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Doenças de causas

bióticas e abióticas em
mudas florestais
(adaptado de Celso Garcia Auer, Embrapa Florestas)

Curso: Técnico em Florestas integrado ao EM


Disciplina: Proteção Florestal
Profa. Ivanete Tonole da Silva
Turma: 3ºs A e B
Conceito de Praga
“Qualquer especie, raça ou biótipo vegetal ou
animal ou agente patogênico daninho para as
plantas ou produtos vegetais” (NIMF 5) FAO,
2018.
! LESÕES = DOENÇA (SINTOMATOLOGIA e ou SINAIS) !

https://nudemafi.weebly.com/fitopatologia.html
• Patógenos em sementes
• Tombamento de mudas
Principais • Podridão de estacas e miniestacas
patologias • Podridão de raízes
• Mofo cinzento
exemplificadas • Manchas foliares
(em eucalipto • Queima de ponteiros
• Oídio
e pinus) • Ferrugem
• Problemas abióticos
Doenças em eucaliptos
• Morte de plântulas antes ou
depois da germinação.
• Patógenos: Botrytis,
Tombamento Cylindrocladium, Fusarium,
de mudas – Phytophthora, Rhizoctonia.
• Fonte de inóculo: semente
“Damping contaminada, solo e/ou
substrato, água de irrigação,
off” viveiro e recipientes
infestados.
Rhizoctonia sp. – Eucalyptus urophylla
Origem: substrato infestado pelo fungo

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Rhizoctonia solani
(Fonte: Ferreira, 1989)

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• Apodrecimento de
miniestacas (parasitismo).
• Fonte de inóculo:
Podridão de miniestacas, estufa,
substrato e recipientes
miniestacas infestados.
• Patógeno: Botrytis,
Cylindrocladium, Fusarium,
Rhizoctonia.
MOFO CINZENTO

Enfermedades em viveros
• Pudrición de miniestacas
• Moho gris
• Oidio
• Roya
• Tizones foliares
• Lesões necróticas que
atingem as folhas de mudas
de eucalipto.
• Cor marrom-claro a marrom
Manchas arroxeado.
Foliares • Queda de folhas lesionadas.
• Patógenos: Cylindrocladium
spp., Kirramyces
epicoccoides
Cylindrocladium

Kirramyces
• Queima e morte do ápice da
muda ou de toda a muda.
• Enrolamento, seca e queda
das folhas.
Mofo • Formação de mofo cinzento
(micélio e esporos) sobre as
cinzento folhas.
• Patógeno: Botrytis cinerea
• Fonte de inóculo: vento e
substrato contaminado
B

Botrytis cinerea –Eucalyptus


benthamii
A C Eucalyptus dunnii

D E
Botrytis cinerea

(Fonte: Ferreira, 1989) 18


• Pontuações cloróticas em
folhas.
• Formação de pústulas
amarelo-vivas (esporos)
• Morte e seca dos tecidos
Ferrugem afetados
• Patógeno: Austropuccinia
psidii
• Fonte de inóculo: árvores
nativas (Myrtaceae).
Puccinia psidii

Fonte: Ferreira (1989)

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• Deformação de folhas e
formação de uma película
esbranquiçada sobre as
folhas e brotações.
• Queima sucessiva:
Oídios superbrotamento
• Patógeno: Oidium eucalypti
• Fonte de inóculo: material
doente na casa de
vegetação.
OÍDIO
Oidium sp.

Fonte: Ferreira (1989)


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Oidium eucalypti
MANCHA FOLIAR DE Cylindrocladium
MANCHA FOLIAR DE Kirramyces
MANCHA FOLIAR DE Pilidiella
• Lesões de forma angular ou
irregular em folhas.
• Coloração marrom-clara ou
palha a marrom-escura,
mais escuras na face inferior
do limbo.
Mancha • Exsudação de corrida
foliar bacteriana a partir de cortes
de lesões em lâminas com
bacteriana água.
• Patógeno: Xanthomonas
axonopodis.
• Condições favoráveis:
temperaturas altas e alta
umidade, material suscetível.
EFEITOS ADVERSOS DO AMBIENTE
(causas abióticas de doenças)

