Você está na página 1de 56

POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS

AJUDÂNCIA-GERAL

SEPARATA
DO
BGPM

Nº 87

BELO HORIZONTE, 20 DE NOVEMBRO DE 2018.

Para conhecimento da Polícia Militar de Minas


Gerais e devida execução, publica-se o
seguinte:
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 1- )

INSTRUÇÃO Nº 3.03.25/2018 - CG

REGULA O USO DE AERONAVE REMOTAMENTE


PILOTADA NO ÂMBITO DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS
GERAIS

Belo Horizonte
2018
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 2- )

INSTRUÇÃO Nº 3.03.25/2018-CG

Regula o uso de Aeronave Remotamente Pilotada


na Polícia Militar de Minas Gerais

Belo Horizonte - MG
2018
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 3- )

Direitos exclusivos da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG).


Reprodução condicionada à autorização expressa do Comandante-Geral da PMMG.
Circulação restrita.

Minas Gerais. Polícia Militar. Comando-Geral. Instrução n.3.03.25/2018-


CG: Regula o uso de aeronave remotamente pilotada no âmbito da
M663i Polícia Militar de Minas Gerais/Polícia Militar. Comando Geral. Belo
Horizonte: Assessoria Estratégica de Emprego Operacional (AE/3),
2018.

54p.: il.

Contém anexos.

1. Aeronave Remotamente Pilotada (RPA). Bases Regionais de


Aviação do Estado (BRAvE). I. Mattos, Wagner Alan de. (coord). II.
Título.

CDU – 351.749.3 (815.1)


CDD – 355.31

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Academia de Polícia Militar

ADMINISTRAÇÃO
Comando-Geral da Polícia Militar
Quartel do Comando-Geral da PMMG
Cidade Administrativa Tancredo Neves, Edifício Minas,
Rodovia Papa João Paulo II, nº 4143 – 6º Andar, Bairro Serra Verde
Belo Horizonte – MG – Brasil - CEP 31.630-900

SUPORTE METODOLÓGICO E TÉCNICO


Assessoria Estratégica de Emprego Operacional – AE3
Quartel do Comando-Geral da PMMG
Cidade Administrativa Tancredo Neves, Edifício Minas,
Rodovia Papa João Paulo II, nº 4143 – 6º Andar, Bairro Serra Verde
Belo Horizonte – MG – Brasil - CEP 31.630-900
E-mail: ae3gcg@pmmg.mg.gov.br
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 4- )

GOVERNADOR DO ESTADO
FERNANDO DAMATA PIMENTEL

COMANDANTE-GERAL DA PMMG
CEL PM HELBERT FIGUEIRÓ DE LOURDES

CHEFE DO GABINETE MILITAR DO GOVERNADOR


CEL PM FERNANDO ANTÔNIO ARANTES

SUBCOMANDANTE-GERAL DA PMMG
CEL PM ANDRÉ AGOSTINHO LEÃO DE OLIVEIRA

CHEFE DE GABINETE DO COMANDO-GERAL DA PMMG


CEL PM MARCOS ANTÔNIO DIAS

SUPERVISÃO TÉCNICA
TEN CEL PM WAGNER ALAN DE MATTOS
CHEFE DA ASSESSORIA ESTRATÉGICA DE EMPREGO OPERACIONAL

REDAÇÃO

CEL PM RODRIGO DE SOUSA RODRIGUES


TEN CEL PM MESSIAS ALAN DE MAGALHÃES
MAJ PM NEYTON RODRIGUES
CAP PM CARLOS EDUARDO LOPES
CAP PM JEAN CARLOS INÁCIO DA SILVA
CAP PM GUILHERME DE A. R. PEREIRA
1º TEN PM NATHÁLIA CARRIERE F. PAULINO
1º TEN PM RENATO FARINA BARRETO
3º SGT PM ANDRÉ DOS SANTOS BATISTA

COLABORADORES

1º TEN PM WALDER CARVALHO NORBERTO


3º SGT PM DENER MAXIMIANO SILVA
3º SGT PM FERNANDO RODRIGUES DA SILVA
3º SGT PM HEBERT NEVES VILAÇA
CB PM MARLON DE ALMEIDA DIAS
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 5- )

CB PM BRUNO CARLOS RANGEL

REVISÃO DOUTRINÁRIA

TEN CEL PM WAGNER ALAN DE MATTOS


MAJ PM SANDRO ALEX CANUTO GONÇALVES
1º SGT PM CLAUDINEY BARROSO
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 6- )

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AIC - Aeronautical Information Circular - Circular de Informação Aeronáutica


AGL - Above Ground Level - Acima do Nível do Solo
ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil
ANATEL - Agência Nacional de Telecomunicações
ART - Artigo
ATS - Air Traffic Services - Serviços de Tráfego Aéreo
BTL RpAer - Batalhão de Radiopatrulhamento Aéreo
BVLOS - Beyond Line of Sight - Operação Além da Linha de Visada
CF - Constituição da República Federativa do Brasil (1988)
CG - Comando Geral da Polícia Militar de Minas Gerais
COMAVE - Comando de Aviação do Estado
DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo
EMPM - Estado Maior da Polícia Militar
Extended Visual Line Of Sight - Operação em Linha de Visada
EVLOS -
Extendida
GPS - Global Position System - Sistema de Posicionamento Global
International Civil Aviation Organization – Organização Internacional
ICAO -
da Aviação Civil
IS - Instrução Suplementar
KM - quilômetro (s)
NOTAM - Notice to Airmen - Informação aos Aeronavegantes
OACI - Organização de Aviação Civil Internacional
PMESP - Polícia Militar do Estado de São Paulo
PMMG - Polícia Militar de Minas Gerais
PMD - Peso Máximo de Decolagem
RAT - Relatório de Atividades
RBAC - Regulamento Brasileiro de Aviação Civil
RBAC-E - Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial
REDS - Registro de Evento de Defesa Social
RMBH - Região Metropolitana de Belo Horizonte
RPA - Remotely Piloted Aircraft - Aeronave Remotamente Pilotada
SARPAS - Sistema de Autorização de Acesso ao Espaço Aéreo por RPA
SISANT - Sistema de Aeronaves Não Tripuladas
SOU - Sala de Operações da Unidade
UAS - Unmanned Aircraft System - Sistema de Aeronave Não Tripulado
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 7- )

VANT - Veículo Aéreo Não Tripulado


VLOS - Visual Line Of Sight - Linha de Visada Visual
Visual Meteorological Conditions - Condições Meterológicas de Voo
VMC -
Visual
ZQC - Zona Quente de Criminalidade
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 8- )

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9

2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES ................................................................................ 11

3. OBJETIVOS ........................................................................................................... 14

2.1 Geral ................................................................................................................ 14

2.2 Específicos ....................................................................................................... 14

4. ASPECTOS LEGAIS PARA EMPREGO NA PMMG .............................................. 15

5. EMPREGABILIDADE DAS RPA NA PMMG ......................................................... 23

6. ORIENTAÇÕES PARA UM VOO SEGURO E REGULAR ..................................... 26

6.1 Segurança do policial militar durante operação com RPA ............................... 27

6.2 Procedimento em caso de acidente e incidente com RPA ................................ 30

7. ÓRGÃO CENTRAL DE GESTÃO DAS RPA.......................................................... 32

8. ESTRUTURAÇÃO DAS RPA NAS UNIDADES DA PMMG ................................... 33

8.1 Fase de implantação ........................................................................................ 33

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 35

APÊNDICE A – PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO ................................. 39

POP nº 1.6.0.017 – Orientação para emprego seguro de RPA nas operações de


segurança pública na PMMG .................................................................................. 39

APÊNDICE B – DADOS PARA REGISTRO DO VOO .............................................. 51

APÊNDICE C – CHECK LIST ................................................................................... 52


( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 9- )

INSTRUÇÃO Nº 3.03.25/2018 - CG

Regula o uso de Aeronave Remotamente Pilotada


no âmbito da Polícia Militar de Minas Gerais.

1 INTRODUÇÃO

A tecnologia na área da segurança pública, hoje, é elemento fundamental para


melhoria da prestação de serviços aos cidadãos, na medida em que pode auxiliar as
ações operacionais, melhorar a produtividade na atividade de segurança pública,
diminuir o tempo de atendimento ao cidadão e gerir com mais eficiência os recursos
logísticos e humanos. Nesse sentido, as denominadas Aeronaves Remotamente
Pilotadas (RPA), popularmente conhecidas como drones 1 , têm se destacado no
cenário mundial.

A análise das características e potencialidades das RPA, que serão detalhadas neste
documento, sinalizam ganhos à atividade operacional da Polícia Militar. O emprego
das RPA deve ser devidamente regulado para garantir a segurança das pessoas e
propriedades em solo, assim como a segurança jurídica dos pilotos remotos e a
preservação da imagem institucional.

Atualmente, a utilização de RPA tem sido largamente difundida no cenário nacional e


internacional, principalmente por se tratarem de equipamentos de baixo custo
operacional, quando comparados com as aeronaves convencionais. A RPA possibilita
a captação de imagens aéreas ou utilização de outros recursos tecnológicos, úteis aos
interesses dos setores público e privado.

O equipamento em questão caracteriza-se, dentre outros fatores, pelo tamanho e peso


reduzidos, assim como pela estação remota de pilotagem que permite longo alcance e
pela portabilidade e autonomia de voo. Apresenta grande variação entre os modelos
disponíveis no mercado, capacidade de desempenho com carga útil e capacidade de
se manter despercebida ou pouco perceptível. Chama a atenção, ainda, quanto ao
aspecto de segurança, visto que não há pilotos a bordo.

