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Presidéncia da Republica Secretaria-Geral Subchefia para Assuntos Juridicos LEI N° 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006 Institul 0 Sistema Nacional de Politicas Publicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevengao do uso indevido, atengdo e reinsergao social de usuarios e dependentes de drogas; estabelece normas para Tepressao produgao nao autorizada e ao trafico ilicito de drogas; define crimes e dé outras providéncias. Mensagem de veto Regulamento © PRESIDENTE DA REPUBLICA Fago saber que 0 Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei TITULO | DISPOSIGOES PRELIMINARES Art. 1° Esta Let institui o Sistema Nacional de Politicas Publicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenedo do uso indevido, atengdo e reinsergdo social de usuarios e dependentes de drogas; estabelece normas para repressao & producao nao autorizada e ao tréfico ilcito de drogas e define crimes, Pardgrafo Unico. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substéncias ou os produtos capazes de causar dependéncia, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da Unido. Art. 2° Ficam proibidas, em todo o territério nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e a exploracao de vegetais e substratos dos quais possam ser extraidas ou produzidas drogas, ressalvada a hipétese de autorizacao legal ou regulamentar, bem como o que estabelece a Convengao de Viena, das Nades Unidas, sobre Substéncias Psicolrépicas, de 1971, a respeito de plantas de uso estritamente ritualistico-religioso. Parégrafo Unico. Pode a Unido autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos vegetais referidos no caput deste artigo, exclusivamente para fins medicinais ou cientificos, em local e prazo predeterminados, mediante fiscalizagao, respeitadas as ressalvas supramencionadas. TITULO II DO SIS TEMA NACIONAL DE POLITICAS PUBLICAS SOBRE DROGAS. Art. 3° O Sisnad tem a finalidade de articular, integrar, organizar e coordenar as atividades relacionadas com: | -a prevengao do uso indevido, a atengao e a reinser¢do social de usuarios ¢ dependentes de drogas; II a repressao da produgao nao autorizada e do tréficoilcito de drogas. § 1°. Entende-se por Sisnad 0 conjunto ordenado de princfpios, regras, critérios @ recursos materiais & humanos que envolvem as politicas, planos, programas, agdes e projetos sobre drogas, incluindo-se nele, por adesdo, os Sistemas de Politicas Publicas sobre Drogas dos Estados, Distrito Federale Municipios. —_(Incluido ala Lei n° 13,840, de 2019) § 2° 0 Sisnad atuard em articulagéo com o Sistema Unico de Satide - SUS, e com o Sistema Unico de Assisténcia Social - SUAS. (Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) CAPITULO | DOS PRINCIPIOS E DOS OBJETIVOS DO SIS TEMA NACIONAL DE POLITICAS PUBLICAS SOBRE DROGAS Art. 4° So principios do Sisnad: | - 0 respeito aos direitos fundamentals da pessoa humana, especialmente quanto a sua autonomia e a sua liberdade; II 0 respeito a diversidade e as especificidades populacionais existentes; lil - a promogao dos valores éticos, culturais e de cidadania do povo brasileiro, reconhecendo-os como fatores de protego para o uso indevido de drogas e outros comportamentos correlacionados; IV - a promogao de consensos nacionais, de ampla participagéo social, para o estabelecimento dos fundamentos e estratégias do Sisnad; \V «a promogao da responsabilidad compartilhada entre Estado © Sociedade, reconhecendo a importancia da participagao social nas atividades do Sisnad; VI- 0 reconhecimento da intersetorialidade dos fatores correlacionados com o uso indevido de drogas, com a sua produgo ndo autorizada e o seu trafico ilicito; VII - a integragdo das estratégias nacionais e internacionais de prevengao do uso indevido, atengao e reinsercao social de usuarios e dependentes de drogas ¢ de repressdo a sua produgao nao autorizada e ao seu trafico ilfeito; VIII - a articulagao com os érgaos do Ministério Piblico e dos Poderes Legislative e Judicidrio visando a cooperacao mitua nas atividades do Sisnad; IX- a adogo de abordagem multidisciplinar que reconhega a interdependéncia e a natureza complementar das atividades de prevengao do uso indevido, atengao e reinsergao social de usudrios e dependentes de drogas, repressao da produgao nao autorizada e do trafico ilicito de drogas; X ~ a observancia do equilibrio entre as atividades de prevengao do uso indevido, atengao e reinsergo social de usuarios e dependentes de drogas e de repressdo a sua produgao nao autorizada e ao seu trafico ilicito, visando a garantir a estabilidade e o bem-estar social, XI-a observancia as orientagdes e normas emanadas do Consetho Nacional Antidrogas - Conad. Art. 5° O Sisnad tem os seguintes objetivos: | ~ contribuir para a incluso social do cidadao, visando a torné-lo menos vulnerdvel a assumir comportamentos de isco para o uso indevido de drogas, seu trafico ilicito e outros comportamentos correlacionados; I promover a construgao e a socializagao do conhecimento sobre drogas no pais; IIL - promover a integragao entre as politicas de prevencao do uso indevido, atengao e reinsergao social de usuarios e dependentes de drogas e de repressao a sua produgao nao autorizada e ao trAfico ilicito ¢ as pollticas iiblicas setoriais dos érgdos do Poder Executivo da Unio, Distrito Federal, Estados e Municipios; IV - assegurar as condigdes para a coordenacao, a integragao e a articulagdo das alividades de que trata 0 art, 3° desta Lei, CAPITULO II (Redago dada pela Lei n® 13.840, de 2019) DO SISTEMA NACIONAL DE POLITICAS PUBLICAS SOBRE DROGAS Secdol (Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) Da Composico do Sistema Nacional de Politicas Publicas sobre Drogas Art. 6° (VETADO) Art. 7° A organizagao do Sisnad assegura a orientagdo central e a execugo descentralizada das alividades realizadas em seu ambito, nas esferas federal, distrital, estadual e municipal e se constitui matéria definida no regulamento desta Lei. Art.7°-A, (VETADO). _(Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) Art, 8° (VETADO) Segao Il (Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) Das Competéncias Art 8-A. Compete & Unido: _(Incluido pela Lei n® 13,840, de 2019) |--formular e coordenar a execugao da Politica Nacional sobre Drogas; _{Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) I~ elaborar 0 Plano Nacional de Politicas sobre Drogas, em parceria com Estados, Distrito Federal, Municipios e a sociedade; —_{Incluido pela Lei n? 13.840, de 2019) Ill - coordenar o Sisnad; Incluido pela Lei n® 13,840, de 2019) IV - estabelecer diretrizes sobre a organizagao e funcionamento do Sisnad e suas normas de referéncia; Alncluido pela Lei n® 13,840, de 2019) \V- elaborar objetivos, ages estratégicas, metas, prioridades, indicadores e definir formas de financiamento e gestao das politicas sobre drogas; (Incluide pela Lei n® 13,840, de 2019), VI-(VETADO); _{Incluido pela Lei n? 13.840, de 2019) VII-(VETADO); —_(Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) VIII - promover a integracéio das politicas sobre drogas com os Estados, o Distrito Federal e os Municipios; _(Incluido pela Lei n® 13,840, de 2019) IX = financiar, com Estados, Distrito Federal e Municipios, a execugao das politicas sobre drogas, observadas as obrigagées dos integrantes do Sisnad; _(|ncluido pela Lei n® 13,840, de 2019) X + estabelecer formas de colaboracéo com Estados, Distrito Federal e Municipios para a execugdo das politicas sobre drogas; _(Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) XI - garantir publicidade de dados e informagées sobre repasses de recursos para financiamento das politicas sobre drogas; _(Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) XII ~ sistematizar e divulgar os dados estatisticos nacionais de prevengéo, tratamento, acolhimento, reinsercao social e econdmica e repressao ao tréfico ilicito de drogas; _—_(Incluido pela Lein® 13.840, de 2019) XIII - adotar medidas de enfretamento aos crimes transfronteiricos; e _(Incluldo pela Lei n° 13.840. de 2019) XIV - estabelecer uma politica nacional de controle de fronteiras, visando a colbir o ingresso de drogas no Pais. _(Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) Art. 8B. (VETADO). (Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) Art. 8%-C.