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Metodologia da Pesquisa

e do Trabalho Científico
Professora Dra. Ana Paula Stroher
Diretor Geral
Gilmar de Oliveira

Diretor de Ensino e Pós-graduação


Daniel de Lima

Diretor Administrativo
Eduardo Santini

Coordenador NEAD - Núcleo


de Educação a Distância
Jorge Van Dal

Coordenador do Núcleo de Pesquisa


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UNIFATECIE Unidade 1
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Secretário Acadêmico Centro, Paranavaí-PR
Tiago Pereira da Silva (44) 3045 9898

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FICHA CATALOGRÁFICA Paranavaí-PR
FACULDADE DE TECNOLOGIA E (44) 3045 9898
CIÊNCIAS DO NORTE DO PARANÁ.
Núcleo de Educação a Distância;
STROHER, Ana Paula. www.fatecie.edu.br
Metodologia da Pesquisa e do Trabalho Científico.
Ana. Paula Stroher.
Paranavaí - PR.: Fatecie, 2020. 78 p.
As imagens utilizadas neste
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária livro foram obtidas a partir
Zineide Pereira dos Santos. do site ShutterStock
AUTORA

Professora Dra. Ana Paula Stroher

Possui graduação em engenharia química (UEM - 2007). É mestre e doutora em


engenharia química (UEM - 2010/214) e possui especialização em gestão ambiental (UEM
- 2011).
Possui experiência na elaboração de projetos para licenciamento ambiental, planos
de gerenciamento de resíduos (PGR), plano de controle ambiental (PCA), relatório de
impacto de vizinhança (RIV), entre outros.
Atualmente é docente no ensino presencial nas Instituições de Ensino Superior de
Maringá (UniFCV, Unifamma e SMG) nas áreas de Engenharia, Administração e Ciências
Contábeis. Orienta projetos de pesquisa em cursos de graduação e pós-graduação.

CURRÍCULO LATTES
http://lattes.cnpq.br/6608939384267038
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL

Seja muito bem-vindo(a)!


Prezado(a) aluno(a), escrevemos esse material pensando nos estudantes e assim
esperamos atrair a atenção e motivação para a pesquisa científica.
Além disso o estudo dessa disciplina tem o objetivo de oferecer uma introdução a
iniciação científica, e também oferecendo suporte para a elaboração de trabalhos acadêmi-
cos, artigos e monografias, fundamentais da estratégia de marketing, ou seja, os produtos
e as marcas.
Na unidade I começaremos a nossa jornada apresentando o conceito da ciência e
da metodologia científica. Esta noção é necessária para que possamos trabalhar a sequên-
cia do nosso livro, onde aplicaremos esses conceitos.
Já na unidade II vamos ampliar nossos conhecimentos sobre a pesquisa científica.
Além disso, falaremos da consciência no uso das informações retiradas da internet, para
a pesquisa hoje e quais os cuidados que um pesquisador deve ter ao desenvolver e
apresentar sua pesquisa.
Depois, na unidade III falaremos sobre a elaboração do projeto de pesquisa, bem
como sua importância para termos uma pesquisa bem planejada.
Por último, na unidade IV apresentamos as diferentes modalidades de trabalhos
científicos, a importância em pensar no leitor do seu trabalho, bem como uma estruturação
adequada de sua apresentação.
Aproveito para reforçar o convite a você, para juntos percorrermos esta jornada de
conhecimento, podendo multiplicá-lo e assim contribuir profissional.

Muito obrigada e bons estudos!


SUMÁRIO

UNIDADE I ..................................................................................................... 6
Método Científico

UNIDADE II .................................................................................................. 23
Pesquisa Científica

UNIDADE III ................................................................................................. 41


Projeto de Pesquisa

UNIDADE IV ................................................................................................ 57
As Modalidades de Trabalhos Científicos
UNIDADE I
Método Científico
Professora Dra. Ana Paula Stroher

Plano de Estudo:
• Conceito de ciência;
• O conhecimento científico e suas abordagens;
• Definição e etapas da metodologia científica.

Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar ciência;
• Compreender o conhecimento científico;
• Estabelecer a importância e aplicação da metodologia científica.

6
INTRODUÇÃO

Prezado(a) aluno(a), essa Unidade tem como objetivo apresentar os principais con-
ceitos da ciência e consequentemente da metodologia científica. Essa contextualização é
importante para prepará-lo(a) para as unidades seguintes que tratam mais especificamente
da pesquisa científica.
Como sabemos, a pesquisa, o conhecimento e a produção de informações novas
evoluem muito rapidamente nos dias atuais.
Nesse contexto, falar sobre ciência é algo um tanto quanto complexo, não só pela
grande abrangência da mesma, mas pelo fato dela ser dinâmica e em constante mutação.
Para tanto, abordaremos aqui uma concepção mais prática que permita a você
aluno(a) não só conhecer a teoria como também colocar esses conceitos em práticas e
quem sabe até uma possível inserção na comunidade científica brasileira.
Há alguns anos, a pesquisa era mais voltada para a formação profissional e ingres-
so no mercado de trabalho. Atualmente, muitas das pesquisas respondem a demandas do
governo e da sociedade.
Assim, espero que você compreenda os conceitos apresentados nessa unidade
para posteriormente compreender a aplicação da pesquisa científica e quem sabe futura-
mente fazer sua contribuição para a sociedade como um pesquisador.

Pense nisso! Bons estudos!

UNIDADE I Método Científico 7


1 A DEFINIÇÃO DE CIÊNCIA

Caro(a) aluno(a) você com certeza já deve ter ouvido falar sobre a ciência e sua
importância para a humanidade.
Pode-se dizer que a ciência é tão antiga quanto a própria existência do homem,
pois a partir da sua existência consequentemente houve sua inquietude e infinitos
questionamentos diante da percepção e da compreensão dos fenômenos que o cercam.
Isso pode ser comprovado por meio dos conhecimentos sobre astronomia, geo-
metria e física oriundas já das antigas civilizações que constituem a base do pensamento
científico contemporâneo.
A palavra “ciência” tem origem do latim “scientia”, e significa “conhecimento”. Mui-
tas vezes ouvimos o termo “tomar ciência” quando tomou conhecimento de alguma coisa.
Ou ainda “estou ciente” para dizer que tem conhecimento de algum fato ou informação
repassada.
Podemos dizer ainda que, a ciência é o de conhecimento que almeja a
compreensão das verdades, teorias ou leis para assim conseguir explicar o funcionamento
do universo como um todo.
É por isso que cientistas fazem observações, verificações, medições, análises e
classificações, procurando entender os fatos e traduzi-los para uma linguagem estatística.
E é aí que entra o método científico.