As RPA reúnem características que conferem amplo potencial para apoio às


atividades de segurança pública, agregando versatilidade e reflexos positivos tanto no

1 Zangão em inglês, pelo som emitido lembrar o deste inseto.

9
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 10- )

quesito financeiro, quanto aos benefícios ambientais, como, por exemplo, a redução
de consumo de combustíveis e emissão de gases CO2.

Assim, as possibilidades de emprego nas atividades de segurança pública são


inúmeras, sejam otimizando o processo de comando e controle ou possibilitando o
acompanhamento e o suporte às operações. Ainda, pode potencializar a consciência
situacional e o processo decisório nos atendimentos emergenciais e ocorrências
complexas.

10
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 11- )

2 CONCEITOS E DEFINIÇÕES

Aeronave Remotamente Pilotada (Remotely Piloted Aircraft–RPA): Toda aeronave


não tripulada pilotada a partir de uma estação de pilotagem remota, com finalidade
diversa de recreação.

Aeromodelo: Toda aeronave não tripulada com finalidade de recreação.

Aeronave autônoma: É aquela que, uma vez programada intencionalmente não


permite intervenção externa durante a realização do voo.

Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada (Remotely Piloted Aircraft Systems-


RPAS): É um conjunto de componentes tais como: estação de pilotagem remota, link
ou enlance de comando, aeronave e instrumentos que permitem a RPA voar.

Estação de Pilotagem Remota (RPS): Componente que contém os equipamentos


necessários à pilotagem da RPA.

Pessoa anuente: É o indivíduo cuja presença não é indispensável para que ocorra
uma operação bem sucedida de RPA ou aeromodelo. A pessoa anuente, por vontade
própria e por sua conta e risco, concorda expressamente que uma RPA opere a
menos de trinta metros horizontais, distante de si ou de seus tutelados legais. O limite
de trinta metros não precisa ser observado caso haja uma barreira mecânica
suficientemente forte para isolar e proteger as pessoas não anuentes na eventualidade
de um acidente e na operação de segurança pública ou defesa civil.

Pessoa envolvida: É aquela cuja presença é indispensável para que ocorra uma
operação bem sucedida de RPA ou de aeromodelo.

Checklist: É um tipo de ajuda de trabalho informacional utilizado para reduzir o


fracasso, compensando possíveis limites da memória humana e atenção. Ele ajuda a
garantir a consistência e integridade na realização de uma tarefa. Um exemplo básico
é a "lista para fazer."

Datalink: Também chamado de enlace de dados ou camada de enlace de dados. É


um aparelho eletrônico por meio do qual se faz a ligação de um local para outro, com a

11
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 12- )

finalidade de receber e transmitir informação digital. Pode se referir, também, a um


conjunto de equipamentos eletrônicos, composto de um transmissor e um receptor
(duas peças de equipamento terminal de dados) e o circuito de telecomunicações de
dados interligado.

Georreferenciado ou georreferenciação: de uma imagem ou um mapa ou qualquer


outra forma de informação geográfica é tornar coordenadas geográficas conhecidas
num dado sistema de referência. Esse processo inicia-se com a obtenção das
coordenadas (pertencentes ao sistema no qual se pretende georreferenciar) de pontos
da imagem ou do mapa a serem georreferenciados, conhecidos como pontos de
controle.

Go-home: Expressão americana que significa “ir para casa”, no caso das RPA, é o
local definido para retorno em caso de falha no enlace de dados ou proximidades do
fim da bateria.

Sistema de Posicionamento Global (Global Positioning System-GPS): É um


sistema de navegação por satélite que fornece a um aparelho receptor móvel a
posição, hora, condições atmosféricas, a qualquer momento e em qualquer lugar na
Terra, desde que o receptor se encontre no campo de visão de quatro satélites GPS.

Piloto Remoto2: É a pessoa que manipula os controles de voo de uma aeronave não
tripulada.

Observador de RPA: É a pessoa que, sem o uso de equipamentos ou lentes (exceto


as corretivas), auxilia o piloto remoto na condução segura do voo, mantendo contato
visual direto com a RPA.

Operação em Linha de Visada Visual (Visual Line of Sight – VLOS operation):


Operação em condições meteorológicas visuais (Visual Meteorological Conditions-
VMC) em que o piloto, sem o auxílio de observadores de RPA, mantém o contato
visual direto (sem auxílio de lentes ou outros equipamentos) com a aeronave
remotamente pilotada, de modo a conduzir o voo com a responsabilidade de manter a
distância segura de outras aeronaves, bem como de evitar colisões com estas e
obstáculos. É a operação que encontra maior respaldo na legislação e se encaixa na

2 Disponível em: http://www.anac.gov.br/perguntas-frequentes.

12
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 13- )

capacidade operacional da maioria das aeronaves vendidas no Brasil. Permite maior


segurança e possui o menor risco operacional. É recomendada para as atividades da
PMMG.

Operação em Linha de Visada Visual Estendida (Extended Visual Line of Sight –


EVLOS Operation): Operação em VMC é aquela em que o piloto remoto, sem auxílio
de lentes ou outros equipamentos, não é capaz de manter o contato visual direto com
a RPA, necessitando do auxílio de observadores de RPA para conduzir o voo. Possui
a responsabilidade de manter as separações previstas com outras aeronaves, bem
como a de evitar colisões com aeronaves e obstáculos, seguindo as mesmas regras
de uma operação VLOS. Esta operação reduz a velocidade com o que o piloto pode
interferir no voo a fim de evitar um incidente ou acidente. Pode ser usada em situações
em que seja necessária, mas como exceção e não a regra.

Operação Além da Linha de Visada Visual (Beyond Visual Line of Sight – BVLOS
Operation): Operação que não atende às condições VLOS ou EVLOS. Pelo maior
risco envolvido nesse tipo de operação e pelas exigências impostas pela
regulamentação, o emprego dessa operação nas atividades da PMMG é
contraindicado. Verifica-se a possibilidade de emprego nesta condição para
levantamento de informações em ambientes confinados, locais não considerados
espaço aéreo e onde o risco às pessoas pode ser melhor controlado.

13
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 14- )

3 OBJETIVOS

3.1 Geral

3.1.1 Regular o uso de aeronaves remotamente pilotadas no âmbito da PMMG.

3.2 Específicos

3.2.1 Conferir conhecimentos básicos sobre RPA aos integrantes da PMMG;

3.2.2 Apresentar as normas afetas à atividade;

3.2.3 Orientar o emprego seguro e regular de RPA nas operações de segurança


pública e defesa civil;

3.2.4 Definir modelo de implantação do serviço de RPA nas unidades da PMMG


interessadas.

14
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 15- )

4 ASPECTOS LEGAIS PARA EMPREGO NA PMMG

No âmbito federal, a Constituição promulgada em 1988 traz um capítulo específico que


trata da segurança pública. O artigo 144 da CF/88 discorre sobre a competência e
atribuições da Polícia Militar dentro do território brasileiro:

Art.144 – A segurança pública, dever do Estado, direito e


responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos
seguintes órgãos:
I – [...];
V – polícias militares e corpos de bombeiros militares;
§ 1º - [...];
§ 5º - Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a
preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares,
além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de
atividades de defesa civil (BRASIL, CONSTITUIÇÃO FEDERAL,
1988, grifo nosso).

A Polícia Militar de Minas Gerais, engajada no seu compromisso constitucional e no


atendimento da expectativa comunitária voltada para um ambiente social seguro,
busca constantemente investir em ferramentas capazes de maximizar sua atuação, e,
nesse caso, a RPA se torna uma opção efetiva ao suporte das atividades de cunho
operacional.

Os aspectos legais para utilização de RPA são definidas pelos seguintes órgãos
reguladores e de controle:

a) Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) – é uma agência reguladora


federal cuja responsabilidade é supervisionar a atividade de aviação civil no Brasil,
tanto no que tange aos aspectos econômicos quanto no que diz respeito à certificação
das aeronaves e habilitação de pilotos.

b) Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) – é uma organização


brasileira, subordinada ao Ministério da Defesa e ao Comando da Aeronáutica
responsável pelo controle estratégico e sistêmico do espaço aéreo do país.

c) Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) – é uma agência


reguladora vinculada ao Governo Federal. A este órgão compete, entre outras
atribuições, administrar e fiscalizar o uso das radiofrequências utilizadas pelos

15
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 16- )

controles remotos dessas aeronaves.

O Brasil é signatário da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) desde o


ano 1945 e deve seguir todas as normas e recomendações expedidas pelo órgão
máximo da aviação civil mundial. Assim, a operação de aeronaves não tripuladas deve
pautar pela observância aos regulamentos internacionais.

O artigo 8º da Convenção de Aviação Civil Internacional, assinada pelos países


membros da OACI em dezembro de 1944 e emendada pelo DOC 7.300 da
Assembleia Geral daquela Organização, estipula que:

Nenhuma aeronave capaz de voar sem um piloto deverá voar sobre o


território do Estado signatário sem uma autorização especial daquele
Estado e sem estar de acordo com os termos de tal autorização. Cada
Estado signatário deverá garantir que o voo de tal aeronave sem piloto
em regiões abertas a aeronaves civis deve ser tão controlado a ponto
de prevenir o perigo às aeronaves civis (Convenção de Aviação Civil
Internacional, 1944).

Portanto, essa é a regra básica que deve ser adotada pelo Brasil para permitir tais
operações. Além disso, a OACI expediu em 2011 um documento denominado Circular
328 – Unmanned Aircraft Systems (UAS) com o objetivo de informar aos estados
membros sobre a perspectiva de integração em curto prazo, dos sistemas de
aeronaves não tripuladas com os espaços aéreos não segregados e com os
aeródromos, além de delinear normas e princípios gerais de operação desses
sistemas.

Alinhada aos preceitos internacionais, a legislação geral brasileira prevista no Código


Brasileiro de Aeronáutica, dispõe:

Art. 106. Considera-se aeronave todo aparelho manobrável em voo,


que possa sustentar-se e circular no espaço aéreo, mediante reações
aerodinâmicas, apto a transportar pessoas ou coisas.

