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e do Trabalho Científico
Professora Dra. Ana Paula Stroher
Diretor Geral
Gilmar de Oliveira
Diretor Administrativo
Eduardo Santini
UNIFATECIE Unidade 4
BR-376 , km 102,
Saída para Nova Londrina
FICHA CATALOGRÁFICA Paranavaí-PR
FACULDADE DE TECNOLOGIA E (44) 3045 9898
CIÊNCIAS DO NORTE DO PARANÁ.
Núcleo de Educação a Distância;
STROHER, Ana Paula. www.fatecie.edu.br
Metodologia da Pesquisa e do Trabalho Científico.
Ana. Paula Stroher.
Paranavaí - PR.: Fatecie, 2020. 78 p.
As imagens utilizadas neste
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária livro foram obtidas a partir
Zineide Pereira dos Santos. do site ShutterStock
AUTORA
CURRÍCULO LATTES
http://lattes.cnpq.br/6608939384267038
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
UNIDADE I ..................................................................................................... 6
Método Científico
UNIDADE II .................................................................................................. 23
Pesquisa Científica
UNIDADE IV ................................................................................................ 57
As Modalidades de Trabalhos Científicos
UNIDADE I
Método Científico
Professora Dra. Ana Paula Stroher
Plano de Estudo:
• Conceito de ciência;
• O conhecimento científico e suas abordagens;
• Definição e etapas da metodologia científica.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar ciência;
• Compreender o conhecimento científico;
• Estabelecer a importância e aplicação da metodologia científica.
6
INTRODUÇÃO
Prezado(a) aluno(a), essa Unidade tem como objetivo apresentar os principais con-
ceitos da ciência e consequentemente da metodologia científica. Essa contextualização é
importante para prepará-lo(a) para as unidades seguintes que tratam mais especificamente
da pesquisa científica.
Como sabemos, a pesquisa, o conhecimento e a produção de informações novas
evoluem muito rapidamente nos dias atuais.
Nesse contexto, falar sobre ciência é algo um tanto quanto complexo, não só pela
grande abrangência da mesma, mas pelo fato dela ser dinâmica e em constante mutação.
Para tanto, abordaremos aqui uma concepção mais prática que permita a você
aluno(a) não só conhecer a teoria como também colocar esses conceitos em práticas e
quem sabe até uma possível inserção na comunidade científica brasileira.
Há alguns anos, a pesquisa era mais voltada para a formação profissional e ingres-
so no mercado de trabalho. Atualmente, muitas das pesquisas respondem a demandas do
governo e da sociedade.
Assim, espero que você compreenda os conceitos apresentados nessa unidade
para posteriormente compreender a aplicação da pesquisa científica e quem sabe futura-
mente fazer sua contribuição para a sociedade como um pesquisador.
Caro(a) aluno(a) você com certeza já deve ter ouvido falar sobre a ciência e sua
importância para a humanidade.
Pode-se dizer que a ciência é tão antiga quanto a própria existência do homem,
pois a partir da sua existência consequentemente houve sua inquietude e infinitos
questionamentos diante da percepção e da compreensão dos fenômenos que o cercam.
Isso pode ser comprovado por meio dos conhecimentos sobre astronomia, geo-
metria e física oriundas já das antigas civilizações que constituem a base do pensamento
científico contemporâneo.
A palavra “ciência” tem origem do latim “scientia”, e significa “conhecimento”. Mui-
tas vezes ouvimos o termo “tomar ciência” quando tomou conhecimento de alguma coisa.
Ou ainda “estou ciente” para dizer que tem conhecimento de algum fato ou informação
repassada.
Podemos dizer ainda que, a ciência é o de conhecimento que almeja a
compreensão das verdades, teorias ou leis para assim conseguir explicar o funcionamento
do universo como um todo.
É por isso que cientistas fazem observações, verificações, medições, análises e
classificações, procurando entender os fatos e traduzi-los para uma linguagem estatística.
E é aí que entra o método científico.
Por fim, Koche (1997) afirma que não existe uma única concepção de ciência.
