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OS CONTEÚDOS > 10ºANO > ARTES VISUAIS     

2.1) A AÇÃO HUMANA - ANÁLISE E COMPREENSÃO DO AGIR


A REDE CONCETUAL DA AÇÃO

O que é uma ação?

Uma ação é algo que envolve um agente.
     
Uma ação é algo que um agente faz.
     
Uma ação é algo que um agente faz intencionalmente.
     
Uma ação é algo que um agente faz intencional e voluntariamente.

NOTA: Agente ­ o sujeito (o ser humano) que pratica a ação.
 
No estudo da rede conceptual da ação, a filosofia procura distinguir entre as razões da ação e as causas da ação. As perguntas de partida para este estudo são:
 
Quais os elementos que constituem uma ação?
 
Os elementos que constituem uma acção humana são:

a) A Vontade: Atitude ou disposição para querer algo (A ação voluntária é aquela que tem a vontade como princípio);
     
b) A Intenção: Propósito voluntário de fazer algo;
     
c) A Deliberação: Ponderação sobre os fatores da ação (sobre os motivos que podem levar à acção). A análise das condições da ação, dos seus objetivos, motivos e opções;
     
d) O consentimento: Processo através da qual a vontade concede a sua anuência a um meio conveniente para atingir um determinado fim;
     
e) A Decisão: Manifestação de uma escolha ou opção;
     
f) A Execução: Concretização da decisão tomada ou realização da opção escolhida;
     
g) A ordenação: Sequência de execução da opção escolhida;
     
h) O fim: Aquilo (a razão) pela qual a ação foi feita, o que levou o agente a agir.

Existem traços específicos da acção humana?
 
Nem tudo o que um ser humano faz constitui uma ação. Por exemplo, enquanto dormimos, entre outras coisas, ressonamos, damos voltas ou sonhamos. Estas coisas, fazemo­las
inconscientemente e, por isso, não são ações. Há coisas que embora as façamos conscientemente, como muitos dos nossos reflexos motores ou instintivos, também, não são ações.
Estas últimas coisas, fazemo­las involuntariamente porque, na sua origem, não existe qualquer intenção da parte do sujeito. Portanto, as ações humanas são coisas que fazemos
conscientes e voluntariamente, porque as ações humanas implicam uma intenção do sujeito que as realiza. As ações humanas são refletidas, propositadas, de forma consciente e
intencional, o que as caracteriza como específicas dos seres humanos.
 
Os traços específicos da ação humana são:

Consciência da ação;
Intenção de realizar a ação;
Ação realizada voluntariamente.

A ação humana é uma operação intencional e voluntária de um agente, cuja deliberação e consentimento promovem a atuação da decisão, a qual se executa, ordenadamente, para o fim
que pretende.

DETERMINISMO E LIBERDADE NA AÇÃO HUMANA


O Determinismo é uma teoria que defende que tudo o que acontece é determinado por aquilo que aconteceu anteriormente a ele. Para os autores desta teoria, a existência de fatores
condicionantes da ação humana, tanto condicionantes de ordem fisiológica ou biológica, como condicionantes de ordem histórica e cultural, tornam impossível que a ação humana seja
livre. Herdamos o nosso património genético dos pais biológicos. Essa herança determina os nossos limites e as nossas possibilidades psicossomáticas. Pelo facto de não
escolhermos nem o local nem a época em que nascemos, somos, também, determinados socioculturalmente. Perante estes condicionamentos perguntam: Qual é o fundamento da
nossa liberdade?
 
A liberdade é, pois, para os deterministas, uma ilusão. Não sou eu que escolho, mas um conjunto de circunstâncias que escolhem por mim. Como posso ser livre se não escolhi ser
quem sou?
 
Apesar da existência de todos estes fatores condicionantes da ação humana, há, no entanto, algum espaço, alguma margem de manobra para a liberdade nas ações. Porquanto, as
decisões humanas implicam sempre escolhas entre uma multiplicidade de opções possíveis. Neste sentido a nossa liberdade exerce­se a partir de condicionalismos a que não
podemos fugir, mas para além delas as nossas  decisões são  indissociáveis da nossa liberdade.

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