(VETADO). _({nluido pela Lein® 13.840, de 2019) CAPITULO ILA (Incluido pela Lei n? 13,840, de 2019) DA FORMULAGAO DAS POLITICAS SOBRE DROGAS Segaol (Incluido pela Lei n° 13.840, de 2019) Do Plano Nacional de Politicas sobre Drogas Art, 8D, Sao objetivos do Plano Nacional de Politicas sobre Drogas, dentre outros: Incluido pela Lei n? 13.840, de 2019) | - promover a interdisciplinaridade e integragao dos programas, agées, atividades e projetos dos éraaos © entidades piblicas e privadas nas areas de sade, educacao, trabalho, assisténcia social, previdéncia social, habitagdo, cultura, desporto e lazer, visando prevengao do uso de drogas, atengao © reinser¢ao social dos usuarios ou dependentes de drogas;_(Incluido pela Lein® 1 140, de 2019) Il - viabilizar a ampla participagao social na formulagao, implementagao e avaliagao das politicas sobre drogas; _(Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) IIL- priorizar programas, ages, atividades e projetos articulados com os estabelecimentos de ensino, com a sociedade e com a familia para a prevengao do uso de drogas; —_(Incluido pela Lei n® 13.840. de 2019 IV - ampliar as alternativas de inser¢ao social e econdmica do usuario ou dependente de drogas, promovendo programas que priorizem a melnoria de sua escolarizagao e a qualificagao profissional, _(Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) \V - promover 0 acesso do usuério ou dependente de drogas a todos os servigos publicos; (ncluido pola Lei n? 13.840, de 2019) VI - estabelecer diretrizes para garantir a efetividade dos programas, agdes e projetos das politicas sobre drogas; _(Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) VII - fomentar a criagao de servigo de atendimento telefénico com orientagdes e informagdes para apoio aos usuarios ou dependentes de drogas; ——_(Incluido pela Lei n° 13.840, de 2019) VIII - articular programas, agdes e projetos de incentivo ao emprego, renda e capacitagao para o trabalho, ‘com objetivo de promover a insereao profissional da pessoa que haja cumprido o plano individual de atendimento nas fases de tratamento ou acolhimento; _(Incluido pela Lei n® 13,840, de 2019) IX. promover formas coletivas de organizagéo para o trabalho, redes de economia solidaria e 0 cooperativismo, como forma de promover autonomia ao usuario ou dependente de drogas egresso de tratamento ou acolhimento, observando-se as especificidades regionais; _(Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) X - propor a formulagao de politicas puiblicas que conduzam a efetivacdo das diretrizes e principios previstos no art. 22; (Incluido pela Len? 1,840, de 2019) XI- articular as instancias de sade, assisténcia social e de justiga no enfrentamento ao abuso de drogas; @ —_(Incluido pela Lei n? 13.840, de 2019) XIL - promover estudos e avaliagao dos resultados das politicas sobre drogas. (Incluido pela Lei n® 13,840, de 2019) § 1° O plano de que trata 0 caput terd duragao de 5 (cinco) anos a contar de sua aprovagao. '§ 2° O poder piiblico devera dar a mais ampla divulgacao ao contetido do Plano Nacional de Politicas sobre Drogas. Dos Conselhos de Politicas sobre Drogas Art, 8°-E. Os conselhos de politicas sobre drogas, constituidos por Estados, Distrito Federal e Municipios, terdo os Seguintes objetivos: _(Inclu(do pela Lei n° 13.840, de 2019) |- auxiliar na elaboragao de politicas sobre drogas; _(Incluido pela Lei n® 13,840, de 2019) Il - colaborar com os érgaos governamentais no planejamento e na execugo das politicas sobre drogas, visando a efetividade das politicas sobre drogas; _(|ncluido pela Lei n° 13.840, de 2019) lil - propor a celebragao de instruments de cooperacéo, visando elaboragao de programas, agdes, atividades e projetos voltados a prevengao, tratamento, acolhimento, reinsergao social e econémica e repressao a0 trAfico ilicito de drogas; _({incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) IV - promover a realizagao de estudos, com o objetivo de subsidiar 0 planejamento das politicas sobre drogas; _(Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) \V - propor politicas puiblicas que permitam a integragao e a participago do usuario ou dependente de drogas no processo social, econémico, politico e cultural no respectivo ente federado;e _(Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) VI- desenvolver outras atividades relacionadas as pollticas sobre drogas em consonancia com o Sisnad e ‘com os respectivos planos. Incluido pela Lei n? 13.840, de 2019) Segdo Ill (Incluido pela Lei n® 13,840, de 2019) Dos Membros dos Conselhos de Politicas sobre Drogas Art. 8%F. (VETADO). _(Incluido pela Lein® 13.840. de 2079) CAPITULO Ill {VETADO) Art. 9° (VETADO) Art. 10. (VETADO) ‘Att. 11, (VETADO) Att. 12. (VETADO) Art 13. (VETADO Ad 14. (VETADO CAPITULO IV (Redacio dada pela Let n* 13,840 de 2012) DO ACOMPANHAMENTO E DA AVALIAGAO DAS POLITICAS SOBRE DROGAS Art, 15, (VETADO) Art, 16. As instituigdes com atuagao nas areas da atengao a satide e da assisténcia social que atendam usuarios ou dependentes de drogas devem comunicar ao érgdo competente do respectivo sistema municipal de satide 0s casos atendidos e os dbitos ocorridos, preservando a identidade das pessoas, conforme orientagdes emanadas da Uniao. Art, 17. Os dados estatisticos nacionais de repressao ao trafico ilicito de drogas integrarao sistema de Informages do Poder Executivo, TITULO IIL DAS ATIVIDADES DE PREVENGAO DO USO INDEVIDO, ATENGAO E REINSERCAO SOCIAL DE USUARIOS E DEPENDENTES DE DROGAS CAPITULO | DA PREVENGAO Secaol (lncluido pela Lei n® 13.840, de 2019) Das Diretrizes Art. 18. Constituem atividades de prevencao do uso indevido de drogas, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas para a redugo dos fatores de vulnerabilidade e risco e para a promogdo e 0 fortalecimento dos fatores de protegao, Art. 19. As atividades de prevengdo do uso indevido de drogas devem observar os seguintes principios e diretrizes: | - 0 reconhecimento do uso indevido de drogas como fator de interferéncia na qualidade de vida do individuo e na sua relagao com a comunidade a qual pertence; Il - a adogao de conceitos objetivos e de fundamentagao cientifica como forma de orientar as agdes dos servigos publicos comunitarios e privados e de evitar preconceitos e estigmatizacao das pessoas e dos servicos que as atendam; IL-0 fortalecimento da autonomia e da responsabilidade individual em relago ao uso indevido de drogas; IV - 0 compartithamento de responsabilidades e a colaboragao mutua com as instituigdes do setor privado com os diversos segmentos sociais, incluindo usuarios e dependentes de drogas © respectivos familiares, por meio do estabelecimento de parcerias; \V - a adogao de estratégias preventivas diferenciadas © adequadas as especificidades socioculturais das diversas populagées, bem como das diferentes drogas utilizadas; VI - 0 reconhecimento do “nao-uso", do “retardamento do uso" e da redugao de riscos como resultados desejéveis das atividades de natureza preventiva, quando da definigao dos objetivos a serem alcancados; VIl- 0 tratamento especial dirigido as parcelas mais vulneraveis da populago, levando em consideracao as suas necessidades especificas; VIII - a articulagao entre os servigos © organizagées que atuam em atividades de prevengao do uso Indevido de drogas e a rede de atencdo a Usudrios e dependentes de drogas e respectivos familiares; IX - 0 investimento em alternativas esportivas, culturais, artisticas, profissionais, entre outras, como forma de incluso social e de melhoria da qualidade de vida; X - 0 estabelecimento de politicas de formago continuada na area da prevengao do uso indevido de drogas para profissionais de educagao nos 3 (trés) niveis de ensino; XI - a implantago de projetos pedagégicos de prevencao do uso indevido de drogas, nas instituigses de ensino puiblico e privado, alinhados as Diretrizes Curriculares Nacionais e aos conhecimentos relacionados a drogas; XIl- a observancia das orientagdes e normas emanadas do Conad; XIII -0 alinhamento as diretrizes dos érgaos de controle social de politicas setoriais especificas. Paragrafo unico. As atividades de prevengéo do uso indevido de drogas dirigidas @ crianga e ao adolescente deverao estar em consondncia com as diretrizes emanadas pelo Conselho Nacional dos Direitos da Crianga e do Adolescente - Conanda, Segao Il (ncluido pela Lei n® 13,840, de 2019) Da Semana Nacional de Politicas Sobre Drogas. Art. 19-A. Fica institulda a Semana Nacional de Pollticas sobre Drogas, comemorada anualmente, na quarta semana de junho. _(Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) § 1° No periodo de que trata o caput, serdo intensificadas as agées de: _Incluido pela Lein® 13.840, de2019) | - difusdo de informagées sobre os problemas decorrentes do uso de drogas; _—_(Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) II- promogao de eventos para o debate piiblico sobre as pollticas sobre drogas; _(|ncluldo pela Lei n® 13.840, de 2019) lil difusdo de boas praticas de prevengdo, tratamento, acolhimento e reinsergao social e econémica de usuarios de drogas; —_(Incluido pela Lei n? 13.840, de 2019) IV - divulgagao de iniciativas, ages e campanhas de prevencao do uso indevido de drogas; —_(|ncluido pola Lei n? 13.840, de 2019) V - mobilizagao da comunidade para a participagdo nas agdes de prevengao e enfrentamento as drogas; _(Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019), VI - mobilizagao dos sistemas de ensino previstos na Lei n® 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educacdo Nacional , na realizacao de atividades de prevencao ao uso de drogas. {incluido pela Lei n® 13.840, de 2019), CAPITULO II DAS ATIVIDADES DE ATENCAO E DE REINSERCAO SOCIAL DE USUARIOS 0 U DEPENDENTES DE DROGAS CAPITULO II (Redaco dada pela Lei n® 13.840, de 2019) DAS ATIVIDADES DE PREVENGAO, TRATAMENTO, ACOLHIMENTO E DE REINSERCAO SOCIAL E ECONOMICA DE USUARIOS OU DEPENDENTES DE DROGAS Secdol (Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) Disposigoes Gerais Art. 20. Constituem atividades de atencdo ao usuario e dependente de drogas e respectivos familiares, para efeito desta Lei, aquelas que visem a melhoria da qualidade de vida e a redugao dos riscos e dos danos associados ao uso de drogas. Art. 21. Constituem atividades de reinsercao social do usuario ou do dependente de drogas e respectivos familiares, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas para sua integragao ou reintegragao em redes sociais. Art, 22. As atividades de atengio e as de reinsergao social do usuario e do dependente de drogas & respectivos familiares devem observar os seguintes principios e diretrizes: | ~ respeito ao usuério e ao dependente de drogas, independentemente de quaisquer condigdes, observados os direitos fundamentais da pessoa humana, os principios e diretrizes do Sistema Unico de Saude da Politica Nacional de Assisténcia Social; Ia adogao de estratégias diferenciadas de atengao e reinsergao social do usuario e do dependente de drogas e respectivos familiares que considerem as suas pecullaridades socioculturais; lil - definigéo de projeto terapéutico individualizado, orientado para a incluso social e