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Dados Intern: de Catalogagio na Publicagéo (CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Nicolosi, Joseph Homossexulidade: um guia de orentago as pas para formacdo dactianga/ Joseph Nicolosi & Linda Ames Nicolosi tradusio Hope Gordon Sila, «Sip Paulo: Shedd Publicagées, 2007, “Ticao original: A parent’s guide to preventing homossexuality Bibliografia ISBN: 978-85-88315-64.8 1 Homossexualdade 2. Mentidade de género 3, Orientagio sexual 1. Nicolosi, Linda Ames. I Titulo. 07-9544 CDD- 306.766 Indices para catélogo sistemético: 1. Homossexualidade + Guia de orientagio para os pais : Sociologia 306.766 Joseph Nicolosi, Ph.D. & Linda Ames Nicolosi criaiiea TRADUGAO: Hope Gordon Silva & SHEDD Originally published by InterVarsty Press as A Parent's Guide to Preventing Homosesality by Joseph Nicolosi and Linda Ames Nicolosi © 2002 by Joseph Nicolosi and Linda Ames Nicolosi, ‘Translated and printed by permission of InterVarsity Press, PO. Box 1400, Downers Grove, IL 60515, USA. 1° Edigio - Janeiro de 2008 Reimpressdes 03/13, 01/16 € 07/19 Publicado no Brasil com a devida autorizagio com todos 0s direitos reservados por Supp Punticagdes Rua Si0 Nazicio, 30, Sto Amaro 10 Paulo-SP - 04741-150 ‘Tel, (11) $521-1924 Email: sheddpublicacoes@uol.com.br ‘woruisheddpublicacoes.com.br Proibida a reprodusio por quaisquer ios (meciinicos, elerrénicos, xerogrificos, fotogrificos, gravagio, estocagem em banco de dads, et), 2 nio ser em citagies breves com indicagio de fonte Printed in Brazil / Lempeesso 0 Brasil ISBN 978-85-88315-64.8 ‘Trapugio: Hope Gordoa Silva Revisio: Lena Aranha Dracramagao: Samuel da Silva ‘Cara: Samuel da Silva Foi uma honra para nés tera alegria € a responsabilidade de criar nosso filho, Joseph Ja a quem este livro ¢ afetuosamente dedicado. Sumario Agradecimentos . . 12 Introdugao Para pais: palavras aos sdbios 3 1. Masculinidade é uma conquista . a 2. O menino pré-homossexual, por que os pais devem inte 3B, Nascidos assim? ......ceeeeseeeeeseeeees 59 4,Tudoem familia... cro 1 5. Amigos e sentiments .....+s.+es00eee8eeeee ‘ 99 6.Enfrentaraadolescéncia........60ceceeeeeee pbuecceduunn ug 7. De meninas que gostam de brincadeiras de meninosa lésbicas.......+.. =153 8. A politica do tratamento 173 9.0 processo de cura. al 10. O didrio de uma mae ppc 00> Gouna rooccoode 3) Agradecimentos Desejamos agradecer a Lela Gilbert por sua habilidade e paciéncia na preparagio da primeira prova deste livro. Nossa apreciacio sincera vai também a Don Schmierer por seu incentivo e apoio e por acreditar na importincia do livro para pais, bem ‘como pela confianga de que nés conseguirfamos levar adiante este trabalho. E somos especialmente gratos a Richard Wyler, que nos permitiu citar extensamente per- cepgGes extraidas das historias de pessoas em seu ste, www.peoplecanchange.com. Introdugéo Para pais: palavras aos sdbios Jacob, um pacience de 25 anos, estivera em tratamento durante alguns meses po: causa de sua depressio em razao de sua indesejada homossexualidade. Um dia impulsionado por sentimentos tanto de tristeza como de raiva ~ ele confrontou Eu falei para ela: “Mae, voct me viu brincando com as bonecas Barbie. Vocé permitiu que eu usasse maquiagem ¢ arrumasse o cabelo na frente do espelho durante horas. Meus irmaos nunca faziam nada disso. Por que voe# nao me fez parar? O que vocé achava daquilo?” Eu nao duvido que mamae desejava o melhor para mim. Mas ela no teve nada a dizer. Ela 6 ficou sentada ali ¢ olhou para mim, atordoada ¢ com légrimas. Por muitos anos, trabalho! com homens homossexuais que estio profunda- ‘mente insatisfeitos com a atracio que sentem pelo mesmo sexo. A vida de gay no dava certo para eles, ¢ eles todos suspeitavam, de alguma forma, que eventos nos primérdios de sua vida langaram a base para os sentimentos homossexuais. Este livo decorre diretamente daquilo que aprendi nas minhas duas décadas de traba- Iho com esses homens, & medida que tentavam captar e compreender as causas de sua atragio pelo mesmo sexo a fim de alcangar uma progressiva liberdade. Vez apés ver, esses homens me ensinaram o que é que faltava em sua infancia. ‘As hist6rias de vida que eu escuto todos 0s dias, contadas por homens como Jacob que lutam para se curar da homossexualidade, tipicamente incluem lem- bbrangas dolorosas de confusio de género. O fato é que hi uma alta correlagio cenre ndo-conformidade de género na infancia ¢ adulto homossexual. A maioria ddos homens que aconselho nio cram tio femininos na inflncia como Jacob — no brincaram com bonecas nem se vestiam como meninas. Mas, assim mesmo, houve sinus reveladores de conflco e de diivida sobre identificacao de genero; particu- larmente, tinham um medo perturbador de que cles, dealguma forma, nfo se encaixa- vam bem com os outros garotos. 4 Homossecualidade: um guia de oriensaglo so pais pare a formato da crianca , mesmo assim, muitas vezes, seus pais ~a vasta maioria desses pais amavam ‘muito seus fllos e buscavam 0 melhor para eles ~ no viam os primeios sinais de alerta ¢ esperaram tempo demais para procurar auxilio para os filhos. Uma raxio disso & que o profissional especializado, psicblogos, psiquiatras e outros, nao Ihes dina verdade sobre a confusio de género de seus filhos. Os pais no tém nenhuma idéia do que fazer a respeito disso, se & que existe o que fazer. Perpetuar esterestipos de género? Nao podemos concordar com as pessoas ~ muitas delas profissionais espe- cializados, psicdlogos, psiquiatras ¢ outros — que dizem que cada um de nds pode “ser qualquer coisa que queremos ser”, em termos de identidade de género ou orientagio sexual. Falam como se ser gay ou lésbica néo tivesse as mais profundas conseqiiéncias para nés, como individuos, para nossa cultura e para a raga huma- na, Falam como se nossa anatomia nio fosse de forma alguma nosso destino. Deixam implicito que quando ajudamos nossos filhos a desenvolver de forma ‘mais completa sua masculinidade ou feminilidade, de acordo com seu destino ctiado, estamos meramente perpetuando estereétipos ultrapassados de género! ‘Mas a raga humana foi plancjada para dois géneros: macho e femea; no ha rnenhum terceiro género. Além disso, 2 civilizagio jé nos mostrou que a familia humana natural (pai, mae filhos), com todos seus defeitos, € 0 melhor meio- ambiente possivel para a nutticio de geragées futuras. Seré que realmente enten- demos isso de forma totalmente errada durante tantas centenas de séculos? Jogaremos de lado toda a histéria, em favor do mais recente show de TV sobre as elrias do genero alterado? ‘Como diz um eminente psicanalista, dr. Charles Socarides, “Em nenhum. lugar os pais dizem: ‘Nao faz diferenga para mim se meu filho é homossexul ou heterossexual”.* Dada uma escolha, a maioria dos pais prefeitia que seus filhos ro se achassem envolvidos com comportamento homossexual Em rodas de intelectuais, é clegante crer que nds, 0s seres humanos, nao femos nenhuma “natureza humana” inata e que a esséncia de ser humano € a liberdade de redefinir-nos como descjarmos. Mas que bem essa liberdade pode nos traze, se for usada para desafiar quem somos? Algumas coisas, argumentarfamos, nao sio passveis de redefinicio. Se, de fato, a normalidade é “aquilo que funciona de acordo com seu projeto” ~ ¢ nds cremos que isso é verdade -, entdo a natureza nos chama para cumprirmas nosso destino, como homem ou como mulher. Neste livro, utilizaremos os seguintes termos de forma equivalente: pré-ho- massexual, conflito de género, confuséo de género e alteracio de género. Todas essas condigdes tém © potencial de resultar em homossexualismo. Disnirbio de Iden- sidade de Género (DIG) refere-se a uma condicio psiquitrica que € um exemplo cextremo desse problema de conflito interno de género, Em DIG, a crianga (meni- 120 ou menina) ¢ infeliz com seu sexo bioldgico. Muitas das criangas que descreve- Inpoduga 8 mes ~ no decurso de seu desenvolvimento em diregio & homossexualidade — nao chegaram a apresentar os crtérios precisos para um diagnéstico clinico de DIG, mas, ainda assim, os sinais de aviso de conflito de género ¢ de homossexualidade estavam presente. Em desacordo com o profissional especializado, psicélo gos, psiquiatras e outros Hoje a midia, de modo geral, transmite a mensagem de que homens devem ser encorajados a descobrir sua identidade homosexual ou bissexual. “A diver- sidade sexual no € maravilhosa?”, perguntam. Certo