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Associação Paranaense de Ensino e Cultura – APEC
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Coordenação Geral de EAD
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Educação, Linguística, Letras e Artes e Ciências Humanas
Heiji Tanaka
Coordenador do Núcleo de Cursos Superiores da Área de
Ciências Sociais Aplicadas
Evandro Mendes de Aguiar
Diagramação e Capa
Sandro Luciano Pavan
* Material de uso exclusivo da Universidade Paranaense – UNIPAR com todos os direitos da edição a ela
reservados.
SUMÁRIO
LEGISLAÇÃO APLICADA
Apresentação....................................................................................................................... .......5
Introdução....................................................................................................................................9
Neste contexto, este Guia Didático foi produzido a partir do esforço coletivo de uma
equipe de profissionais multidisciplinares totalmente integrados que se preocupa
com a construção do seu conhecimento, independente da distância geográfica que
você se encontra.
Bons estudos!
e-@braços.
e-@braços.
Este é um material tem como objetivo o início da compreensão do que venha a ser o
Direito, sendo que, nesta primeira parte, o assunto tratado reflete uma
contextualização das noções básicas de direito, destacando a importância do
mesmo para regular a vida dos cidadãos em sociedade, de modo que não haja
conflitos e nem tão pouco os exercícios arbitrários das próprias razões, evidenciando
a importância da Norma Jurídica, da relação jurídica e fontes do direito. Destaca-se,
ainda, a divisão do Direito em Público e Privado, observando-se quais são os ramos
do direito que integram cada divisão.
Já, na segunda parte da unidade I, destacam-se para o (a) acadêmico (a) as noções
de direito das obrigações, contratos e títulos de crédito.
Muitos acham que conhecer de legislação é algo árduo, mas veremos que não é
assim, e a importância não só de conhecer alguns princípios para exercício da sua
profissão, como também exercer cidadania com conhecimento de causa.
OBJETIVOS DA UNIDADE
Estimado (a) aluno (a), ao terminar os estudos desta unidade, você deverá
compreender e ser capaz de explicar os seguintes conceitos:
Conceito de direito;
O direito e a moral;
Cidadania;
Direitos Humanos;
Requisitos de validade;
Contratos;
Títulos.
Você encontra no final desta unidade, sites para pesquisa e enriquecimento dos
conhecimentos da matéria de legislação, também encontrará exercícios para fixação
dos conteúdos.
Bons estudos!!!
CONCEITO DE DIREITO
Conceituar direito não é uma tarefa muito fácil, dada a enorme quantidade de visões
ideológicas. O primeiro passo, portanto, para conseguir conceituar o direito é
reconhecer a sua característica essencialmente humana, instrumento necessário
para o convívio social.
Origina-se a palavra "direito" do latim directum, significando aquilo que é reto, que
está de acordo com a lei, que supõe a ideia de regra, de direção.
"Direito é o conjunto das normas gerais e positivas, que regulam a vida social"
(MONTEIRO, 2000, p. 1). A violação do direito, da regra, gera punição.
Significa que você pode fazer algo ou não, fazer corretamente as coisas.
Como norma de conduta, o Direito atribui faculdade ou poderes a uma parte e impõe
a outra, obrigações. Assim, o Direito é a norma que liga o direito de uma parte com o
dever de outra.
a) Fazer o correto.
LEI: São Regras sobre o comportamento padrão as quais devem ser respeitadas
pela sociedade, a lei nos permite agir limitadamente.
2) Generalidade – a Lei é uma norma jurídica geral, pois ela liga a consequência
jurídica à condição de fato de modo geral;
4) Escrita – a Lei é escrita e por isso também se distingue do costume, que não é
escrito;
Nesse contexto, podemos afirmar que a moral tem uma preocupação expressiva
com o foro íntimo, enquanto o direito se relaciona, evidentemente, com a ação
exterior do homem.
a) Liberdade;
b) Igualdade;
c) Segurança Pessoal; e
d) Solidariedade ou Fraternidade.
Estes quatro valores supracitados prolongam a vida social dos indivíduos dando
verdadeira dignidade à pessoa humana.
A ideia base que já se tinha, até mesmo no pensamento clássico, é que a dignidade
da pessoa humana era uma qualidade intrínseca do indivíduo irrenunciável e
inalienável, constituindo elemento que qualifica o ser humano como tal e dele não
pode ser separado.
Os direitos humanos não são uma informação ou um dado, mas uma invenção, uma
construção humana, em permanente processo de construção e reconstrução.
Consoante a lição do excelso mestre italiano Norberto Bobbio (1988, p.30), na obra,
A Era dos Direitos, “os direitos humanos nascem como direitos naturais universais,
desenvolvem-se como direitos positivos particulares (quando cada Constituição
incorpora Declarações de Direitos), para finalmente encontrarem sua plena
realização como direitos positivos universais”.
I - a soberania;
II - a cidadania;
Por fim, cabe ressaltar que alguns autores, entre eles Siqueira Júnior e Oliveira
(2010), defendem que a dignidade da pessoa humana é o mais importante
fundamento constitucional do Estado brasileiro.
Cidadania seria o conjunto de direitos e deveres que permite que o indivíduo tome
parte na gestão pública, e também cria obrigações para ele em relação à sociedade
em que vive, submetendo-o ao poder de império do Estado.