Desta maneira podemos dividi-la em períodos históricos, cada um com modelos e
paradigmas teóricos diferentes a respeito da concepção de mundo, de ciência e de
método. De uma forma simplificada podemos fazer essa análise da seguinte maneira:
#REFLITA#
Do duplo elemento de uma época, o mutável e o fixo - o ainda não comprovado e o esta-
belecido definitivamente - , somente o último é cumulativo e progressivo. Os elementos
que constituem grande parte da ciência e que são transitórios e efêmeros, como certas
hipóteses e teorias, perdem-se no tempo, conservando, quando muito, interesse históri-
co. Cada época elabora suas teorias segundo o nível de evolução em que se encontra,
substituindo as antigas, que passam a ser consideradas como superadas e anacrônicas
(CERVO, BERVIAN E SILVA, 2007).
Prezado (a) aluno (a) você já deve ter ouvido falar sobre conhecimento científico.
Esse tipo de conhecimento vai um pouco além do que chamamos de conhecimento empí-
rico (que é aquele que adquirimos com nossa experiência do dia a dia).
O conhecimento empírico tem como característica o que chamamos de conheci-
mento superficial, com base nos nossos sentidos e subjetividade. Além disso, ele é
tratado como conhecimento de senso comum que tem origem popular e é adquirido pela
convivência com coisas e pessoas ao longo do tempo. Nesse tipo de conhecimento não é
necessário o aprofundamento do assunto, e sim, somente a observação.
De acordo com Cervo, Bervian e Silva (2007, p.7) “o conhecimento científico vai
além do empírico, procurando compreender, além do ente, do objeto, do fato e do fenôme-
no, sua estrutura, sua organização e funcionamento, sua composição, suas causas e leis.”
É importante ressaltar que o conhecimento científico trata de informações e fatos
que passaram por análises e testes e consequentemente foram comprovados. Além
disso, lida com fatos e ocorrências, podendo ser verificado. Outro ponto importante é que
ele é aproximadamente exato e sistemático, ou seja, ordenado logicamente.
São ainda características do conhecimento científico segundo Cervo, Bervian e
Silva (2007):
• É certo, pois sabe explicar os motivos da sua certeza;
• Se refere a ocorrências ou fatos;
• É geral, pois conhece no real o que há de mais universal e válido para todos os
casos da mesma espécie;
#REFLITA#
Olá aluno(a) você já deve ter ouvido falar dela, a metodologia científica, mas muitos
estudantes ficam confusos sobre o que ela trata e como aplicá-la em seus trabalhos. Por
isso vamos falar aqui sobre a metodologia científica e tudo o que é importante você saber
sobre ela para conseguir concluir seu curso com êxito em seus trabalhos.
A metodologia científica tem fundamental importância para a elaboração de vários
tipos de pesquisa acadêmica, tais como: TCC, monografia, artigo científico, tese, disserta-
ção, entre outros. É importante salientar que, para a formação do conhecimento científico
é necessário compreender que a Ciência atende a um procedimento metódico onde
partimos do problema de pesquisa.
Assim, a metodologia, de uma forma geral, é o estudo dos métodos e dos instru-
mentos que visam e auxiliam a elaboração de um trabalho científico (KOCHE, 1997).
De uma maneira geral, o método pode ser entendido como um conjunto de proces-
sos ou etapas, dos quais é possível chegar a algum conhecimento (LAKATOS E MARCONI,
2003).
Neste contexto, Cervo e Bervian (2007) afirmam que o pesquisador não pode se
dar ao luxo de fazer tentativas ao acaso para ver se obter algum êxito inesperado. Em
outras palavras, o método não é escolhido ao acaso ou inventado.
Você como aluno(a) aplicará uma metodologia para a conclusão de um curso de
graduação ou pós graduação, seja no formato de um artigo, tcc ou monografia.
Elaborar um mapa mental pode ajudar a memorizar o conteúdo estudado, assim como
organizar informações e ideias. Muitas pessoas tem dificuldade de memorizar conteú-
dos e os seus detalhes importantes. Dessa maneira, uma das técnicas que auxiliam
nessa memorização é elaborar um mapa mental: ele consiste em um maneira de orga-
nizar essas informações e assim facilitar sua compreensão. Para assimilar as etapas
do método científico, por exemplo, uma dica é fazer uso do mapa mental, onde você
mesmo(a) aluno(a) pode elaborar o seu.
a. Abordagem quantitativa
De acordo com Soares (2003) esse tipo de abordagem, como já diz o nome, tem
a ver com a quantificação de dados por meio de uma pesquisa, dessa maneira são neces-
b. Abordagem qualitativa
Para Oliveira (1997) ao contrário da abordagem quantitativa, a qualitativa não apli-
cará métodos e ferramentas estatísticas para análise de um problema.