niimero de produtores de TV e de filmes de cinema (alguns dos quais sio gay:) tentam persuadir-nos com hisérias idealizadas sobre o revelar sua identidade homosexual, ou o “sair do arraério”, como dizer. Cremos que seus esforgos sfo tentaivas mal-orientadas de incentivar a situagio real, mas desafortunada, na qual um grande nimero de nos- sos jovens se encontra. P claro que, o tomar esse ponto de vista, eu (Joseph) estou muitas vezes em desacordo com membros de minha prépria profissio. Aqueles que se opem a mim dizem que a decsio de 1973 da Associagio Americana de Psiquiatra de tirar a homossexualidade do Diagnostic and Statistical Manual (Manual de diagnésti- 0 € estatistica] (DSM) jd resolve a questio: a homossexualidade ¢ normal. Mas aquela decisio de 1973 foi tomada (como, até mesmo, alguns ativistas gays obser- vvam) sob a pressio politica incisiva de atvistas gay.? ‘A remogao da homossexualidade do [manual] DSM teve 0 efeito de desen- corajar o tratamento ea pesquisa. Quando passou a ser “do conhecimento geral” ‘quea homossexualidade “nio era um problema”, clinicos foram desencorajados — em muitos casos — proibidos — de expressar opinides contrétias ou de apresen- tar trabalhos em reunies profissionais. Logo, as publicagées cientificas, em sua grande maioria, silenciaram-se sobre a homossexualidade como expressio de um problema de desenvolvimento. De fato, no momento do preparo desta obra, a AssociagZo Americana de Psiqui- autia recusa-se a cooperar de todas as maneiras com a [Associagao Nacional de Pesquisa e Terapia da Homossexualidade] (NARTH), porque eles discordam com ‘© ponto de vista da NARTH, ou seja, de que a condicéo é uma desordem de desenvolvimento. E mais, acreditam que uma posicio cientifica desta sorte “con- tribui a0 clima de preconceito e discriminagao a que gays, Késbicas ¢ bissexuais estio sujeitos.* Com efeito, a Associagio Americana de Psiquiatria procura adiar 0 debate sobre 0 assunto. Esse siléncio entre pesquisadores nao foi causado por novas evidéncias cient!- ficas que demonstrassem que a homossexualidade € uma variance saudkvel da sex- uualidade humana. Ao contririo, tornou-se elegante simplesmente nao discutir ‘muis a condigo como um problema. A homossexualidade foi relatada e discutida cdamesma maneira como se relata 0 noticidrio da noite — como algo que “é assim”, como o clima do dia seguinte. 16 Homossruaidade 1m guia de orensagzo as pais para a formasao da criansa Ronald Bayer, um pesquisador da Hastings Center for Ethics (Centro Has- tings de Etica] em Nova York, resumiu codo 0 processo. Ele declarou: “A Asso- ciagdo Americana de Psquiatria cara vitima da desordem de uma era tumultuada, quando elementos de rompimento ameagavam politizar todo aspecto da vida social americana. Um furioso igualicarismo (..] compelia psiquiatras peritos a negociar a condigso de patologia da homossexualidade com os proprios homos- resultado — a retirada da homossexualidade do manual de desordens — aconteceu nao por intermédio de um processo racional de arrazoamento cientifico, “mas, em vez disso, foi uma ago exigida pelo teor ideolégico dos tempos Prevengdo: uma necessidade crescente Antes que a decisio da Associagio Americana de Psiquiatria de 1973 fosse tomada, a pritica aceita era tentar evitar a homossexualidade. A condicio era considerada uma desordem, e 0 desenvolvimento da identidade sexual alterada deveria ser evitado sempre que possivel. Hoje, cremos que jé € hora dessa idéia de prevengdo ser revisa. HE coma exe peopésion que exrevemas ee Hero, Poucos livros, antes deste, foram escritos para os pais, a nao ser o cléssico Growing Up Sraight (Heterosexual dee a infinca), de Peter ¢ Barbara Wyden. Depois que a homossexualidade foi retirada do manual de diagnéstico, o vinico livto escrito por um clinico sobre a prevensio foi o livro do dr. George Rekers, Growing Up Straight: What Every Family Should Know About Homosexuality (He- terossexual desde a infincia: 0 que toda familia deve saber sobre homossecualidade) (Chicago: Moody Press, 1982), que oferece, para conselheiros pastorais experi- entes, idéias de sabedoria prética fundamentadas na ciéncia. ‘Agora esperamos que Homaserualidade: um guia de orientacdo aos pais para a Jormacao da crianga continue a responder & necessidade crescente. A maioria dos pais de criangas pré-homossexuais que vém a nés em busca de ajuda sio pessoas de 4 religiosa — catdlicos, protestantes, mérmons, judeus —, mas alguns, também, sio secularistas que intutivamente sentem que a humanidade € projetada para ser heterossexual. Nés podemos sentir empatia com a preocupagio desses pais, porque compartilhamos sua visio de mundo. Contudo alguns ativistas gay (a maioria dentro de circulos académicos), cer- tamente, condenar-nos-fo por assumirmas essa posigio. Quem somos nds para levantar a questio sobre a identidade sexual de alguém, para ajudar uma crianga a evité-la ou um adulto homosexual a mudé-la? Mas assumimos nossa posigio com a histéria € com a maioria da populagio que acha sexo do mesmo género algo que fere, que traz prejulzo as pessoas. Agui incluimos os testemunhos de muitos clientes para ilustrar os capiculos deste livro. Naturalmente, nomes, lugares ¢ quaisquer detalhes identificadores foram mudados para protegera privacidade deles, Mas esteja certo de que as hist6rias so veridicas. Inondugio 7 enfoque deste livo, © papel dos pais, nfo tem a intengao de eudpar, mas sim de educar. Nenhum dos pais com quem trabalhei desejava influenciar seu filho a ponto de langar a base para a homossexualidade furura — nem mesmo de deixar de interoir quando a intervengio fosse necessiria. Mas, a despeito da melhor das in- tengoes, muitos ficaram presos em habitos de familia que foram prejudiciais. E, na verdade, muitos estavam tristemente mal-informados, crendo que nada podia ser feito para influenciar o desenvolvimento da identidade sexual de uma erianga. AS razhes para essa vergonhosa falta de informacao correta dos profissionas especialza- dos, psiedlogos, psiquiatas ¢ outros, sio discutidas no capitulo oito, “As politicas de tratamento” E com muita gratido que vemos que os pais, assim que recebem um aconselha- ‘mento apropriado, rapidamente fazem mudangas ¢ passam com entusiasmo a aju- dar seus filhos a desenvolver uma identidade de género sadia. Um pai reconheceu que em seu “intimo” sabia que algo estava errado e, realmente, sentiu © que devia fazer, mas s6 ouviu avisos de professores ¢ conselheitos para néo “traumatizar seu. filko”, a fim de aceité-lo “como ele €”. Mas quando os pais consultam um psicoterapeuta que confirma e valida seu desejo. de hererossexualidade em seu filho, ¢ que oferece direcionamento espectfi- co para aquilo que eles sabem intuitivamente que devem fazer em resposta a.con- fusio de género do menino, hd a esperanca de uma saida hererossexual. Uma vez ue encontraram apoio profissional para sua intuigao de progenitores,essas maes ¢ esses pais captam imediatamente o plano de tratamento de seu terapeuta. Estio mais do que dispostos a comecar a aplicar as estratégias posiivas ¢ afirmadoras que foram esquematizadas para eles. Este livro contém muitas dessas mesmas estratégias de intervengio, Dr. George Rekers, um perito em desordens sexuais, conhecido em toda a naglo, esereve que a “ndo-conformidade de género na infincia pode ser 0 vinico fator observivel mais comum associado com homossexualidade”. E hi considerdvel evidéncia, afirma ele, de que a crianga que tem problema de identidade de género pode resolver a dificuldade — com ou sem intervengio psiquidtrica. Rekers relata: “Em um bom ntimero de casos, (..] a desordem de identidade de géneto se re- solve completamente” Embora fatores biolégicos tenham, sim, um efeito de predisposigao em algue mas criangas, dr. Rekers cré que a mudanca ¢ possivel porque a familia eas influén- cias sociais parecem ser um fator fundamental e poderoso no desenvolvimento da hhomossexualidade. Ele observa: “A maioria dos pais espera por heterossexualidade para seus filhos, € 0 terapeuta nio deve dirigir 0 curso do tratamento para operar contra os valores dos pais” E mais, dr. Rekers cré que quando o terapeuta trabalha com um adolescente, cle deve esclarecer alguns pontos importantes: + Hi riscos de satide, que ameagam a vida, ligados ao estilo de vida gay. = Um ajustamento ao estilo de vida gay é dificil e socialmente controverso. + Atividade sexual prematura € psicologicamente arriscada. 