UNIDADE I Método Científico 10


O Conceito de ciência de Ander-Egg (1978, p.15) é definido como “o conjunto de
conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente sistematizados e
verificáveis, que fazem referência a objetos de uma mesma natureza.”
De outra maneira, para Trujillo (1974) ciência pode ser considerada como um
conjunto ou sistematização conhecimentos, correlacionados com proposições logicas,
atreladas a comportamentos certos fenômenos que se deseja estudar.
Cervo, Bervian e Silva (2007, p.3) afirmam que a ciência, atualmente, é “o resultado
de descobertas ocasionais, nas primeiras etapas, e de pesquisas cada vez mais metódicas,
nas etapas posteriores.”
Os autores ainda afirmam que ela é uma das poucas realidades que podem ser
deixadas às gerações seguintes, pois os seres humanos de cada período histórico
usam e assimilam a ciência desenvolvida nas gerações anteriores, ampliando assim novos
horizontes.
Assis (2009) apresenta em seu estudo algumas características da Ciência, entre
elas:
• É objetiva, pois descreve a realidade dos fatos;
• É racional e sistemática, pois obtém resultados por meio da razão e organiza
esses resultados por meio de sistemas;
• Apresenta generalidade e é verificável, pois elabora normas e leis que explicam
certo fenômeno e é possível comprová-los.
• Reconhece sua capacidade de errar.

Para Dencker e Viá (2001) o papel da ciência é:


• Buscar conhecimento coerente e que na prática seja demonstrável, ou seja,
produzir conjunto de leis e teorias que sejam harmonizados entre si.
• Fazer uma ligação entre o que se afirma e os fenômenos observados, em outras
palavras, construir a teoria por meio das relações entre os fatos, resultados e
afirmações.

Por fim, Koche (1997) afirma que não existe uma única concepção de ciência.
Desta maneira podemos dividi-la em períodos históricos, cada um com modelos e
paradigmas teóricos diferentes a respeito da concepção de mundo, de ciência e de
método. De uma forma simplificada podemos fazer essa análise da seguinte maneira:

UNIDADE I Método Científico 9


• Ciência grega, que abrange o período do século VIII aC até o final do século
XVI;
• Ciência moderna, do século XVII até o início do século XX;
• Ciência contemporânea que surge no início deste século até os dias atuais.

#REFLITA#

Do duplo elemento de uma época, o mutável e o fixo - o ainda não comprovado e o esta-
belecido definitivamente - , somente o último é cumulativo e progressivo. Os elementos
que constituem grande parte da ciência e que são transitórios e efêmeros, como certas
hipóteses e teorias, perdem-se no tempo, conservando, quando muito, interesse históri-
co. Cada época elabora suas teorias segundo o nível de evolução em que se encontra,
substituindo as antigas, que passam a ser consideradas como superadas e anacrônicas
(CERVO, BERVIAN E SILVA, 2007).

UNIDADE I Método Científico 10


1 O CONHECIMENTO CIENTÍFICO

Prezado (a) aluno (a) você já deve ter ouvido falar sobre conhecimento científico.
Esse tipo de conhecimento vai um pouco além do que chamamos de conhecimento empí-
rico (que é aquele que adquirimos com nossa experiência do dia a dia).
O conhecimento empírico tem como característica o que chamamos de conheci-
mento superficial, com base nos nossos sentidos e subjetividade. Além disso, ele é
tratado como conhecimento de senso comum que tem origem popular e é adquirido pela
convivência com coisas e pessoas ao longo do tempo. Nesse tipo de conhecimento não é
necessário o aprofundamento do assunto, e sim, somente a observação.
De acordo com Cervo, Bervian e Silva (2007, p.7) “o conhecimento científico vai
além do empírico, procurando compreender, além do ente, do objeto, do fato e do fenôme-
no, sua estrutura, sua organização e funcionamento, sua composição, suas causas e leis.”
É importante ressaltar que o conhecimento científico trata de informações e fatos
que passaram por análises e testes e consequentemente foram comprovados. Além
disso, lida com fatos e ocorrências, podendo ser verificado. Outro ponto importante é que
ele é aproximadamente exato e sistemático, ou seja, ordenado logicamente.
São ainda características do conhecimento científico segundo Cervo, Bervian e
Silva (2007):
• É certo, pois sabe explicar os motivos da sua certeza;
• Se refere a ocorrências ou fatos;
• É geral, pois conhece no real o que há de mais universal e válido para todos os
casos da mesma espécie;

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• A ciência partindo do indivíduo concreto, procura o que nele há de comum com
relação aos demais da mesma espécie;
• Trabalha com ensaios e experiências ;
• É metódico e sistemático , pois o conhecimento está logicamente ordenado;
• É verificável, pois pode ser testado;
• É falível, pois está em permanente evolução.
O autor ainda ressalta que a essas características pode-se acrescentar outras
propriedades da ciências, como a objetividade, o interesse intelectual e o espírito crítico.
Para você compreender melhor, apresentamos aqui alguns exemplos de conheci-
mento científico:
• Um corpo em queda livre cai com a aceleração da gravidade.
• O ouvido humano consegue ouvir freqüências entre 20 e 20.000 Hz.
• O átomo é a menor partícula da matéria.
• O Universo foi gerado por uma grande explosão.
• Ou seja, todos esses exemplos citados possuem características e foram obtidos
mediante métodos abordados anteriormente.