O autor destaca ainda que, na abordagem qualitativa, o pesquisador irá analisar
os fatos por meio de teorias, buscando então a solução do problema inicial. São exemplos
de aplicações desse tipo de abordagem: descrever hipóteses e problemas, classificar e
compreender processos sociais, interpretar fatos, leis, teorias, entre outros.
c. Abordagem mista
Como o nome já diz, trata-se de uma abordagem que mistura técnicas de pesquisa
qualitativa juntamente com a abordagem quantitativa.
Essa combinação de diferentes formas de coleta de dados inicia-se na década de
1950 e nos anos 70 houve um crescimento no número de pesquisas que juntavam dados
qualitativos e quantitativos. Já na década de 80 cresce o interesse quanto aos procedimen-
tos que caracterizam estudos mistos e, finalmente, nos anos 90, surgem obras escritas
sobre metodologia mista.
Rocco (2003) apresenta as divisões das etapas de um estudo misto que são:
-Primeira Etapa: tipo de projeto a investigar podendo ser exploratórios ou confirma-
tórios;
-Segunda Etapa: tipo de coleta de dados;
-Terceira Etapa: análise e Inferência dos dados.
Tanto os métodos quantitativos quanto os métodos qualitativos apresentam limi-
tações. Nesse sentido, a utilização da abordagem mista, aparece como forma de se obter
uma compreensão mais abrangente dos fenômenos ao combinar os diferentes métodos
utilizando os pontos fortes de cada um deles (CRESWELL; 2009).
Segundo Silverman (2009), na prática, há três maneiras principais de combinar a
pesquisa qualitativa e quantitativa. A primeira consiste na utilização da pesquisa qualitativa
para explorar um tema específico, visando montar um estudo quantitativo. O autor ressalta
também que é possível começar com um estudo quantitativo a fim de estabelecer os con-
tornos amplos do campo para, a seguir, utilizar a pesquisa qualitativa. E por fim, existe a
#REFLITA#
A Ciência exerce uma grande influência em nossa vida cotidiana a ponto de ser
difícil imaginar com seria o mundo atual sem a sua contribuição ao longo do tempo. Parti-
cularmente no mundo dos medicamentos é fácil relembrar a grande evolução acontecida
após a segunda guerra mundial.
A Ciência tem sido a grande responsável pelas transformações tecnológicas que
têm suportado as incríveis evoluções nas concepções dos novos medicamentos, aos en-
tendimentos de mecanismos de ação de fármacos, das particularidades das relações entre
estruturas químicas e efeitos farmacológicos, assim como dos efeitos adversos.
Contudo, a Ciência, ao lado de proporcionar novas abordagens em torno da maioria
dos aspectos envolvidos em nossa vida, também produziu seus efeitos colaterais, tais como
as questões éticas importantes envolvidas na clonagem ou nas manipulações genéticas, no
uso de animais de laboratório, entre outros.
Dessa forma, é inegável que muitas coisas não existiriam ou teriam um entendi-
mento muito limitado sem a contribuição decisiva das teorias científicas, mas também é
certo que muitos outros novos problemas derivados dessa evolução virão a existir num
futuro próximo.
Embora, no passado, nem sempre houve uma percepção clara da contribuição da
Ciência na vida cotidiana, ela sempre esteve presente nos grandes eventos da humanida-
de, por exemplo, desde a percepção do ser humano para a manutenção e aproveitamento
do fogo e das técnicas de preparação de corpos por mumificação. Na atualidade, a Ciência
tem um papel fundamental no conhecimento do ser humano em torno da realidade e do
significado do mundo em que vivemos.
Fonte: OLIVEIRA A.G.; SILVEIRA D. A importância da Ciência para a sociedade. Revista Infarma. V. 25, Nº
4, 2013. Disponível em: http://revistas.cff.org.br/?journal=infarma&page=article&op=download&path%5B%-
5D=572&path%5B%5D=pdf.