Uma RPA é uma aeronave e, por conseguinte, para voar no espaço aéreo sob
responsabilidade do Brasil, deverá seguir as normas estabelecidas pelas autoridades
competentes da aviação nacional. Assim as RPA pertencentes à Polícia Militar ou por
ela operadas submeter-se-ão às normas da aviação civil.

16
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 17- )

No Brasil, compete à ANAC fiscalizar as atividades de aviação civil e de infraestrutura


aeronáutica e aeroportuária, assim como a emissão do Certificado de
Aeronavegabilidade (CA) e controle de emissão da habilitação dos aeronavegantes
(pilotos e comissários). Paralelamente, cabe ao Departamento de Controle do Espaço
Aéreo (DECEA), órgão subordinado à Força Aérea Brasileira, a autorização de acesso
e controle do espaço aéreo.

Observa-se, portanto, que no Brasil há dois órgãos reguladores com competências


distintas para legislar sobre assuntos relativos à aviação civil e, por conseguinte, sobre
as RPA: o DECEA e a ANAC.

O DECEA expediu alguns documentos normativos referentes às RPA, listados a


seguir:

a) Instrução do Comando da Aeronáutica (ICA) 100-40 que regula o voo comercial de


RPA, fevereiro de 2017;
b) Circular de Informação Aeronáutica (AIC) nº 17/2017 que regula o voo recreativo de
aeromodelos;
c) IAC nº 23/2017 que regula o uso de RPA em proveito dos órgãos ligados aos
Governos Federal, Estadual ou Municipal;
d) IAC nº 24/2018 que regula exclusivamente o uso de RPA em operações dos órgãos
de Segurança Pública, de Defesa Civil e de fiscalização da Receita Federal.

A ANAC expediu, em 02 de maio de 2017, o Regulamento Brasileiro de Aviação Civil


Especial (RBAC-E) nº 94, que contém a Resolução nº 419 que aborda os requisitos
gerais de competência desse órgão para aeronaves não tripuladas de uso civil e
estabelece as condições para sua operação no Brasil. E, na mesma data, a IS E94-
003, que trata sobre a avaliação de risco operacional para emprego de RPA.

Com o objetivo de escalonar as exigências entre a operação de aeronaves maiores e


complexas das aeronaves mais simples, a ANAC classifica as RPA conforme o Peso
Máximo de Decolagem (PMD) como se observa a seguir:

a) Classe 1: RPA com peso máximo de decolagem maior que 150kg;


b) Classe 2: RPA com peso máximo de decolagem maior que 25kg e menor ou
igual a 150kg;

17
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 18- )

c) Classe 3: RPA com peso máximo de decolagem menor ou igual a 25kg;

Considerando que para obtenção das classes 1 e 2, exige-se uma série de


tramitações burocráticas junto à ANAC e, considerando, ainda, o alto custo destas
aeronaves, a PMMG optou pela regulamentação de RPA da classe 3, que se destina
unicamente às operações VLOS e EVLOS até 400 pés (120m) de altura, que não
necessitam de certificado de aeronavegabilidade nem pilotos habilitados em curso
definido por aquela agência.

Como regra, verifica-se a proibição de sobrevoo de pessoas não anuentes, devendo a


RPA se manter, pelo menos, 30 metros afastada destas, salvo se houver uma barreira
mecânica suficientemente forte para protegê-las da aeronave em caso de falha. A
ANAC permite aos órgãos públicos de segurança pública e defesa civil operar RPA em
qualquer área, mesmo sobre pessoas, sendo de inteira responsabilidade destes a
operação e observância às demais exigências do RBAC-E 94 (ANAC).

A ICA 100-40, regulamentada pelo DECEA, é uma norma atualizada e tem como
inovação principal a implementação do Sistema de Autorização de Acesso ao Espaço
Aéreo por RPAS (SARPAS) que permite que as solicitações de voo sejam realizadas
por meio de sistema web.

Na AIC 24/18, o DECEA estipulou parâmetros de segurança que, quando observados,


isentam os órgãos de segurança pública e de defesa civil solicitar os voos, bastando
apenas iformar ao SARPAS a sua realização antes da decolagem, obtendo assim uma
autorização imediata.

Assim, prazos adequados para operações típicas das atividades pretendidas com RPA
ocorrem principalmente quando se executa o voo abaixo de 400ft ou 120m e que o
peso máximo dos vetores de decolagem sejam inferiores a 25 Kg. Nos casos que não
se enquadrem nessas condições, seja pelo peso do equipamento, altura pretendida
do voo ou proximidade de aeródromos, as solicitações deverão ser encaminhadas
com dezoito dias de antecedência para análise e possível autorização. Essa
autorização deverá vir acompanhada de um Aviso aos Aeronavegantes (Notice to
Airmen - NOTAM), segregando o espaço aéreo previsto para a operação das RPA.

As RPA operadas em espaços confinados, até seus limites estruturais de altura, estão

18
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 19- )

fora do escopo de controle do DECEA, porém, ainda estão condicionados à


observação das exigências da ANAC no que tange à emissão do certificado de
cadastro no SISANT, da avaliação do risco operacional, da autorização do proprietário
e, eventualmente, sobrevoo sobre pessoas.

A ICA 100-40 estabelece que é de competência do operador a condução segura das


operações com RPA. Cita, ainda, que é papel do operador o gerenciamento do
pessoal envolvido (composição da equipe, programa de treinamento, controle de
fadiga, etc.), a manutenção (controle de aeronavegabilidade continuada, aplicação do
programa de manutenção, registros de manutenção e reparos, etc.), a proteção e
salvaguarda da operação (segurança da estação de pilotagem remota, preservação
dos dados, etc.), entre outras competências. A mesma norma estabalece, também,
que o voo sobre áreas povoadas ou aglomerações de pessoas não anuentes deverá
ser analisado de forma criteriosa, principalmente sob o foco das certificações dos
sistemas, em especial, sobre a aeronavegabilidade.

É importante salientar que essas autorizações não eximem os usuários das


responsabilidades cíveis e penais. Por isso, manter-se atualizado quanto às normas,
realizar a avaliação de risco operacional e respeitar os limites legais existentes é
essencial para evitar riscos e danos a si e a outros. As responsabilidades do piloto
remoto em comando são equiparadas às de um piloto de aeronave tripulada.

O acesso ao espaço aéreo por RPA, engajada em operação aérea de segurança


pública ou de defesa civil, não deverá gerar impactos negativos de segurança e de
capacidade para as aeronaves tripuladas. A segurança operacional é primordial e a
operação de qualquer RPA deverá priorizá-la, minimizando o risco para outras
aeronaves e para as pessoas e propriedades no solo.

O voo de RPA, em zona urbana, compreendida como o espaço ocupado por uma
cidade, é permitido, devendo-se observar o constante na AIC-N 24/18 que estabelece:

a) nas zonas de aproximação e de decolagem de aeródromos (15º graus para


cada lado do eixo da pista) até a distância de 2 Km (dois quilômetros), medida a partir
da cabeceira da pista, NÃO REALIZAR operações aéreas com RPA;

b) nas zonas de aproximação e de decolagem, a partir de 2 Km até 5 Km, NÃO


REALIZAR operações de RPA acima de 30 m;

19
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 20- )

c) fora da zona de aproximação e de decolagem NÃO REALIZAR voos de RPA


até 500 m (quinhentos metros) de distância das áreas de operações de aeródromos,
sendo tal distância medida a partir da extremidade mais próxima da área patrimonial
do respectivo aeródromo;

d) fora das zonas de aproximação e de decolagem dos aeródromos e além de


500 m (quinhentos metros) até a distância de 2 Km (dois quilômetros) das suas áreas
de operações, operar uma RPA, no máximo, até 60 m AGL.

e) fora das áreas citadas nos quatro itens acima, OPERAR NO MÁXIMO ATÉ A
ALTURA DE 120 m acima do nível do solo (AGL).

FIGURA 1: Áreas para operações de RPA em operações de segurança pública ou


defesa civil em zonas urbanas

Fonte: DECEA. AIC 24/18, de 02/01/2018.

LEGENDA

Área de voo proibido, exceto quando for realizada coordenação antecipada com o órgão de
controle do tráfego aéreo na cidade (torre de controle ou rádio) ou, na falta deste, com o
Órgão Regional responsável pela área de operação.

Área de voo com restrições a serem observadas

Área de voo com possibilidade de uso até 120 m de altura

Para os voos em zona não urbana, compreendida como a região geográfica não
classificada como zona urbana, a AIC-N 24/18 estabelece o seguinte:

a) nas zonas de aproximação e de decolagem de aeródromos (15º graus para


cada lado do eixo da pista) até a distância de 2 Km (dois quilômetros), medida a partir
da cabeceira da pista, NÃO REALIZAR operações aéreas com RPA;

20
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 21- )

b) nas zonas de aproximação e de decolagem, a partir de 2 Km até 5 Km, NÃO


REALIZAR operações de RPA acima de 30 m;

c) fora da zona de aproximação e de decolagem NÃO REALIZAR voos de RPA


até 500 m (quinhentos metros) de distância das áreas de operações de aeródromos,
sendo tal distância medida a partir da extremidade mais próxima da área patrimonial
do respectivo aeródromo;

d) fora das zonas de aproximação e de decolagem dos aeródromos e além de


500 m (quinhentos metros), até a distância de 2 Km (dois quilômetros) das suas áreas
de operações, operar uma RPA, no máximo, até 60 m AGL.

e) fora das áreas citadas nos quatro itens acima, OPERAR NO MÁXIMO ATÉ A
ALTURA DE 60 m acima do nível do solo (AGL).

FIGURA 2: Áreas para operações de RPA em operações de segurança pública ou


defesa civil em zonas não urbanas.