18 Homassesualidade: um guia de orientagta ao: pais para a formas dacrianga O cliente ser muito mais capaz de fazer escolhas sibias na vida adulta sobre sua sexualidade. O maior volume de pesquisa sobre identidade de género foi feito com meni: nos e com rapazes. Homossexualidade masculina é, de fato, minha especialidade clinica: portanto, a maior parte do aconselhamento neste livro ¢ sobre menios. Esperamos que outro escritor leve nosso trabalho adiante para investigar mais, completamente o lesbianismo e sua prevencio. “Talvea voce esteja preocupado com o desenvolvimento sexual de seu filho ou de sua filha. Talver seu filho ou sua filha diga coisas como: “Devo ser gay”, ou: “Sou bissexual”, Vocé encontrou algum material pornografico com pessoas do ‘mesmo sexo no quarto dele. Achou, na agenda ou didrio da filha, escritos intimos sobre outra menina. A mensagem mais importante que podemos oferecer & que ‘do existe uma “crianga gay” ow um “adolescente gay". Somos todos projetados para setmos heterossexuais. Confusio de género é, antes de tudo, uma condigao psicoldgica e, até certo ponto, pode ser modificada. Achamos que vocé considerard as informagbes nas piginas que se segue animadoras ¢ afirmadoras. Ao ler essas histérias,ralvez.voct veja algo de seu filho fou de sua filha e seja motivado(a) a afirmar mais fortemente o desenvolvimento sadio, apropriado ao desenvolvimento do sexo daquela crianga. Para terminar, desejamos teiterar que temos fortes diferencas filoséficas com. a Associagao de Psicologia Americana (APA) da qual sou membro. Eles, em anos recentes, optaram por uma posigio unilateral afirmadora do gay, 20 apoiar uma filosofia politica que promove ativamente o casamento gay, a adogio de filhos por _g4)5 € a normalizacio do homossexualismo e, a0 mesmo tempo, 20 estigmatizar valores tradicionais, corroendo o modelo da familia nuclear. As posigbes da Asso- ciagio Americana de Psiquiatria nfo sfo puramente cientificas. Visto que nenhuma ddelas é matéria estritamente cienifica, elas representam as opinises politico-Ailos6fi- «as da Associagdo Americana de Psiquiatriae de seus valores de liberalismo sexual. O controle politico da Associago Americana de Psiquiatria em relagao 20 livre fluxo das idéias, de fato, tornou-se tio opressivo em anos recentes que nds no deverfamos mais chamé-la de um grupo cientifico, mas de uma corporagio comer cial profisional, cujo alvo é avangar uma agenda politica liberal dentro de nossa sociedade. © fato € que, em um raro artigo de censura publicado em um impor- tante revista profisional, um psicdlogo, critico ¢ corajoso, acusou que a falta de respeito da Associagio Americana de Psiquiatria pela diversidade de pontos de vista realmente “faz com que a pesquisa passe a ser tendenciosa em relagéo as questies sociais, prejudica a credibilidade da psicologia com os formadores de opinio e 0 piblico, impede de servir a clientes conservadores, resulta em dis- criminagao real contra estudantes ¢ estudiosos conservadores ¢ tem um efeito de perpetuar a educacio liberal”.” ‘Ao escrever este livro,fizemos todo esforgo para representar os dados cientt- ficos de uma maneira usta e exata. Nao desejamos deixar implicito que modelo de pré-homossexualidade descrito aqui ¢ 0 nico caminho 4 homossexualidade. Insrdugio 19 No entanto, cremos que esse modelo & 0 mais comum. Nem desejamos sugerir que hd uma resposta simples que seja capaz de evitar 0 desenvolvimento homos- sexual. O que voc’, como um dos pais, pode fazer ¢ fornecer, na medida do posivel, o meio-ambiente ideal. Se voc8 concordar conosco que a normalidade é “aquela que funciona de acordo com seu projeto”, e que a natureza nos chama para eumprir nosso destino de género, como macho e fémea, ento convidamos vocé para seguir em frente em sua leitura. Como pais que somos, nosso alvo ¢ Ihe oferecer esperanca, supor- te, instrugdo € encorajamento, Observacio: Como vocé provavelmente ji observou, este livro por vezes usa a primeira pessoa do singular ¢ outras vezes a primeira do plural para expressar a opinido dos autores. Essa alternancia nao € to randémica como possa parecer. A primeira pessoa do singular representa Joseph Nicolosi: todas as outras seqoes representam as contribuig6es dos dois autores. Capitulo 1 Masculinidade é uma conquista [UMA MULHER JA NASCE MULHER, MAS UM HOMEM PRECISA TORNAR-SE UM. A. MASCULINIDADE f ARRISCADA F ARDILOSA. CONQUISTA-SE FOR MEIO DE UMA [REBELIAO CONTRA UMA MULHER, E SO SE CONFIRMA POR MEIO DE OUTROS HOMENS. CAAILLE PAGLIA, ATIVISTA LESBICA ‘No préprio cerne da condigéo homossexual estd 0 conflito sobre género. No menino, geralmente vemos uma ferida no género que remonta 2 infancia. Ele chega a se ver como diferente de outros meninos. Ferimento de género geralmente existe como um temor silencioso e secreto ~ algo que os pais e os outros entes queridos 56 vagamente suspeitam. © menino se sente assim desde que se conhece por gente. Essa qualidade de ser diferente cria tum sentimento de inferioridade e o isola de outros do sexo masculino. Para alguns meninos pequenos, a confusio de género ¢ dbvia. Deixe-me comecar com as histérias de alguns de meus clientes, comegando com “Stevie”, cujo caso é excepcionalmente dramético. Como psicélogo clinico que jé tratou de centenas de homens adultos homossexuais, recebo telefonemas do mundo todo. Mas, com cada vez. maior froqiiéncia, o pedido diz respeito a uma crianga. Muitas das pessoas que me ligam. so pais dedicados que querem 0 melhor para seu filho, ¢ luto para guiar,instruit ce dar suporte a cles ‘A pessoa especifica que telefonava nesse dia, conforme minha secretéria me informou, era de um local préximo, de Pasadena, Califérnia, Peguei o fone ¢ ouvi voz de uma mulher no outro lado do fio. “Doutor, meu nome é Margaret Johnson”, comecou ela. Sua vor tremeu, €, por um longo momento, pensei que podiamos ter tido a linha cortada. “Voce esté af? Posso ajudé-la?” “Bem, eu...cu acho que o vi hé umas duas semanas atrés na televisdo. Foi o seahor, nio foi? Era 0 psiquiatra que debatia”? 2 Hemorseruaidade: om guia de orienta aos pais para a formagio da crianga “E possvel”, disse. Eu estivera em um programa de TV em rede nacional ‘duas semanas antes, participando de um debate com um ativista gay que se tornara conhecido no circuito de programas de entrevistas.'“Vocé provavelmente quer dizer 0 debate com dr. Isay.”. “Sim”, disse ela. “Voce estava em um show que falava de meninos pequenos que queriam ser meninas pequenas.” “Certo”, disse. “Estévamos fazendo programa sobre confusfo de género ¢..” essa vez, a senhora Johnson falou com determinagao ¢ urgéncia, “Doutor, 0 senhor descreveu meu filho Stevie. Ele é um garotinho lindo, uma crianga especial Mas..”, hesitou. “Stevie anda fascinado por coisas de menininhas. Até mais do que minhas filhas. O fato é que ele adora as cores rosa e vermelho. Ele até... brinca com bonecas e... danga pela casa na ponta dos pés como bailarina.” Enguanto eu escutava, sr. Johnson me deu alguns outros detalhes espectfcos. Seu filho tinha cinco anos. “Venho notando esse tipo de comportamento hd quase dois anos", explicou ela. Para mim, essa durago de tempo era relevance. Tudo bem se um garoto ficar ccurioso para ver como ficaria se tivesse Tongos cachos dourados e, por isso, experimentar uma peruca, s6 para ficarridiculo, Nao ha nada particularmente alarmante com esse ‘comportamento. Mas se el fizr iso repetidas vezes,¢ se tiver pouco interesse em. coisas “de menino”, é provavel que isso seja um problema.