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TRABALHO DE PROCESSO PENAL IV

Acadêmica: Ana Beatriz Chaves de Oliveira RA nº 177586


Turma: 8º C
Professor: Pedro Paulo Sperb Wanderley

HABEAS CORPUS

Habeas corpus é intitulada como remédio constitucional, cujo o principal


objetivo é de garantir e resguardar o direito de liberdade de locomoção
dos indivíduos, de modo a proteger o seu direito de ir e vir, quando esta
encontra-se ameaçada ou sofreu violação.
Trata-se de uma garantia fundamental, presente na Constituição
Brasileira (CF/88), precisamente no artigo 5º, LXVIII. Deste modo, caso
alguém sinta que está com o seu direito de locomoção ameaçado ou
violado, de maneira indevida, poderá ingressar com o pedido de habeas
corpus.
Existem duas espécies de habeas corpus, ambos previstos
constitucionalmente: o liberatório, que ocorre quando já foi praticado o
ato ilegal o abuso de poder; e o preventivo, que é aquele em que a
ordem concedida visa assegurar que a ilegalidade ameaçada não chegue
a ser consumada.
A legitimidade para figurar nos polos da relação processual instaurada
pelo habeas corpus é estabelecida pelo art. 654, caput, do Código de
Processo Penal, no que se refere à legitimidade ativa, ao rezar que “o
habeas corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou
de outrem, bem como pelo Ministério Público”; e pelo art. 5.°, LXVIII, in
fine, da Constituição Federal, quanto à legitimidade passiva, quando
declara que a violência ou a coação pode ocorrer “por ilegalidade ou
abuso de podre”.
Pode ainda, de acordo com o § 2° do art. 654 do Código de Processo
Penal, ser concedido de ofício pelos juízes e pelos tribunais, quando no
curso de determinado processo for verificado que alguém sofre ou está
na iminência de sofrer coação ilegal; do mesmo modo, poderá ser polo
ativo o juiz que esteja na qualidade de paciente, excluindo a impetração
fora dessas possibilidades, porquanto sua função jurisdicional não é
postulatória (TOURINHO FILHO, 1997, p.526).
O artigo 654 do CPP, em seu §1º, reza que o habeas corpus deve conter o
nome da pessoa que está sofrendo ou está ameaçada de sofrer violência
ou coação e o nome de quem for o agente de tal violência ou coação; a
declaração da espécie de constrangimento ou das razões em que
fundamenta seu temor, em caso de coação; e a assinatura do impetrante
ou de alguém a seu rogo, nos casos em que o mesmo não possa ou não
possa escrever; e a designação das residências.
Importante citar que o habeas corpus é de rito abreviado e de cognição
sumária, devendo tal circunstância acompanhar sua propositura.
O estudo da competência no habeas corpus tem natureza constitucional.
Para fins de análise de processo e julgamento do habeas corpus,
necessário se faz analisar a competência em razão da pessoa, seja da
pessoa responsável pelo ato coator (autoridade coatora) ou à pessoa que
esteja sofrendo lesão ou ameaça à sua liberdade de locomoção
(paciente). Quanto aos efeitos dos habeas corpus, estes estão previstos
no art. 660 do Código de Processo Penal. Favorável a decisão se o
paciente estiver preso, será solto, salvo se, por outro motivo, não tiver de
ser mantido na prisão. Neste caso, expede-se ordem de soltura do
paciente.

 Bibliografia:
https://jus.com.br/artigos/47994/entendendo-o-habeas-corpus
https://marcojean.com/habeas-corpus/
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/habeas-corpus/
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal. 19.ed. São Paulo:
Saraiva, 1997. v. IV.

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