Fonte: DECEA. AIC 24/18, de 02/01/2018.

LEGENDA

Área de voo proibido, exceto quando for realizada coordenação antecipada com o órgão
de controle do tráfego aéreo na cidade (torre de controle ou rádio) ou, na falta deste, com
o Órgão Regional responsável pela área de operação.

Área de voo com restrições a serem observadas

Área de voo com possibilidade de uso até 60 m de altura

Os parâmetros de altura e proibição de voo da AIC-N 24/18 devem ser rigorosamente


cumpridos.

Caso seja necessário deixar de observar qualquer um dos requisitos, é condição


fundamental a coordenação antecipada com o órgão de controle do tráfego aéreo na
cidade (torre de controle ou rádio) ou, na falta deste, com o órgão regional responsável

21
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 22- )

pela área de operação, podendo inclusive ser determinada pelo órgão competente, a
suspensão das atividades aéreas no aeródromo envolvido.

22
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 23- )

5 EMPREGABILIDADE DAS RPA NA PMMG

As missões para utilização da RPA devem conciliar a segurança operacional com o


emprego lógico a fim de que seja inserida em um contexto que complemente as
atividades desempenhadas pelo policiamento em solo. Esse procedimento tem por
objetivo promover a eficiência das ações e operações da PMMG e, portanto, devem
prioritariamente ser utilizadas nessas atividades.

Por força da Lei nº 22.922/2018, fica proibido o uso de RPA da PMMG no interior de
prédios públicos do Estado e construções fechadas similares, mesmo que
parcialmente, tais como: ginásios, estádios, arenas a céu aberto, unidades policiais e
estabelecimentos prisionais e socioeducativos. Tal proibição poderá ser excepcionada,
em caráter precário, desde que por ato motivado da autoridade pública competente,
por razões de interesse público. Desta forma, o emprego de RPA em atividades não
operacionais em prédios públicos, tais como: formaturas, solenidades, seminários e
outros fins, somente pode ser realizado se presente este requisito e se não houver
sobrevoo de pessoas não anuentes, uma vez que este tipo de operação não cumpre
os requisitos da AIC 24/18 exigidos para se realizar o sobrevoo de pessoas com RPA.

Em caso da contratação de empresa terceirizada para emprego de RPA nas


atividades não operacionais, citadas no parágrado anterior, a unidade interessada
deverá diligenciar no sentido de verificar se o operador remoto contratado, preenche
os requisitos necessários para utilização de RPA, conforme previsão legal. No caso de
dúvidas poderá consultar o COMAVE.

A utilização das RPA nas atividades policiais visa a obtenção dos seguintes efeitos:

● ampliação da visibilidade das ações policiais e consequente aumento da


sensação de segurança;
● elevação da precisão e eficácia das ações de repressão com o consequente
aumento da intervenção seletiva;
● concentração de esforços na porção mais importante do local de operação;
● economia de recursos e meios empregados.

O emprego da RPA fica sujeito à autorização do comandante da unidade ou pessoa


por ele delegada, ou da fração PM onde estiver lotado o equipamento. Esse emprego

23
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 24- )

somente é permitido se houver uma avaliação de risco operacional, contemplando


cada modalidade de operação, nos termos da Instrução Suplementar específica, que
deve estar atualizada dentro dos últimos 12 meses calendáricos prévios à operação.
Nesse caso, devem-se observar os seguintes passos:

● realizar avaliação do Risco Operacional;


● obter a autorização para uso do espaço aéreo ou informar o voo;
● portar os documentos previstos nesta instrução;
● seguir o Procedimento Operacional Padrão (POP) relativo ao voo com RPA,
constante no Apêndice A.

Os voos autorizados de RPA devem ser previamente informados ao Centro de


Operações/Sala de Operações da Unidade (SOU), gerados no sistema Controle de
Atendimento e Despacho (CAD) e, ao final do voo, proceder o RAT no sistema próprio,
além de registrar os voos na ficha de controle, conforme modelo constante do
Apêndice B.

Com o emprego das RPA, é possível executar diversas atividades, dentre elas:

a) produção de imgens e mapas em três dimensões e com precisão que permita a


análise inicial do local e que possa ser utilizado para o planejamento de
operações, cerco e bloqueio;

b) coleta de dados antes e durante o cumprimento de mandados de busca e


apreensão e de reintegração de posse, podendo gravar vídeos, tirar fotos,
fazer leituras e medições, a fim de dar o suporte necessário aos policiais
militares envolvidos nas respectivas operações;

c) coleta de dados em local de interesse para a segurança pública como, por


exemplo, o monitoramento de pontos e locais de tráfico de entorpecentes,
varredura em edificação suspeita e controle da movimentação de pessoas;

d) monitoramento e registro de operações de controle de distúrbio,


acompanhamento do fluxo de multidões, identificação de indivíduos dispostos a
cometer infrações e coleta de provas.

e) controle de tráfego rodoviário, de tráfego urbano e de pontos de interdição de

24
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 25- )

vias de acesso. As imagens ao vivo das RPA podem ser transferidas para uma
equipe remota de policiais que usaria o sinal de vídeo para identificar, por
exemplo, a extensão do congestionamento e o local exato onde esse se
iniciou, assim como pontos de manifestações e bloqueio de vias,
engarrafamentos, etc.;

f) monitoramento e rastreamento dos locais de infrações ambientais, executadas,


por exemplo, em margens de rios, topos de morros e locais de difícil acesso,
podendo fornecer dados precisos para a atuação das patrulhas ambientais;

g) coleta de dados em eventos de Defesa Civil, em catástrofe e em incêndios.


Pode auxiliar o gabinete de gestão de crise, via rede de dados móveis, adotar
as melhores medidas e alertar os moradores da área de risco;

h) coleta de dados em ocorrências complexas (reféns, presídios, capturas em


área de vegetação extensa, busca em edificações);

i) auxílio em ações de busca e salvamento em locais de difícil acesso.

O descumprimento das regras preconizadas na presente instrução pode ensejar, além


das sanções administrativas, sanções e penalidades previstas nos diversos artigos
que tratam da incolumidade física das pessoas, da exposição de aeronaves a perigo e
da prática irregular da aviação, previstos no Código Penal (Decreto Lei nº 2.848) e na
Lei de Contravenções Penais (Decreto Lei nº 3.688).

25
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 26- )

6 ORIENTAÇÕES PARA UM VOO SEGURO E REGULAR

Para garantir a segurança das pessoas, propriedades e aeronaves em voo, a


operação com RPA da PMMG somente deverá ocorrer:

a) com RPA cuja especificação seja aprovada pelo COMAVE, conforme


finalidade de emprego;

b) com RPA de até 25 kg e que possua cadastro no SISANT;

c) com prévia elaboração de Avaliação de Risco Operacional, aprovada e


assinada pelo comandante da unidade detentora da RPA. O documento deve estar
atualizado dentro dos últimos 12 (doze) meses que antecedem a operação;

d) com autorização da autoridade competente;

e) operada por piloto remoto submetido a treinamento complementar


específico, promovido pelo COMAVE e cadastrado no sistema de Solicitação de
Acesso de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARPAS) do Departamento de
Controle do Espaço Aéreo (DECEA);

f) com autorização ou conhecimento do DECEA, conforme o caso, por meio do


SARPAS, nos limites autorizados.

O servidor que infringir as determinações descritas anteriormente poderá ser


responsabilizado por acidente ou incidente, ou ainda por todo e qualquer evento que
ofereça risco às operações aéreas.

O piloto de RPA da PMMG deve acompanhar as atualizações normativas que regulam


o seu emprego, atuar de forma segura e consciente dos riscos inerentes à operação.
Deve obter o conhecimento das condições meteorológicas, área de voo e estruturas
físicas próximas ao local da operação.

Ao executar a pilotagem de RPA, o policial militar piloto remoto deve portar os


seguintes documentos:

 carteira de Identidade Funcional;


 certificado de cadastro na ANAC, via SISANT, em meio físico ou digital;
 autorização ou confirmação de informação do DECEA, obtida via SARPAS, em
meio físico ou digital;

26
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 27- )

 avaliação de risco operacional assinada e válida, em meio físico ou digital;


 manual da aeronave, em meio físico ou digital e check list se houver;
 procedimento operacional padrão, em meio físico ou digital.

No desempenho de suas atividades, o piloto remoto da PMMG deverá:

 ter zelo no acondicionamento, transporte, montagem e utilização da RPA;


 comunicar a operação ao Centro de Operações/SOU, às bases do COMAVE,
ou diretamente à tripulação de aeronave tripulada em qualquer local em que
ocorra emprego desta;
 gerar a atividade no sistema CAD;
 realizar inspeção pré e pós voo e não realizar o voo, caso identifique alguma
anormalidade;
 após o voo, deve preencher o Relatório de Atividade (RAT), com os resultados
alcançados, problemas encontrados e com a quantidade de horas voadas por
cada piloto remoto;
 somente decolar a RPA em local que lhe propicie segurança adequada e se
houver outro militar realizando sua segurança;
 observar o prescrito no Procedimento Operacional Padrão (POP);
 pilotar somente uma RPA por vez;
 pousar a RPA imediatamente em caso de avistamento de aeronave tripulada;

É indispensável a presença do piloto remoto em todas as fases do voo, sendo


admitida a sua substituição por outro que também cumpra os requisitos desta
instrução.

Restando dúvidas quanto aos procedimentos operacionais de voo com RPA, a


Unidade deverá consultar o COMAVE, por meio de mensagem via Painel
Administrativa/Intranet PM para maior esclarecimentos.

6.1 Segurança do policial militar durante operação com RPA

O policial militar envolvido na operação com RPA deve estar atento não só ao
equipamento que manuseia, mas também, à localidade onde se opera a referida
aeronave.