#REFLITA#

Como exemplo da importância do método para o desenvolvimento da ciência, pode-se


lembrar que, no século XIX, objetivando estudar os neurônios, o médico italiano Camillo
Golgi desenvolveu um método de coloração por prata que, ao microscópio, revelava toda a
estrutura de um neurônio, incluindo o corpo celular e seus dois principais tipos de projeção
ou prolongamento: os dendritos e os axônios. Com base no uso do método de coloração
por prata de Golgi, o histologista espanhol Santiago Rámon y Cajal conseguiu marcar as
células individuais, mostrando dessa forma que o tecido neural não era uma massa con-
tínua, mas uma rede de células distintas (KANDEL, SCHWARTZ E JESSEL, 1997, p. 6)
Hoje existem inúmeros e avançados métodos de estudo do sistema nervoso, os quais
são utilizados em conformidade com o objetivo da pesquisa, com o objeto de estudo e o
problema. Por exemplo, um dos métodos utilizados para o estudo do sistema nervoso é o
método de produção de lesões seletivas por meio de aplicação múltipla e tópica de drogas
(neurotoxinas) ou ainda, por meio de aplicação de radiação, com a finalidade de estudar
os efeitos de determinada lesão no comportamento de um animal (SOARES, 2003).

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2 METODOLOGIA CIENTÍFICA:CONCEITOS E DEFINIÇÕES

Olá aluno(a) você já deve ter ouvido falar dela, a metodologia científica, mas muitos
estudantes ficam confusos sobre o que ela trata e como aplicá-la em seus trabalhos. Por
isso vamos falar aqui sobre a metodologia científica e tudo o que é importante você saber
sobre ela para conseguir concluir seu curso com êxito em seus trabalhos.
A metodologia científica tem fundamental importância para a elaboração de vários
tipos de pesquisa acadêmica, tais como: TCC, monografia, artigo científico, tese, disserta-
ção, entre outros. É importante salientar que, para a formação do conhecimento científico
é necessário compreender que a Ciência atende a um procedimento metódico onde
partimos do problema de pesquisa.
Assim, a metodologia, de uma forma geral, é o estudo dos métodos e dos instru-
mentos que visam e auxiliam a elaboração de um trabalho científico (KOCHE, 1997).
De uma maneira geral, o método pode ser entendido como um conjunto de proces-
sos ou etapas, dos quais é possível chegar a algum conhecimento (LAKATOS E MARCONI,
2003).
Neste contexto, Cervo e Bervian (2007) afirmam que o pesquisador não pode se
dar ao luxo de fazer tentativas ao acaso para ver se obter algum êxito inesperado. Em
outras palavras, o método não é escolhido ao acaso ou inventado.
Você como aluno(a) aplicará uma metodologia para a conclusão de um curso de
graduação ou pós graduação, seja no formato de um artigo, tcc ou monografia.

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Portanto, compreender o método científico é vital para a produção da ciência, mas
também pode ser utilizado em situações da sua vida profissional ou até mesmo em situa-
ções simples do seu dia a dia.
Imagine caro(a) aluno(a), por exemplo, que ao chegar em casa após um dia cansa-
tivo de trabalho, você decide ligar sua televisão para assistir seu canal preferido. Porém, ao
apertar o botão do controle remoto para ligá-la nada acontece. Mais do que depressa, você
começa a pensar nas hipóteses que possam explicar esse problema.
Por exemplo, pensando em uma das hipóteses: o cabo de alimentação não está li-
gado na tomada de energia. Entretanto, você observa que o mesmo está conectado. Assim,
a primeira hipótese é refutada.
Agora pensando em outra hipótese: acabou a energia da sua rua. Para verificar
você tenta ligar alguma luz ou outro aparelho da sua casa e verifica que tudo está funcio-
nando perfeitamente. Ou seja, a segunda hipótese também é rejeitada.
Você poderia pensar em inúmeras hipóteses na tentativa de descobrir a causa da
televisão não ligar. Descobrindo ou não, você acabou de aplicar o método científico em uma
simples situação corriqueira
Assim, o método científico pode ser definido como um conjunto de regras básicas
para realizar uma experiência, a fim de produzir um novo conhecimento, bem como corrigir
e integrar conhecimentos pré-existentes (VIANNA, 2001).

a. Método racional e método científico


Alguns autores identificam a ciência com o método. O método científico quer des-
cobrir a realidade dos fatos e assim orientarem o seu uso. Porém o método é apenas um
meio de acesso, só o pesquisador por meio da inteligência e reflexão descobrem a verdade
sobre os fatos e fenômenos (CERVO, BERVIAN E SILVA, 2007).
“Em suma, método científico é a lógica geral, tácita ou explicitamente empregada
para apreciar os méritos de uma pesquisa” (NAGEL, 1969, p.19)
O outro tipo de método, o racional, também é científico, embora os assuntos a que
se aplica não seja, realidades, fatos ou fenômenos que possam ser comprovados experi-
mentalmente. Desta maneira as disciplinas que o empregam, como por exemplo as áreas
da filosofia, não por isso deixam de ser verdadeiras ciências (KOCHE, 1997).

UNIDADE I Método Científico 14


b. Etapas do método científico
Como vimos nos tópicos anteriores, método é a ordem que se deve impor aos
diferentes processos necessários para atingir um objetivo. Nas ciências, por exemplo, é o
conjunto de processos empregados na investigação e demonstração da verdade (CERVO,
BERVIAN E SILVA, 2007)
Agora que você compreendeu a definição de método científico, vamos falar das
etapas do mesmo.
Marconi e Lakatos (2003) definem que o método científico é dividido em quatro
etapas, sendo elas:
a) A observação que é a etapa em que há execução dos questionamentos sobre
o fato observado, a formulação de uma hipótese que é uma possível explicação para o
problema em questão;
b) A experimentação, onde o pesquisador realiza experiências para provar a vera-
cidade de sua hipótese;
c) A interpretação dos resultados, momento em que o pesquisador interpreta os
resultados de sua pesquisa; e, por fim,
d) A conclusão, onde é feita uma análise final e considerável sobre o fato em
questão.
Segundo Nagel (1969, p.19) “o método científico é a lógica geral, tácita ou
explicitamente empregada para apreciar os méritos de uma pesquisa.”
Assim, vemos que o método científico faz uso da observação, analise, descrição,
comparação e processos de dedução e indução para se chegar ao objetivo da pesquisa.

UNIDADE I Método Científico 15


SAIBA MAIS

Elaborar um mapa mental pode ajudar a memorizar o conteúdo estudado, assim como
organizar informações e ideias. Muitas pessoas tem dificuldade de memorizar conteú-
dos e os seus detalhes importantes. Dessa maneira, uma das técnicas que auxiliam
nessa memorização é elaborar um mapa mental: ele consiste em um maneira de orga-
nizar essas informações e assim facilitar sua compreensão. Para assimilar as etapas
do método científico, por exemplo, uma dica é fazer uso do mapa mental, onde você
mesmo(a) aluno(a) pode elaborar o seu.