* “Isso acontece ha dois anos2”, perguntei AAcho que a sra. Johnson interpretou mal a minha pergunta, como se fosse ‘uma repreensio. Ela deu a impressio de estar um pouco na defensiva, “Mas a professora dee disse para que eu nao ficas preocupada, pois néo passava de uma fase passageira. Minha sogra também. Ela até di ao Stevie suas xales ¢ suas j6ias para expetimentar. Ela Ihe diz: ‘A Vové adora sua bonequinha pequenina.”” “E voot espera que elas estivessem certas, que isso no passa de uma fase da Infancia.” “Sim, Mas eu realmente penso, bem, que hi algo errado”. A essa altura, a vox da sra. Johnson me soava meio incisiva e determinada. "Na semana passada”, cla disse, “Stevie insistiu que eu Ihe comprasse uma boneca Pocahontas ((ndia americana da hist6ria da colonizagio]. E depois disso vi vocé na TV. Voct estava descrevendo meu filho em detalhe, dr. Nicolosi. E se vocé estiver correto, entdo Stevie vai crescer assim". Af ela hesitou, como se tivesse medo de dizer a palavra. “Ele serd gay. E isso que voce disse. E para ser honesta, foi por sso que liguei.” Sua ‘yor comesou a tremer. “Doutor, meu filho vai ser gay quando crescer?” Eu queria evitara palavra gay. A palavra é um termo politico com muita bagagem ideolégica’ Um termo mais cientifico & homosexual. Mas essa mulher nfo estava inreressada em ciéncia nem em politica gay: cla estava preocupada com seu filho ‘Tao mansamente quanto pude, respondi: “E provével que, sem intervencio, lum menino como Stevie tem uma chance de 75% de tornar-se homossexual, bissexual, ou transgénero, Nao-conformidade de género muitas vezes & um sinal de comego de...” Masculinidade éuma conguisa 2 “Entio isso quer dizer que ele ser4 um homossexual? Entio nao ha esperanga?” “Pode set, mas nao necessariamente. Ainda hé tempo de ajudé-lo a sentir-se mis confortivel com sua masculinidade.” “Certo. Certo. Mas 0 que eu devo fazer?” Ela fez uma pausa. Pude quase sertir sua intensidade ‘Como presidente de NARTH (National Association for Research and Therapy cof Homosexuality) [Associagdo Nacional de Pesquisa e Terapia da Homossexualidade), faco muitas veres conferéncias sobre homossexualidade. Durante os ltimos quinze anes, tenho tratado muitos homens adultos insaisfeitos com sua homossextalidade ‘em meu consultério em Encino, perto de Los Angeles. ‘A maioria de meus clientes adultos homossexuais nunca brincara com bonecas, — a situagao de Stevie era grave. Mas quase todos esses pacientes apresentaram uma nio-conformidade de género caracteristco desde cedo na infincia que 0s afsstara dolorosamente de outros meninos. ‘A maioria desses homens lembrava de si mesmos na meninice como meninos nada atléticos, um tanto passivos, solitérios, exceto quando em companhia das amigas, no agressivos, desinteressados em brincadeiras de lutar ¢ de rolar ¢ temerosos de outros meninos, a quem eles viam como intimidantese atraentes 20 mesmo tempo. Muitos deles tinham também tragos que podiam ser considerados talentos: eram inteligentes, precoces, sociais, amigéveis, artisticamence talentosos. ‘Como a maioria desses homens nfo eram exatamente femininos quando meninos, ‘em contraste com Stevie, seus pais nao tinham suspeitado que havia algo errado. E assim eles nao fizeram nenhum esforgos para procurar terapia, Mas por dentro, esses homens, na infancia, eram altamente ambivalentes sobre seu proprio género. Muitos nasceram sensfveis ¢ gents, ¢ thes faltava 36 a convicgio de que masculinidade podia ser parte de “quem eles eram”. Alguns escritores habilmente se referem a essa condico como “vazio de genero. A sensacio de vazio de género surge da combinacao de um temperamento sensivel inato € uum meio-ambiente social que no supre as necessidades dessa crianga especial. Esse menino que corre algum isco por causa de seu temperamento precisa (mas no recebe)afirmasio especial de pais e de pares para desenvolver uma identidade rmusculina segura. Tal menino, portanto, por razées tanto de temperamento quanto de dinamica familiar, retrai-se diante do desafio de se identificar com seu pai € com a musculinidade que este representa. Por isso, em vez de incorporar um senso musculino de si, o menino pré-homossexual faz exatamente 0 oposto — rejeita sua rmasculinidade emergente ¢ assim desenvolve uma posigio defensiva contra cla. Mais tarde, no entanto, ele se apaixonari por aquilo que ele perdeu e passa a procurar alguém que parece ter aquilo que falta em si mesmo. [sso por que aquilo pelo que nos apaixonamos nio é 0 familias e sim 0 “outro diferente de mim”. m8 Homosesualidade: wm guis de oriensagao aa pais para a formacdo da crianga £ um problema de identidade Na raiz de quase todo caso de homossexualidade hé alguma distorgao do conccito fundamental de género. Vemnos ess distro no caso da atvista Ksbica que quer que a Escritura seja novamente cscrita para que © pronome pessoal para referi-se a Deus ssjamudado parach’. Ou quandoalgoém diz com dvi mpl: "Nio meapaiono um género em particular, porque o género nao importa. Eu me apaixono pela poe a set um homem ou uma mulher”. Ou quando um psicdlogo diz que bissexuaidade ¢ uma orientagio superior, porque abre posibilidades cratvas novas para a expressio sexual. Ou quando um garoto de ensino médio insiste que deveria ter ‘petmissGo para usar um vestido e salto alto para ir & escola ~ ¢ um juiz ordena que a escola apbie a ilusio do menino de que ele é uma mulher. Enganar a si mesmo sobre seu género estd no cerne da condigéo homossexual. ‘Uma crianga que imagina que pode ser do sexo oposto ~ ou set ambos 08 sexos ~ aagarra-se a uma solucio fantasiosa para a confuséo em que vive. Esta é uma revolta contra a realidade e uma rebelifo contra os limites estruturados em nossa natureza hhumana conforme Deus nos criou. Mas é hora de voltarmos ao Stevie. Identidade de género é estabelecida no contexto familiar ‘Tratar do problema da pré-homossexualidade é um processo que precisa en- volver todos os membros da familia, Continuando com nossa conversa por tele- fone, pedi 2 sra. Johnson que me contasse um pouco sobre o pai de Stevie. © pai desempenha um papel central no desenvolvimento normal da masculinidade do menino.‘ A verdade ¢ que 0 pai é mais importante para o desenvolvimento de identidade de género do menino que a mae. ‘A mie de Stevie disse-me: “Meu esposo, Bill, esté aqui do meu lado. Vocé quer falar com ele?”. Ela pediu a0 marido que apanhasse o fone e rapidamente resumiu para ele 0 que eu Ihe acabara de dizer. “Bl, este psicdlogo diz que Stevie pode tornar-se gay.” “Entio, o que podemos fazer?”, perguntou o pai, com vor rispida. Parecia ser tum homem de agio. A seguir, ele mesmo respondeu a sua pergunta, “Iremos a0 consultério dele” Eu disse que essa seria uma boa idéia, Prossegui dizendo que, com algum direcionamento profissional, cles dois poderiam aprender a fazer algumas coisas importantes e mudar alguns modos de agir da familia a fim de ajudar Stevie. Mas, primeizo, tinham de entender toda a situagao. Crescer com seguranga em seu género No dia seguinte, quando Bill, Margaret ¢ Stevie Johnson entraram em meu consultério, no bulevar Ventura, nao foi dificil perceber uma tipica dinarmica Maculinidede éumaconguista 6 familiar em ago. Steve, com cinco anos, era um menino lindo, cuja pele era branca como porcelana.’ Ele tinha olhos bem grandes, delineados por cilios longos e nnegros. Margaret era charmosaefalant. Bill, um executivo de banco bem-sucedido, tinha pouco a dizer, Para mim, era um padrao familiar bem conhecido.® Conversei com os trés por alguns minutos ¢ depois, separados do menino, apenas com Bill e Margaret. Expliquei-Ihes algumas coisas basicas sobre o que um. ‘menino precisa a fim de crescer heterosexual. Disse-Ihes: “Mies eriam meninos, € ptis, homens’. Disse-lhes como isso acontece. Na infincia, tanto 0s meninos como as meninas sio emocionalmente ligados & mae. Em linguagem psicodinamica, a mae ¢ 0 primeiro objeto de amor. Ela satisfaz todas as necessidades primeérias de seu filho.” ‘As meninas podem continuar a desenvolver sua identificacéo feminina por intermédio do relacionamento com as mées. Por outro lado, um menino tem ma tarefa de desenvolvimento adicional — 0 quebrar sua identificagio com a sma para identificar-e com 0 pai. Enquanto aprende linguagem (“ele e ela’, “dele e dela"), a crianga descobre que © mundo ¢ dividido em opostes naturais, os meninos € as meninas, os homens e as mulheres. A esa altura, um menino pequeno nao s6 comega a observar a diferenga, como também precisa decidir qual o seu lugar neste mundo dividido por género. A. ‘menina tem a tarefa mais fil, conforme expliquei para os pais de Stevie; sua ligacio 4 écom a mie, ¢, portanto, cla nao precisa passar pela tarefa do deseavol- vvimento adicional de quebrar sua identificagio com a pessoa mais préxima dela neste mundo ~a mie para identifear-se com o pai. Mas o menino ¢ diferente: cle, a fim de que algum dia seja um homem heterossexual, precisa separar-se da mae e intensificar essa diferenciacio de seu objeto de amor priméio, Isso pode explicar porque ha menos mulheres homossexuais que homens hhomossexuais. Alguns estudos relatam uma diferenca de proporcio de 2 para 1 Outros dizem de 5 para 1 ou até de 11 para 1. Nao sabemos a0 certo, exceto que, ceramente, ha mais homosexuais homens que lésbicas. “A primeira tarefa para se tornar homem’, segundo o psicanalista Robert Stolle, “é ndo ser uma mulher”.