LIVRO
Título: Scielo 15 anos de acesso aberto: um estudo analítico sobreacesso
aberto e comunicação científicaAutor: Abel
Packer e outros Editora: Unesco
Sinopse: este é um livro sobre o Scielo que buscou documentar uma boa prática
de publicação em acesso aberto. Os acessos aos portais da Rede Scielo de mais de
1 milhão por dia para explorar as ciências e um número semelhante de downloads
de pesquisa científica dão o testemunho de que o Scielo tem sido um guia para
difundir e ampliar o conhecimento contido nas páginas de periódicos e de livros.
Plano de Estudo:
• Conceitos e Definições de pesquisa científica;
• Cuidados com a escolha das fontes de pesquisa;
• Principais aspectos da ética da pesquisa.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar a pesquisa científica;
• Compreender a ética na pesquisa;
• Estabelecer a importância da escolha das fontes de pesquisa.
23
INTRODUÇÃO
Bons estudos!
Caro(a) aluno(a) quando falamos em pesquisa várias são as definições que pode-
mos apresentar, tanto em um simples pesquisa no nosso dia a dia como em uma pesquisa
para descoberta de um novo medicamento. Nosso foco aqui será a pesquisa científica no
âmbito acadêmico.
A pesquisa é definida como um questionamento, uma investigação, uma indagação
que leva ao conhecimento, ou seja, visa o conhecimento de aspectos da realidade. Pode-se
dizer que é um processo de produção de conhecimento (TOZONI-REIS, 2007).
Para Knechtel (2014), a pesquisa é uma investigação científica, que produz co-
nhecimento por meio de uma atividade intelectual, intencional e sistemática, procurando
respostas para necessidades do ser humano.
Dependendo da qualificação do pesquisador, a pesquisa terá objetivos e resultados
diferentes. O estudante universitário, iniciante na pesquisa e o pesquisador profissional (já
há tempos trabalhando com pesquisa) terão objetivos diferentes. O objetivo dos iniciantes
é a aprendizagem e treino de técnicas, refazendo então caminhos já percorridos por pes-
quisadores (CERVO, BERVIAN, SILVA, 2007).
Segundo Leite (2008), a pesquisa científica obrigatoriamente usa o método científi-
co e tem por por objetivo buscar, através dos métodos e das técnicas, as soluções para os
problemas identificados. Além disso, por meio dela é possível a elaboração de teorias e a
construção de um conhecimento metódico, sistemático, válido e universal.
#SAIBA MAIS#
Os cursos de pós graduação são divididos em Lato Sensu e Stricto Sensu. Lato Sensu
significa “em sentido amplo” e compreende os cursos de pós-graduação voltados para
especializações. Stricto Sensu significa “em sentido limitado”, ou seja, essa pós-gradua-
ção está restrita aos cursos de mestrado e doutorado. Assim como no Lato Sensu, os
alunos que desejam fazer um curso Stricto Sensu devem ter concluído uma graduação.
Para evitar qualquer caracterização de autoplágio, o uso de textos e tra-balhos anteriores do próprio
autor deve ser assinalado, com as devidas referências e citações.
Além disso, outro ponto que merece atenção é o plágio. A apropriação indevida
de obras de outros autores é antiético e é caracterizado como crime de violação do direito
autoral pela lei brasileira, assim como pela legislação de outros países.
Hoje já existem ferramentas para verificação de plágio em questões dissertativas
e produções textuais por exemplo, que pode ser facilmente detectado em programas com-
putacionais.
De acordo com Maurer, Kappe e Zaka (2006) os métodos de descoberta de plágio
através de softwares geralmente são divididos em três categorias: comparação entre docu-
mentos, busca por parágrafo suspeito na internet e a estilometria.
Portanto para evitar uma situação desagradável, toda obra que você utilizar em seu
trabalho deve ser dado os devidos créditos aos autores por meio das citações.
Caro(a) aluno(a) é importante ressaltar que quando se pratica pesquisa, é indispen-
sável pensar na responsabilidade do pesquisador no processo de suas investigações e de
seus produções científicas.
Dessa maneira, pode-se dizer que a pesquisa científica é essencial para a cons-
trução do saber nas universidades, para que assim elas possam cumprir com o seu papel
social e do bem-estar e soberania da sociedade.
Caro(a) aluno(a) visto a importância da pesquisa científica para a sociedade como
um todo, pense na possibilidade em fazer parte desse meio científico já na graduação,
quem sabe até por meio de uma Iniciação Científica! Mas lembre-se, é importante que você
esteja disposto a cumprir com os deveres de um pesquisador, pois pesquisa científica é
rigorosa!