1) Primeira dimensão
3) Terceira dimensão
Conceito: É o ato jurídico com finalidade negocial, ou seja, com o intuito de criar,
modificar, conservar ou extinguir direitos. Para diferenciar o Ato jurídico do Negócio
jurídico, observa-se que no primeiro a vontade é simples (realizar ou não o ato) e no
segundo, por sua vez, a vontade é qualificada (realizar ou não o ato e escolher o
conteúdo/efeito do ato), ou seja, no Ato jurídico os efeitos são previstos em lei, ao
passo que no Negócio jurídico alguns efeitos decorrem das leis, podendo outros
efeitos ser acordados entre as partes.
c) Coação: quem pratica negócio jurídico sob ameaça moral ou patrimonial, tem
a vontade viciada e o negócio é anulável - 151; se sofre violência física o ato
é nulo pois a vontade inexiste (ex.: apontar arma – coação absoluta); a
coação é a ameaça injusta e séria capaz de provocar temor.
REQUISITOS DE VALIDADE
I - agente capaz;
Para a realização de um ato jurídico, a lei civil impõe que sejam observados
determinados preceitos. Em alguns casos, os atos praticados pelas partes podem
não produzir os efeitos desejados, posto que realizados em desacordo com o
ordenamento jurídico.
Segundo a doutrina tradicional a expressão ineficácia (ou invalidade) é empregada
para designar o negócio que não produziu os efeitos desejados pelas partes.
Assim, abrange ele a:
a) Inexistência do Ato
b) Nulidade
b) Nulidade – de uma forma ampla nulidade é a sanção imposta pela lei que
determina a privação de efeitos jurídicos do ato negocial, praticado em
desobediência ao que ela prescreve.
b.1) Nulidade Absoluta – o ato não produz qualquer efeito por ofender
gravemente os princípios de ordem pública. O ato é absolutamente
inválido; não precisa ser anulado, pois já nasce nulo; o Juiz
somente declara o ato nulo, podendo fazê-lo de ofício (ex officio), ou
seja, sem ser provocado. A declaração de nulidade é uma penalidade
ao desrespeito da norma. Os atos nulos não podem ser convalidados,
nem ratificados. Também não se convalescem pelo decurso de tempo.
Não produzem efeito algum.
quando o negócio jurídico for simulado (art. 167 CC) – no entanto, lembre-
se que o mesmo subsistirá no que se dissimulou, se for válido na forma e
substância.
quando a lei declarar nulo ou lhe negar efeito (ex: casamento de pai com
filha adotiva; cláusula que permite ao credor ficar com o imóvel
hipotecado, etc.).
por vício resultante de erro, dolo, coação, lesão, estado de perigo ou fraude
contra credores (ex: venda sob coação moral; com erro essencial, etc.).
PRINCIPAIS ASPECTOS:
c.2) o valor econômico: todo contrato, como toda obrigação, precisa ter um
valor econômico para viabilizar a responsabilidade patrimonial do
inadimplente se o contrato não for cumprido. Em outras palavras, se uma
dívida não for paga no vencimento ou se um contrato não for cumprido, o
credor mune-se de uma pretensão e a dívida se transforma em
responsabilidade patrimonial. Que pretensão é esta de que se arma, de que
se mune o credor? É a pretensão a executar o devedor para atacar/tomar
seus bens através do Juiz. E se o devedor/inadimplente não tiver bens?
Então não há nada a fazer pois, como dito, a responsabilidade é patrimonial e
não pessoal.
b.1) objeto lícito: O negócio jurídico válido deverá ter, em todas as partes
que o constituírem, um conteúdo legalmente permitido, conforme a lei, não
sendo contrário aos bons costumes, à ordem pública e à moral. Então A não
pode contratar B para matar C, nem A pode contratar B para comprar
contrabando ou drogas, pois o objeto seria ilícito. Igualmente o filho não pode
comprar um carro com o dinheiro que vai herdar quando o pai morrer, pois a
lei proíbe no art. 426 (chama-se de pacta corvina, ou pacto de corvo este
dispositivo já que é muito mórbido desejar a morte do pai, e ninguém garante
que o filho é que vai morrer depois).
b.4) objeto deve ter valor econômico: para se resolver em perdas e danos
se não for cumprido por ambas as partes (art. 389 CC). O valor econômico do
contrato viabiliza a responsabilidade patrimonial do inadimplente, já que não
se vai prender um artista que se recusa a fazer um show. O artista será sim
executado patrimonialmente para cobrir os prejuízos, tomando o Juiz seus
bens para satisfazer a parte inocente.
EXCEÇÃO: Porém há contratos que têm forma especial e precisam ser escritos: a
doação de coisas valiosas (541 e pú), a compra e venda de imóvel (108), a fiança
(art. 819 CC). Os contratos administrativos devem ser formalizados por escrito, de
acordo com as exigências do artigo 60 da Lei nº 8.666, de 1993.
Os contratos informais podem ser verbais, enquanto os contratos solenes devem ser
por escrito, seja particular (feito por qualquer pessoa/advogado, como na fiança e
doação) ou público (feito apenas em Cartório de Notas, qualquer deles). Nos
contratos em que a lei não fizer nenhuma menção, enquanto a sua forma, esta será
facultativa, contanto que não seja forma defesa em lei. Desta forma, a validade da
declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei
expressamente a exigir.
VALIDADE DO CONTRATO
Acordo de vontades: Para que um contrato seja válido, é necessário que haja
concordância de vontades, o que pressupõe declarações negociais baseadas numa
proposta contratual - declaração de vontade de quem propõe a celebração do
contrato - e na sua aceitação - declaração de vontade de quem aceita.