* Em busca da masculinidade Enquanto isso, 0 pai do menino tem de fazer a sua parte. Ele precisa espelhar € afiemar a masculinidade do filho. Ele pode brincar de jogos de tombar e rolar com seu filho — jogos que sio decididamente diferentes daqueles que ele brincaria com ‘uma menina pequena. Pode ajudar o filho a aprender a jogar e pegar uma bola. Pode ensinar © menininho que esté aprendendo a andar a martelar um pino de madeira em wm buraco de uma tabua, ou pode tomar banho com 0 menino para ‘que este possa perceber que o pai tem um corpo masculino, igualzinho ao dele. Como resultado, o Filho aprender mais sobre o que significa ser homem. E cle acetard seu corpo como representagio de sua masculinidade. Ele pode pensar: % Homossecalidade; um guia de orientacdo ao pais para a formacio da cianca 1a como tess mennas— oshomens Eta wai Sou am merino i850 quer dizer que tenho um pénis, Psicdlogos chamam esse processo de “incorporar «linda om ma cnseicia de st” (ou inrojeso da masculindade’) © € uma parce essencial do crescimento em uma perspectiva heterossexual. O pénis € 0 simbolo essencial de masculinidade ~ a diferenga inconfundivel centre macho e fEmea. Essa inegaivel diferenga anatémica deve ser enfatizada ao menino aque fiz terapia. Como o psicanalsta Richard Green observou, o menino efeminado (que ee chama sem cerimSnia de “menino maricas”) vé seu préprio pénis como um objeto alheio, misterioso.’ Se ele nlo for bem sucedido em “possuit” seu préprio penis, na vida adulta acharé continuadamente fascinio nos pénis de outros homens. ‘O menino que toma a decisio inconsciente de se separar de seu corpo masculino est caminho de deseo uma renin homosexual TH meni, ves, serd obviamente efeminado, mas, muitas vezes, ele — como a maioria de meninos pré-homossexuais ~ sofre do que chamamos de “transtomo de conformidade de fgénero”, Isto é ele é um tanto diferent, sem ligagSes de amizade bem préximas ness estigio de desenvolvimento em que outros meninos se separam de amizades com as meninas (mais ou menos da idade de seis a onze anos) a fim de desenvolver uma identidade masculina segura. Tal menino também, em geral, tem um relacionamento pobre ou distance com seu pai. ‘Ougaas palavras de Richard Wyler, que patrocina um grupo de suporte na Internet para pessoas que lutam com esse problema. Wyler reuniu as histérias de um grupo de homens que s10 ex-gays e publicou-as em seu site www.peoplecanchange.com. Ele descreveosentimento de alienagéo que compartlham em relagéo& narureza masculina. Nosso medo ¢ dor em sentir-nos rejeitados pelo mundo masculino muitas ‘vezes nos levou a nos desassociar do masculino — a coisa que mais: eas ins de nés comesamos a distanciar-nos de outros do sexo masculino, de hey ees cds Samad, por mio tpn, cnet ot subconscientemente, de tragos, interesscs ou maneirismos femininos. (Nés, ‘muitas vezes, viamos isso na comunidade gay como afeminagao = Se ee piplo om tee gph om oan ae ponto de até se refetirem um a0 outro como “dla” ou “namorada”.) Fatt Ltr, sur ames do son! Debra o uma Tetra do Nunca da nao-conformidade de género, nio totalmente ‘masoulinas, mas, de fato, néo femininos também. Nés tinhamos nos desasso- a i ecb sees gu tr maa a de todo o mundo heterossexual masculino, Alguns de nés até nos separamos de nossa masculinidade como algo vergonhoso ¢ inferior (cwww.people cchngecom) Teco quer dizer que homens homossewsais, como o psiquiatra Charles Socarides cexplica, ainda procuram o sentido masculino em si mesmos, algo que deveria ser estabelecido na mais tenra infincia e, depois, firmado 20 longo da adolescéncia.” ‘Mas as dinimicas envolvidas nesse processo sio completamente inconscientes. E & por isso que dr. Socarides usa a psicandlise (¢ algumas das ferramentas da Masculinidade wma conguicta a psicandlise, como trabalho com sonhos) para ajudar seus pacientes homossexuais adultos a entender ¢ resolver seus esforgos inconscientes. Procuro evitar a terapia longa ¢ dificil para mudar a homossexualidade jé na vida adulta. Incentivo a intervengao cedo, na infancia. Os pais ¢ as macs, particular- ‘mente os pais, sio quem melhor podem afirmar a identidade masculina fraca de seus filhos enquanto cle ainda esténo estégio de formacdo. Intervengio de pais pode levar um aumento da opiniao favorivel de género,evitando o sentimento da inferioridade rmasculina ¢ da alienacéo do mundo dos homens, que tantos homens homossexuais descreve. A ideia € evitar que © menino se separe de sua masculinidade normal, para qu: seja incentivado a reivindicar a identidade masculina para a qual ele foi projetado, e nio moldé-lo, de forma alguma, na caricatura de um homem macho (isso pode nio ser 0 que ele é, ¢ entio tudo bem), mas ajudé-lo a desenvolver sua prépria masculinidade dentro do contexto das caracteristicas da personalidade com que ele nasceu. Richard Wyler explica as necessidades que dle ¢ os outros lutadores sentiram como ctiangas — especialmente anscios e solido como tantos outros meninos que softiam do transtorno da identidade de géneto: Sem 0 saber, sem qualquer intengio consciente, tinhamos construido um abismo entre nds ¢ 0 mundo masculino heterossexual, Contudo, como seres ‘masculins, precisivamos pertenceraesse mundo de homens. Se aconselhados poreles. Set afirmados por outros homens. Amar eser amados por eles. Embora temeéssemos os homens, ansidvamos pela aceitagio deles. Invejivamos a ‘confianga ea masculinidade que parecia vir a eles tio facilmente. EA medida que crescemos, ainveja se transformava em luxiria, O fato de acompanhar os hhomens de longe, de querer ser como eles de querer ser inclufdos entre eles fez com que eles se tornassem 0 objeto de nosso deseo. Essa distincia que nos separava do outro lado do abismo que tinhamos construido ¢ que impedia que sassemos da homossexualidade. Ativstas gays ¢ terapeutas afirmativos do gay nos diziam que nosso lugar verdadeiro era, de fato, deste lado do abismo, que era um bom lugar para nds. Se isso € verdade para outros, certamente nio era para nés. Querfamas algo mais. Queriamos enfientar nossos temores,curar nosios problemas subjacentese tomnar-nos 08 hhomens que sentiamos que Deus queria que féssemos. Nao querlamos ser afirmados como gays. Querfamos ser afirmados como homens. ..] Querfamos ccurar os problemas ocultos que nossa voz interna nos chamava a curar (wwwpeoplecanchange.com). Como Wyler explica, 0 processo normal de identificagio de género ficou ‘enviesado. Esses meninos, em vex de se identificar com seu género, tém se separado defensivamente do mundo de homens. Para se proteger ¢ néo se machucar, tais pesoas, na defensiva, afastam-se da identificagio e da amizade duradoura masculina. ‘Muito desse desapego comesou com um relacionamento fraco com o pai. Alguns pais encontram uma maneira de ficar envolvides com tudo, menos seus 2 Homossecuaidade: wn gua de vinta ao pas para a formagio da eran filhos, Elesse perdem em suas carreiras,em viagens, no gofe, ou em qualquer nimero de atividades que se tomam tio superimporrantes para cles que nao tém tempo para seus meninos. Ou eles deixam de enxergar que ss fiho em particular, este interpreta as critcas como rejeigio pessoal. (Ou o problema pode ter raizes em uma incompatibilidade de temperamentos “aque filho especifico” era muito mais dificil para o pai alcangar por causa do temperamento supersensivel dele. Ou pai acha dificil relacionar-se com ele, porque ‘ndo compartilhavam interesses em comum (talvez as atividades que esse filho em particular aprecia sio mais sociais e artsticas e menos tipicamente masculinas). E ‘nos compromissos e na correria da vida, esse filho mais dificil de ser alcangado foi, de alguma maneita, posto de lado e negligenciado. ‘Alguns poucos pais levam esse cendrio a0 extremo. Vi um pai (homem imaturo inadequado que avisou sua esposa, antes do filho nascer, que ele no queria um ‘menino) rejeitar¢ ignorar completamente o filho deles, enquanto adorava a filha ‘mais velha. Aparentemente ameagado pela idéia de ter outro “homem na familia”, esse homem tornou seu desprazer tio evidente que seu filho, até a idade de dois anos, usava vestidos como sta irmi e brincava com a colegio de bonecas da irma. [Nio é de surpreender que esse garotinho se sentisse muito mais seguro 2o renunciar sua identidade masculina, Por uma variedade de razées, algumas maes também tém a tendéncia de prolongar a dependéncia de seus