UNIDADE I Método Científico 16


3 O MÉTODO CIENTÍFICO E SUAS ABORDAGENS

Caro(a) aluno(a), ao desenvolvermos uma pesquisa científica as principais aborda-


gens metodológicas utilizadas são qualitativas e quantitativas (KOCHE, 1997). Há autores,
porém, que apresentam a possibilidade da junção entre as duas abordagens, surgindo
assim uma pesquisa considerada mista.
Repensando o conceito de paradigma postulado por Kuhn (1962), existe um con-
junto de crenças e valores partilhados por uma comunidade científica; a escolha de um
pesquisador por um paradigma envolve uma visão de mundo e a forma de como estudá-lo.
Agora você deve estar se perguntando: e qual forma devo utilizar em minha pes-
quisa científica? A resposta é: depende do tipo de pesquisa que vc está desenvolvendo.
Lalande (1996, p.899) faz a seguinte comparação:
“O estudo qualitativo de uma curva, por exemplo, é a descrição de seu aspecto
geral e, por assim dizer, físico, por oposição ao estudo quantitativo que analisa exatamente
a sua equação.”
Falaremos a partir de agora de cada uma dessas abordagens.

a. Abordagem quantitativa
De acordo com Soares (2003) esse tipo de abordagem, como já diz o nome, tem
a ver com a quantificação de dados por meio de uma pesquisa, dessa maneira são neces-

UNIDADE I Método Científico 17


sários estudos e técnicas estatísticas (porcentagem, medidas de tendência central e de
dispersão, entre outras).
O autor ainda aconselha a utilização desse tipo de abordagem quando se estuda e
dimensiona a relação entre variáveis, ou ainda, relação entre fenômenos.

b. Abordagem qualitativa
Para Oliveira (1997) ao contrário da abordagem quantitativa, a qualitativa não apli-
cará métodos e ferramentas estatísticas para análise de um problema.
O autor destaca ainda que, na abordagem qualitativa, o pesquisador irá analisar
os fatos por meio de teorias, buscando então a solução do problema inicial. São exemplos
de aplicações desse tipo de abordagem: descrever hipóteses e problemas, classificar e
compreender processos sociais, interpretar fatos, leis, teorias, entre outros.

c. Abordagem mista
Como o nome já diz, trata-se de uma abordagem que mistura técnicas de pesquisa
qualitativa juntamente com a abordagem quantitativa.
Essa combinação de diferentes formas de coleta de dados inicia-se na década de
1950 e nos anos 70 houve um crescimento no número de pesquisas que juntavam dados
qualitativos e quantitativos. Já na década de 80 cresce o interesse quanto aos procedimen-
tos que caracterizam estudos mistos e, finalmente, nos anos 90, surgem obras escritas
sobre metodologia mista.
Rocco (2003) apresenta as divisões das etapas de um estudo misto que são:
-Primeira Etapa: tipo de projeto a investigar podendo ser exploratórios ou confirma-
tórios;
-Segunda Etapa: tipo de coleta de dados;
-Terceira Etapa: análise e Inferência dos dados.
Tanto os métodos quantitativos quanto os métodos qualitativos apresentam limi-
tações. Nesse sentido, a utilização da abordagem mista, aparece como forma de se obter
uma compreensão mais abrangente dos fenômenos ao combinar os diferentes métodos
utilizando os pontos fortes de cada um deles (CRESWELL; 2009).
Segundo Silverman (2009), na prática, há três maneiras principais de combinar a
pesquisa qualitativa e quantitativa. A primeira consiste na utilização da pesquisa qualitativa
para explorar um tema específico, visando montar um estudo quantitativo. O autor ressalta
também que é possível começar com um estudo quantitativo a fim de estabelecer os con-
tornos amplos do campo para, a seguir, utilizar a pesquisa qualitativa. E por fim, existe a

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possibilidade da elaboração de um estudo qualitativo que utiliza dados quantitativos para
localizar resultados em um contexto mais amplo.

#REFLITA#

O trinômio verdade - evidência - certeza: o problema do conhecimento é, em grande


parte, enigmático. O ser humano é cheio de limitações, e a realidade que pretende
conhecer e dominar é múltipla e complexa. Diante disso, surgem inúmeras questões:
o ser humano pode conhecer a verdade? O que é verdade? Quais são as evidências
que temos de que as verdades reveladas pela religião ou descobertas pela ciência são
realmente a verdade? Como podemos ter certeza de que o ser humano e a humanidade
estão no caminho certo? (CERVO; BERVIAN E SILVA, 2007)

UNIDADE I Método Científico 19


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Prezado(a) aluno(a), vimos nessa unidade conceitos da ciência e da metodologia


científica como forma de prepará-lo(a) para as unidades seguintes que tratam mais espe-
cificamente da pesquisa científica.
Observamos que, a pesquisa, o conhecimento e a produção de informações
novas evo-luem constantemente nos dias atuais tornando assim o assunto complexo.
Há alguns anos, a pesquisa era mais voltada para a formação profissional e ingresso
no mercado de trabalho, já nos dias de hoje muitas das pesquisas respondem a
demandasdo governo e da sociedade.
Assim, a ciência é o conhecimento que almeja a compreensão das verdades, teo-
rias ou leis para assim conseguir explicar o funcionamento do universo como um todo. É por
isso que cientistas fazem observações, verificações, medições, análises e classificações,
procurando entender os fatos e traduzi-los para uma linguagem estatística.
E é aí que entra o método científico. A metodologia, de uma forma geral, é o
estudo dos métodos e dos instrumentos que visam e auxiliam a elaboração de um trabalho
científico. Você como aluno(a) aplicar uma metodologia para a conclusão de um curso de
graduação ou pós graduação, seja no formato de um artigo, tcc ou monografia.

Bons estudo e até a próxima!