Quanto ao conceito de “crédito”, Fran Martins afirma ser “a confiança que uma
pessoa inspira a outra de cumprir, no futuro, obrigação atualmente assumida”.
CARACTERÍSTICAS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
ABSTRAÇÃO
Os títulos de crédito circulam como documentos abstratos, sem ligação com a causa
a que devem sua origem. Pela abstração, o título de crédito, quando posto em
circulação, se desvincula da relação fundamental que lhe deu origem, quer dizer, a
abstração significa a completa desvinculação do título em relação à causa que
originou sua emissão. O título não está vinculado ao negócio que lhe deu causa.
a) Abstratos: considerados os mais perfeitos dos títulos de crédito, uma vez que
não se indaga a sua origem.
b) Causais: estes títulos de crédito estão vinculados à sua origem, e como tais
são considerados imperfeitos ou impróprios. Ex: duplicata, a qual decorre da
venda de mercadorias, considera da a sua causa da emissão da duplicata.
Quanto ao modelo:
b) Livres: são aqueles que por não existir padrão de utilização obrigatória, o
emitente pode, segundo a sua vontade, dispor os elementos essenciais do
título. Ex: nota promissória.
Quanto à estrutura:
Quanto à circulação:
O atual Código Civil possui nos seus artigos 887 a 926, normas gerais sobre títulos
de crédito, as quais são aplicadas somente quando compatíveis com os
mandamentos constantes em lei especial ou se esta for inexistente, nos termos
estabelecidos no art. 903.
SITES INDICADOS
ÂMBITO jurídico. com. br. Disponível em: <www.ambito-juridico.com.br/site/>.
Acesso em: 14 out. 2014.
4) Marcos, com 16 anos de idade, emancipado por seus pais, causou dano a
imóvel da União. A fim de ver-se ressarcida, a União ajuizou ação ordinária de
indenização contra Marcos e seus pais.
OBJETIVOS DA UNIDADE
Estimado (a) aluno (a), ao terminar os estudos desta unidade, você deverá
compreender e ser capaz de explicar os seguintes conceitos:
Direito empresarial;
Você encontra no final desta unidade, sites para pesquisa e enriquecimento dos
conhecimentos da matéria de legislação, também encontrará exercícios para fixação
dos conteúdos.
Bons estudos!!!
DIREITO EMPRESARIAL
INTRODUÇÃO
DO EMPRESÁRIO
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
Para ser empresário, a pessoa tem que exercer a empresa, ou seja, uma
atividade econômica organizada profissionalmente para a produção ou a
circulação de bens ou de serviços com intuito lucrativo.
OS INCAPAZES
Vale dizer que o menor emancipado, por qualquer das causas previstas no
parágrafo único do art. 5º do CC, pode ser empresário haja vista que adquire a
capacidade, mesmo não deixando de ser menor. No rol das causas de emancipação
previstas no parágrafo único do art. 5º do digesto civil, ganha relevo a do inciso V,
uma vez que o menor, com dezesseis anos completos pode, ao se estabelecer no
comércio e de lá retirando seu sustento, se emancipar por ato próprio, hipótese em
que a sua inscrição no registro do comércio servirá como prova de sua emancipação
(art. 976 do CC/02).
O art. 972 do CC/02 elenca a ausência de proibição legal como requisito para o
exercício da profissão de empresário. Contudo tais proibições são personalíssimas e
só afastam o sujeito da atividade empresária quando se verificam os requisitos
legais que as impõem.
Os membros do MP: art. 36, I, lei 8625/93 c/c art. 44, III LONMP,
Os funcionários públicos: art. 117, X, lei 8112/90, c/c art. 195, VI e VII da
lei 1711/52;
Os militares na ativa (das três armas) e corpos policiais: arts. 180 e 204 do
COM e art. 35 do Dec-lei 1.029/69, c/c art. 29 da lei 6.880/80 (Estatuto dos
Militares);
Por fim, o art. 104 do Código Civil traz os últimos requisitos a serem atendidos pela
pessoa que deseja ser empresário. Tal dispositivo exige a observância da forma
prescrita ou não vedada por lei, por agente capaz, para a prática de atos cujo objeto
deve ser lícito, determinado ou determinável na forma da lei civil. Assim afasta-se do
empresário toda atividade ilícita.
não estar sujeito a prisão com presos de crimes comuns, mas sim em
lugar reservado;
O artigo 981 do Código Civil conceitua sociedade: “Art. 981. Celebram contrato de
sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou
serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos
resultados”.
Isso equivale dizer que a sociedade passa a existir legalmente após o registro
do seu Contrato Social ou Estatuto Social, passando a existir a publicidade a
terceiros que irão se relacionar com tal sociedade.
SOCIEDADES PERSONIFICADAS
Assim, ao invés de o novo código civil tratar esse capítulo como sociedade simples,
deveria trazê-lo como regras gerais sobre o direito societário, já que os
empresários sempre optarão por utilizarem a sociedade limitada, em face da
limitação da responsabilidade dos sócios.
Após a constituição terá prazo de 30 dias para a inscrição no Registro Civil das
Pessoas Jurídicas – (art. 998), inclusive quaisquer alterações contratuais
posteriores, e criação de filiais.
CARACTERÍSTICAS:
a) simplicidade na estrutura;
b) admite, na mesma sociedade, sócios que sejam casados entre si, ainda que
pelo regime de comunhão universal de bens ou separação total;
i) quanto a denominação (art 997, II, CC) não é Requerido que contenha
elemento indicativo do objeto social, nem que a denominação venha
acrescida de expressão designativa da natureza ou tipo societário;
j) por ter natureza simples, não empresária, não corre o risco, sob o ponto de
vista tributário, de perder isenção fiscal, especialmente COFINS e ISS.