filhos. A intimidade de uma mae com seu filho érimitiva, completa e exclusiva, esse elo poderoso pode facilmente se aprofundar naquilo que o psiquiatra Robert Stoller chama de “simbiose feliz”."" Mas a mae pode ser inclinada a segurar seu filho naquilo que se torna uma dependéncia imiitua insalubre, especialmente se ela no tem um relacionamento fntimo que a satisfaga com o pai do menino, Nesses casos, ela pode por energia demais sobre 0 rmenino, usando-o para satisfazer suas necessidades de carinho e de companheirismo de um modo que nao ¢ bom para ele.”” Um pai “de personalidade” (isto é, forte ¢ bondoso) interrompe um relaciona- ‘mento de “simbiose feliz” que ele, de forma instintiva,julgue nao ser sadio. Se um pai quer que seu filho cresga heterossexua, ele rem de quebrar 0 clo mie-filho que é apropriado na infancia, mas que nao condiz.com os melhores intereses do menino mais velho. Assim, o pai tem de ser um modelo, demonstrando que é possivel seu filho manter um relacionamento de amor para com essa mulher, sua mae, ¢, 20 ‘mesmo tempo, manter sua prépria independéncia, Nesse sentido, o pai deve fun- ). ‘Todo menino tem um anseio profundo de ser segurado, amado por uma figura de pai, orientado, aconselhado em relagio ao ingresso no mundo dos homens Macilinidade wma conguia 3 fare sun natures mascilna afrmadae decarady afin de que esa natura ‘masculina seja considerada suficientemente boa pelos seus pares masculinos, pelos tai idosos pelos menvores- Se nealum deseslaconamento suficinternente forte para receber de bom grado 0 menino no mundo dos homens, entio ele, & disténcia, anelard pelos outros homens. Como Richard Wyler, eu nunca conheci tum 36 caso de um homem homossexual que no tivesse sido machucado em seus relacionamentos no mundo masculino. Eu nio estava bem preparado ainda para desistir do pai de Stevie. Mesmo assim, aconselhei a Margaret, como um tapa-buraco, que ela comesasse a procurar ‘outros modelos de papel masculino para seu filho. Um tio que pudesse levar 0 Sev pra pesca Un primo que pads ensnar bebo para menino. Otos 1omens adultos dignos de confianca que passassem tempo com esse garotia fizessem sentir-se especial a a ‘Naturalmente, nenhuma intervengio pode garantir firmaré Im se uma erianga se firmaré ‘como heterossexual ou nao. Tudo que Margarete Bill poderiam fazer era maximizar as chances de Stevie a0 criar © melhor meio-ambiente possivel. Confiei que Margaret Bill ainda amariam seu flho, se esses esforgos nio fossem bem-sucedidos. sont bavi asa qu poder seo para lamar um acre sai, ¢ hora de comegar. Notas 1-Ao longo dos de tkimes anos, i entreviadoem muitos programas de'TV,inchindo Oprah ‘Winey, Larry King e Montel Wiliams, e minha opiniao ji foi equiskada por revisuas de noticias tlevisivas, como a 20/20 do ABC. e ¢ Medical Report da CNN. Também tenho a Sportunidede de filar com uma ampla gama de anfisides de rid e seus convidados em ‘Envenas de “bate papos’ no az. 2-L Newman, "Treatment for Parents of Feminine Bos", American JournalofPehiary 133, 0. 6 (1976): 683. , 5- Charles WSocaides, Homose A Fredom Too Far Phoenix, Adam Margrave, 1995) p 2 Joseph Nicolosi, Repntive They of Male Homescuai: A New Clinical Approach son ‘Aronson 1991) x00 4. Abein, “Some Further Observations and Comments onthe Parlist Role ofthe Father" ‘rueraioaloural of Pychoanay 56 (1975): 293-302; RGreenson,“Di-ideniying rom ‘Mother: I Special Importance for te Boy,” Ineracona Journal of Pochoanali 49 (1968: 1370-741 Bieber eral, Homesesualins A Pycboanayic Srudy of Male Homosemal (New Yor Basic Books, 1952) RJ. Sole, Boyhood Gender Aberation: Treatment sus Journal ofthe “Amerin Pychanalytic Aurion ¥7 (1979) 857-866; W. 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Reker etl "Family Corelates of Mae Childhood Gender Discurbane,” Journal of Generic Pycblogy V2 (1983), 31-42. 7. BA. Tyson, “Developmental Line of Gender dent, Gender Role and Choice of Love Object Journal ofthe American PychoanayticAsocaton 30 (1982): 61-68, 8 Rober Steller, Prenton of Gender (Neve Haven, CT. Yale University Pres, 1985) p 183. 9. Richard Green carta autor, Durante minha pesquisa, enconte dr. Green em eu consltério TaUCIA (Une deal Nissan umpires doen dacondicao homosexual. Ma em determinado ponto de nossa conversa, pergunts20 Ar Green se le gostaria que sex filo, que, na pea, ina ués anos, oss homosexual. Ele respondeu de imedato, sem qualquer bestago: A, do, A vida dele serif emai 10-Socaides, Homosexuality LR Selle, The TonseudlExperimens, vo. 2ofSecend Gender (Londres: Hogarth, 1975) p. 24, 12-8, Cotes, Extreme Boyhood Feminine: Overview and New Research Finding” em Sexy "New Perspectives ed. Z. DeFres, RC. Friedman, and R. 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Ent, eforgam o rétulo de homossexual 20 acttr mais comportamentoshomossenuas (D. Finkelhor, Sexual Vctmized Children, (New York: Free Pres, 1979}, 19-Verambém D. J. Wes, “Parental Figures inthe Genesis of Male Homosexuality" Jowmalof Social rychiaery 5: 83-97. 20- Para exemplos de um relacionamento paifilho deficient, uns na literatura clinica, outros autobiogrsficos, ver W. Aaron Sirsght heteossexual] (New York: Bantam (1973); J. R ‘Ackerly, My Father and Myself(New York, Poscidon, 1968) : M. Boyd, Toke af the Masks (Philadeiphia: New Society 1984); Greg Louganis, Breaking he Surface (New Yorks Plume, 1996); G. A. Rekers eal, “Family Correlates of Male Childhood Gender Disturbance”, Journal of Geneve Pychology 142 (1985): 31-42: Andrew Sullivan, Virualy Normal, (New York: Vintage 1996); Fischhof"Preoedipal Influences”, pp. 273-86, “a Capitulo 2 O menino pré-homossexual, por que os pais devem intervir? A ESTRADA PARA A MASCULINIDADE E LONGA. E UMA ESTRADA DE APRENDIZADO, DE EXPERIMENTAGAO, DE PRACASSOS E DE NOVAS TENTATWVAS. ALGUNS MENINOS, POREM, NAO ALCANCAM ESSE DESTINO. EM ALGUM PONTO, A LTA TORNA-SE MUITO ARDUA, AS DERROTAS E FRACASSOS, DOLOROSOS DEMAI. ‘AssiM ELES OFTAM FOR DESISTI... PEGAM UM ATALHO.... EU FUI UM DESSES -MENINOS. MEU ATALHO LEVOU-ME PRA O MUNDO DO HOMOSSEXLALISMO, ALAN MEDINGER Quais so as chances? Essa & a primeira pergunta que vem & mente dos pais quando comegam a se preocupar sobre as implicagées do transtorno de identidade de género dos filhos. F os prognésticos nZo so bons. Como eu disse para os pais de Stevie, meninos pequenos fascinados e preocupados com atividades fernininas tém pelo menos uma chance de 75% de se tornarem homossexuais, bissexuais ou Naturalmente, a histéria de Stevie ndo representa um exemplo extremo. A rmaiotia dos meninos com problema de identidade de género apresenta sinais menos Sbvios de pré-homossexualidade que Stevie — sio distantes do pai, no tém amigos do sexo masculino e nutrem, secretamente, uma “ferida masculina” no fundo de sua psique: ¢ eles, como os sintomas so mais sutis, néo seriam diagnosticados como portadores de transtorno de identidade de género na infancia Mas esses meninos também correm o risco de se tornarem homossexuais. ‘A maioria dos pesquisadores concorda que a néo-conformidade de género na infincia 0 fator mais comum associado ao homossexualismo. Quando esses homens rememoram o passado, a lembranga ¢ acompanhada do sentimento de terem sido diferentes de outras criangas. Inflizmente, muitos profssionais de sade mental — 8 Homossxualidade: um guia de orienta ao pais para a forma da crianga psiquiatras, psicdlogos e profissionais da drea social — pensam que é desnecessirio informar aos pais a possibilidade disso resultar em homossexualidade. PPor tempo demais, muitos profissionais mantém uma desatencio complacente ‘para com pais que expressam preocupacio sobre a orientagio sexual de seus filhos. ‘Ao que parece, esses profissionais preferem ignorar os sintomas da crianga e focar ‘ problema que os pais t&m de “homofobia nao esclarecida” ou de “heterossexismo”. TTodavia, quando clinicos adotam essa abordagem, substituem o espirito de ajuda ‘genufna por uma agenda social que conflita com os valores ¢ as preocupagées da raioria das famfias. Pois permanece um fato inegivel: a maiotia dos pais néo quer que seus filhos se tornem homossexuais. Recentemente, um casal veio a meu consultério falar sobre seu filho Aaron, um menino de quatro anos bastante efeminado. Os pais orgulhosamente se identificaram como pessoas de mente muito aberta c bastante tolerantes em relagso ‘a0 comportamento transgénero. Todavia,ficaram chocados, quando informei as