UNIDADE I Método Científico 20


LEITURA COMPLEMENTAR

A importância da Ciência para a sociedade

A Ciência exerce uma grande influência em nossa vida cotidiana a ponto de ser
difícil imaginar com seria o mundo atual sem a sua contribuição ao longo do tempo. Parti-
cularmente no mundo dos medicamentos é fácil relembrar a grande evolução acontecida
após a segunda guerra mundial.
A Ciência tem sido a grande responsável pelas transformações tecnológicas que
têm suportado as incríveis evoluções nas concepções dos novos medicamentos, aos en-
tendimentos de mecanismos de ação de fármacos, das particularidades das relações entre
estruturas químicas e efeitos farmacológicos, assim como dos efeitos adversos.
Contudo, a Ciência, ao lado de proporcionar novas abordagens em torno da maioria
dos aspectos envolvidos em nossa vida, também produziu seus efeitos colaterais, tais como
as questões éticas importantes envolvidas na clonagem ou nas manipulações genéticas, no
uso de animais de laboratório, entre outros.
Dessa forma, é inegável que muitas coisas não existiriam ou teriam um entendi-
mento muito limitado sem a contribuição decisiva das teorias científicas, mas também é
certo que muitos outros novos problemas derivados dessa evolução virão a existir num
futuro próximo.
Embora, no passado, nem sempre houve uma percepção clara da contribuição da
Ciência na vida cotidiana, ela sempre esteve presente nos grandes eventos da humanida-
de, por exemplo, desde a percepção do ser humano para a manutenção e aproveitamento
do fogo e das técnicas de preparação de corpos por mumificação. Na atualidade, a Ciência
tem um papel fundamental no conhecimento do ser humano em torno da realidade e do
significado do mundo em que vivemos.

Fonte: OLIVEIRA A.G.; SILVEIRA D. A importância da Ciência para a sociedade. Revista Infarma. V. 25, Nº
4, 2013. Disponível em: http://revistas.cff.org.br/?journal=infarma&page=article&op=download&path%5B%-
5D=572&path%5B%5D=pdf.

UNIDADE I Método Científico 21


MATERIAL COMPLEMENTAR

LIVRO
Título: Scielo 15 anos de acesso aberto: um estudo analítico sobreacesso
aberto e comunicação científicaAutor: Abel
Packer e outros Editora: Unesco
Sinopse: este é um livro sobre o Scielo que buscou documentar uma boa prática
de publicação em acesso aberto. Os acessos aos portais da Rede Scielo de mais de
1 milhão por dia para explorar as ciências e um número semelhante de downloads
de pesquisa científica dão o testemunho de que o Scielo tem sido um guia para
difundir e ampliar o conhecimento contido nas páginas de periódicos e de livros.

UNIDADE I Método Científico 22


FILME/VÍDEO
Título: Antônio conselheiro - o taumaturgo dos sertões
Ano: 2012
Sinopse: o filme retrata a famosa guerra de Canudos, quando o governo
republicano enviou expedições para derrubar a cidade erguida no sertão por
Antônio Conselheiro, líder espiritual e político que propunha protestos contra o
governo.

UNIDADE I Método Científico 23


WEB
Para melhor fixação dos conteúdos abordados neste capítulo sugerimos a você
aluno. Acessar o seguinte link abaixo. Nele você terá uma abordagem do
conhecimento científico bem como o senso comum narrado por Mário Sérgio Cortella
que trará uma representação bem real sobre conhecimento.
Para saber mais sobre o assunto, acesse: o link disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=u7eVkTJC2ds. Acessado em:09 mar. 2020.
Publicado por Mário Sérgio Cortella.

UNIDADE I Método Científico 24


UNIDADE II
Pesquisa Científica
Professora Dra. Ana Paula Stroher

Plano de Estudo:
• Conceitos e Definições de pesquisa científica;
• Cuidados com a escolha das fontes de pesquisa;
• Principais aspectos da ética da pesquisa.

Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar a pesquisa científica;
• Compreender a ética na pesquisa;
• Estabelecer a importância da escolha das fontes de pesquisa.

23
INTRODUÇÃO

Prezado(a) aluno(a) daremos início a segunda unidade da nossa apostila. Aqui


falaremos mais especificamente sobre a pesquisa científica e as questões éticas que estão
envolvidas nesse contexto.
A pesquisa científica é um dos instrumentos que permitem se manter informado e
também gerar conhecimento.
Veremos que a pesquisa é iniciada a partir de fontes de informação que possam
trazer o conteúdo desejado, seja em livros, teses, dissertações, artigos científicos etc. É aí
que falaremos também sobre a importância da escolha das fontes de pesquisa.
A escolha das fontes de pesquisa faz parte da ética do pesquisador. Entre outros
quesitos se o pesquisador não obedecer a regras de conduta, ética, métodos
rigorosos da pesquisa científica, padrões de qualidade e a procedimentos reconhecidos no
meio científico, esse legado não será deixado de forma íntegra e com credibilidade.
Com a intensificação do uso da internet o plágio tem sido um assunto preocupante
no meio acadêmico. Além disso, muitas pessoas acham que tudo o que é publicado na
internet é válido. Veremos que não é bem assim.
Dessa maneira, é essencial que os pesquisadores em seus diferentes níveis, utili-
zem-se de preceitos éticos e ao desenvolverem suas pesquisas.
Ao longo dessa unidade abordaremos esses preceitos e ajudaremos você aluno(a)
com os primeiros passos para ingressar na pesquisa científica.

Bons estudos!

UNIDADE II Pesquisa Científica 24


1. PESQUISA CIENTÍFICA

Caro(a) aluno(a) quando falamos em pesquisa várias são as definições que pode-
mos apresentar, tanto em um simples pesquisa no nosso dia a dia como em uma pesquisa
para descoberta de um novo medicamento. Nosso foco aqui será a pesquisa científica no
âmbito acadêmico.
A pesquisa é definida como um questionamento, uma investigação, uma indagação
que leva ao conhecimento, ou seja, visa o conhecimento de aspectos da realidade. Pode-se
dizer que é um processo de produção de conhecimento (TOZONI-REIS, 2007).
Para Knechtel (2014), a pesquisa é uma investigação científica, que produz co-
nhecimento por meio de uma atividade intelectual, intencional e sistemática, procurando
respostas para necessidades do ser humano.
Dependendo da qualificação do pesquisador, a pesquisa terá objetivos e resultados
diferentes. O estudante universitário, iniciante na pesquisa e o pesquisador profissional (já
há tempos trabalhando com pesquisa) terão objetivos diferentes. O objetivo dos iniciantes
é a aprendizagem e treino de técnicas, refazendo então caminhos já percorridos por pes-
quisadores (CERVO, BERVIAN, SILVA, 2007).
Segundo Leite (2008), a pesquisa científica obrigatoriamente usa o método científi-
co e tem por por objetivo buscar, através dos métodos e das técnicas, as soluções para os
problemas identificados. Além disso, por meio dela é possível a elaboração de teorias e a
construção de um conhecimento metódico, sistemático, válido e universal.