#SAIBA MAIS#
•Dê preferência para as fontes de pesquisa que tem maior envolvimento com
seu tema e sua área.
•Evite fazer as citações de citações (quando você cita um autor por meio da
obra de outro). Sempre que possível busque a obra original para sua pesquisa.
Você pode estar se questionando: mas então quais são os meios confiáveis que
posso utilizar para minha pesquisa?
Aluno(a) é natural que você fique um pouco perdido nas suas primeiras pesquisas.
Vamos aqui então indicar algumas fontes que você pode consultar quando precisar:
• Livros: tanto no formato físico como e-books;
• Periódicos: revistas cientificas nacionais e internacionais;
• Artigos científicos;
• Legislações;
• Teses e dissertações.
Lembre-se: a correta escolha da fonte de pesquisa também faz parte da ética do
pesquisador!
Agora você pode estar se perguntando: mas onde encontrar todo esse material?
Segue abaixo algumas bases que você pode acessar.
• Bibliotecas universitárias: a maioria das universidades já têm inclusive as biblio-
tecas online;
• Google acadêmico: muito utilizado para fazer busca de artigos, livros e revistas.
• Scielo: possui revistas de diferentes países, além de livros e revistas;
• Scopus: é o site da editora Elsevier onde também podemos encontrar artigos,
livros e revistas de diversas áreas;
• Plataforma sucupira: permite o acesso a revistas nacionais e internacionais.
Fonte: Adaptado de: VILAÇA, L.F. Plágio: impressões gerais sobre questões éticas e o prejuízo ao
progresso acadêmico. Revista Jus Navigandi. 2017. Disponível em https://jus.com.br/artigos/61218/plagio-
-impressoes-gerais-sobre-questoes-eticas-e-o-prejuizo-ao-progresso-academico
LIVRO
Título: Metodologia Científica
Autor: Amado L. Cervo, Pedro A. Bervian, Roberto da SilvaEditora: Pearson
Sinopse: Referência na área, Metodologia científica já se tornou um
clássico, mas continua em evolução. Esta nova edição, totalmente revista,
procura atender aos anseios dos leitores com uma concepção mais prática,
refletindo a ênfase atual adotada por agências, institutos, fundações e
empresas que investem em estudos para a qualidade do projeto e para a
produtividade do pesquisador. O caráter mais prático do livro transparece, por
exemplo, no modo como ele aborda a elaboração de projetos e de relatórios
finais de pesquisa. É também evidente em seu novo projeto gráfico que, com
um aproveitamento mais racional do espaço, ele foi totalmen- te otimizado, o
que tornou o conteúdo mais dinâmico e acessível. Complementa a obra um
site de apoio exclusivo, com exercícios e materiais adicionais que ajudam a
embasar o conhecimento teórico adquirido, além de links que proporcionam
um maior envolvimento do leitor com a comunidade científica brasileira.
Todas essas características fazem da sexta edição desta obra uma
ferramenta indispensável para estudantes de graduação e pós-graduação que
precisam de orientações consistentes não somente para a produ- ção
acadêmica, mas também para a elaboração de trabalhos de conclusão de
curso, dissertações e teses.
Plano de Estudo:
• Conceitos e importância do projeto de pesquisa;
• Importância e aplicação do projeto de pesquisa;
• Etapas de um projeto de pesquisa.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar o projeto de pesquisa;
• Estabelecer a importância da elaboração do projeto de pesquisa;
• Compreender as etapas de um projeto de pesquisa.
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INTRODUÇÃO
Bons estudos!
#SAIBA MAIS#
Um acadêmico deve buscar a interação com o tema e ter em mente que o título não per-
tence ao tema. Mas, ao criarmos um trabalho acadêmico saberemos distinguir a relação
entre ambos, pois o título pode ser incluído no final do trabalho, já o tema é o primeiro
a ser definido.
3.1 Metodologia
Prezados alunos(as) aqui trataremos sobre a descrição dos procedimentos que
devem ser abordados na obtenção de resultados, objetivos bem como, funcionalidades
com base em definições e desenvolvimento da pesquisa.
Em resumo, a metodologia é o tópico do projeto de pesquisa que responde às
seguintes questões: Como? Com quê? Onde? Quanto? (LAKATOS E MARCONI, 2003).