probabilidades estatisticas de que, no fim, seu filho se envolveria em comportamento homossexual se nao interviéssemos. Esses pais, a despeito da proclamada mente aberta, decidiram doar as bonecas de seu filhinho. E, sob minha orientagio, esolveram, cles mesmos, fazer a “terapia reparadora”. Isso quer dizer que comecaram a cuidar de algumas “necessidades naturais de menino” de seu filho nio satisfeitas anteriormente. E como sempre & 0 caso, 0 filho deles precisava ficar mais préximo do pai. Ele precisava vivenciar algum afastamento da mae, E a mie e o pai tiveram de aprender a trabalhar em equipe a fim de estudar formas de trazer & tona a masculinidade natural apropriada ao género cdo menino. (No préximo capitulo, examinaremos melhor como fazet isso.) Disse as pais: “Se comegarmos agora, bem no inicio do desenvolvimento de ‘Aaron, ele aprenderd a se sentir confortdvel com sua masculinidade, O quer dizer uc terd mais possibilidade de ser heterossexual”. ‘Muitos clientes descrevem seu problema homosexual como "vazio de género” cou falta de “estima de género”. E, como Richard Wyler adverte, sem essa estima, a vida fica problemética Em geal, a dor tinba que ver com nosso sentimento de no ser amado nem desejado ~ ou, pelo menos, de néo ser amado nem desejado o suficiente. Musas ‘yes, esa dor envolvia “sede de pai", um “emaranhado de mae", rejesio dos iguais, baixa “estima de género” e, com freqiéncia, desproporcional (comparada 2 populagio em geral) abuso sexual na infancia ou exposigio premacura a ‘experiéncassexuais. Quando iso ooorr,inevitavelmente acontece por int ). Diferencie as brincadeiras das obsessbes, se seu fll mostrar interes em roupas «© em atividades do sexo oposto. Vocé nao precisa se preocupar com ocorréncias Omeninopré-homessceua, por gue os pas devem inervir? 49 ccasionais de travestismo, Voot deve se preocupar, contudo, quando seu garotinho continua a fazer iss0 ¢, a0 mesmo tempo, comega a adquitir alguns outros habivos alarmantes. Ele pode comesar a usar a maguiagem da mie. Ele pode evitar outeos ‘meninos da vizinhanga e suas atividades Kidicas e, em ver disso, preferirficar com as. irmis, sempre participando das brincadeiras delas com bonecas ¢ casas de bonecas. Maistarde, ele pode comesara falar com uma voz aguda. Pode afetar gestosexagerados até o andar de uma menina ou fiearfascinado com cabelo longo, brincos, lengos. Coisas femininas podem assumir um interes especial para ele, chegar até mesmo 20 ponto de se tornarem uma obsessio, De fato, ele pode realmente agir mais como menina que a propria irma e mae. Quando se pede que ele desenhe uma pessoa, o menino com no-conformidade de género, primeiro, quase sempre desenha uma figura feminina e s6 depois, ralvez, desenhe uma pessoa do sexo masculino. Em geral, seu desenho de uma menina ou uma mulher feito com cores brilhantes especialmente em tons de rosa ede vermetho, com muitos detalhes ¢ em tamanho maior. Nos desenhos de figuras masculinas, os suits sio pequenos, desbotados, magrose, muitas vez, representados como figuras de palitos, Esses desenhos representam a percepgio de realidade do menino, Mulheres io excitantes, poderosas e atraentes, enquanto os homens (isso, geralmente, inclui o pai) sio fracos, pouco interessantes ¢ até figuras negativas. O menino pré-homossexual pode mostrar uma curiosidade precoce sobre a sgenitiliaferinina, Alguns clinicos constataram que meninos TIG tém um interesse particular pela vagina, diferente de meninos normais com menos de doze anos. Ao ‘mesmo tempo, © menino pode negar sua masculinidade e sentir um desligamento (ou mesmo revolta) para com a propria genitilia masculina, empurrando o pénis para dentro de seu corpo ¢,talvez, sentando-se para urinar como a irma faz. Esses comportamentos sugerem que o menino considera ess parte de seu corpo come no incegrante de seu ser. Alguns meninos TIG realmente insistem que so meninas. ‘A mae de um menino TIG comprou bonecas Barbie para seu filho, pois, como abnegada mie liberal, recusava dobrar-se aos esteredtipos de género da sociedade. Ela contou que seu filho era “obcecado” pela Pequena Sereia ¢ pela Cinderela imitava os gestos eas cangGes desses personagens, enquanto ignorava propositalmente 0 boneco Ken que cla Ihe comprou. A mie descreveu aquele ‘momento marcante de verdade em que percebeu que seu filho de quatro anos no ppassava apenas por uma fase —, isso ocorreu quando o menino ficou em pé no carrinho do supermercado em que estava e comecou a chorar alto quando ela Ihe disse que ele nunca poderia ser mie." Em um estudo com 66 meninos efeminados de quatro a doze anos, 98% deles se travestiam, e 85% disseram que queriam ter nascido menina.” Verifique ue, em geral, € menino bem novo que declara seu desejo, e quase sempre para a mae. Uma mae contou-me que seu filho de trés anos Ihe falou repetidas vezes que quetia cortar 0 pénis. A medida que esses meninos ficam mais velhos, sua sensibilidade crescente em relaglo & desaprovagio dos pais torna menos provavel que verbalizem explicitamente © desejo de ser menina. 50 Homessecualidade: wm pia de orientagio aos pais para a formagio dacranga Problemas sociais e psicolégicos do menino com nao-conformidade de género [Apesar da afirmagéo de alguns psicdlogos e da maioria dos defensores dos homossexuais de que essa distorsio acintosa da realidade é “normal para algumas pessoas’, o comportamento de transgénero permanece um sintoma de problema ‘mais profundo —, um problema de identidade distorcida e de “nao-pertencer’ Meninos que sofrem de nao-conformidade de género enfrentardo muitos problemas psicoldgicos e sociais relacionados a isso. Eles so mais sujeitos a ser ansiosos, depressivos e solitérios. Muito pais reconhecem que suas criangas TIG nlo sio felizes. Essas criangas si melancélicas, facilmente irritaveis e, muitas veres, lamentam nao se enquadrarem. ‘Com o passar do tempo, a erianca pré-homossexual geralmente se torna 0 “menino da janela’, aquele que olha para fora desejoso de poder brincar com as criangas que o rejeitam e que mexem com ele, Em ver disso ele fica em casa com aa mae para limpar a casa com ela e fazer biscoitos.”* Os pais dessas criangas tém toda razio de se preocuparem, pois esse padrio, quando surge tio precocemence como na idade pré-escolar ou de primeiro ano, & um prentincio de que, mais tarde, haverd muitos outros problemas de ajustamento. ‘Alguns meninos TIG desafiam o esteredtipo comum de timidez ¢ de passividade e, em vez disso, agem como superiores ou extremamente egocéntricos. Tais meninos “insistem em suas prdprias regras em jogos... e quando no conseguem ‘© que querem, vio embora ou tém acessos de raiva’.* ‘Outros ficam excessivamente preocupados em se machucar ou contundir, cém um senso de fragilidade quanto a seu corpo. Alguns desses meninos eém aquase uma reagio de fobia & linguagem agressva. Muitas vezs, cles reclamam da Jinguagem grosseita de oucras criancas e parecem se assustar de verdade com 0 comportamento agressivo.”* Como observa o dr. Richard Fitzgibbons, o medo de esportes ¢ de agressio de outros meninos estabelecem 0 cendrio para a identidade masculina fragil Identidade masculina frdgil facilmente identificada e, em minha experiéncia clinica, €a principal causa {de homossexualidade] em homens. Surpreen- ntemente, ea pode resultar da coordenagio ruim de olho ¢ mao que fcarreta a falta de habilidade para se sair bem em esportes. Em geral, ssa condigio ¢ acompanhada de forte rejcigao dos iguais. Em uma cultura btientada para o esporte como a nossa, se um menino é incapaz de arremessar, pegar ou chutar uma bola, pode ser excluido, isolado e ridicularizado. [A tejeigdo continua pode ser uma importante fonte de confito para a crianga C obadolescente: Na tentaiva de superar sentimentor de solidao e de inadequacdo, cle pode passar mais tempo em estudos académicos ou desen- volvendo amizades confotveis com meninas, A shag do spor” afta negativamente a imagem que 0 menino tem de si mesmo, seus relaciona- tants com os outros menos, ua idenciade de gine ¢ sua imagem do (O menino pré-bomessceua,por que spas devem intervir? 