O documento discute a idade ideal para iniciar a prática do voleibol. Sugere que meninas comecem entre 11-13 anos e meninos entre 12-14 anos, quando ocorre o desenvolvimento físico da puberdade. Argumenta que essa é uma idade propícia para aprender novas habilidades motoras devido à reestruturação física natural nesse período.
O documento discute a idade ideal para iniciar a prática do voleibol. Sugere que meninas comecem entre 11-13 anos e meninos entre 12-14 anos, quando ocorre o desenvolvimento físico da puberdade. Argumenta que essa é uma idade propícia para aprender novas habilidades motoras devido à reestruturação física natural nesse período.
O documento discute a idade ideal para iniciar a prática do voleibol. Sugere que meninas comecem entre 11-13 anos e meninos entre 12-14 anos, quando ocorre o desenvolvimento físico da puberdade. Argumenta que essa é uma idade propícia para aprender novas habilidades motoras devido à reestruturação física natural nesse período.
BOJIKIAN, J. C. M.; BOJIKIAN, L. P. A idade ideal para o início da prática do
voleibol. In: BOJIKIAN, J. C. M.; BOJIKIAN, L. P. Ensinando voleibol. 5ª edição. São Paulo: Phorte. Cap. 5, p. 66- 67.
A Idade Ideal para o Início da Prática do Voleibol
Luciana Perez Bojikian
João Crisóstomo Bojikian
“O outro aspecto a ser considerado neste capítulo diz respeito a possível
determinação de um momento da vida que possa ser considerado como o ideal para a aprendizagem das habilidades motoras do voleibol. Os estudos e os trabalhos práticos realizados levam-nos a concluir que, em média, as meninas deveriam entrar em contato com o ensino dos fundamentos do voleibol no período compreendido entre os 11 e 13 anos, e os garotos, dos 12 aos 14 anos. Nesse período, ocorre o início da grande transformação física, em que medidas morfológicas aumentam rapidamente e os caracteres sexuais se acentuam (RÉ e BOJIKIAN, 2011). É um momento muito interessante, pois o brusco crescimento traz para o indivíduo, na maioria das vezes, uma falta de sinergia nos movimentos que, até bem pouco tempo atrás, eram realizados com fluidez. Isso é reflexo de um novo corpo, coordenado pela mesma memória motora. Não houve tempo de grandes experimentações motoras com o corpo em novas dimensões. É aquele estágio da vida em que o adolescente é considerado como ‘estabanado’, pois derruba um copo, tropeça no pé da mesa, cai da escada etc. Todos nós passamos por esse momento na vida! Mas, por outro lado, há uma luta interna no físico do adolescente para suprir essas deficiências, o que torna o indivíduo ávido por novas vivências e estimulações, na busca do reequilíbrio: ‘é um solo com terra adubada esperando, na estação adequada, por sementes bem selecionadas e de boa qualidade’ (BOJIKIAN, J. C., comunicação pessoal). É um momento ótimo para o ensino de novas habilidades motoras, pois é momento de reestruturação motora natural. Por outro lado, se até esse estágio o aluno teve uma formação física básica bem desenvolvida, com as habilidades motoras básicas, como andar, correr, saltar, lançar etc.; tendo sido bem exploradas, bem como as combinações entre elas, a reorganização motora ocorrerá mais facilmente. Convém, neste ponto, relembrar os ensinamentos de Weineck (1999) sobre o momento de prontidão (dos 6 aos 12 anos) para o aprimoramento das capacidades coordenativas, em virtude do grande desenvolvimento do córtex, do cerebelo e, consequentemente, do sistema nervoso central. Esses conceitos trazem, portanto, a obrigatoriedade de se criarem condições para que as crianças vivenciem, nesta faixa etária, o maior número de atividades motoras na busca da formação de um repertório motor rico tanto em quantidade quanto em qualidade. A diversidade das ações motoras trará às crianças uma memória motora repleta de vivências e experimentações e, consequentemente, de capacidades coordenativas que lhes trarão maior potencialidade para o aprendizado de novas habilidades motoras específicas, bem como para o aperfeiçoamento delas (GRECO, 1998). Em razão do exposto, sugerimos que, até o estirão da puberdade, as crianças frequentem as escolas de esporte (vivência de várias modalidades, sem compromisso com performance), e não as escolinhas de voleibol (aprendizado específico da modalidade, visando à performance), pois, sem dúvida alguma, estas formarão repertórios motores muito mais pobres que as primeiras, e que, consequentemente, serão fator limitante quando, mais tarde, as praticantes necessitarem de lastro motor anterior para aprender ou aperfeiçoar as habilidades motoras do próprio voleibol (BOJIKIAN, J. C., 2002). Torna-se relevante ressaltar que os aspectos ligados ao desenvolvimento motor e não os metabólicos nos levam a não aconselhar a iniciação do voleibol na grande infância. Em termos metabólicos, não há qualquer tipo de prejuízo às crianças, pois o voleibol é uma atividade intermitente, na qual a parte ativa (ralis) tem, em média, de 4 a 6 segundos para o masculino e 8 a 10 segundos para o feminino, o que a caracteriza como atividade anaeróbica alática (sistema ATP-CP). Esses estímulos são intercalados por pausas de, aproximadamente, 20 a 22 segundos, em que o sistema aeróbico proporciona a restauração do ATP-CP consumido quando da bola em jogo (FOX e MATEWS, 2003). Weineck (2003) nos lembra que as atividades anaeróbicas láticas são aquelas que trazem prejuízos às crianças, pois, antes do estirão da puberdade, elas não possuem catecolaminas (hormônios por estresse) para compensar os efeitos do aumento da acidez sanguínea e o consequente desequilíbrio do Ph. Ele nos ensina ainda que atividades que provocam esses efeitos tornam-se extremamente desprazerosas para as crianças, tornando-as muito irritadas, efeito da ausência de catecolaminas em quantidades suficientes para manter seu controle emocional. Definitivamente, o voleibol não tem tais características. Outro fator que concorre para que o voleibol seja ensinado a partir do estirão da puberdade é o desenvolvimento social, que mostra indivíduos mais propensos a aceitar atividades que requerem sociabilidade, pois a fase da ênfase individualista está sendo superada. Por ser o voleibol um esporte eminentemente coletivo, sua prática será mais indicada a indivíduos que possam atuar em associação com outras pessoas.”
O movimento no processo de desenvolvimento cognitivo das crianças de 0 a 5 anos: A Importância da atividade física para o desenvolvimento e para prevenção de obesidade infantil