Somente podem ser destituídos judicialmente quando nomeados pelo contrato social
– art. 1.019, e os nomeados por documento separado são revogáveis os poderes –
(1.019 par. único).
CONCEITOS
É aquela formada por duas ou mais pessoas, em que todas elas assumem de forma
subsidiária, responsabilidade solidária pelo total do capital social (MARTINS, 2011).
Para Borges (1959, p. 119), sociedades limitadas “são aquelas nas quais todos os
sócios assumem, quer perante a sociedade, quer perante terceiros, uma
responsabilidade limitada”.
NOÇÕES
O contrato social deve ser formulado de acordo com as normas do art. 997 (art.
1.054).
CARACTERÍSTICAS
Está dispensada da publicação de balanços e outros atos como no caso das S.A.
Opção pelo uso da firma entre firma social ou denominação. Ex: Santos, Souza &
Cia = firma social ou então: Sorvetes Kneve Ltda.
Pode ser constituído somente pelo nome dos sócios administradores com poderes
no contrato social, através de firma ou razão social e por denominação.
Dessa forma pode ser formada com o nome abreviado ou por extenso dos sócios ou
alguns dos sócios, ou então por um nome fantasia, sempre seguidos da expressão
“Limitada ou Ltda.”.
Exemplos: Firma ou razão social: Souza e Silva Ltda. – Souza, Silva & Cia Ltda.
O Novo Código Civil Brasileiro faculta aos sócios instituir um Conselho Fiscal
composto de três ou mais membros e respectivos suplentes eleitos em assembleia.
Havendo o Conselho Fiscal os sócios minoritários que representam 20 % (vinte por
cento) do capital social, terão o direito de eleger um membro e respectivo suplente
do Conselho (Art. 1066).
EXCLUSÃO DO SÓCIO
O Novo Código Civil Brasileiro determina que a exclusão possa ser via judicial
mediante iniciativa da maioria dos sócios por falta grave no cumprimento das
obrigações do sócio ou ainda por incapacidade superveniente ou ainda a via
extrajudicial onde aplica-se ao sócio que colocar em risco a continuidade da
empresa, em virtude de atos de inegável gravidade mediante deliberação da maioria
dos sócios. Pode ainda ser por justa causa (Art. 1030 e 1085).
A recuperação judicial pode ser requerida com a permissão de sócios que representem
mais da metade do capital social, no caso de urgência (art. 1.072, par. 4º).
Se a administração for por nomeação de sócio no contrato social, somente pode ser
destituído por sócios que representem no mínimo de 2/3 do capital social, se o
contrato não designar forma diversa (art. 1.063, par. 1º).
Na Quinta Seção envolvendo os artigos 1071 a 1080 do Novo Código Civil Brasileiro
temos as deliberações dos sócios a respeito de aprovação das contas da
administração, da designação e da destituição dos administradores, do modo de
remuneração, de modificação do contrato social, da incorporação, fusão e a
dissolução da sociedade, da nomeação e destituição dos liquidantes e o julgamento
das quotas e do pedido de concordata.
Na Sexta Seção envolvendo os artigos 1081 a 1084 do Novo Código Civil Brasileiro
temos as questões envolvendo o aumento e a redução do capital social
Na Sétima Seção envolvendo os artigos 1085 e 1086 do Novo Código Civil Brasileiro
temos as questões envolvendo a resolução da sociedade em relação a sócios
minoritários, com a possibilidade de exclusão em caso de risco da continuidade da
empresa.
São sociedades de pessoas, com forma e natureza próprias, de natureza civil, não
sujeitas à falência, constituídas para prestar serviços aos associados.
COOPERATIVAS
De produção agrícola;
De produção industrial;
De trabalho;
De beneficiamento de produtos;
De compras em comum;
De vendas em comum;
De consumo;
De abastecimento;
De crédito;
De seguros;
Singularidade de voto;
Art. 21. O estatuto da cooperativa, além de atender ao disposto no artigo 4º, deverá
indicar:
IV) a forma de devolução das sobras registradas aos associados, ou do rateio das
perdas apuradas por insuficiência de contribuição para cobertura das despesas
da sociedade;
Sendo o capital das cooperativas variável, não há um capital fixo, podendo entrar e
sair associados a qualquer momento, ocorrendo assim constantes oscilações.
Mesmo sendo variáveis, os estatutos, quando da constituição deve fixar o mínimo do
capital social e a forma por que ele é ou será integralizado.
I) de Matrícula;
RAMOS DO COOPERATIVISMO
O modelo cooperativo tem sido usado para viabilizar negócios em vários campos de
atuação. Para efeito de organização do Sistema Cooperativo, eles estão
organizados por ramos conforme a área em que atuam. São eles:
Cooperativas Agropecuárias – Reúnem produtores rurais ou agropastoris e de
pesca, que trabalham de forma solidária na realização das várias etapas da cadeia
produtiva: da compra de sementes e insumos até a colheita, armazenamento,
industrialização e venda no mercado da produção. Para assegurar eficiência, a
cooperativa pode, também, promover a compra em comum de insumos com
vantagens que, isoladamente, o produtor não conseguiria.