5t corpo. A visio negativa de sua masculinidade e sua solido podem levi-lo a ansiar pela masculinidade de seus iguais do sexo masculino.” Outros estudos descobriram que a coordenagao insatisfatériae a dificuldade «em participar de esportes de contato sio comuns entre meninos pré-homossexuais, Semelhantemente, alguns estudos mostram que esses meninos parecem tet dificuldade em distinguir entre brincadeiras de contato normais ¢ a intensio deliberada de outros meninos em machucé-los.” Dr. Gerard van Aardweg, psicélogo holandés, concorda com a observagio do dr. Fitzgibbons sobre o medo de brincadeiras agressivas. A tendéncia de meninos de serem cautelosos, gentis e de no participar em esportes de equipe é uma descoberta universal reunida em amostragens clinicas, bem como néo clinicas, de hhomossexuais que também verdade em outras culeuras.” Na escola fundamental, as outras criangas comegam a chamar esses meninos com nio-conformidade de género de “efeminados”, de “bichas” ou de “gays”. O que é mais errado etrdgico, seus professores podem até identifict-los como “criansas, ga)", © essas criangas, asim rotuladas pelos préprios professores, podem chegar a pensar em si mesmas como “nascidas gay”. Talve nao tenham certeza sobre o que quer dizer ser “gay”, mas comegam a suspeitar que sio mesmo muito diferentes. Nio demora muito, esse estranhamento emocional do proprio sexo comesa a se rmanifestar em desejos roménticos para com 0 mesmo sexo. ‘Meu ex-cliente “Alex” escreve sobre seu precoce desejo secreto, mas distancia, Por aten¢io masculina. Em seus escritos, vemos também a falta de ligagio com individuos do mesmo sexo e o desenvolvimento precoce da separagio defensiva de pessoas do sexo masculino (mostrado pelo medo e pelo excitamento). Os primeinos sentiments homossexuais de que lembro, ocorreram IK no pasado, na quarta série, quando eu tinha nove anos de idade. Comecei a rotar um menino com cabelo catanho escuro e que vestia uma jaqueea azul escuro. Lembro de, a principio, gostar do sorriso dele. Ao continuar obser- vvando-o, comecei a ficaratrado por ee € a achi-lo engragadinho. Sempre que estava no patio do reereio, imediatamente comesava a procurar por ele. Uma vez que 0 achava, era dificil nio olhar para ele. ‘Como era apenas um garoto de quarto ano, nio sabia o que estava acontecendo comigo. S6 sabia que gostava muito mesmo desse menino, Lembro de fcar muito assustado com ele — no porque fasse valentéo ou algo assim, mas por que eu gostava muito dele ‘Mas nfo seengane sobre sso. Um menino com néo-conformidade de género, ser sensivel, bondoso, socidvel, artstico, gentil —e heterossexua, Ele ses ator, dancarino, cozinheiro, misico — e heterossexual. Essas habilidades aristicas inatas sio “quem ele ¢”, fazer parte do maravilhoso ambito das capacidades humanas. Ninguém deve tentar desencorajar ess capacidades e qualidades. No entanto, com aficmagZo e apoio masculinos apropriados, podem todas ser desenvolvidas no contexto dda masculinidade hererossexual normal. 2 Homowexualidade um guia de orienta aos pat para aformagio da crianca Reagées de pais Mies de meninos com nio-conformidade de género podem se tornar superprotetoras c, por vezes em uma situacio de “brincadeira”, podem até interferit na agressividade ¢ na competitividade normal de empurrar, de bater e de cai, to ‘comum entre meninos pequenos. Aos olhos dos outros meninos, os filhos de ‘mies que interferem ficam marcados como “maricas’, ehé uma tendéncia natural ddos meninos serem especialmente duros com os “maricas”, Talvez a mie diga: “Ah, venha, meu queridinho. Voce nio precisa brincar ‘com esses desordeiros. Vocé é bom demais para esses brigdes". Na verdade, muitos clientes homossexuais relatam as tentativas bem-intencionadas de suas macs de consolé-los exatamente desse modo. Muitos de nés que trabalhamos com homossexuais adultos descobrimos que, quando eram novos, esses homens detestavam brincadeiras de briga com os outros tmeninos e, na maior parte das vezes, evitavam a companhia deles. Eles preferiam muito mais a companhia de meninas, mais sinceras € mais sociveis, como eles. Mas mais tarde, no meio da adolescéncia, de repente, esses meninos com nao- conformidade de género faziam uma troca: 0s outros meninos se rornavam muito ‘mais importantes — até fascinantes e misteriosos — aos seus olhos, enquanto as ‘meninas perdiam toda a importincia Rigidez de género em criangas: um estagio normal e sadio do desenvolvimento (0 processo exatamente oposto ocorre com seus colegas de clase heterossexuais: enquanto solidifica sua identidade de género masculino, 0 menino que se desenvolve normalmente desdenha a companhia de meninas. Os meninos, entre (0s seis e 0s onze anos, afastam-se especificamente da amizade com amigas fatimas do sexo oposto, Bles declaram: “Eu odcio meninas, elas sio bobas. Nés nio as ‘quetemos em nosso clube”. As meninas rebatem: “Os meninos sio tao enjoativos!” Durante um periodo, essa criangas sio muito rigidas ¢ estereotipadas em seus papéis de género, A idéia de uma menina fazer parte do grupo de Escoseros & um insulto, As casas em cima de drvores que 0s meninos fazem tém avisos com os dizeres: “Aqui menina nfo entra’. Isso nao ¢ sexismo; na verdade, faz parte do processo normal e sadio de identificagio de género! (© que acontece & que esses meninos meninas sadios estio solidificando a identidade de géneto deles, ¢ a fim de fazer isso, precisam se rodear de amigos timos do mesmo sexo, Dessa forma, eles estabelecer firmemente seu senso recéa- adquirido de qualidade “de menino” ou “de menina’. Fase é um pré-requisito importante antes de mais tarde, na adolescéncia, poderem se estendet ao sexo oposto. Durante ese importante periodo do desenvolvimento, 0 sexo oposto€ mistcrioso, ¢ isso estabelece os alicerees para a futura atratividade erética ¢ romantica. (Nés nos tomamos atraidos romanticamente pelo “outro, distinto de mim.) Portanto, um (Omeninopré-bomorsecua, por gu os paidevem intervir? 53 periodo de ligagdes exageradas com o mesmo sexo parece ser uma fase necesséria 20 processo de desenvolvimento do aprofundamento eda clarficagio de nossa identidade de género normal. Lembre-se, como Richard Wyler disse, o isolamento do mundo do mesmo- sexo € a raiz da homossexualidade: Nosso temor e dor em sentir rjeigio por parte do mundo masculino, muitas ves Jvounos a ns dissoduros do masculine — a prépriacisa que mais desejévamos. Mas onde isso nos deixava, nés mesmos como seres do sexo masculino? Deixava-nos na Terra do Nunca da confusio de género, nem totalmente ‘masculina, mas também nao realmente feminina. Tinhamos nos desassociado no 6 dos individuos do sexo masculino que termiamos que nos machucassem, como de rodo 0 mundo heterossexual masculino (www-peoplecanchange.com). ( senso de uma crianga de ser menino ou menina, especialmente para criangas pequenas, é mais que apenas uma vaga idéia. O género tem profunda relevancia éemocional. Os pesquisadores descobriram que, quando se pergunta a meninos se io ‘meninas, ¢ meninas se sio meninos, muitas ciancas tém “uma reagio bastante forte, alguns acham a pergunta hiléria, enquanto outtosficam ofendidos eirvtados. Criangas que nao reagem asim sdo mauitisimo menos tipicase sadias que as que reagern”.” Depois, na adolescéncia, a situag2o muda totalmente. A essa altura, 0 menino ue tem desenvolvimento normal jé comegou a ser atraido pelas meninas. Agora, clas nao slo tio sem importincia— de repente, io bem maisinteressantes,dificeis de entender e até romanticamente misteriosas. ‘Um psicdlogo homossexual firma que os “individuos se sentem atraidos,erdtica ‘ou romanticamente, por aqueles que eram distintos, ou estranhos, a eles na infancia”. Ele diz, assim, 0 “exético se toma erético.”™ Isto é, 0 menino ou menina pré- hhomossexual vivencia excitago em resposta & estranheza percebida de seu mesmo sexo. No encanto, para ese psicélogo homossexual, esa sensagio de estranheza em relasio aos colegas de infincia do mesmo sexo parece perfeitamente normal! A liberagio explosiva: depois que o menino se distancia do pai Meninos efeminados, até mais que meninos normais em relagio a0 género, precisam receber dos pais aquilo que nés, terapeutas reparadores, chamamos de “os tués As: afeto,atengao e aprovagio. Quando eles deixam de receber o que precisam, interpretam o comportamento do pai como desinteresse pessoal ¢ rejeigio por cles. Sentem isso como uma ofensa profunda e com imenso poder de feir 20 seu proprio, senso de si mesmo. Como defesa contra mais mégoa, mais dor, eles diminuem a imagem do pai em sua mente, transformando-o em uma pessoa pouco importante (ou mesmo inexistente. As ages desses meninos declaram: "Se ele nfo me quer, entio eu também nao 0 quero”.

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