Então, pensamos precisamos estabelecer o perfil da pesquisa como uso da amos-
tragem populacional, descrição da obtenção dos dados e apresentação dos mesmos. (GIL,
2009).
Para tanto, segundo o autor, é necessário estabelecer as seguintes informações:
- Modelo ou tipo de pesquisa: a apresentação sobre a pesquisa deve relacionar
sua ação ou natureza, podendo ser exploratória, descritiva e/ou explicativa. Assim, deve ser
analisado no formato de delineamento entre eles: trata-se de uma pesquisa experimental,
levantamento, estudo de caso e pesquisa bibliográfica;
- Amostragem ou população: busca a interação do estudo como a extensão e
formato a ser aplicado;
- Coletando dados da pesquisa metodológica: os dados serão desenvolvidos e
interpretados mediante as coletas que envolvam o perfil aplicado. Dentre eles, formatos en-
3.3 O cronograma
No projeto de pesquisa é necessário também apresentar o cronograma que deve
ser elaborado para atender às diversas etapas do projeto de pesquisa. O cronograma
indica com clareza o tempo de execução previsto para as diversas fases da pesquisa e
apresentará desde o período da escolha do tema e definição do problema até o momento
da apresentação do trabalho final (defesa).
Fonte: o autor
É importante ressaltar que não existe um modelo único para o cronograma, cada
pesquisador deve elaborá-lo de acordo com suas necessidades específicas.
4.2 Resumo
Um resumo deve seguir a normativa ABNT NBR 6028. Assim a sua aplicação é
obrigatória, e trata-se de um síntese do trabalho desenvolvido pelo pesquisador, o que
prevê em sua escrita é a informação, na qual a primeira frase adiciona-se o assunto a ser
estudado, seguido pelo objetivo do estudo e aplicação da metodologia imposta na pesquisa
e finaliza-se com considerações finais conhecidas também conhecida como conclusão do
trabalho. Lembrando prezados alunos (as) toda o resumo deve ser apresentado em espaço
simples sem a adição de parágrafos e conter entre 250 a 500 palavras.
Além destes recursos aplicados ao resumo o mesmo deve apresentar palavras-
-chave ( em geral de 3 a 5), que são de extrema importância e devem estar direcionadas ao
tema da pesquisa. Ainda é importante ressaltar que, um resumo não recebe citações de
autores, é de cunho próprio do autor da presente obra.
Segundo Cervo, Bervian e Silva (2007) duas técnicas podem ser utilizadas na ela-
boração do resumo. Na primeira utilizam-se apenas a ideia principal e as ideias secundárias
para articular um texto explicativo. Na segunda utilizam-se apenas as palavras-chave para
a construção do resumo.
Após apresentar o resumo, é necessário apresentá-lo traduzido para língua
estrangeira onde o também seguirá parâmetros da ABNT NBR 6028 (2003). A linguagem
pode ser: Inglês, Espanhol e/ou Francês. A formatação segue o mesmo padrão do
resumo em português (já discutido anteriormente).
Prezado (a) aluno (a) nesta terceira unidade, trabalhamos com a aplicação de
hipóteses referente ao problema a ser proposto pelo nosso tema e elaboração do projeto
de pesquisa.
Para tanto, observamos que a formação de um tema focado na proposta de uma
pesquisa deve atender e inúmeros procedimentos de grande relevância para que os leitores
possam compreender o estudo, bem como a descrição concretizada pelo autor.
A formação do problema traz à tona a problematização do tema relacionado à
pesquisa, e em seguida elaboramos hipóteses para solucioná-lo. O embasamento teórico
também é importante pois buscamos em trabalhos já publicados, teorias que auxiliam no
nosso estudo.
Toda essa contextualização alunos (as) não seria possível sem o uso da metodolo-
gia científica que visa contribuir para formatação coerente de um projeto a ser desenvolvido.
Ainda sobre a elaboração do projeto de pesquisa é necessário, ao final do mesmo,
referenciar todos os dos autores citados e suas respectivas obras mediante norma da ABNT.
Aluno(a) estudamos aqui uma estruturação bem dinâmica para o projeto de pes-
quisa e suas abordagens, agora precisamos que você faça o estudo e aprofundem todo o
conhecimento adquirido e zelem pelo mesmo, além disso, tenham comprometimento no
quesito pesquisa e qualidade na produção de trabalhos acadêmicos. Estamos combinados?