27
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 28- )

Em hipótese alguma o piloto remoto e o observador de RPA podem atuar sozinhos,


sem cobertura policial, diante da diminuição da capacidade de identificar ameaças à
sua integridade física.

O local destinado à realização da operação com RPA deve ser isolado e a estrutura
logística em solo deve permitir ao piloto remoto manter o foco na operação sem
interferência de terceiros.

A norma aeronáutica brasileira prevê que o gerenciamento de risco deve ser realizado
para avaliar:

● se os riscos criados pela operação não irão agravar uma situação já por si
grave;
● se os riscos criados pela operação em relação a terceiros são válidos em
termos de "custo-benefício";
● se os riscos assumidos na operação são aceitáveis face aos objetivos da
mesma; e se as tripulações envolvidas estão adequadamente treinadas e aptas
à execução da missão .

No mesmo sentido, o parágrafo E94.103(g)(2) do RBAC-E nº 94 versa:

(g) A operação de RPA de peso máximo de decolagem acima de 250


gramas de um órgão de segurança pública, de polícia, de fiscalização
tributária e aduaneira, de combate a vetores de transmissão de
doenças, de defesa civil e/ou do corpo de bombeiros, ou de operador a
serviço de um destes, somente é permitida pela ANAC, conforme
permitido o uso do espaço aéreo pelo DECEA, sob total
responsabilidade do órgão ou do operador, em quaisquer áreas, nas
seguintes condições:
(...)
(2) se houver uma avaliação de risco operacional, contemplando cada
modalidade de operação, nos termos de Instrução Suplementar
específica, que deve estar atualizada dentro dos últimos 12 meses
calendáricos prévios à operação.

A avaliação de risco operacional tem validade de 12 meses e deve ser realizada por
meio do preenchimento do documento proposto no Apêndice B da IS Nº E94-003, que
deverá conter o seguinte:

● identificação do operador;
● identificação das aeronaves envolvidas. Pode ser realizado única avaliação
para várias aeronaves que realizam o mesmo tipo de operação, que devem ser

28
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 29- )

identificadas pelo seu número de cadastro ou de registro;


● identificação do cenário operacional;
● listagem da legislação e da regulamentação mais relevante aplicável, com as
suas últimas atualizações. Pelo menos o Código Brasileiro de Aviação (CBA) e
as regulamentações aplicáveis da ANAC, do DECEA e da Anatel devem
constar na lista. A cada edição da avaliação de risco, a listagem deve ser
revisitada para verificar possíveis atualizações dos regulamentos. A listagem
deve estar atualizada na data da assinatura do documento que contém a
avaliação de risco;
● uma declaração de que o operador seja ou não obrigado a se manter em “área
distante de terceiros”, conforme definido no parágrafo E94.3(a)(3) do RBAC-E
nº 94;
● uma declaração se os pilotos e/ou observadores precisam passar por algum
tipo de treinamento inicial ou periódico específico. Caso a resposta seja
positiva, relatar que tipo de treinamento;
● uma descrição sobre quem acionar e como proceder em caso de acidente com
lesão às pessoas;
● a avaliação de risco, considerando os perigos, a probabilidade e severidade da
consequência, a tolerabilidade, o nível hierárquico da aprovação da operação e
eventuais medidas mitigatórias do risco. Pelo menos três tipos de situações
devem ser consideradas na avaliação em cada cenário (dentre outros que o
operador puder identificar):
- perda do link;
- existência de tráfego aéreo local;
- presença de pessoas não anuentes. (para a ANAC, a tolerabilidade deve
levar em conta principalmente as consequências para pessoas e para o tráfego
aéreo que indiretamente afeta pessoas. Mas o operador pode incluir outros
elementos de risco na sua análise, de acordo com a sua conveniência, como risco
a bens materiais de terceiros, etc…);
● a identificação da matriz de risco utilizada. O operador pode utilizar o modelo
proposto, ou utilizar um padrão personalizado que seja consistente com a sua
realidade operacional que será utilizada como base para o preenchimento da
avaliação de risco;
● uma declaração de que todos os pilotos remotos conhecem e cumprem a
legislação e regulamentação aplicáveis, assim como conhecem as
consequências do descumprimento;

29
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 30- )

● identificação do responsável pelas informações, data e assinatura da


avaliação, assim como a indicação do mês da validade.

Não há necessidade de aprovação e nem de envio das avaliações de risco à ANAC.


Elas podem ser utilizadas assim que forem impressas e assinadas pelas autoridades
competentes. Todas as folhas do documento deverão ser rubricadas.

É obrigatório ao piloto remoto da aeronave, o porte da avaliação de risco operacional


confeccionada de acordo com a IS E94-003. É admitido o porte do documento em
formato digital, mas se a assinatura for a tinta, a cópia deverá estar digitalizada e com
a assinatura e rubricas visíveis. O operador deve manter o documento físico original
para referência e apresentá-lo à fiscalização sempre que solicitado. Caso a avaliação
de risco seja substituída por uma versão atualizada, a versão anterior pode ser
descartada.

A avaliação de risco operacional deve ser elaborada por cada unidade que irá operar
RPA, conforme as necessidades e características operacionais. O modelo atualizado
deve ser consultado na própria instrução suplementar a fim de evitar uso de
documentos sem validade.

6.2 Procedimentos em caso de acidente e incidente com RPA

Em caso de acidente ou incidente com RPA, o COMAVE deverá ser acionado para
análise do ocorrido, objetivando a busca da possível cadeia de eventos na qual as
pessoas diretamente envolvidas deram causa.

Conforme a Portaria nº 1846/ GC3 de 07 de dezembro de 2017, que aprovou a


reedição da Norma do Sistema do Comando da Aeronáutica (NSCA 3-13) que contém
os Protocolos de Investigação de Ocorrências Aeronáuticas da Aviação Civil
conduzidas pelo Brasil, considera-se acidente com RPA quando:

a) qualquer pessoa que sofra lesão ou morte em decorrência do contato


direto com qualquer uma das partes da RPA, incluindo aquelas que dela tenham se
desprendido, ou submetida à exposição direta do sopro de hélice, rotor ou
escapamento de jato;

b) a RPA que sofreu dano ou falha estrutural e que afete adversamente a


resistência estrutural, o seu desempenho ou as suas características de voo. Exceção é

30
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 31- )

feita para falha ou danos limitados ao motor, suas carenagens ou acessórios ou para
danos limitados a hélices, pontas de asa, antenas, amassamentos leves e pequenas
perfurações no revestimento da RPA;

c) a aeronave considerada desaparecida ou que o local onde se encontre seja


absolutamente inacessível.

31
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 32- )

7 ÓRGÃO CENTRAL DE GESTÃO DAS RPA

Como gestor das aeronaves do executivo estadual fica definido o COMAVE como
órgão central do sistema de RPA da PMMG, cabendo-lhe:

a) acompanhar as atividades desenvolvidas com RPA na PMMG;

b) aprovar especificação técnica das RPA a serem adquiridas por qualquer meio para
uso da PMMG, visando à padronização dos equipamentos, à economia e eficiência
dos gastos públicos bem como a coordenação e o controle destas atividades;

c) cadastrar as RPA da PMMG junto aos órgãos reguladores;

d) planejar e executar curso destinado à habilitação dos pilotos remotos;

e) cadastrar os pilotos remotos junto aos órgãos reguladores;

f) realizar supervisão técnica nas unidades detentoras de RPA;

g) manter cadastro atualizado das RPA autorizadas a operar pela PMMG;

h) manter cadastro dos policiais militares capacitados como pilotos de RPA da PMMG;

i) manter atualizado os requisitos mínimos para novas aquisições de RPA diante da


evolução tecnológica e exigências legais;

j) prestar assessoria técnica e treinamento para uso de RPA às secretarias e aos


órgãos autônomos do Poder Executivo.

32
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 33- )

8 ESTRUTURAÇÃO DAS RPA NAS UNIDADES DA PMMG

Para equipar as unidades da PMMG com RPA devem ser observadas as


necessidades de emprego nas atividades operacionais. A opção pelo uso de RPA
deve ser gradativa e precedida de criteriosa avaliação do Comandante para evitar
precipitações e desperdícios de recurso público.

A implantação desta tecnologia na PMMG observará as etapas descritas abaixo.

8.1 Fase da Implantação

8.1.1 Logística

● definir a missão que pretende realizar com a RPA e subsequentemente o


modelo de aeronave para cumprir a missão, obtendo assessoria do COMAVE
quanto à especificação técnica adequada;
● adquirir a aeronave e inseri-la em carga;
● prever veículo de apoio, a ser utilizado para transporte da equipe, sendo o
veículo integrante da frota da unidade/fração;
● selecionar militares para serem pilotos remotos de RPA, prevendo uma equipe
composta por no mínimo dois policiais militares.
● designar Oficial responsável pelas atividades com RPA na Unidade, seja na
observância do cumprimento das legislações pertinentes às aeronaves, seja
nas questões de controle de emprego operacional, preenchimento de
formulários, relatórios e manutenção;

8.1.2 Autorizações

● cumprir as exigências dos órgãos reguladores;


● informar ao COMAVE os dados do equipamento adquirido para que seja
realizado seu cadastro;

8.1.3 Habilitação de pilotos

Os pilotos remotos devem ser submetidos a treinamento complementar planejado e


executado pelo COMAVE com conteúdo teórico e prático.

33
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 34- )

8.1.4 Avaliação do risco operacional

A unidade deverá elaborar a avaliação de risco operacional contemplando todas as


atividades operacionais que pretende realizar com RPA;

8.1.5 Manutenção

A manutenção consiste em uma inspeção visual do piloto remoto e deve ser feita
antes de cada voo. É baseada nas orientações contidas no manual do fabricante e, as
alterações encontradas devem ser registradas para fins de acompanhamento e
comunicadas ao COMAVE. É dever do piloto remoto realizar inspeção pré e pós voo
em todas as missões, assim como realizar as medidas corretivas necessárias, não
realizando o voo caso sejam identificadas anormalidades.