É uma operação em que uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que
lhes sucede em todos os direitos e encargos. A incorporação (merger, no direito
inglês) é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra,
que lhes sucede em todos os direitos e obrigações. A incorporação não dá origem a
uma nova sociedade, pois a incorporadora absorve e sucede a uma ou mais
sociedades. Por outro lado não ocorre, na incorporação, uma compra e venda, mas
a agregação do patrimônio da sociedade incorporada ao patrimônio da
incorporadora, com sucessão em todos os direitos e obrigações.
A Fusão determina a extinção das sociedades que se unem, para formar sociedade
nova, que a elas sucederá nos direitos e obrigações. A fusão será decidida, na
forma estabelecida para os respectivos tipos, pelas sociedades que pretendam unir-
se. Em reunião ou assembleia dos sócios de cada sociedade, deliberada a fusão e
aprovado o projeto do ato constitutivo da nova sociedade, bem como o plano de
distribuição do capital social, serão nomeados os peritos para a avaliação do
patrimônio da sociedade.
A cisão, bem como a incorporação e a fusão, tem seus requisitos apontados no art.
223 e seguintes da Lei 6.404/1976 (Lei de Sociedades por Ações).
É aquela que qualquer que seja seu objeto, não pode funcionar no País, ainda que
por estabelecimentos subordinados, podendo, todavia, ressalvados os casos
expressos em lei, ser acionista de sociedade anônima brasileira (art. 1.134).
DAS SOCIEDADES EM NOME COLETIVO (1.039 A 1.044) – (POUCO
UTILIZADA)
Tipo societário pouquíssimo utilizado, pois exige que os sócios sejam pessoas
físicas, com responsabilidade solidária e ilimitada por todas as dívidas da empresa,
podendo o credor executar os bens particulares dos sócios, mesmo sem ordem
judicial.
A Sociedade em Nome Coletivo está em franco desuso, devido ao fato dos sócios
poderem ser compelidos a responderem solidária e ilimitadamente com os seus
patrimônios particulares, frente às dívidas contraídas pela pessoa jurídica da
empresa (= obrigações sociais), sem que sequer haja a necessidade de se decretar
a desconsideração da personalidade jurídica da sociedade em foco.
Entretanto por ser uma sociedade registrada (personificada), o patrimônio dos sócios
somente podem ser atingidos depois de esgotados os bens da empresa (art. 1024,
CC).
Assim sendo, o nome empresarial deverá ser formado pelo nome dos sócios que a
integram ou apenas por alguns deles, aos quais seguirá a expressão “& Companhia”
ou “& Cia”. - Ex: Vieira, Oliveira & Cia.
Lembramos que a firma social (= razão social) deverá ser constituída sob a
observância do critério da veracidade ou autenticidade, com o nome de um ou mais
sócios seguido da designação “& Companhia” ou “& Cia”.
CARACTERÍSTICAS
A ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE
Ou ainda...
CARACTERÍSTICAS
INTRODUÇÃO
FINALIDADE DA NORMA
INOVAÇÕES
CONCLUSÕES
SITES INDICADOS
ATIVIDADES
1) Drogba e Eto'o são sócios de uma Sociedade Limitada, com o objeto social de
vendas ao consumidor de roupas e acessórios em uma loja alugada em Rio de
Janeiro. Possuem o registro regular na Junta Comercial e dispõem do
Estabelecimento empresarial “Paraíso Tropical Modas”. Em junho deste ano
foram executados por fornecedores por inadimplência de dívidas sociais. Em
tese, os sócios responderão com seu patrimônio pessoal?
5) “A operação pela qual uma ou mais sociedades anônimas são absorvidas por
outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações”, é a definição de qual
dos institutos abaixo indicados:
a) Fusão.
b) Transformação.
c) Incorporação.
d) Cisão.
OBJETIVOS DA UNIDADE
Estimado (a) aluno (a), ao terminar os estudos desta unidade, você deverá
compreender e ser capaz de explicar os seguintes conceitos:
Direito do Trabalho;
Direito Tributário;
Tipos de impostos.
Você encontra no final desta unidade, sites para pesquisa e enriquecimento dos
conhecimentos da matéria de legislação, também encontrará exercícios para fixação
dos conteúdos.
Como o próprio nome diz a Consolidação das Leis Trabalhista é a reunião de leis
esparsas existentes, incluindo-se algumas novas, vale ressaltar que em comparação
com alguns países a CLT é tida pela doutrina como arcaica e desatualizada,
devendo ser alterada, para se adequar a nova realidade.
Irrenunciabilidade dos direitos: É vedado, por meio deste princípio, todo ato
destinado a desvirtuar ou ignorar a norma trabalhista, causando, por conseguinte, a
não observação de um direito a ser atribuído a determinado interessado.
Condição mais benéfica: Estabelece tal princípio que uma condição mais vantajosa
já conquistada na relação de emprego não deve ser reduzida. Benefícios
conquistados não podem ser retirados.
“Empregado é toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual, sob
a dependência do empregador e mediante salário” (art. 3º, CLT).
ALTERIDADE: Por último, o vínculo empregatício para ser caracterizado deve ter
alteridade, o que consiste na prestação de serviço por conta e risco do empregador.
Trata-se de uma proteção ao empregado, visto que este até pode participar dos
lucros da empresa, porém, não pode participar dos prejuízos.