LIVRO
Livro: Metodologia Científica
Autor: Marina de Andrade Marconi e Eva Maria Lakatos
Editora: Atlas
Ano: 2009
Sinopse: A Metodologia Científica, mais do que uma disciplina, significa
introduzir o discente no mundo dos procedimentos siste- máticos e racionais,
base da formação tanto do estudioso quanto do profissional, pois ambos
atuam, além da prática, no mundo das ideias. Podemos afirmar até: a prática
nasce da concepção sobre o que deve ser realizado e qualquer tomada de
decisão fundamenta-se naquilo que se afigura como o mais lógico, racional,
eficiente e eficaz. Desse modo, a condensação da trilogia Metodologia
científica, Técnicas de pesquisa e Metodologia do trabalho científico nesta
obra, procura suprir uma necessidade existente em nossa bibliografia, ou
seja, um trabalho que sintetize, ao mesmo tempo, procedimentos didáticos,
fundamentos para trabalhos escolares, de final de curso e científicos,
relatórios e memorandos, assim como sirva de base para a atividade
profissional que, por definição, precisa ser ordenada, metódica e lógica.
Plano de Estudo:
• Modalidades de trabalhos científicos;
• Estruturação de trabalhos e relatórios;
• Tipos de relatório de pesquisa;
• Apresentação da pesquisa científica.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e estruturar o trabalho acadêmico;
• Compreender os tipos de relatório de pesquisa;
• Estabelecer a importância da apresentação da pesquisa científica.
Bons estudos!
Elementos pré-textuais:
- Capa;
- Folha de rosto (obrigatório);
Elementos textuais:
- Introdução;
- Desenvolvimento;
- Conclusão.
Elementos pós-textuais:
- Referências (obrigatório);
- Glossário (opcional);
- Apêndice (opcional);
- Anexo (opcional);
- Índice (opcional).
2.1.3 Errata
É um elemento opcional. Sua inserção ocorre depois da folha de rosto, condiciona-
do a referência do trabalho seguido do texto da errata.
2.1.6 Epígrafe
É um elemento opcional e deve ser elaborada conforme a ABNT NBR 10520/2002.
Sua inserção ocorre após os agradecimentos.
2.1.12 Sumário
Trata-se de um elemento obrigatório. É também chamado de índice e apresenta
todos os títulos e subtítulos dentro do trabalho, bem como suas paginações
2.2.2 Desenvolvimento
A formação do desenvolvimento é o fortalecimento do corpo do trabalho, trata-se da
sua execução. Assim, sua formação é composta pela fundamentação teórica, a metodologia
e, para a pesquisa de campo, a análise e interpretação de dados.
2.3.1 Referências
Trata-se de uma listagem de autores que foram citados ao longo do trabalho. As-
sim, sua adição é obrigatória em qualquer tipo de trabalho e nela devem figurar apenas os
materiais que foram citados ao longo do projeto de pesquisa.
2.3.2 Glossário
Trata-se de um elemento opcional focado na apresentação de palavras que não
sejam de uso comum do leitor, que possam causar dúvidas a respeito de seu significado.
#SAIBA MAIS#
Muitos alunos não sabem diferenciar quadros e tabelas e acham que significam um
mesmo elemento. A construção de tabelas é composta por dados obtidos pelo próprio
pesquisador com o uso de números e/ou dados de porcentagem. Sem linhas verticais
laterais. Já os quadros são utilizados para representar dados que não estejam no for-
mato de números.
Caro (a) aluno (a), falaremos aqui sobre alguns tipos de relatório que fazem parte
do relatório acadêmico. Iniciaremos com o relatório de pesquisa de Iniciação Científica (IC)
também podendo ser aplicado em outra modalidades de pesquisa.
O relatório de pesquisa trata de um documento que visa a demonstração de como
o seu projeto foi executado, como os dados foram obtidos e forma de coletas bem como
análise de resultados e discussão dos mesmos.
Além de seguir essa estruturação, outros cuidados deve-se ter ao redigir o relatório:
- não utilizar gírias ou linguagem coloquial na escrita científica;
- cuidar com parágrafos muito longos;
- cuidar com o plágio, lembre-se: é crime intelectual.
Prezado (a) aluno (a) neste quarto capítulo, focamos como ponto de estudo os
trabalhos científicos e seu perfil de estruturação bem como, a argumentação do projeto de
pesquisa proposto pelo pesquisador.