O controle da aeronavegabilidade continuada (manutenções preventivas e corretivas),


o controle da segurança de voo, o controle das operações de RPA, o registro dos
voos, o controle técnico de manutenção e as formalidades relativas à obtenção de
autorizações, certificações e licenças das aeronaves serão descentralizados
operacionalmente ficando a cargo da unidade PM onde estiver lotada a aeronave e da
fração PM responsável pelo emprego.

8.1.6 Acompanhamento

A unidade deverá promover a guarda, armazenamento e sigilo das imagens geradas


pela a RPA. As imagens produzidas por esta, cuja guarda, armazenamento e sigilo
são de responsabilidade da PMMG, não serão exibidas e/ou cedidas a terceiros,
exceto para instrução dos processos administrativos ou judiciais, e serão fornecidas
mediante requisição formal à autoridade competente.

8.1.7 Treinamento continuado


A unidade deverá promover o treinamento continuado de seus pilotos remotos,
contando com o apoio do COMAVE, a fim de garantir que o piloto remoto não fique
sem operar RPA por período superior a 6 (seis) meses.
QCG em Belo Horizonte, 13 de novembro de 2018

(a)HELBERT FIGUEIRÓ DE LOURDES, CEL PM


COMANDANTE-GERAL

34
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 35- )

REFERÊNCIAS

________. Agência Nacional de Aviação Civil. Portaria 207/STE, de 04 de abril de


1999. Estabelece as regras para a atividade de Aeromodelismo no Brasil.
Disponível em <www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/portarias/portarias-
1999/portaria-no-207-ste-de-07-04-1999>. Acesso em 05Dez2016.

_______. Agência Nacional de Aviação Civil. Instrução Suplementar nº 21-002 –


Certificado de Autorização de Voo Experimental. Disponível em:
<http://www2.anac.gov.br/biblioteca/IS/2012/IS%2021-002A.pdf>. Acesso em
12Jan2017.

______. Agência Nacional de Aviação Civil. Decisão nº 127/2011 – Autoriza a


operação de RPA pelo Departamento de Polícia Federal. Disponível em:
<http://www2.anac.gov.br/biblioteca/decisoes/2011/DA2011-0127.pdf>. Acesso em
12Jan2017.

_______. Agência Nacional de Aviação Civil. Instrução Suplementar nº E94-003


Revisão A. Define procedimentos para elaboração e utilização de avaliação de
risco operacional para operadores de aeronaves não tripuladas. Disponível em
<https://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/iac-e-is/is/is-107-
001a/@@display-file/arquivo_norma/IS107-001B.pdf>. Acesso em 01Mar2017.

________. Agência Nacional de Aviação Civil. Regulamento Brasileiro da Aviação


Civil Especial RBAC - E nº 94, aprovado pela Resolução nº 419, de 2 de maio de
2017. Requisitos Gerais para Aeronaves não Tripuladas de Uso Civil. Disponível
em <http://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/rbha-e-rbac/rbac/rbac-e-
94-emd-00/@@display-file/arquivo_norma/RBACE94EMD00.pdf>. Acesso em
01Mar2017.

_______. Agência Nacional de Aviação Civil. Orientações para usuários de drones.


1ª edição. Disponível em <http://www.anac.gov.br/assuntos/paginas-
tematicas/drones/orientacoes_para_usuarios.pdf>. Acesso em 01Mar2017.

________. Agência Nacional de Aviação Civil. Regras sobre Drones. Disponível em


<http://www.anac.gov.br/assuntos/paginas-tematicas/drones>. Acesso em 05Jan2017.

_________. Agência Nacional de Telecomunicações. Resolução nº 506, de


01/07/2008. Regulamento sobre Equipamentos de Radiocomunicação de
Radiação Restrita. Disponível em <http://legislacao.anatel.gov.br>. Acesso em
26Jan2015.

_______. Agência Nacional de Telecomunicações. Manual do Usuário - SCH -


Solicitante - Declaração de conformidade para quadricóptero (drone) - versão
1.2. Disponível em
<http://www.anatel.gov.br/Portal/verificaDocumentos/documento.asp?numeroPublicaca
o=346061&pub=original&filtro=1&documentoPath=346061.pdf>. Acesso em 01Mar17.

35
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 36- )

BASTOS, Arlindo; Scachetti Jr, Paulo Luiz. Drones ou RPA. Qual a Saída para a
segurança pública? Segurança Tecnologia e Defesa. São Paulo, 2017. Tecnologia,
p. 33-38.

BRASIL. Congresso Nacional. Constituição da República Federativa do Brasil, de 5


de outubro de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 14 dez.
2016.

BRASIL, República Federativa do. Lei Federal 7.565 de 18 de dezembro de 1986 –


dispõe sobre o Código Brasileiro de Aeronáutica. Disponível em
<http://www.senado.gov.br>. Acessado em 26mai2014.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Manual de Fiscalização. Instituto Brasileiro


do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA. Brasília/DF.
2007a.

BRASIL. Decreto Lei nº 1.177 de 21 de junho de 1971. Dispõe sobre


aerolevantamentos no território nacional e dá outras providências. Brasília, Distrito
Federal, 1971.

BRASIL. Ministério do Estado da Defesa. Portaria Normativa nº 953/MD, de 16 de


abril de 2014. Dispõe sobre a adoção de procedimentos para a atividade de
aerolevantamento no território nacional. Brasília, Distrito Federal, 2014.

BRASIL. Secretaria de Aviação Civil. Guia para fiscalização da operação de


Aeronaves não tripuladas. Versão 3. Disponível em
<http://aeroclubesantarosa.com.br/wp-
content/uploads/2016/05/AeronavesNaoTripuladasV1.pdf>. Acesso em 01dez2016.

BRASIL. Governo Federal. Relatório - Estudo sobre a Indústria Brasileira e


Europeia de Veículos Aéreos Não Tripulados. Brasília, Distrito Federal, 2016.

DECEA. AIC 21 de 23/09/2010 – Dispõe sobre Veículos Aéreos Não Tripulados.


FURTADO, Paulo, et al. Lei da arbitragem comentada. São Paulo: Saraiva, 1997. p.
132.

INTERNATIONAL CIVIL AVIATION ORGANIZATION (ICAO). DOC 7300. 9ª Edição


(2006). Disponível em <http://www.icao.int/publications/>. Acesso em 26mai2014.

_________. Cir 328 – Unmanned Aircraft Systems. Disponível em


<http://icao/int/Meetings/UAS/Documents>. Acesso em 26mai2014.

_________. DOC 10019. Manual on Remotely Piloted Aircraft Systems (RPA).

_________. DOC 9859 - Safety Management Manual (SMM). 2nd ed. Montreal:

36
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 37- )

ICAO, 2009. Disponível em: <http://www.icao.int /Pages/default.aspx>. Acesso em: 20


ago. 2018.

KNABBEN, Flávio. Poder de polícia: uma análise sobre fiscalização de alvarás em


estabelecimentos de jogos e diversões públicas. Florianópolis: Universidade do Sul
de Santa Catarina, 2006.

LAZZARINI, Álvaro. Estudos de direito administrativo. 2. ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 1999. p. 52.

MINAS GERAIS. Constituição. Constituição do Estado de Minas Gerais. Minas


Gerais/BH: Assembleia Legislativa, 1989.

MINAS GERAIS. Decreto nº 44.844, de 25 de junho de 2008. Estabelece normas


para o licenciamento ambiental e a autorização ambiental de funcionamento, tipifica e
classifica as infrações às normas de proteção ao meio ambiente e aos recursos
hídricos e estabelece o procedimento administrativo de fiscalização e aplicação das
penalidades.

MINAS GERAIS. Manual Técnico-Profissional nº 3.04.07-Belo Horizonte, MG. 2013.

MINAS GERAIS. Manual Técnico-Profissional nº 3.04.08-Belo Horizonte, MG. 2013.

MINAS GERAIS, Polícia Militar. Comandante Geral. Resolução nº 4.210 de 23 de


abril de 2012. Aprova as Diretrizes da Educação da Polícia Militar de Minas Gerais e
dá outras providências. Comandante Geral - Belo Horizonte, 2012.

MINAS GERAIS, Polícia Militar. Instrução nº 001-2014 - 8º BPM. Regula o emprego


da aeronave remotamente pilotada (ARP) no âmbito do 8º Batalhão da Polícia Militar
de Minas Gerais. Oitava Região da Polícia Militar. Lavras, 2015.

MINAS GERAIS, Polícia Militar. Instrução nº 3.03.19/2016-CG. Regula a elaboração


de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) na Polícia Militar de Minas Gerais.
Comandante Geral - Belo Horizonte, 2016.

MINAS GERAIS, Polícia Militar. Memorando nr 30.499.3/2016-EMPM. Utilização de


Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA). Chefe do Estado Maior- Belo Horizonte,
2016.

MINISTÉRIO DA DEFESA, Comando da Aeronáutica. Departamento de Controle do


Espaço Aéreo. Portaria DECEA nº 141/DGCEA, de 30 de junho de 2016. Aprova a
edição da Carta de Acordo Operacional entre o Serviço Regional de Proteção ao Voo
de São Paulo (SRPV-SP) e o Corpo de Bombeiros Militares do Estado do Rio de
Janeiro (CBMERJ), Instrução sobre “Acesso ao Espaço Aéreo por RPA do CBMERJ”.

37
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 38- )

MINISTÉRIO DA DEFESA, Comando da Aeronáutica. Departamento de Controle do


Espaço Aéreo. Portaria DECEA nº 282/DGCEA, de 22 de dezembro de 2016.
Aprova a reedição da ICA 100-40, que trata dos “Sistemas de Aeronaves
Remotamente Pilotadas e o Acesso ao Espaço Aéreo Brasileiro”.