ESPÉCIES DE CONTRATOS DE TRABALHO
a) por prazo determinado (artigo 443, §1º, CLT): O contrato por prazo
determinado é aquele cuja vigência depende de termo prefixado ou da
execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo
acontecimento suscetível de previsão aproximada. O prazo máximo do
contrato de trabalho por prazo determinado é de 2 (dois) anos.
b) por prazo indeterminado: pode ser quando o contrato de trabalho tiver como
objeto serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação
do prazo, quando se tratar de atividades empresariais de caráter transitório,
quando se tratar de contrato de experiência.
FALTAS AO SERVIÇO
Justificadas são as faltas que o empregado pode dar, sem prejuízo da remuneração
e dos demais direitos (DSR, férias); são justifica das as faltas dispostas no art. 473,
da CLT.
JORNADA DE TRABALHO
Registro na CTPS: É o direito que garante todos os outros. O registro serve como
meio de prova da relação de emprego, de cláusulas não usuais do contrato de
trabalho e do seu tempo de duração.
13º salário: Corresponde a um mês de serviço prestado. Pode ser pago em duas
parcelas. Trata-se de salário extra, oferecido ao trabalhador ao final de cada ano,
sendo calculado com base na remuneração integral, e não tão somente sob o
salário.
Verbas rescisórias: o trabalhador demitido sem justa causa tem direito a receber
13º proporcional, férias vencidas acrescidas de 1/3, férias proporcionais, saldo de
salários e aviso prévio, entre outras. O empregador ainda deve pagar uma multa de
40% sobre o saldo total do FGTS depositado.
JUSTIÇA DO TRABALHO
O CONCEITO LEGAL
“Art. 3°- Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.” (art. 3º do CTN).
Já na Lei 4.320/64, que estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração
e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do
Distrito Federal, a definição é a seguinte: “Art. 9 - Tributo é a receita derivada
instituída pelas entidades de direito público, compreendendo os impostos, as taxas e
contribuições, nos termos da Constituição e das leis vigentes em matéria financeira,
destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou específicas
exercidas por essas entidades.”.
Princípio da Igualdade ou da Isonomia (art. 150, II, da CF/88): Não deve haver
tratamento desigual a contribuintes que se encontrem em situação equivalente.
Princípio da Anterioridade (do exercício e nonagesimal) (art. 150, III, “b” e “c” da
CF/88): É vedada a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro (ano) e
antes de decorridos noventa dias em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou.
Princípio da Não-Cumulatividade (Art. 155, §2º, I, art. 153, §3º, II, e art. 154, I da
CF/88) Quanto ao ICMS, IPI e Impostos Residuais da União deve-se compensar o
que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação
de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou
pelo Distrito Federal.
FATO GERADOR
Art. 114. “Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como
necessária e suficiente a sua ocorrência”.
Art. 115. “Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da
legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure
obrigação principal”.
Sujeito Ativo – Definição - art. 119 do CTN: “Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é
a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu
cumprimento”.
Regra geral: é sujeito ativo aquele que detém a competência tributária (capacidade
de instituir o tributo).
Sujeito ativo é aquele que tem capacidade para figurar no polo ativo da relação
jurídica tributária, que pode exigir o tributo.
I) mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que
sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios
dos discriminados nesta Constituição (Competência Residual);
Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre (art. 155 da
CF/88):
III) serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em
lei complementar.
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
IMPOSTO
O Código Tributário Nacional conceitua imposto como: “Art. 16. Imposto é o tributo
cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.”
Tributo não vinculado a uma atividade estatal; é o contribuinte quem pratica o fato
gerador deste tributo.
Impostos federais: art. 153, CF; impostos estaduais: art. 155; e impostos municipais:
art. 156, CF; a União ainda tem competência para criar “outros” impostos: art. 154.
TAXAS
O Código Tributário Nacional conceitua imposto como: “Art. 77. As taxas cobradas
pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de
suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição”.
Não pode ter base de cálculo própria de imposto (art. 145, §2º, CF).
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
TIPOS DE IMPOSTOS
Impostos Federais:
a) II (Imposto de Importação);
b) IE (Imposto de Exportação);
c) IR (Imposto de Renda);
a) IPTU (Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana)- art. 156, inc.
I, da CF e art. 32 do CTN;
ATIVIDADES
1) Cite dois impostos que são de competência dos Municípios, dois de competência
dos Estados e dois de competência da União ?
a) formalidade do tributo;
b) causalidade do tributo;
c) independência do tributo;
d) legalidade do tributo.
3) O prazo inicial de 05 anos para efetuar o lançamento do tributo denomina-se
prazo de:
c) decadência;
d) prescrição.
4) Após ser acometido por uma doença por esforços repetitivos que impossibilita
Pedro de trabalhar, o mesmo passou a receber auxílio doença do INSS. Assinale
a alternativa que indica o efeito desse fato no seu contrato de trabalho.
a) três horas diárias e devem ser pagas com adicional de, no mínimo, 50%
superior à hora normal.
b) duas horas diárias e devem ser pagas com adicional de, no mínimo, 25%
superior à hora normal.
c) três horas diárias e devem ser pagas com adicional de, no mínimo, 25%
superior à hora normal.
d) duas horas diárias e devem ser pagas com adicional de, no mínimo, 50%
superior à hora normal.
OBJETIVOS DA UNIDADE
Estimado (a) aluno (a), ao terminar os estudos desta unidade, você deverá
compreender e ser capaz de explicar os seguintes conceitos:
Direito do Consumidor;
Você encontra no final desta unidade, sites para pesquisa e enriquecimento dos
conhecimentos da matéria de legislação, também encontrará exercícios para fixação
dos conteúdos.