Assim, basicamente toda a sua estruturação contou com elementos pré-textuais,
textuais e pós-textuais. E, portanto, observem que os elementos pós-textuais figuraram
como elementos obrigatórios e elementos opcionais. A abordagem focada na atribuição
do conhecimento da escrita é muito importante e deve atender, a formatação necessária
ao tipo de documento a ser realizado quando tratado como documentos científicos, entre
eles: formação de monografias, relatórios de iniciação científica entre outros, de grande
importância acadêmica.
Por último, muitos dos trabalhos científicos são apresentados mediante uma banca
avaliadora. Assim, a apresentação deve passar também por uma metodologia que visa
organizá-la, assim como ocorre em trabalhos científicos com a apresentação da introdução,
objetivos, justificativa, materiais e métodos, procedimentos, discussão e finalizando com
conclusão e referências utilizadas.
Assim, mediante o conhecimento adquirido ao longo dos conteúdos com conceitua-
ção de exemplos práticos, desejamos a você aluno(a) um excelente crescimento acadêmico
na área da pesquisa científica.
Ficamos por aqui, um grande abraço a todos!
LIVRO
Título: Metodologia Científica
Autor: Roberto Hernández Sampieri, Carlos Fernández Collado ePillar Baptista
Lucio
Editora: Mac Graw Hill
Ano: 2013
Sinopse: A 5ª edição de Metodologia de Pesquisa mantém seu caráter didático e
multidisciplinar, mas foi completamente reestru- turada e atualizada conforme os
últimos avanços no campo da pesquisa para se adaptar às necessidades dos
estudantes de diversas áreas do conhecimento. Aprenda todos os tópicos básicos
e essenciais das pesquisas quantitativa, qualitativa e mista em uma linguagem
acessível e clara.
BAILLY, Anatole. Dictionaire: Grec-Français. Rédiger avec le concour de E. Egger. Paris: Hache-
tte, 1950.
BEAUD, M. Arte da tese: Como preparar e redigir uma tese de mestrado ou doutorado, uma mono-
grafia ou qualquer outro trabalho universitário. Tradução de Glória de Carvalho Lins. 3ª ed. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 2000. 176 p.
BOOTH, W. C.; COLOMB, G. G.; WILLIAMS, J. M. A arte da pesquisa. 3ª edição. São Paulo:
MartinsFontes, 2005. 352 p.
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Querido (a) aluno (a), o estudo das quatro unidades intituladas no livro
Metodologia Científica, um livro recheado de conteúdos focados na busca da melhoria no
processo de formatação e descrição de um projeto de pesquisa, tudo isso, soma-se a
motivação de alunos (as) como vocês, que justificam a qualidade dos trabalhos científicos
realizados nopaís.
Para isso, iniciamos nosso estudo com a introdução da definição sobre a ciência
a qual informamos, sobre o conhecimento científico que provém pela observação e expe-
rimentação, ou seja, é uma experiência com base na busca por pesquisa. E seguimos na
abordagem lógica na investigação por meio de métodos abordados entre eles o dedutivo,
dialético entre outros. O método dedutivo é reconhecido pela ciência por conta de pes-
quisas e conhecimentos obtidos ao longo das gerações. Seguimos na segunda unidade
fortalecendo a definição da pesquisa científica, aspectos éticos, caracterização da pesquisa
bem como, suas etapas aplicadas. Assim, a pesquisa científica busca realizar estudos pu-
blicados e caracterizados com o objetivo de reproduzir resultados mediante a mudanças
nos procedimentos aplicados e novos rendimentos.
Na terceira unidade, iniciamos com a implantação e conceituação de procedimentos
como o tema e título abordado, justificativa do projeto, formulação do problema, hipótese,
metodologia entre outros. Assim, iniciar com um tema a ser proposto é o começo, em se-
guida a formulação de uma justificativa visa incluir contribuições sobre o projeto proposto.
Outro formato, é acrescentar ao projeto a formulação do problema na forma de pergunta,
para embasar o tema a uma direção.
No encerramento do nosso livro, basicamente enfatizamos a formação de um rela-
tório de iniciação científica e monografia focando os elementos pré-textuais, textuais e pós
textuais, seguindo o formato da ABNT, seguindo para a finalização deste capítulo com a
defesa e apresentação do projeto proposto pelo autor.