UNIDADE II Pesquisa Científica 25


Veremos ao longo desta apostila que ao realizarmos uma pesquisa científica utili-
zamos a metodologia científica, definindo uma série de etapas como: escolha do tema, a
definição dos objetivos, o procedimento de coleta de dados (método e técnica), a interpre-
tação das informações e apresentação dos resultados

#SAIBA MAIS#

Os cursos de pós graduação são divididos em Lato Sensu e Stricto Sensu. Lato Sensu
significa “em sentido amplo” e compreende os cursos de pós-graduação voltados para
especializações. Stricto Sensu significa “em sentido limitado”, ou seja, essa pós-gradua-
ção está restrita aos cursos de mestrado e doutorado. Assim como no Lato Sensu, os
alunos que desejam fazer um curso Stricto Sensu devem ter concluído uma graduação.

Fonte: ANPG, 2020.

1.1 Tipos de pesquisa


O interesse e curiosidade do homem pelo saber levam-no a investigar a realidade e
cada abordagem permite diferentes aprofundamentos e enfoques, isso porque depende do
objeto de estudo e da qualificação do pesquisador. Dessa maneira, existem diferentes tipos
de pesquisa (CERVO, BERVIAN E SILVA, 2007).
Koche (1997) define os tipos de pesquisa de acordo com o procedimento geral que
é utilizado para investigar o problema e os distingue em:
• Pesquisa bibliográfica: é a que se executa tentando explicar um problema,
utilizando conhecimentos prévios já publicados. Seu objetivo é o de conhecer
e analisar as contribuições teóricas existentes sobre um determinado tema ou
problema.
• Pesquisa experimental: o pesquisador analisa o problema, constrói hipóteses
e manipula variáveis para avaliar suas relações com o fenômeno em estudo.
Neste tipo de pesquisa o pesquisador pode controlar e avaliar os resultados
dessas relações.
• Pesquisa descritiva, não experimental ou ex post facto: estuda a relação
entre as variáveis de um fenômeno, porém sem manipulá-las. Ela constata e
avalia as relações à medida que as variáveis se manifestam espontaneamente.
• Pesquisa exploratória: é utilizada nos casos onde ainda não tem-se teorias e
conhecimentos desenvolvidos. É necessário então, desencadear um processo
de investigação que identifique a natureza e as variáveis do fenômeno.

UNIDADE II Pesquisa Científica 26


2. ÉTICA NA PESQUISA CIENTÍFICA

Caro(a) aluno(a) ao se elaborar e apresentar uma pesquisa científica acredita que


o que se tem são linhas que transcrevem a verdade de um sujeito de moral, baseado em
suas pesquisas e estudos.
É fácil perceber isso. Quando você vai até a biblioteca e escolhe um livro para
entender melhor um determinado assunto: você acredita no autor do livro ou desconfia
daquilo que ele escreveu? Acreditamos, pois partimos do princípio que o autor teve ética
em sua pesquisa e assim entre vários dos seus deveres, está transmitindo informações
verdadeiras.
Segundo Chauí (1994), o termo ético advém do sentido grego de ethos: “caráter,
índole natural, temperamento”.
Nesse sentido, a ética é utilizada para estabelecer deveres e regras de um indivíduo
em sociedades: seja em suas atividades profissionais, em seu relacionamento com clientes
ou até mesmo nas amizades.
Booth, Colomb e Willians (2000) afirmam que a pesquisa começa com nossa con-
vicção de que essa é uma atividade inteiramente social, que nos une àqueles cuja pesquisa
usamos e, da mesma forma àqueles que usarão a nossa.
Quando falamos em pesquisa científica, é importante citar o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que é uma agência governamental, junto
ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

UNIDADE II Pesquisa Científica 27


O CNPq tem como finalidade o incentivo da pesquisa científica e tecnológica e a
formação de pesquisadores no Brasil. Para tanto, fez-se necessário definir um conjunto
de diretrizes para promover a ética na publicação de pesquisas científicas e estabelecer
parâmetros de investigação para condutas não adequadas.
Assim, o CNPq (2020) estabelece diretrizes básicas para a integridade na atividade
científica, sendo algumas delas:
• O autor deve sempre dar crédito a todas as fontes que fundamentam
diretamente seu trabalho.

• Quando se resume um texto alheio, o autor deve procurar reproduzir o


significado exato das ideias ou fatos apresentados pelo autor original,
que deve ser citado.

Para evitar qualquer caracterização de autoplágio, o uso de textos e tra-balhos anteriores do próprio
autor deve ser assinalado, com as devidas referências e citações.

• Quando estiver descrevendo o trabalho de outros, o autor não deve


confiar em resumo secundário deste trabalho, o que pode levar a uma
descrição falha do trabalho citado. Sempre que possível consultar a
literatura original.

• Somente as pessoas que emprestaram contribuição significativa ao


trabalho merecem autoria em uma publicação, ou seja, participaram da
realização de experimentos, na elaboração do planejamento experimen-
tal, análise de resultados ou elaboração do corpo do manuscrito.

• Falsificação e fabricação de resultados.

Além disso, outro ponto que merece atenção é o plágio. A apropriação indevida
de obras de outros autores é antiético e é caracterizado como crime de violação do direito
autoral pela lei brasileira, assim como pela legislação de outros países.
Hoje já existem ferramentas para verificação de plágio em questões dissertativas
e produções textuais por exemplo, que pode ser facilmente detectado em programas com-
putacionais.
De acordo com Maurer, Kappe e Zaka (2006) os métodos de descoberta de plágio
através de softwares geralmente são divididos em três categorias: comparação entre docu-
mentos, busca por parágrafo suspeito na internet e a estilometria.
Portanto para evitar uma situação desagradável, toda obra que você utilizar em seu
trabalho deve ser dado os devidos créditos aos autores por meio das citações.
Caro(a) aluno(a) é importante ressaltar que quando se pratica pesquisa, é indispen-
sável pensar na responsabilidade do pesquisador no processo de suas investigações e de
seus produções científicas.