Bons estudos!!!
DIREITO DO CONSUMIDOR
INTRODUÇÃO
Definimos a relação de consumo como o vínculo jurídico por meio do qual uma
pessoa física ou jurídica denominada consumidor adquire ou utiliza produto ou
serviço de outra pessoa denominada fornecedor.
Disto conclui-se que, para que seja amparada pelo Código de Defesa do
Consumidor, a relação tem que possuir todos estes aspectos. Ou seja, uma relação
de negócios que visa a transação de produtos e/ou serviços, feita entre um
fornecedor e um consumidor.
Tipos de Consumidores
Ex.: UTENTE: Empregada doméstica que manuseou o produto comprado pela patroa.
OBS.: Se o garagista, agindo como pessoa física, adquire o veículo da concessionária para seu
uso pessoal, haverá relação de consumo amparada pelo CDC. Porém, se o veículo foi
adquirido para uso do dia-a-dia da garagem, a relação também existirá.
CONSUMIDOR
HUGO NIGRO MAZZILLI: “Todo aquele que, para seu uso pessoal, de
sua família, ou dos que se subordinam por vinculação doméstica ou
protetiva a ele, adquire ou utiliza produtos, serviços ou quaisquer outros
bens ou informação colocados a sua disposição por comerciantes ou por
qualquer pessoa natural ou jurídica, no curso de sua atividade ou
conhecimentos profissionais” (MAZZILLI, 2004, p.147-148).
Conceito Legal: Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza
produto ou serviço como destinatária final, equiparando-se a este a coletividade de
pessoas, ainda que indeterminadas, que haja intervindo nas relações de consumo,
bem como todas as vítimas de danos causados por defeitos do produto ou relativos
à prestação de serviços, além das pessoas expostas às práticas comerciais na
condição de consumidores potenciais, sejam elas determináveis ou não (art. 2º,
caput e parágrafo único, art. 17 e art. 29, do CDC).
FORNECEDOR
PESSOA
Ex.: Sua loja vende um notebook ao seu Colega (Regido pelo CDC).
Substituição do Produto;
Características:
Ex.: Passageiro de Avião (Os passageiros tem à sua disposição as regras fixadas
pela ANAC que estabelecem necessidade de indenização, contudo, em valores pré-
fixados, pouco importando o tipo de dano. Tem, também, um Tratado Internacional
(Convenção de Varsóvia) que também estabelece a necessidade de indenização
por prejuízos causados aos passageiros, porém, igualmente em preços pré-fixados).
Características:
Conclusão: Por esta teoria poder-se-ia até mesmo dizer que mesmo não havendo violação
ao art. 6º, inciso II, do CDC (INFORMAÇÃO CORRETA), a Empresa responderia pelos danos
causados ao consumidor, porque tal responsabilidade decorreria da Teoria do Risco do
Empreendimento.
Acesso à Justiça: O consumidor deve ter assegurado livre acesso aos órgãos
judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos
patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção
Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados; (art. 6º, VII)
Características:
Foro Privilegiado:
Coisa julgada com efeitos ERGA OMNES ou ULTRA PARTES (art. 103,
CDC).
Obs.: Este entendimento não é pacífico na doutrina e no Judiciário. Há quem defenda que
a inversão, desde que configurado um dos requisitos, é direito do consumidor.
Inversão de Ofício: Não há qualquer impedimento para que o Juiz defira
de OFÍCIO.
SURPRESA AO FORNECEDOR: não ocorrerá, posto que o fornecedor conhece o teor do art.
6º, VIII, do CDC, portanto, sabe do risco de uma eventual inversão futura, podendo desde já
produzir tais provas em sua defesa.
JUÍZES: Alguns juízes têm intimado as partes acerca da necessidade de ambas (autor e réu)
produzirem tais provas, alertando-os acerca da possibilidade de inverter o ônus da prova por
ocasião da sentença. (OPINIÃO DO PROFESSOR: Neste caso, entendo ser desnecessária nova
intimação do réu para produção das provas, haja vista que já fora alertado por ocasião do
saneamento processual).
Requisitos para a inversão:
Formas de Hipossuficiência:
Serviços de Consumo:
Água
Luz
Telefone (privatizado)
Gás (privatizados)
Esgoto
Pedágio
Transporte Urbano
Gás (privatizados)
Exemplos:
TIPOS DE DEFEITOS
Tipo de responsabilidade:
OBS.: Valendo lembrar que tais profissionais (cirurgião buco-maxilo-facial, p. ex.) quando
acionados para intervenções cirúrgicas emergenciais, assumirão OBRIGAÇÃO DE MEIO.
(CASO BIMBO).
ÔNUS DO CONSUMIDOR
Legitimidade Passiva:
Fabricante
Produtor
Construtor
Importador
Atravessador
Ex.: CASO DO MALOTE: Avião de uma Empresa de Malotes que cai sobre uma
casa. Os moradores da casa são equiparados a “CONSUMIDORES”, segundo a
dicção do art. 17 do CDC.
Definição Legal de Defeito do Produto: (art. 12, § 1º, CDC) O produto é defeituoso
quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera, levando-se em
consideração sua “apresentação”, o “uso”, a “época em que foi colocado em circulação”
e os “riscos inerentes” (aqueles que razoavelmente se espera).
Tipos de riscos:
Ex.: SPC: Uma empresa envia os dados de Joaquim dos Anzóis para que seja
negativado e o SPC inclui o nome de Joaquim dos Anzóis, bem como da Esposa.