para a redugao de riscos e de danos sociais e & salide; IV - atengao ao usuario ou dependente de drogas e aos respectivos familiares, sempre que possivel, de forma multdisciplinar © por equipes multiprofissionais; \V- observancia das orientagdes © normas emanadas do Conad, VI- 0 alinhamento as diretrizes dos drgéos de controle social de politicas setoriais especificas, VIl- estimulo a capacitagao técnica e profissional; _(Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019 VIII - efetivagdo de politicas de reinsergao social voltadas 4 educagao continuada e ao trabalho; (Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) IX - observancia do plano individual de atendimento na forma do art. 23-B desta Lei; {Incluldo pela Le ne 13.840, de 2019 X - orientagao adequada ao usuario ou dependente de drogas quanto as consequéncias lesivas do uso de drogas, ainda que ocasional. _(Incluido pela Lein® 13,840, de 2019) Segao I (Incluido pela Lei n? 13.840, de 2019) Da Educacdo na Reinsercao Social e Econémica Art. 22-A._ As pessoas atendidas por érgaos integrantes do Sisnad terdo atendimento nos programas de educago profissional e tecnolégica, educago de jovens e adultos e alfabetizagao. (Incluido pela Lei n® 13,840, de 2019) Segao Ill (Incluido pela Lei n® 13,840, de 2019) Do Trabalho na Reinsergao Social e Econémica Art, 22-B. (VETADO). Segao IV (Incluido pela Lei n® 13,840, de 2019) Do Tratamento do Usuario ou Dependente de Drogas Art, 23, As redes dos servigos de salide da Unido, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municipios desenvolverao programas de atengao ao usuario e ao dependente de drogas, respeitadas as diretrizes do Ministério da Saiide @ os principios explicitados no art. 22 desta Lei, obrigatéria a previsdo orcamentaria adequada. Art. 23-8. 0 tralamento do usuério ou dependente de drogas deverd ser ordenado em uma rede de atengao a satide, com prioridade para as modalidades de tratamento ambulatorial, incluindo excepcionalmente formas de intemago em unidades de sade e hospitals gerais nos termos de normas dispostas pela Unio e articuladas com os servigos de assisténcia social e em etapas que permitam: —_(Incluido pola Lein® 13,840, de 2019) | - articular a atengdo com ages preventivas que atinjam toda a populacao; (Incluido pela Lei n® 13,840, de 2019) Il = orientar-se por protocolos técnicos predefinidos, baseados em evidéncias cientificas, oferecendo atendimento individualizado a0 usuario ou dependente de drogas com abordagem preventiva e, sempre que indicado, ambulatorial; _{Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) lil - preparar para a reinsergao social e econémica, respeitando as habilidades e projetos individuais por meio de programas que arliculem educagao, capacitagdo para o trabalho, esporte, cultura e acompanhamento individualizado; e —_"(Incluido pela Lei n® 13,840, de 2019) IV - acompanhar os resultados pelo SUS, Suas e Sisnad, de forma articulada. (ncluido pela Lei n® 13,840, de 2019) § 1° Caberd & Unido dispor sobre os protocolos técnicos de tratamento, em Ambito nacional. —_(Ineluido pela Lei n? 13.840, de 2019) § 2° A internagao de dependentes de drogas somente sera realizada em unidades de satide ou hospitals gerais, dotados de equipes multidisciplinares e devera ser obrigatoriamente autorizada por médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina - CRM do Estado onde se localize o estabelecimento no qual se dard a internacao. —_(Incluido pela Lei n? 13,840, de 2019) '§ 3° So considerados 2 (dois) tipos de internagao: _{Incluido pela Lei n? 13.840, de 2019) | - internagao voluntaria: aquela que se dé com o consentimento do dependente de drogas; (Incluido pela Lei n? 13.840, de 2019) II internagao involuntaria: aquela que se dé, sem o consentimento do dependente, a pedido de familiar ou do responsdvel legal ou, na absoluta falta deste, de servidor publico da area de sade, da assisténcia social ou dos érgaos publicos integrantes do Sisnad, com excegao de servidores da area de seguranga publica, que constate a existéncia de motivos que justifiquem a medida. _(Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) § 4° A internagao voluntaria {incluido peta Lei n? 13.840. de 2019) | - deverd ser precedida de declaragdo escrita da pessoa solicitante de que optou por este regime de tratamento; —_{Incluldo pela Lei n® 13,840, de 2019) II- seu término dar-se-4 por determinagao do médico responsavel ou por solicitagao escrita da pessoa que deseja interromper o tratamento. _(Incluido pela Lei n® 13.840. §5° Ainternagdo involuntéria: _(Incluido pela Lei n° 13.840, de 2019) | - deve ser realizada apés a formalizagao da deciséo por médico responsavel; (Incluido pela Lei n® 13,840, de 2019) Il - sera indicada depois da avaliagao sobre o tipo de droga utiizada, 0 padrao de uso e na hipdtese comprovada da impossibilidade de utlizagao de outras alternativas terapéuticas previstas na rede de atengdo & satide; _(Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) lil - perduraré apenas pelo tempo necessario & desintoxicagao, no prazo maximo de 90 (noventa) dias, tendo seu término determinado pelo médico responsavel; _{Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) IV - a familia ou 0 representante legal poderd, a qualquer tempo, requerer ao médico a interrupgao do tratamento, —_(Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) § 6° A internagao, em qualquer de suas modalidades, s6 sera indicada quando os recursos extra- hospitalares se mostrarem insuficientes. _(Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) § 7° Todas as internacdes @ altas de que trata esta Lei deverdo ser informadas, em, no maximo, de 72 (setenta e duas) horas, ao Ministério Piblico, a Defensoria Publica e a outros érgaos de fiscalizago, por melo de sistema informatizado tinico, na forma do regulamento desta Lei. _(Inclufdo pela Lei n® 13.840. de 2019) § 8° E garantido o siglo das informagées disponiveis no sistema referido no § 7° e o acesso serd permitido apenas as pessoas autorizadas a conhecé-las, sob pena de responsabilidade. (lncluido pela Lei n° 13.840, de 2019) § 9° E vedada a realizacgéo de qualquer modalidade de internagao nas comunidades terapéuticas acolhedoras. _(Incluido pela Lei n’ 13.840, de 2019) § 10, O planejamento e a execugdo do projeto terapéutico individual deverdo observar, no que couber, 0 previsto na Lei n’ 10.216, de 6 de abril de 2001 , que dispde sobre a protegao e os direitos das pessoas portadoras de transtomnos mentais e redireciona o modelo assistencial em sade mental. _(Inclufdo pela Lei n® 13,840, de 2019) ‘Segao V (Incluido pela Lei n® 13,840. Do Plano Individual de Atendimento Art, 23-B . O atendimento ao usuario ou dependente de drogas na rede de atengao a satide dependerd de: —_(Incluldo pela Lei n° 13.840, de 2019) | - avaliagao prévia por eqt de 2019) e técnica multidisciplinar e multissetorial;e _—_(Inoluido pela Lei n® 13.840, II elaboracao de um Plano Individual de Atendimento- PIA, _{Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) § 1° A avaliagdo prévia da equipe técnica subsidiaré a elaboragao e execugdo do projeto terapéutico ividual a ser adotado, levantando no minimo: —_Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) | -0 tipo de droga e o padrao de seuuso;e —_{Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) I~ 0 risco satide fisica e mental do usuario ou dependente de drogas ou das pessoas com as quais convive. _{Incluido pela Lei n° 13.840, de 2019) §2° (VETADO). _(Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) § 3° 0 PIA devera contemplar a participagao dos familiares ou responsdveis, os quais tém o dever de contribuir com o proceso, sendo esses, no caso de criangas adolescentes, passiveis de responsabilizagao civil administrativa e criminal, nos termos da Lei n° 8,069, de 13 de julho de 1990 - Estatulo da Crianca e do Adolescente (Incluido pela Lei n® 13,840, de 2019) § 4° 0 PIA sora inicialmente elaborado sob a responsabilidade da equipe técnica do primeiro projeto terapéutico que atender o usuario ou dependente de drogas e sera atualizado ao longo das diversas fases do atendimento. _(Incluido pela Lei n® 13,840, de 2019 '§ 5° Constardo do plano individual, no minimo: _(Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) | - 0s resultados da avaliago multidisciplinar, _(Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) I-08 objetivos declarados pelo atendido; _(Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) lil -a previséo de suas atividades de integragao social ou capacitagao profissional; _—_(Incluido pola Lei 13.840, de 2019) IV - atividades de integragao e apoio a familia; _(Incluido pela Lei n® 13,840, de 2019) \V - formas de participagao da familia para efetivo cumprimento do plano individual; _(|ncluido pela Lei ° 13.840, de 2019) VI - designago do projeto terapéutico mais adequado para 0 cumprimento do previsto no plano; © {Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) VIl- as medidas especificas de atengao a satide do atendido, _(Incluido pela Lei n? 13,840, de 2019) § 6° 0 PIA sera elaborado no prazo de até 30 (Irinta) dias da data do ingresso no atendimento. (Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) § 7° As informages produzidas na avaliagao e as registradas no plano individual de alendimento so consideradas sigilosas. Mncluido pela Lei n® 13,840, de 2019) Art. 24. A Unido, os Estados, 0 Distrito Federal e os Municipios poderéo conceder beneficios as instituigses privadas que desenvolverem programas de reinsergao no mercado de trabalho, do usuario e do dependente de drogas encaminhados por 6rgao oficial Art. 25. As inslituiges da sociedade civil, sem fins lucrativos, com atuagao nas areas da atengao a saiide