MINISTÉRIO DA DEFESA, Comando da Aeronáutica. Departamento de Controle do


Espaço Aéreo. Circular de Informação Aeronáutica (AIC) 17/17, de 10 de julho de
2017. Trata do acesso ao espaço aéreo pelas “Aeronaves Remotamente Pilotadas
para fins recreativos”.

MINISTÉRIO DA DEFESA, Comando da Aeronáutica. Departamento de Controle do


Espaço Aéreo. Circular de Informação Aeronáutica (AIC) 17/18, de 02 de janeiro
de 2018. “Aeronaves Remotamente Pilotadas para uso recreativo aeromodelos”.

_______Piloto Policial. Disponível em <http://www.pilotopolicial.com.br/anac-pretende-


regulamentar-operacao-de-vant-na-seguranca-publica>. Acesso em 26 de maio de
2014.

_______. Managing the risks of organizational accidents. Burlington: Ashgate, 1997.

SÃO PAULO, Polícia Militar. Subcomando Geral. Diretriz nº PM3-001/03/16 Aquisição


e Emprego Operacional de Veículos Aéreos não Tripulados (VANT) pela Polícia
Militar. Subcomandante Geral - São Paulo, 2016.

SÃO PAULO, Polícia Militar. Comando Geral. Grupo de Trabalho - Proposta de


aquisição e emprego operacional de veículos aéreos não tripulados nas
atividades de polícia ostensiva, inteligência e de preservação da ordem pública
na PMESP. São Paulo, 2016.

38
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 39- )

APÊNDICE A - PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Macroprocesso: Atividades Especializadas
Nome do procedimento: Orientação para o emprego POP nº 1.6.0.017
seguro de RPA nas operações de segurança pública na
PMMG
Estabelecido em: Atualizado em: Revisão
Folha: 01/12
Comissão nº

1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL OU DOUTRINÁRIA (tipificação sintética)

1.1 Instrução de Operação com RPA


1.2 Manual Técnico-Profissional nº 3.04.07/2013-CG (Caderno Doutrinário 7);
1.3 Instrução do Comando da Aeronáutica (ICA) 100-40
1.4 Regulamento Brasileiro da Aviação Civil Especial RBAC - E nº 94
1.5 AIC-N 27 de 11 de dez de 2014 - Operações Aéreas de Segurança Pública e/ou de
Defesa Civil.
1.6. AIC-N 24 de 11 de jun de 2018 - aeronaves remotamente pilotadas para uso
exclusivo em operações dos órgãos de segurança pública, da defesa civil e de
fiscalização da Receita Federal.
1.7 Instrução Suplementar nº E94-003 Revisão A.

2. ABREVIATURAS E SIGLAS

2.1 RPA - Remotely Piloted Aircraft - Aeronave Remotamente Pilotada.


2.2 RPS - Estação de Pilotagem Remota
2.3 COMAVE – Comando de Aviação do Estado
2.4 Btl RpAer - Batalhão de Radiopatrulhamento Aéreo
2.5 BRAvE - Base Regional de Aviação do Estado
2.6 ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil.
2.7 SOU - Sala de Operações da Unidade.
2.8 ANATEL - Agência Nacional de Telecomunicações.
2.9 DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo.
2.10 ICA - Instrução do Comando da Aeronáutica.
2.11 SARPAS - Sistema de Autorização de Acesso ao Espaço Aéreo por RPA.
2.12 VLOS - Visual Line of Sight - Operação em Linha de Visada Visual.
2.13 NOTAM - Notice to Airmen - Aviso aos Aeronavegantes.

39
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 40- )

3. RESULTADOS ESPERADOS

3.1 Padronizar os procedimentos da PMMG no uso de RPA, classe 3, linha de visada


visual (VLOS) ou estendida (EVLOS), até 400 pés, nas ações e operações de
segurança pública e defesa civil.
3.2 Realizar operações com atenção aos dispositivos legais, buscando maior
segurança e menor risco.

4. RECURSOS NECESSÁRIOS

4.1. Aeronave Remotamente Pilotada (RPA).

4.2. 04 Baterias carregadas.

4.3. Estação de Pilotagem Remota (RPS), homologada pela ANATEL, com bateria
carregada (com ou sem o display integrado);

40
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 41- )

4.4. Tablet com bateria carregada (para estações de controle sem display
integrado);
4.5. Carteira de Identidade Funcional;
4.6. Certificado de cadastro na ANAC, via SISANT, em meio físico ou digital;
4.7. Autorização ou ciência do DECEA, via SARPAS, em meio físico ou digital;
4.8. Avaliação de risco operacional assinada e válida, em meio físico ou digital;
4.9. Manual da aeronave, em meio físico ou digital;
4.10. Procedimento Operacional Padrão, em meio físico ou digital;
4.11. Check list da aeronave em meio físico ou digital, se houver.

5. PROCEDIMENTOS BÁSICOS OU SEQUÊNCIAS DE AÇÕES

Antes do voo:
5.1. Receber autorização do Cmt da Unidade/Fração para emprego da RPA (a
OSv cumpre esta exigência);
5.2. Planejar voos atentando para as restrições previstas na legislação,
principalmente AIC-N 24 e ICA 100-40;
5.3. Informar (quando atendidos os critérios da legislação – AIC-N 24) ou solicitar
autorização para voo através do SARPAS, disponível no link:
http://servicos.decea.gov.br/sarpas/. Nos casos não considerados espaços aéreos
(áreas confinadas) não há necessidade de informar/solicitar autorização via SARPAS.
(consutar aeródromo cadastrados no ROTAER, disponível em
https://www.aisweb.aer.mil.br/?i=aerodromos);
5.4. Observar as condições meteorológicas antes de realizar o voo: não utilizar a
RPA na chuva e nem com ventos cuja a velocidade seja superior à permitida nas
especificações do equipamento;
5.5. Gerar atividade no sistema CAD, comunicando a operação ao Centro de
Operações/SOU (natureza Y40.012, operação aérea para reconhecimento e coleta de
dados);
5.6. Comunicar o voo às Bases Regionais de Aviação do Estado (BRAvE) do
COMAVE, onde há a disponibilidade do serviço de aeronaves tripuladas: RMBH (1ª
BRAvE: 031 3307-0206), Uberlândia (2ª BRAvE: 034 3213-2396), Montes Claros (3ª
BRAvE: 038 3213-1757), Juiz de Fora (4 ª BRAvE: 032 3313-6160), Governador
Valadares (5ª BRAvE:) ou diretamente à tripulação, em local diverso em que haja
aeronave tripulada apoiando as equipes em solo;

41
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 42- )

5.7. Remover a trava do gimbal;

5.8. Realizar a inspeção pré voo conforme orientações do manual, verificar a


integridade do cartão de memória a ser utilizado no voo;

5.9. Verificar especialmente os rotores, e retirar qualquer resíduo de sujeira que


esteja prejudicando seu funcionamento;

5.10. Instalar as hélices nos rotores;

42
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 43- )

5.11. Verificar limpeza da câmera e dos sensores anticolisão, limpando da forma


recomendada pelo fabricante (geralmente flanela fina e seca);

5.12. Inserir o ipad na RPS;

5.13. Ligar a estação de controle remoto e abrir o aplicativo DJI GO;

5.14. Verificar se o controle remoto está no modo GPS (P);

5.15. Inserir bateria carregada na RPA;

43
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 44- )

5.16. Ligar a RPA.

5.17. Checar integridade e níveis de carga das baterias da RPA (verificar voltagem
das células no software DJI GO após carga completa), da estação de controle remoto
e do ipad;

5.18. Verificar a capacidade de armazenamento disponível no cartão de memória a


ser utilizado no voo;

5.19. Realizar calibragem da bússola (sempre que o sistema solicitar e quando


ocorrer deslocamento entre cidades) e IMU (uma vez por mês e sempre que o sistema
solicitar);

44
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 45- )

5.20. Definir o ponto de decolagem e pouso (go-home);


5.21. Definir o modo de retorno para “return-to-home” em caso de perda do sinal
do rádio controle;

5.22. Checar o número de satélites disponíveis, e só iniciar o voo quando forem


conectados ao menos 10 (dez);

5.23. Não voar com advertência amarela ou vermelha na tela do aplicativo;


5.24. Mudar o local de decolagem caso ocorra aviso de interferência eletromagnética
ou caso existam obstáculos que possam colocar em risco a operação ou ameaças que
coloquem em risco o piloto.
Durante o voo:
5.25. Não utilizar comandos bruscos para subir a aeronave.
5.26. Decolar e manter a aeronave estável a uma altura aproximada de 2 metros por
15 segundos e verificar se a aeronave se mantém estável.
5.27. Identificar a altura de segurança, compreendida como a altura da maior
elevação, natural ou não, no local da operação acrescida de cerca de 10 metros;
5.28. Subir na vertical do ponto de decolagem;
5.29. Não voar abaixo da altura de segurança;

45
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 46- )

5.30. Não afastar a RPA além da linha de visada do piloto ou observador mais
próximo dela;
5.31. Ativar e manter ativos todos os sensores anticolisão;
5.32. Não ativar o modo Sport ou ATTI, pois estes inviabilizam a atuação do sistema
anti-colisão;
5.33. Realizar o voo preferencialmente durante o dia;
5.34. Atentar para obstáculos acima da RPA uma vez que esta área não possui
sensores anticolisão;
5.35. Somente sobrevoar pessoas em ações de defesa civil ou de segurança pública,
com equipamento adequado para este fim, conforme definido em avaliação de risco
operacional;
5.36. Receber autorização motivada da autoridade pública competente pelo local,
para realizar sobrevoo no interior de prédios públicos do Estado e construções
fechadas similares, mesmo que parcialmente (ginásios, estádios, arenas a céu aberto,
unidades policiais e estabelecimentos prisionais e socioeducativos), de áreas de
segurança, como presídios e instalações militares, ou sobre infraestruturas críticas,
como usinas termelétricas ou estações de distribuição de energia;
5.37. Atentar às linhas de energia e obstáculos;
5.38. Conhecer as limitações operacionais da RPA, estudando os manuais de
operação e de emergência do equipamento para saber como agir no caso de ocorrer
alguma pane ou em caso de situação anormal;
5.39. Ao avistar qualquer aeronave em voo nas proximidades, iniciar o procedimento
de pouso imediatamente.
5.40. Caso seja verificada a operação de aeromodelo próximo a àrea em que se
pretenda operar uma RPA de responsabilidade do Estado, a operação do aeromodelo
deverá ser imediatamente interrompida.
Após o voo:
5.41. Desligar a RPA;
5.42. Desligar a RPS e retirar o ipad;
5.43. Retirar as hélices dos rotores da RPA;
5.44. Retirar a bateria da RPA;
5.45. Inserir a trava do gimbal;
5.46. Após esfriamento natural, acondicionar todos os componentes em local
adequado;
5.47. Preencher a planilha de controle de horas de voo e relatar qualquer incidente
ou fato digno de registro durante a operação.