UNIDADE II Pesquisa Científica 28


#REFLITA#

A ética manifesta-se a partir do momento que o sujeito começa a se relacionar, esta-


belecer vínculos sociais. A questão do bem e do mal se manifesta na dimensão social
cotidiana em consequência dos valores que norteiam as escolhas do sujeito. Essas
escolhas constroem e significam conceitos comportamentais que se constituem em va-
lores almejados ao longo da história em sociedade (CORDI, et al, 2007).

UNIDADE II Pesquisa Científica 29


3. CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA CIENTÍFICA

De acordo com Ruiz (1985) “Pesquisa científica é a realização concreta de uma


investigação planejada, desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodologia
consagradas pela ciência”
Naves (1998) destaca algumas características da pesquisa científica:
- Ocorre e se desenvolve em torno de um problema: a razão de ser de uma pesquisa
é a de estar ligada a um problema e não necessariamente resolvê-lo ou ter uma aplicação
imediata.
- É necessário trabalho criativo em todas as fases, para tanto é preciso ter curiosi-
dade científica.
- Visa descobrir generalizações, isto é, transferir a informação obtida a partir de
uma amostra, para toda a população de origem.
- Busca “dominar” um fenômeno: através da geração de novos conhecimentos e
novos problemas, levando a um maior entendimento do fenômeno .
- Faz uso de método científico: o estudo que não utiliza métodos e técnicas fun-
damentados na ciência, não constitui uma pesquisa (falaremos do método científico mais
adiante )
- Envolve informações precisas.
A autora ainda destaca que é importante que o pesquisador também tenha algumas
características:

UNIDADE II Pesquisa Científica 30


• Espírito científico e curiosidade para investigar o problema;
• Raciocínio lógico, capacidade de observar e interpretar;
• Criatividade;
• Disciplina;
• Rigor científico.

Dessa maneira, pode-se dizer que a pesquisa científica é essencial para a cons-
trução do saber nas universidades, para que assim elas possam cumprir com o seu papel
social e do bem-estar e soberania da sociedade.
Caro(a) aluno(a) visto a importância da pesquisa científica para a sociedade como
um todo, pense na possibilidade em fazer parte desse meio científico já na graduação,
quem sabe até por meio de uma Iniciação Científica! Mas lembre-se, é importante que você
esteja disposto a cumprir com os deveres de um pesquisador, pois pesquisa científica é
rigorosa!

#SAIBA MAIS#

Conforme o estudante progride na carreira acadêmica, seguindo para programas de


pós-graduação, seu entendimento sobre pesquisa científica também avança e ele é ca-
paz de aplicar metodologias mais complexas em seus estudos.
Fonte: BARTHES, R. Escritores, intelectuais, professores. In: O rumor da língua. Editora
Brasiliense: São Paulo, p. 313-332, 1988.

UNIDADE II Pesquisa Científica 31


4. ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA

Caro(a) aluno(a), de acordo com Severino (2013) a documentação é uma prática


do trabalho e da pesquisa. Cabe ao aluno recolher as informações dadas em sala de aula,
anotações e depois submetê-las a uma triagem.
Dessa maneira, é possível fazer uma comparação com a pesquisa científica: esse
mesmo processo equivale ao início da estruturação do trabalho acadêmico.
O estudante deve identificar qual o tema será trabalhado em sua pesquisa científi-
ca, e posteriormente buscar as fontes que o ajudarão no desenvolvimento de seu trabalho.
Nesse processo de escolha das fontes de pesquisa, deve-se fazer uma análise
textual para que o embasamento teórico deste estudo seja o mais adequado e delimitado
possível. Atenção: nesse processo deve cuidar para não se distanciar do tema.
Aqui, ainda, deve-se atentar às fontes confiáveis de informação, evitando-se assim
o uso de informações incorretas e não validadas cientificamente.
Prezado(a) aluno(a), as fontes de pesquisa farão parte de todo o trabalho acadê-
mico desenvolvido por você ao longo do seu curso. As fontes de pesquisa se referem ao
conjunto de materiais que você utilizará para fundamentar o seu projeto de pesquisa.
É importante ressaltar que por mais simples que seja o trabalho ou a pesquisa, es-
tes não poderão ser desenvolvidos com apenas uma fonte de pesquisa. É necessário fazer
uma pesquisa ampla, selecionando as melhores fontes de pesquisa para dar embasamento
ao seu trabalho .

UNIDADE II Pesquisa Científica 32


Lembre-se é necessário termos ética em nossa pesquisa, por isso, é preciso ser
criterioso com as referências que se utiliza e tomar cuidado para não reproduzir conteúdos
sem validade científica.
A seguir vamos apresentar algumas dicas que auxiliarão você aluno(a) em buscar
adequadamente as fontes de pesquisa para o seu trabalho.

• Saber o que você procura: delimite por meio de palavras-chave e assim


evita de ir muito além do assunto que pesquisa. Quando maior a delimi- tação da sua
pesquisa, maior a quantidade de fontes específicas sobre o tema que procura.

•Dê preferência para as fontes de pesquisa que tem maior envolvimento com
seu tema e sua área.

•Evite fazer as citações de citações (quando você cita um autor por meio da
obra de outro). Sempre que possível busque a obra original para sua pesquisa.

• Utilize fontes de pesquisa diversificadas. Sabemos que a internet facilita


muito o acesso a materiais, porém livros em bibliotecas físicas são muito válidos e
confiáveis, portanto não podem ser deixados de lado.