e da assisténcia social, que atendam usudrios ou dependentes de drogas poderdo receber recursos do Funad, condicionados a sua disponibilidade or¢amentéria e financeira. Art, 26. © usuario e 0 dependente de drogas que, em razao da pratica de infragao penal, estiverem ‘cumprindo pena privativa de liberdade ou submetidos a medida de seguranga, tém garantidos os servicos de atengao a sua salide, definidos pelo respectivo sistema penitenciatio. Segdo VI (Incluido pela Lei n® 13,840, de 2019) Do Acolhimento em Comunidade Terapéutica Acolhedora Art, 26-A. © acolhimento do usuario ou dependente de drogas na comunidade terapéutica acolhedora caracteriza-se por: _(Inclu{do pela Lei n° 13.840, de 2019) | - oferta de projetos terapéuticos ao usuario ou dependente de drogas que visam a abstinéncia; {Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019 I= adesao e permanéncia voluntéria, formalizadas por escrito, entendida como uma etapa transitéria para a reinsergo social e econémica do usuario ou dependente de drogas; _(Incluldo pela Lei n° 13.840, de 2019) lil - ambiente residencial, propicio a formagao de vinculos, com a convivéncia entre os pares, atividades praticas de valor educativo e a promocao do desenvolvimento pessoal, vocacionada para acolhimento ao usuario ou dependente de drogas om vulnerabilidade social; —_(Incluldo pola Lei n® 13,840, de 2019) IV-- avaliagéio médica prévia; _(Incluldo pela Lei n® 13.840, de 2019) \V- elaboragao de plano individual de atendimento na forma do art, 23-B desta Lei;e _(Incluido pela Lei n? 13.840, de 2019) VI- vedagao de isolamento fisico do usuario ou dependente de drogas. 2019) § 1° Nao sao elegiveis para 0 acolhimento as pessoas com comprometimentos biolégicos e psicolégicos de natureza grave que merecam atengao médico-hospitalar continua ou de emergéncia, caso em que deverao ser encaminhadas a rede de satide, —_(Jncluido pela Lei n® 13,840 de 2019 § 2° (VETADO). _(Incluldo pela Lei n® 13.840, de 2019) §3° (VETADO), _(ncluido pela Lei n® 13,840, de 2019) §4° (VETADO). _(Incluldo pela Lein® 13.840, de 2019) §5° (VETADO). _(Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) CAPITULO Ill DOS CRIMES E DAS PENAS Art. 27. As penas previstas neste Capitulo poderao ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substituidas a qualquer tempo, ouvidos 0 Ministério Publico e o defensor. Art, 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depésito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorizago ou em desacorde com determinacdo legal ou regulamentar sera submetido as seguintes penas’ | - adverténcia sobre os efeitos das drogas; Il prestago de servigos comunidade; lIl- medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. § 1° As mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas a preparagdo de pequena quantidade de substancia ou produto capaz de causar dependéncia fisica ou psiquica: § 2° Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderd a natureza e a quantidade da substncia apreendida, ao local e as condigdes em que se desenvolveu a acdo, as circunstancias sociais © pessoais, bem como a conduta ¢ aos antecedentes do agente. § 3° As penas previstas nos incisos Ile Ill do caput deste artigo serao aplicadas pelo prazo maximo de 5 (cinco) meses. § 4° Em caso de reincidéncia, as penas previstas nos incisos II e Ill do caput deste artigo serdo aplicadas pelo prazo maximo de 10 (dez) meses. § 5° A prestagao de servigos & comunidade ser cumprida em programas comunitérios, entidades ‘educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congéneres, publicos ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da prevengao do consumo ou da recuperagao de usuarios e dependentes de drogas. § 6° Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos |, IIe Ill, a que injustificadamente se recuse 0 agente, podera o juiz submeté-lo, sucessivamente a: | - admoestagao verbal; I mutta, § 7° O Juiz determinaré ao Poder Publico que coloque a disposigao do infrator, gratuitamente, estabelecimento de saiide, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado, Art. 29. Na imposigao da medida educativa a que se refere o inciso Il do § 6° do art. 28, o juiz, atendendo & reprovabilidade da conduta, fixaré 0 numero de dias-multa, em quantidade nunca inferior a 40 (quarenta) nem superior a 100 (cem), atribuindo depois a cada um, segundo a capacidade econémica do agente, o valor de um trinta avos até 3 (tr8s) vezes 0 valor do maior salério minimo, Paragrafo Unico. Os valores decorrentes da imposi¢ao da multa a que se refere 0 § 6° do art. 28 serdo creditados a conta do Fundo Nacional Antidrogas. Art, 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposigao e a execugao das penas, observado, no tocante a Interrupgao do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Cédigo Penal TITULO IV DA REPRESSAO A PRODUGAO NAO AUTORIZADA E AO TRAFICO ILICITO DE DROGAS CAPITULO | DISPOSIGOES GERAIS Art. 31. E indispensavel a licenga prévia da autoridade competente para produzir, extrair, fabricar, transformar, preparar, possuir, manter em depésito, importar, exportar, reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas ou matéria-prima destinada a sua preparacdo, observadas as demais exigéncias legais, Art, 32, As plantagées ilicitas serao imediatamente destruidas pelo delegado de policia na forma do art. 50- A, que recolher quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condigdes encontradas, com a delimitaco do local, asseguradas as medidas necessarias para a preservacdo da prova. {Redagao dada pela Lei n° 12.961, de 2014) § 1° (Revogado). §2°(Revogade), _—_(Redardo dada pela Lein® 12,961, de 2014) § 3° Em caso de ser utlizada a queimada para destruir a plantago, observar-se-é, além das cautelas necessarias & protego ao meio ambiente, o disposto no Decreto n® 2,661, de 8 de julho de 1998, no que couber, dispensada a autorizacao prévia do érgao préprio do Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnai (Redagdo dada pela Lein® 12.961, de 2014) § 4° As glebas cultivadas com plantagées ilicitas serao expropriadas, conforme o disposto no art. 243 da Constituicao Federal, de acordo com a legislagao em vigor. CAPITULO II DOS CRIMES Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquiti, vender, expor & venda, oferecer, ter ‘em depésito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fomecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorizagao ou em desacordo com determinagao legal ou regulamentar: Pena - reclusao de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-mula. § 1° Nas mesmas penas incorre quem: | - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expde 4 venda, oferece, fomece, tem em depésito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorizagdo ou em desacordo com determinagao legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto quimico destinado a preparacao de drogas; Il - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorizagao ou em desacordo com determinagdo legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparagao de drogas; IIL utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administragao, guarda ou vigilancia, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorizacdo ou em desacordo com determinago legal ou regulamentar, para o trAfico Ilicito de drogas. IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto quimico destinado a preparago de drogas, sem autorizagéo ou em desacordo com a determinagao legal ou regulamentar, a agente policial disfargado, quando presentes elementos probatérios razoaveis de conduta criminal preexistente, (incluido, pola Lei n® 13.964, de 2019) § 2° Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga: (Vide ADI n° 4.274) Pena - detengao, de 1 (um) a3 (trés) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa. § 3° Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem: Pena - detengdo, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil € quinhentos) dias-multa, sem prejuizo das penas previstas no art. 28. § 4° Nos delitos definidos no caput e no § 1° deste artigo, as penas poderdo ser reduzidas de um sexto a dois tergos, desde que o agente seja primario, de bons antecedentes, nao se dedique as atividades criminosas nem integre organizago criminosa. (Vide Resoluco n° §, de 2012) Art. 34. Fabricar, adquirr, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer titulo, possui, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquindrio, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado a fabricagao, preparagao, produgdo ou transformagao de drogas, sem autorizagéo ou em desacordo com determinagao legal ou regulamentar: Pena - reclusdo, de 3 (Irs) a 10 (dez) anos, e pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois mil) dias- mutta, Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou nao, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1°, e 34 desta Lei Pena - reclusao, de 3 (trés) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil ¢ duzentos) dias-multa. Pargrafo unico. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a pratica reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei Art. 36, Financiar ou custear a pratica de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1°, e 34 desta Lei Pena - reclusao, de 8 (aito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias-multa. Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organizagao ou associagao destinados @ pratica de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1°, e 34 desta Lei Pena - reclusio, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias-multa. Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite 0 paciente, ou fazé-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinacdo legal ou regulamentar: Pena - detengao, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de 50 (cingiienta) a 200 (duzentos) dias- mutta. Paragrafo tnico. © juiz comunicaré a condenagao ao Conselho Federal da categoria profissional a que pertenga o agente, Art. 39. Conduzir embarcago ou aeronave apés © consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem: Pena - detencao, de 6 (seis) meses a 3 (trés) anos, além da apreensao do veiculo, cassagao da habilitagao respectiva ou proibi¢ao de obté-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400 (quatracentos) dias-multa. Paragrafo Unico. As penas de prisdo e multa, aplicadas cumulativamente com as demais, serdo de 4 (quatro) a 6 (seis) anos © de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias-multa, se o vefculo referido no caput deste artigo for de transporte coletivo de passageiros. Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei sao aumentadas de um sexto a dois tergos, se: | = a natureza, a procedéncia da substancia ou do produto apreendido © as circunstancias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito; IL - 0 agente praticar 0 crime prevalecendo-se de fungo publica ou no desempenho de missao de educago, poder familiar, uarda ou vigllancia; lil - a infragao tiver sido cometida nas dependéncias ou imediagdes de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetaculos ou diversdes de qualquer natureza, de servicas de tratamento de dependentes de drogas ou de reinsergao social, de unidades militares ou pPoliciais ou em transportes puiblicos; IV - 0 crime tiver sido praticado com violéncia, grave ameaca, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidagdo difusa ou coletiva; \V- caracterizado 0 trafico entre Estados da Federagao ou entre estes e 0 Distrito Federal; VI - sua pratica envolver ou visar a atingir crianga ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, diminuida ou suprimida a capacidade de entendimento e determinacao; VIl- o agente financiar ou custear a pratica do crime. Art. 41. indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigagao policial e o proceso criminal na identificaco dos demais co-autores ou participes do crime e na recuperaco total ou parcial do produto do crime, no caso de condenagao, tera pena reduzida de um tergo a dois tercos. ‘Art. 42, O juiz, na fixagao das penas, consideraré, com preponderancia sobre o previsto no art. 59 do Cédigo Penal, a natureza e a quantidade da substancia ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente. Art. 43. Na fixacdo da multa a que se referem os arts. 33 a 39 desta Lei, 0 juiz, atendendo ao que dispée 0 art, 42 desta Lei, determinard 0 ntimero de dias-multa, atribuindo a cada um, segundo as condigoes econdmicas dos acusados, valor nao inferior a um trinta avos nem superior a § (cinco) vezes o maior salario-minimo. Pardgrafo Unico, As multas, que em caso de concurso de crimes serao impostas sempre cumulativamente, podem ser aumentadas até o décuplo se, em virtude da situagao econémica do acusado, consideré-las o juiz ineficazes, ainda que aplicadas no maximo. Art, 44, Os crimes previstos nos arts. 33, caput § 1° , e 34 a 37 desta Lei sao inafiangdveis e insuscetiveis, de sursis, graca, indulto, anistia e liberdade proviséria, vedada a conversao de suas penas em restritivas de direitos, Paragrafo unico. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-4 o livramento condicional apés 0 ‘cumprimento de dois tergos da pena, vedada sua concesséo ao reincidente especifico. ‘Art. 45, & isento de pena o agente que, em razaio da dependéncia, ou sob 0 efeito, proveniente de caso fortuito ou forga maior, de droga, era, ao tempo da ago ou da omissdo, qualquer que tenha sido a infrago penal praticada, inteiramente incapaz’ de entender o cardter ilicito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, Paragrafo tinico. Quando absolver 0 agente, reconhecendo, por forga pericial, que este apresentava, a época do fato previsto neste artigo, as condigdes referidas no caput deste artigo, poderd determinar o juiz, na sentenga, 0 seu encaminhamento para tratamento médico adequado. Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um tergo a dois tergos se, por forga das circunstancias previstas no art. 45 desta Lei, o agente nao possuia, ao tempo da agao ou da omissao, a plena capacidade de entender 0 cardter ilicto do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. ‘Art. 47. Na sentenga condenatéria, 0 juiz, com base em avaliagdo que ateste a necessidade de ‘encaminhamento do agente para tratamento, realizada por profissional de satide com competéncia especifica na forma da lei, determinara que a tal se proceda, observado 0 disposto no art. 26 desta Lei, CAPITULO Ill DO PROCEDIMENTO PENAL Art, 48. O procedimento relative aos processos por crimes definidos neste Titulo rege-se pelo disposto neste Capitulo, aplicando-se, subsidiariamente, as disposigdes do Cédigo de Processo Penal e da Lei de Execugao Penal § 1° O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 desta Lei, salvo se houver concurso com os crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, sera processado e julgado na forma dos arts. 60 © sequintes da Lei n? 9.099, de 26 de setembro de 1995, que dispe sobre os Juizados Especiais Criminais. § 2° Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, nao se impora priséo em flagrante, devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juizo competente ou, na falta deste, assumir 0 compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisigbes dos exames e pericias necessarios, § 3° Se ausente a autoridade judicial, as providéncias previstas no § 2° deste artigo serdo tomadas de imediato pela autoridade policial, no local em que se encontrar, vedada a detengao do agente. (Vide ADIN 3807 § 4° Concluidos os procedimentos de que trata o § 2° deste artigo, o agente seré submetido a exame de corpo de delito, se o requerer ou se a autoridade de policia judicidria entender conveniente, e em seguida liberado. § 5° Para os fins do disposto no art. 76 da Lei n° 9.099, de 1995, que dispde sobre os Juizados Especiais Criminais, 0 Ministério Piblico poderé propor a aplicagao imediala de pena prevista no art. 28 desta Lei, a ser especificada na proposta, Art, 49. Tratando-se de condutas tipificadas nos arts. 33, caput e § 1°, e 34 a 37 desta Lei, o juiz, sempre que as circunstancias 0 recomendem, empregarA os instrumentos protetivos de colaboradores e testemunhas previstos na Lei n® 9,807, de 13 de julho de 1999, Segao! Da Investigagao Art. 50. Ocorrendo prisio em flagrante, a autoridade de policia judiciéria fard, imediatamente, comunicagao 0 juiz competente, remetendo-lhe copia do auto lavrado, do qual sera dada vista ao érgao do Ministério Publico, em 24 (vinte e quatro) horas. § 1° Para efeito da lavratura do auto de prisdo em flagrante estabelecimento da materialidade do delito, 6 suficiente o laudo de constatagao da nalureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, or pessoa idénea. § 2° 0 porito que subscrever o laudo a que se refere 0 § 1° deste ar elaboragao do laudo definitivo, 10 no ficaré impedido de participar da § 3° Recebida cépia do auto de priséo em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, certificara a regularidade formal do laudo de conslatagao e determinard a destruigao das drogas apreendidas, guardando-se amostra necesséria a realizagao do laudo definitive, _(Incluido pola Lei n® 12.961, de 2014) § 4° A destruigdo das drogas serd executada pelo delegado de policia competente no prazo de 15 (quinze) dias na presenga do Ministério Publico e da autoridade sanitéria. _(Incluido pela Lei n® 12,961, de 2014) § 5° O local sera vistoriado antes © depois de efetivada a destruicao das drogas referida no § 3°, sendo lavrado auto circunstanciado pelo delegado de policia, certficando-se neste a destruicao total delas. (Incluido pela Lei n® 12.961, de 2014) Art. 50-A. A destruicéo das drogas apreendidas sem a ocorréncia de priso em flagrante sera fella por incinerago, no prazo maximo de 30 (trinta) dias contados da data da apreensdo, guardando-se amostra necesséria A realizacao do laudo definitivo. (Redacdo dada pela Lei n® 13.840, de 2019) Art. 51, 0 inquérito policial sera concluido no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 {noventa) dias, quando solto. Pargrafo Unico. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juz, ouvido o Ministério Publico, mediante pedido justificado da autoridade de policia judiciaria, Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a autoridade de policia judiciaria, remetendo 08 autos do inquérito ao juizo: | + relataré sumariamente as circunstancias do fato, justificando as razdes que a levaram A classificagaio do delito, indicando a quantidade e natureza da substancia ou do produto apreendido, o local e as condigdes em que se desenvolveu a agao criminosa, as circunstancias da prisdo, a conduta, a qualificagdo e os antecedentes do agente; ou Il requerera sua devolugao para a realizagao de diligéncias necessérias. Paragrafo tinico, A remessa dos autos far-se-a sem prejuizo de diligéncias complementares: | necessérias ou dteis & plena lucidagio do fato, cujo resultado devera sor encaminhado ao juizo competente até 3 ({rés) dias antes da audiéncia de instrucao e julgamento; Il -necessarias ou itteis a indicagao dos bens, direitos e valores de que seja titular o agente, ou que figurem ‘em seu nome, cujo resultado deverd ser encaminhado ao juizo competente até 3 ({rés) dias antes da audiéncia de instrugao e julgamento, Art. 53. Em qualquer fase da persecug&o criminal relativa aos crimes previstos nesta Lei, sto permitidos, além dos previstos em lei, mediante autorizagao judicial e ouvido 0 Ministério Publico, os seguintes procedimentos investigatérios: | -a inftragao por agentes de policia, em tarefas de investigagao, constitulda pelos érgdos especializados pertinentes; Il - a ndo-atuagao policial sobre os portadores de drogas, seus precursores quimicos ou outros produtos utiiizados em sua produgao, que se encontrem no territério brasileiro, com a finalidade de identificar © responsabilizar maior nlimero de integrantes de operagbes de trafico e distribui¢do, sem prejulzo da ago penal cabivel Paragrafo Unico. Na hipétese do inciso Il deste artigo, a autorizagao serd concedida desde que sejam conhecidos 0 itinerério provavel e a identificagao dos agentes do delito ou de colaboradores. Segao Il Da Instrugao Criminal ‘Art, 54. Recebidos om juizo 0s autos do inquérito policial, de Comissao Parlamentar de Inquérito ou pegas de informagao, dar-se-é vista ao Ministério Pablico para, no prazo de 10 (dez) dias, adotar uma das seguintes providéncias: | requerer 0 arquivamento; II requisitar as dilgéncias que entender necessérias; lil - oferecer denincia, arrolar até 5 (cinco) testemunhas e requerer as demais provas que entender pertinentes. Art. 58. Oferecida a deniincia, o juiz ordenara a notificago do acusado para oferecer defesa prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. § 1° Na resposta, consistente em defesa preliminar © excegées, 0 acusado podera argilir preliminares © Invocar todas as razdes de defesa, oferecer documentos e justificagdes, especificar as provas que pretende produzir e, até o niimero de 5 (cinco), arrolar testemunhas, § 2° As excegées serdo processadas em apartado, nos termos dos arts. 95 a 113 do Decreto-Lei n° 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Cédigo de Processo Penal. § 3° Se a resposta nao for apresentada no prazo, 0 juiz nomearé defensor para oferecé-la em 10 (dez) dias, concedendo-Ihe vista dos autos no ato de nomeacao. § 4° Apresentada a defesa, o juiz decidira em 5 (cinco) dias, § 5° Se entender imprescindivel, 0 juiz, no prazo maximo de 10 (dez) dias, determinaré a apresentagao do reso, realizagao de diligéncias, exames e pericias. Art. 56. Recebida a denuincia, o juiz designara dia e hora para a audiéncia de instrugdo e julgamento, ordenard a citagao pessoal do acusado, a intimaco do Ministério Pblico, do assistente, se for 0 caso, ¢ requisitaré os laudos periciais. § 1° Tratando-se de condutas tipificadas como infragao do disposto nos arts. 33, caput e § 1°, e 34.a 37 desta Lei, 0 juiz, ao receber a denincia, podera decretar o afastamento cautelar do denunciado de suas atividades, se for funcionério publico, comunicando ao érgao respectivo. § 2° A audiéncia a que se refere o caput deste artigo sera realizada dentro dos 30 (trinta) dias seguintes ao recebimento da dentincia, salvo se determinada a realizagao de avaliacao para atestar dependéncia de drogas, quando se realizar em 90 (noventa) dias. Art. 57. Na audiéncia de instrugao e julgamento, apés o interrogatério do acusado e a inquirigao das testemunhas, sera dada a palavra, sucessivamente, ao representante do Ministério Publico e ao defensor do acusado, para sustentagao oral, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogavel por mais 10 (dez). a critério do juiz. Parégrafo Unico. Apés proceder ao interrogatério, o julz indagara das partes se restou algum fato para ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se 0 entender pertinente e relevante. ‘Art, 58. Encerrados os debates, proferira o juiz sentenga de imediato, ou o faré em 10 (dez) dias, ordenando que os autos para isso Ihe sejam conclusos. §1° (Revooado pela Lei n? 12.961 de 2014) §2 (Revogado pala Lei n? 12.961 de 2014) Art. 59. Nos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1°, e 34 a 37 desta Lei, 0 réu ndo poderd apelar sem recolher-se & prisdo, salvo se for primario e de bons antecedentes, assim reconhecido na sentenga condenatéria. CAPITULO IV DA APREENSAO, ARRECADACAO E DESTINAGAO DE BENS DO ACUSADO. Art. 60. O juiz, a requerimento do Ministério Publico ou do assistente de acusagéo, ou mediante representagao da autoridade de policia judiciéria, poderd decretar, no curso do inquérito ou da agao penal, a apreensdo e outras medidas assecuralérias nos casos em que haja suspeita de que os bens, direitos ou valores ‘sojam produto do crime ou constituam proveito dos crimes previstos nesta Lei, procedendo-se na forma dos aris, 125 e sequintes do Decreto-Lein® 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Cédigo de Processo Penal (Red: dada pela Lei n® 13.840, de 2019) § 1° (Revogado). _(Redacao dada pela Lei n® 13.840, de 2019) §2°(Revogado). __(Redago dada pela Lei n® 13,840, de 2019) § 3° Na hipétese do art, 366 do Decreto-Lei n® 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Cédigo de Processo Penal . 0 juiz poderd determinar a pratica de atos necessarios & conservagao dos bens, direitos ou valores. {Redagao dada pela Lei n? 13.840, de 2019) § 4° A ordem de apreenséo ou sequestro de bens, direitos ou valores poderd ser suspensa pelo juiz, ouvido 0 Ministério Publico, quando a sua execugao imediata puder comprometer as investigacées. (Redagao dada pela Lei n? 13.840, de 2019) § 5° Decretadas quaisquer das medidas previstas no caput deste artigo, o juz facultara ao acusado que, no prazo de 5 (cinco) dias, apresente provas, ou requeira a produgao delas, acerca da origem licita do bem ou do valor objeto da decisdo, exceto no caso de veiculo apreendido em transporte de droga ilcita, _(Incluido pela Lei n? 14,322, de 2022) § 6° Provada a origem licita do bem ou do valor, o juiz decidir por sua liberagao, exceto no caso de veiculo apreendido em transporte de droga ilicita, cuja destinagéo observard o disposto nos aris. 61 e 62 desta Lei, ressalvado 0 direito de terceiro de boa-fé. | (Incluido pola Lein® 14.322. de 2022) Art. 60-A. Se as medidas assecurat6rias de que trata o art. 60 desta Lei recairem sobre moeda estrangeira, titulos, valores mobiliérios ou cheques emitidos como ordem de pagamento, sera determinada, imediatamente, a sua conversdo em moeda nacional (Incluido pela Lei n° 13.886, de 2019) § 1° A moeda estrangeira apreendida em espécie deve ser encaminhada a instituigao financeira, ou ‘equiparada, para alienacao na forma prevista pelo Conselho Monetario Nacional, (Incluido pela Lei n? 13,886, de 2019) § 2° Na hipétese de impossibilidade da alienagao a que se refere o § 1° deste artigo, a moeda estrangeira seré custodiada pela instituigao financeira até decisdo sobre o seu destino. (Inclufdo pela Lei n° 13.886, de 2019) § 3° Apés a decisdo sobre o destino da moeda estrangeira a que se refere 0 § 2° deste artigo, caso seja verificada a inexisténcia de valor de mercado, seus espécimes poderao ser destruidos ou doados @ representacao diplomatica do pals de origem. _(Incluido pela Lei n® 13.886, de 2019) § 4° Os valores relatives as apreensées feitas antes da data de entrada em vigor da Medida Proviséria n° 885, de 17 de junho de 2019, e que estejam custodiados nas dependéncias do Banco Central do Brasil devem ser transferidos 4 Caixa Econémica Federal, no prazo de 360 (trezentos e sessenta) dias, para que se proceda a alienagao ou custédia, de acordo com o previsto nesta Le. (Incluido pela Lei n® 13.886, de 2019) preensio-d rags qaisg ir porte-e-dos Art. 61. A apreensao de veiculos, embarcagées, aeronaves e quaisquer outros meios de transporte e dos maquinérios, utensifios, instrumentos e objetos de qualquer natureza utlizados para a pratica, habitual ou ndo, dos crimes definidos nesta Lei sera imediatamente comunicada pela autoridade de policia judiciaria responsavel pela investigagao ao julzo competente. _(Redagdo dada pela Lei n® 14.322, de 2022) § 1° 0 juiz, no prazo de 30 (trinta) dias contado da comunicagdo de que trata o caput , determinard a alienagao dos bens apreendidos, excetuadas as armas, que seféo recolhidas na forma’ da legislagao especifica. _(Incluido pela Lei n° 13.840. de 2019) § 2° Aalienaco sera realizada em autos apartados, dos quais constaré a exposigo sucinta do nexo de instrumentalidade entre o delito e os bens apreendidos, a descrigao e especificacao dos objetos, as informacdes sobre quem os tiver sob custédia @ o local em que se encontrem. (Incluido pola Lei n? 13,840, de 2019) § 3° O juiz determinara a avaliagdo dos bens apreendidos, que seré realizada por oficial de justia, no prazo de 5 (cinco) dias a contar da autuagao, ou, caso sejam necessarios conhecimentos especializados, por avaliador nomeado pelo juiz, em prazo nao superior a 10 (dez) dias. (Incluido pela Lei n® 13,840, de 2019) § 4° Feita a avaliagao, o juiz intimara o érgao gestor do Funad, o Ministério Publico e o interessado para se manifestarem no prazo de § (cinco) dias e, dirimidas eventuais divergéncias, homologara o valor atribuldo aos bens. Mncluido pela Lein® 13,840, de 2019) § 5° (VETADO). (Incluido pela Lei n® 13,840, de 2019) § 6° (Revogado). §7° (Revogado). _(Redago dada pela Lei n® 13.886, de 2019) § 8° (Revogado). (Bedacdo dada pela Lei n® 13,886, de 2019) § 9° O Ministério Publico deve fiscalizar 0 cumprimento da regra estipulada no § 1° deste artigo. {Incluido pela Lei n° 13.886, de 2019) § 10, Aplica-se a todos os tipos de bens confiscados a regra estabelecida no § 1° deste artigo. {(Incluido pela Lei n® 13.886, de 2019) § 11. Os bens méveis e iméveis devem ser vendidos por meio de hasta ptiblica, preferencialmente por meio eletrdnico, assegurada a venda pelo maior lance, por prego no inferior a 50% (cinquenta por cento) do valor da avaliagao judi (Incluido pela Lei n® 13.886, de 2019) § 12. O juiz ordenara as secretarias de fazenda e aos drgaos de registro e controle que efetuem as averbagées necessérias, ldo logo tenha conhecimento da apreensao. \Uneluldo pela Lei n® 13.886, de 2019) § 