Ex.: CASO GOL: AVIÃO CAI – Responsabilidade Objetiva da Empresa mesmo que
a aeronave tenha sido atingida por outra.
Evolução Técnica: (art. 12, § 2º e 14, § 2º, CDC) O fato de surgirem produtos ou
serviços novos, com resultados melhores, não torna defeituoso o velho.
Ônus da Prova das Excludentes: FORNECEDOR (art. 12, § 3º e o art. 14, § 3º,
CDC).
Excludentes em Espécie:
Inexistência de Defeito (art. 12, § 3º, II, e 14, § 3º, I, CDC): O dever de
indenizar, tratando-se do fato do produto ou de serviço, tem como
pressupostos a existência de um “defeito” e a ocorrência de um “dano”
relacionado ao defeito apontado. Por conseguinte, se o produto não
apresentar nenhum defeito que possa diminuir-lhe as qualidades ou
quantidades, não causando nenhum dano ao consumidor, não se poderá
falar em indenização.
Culpa da Vítima (art. 12, § 3º, III, e 14, § 3º, II, CDC): Se ficar provado
que o acidente de consumo se deu em razão da culpa exclusiva DA
VÍTIMA, porquanto não haveria nexo de causalidade entre o dano sofrido
pelo consumidor e a atividade do fornecedor do produto ou serviço.
Ex.: CASO DOS SURFISTAS FERROVIÁRIOS: A empresa ferroviária, em
que pese possua responsabilidade OBJETIVA (art. 734, CC), não pode ser
responsabilizada pela morte de cidadão que viaja sobre o vagão do trem.
Fato de Terceiro (art. 12, § 3º, III, e 14, § 3º, II, CDC): O terceiro terá que
ser, necessariamente, uma pessoa completamente estranha à relação de
consumo.
Outras excludentes não previstas no CDC: Como dito alhures, muitos doutrinadores
entendem somente ser possível a adoção das excludentes catalogadas no CDC. No
entanto, a corrente majoritária tem admitido também a aplicação de outras excludentes, a
exemplo do CASO FORTUITO, da FORÇA MAIOR e da CULPA CONCORRENTE.
Ex.: CASO DAS GARRAFAS PET: Há um estudo que tem apontado que o plástico
das garrafas pet quando em contato com o produto pode causar câncer (ex.: Coca-
cola) – Estudos anteriores não comprovaram isso.
ORÇAMENTO PRÉVIO
COBRANÇA DE DÍVIDAS
PROTEÇÃO CONTRATUAL
OFERTA E PUBLICIDADE
Previsão Normativa:
Propaganda ≠ Publicidade
PUBLICIDADE ENGANOSA
Previsão Legal:
PUBLICIDADE ABUSIVA
Previsão Legal:
PUBLICIDADE RESTRITIVA
Previsão:
A PROPAGANDA
Normas Infraconstitucionais:
Ex.: TVs de LCD quando ainda não existia imagem digital consolidada no
Brasil.
CASO PRÁTICO: Cobrança de TAXAS ILEGAIS pelo Município. Tais taxas são
cobradas conjuntamente com o IPTU, portanto, o contribuinte não conseguirá
administrativamente pagar apenas o IPTU. Caso queira se livrar das taxas terá que
ingressar com ação, o que muitas vezes não se torna viável tendo em vista o valor.
Trata-se, obviamente, de direito a ser tutelado coletivamente. Ex.: TAXA DE
ILUMINAÇÃO PÚBLICA.
Interesses DIFUSOS;
Ex.: Moradores de uma região ou cidade, expostos a poluentes expelidos por uma
Fábrica.
Obs.: Nestes dois últimos exemplos o “Direito” somente será “DIFUSO” se o sujeito (ou
grupo) não sofrer efetivamente o dano, pois se isso ocorrer o “Direito” passará a ser
“Individual Homogêneo”.
Características:
Obs.: Obviamente haverá relação jurídica entre os sujeitos e o responsável pelo dano,
contudo, a origem do problema não é o “contrato”, mas sim o produto defeituoso.
Divisibilidade do Objeto;
INDIVIDUAIS
DIFUSOS COLETIVOS
HOMOGÊNEOS
OBJETO Indivisível Indivisível Divisível
SUJEITO Indeterminável Determinável Determinável
Relação Relação Relação
LIAME DE LIGAÇÃO
FÁTICA JURÍDICA COMUM
Fonte: Elaborado pelo autor
Objeto: Poderá ser divisível ou indivisível. Será indivisível quando não for possível
proteger apenas um dos sujeitos, sem que o direito dos demais também seja
protegido.
Ex.: Veículo com defeito de fabricação. (Obviamente, todas as pessoas que adquiriram
o veículo defeituoso mantém com o vendedor uma relação jurídica comum (contrato de
compra e venda), contudo, o que os une é a relação fática (DEFEITO DO CARRO).
Este direito individual homogêneo somente será passível de ressarcimento se
eventualmente o sujeito sofrer algum acidente por conta da avaria.
EX.: Ação Civil Pública que tenha como objeto a impugnação de cláusula que
estabelece multa com valor excessivo em contrato de adesão.
ATIVIDADES
1) Qual o tempo que um produto novo pode permanecer em assistência técnica em
seu prazo de garantia? Fundamente através do Código de Defesa do
Consumidor:
e) NDA.
e) NDA.
BOBBIO, N. Era dos direitos. Tradução Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro:
Campus, 1988.
MARTINS, F. Curso de direito comercial. 35. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011.