

No artigo II não foi identificado plantas exóticas.


No artigo III, dentre as espécies exóticas, a indicação popular encontrou resultados de
estudos científicos que confirmam esse uso em 66% das espécies, enquanto, em
relação às plantas nativas, o resultado de investigação na literatura indicou que apenas
32% dessas indicações já foram submetidas à pesquisa científica.

8- O impacto do comércio indiscriminado de plantas medicinais nativas pode levar


as espécies ao risco de extinção. Essa afirmação é verdadeira para qualquer
espécie nativa? Como solucionar o problema da coleta predatória de plantas
nativas?

Ocorre o risco de sofrerem extinção devido ao manejo bruto, uma vez que a parte da
planta mais procurada é a casca do seu caule, e com isso retira uma quantidade
excessiva. Para solucionar esses problemas é necessária a estratégia do cultivo sem
que agrida, conservação dos recursos das florestas, e estudos etnobiológicos que
podem orientar sobre uso, técnicas para coleta qual a parte da planta a ser utilizada.

9- Qual a diferença entre Etnobotânica, Etnofarmacobotânica e


Etnofarmacologia?

- A etnobotânica estuda o uso que uma população faz das plantas que estão no seu
ambiente.

Etnofarmacobotânica- É uma parte da etnobotânica que estuda as plantas que uma


determinada população faz uso com finalidade medicinal.

Etnofarmacologia- É um estudo científico que faz estudo químico, toxicológico,


farmacológico de plantas medicinais.

10- Discuta a importância desses estudos etnobotânicos, etnofarmacobotânicos


e etnofarmacológicos. Por que eles são feitos? Com quais objetivos?

Esses estudos são importantes, pois com eles acontecem registro do conhecimento
popular, fazendo com que esses conhecimentos não se perca , validar o uso, ou seja,
confirmar a finalidade da planta, fazer novos desenvolvimentos de medicamentos, isso
é importante pois algumas doenças ainda não existe cura, novas doenças sendo
descritas, alguns agentes etiológicos que possuem alguma resistência a medicamento
do mercado atual.

Você também pode gostar