46
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 47- )

5.48. Preencher o Relatório de Atividade (RAT) no sistema próprio.


5.49. Descarregar os dados em computador próprio e compartilhar conforme
autorizado.
5.50. Esvaziar o cartão de memória e inseri-lo na aeronave.

6. ATIVIDADES CRÍTICAS

6.1 Certificar-se de que as hélices estão seguramente instaladas antes do voo.


6.2 Certificar-se de que as hélices cinzas estão colocadas nos motores com seta
cinza e as hélices pretas nos motores com seta preta.
6.3 Check list final antes do voo de RPA;
6.4 Planejamento do voo, informação ou solicitação da autorização do DECEA,
conforme aplicável;
6.5 Sobrevoo de pessoas e propriedades;
6.6 Voo nas proximidades de redes elétricas;
6.7 Planejamento da operação em decorrência do tempo de duração da bateria
(autonomia de voo);
6.8 Previsão de substituição das baterias das aeronaves;
6.9 Sincronização da Aeronave com o sistema;
6.10 Voo nas proximidades de locais com concentração de pipas, pássaros e outros
semelhantes.
6.11 As peças rotativas podem causar ferimentos. Mantenha as mãos afastadas;
6.12 Definir o Go-home (ponto de retorno) da aeronave antes de iniciar a missão.
6.13 Verificar se a aeronave está configurada para retornar ao ponto de decolagem
em caso de falha de comunicação.
6.14 Os voos realizados no período noturno prejudicam o funcionamento dos
sensores anticolisão e a manutenção do contato visual com a RPA.

7. AÇÕES CORRETIVAS

7.1 Somente realizar o voo após ter realizado o devido carregamento das baterias;
7.2 Manter a RPA, a RPS e as baterias com as versões dos softwares sempre
atualizadas conforme o fabricante;
7.3 Atentar-se às recomendações previstas na ordem de serviço;
7.4 Seguir rigorosamente as autorizações dos órgãos de controle do uso do
espaço aéreo brasileiro;

47
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 48- )

7.5 Operar observando os preceitos da segurança da equipe e dos equipamentos;


7.6 Chegar manualmente cada rotor e realizar limpeza antes do voo;
7.7 Caso a RPA seja ligada com a trava do gimbal: desligar a RPA, retirar a trava
do gimbal e ligar novamente a aeronave. A não observância deste item pode acarretar
em dano a aeronave e alto custo para reparo em local especializado;
7.8 Verificar com cuidado a inserção de cada hélice, atentando para o sentido de
giro de cada uma;
7.9 Realizar a calibragem da IMU e Bússola da RPA sempre que o sistema
solicitar, calibrar a IMU uma vez por mês e a bússola sempre que houver
deslocamento entre cidades, ainda que não seja solicitado pelo sistema;
7.10 Aguardar o emparelhamento com no mínimo 10 satélites, e se for possível,
buscar área aberta e com pouca interferência;
7.11 Evitar a rota de pipas e afins;
7.12 Em caso de negativa da informação ou autorização de voo no SARPAS o voo
não pode ser realizado. O piloto deverá realizar nova informação/autorização
estabelecendo novo local de voo;
7.13 Em caso de negativa para a realização do voo, esta deve ser comunicada ao
COMAVE para registro e avaliação da necessidade de elaboração de carta de acordo
operacional;
7.14 Sendo necessário operar fora dos limites estabelecidos de afastamento de
aeródromo, deve ser feita, ANTECIPADAMENTE, uma estreita coordenação com o
órgão ATS mais próximo ou Órgão Regional responsável pela área.

8. ERROS A SEREM EVITADOS:

8.1 Queda do equipamento por perda do controle ou por carga insuficiente da


bateria;
8.2 Pilotos não cadastrados para executar voo conforme a legislação em vigor;
8.3 Planejamento inadequado na ordem de serviço da missão a ser executada
8.4 Não atentar para carga das baterias da RPA e RPS;
8.5 Rotores com dificuldade no funcionamento por acúmulo de sujeira;
8.6 Não retirar a trava do gimbal antes de ligar a RPA;
8.7 Não inserir corretamente as hélices nos rotores;
8.8 Aplicativo indicar necessidade de atualização do DJI GO ou firmware;
8.9 Indicativo de erro na calibragem da RPA;
8.10 Conexão da RPS com menos de 10 satélites;

48
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 49- )

8.11 Decolagem sem que a aeronave esteja configurada para retornar ao local de
decolagem em caso de perda do sinal de rádio.
8.12 Evitar a operação próxima a equipamentos que possam causar interferências
na radiofrequência utilizada (radares, linhas de transmissão, auxílios à navegação,
antenas de telecomunicação, etc.), que poderão interferir no controle da RPA.

9. OBSERVAÇÕES

9.1 O uso de RPA em ações policiais deverá sempre ser realizado por um piloto de
RPA que esteja devidamente capacitado para manusear o equipamento, através de
curso promovido pelo COMAVE, e em acordo com os requisitos constantes no
Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial no 94/2017;
9.2 O piloto sempre que for realizar qualquer voo deverá estar acompanhado de
outro policial, que fará sua segurança;
9.3 É recomendado que na equipe haja outro piloto capaz de assumir a função de
piloto remoto da RPA quando necessário, especialmente em missões com mais de 60
minutos;
9.4 O comandante da unidade deverá ser informado do resultado da operação,
assim como de alteração digna de registro durante o voo;
9.5 Em caso de incidente (não há lesão ou morte de pessoas) ou acidente (em
caso de lesão ou morte de pessoas) com RPA o COMAVE deverá ser comunicado de
imediato.

(a)HELBERT FIGUEIRÓ DE LOURDES, CEL PM


COMANDANTE-GERAL

49
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 50- )

10. FLUXOGRAMA

(a)HELBERT FIGUEIRÓ DE LOURDES, CEL PM


COMANDANTE-GERAL

50
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 51- )

APÊNDICE B - DADOS PARA REGISTRO DO VOO

HORÁRIO TEMPO DE VOO OBSERVAÇÕES


DATA LOCAL PILOTO Nº RAT/
REDS
DEC POU TOTAL BATERIA TIPO DA MISSÃO/
USADA PANES

(a)HELBERT FIGUEIRÓ DE LOURDES, CEL PM


COMANDANTE-GERAL

51
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 52- )

APÊNDICE C - CHECK LIST

DATA PILOTO RPA

CHECK LIST PRÉ-VOO

ALTERAÇÃO
ORD ITEM DESCRIÇÃO
SIM NÃO

1 Remoção da trava e/ou protetor do gimbal

2 Nível de carga de bateria da RPA

3 Nível de carga de bateria da RPS e Ipad

4 Inspeção pré-voo: verificação de rotores e


outros

5 Instalação das hélices nos rotores

6 Inserir o cabo que conecta o rádio ao tablet

7 Ligar o rádio e abrir o aplicativo DJI GO

8 Inserir a bateria na RPA

9 Ligar a RPA e realizar calibragem (se


necessário) e verificação das baterias

10 Verificar cartão de memória: integridade e


espaço livre

11 Checar o número de satélites disponíveis


(10)

12 Decolar, manter voo pairado à altura de um


metro e aguardar a definição do ponto de
go-home

13 Manter voo pairado a um metro do solo por


pelo menos um minuto e verificar se há
alguma falha no sistema.
Continua...

(a)HELBERT FIGUEIRÓ DE LOURDES, CEL PM


COMANDANTE-GERAL

52
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 53- )

CHECK LIST PÓS-VOO

ALTERAÇÃO
ORD ITEM DESCRIÇÃO
SIM NÃO

1 Desligar a RPA

2 Desligar o rádio

3 Retirar as hélices dos rotores

4 Inserir trava do gimbal

5 Retirar bateria da RPA

6 Após esfriamento natural, acondicionar todos os


componentes em local adequado
*Usar o verso para relatos de alterações com a RPA ou operação.

(a)HELBERT FIGUEIRÓ DE LOURDES, CEL PM


COMANDANTE-GERAL

53
( - Separata do BGPM nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - ) Página: ( - 54- )

54
Página: ( - 55 - )

( - Separata do BGPM Nº 87, de 20 de Novembro de 2018 - )

HELBERT FIGUEIRÓ DE LOURDES, CORONEL PM


COMANDANTE-GERAL

CONFERE COM O ORIGINAL:

ADRIANA VALERIANO DE SOUZA, TEN CEL PM


AJUDANTE-GERAL

Você também pode gostar