- Ventos frios, geada

- Falta de água ou excesso

- Queima por produtos


químicos
Geada

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Efeitos de
uma
Geada
Fitotoxidez
Doenças em pinus
• Associação com beneficiamento e
armazenamento incorretos.
• Fungos presentes de forma interna
Fungos e externamente à semente.
• Resultados: baixa germinação,
em perda da viabilidade e transmissão
de patógenos para o viveiro.
sementes • Gêneros importantes: Fusarium,
Diplodia, Lasiodiplodia.
??? – ausência de sintomas

Fusarium no
interior das
sementes

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➢ Patógenos - Gêneros:
Tombamento ➢ Cylindrocladium
de mudas ➢ Fusarium
➢ Rhizoctonia
• Queima, seca e queda das
acículas.
• Formação de mofo cinzento
Mofo (micélio e esporos) sobre as
acículas.
cinzento • Patógeno: Botrytis cinerea
• Fonte de inóculo: vento e substrato
contaminado
Botrytis cinerea – Pinus taeda

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▪ Podridão em estacas durante a
propagação vegetativa.
▪ Decomposição das estacas pela
ação agressiva do patógeno pelo
Podridão parasitismo e produção de
enzimas.

de ▪ Material vegetal contaminado


trazido para o viveiro.
estacas ▪ Patógeno: Rhizoctonia solani.
▪ Controle: limpeza e desinfestação
das estacas e das estufas (ver
tombamento) e fungicidas.
PODRIDÃO DE MINIESTACAS
❖ Podridão em raízes tenras e jovens
das mudas
❖ Sintomas de murcha e
amarelecimento
Podridão ❖ Substratos contaminados
❖ Patógenos - Gêneros:
de raízes ❖ Fusarium - Fusariose
❖ Cylindrocladium
❖ Controle: Mesmas medidas
aplicadas contra o tombamento
Queima de
ponteiros
o Queima e seca de
ponteiros por ação de
patógenos.
o Morte progressiva da
muda.
o Sombreamento
excessivo das mudas
o Patógeno: Diplodia
pinea, Botrytis cinerea.
o Controle: eliminação de
pinheiros próximos ao
viveiro, sombreamento
e umidade adequados,
uso de fungicidas em
situações extremas.
EFEITOS ADVERSOS DO AMBIENTE
(causas abióticas de doenças)

• Órgãos jovens
• Idade da planta
• Genótipo (material
genético) suscetívei
• Associação de patógenos
secundários

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EFEITOS ADVERSOS DO AMBIENTE (causas abióticas de doenças)
Fisiologia das mudas

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MONITORAMENTO
Inspeção periódica das mudas
Diagnóstico Medida de controle

Coleta da amostra:
• aspecto das mudas
• estádio de desenvolvimento
• amostragem de material doente
• envio para análise

Preparo da amostra: separação ou não do


solo/substrato, acondicionamento em sacos
plásticos/papel, caixas de papelão.
• Vigilância e inspeções periódicas no viveiro.
• Sementes sadias
• Substrato estéril
• Recipientes limpos e descartáveis
• Lavagem e desinfestação com agua quente
(70 oC/3 minutos ou 80 oC/30 s)
Controle – •

Imersão em hipoclorito de sódio 1 %
Instalações adequadas e limpas

aspectos •

canteiros suspensos com brita sobre o solo
Irrigação e fertilização adequados
• Eliminação de plantas infectadas.
gerais • Evitar o estressamento (temperatura, regime
hídrico, nutrição).
• Controle de plantas invasoras
• Limpeza de ferramentas
• Produtos químicos: fungicidas (somente
produtos registrados, exemplo ferrugem do
eucalipto).
Práticas Práticas
usadas para usadas para
prevenir as controlar as
doenças doenças

-Seleção do material
-Escolha do local -Limpeza da área
-Seleção do material -Manejo da irrigação,
propagativo drenagem e
-Épocas adequadas sombreamento
de semeadura, -Épocas adequadas de
repicagem e de semeadura, repicagem
retirada de mudas Redução da e de retirada de mudas
-Desinfestação da severidade -Adubação adequada
área, substrato, e das -Controle de insetos
recipientes e perdas -Rotação de mudas
instrumentos -Separação e descarte
-Rotação de mudas -Rustificação das
-Descarte de mudas mudas
-Uso de controle
alternativo
PRODUÇÃO
DE MUDAS
SADIAS

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