13. Na alienagdo de veiculos, embarcagées ou aeronaves, a autoridade de trénsito ou o érgéo congénere competente para 0 registro, bem como as secretarias de fazenda, devem proceder a regularizagao dos bens no prazo de 30 (trnta) dias, fcando o arrematante isento do pagamento de multas, encargos e inbutos anteriores, ‘sem prejuizo de execugao fiscal em relacao ao antigo proprietatio. (Incluido pela Lei n® 13.886, de 2019) § 14. Eventuais multas, encargos ou tributos pendentes de pagamento ndo podem ser cobrados do arrematante ou do érgao publico alienante como condi¢ao para regularizagao dos bens. Mlnciuido pela Let n° 13.886, de 2019) § 15. Na hipétese de que trata o § 13 deste artigo, a autoridade de transito ou o érgao congénere competente para o registro poderd emitir novos identificadores dos bens. (Incluido pela Lei n® 13.886, de 2019) Art. 62. Comprovado o interesse piblico na utllizagdo de quaisquer dos bens de que trata o art. 61, os 6rgaos de policia judiciaria, militar e rodovidria poderdo deles fazer uso, sob sua responsabilidade e com 0 objetivo de sua conservagdo, mediante autorizagdo judicial, ouvido o Ministério Publico e garantida a prévia avaliagao dos respectivos bens. (Redacso dada pela Lei n® 13.840, de 2019) § 1° (Revogado). (Redacao dada pela Lei n? 13.886, de 2019) § 1°-A. 0 juizo deve cientificar o érgéo gestor do Funad para que, em 10 (dez) dias, avalie a existéncia do interesse piiblico mencionado no caput deste artigo ¢ indique 0 érgao que deve receber o bem. flncluido pela Lein® 13.886, de 2019) § 1°.B. Tém prioridade, para os fins do § 1°-A deste artigo, os érgaos de seguranga publica que participaram das agées de investigagdo ou repressao ao crime que deu causa a medida (incluido pela Lei n® 13.886, de 2019) § 2° A autorizagao judicial de uso de bens deverd conter a descrigao do bem e a respectiva avaliagdo & Indicar 0 érgao responsavel por sua utlizagao. (Redaco dada pela Lein® 13.840, de 2019) § 3° 0 érgao responsavel pela utlizagao do bem devera enviar ao juiz periodicamente, ou a qualquer momento quando por este solictado, informagGes sobre seu estado de conservacéo. _(Redacao dada pela Loin? 13.840, de 2019) § 4° Quando a autorizacao judicial recair sobre vetculos, embarcagées ou aeronaves, 0 juiz ordenara a autoridade ou ao érgao de registro @ controle a expedigao de certificado provisério de registro e licenciamento em favor do érgao ao qual tenha deferido o uso ou custédia, ficando este livre do pagamento de multas, encargos € tributos anteriores deciséio de utilizagao do bem até’o transito em julgado da decisao que decretar 0 seu perdimento em favor da Unido (Redagao dada pela Lein® 13,840, de 2019) § 5° Na hipétese de levantamento, se houver indicagéo de que os bens utlizados na forma deste artigo sofreram depreciagdo superior aquela esperada em razao do transcurso do tempo e do uso, poderd o interessado requerer nova avaliagao judicial. (Redacdo dada pela Lei n° 13.840, de 2019) § 6° Constatada a depreciagdo de que trata o § 5°, o ente federado ou a entidade que utilizou o bem indenizard o detentor ou proprietério dos bens. (Redagdo dada pela Lei n° 13.840, de 2019) §7° (Revogado) (Redacdo dada pela Lein’ 13,840, de 2019) § 8° (Revogado), (Redacdo dada pola Lein® 13.840, de 2019) § 9° (Revogado). (Redagdo dada pela Lei n° 13.840, de 2019) § 10. (Revogado) (Redagao dada pela Lein? 13.840, de 2019) § 11, (Revogado) (Redacdo dada pela Lein® 13.840, de 2019) Art, 62-A, O depésito, em dinheiro, de valores referentes ao produto da alienagéo ou a numerdrios apreendidos ou que tenham sido convertidos deve ser efetuado na Calxa Econémica Federal, por melo de documento de arrecadacao destinado a essa finalidade. {Incluido pela Lei n® 13,886. de 2019) § 1° Os depésitos a que se refere o caput deste artigo devem ser transferidos, pela Caixa Econémica Federal, para a conta tinica do Tesouro Nacional, independentemente de qualquer formalidade, no prazo de 24 {vinte © quatro) horas, contado do momento da realizagdo do depésito, onde ficardo @ disposicéo do Funad. (Incluido pela Lein® 13.886, de 2019) § 2° Na hipétese de absolvigéio do acusado em deciséo judicial, valor do depésito serd devolvido a ele pela Calxa Econémica Federal no prazo de até 3 (trés) dias tels, acrescido de juros, na forma estabelecida pelo § 4° do art, 39 da Lei n® 9.250, de 26 de dezembro de 1995, (incluido pela Lei n® 13,886, de 2019) § 3° Na hipdtese de decretagdo do seu perdimento em favor da Unio, o valor do depésito sera transformado ‘em pagamento definitive, respeitados os direitos de eventuais lesados e de terceiros de boa-fé. (incluido pela Lei n? 13.886, de 2019) § 4° Os valores devolvidos pela Caixa Econdmica Federal, por decisdo judicial, devem ser efetuados como anulagao de receita do Funad no exercicio em que acorrer a devolugao. (Incluido pela Lei n° 13.886, de 2019) § 5° A Caixa Econdmica Federal deve manter 0 controle dos valores depositados ou devolvidos. (Incluido pela Lei n® 13,886, de 2019 Art. 63. Ao proferir a sentenca, o juiz decidir sobre: (Redacdo dada pela Lei n? 13.840, de 2019) |= 0 perdimento do produto, bem, direito ou valor apreendido ou objeto de medidas assecuratérias; e (Uncluido pela Lei n® 13.840, de 2019) Il- 0 levantamento dos valores depositados em conta remunerada e a liberagao dos bens utilizados nos termos do art, 62 (Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019) § 1° Os bens, direitos ou valores apreendidos em decorréncia dos crimes tipficados nesta Lei ou objeto de medidas assecuratérias, apés decretado seu perdimento em favor da Unido, serdo revertidos diretamente a0 Funad, Redacdo dada pela Lei n® 13.840, de 2019) § 2° juiz remetera ao érgao gestor do Funad relagao dos bens, direitos e valores deciarados perdidos, icando o local em que se encontram e a entidade ou 0 érgéo em cujo poder estejam, para os fins de sua destinagao nos termos da legislacao vigente. (Redagao dada pela Lei n? 13.840, de 2019) § 3° (Revogado), (Redacdo dada pela Lei n® 13.886, de 2019) § 4° Transitada em julgado a sentenca condenatéria, o juiz do processo, de oficio ou a requerimento do Ministério Publico, remetera a Senad relagao dos bens, direitos e valores declarados perdidos em favor da Unio, indicando, quanto aos bens, o local em que se encontram e a entidade ou o érgdo em cujo poder estejam, para os fins de sua destinagao nos termos da legislagao vigente. § 4°-A, Antes de encaminhar os bens ao érgao gestor do Funad, 0 juiz deve: (lncluido pela Lei n® 13,886, de 2019) | — ordenar as secretarias de fazenda e aos érgaos de registro e controle que efetuem as averbagoes necessérias, caso ndo tenham sido realizadas quando da apreensao; (Incluido pela Lei n° 13.886, de 2019) I - determinar, no caso de iméveis, 0 registro de propriedade em favor da Unido no cartério de registro de iméveis competente, nos termos do caput e do pardarafo Unico do art 243 da Consiilvicgo Federal, afastada a responsabilidade de terceiros prevista no inciso VI do cay rt. 134 da Lei n° 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Codigo Tributério Nacional), bem como determinar & Secretaria de Coordenagao © Governanga do Patriménio da Unido a incorporagao e entrega do Imével, tomando-o livre e desembaragado de quaisquer énus para sua destinagao. {incluido pela Lei n° 13.886, de 2019) § 5° (VETADO). (Incluido pela Lei n® 13,840, de 2019) § 6° Na hipétese do inciso Il do caput , decorridos 360 (trezentos e sessenta) dias do transito em julgado e do conhecimento da sentenca pelo interessado, os bens apreendidos, os que tenham sido objeto de medidas assecuratorias ou os valores depositados que nao forem reclamados serao revertidos ao Funad, {lncluido pela Lein® 13.840, de 2019) Art, 63-A. Nenhum pedido de restituigao seré conhecido sem 0 comparecimento pessoal do acusado, podendo 0 juiz determinar a pratica de atos necessarios a conservagao de bens, direitos ou valores. (Incluido pela Lei n® 13.840, de 2019 Art. 63-8. © juiz determinara a liberacao total ou parcial dos bens, direitos e objeto de medidas assecuratérias quando comprovada a licitude de sua origem, mantendo-se a constrigo dos bens, direitos & valores necessérios ¢ suficientes a reparagao dos danos © ao pagamento de prestagées pecuniarias, multas © custas decorrentes da infragao penal. ((ncluido pela Lein® 13,840, de 2019) Art. 63-C. Compete 4 Senad, do Ministério da Justiga e Seguranga Pablica, proceder & destinagao dos bens apreendidos e nao leiloados em carater cautelar, cujo perdimento seja decretado em favor da Unido, por meio das seguintes modalidades: (ncluido pela Lei n® 13.886, de 2019) I~ allenago, mediante: (Incluido pela Lei n° 13.886, de 2019) a) lictagao; (Incluido pela Lei n? 13.886, de 2019) b) doagao com encargo a entidades ou drgaos publicos, bem como a comunidades terapéuticas acolhedoras que contribuam para o alcance das finalidades do Funad; ou (Incluido pela Lei n® 13.886, de 2019) ¢) venda direta, observado o disposto no inciso ll do caput do art. 24 da Lei n? 8.666, de 24 de junho de 1993; {incluido pola Lei n® 13.886. de 2019) Il — incorporago ao patriménio de érg4o da administracdo publica, observadas as finalidades do Funad; (Incluido pela Lei n® 13,886, de 2019) Ill - destruigao; ou (Incluido pela Lei n® 13,886, de 2019) 1 ~ inutilizagao. (Inctuido pola Lei n® 13.886, de 2019) § 1° A alienagao por meio de licitagdo deve ser realizada na modalidade lelldo, para bens moveis e iméveis, independentemente do valor de avaliagao, isolado ou global, de bem ou de lotes, assegurada a venda pelo maior lanee, por preco ndo inferior a 0% (cinquenta por cento) do valor da avaliacdo. (ncluido pela Lei n® 13,886, de 2019) § 2° 0 edital do leitéo a que se refere 0 § 1° deste artigo seré amplamente divulgado em jornais de grande circulagao e em sitios eletrénicos oficiais, principalmente no Municipio em que sera realizado, dispensada a publicagao em diario oficial Incluido pela Lei n° 13.886, de 2019) § 3° Nas alienacées realizadas por meio de sistema eletrOnico da administraco publica, a publicidade dada pelo sistema substituird a publicagao em didrio oficial ¢ em jomais de grande circulagao. (Incluido pela Lei n® 13.886, de 2019) § 4° Na alienagao de iméveis, 0 arrematante fica livre do pagamento de encargos e tributos anteriores, sem prejuizo de execugdo fiscal em relag&o ao antigo proprietario. (Incluido pela Lei n® 13.886, de 2019) § 5° Na allenagdo de veiculos, embarcagdes ou aeronaves deverdo ser observadas as disposicdes dos §§ 13 15 do art, 61 desta Lei, \(lncluido pela Lei n® 13,886, de 2019) § 6° Aplica-se as allenagbes de que trata este artigo a prolbigo relativa a cobranga de multas, encargos ou tributos prevista no § 14 do art. 61 desta Lei, (Incluido pela Lei n® 13.886, de 2019) § 7° A Senad, do Ministério da Justia e Seguranca Publica, pode celebrar convénios ou instrumentos congéneres com érgaos e entidades da Unido, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municipios, bem como ‘com comunidades terapéuticas acolhedoras, a fim de dar imediato cumprimento ao estabelecido neste artigo. (Incluido pela Lei n® 13.886, de 2019) § 8° Observados os procedimentos licitatérios previstos em lei, fica autorizada a contratagao da iniciativa privada para a execugao das acdes de avaliagdo, de administragao e de allenagdo dos bens a que se refere esta Lei, {incluido’pela Lei n° 13,886, de 2019) Art. 63-D. Compete ao Ministério da Justiga e Seguranga Publica regulamentar os procedimentos relativos & administragao, a preservagao e a destinagao dos recursos provenientes de delitos e atos ilicitos e estabelecer os valores abaixo dos quais se deve proceder a sua destruicao ou inutilizagao. (Incluido pela Lei n° 13.886, de 2019) Art. 63-E. O produto da alienagao dos bens apreendidos ou confiscados seré revertido integralmente a0 Funad, nos termos do paragrafo unico do art, 243 da Constituigao Federal, vedada a sub-rogagao sobre o valor da arrematago para saldar eventuals multas, encargos ou tributos pendentes de pagamento. (Ineluido pola Lei n® 13.886, de 2019) Paragrafo tinico. 0 disposto no caput deste artigo nao prejudica o ajuizamento de execugao fiscal em relagdo aos antigos devedores. (Incluido pela Lei n® 13.886, de 2019) Art, 63-F, Na hipétese de condenagao por infragdes as quais esta Lei comine pena maxima superior a 6 (seis) anos de reclusdo, poderd ser decretada a perda, como produto ou proveito do crime, dos bens correspondentes & diferenga entre o valor do patriménio do condenado © aquele compativel com o seu rendimento licito, {incluido pela Lein® 13.886, de 2019) § 1° A decretacao da perda prevista no caput deste artigo fica condicionada a existéncia de elementos probatérios que indiquem conduta criminosa habitual, reiterada ou profissional do condenado ou sua vinculagdo a organizago criminosa, (Incluido pola Loi n® 13,886, de 2019) § 2° Para efeito da perda prevista no caput deste artigo, entende-se por patriménio do condenado todos os bens: (Incluido pela Lei n® 13,886, de 2019) | — de sua titularidade, ou sobre os quais tenha dominio e benefi to ou indireto, na data da infragao penal, ou recebidos posteriormente; e (Incluido pela Lei n® 13.886, de 2019) Il — transferidos a terceiros a titulo gratuito ou mediante contraprestagao irriséria, a partir do inicio da atividade criminal. (Incluido pela Lei n® 13.886, de 2019) § 3° © condenado poderé demonstrar a inexisténcia da incompatibilidade ou a procedéncia licita do patriménio. (Incluido pela Lei n® 13,886, de 2019) Art. 64. A Unio, por intermédio da Senad, podera firmar convénio com os Estados, com o Distrito Federal e ‘com organismos orientados para a prevengao do uso indevido de drogas, a atengao e a reinsergao social de usuarios ou dependentes e a aluacdo na repressdo & produgdo nao autorizada e ao trafico ilicito de dragas, com vistas na liberacao de equipamentos © de recursos por ela arrecadados, para a implantagao e execugao de programas relacionados @ questao das drogas. TITULO V DA COOPERAGAO INTERNACIONAL Art. 65. De conformidade com os principios da ndo-intervencao em assuntos intemos, da igualdade juridica e do respeito a integridade territorial dos Estados e as leis e aos regulamentos nacionais em vigor, e abservado 0 espirito das Convengdes das Nagées Unidas e outros instrumentos juridicos internacionais relacionados a questo das drogas, de que o Brasil é parte, o governo brasileiro prestara, quando solicitado, cooperagao a outros paises e organismos internacionais e, quando necessério, deles solicitara a colaboragao, nas areas de: |= intercambio de informagées sobre legislacées, experiéncias, projetos e programas voltados para atividades de prevengao do uso indevido, de atengao e de reinsergao social de usuérios e dependentes de drogas; II Intercdmbio de inteligéncia policial sobre produgdo e trafico de drogas e delitos conexos, em especial 0 trafico de armas, a lavagem de dinheiro e 0 desvio de precursores quimicos; lil - interc&mbio de informagées policials e judiciais sobre produtores e traficantes de drogas e seus precursores quimicos. TITULO V-A, (Incluido pela Lein® 13.840, de 2019) DO FINANGIAMENTO DAS POLITICAS SOBRE DROGAS Art. 65-A . (VETADO). Alncluido pela Lei n® 13.840, de 2019) TITULO VI DISPOSIGOES FINAIS E TRANSITORIAS Art. 66. Para fins do disposto no paragrafo tinico do art. 1° desta Lei, até que seja atualizada a terminologia da lista mencionada no preceito, denominam-se drogas substancias entorpecentes, psicotrépicas, precursoras € ‘outras sob controle especial, da Portaria SVSIMS n° 344, de 12 de maio de 1998. Art. 67. A liberagao dos recursos previstos na Lei n® 7.560, de 19 de dezembro de 1986,em favor de Estados ¢ do Distrito Federal, depender de sua adesao e respeito as diretrizes basicas contidas nos convénios firmados e do fornecimento de dados necessarios a atualizagdo do sistema previsto no art. 17 desta Lei, pelas respectivas policias judicidrias. Att. 67-A, Os gestores @ entidades que recebam recursos piiblicos para execugdo das politicas sobre drogas deverdo garantir 0 acesso as suas instalagées, @ documentagdo e a todos os elementos necessarios & efetiva fiscalizagao pelos érgdos competentes. {lncluido pela Lei n? 13.840, de 2019) ‘Art. 68. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municipios poderdo criar estimulos fiscais ¢ outros, destinados as pessoas fisicas e juridicas que colaborem na prevencao do uso indevido de drogas, atengao reinsergdo social de usuarios dependentes e na repressdo da produgao nao autorizada e do trafico ilicito de drogas. Art, 68, No caso de faléncia ou liquidagao extrajudicial de empresas ou estabelecimentos hospitalares, de pesquisa, de ensino, ou congéneres, assim como nos servigos de salide que produzirem, venderem, adquirirem, consumirem, prescreverem ou fomecerem drogas ou de qualquer outro em que existam essas substancias ou Produtos, incumbe ao juizo perante o qual tramite o feito: | - determinar, imediatamente a ciéncia da faléncia ou liquidagao, sejam lacradas suas instalagoes; II ordenar autoridade sanitéria competente a urgente adogo das medidas necessédrias ao recebimento guarda, em depésito, das drogas arrecadadas; lil - dar ciéncia ao érgao do Ministério PUblico, para acompanhar o feito. § 1° Da licitagao para alienagao de substancias ou produtos nao proscritos referidos no inciso Il do caput deste artigo, s6 podem participar pessoas juridicas regularmente habilitadas na rea de sade ou de pesquisa cientifica que comprovem a destinagao licita a ser dada ao produto a ser arrematado. § 2° Ressalvada a hipétese de que trata o § 3° deste artigo, o produto nao arrematado sera, ato continuo & hasta pibblica, destrufdo pela autoridade sanitaria, na presenga dos Conselhos Estaduais sobre Drogas e do Ministério Publico. § 3° Figurando entre 0 praceado e ndo arrematadas especialidades farmacéuticas em condigdes de ‘emprego terapéutico, ficardo elas depositadas sob a guarda do Ministério da Saude, que as destinard rede iiblica de saude. Art. 70, © processo e o julgamento dos crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, se caracterizado ilicito transnacional, sao da competéncia da Justiga Federal, Paragrafo Unico. Os crimes praticados nos Municipios que nao sejam sede de vara federal serdo processados e julgados na vara federal da circunscrigao respectiva. Art. 71. (VETADO) Art. 72. Encerrado © proceso criminal ou arquivado © inquérito policial, o juiz, de oficio, mediante representagdo da autoridade de policia judiciéria, ou a requerimento do Ministério Publico, determinara a destruigao das amostras guardadas para contraprova, certificando nos autos. (Redacdo dada pela Lei n® 13,840, de 2019) Att. 73. A Unidio poderd estabelecer convénios com os Estados € 0 com o Distrito Federal, visando a Prevengado e repressao do trafico ilicito e do uso indevido de drogas, e com os Municipios, com o objetivo de prevenir 0 uso indevido delas e de possibiltar a alengéo e reinser¢ao social de usuarios e dependentes de drogas (Redacdo dada pela Lein’ 12.219, de 2010) Art. 74, Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e cinco) dias apés a sua publicagao. Art. 75, Revogam-se a Lei n® 6.368, de 21 de outubro de 1976, ¢ a Lein® 10.409, de 11 de janeiro de 2002. Brasilia, 23 de agosto de 2006; 185° da Independéncia e 118° da Republica LUIZ INACIO LULA DA SILVA Mércio Thomaz Bastos Guido Mantega Jorge Armando Felix Este texto nao substitui o publicado no DOU de 24.8.2006

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