Você pode estar se questionando: mas então quais são os meios confiáveis que
posso utilizar para minha pesquisa?
Aluno(a) é natural que você fique um pouco perdido nas suas primeiras pesquisas.
Vamos aqui então indicar algumas fontes que você pode consultar quando precisar:
• Livros: tanto no formato físico como e-books;
• Periódicos: revistas cientificas nacionais e internacionais;
• Artigos científicos;
• Legislações;
• Teses e dissertações.
Lembre-se: a correta escolha da fonte de pesquisa também faz parte da ética do
pesquisador!
Agora você pode estar se perguntando: mas onde encontrar todo esse material?
Segue abaixo algumas bases que você pode acessar.
• Bibliotecas universitárias: a maioria das universidades já têm inclusive as biblio-
tecas online;
• Google acadêmico: muito utilizado para fazer busca de artigos, livros e revistas.
• Scielo: possui revistas de diferentes países, além de livros e revistas;
• Scopus: é o site da editora Elsevier onde também podemos encontrar artigos,
livros e revistas de diversas áreas;
• Plataforma sucupira: permite o acesso a revistas nacionais e internacionais.

UNIDADE II Pesquisa Científica 33


Entre outras inúmeras bases de publicações científicas que existem.
De acordo com Beaud (2000) apresentamos aqui, de uma forma resumida, as
etapas do processo de pesquisa científica:

1. Escolha do tema: O que eu pretendo estudar?


2. Revisão de literatura: Pesquisa bibliográfica da literatura relacionada ao tema;
3. Justificativa: o porquê de ter escolhido o tema;
4. Formulação do problema de pesquisa;
5. Metodologia: como irei chegar aos resultados?
6. Análise e discussão dos resultados;
7. Conclusão: relacionada aos resultados obtidos.

Posteriormente falaremos mais detalhadamente de cada uma dessas etapas.

UNIDADE II Pesquisa Científica 34


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Prezado(a) aluno(a) o objetivo dessa unidade foi fornecer conhecimentos sobre a


pesquisa científica e principalmente com as questões éticas envolvidas nesse meio.
Assim como devemos ter ética nas nossas relações com clientes, colegas, etc, ao
desenvolver uma pesquisa científica temos também um conjunto de regras e deveres a
serem cumpridos.
Ao iniciar no mundo da pesquisa é importante termos a convicção que estamos
unidos tanto àqueles cuja pesquisa utilizamos quanto àqueles que utilizarão a nossa futura-
mente. Dessa maneira, mais uma vez ressaltamos a importância do cuidado ao desenvol-
vermos uma pesquisa: estamos produzindo conhecimento para a sociedade.
Uma das coisa que mais assusta o estudante é desenvolver uma pesquisa científi-
ca. Muitos deles não sabem nem por onde começar. Vimos aqui que escolher boas fontes
de pesquisa já é um primeiro passo para o sucesso no seu trabalho.
Dessa maneira, ao longo das nossas unidades queremos oferecer a você subsídios
para garantir o maior nível de qualidade nos trabalhos científicos a serem apresentados
durante a sua vida acadêmica.

UNIDADE II Pesquisa Científica 35


LEITURA COMPLEMENTAR

O CNPQ, O PLÁGIO E A ÉTICA NA PESQUISA ACADÊMICA


Longe de um devido aprofundamento técnico, já que a proposta do presente texto
é o trato objetivo-informativo da temática em voga, o plágio possui várias peculiaridades,
como se pode observar, não obstante, existirem duas características das quais não se pode
desviar: é prática de ato fraudulento e é mera repetição de algo já existente, não consti-
tuindo nenhum tipo de evolução tecnológica para qualquer área da ciência – trata-se de
atraso na produção de conhecimento humano, com reflexos sociais, econômicos, culturais
e políticos.
O Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), atualmente chamado de Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, órgão público classificado como
agência vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, preo-
cupado com o aumento da incidência de plágios e fraudes no meio científico e com a
necessidade de nortear boas condutas nesta área, que evitem ou amenizem os malefícios
da “cópia desmedida”, instituiu em 2011 uma Comissão com a missão, dentre outras, de
produzir relatório específico sobre a “integridade” da pesquisa no Brasil.
Este citado relatório define modalidades de fraude e más condutas nas publicações
(entre elas, o plágio e o autoplágio) e é profícuo em boas observações e contribuições para
a pesquisa nacional e respectivo desenvolvimento tecnológico futuro, entretanto, ele se
destaca por criar parâmetros éticos (com reflexos no âmbito normativo, claro), no que tange
à fraude na pesquisa, recomendando ao CNPq duas linhas de atuação:
a) ações preventivas e pedagógicas – diante da importância de uma boa orientação
na área da pesquisa e produção de conhecimento, o CNPq deve definir para todos, princi-
palmente para os jovens, as boas práticas e as práticas que não são consideradas aceitá-
veis, deve estimular o oferecimento de disciplinas com conteúdo ético e de integridade de
pesquisa nos cursos de pós-graduação e de graduação e qualificar/nortear os professores,
devido a importância dos mesmos como orientadores acadêmicos. (CNPq, 2017).
b) ações de desestímulo a más condutas (inclusive, com punições): instituição de
uma comissão permanente pelo Conselho Deliberativo do CNPq, constituída de membros
de alta respeitabilidade de diferentes áreas do conhecimento, com competência para exa-
minar situações em que surjam dúvidas fundamentadas quanto à integridade da pesquisa
realizada/publicada (não estimulando denúncias falsas ou infundadas), decidir preliminar-

UNIDADE II Pesquisa Científica 36


mente se há fundamentação que justifique uma investigação específica, a ser realizada por
especialistas da área nomeados ad hoc, propor ou não à Diretoria Executiva do CNPq os
desdobramentos adequados, e, por fim, avaliar a qualidade do material disponível sobre
ética e integridade de pesquisa, a ser publicado nas páginas do CNPq. (CNPq, 2017).
Além disso, e talvez como maior contribuição, esse citado relatório cria um conjunto
das principais e mais adequadas posturas éticas (‘diretrizes’ é o termo no teor do texto), no
que tange a citações, indicações de fonte de consulta, respeito à pesquisa e à produção de
conhecimento de outrem, aqui no Brasil – regras morais norteadoras de arcabouço jurídico
constituído a partir de então e inspiradas em condutas anteriormente já disciplinadas – a
saber:
1: O autor deve sempre dar crédito a todas as fontes que fundamentam diretamente
seu trabalho.
2: Toda citação in verbis de outro autor deve ser colocada entre aspas.
3: Quando se resume um texto alheio, o autor deve procurar reproduzir o significado
exato das ideias ou fatos apresentados pelo autor original, que deve ser citado.
4: Quando em dúvida se um conceito ou fato é de conhecimento comum, não se
deve deixar de fazer as citações adequadas.
5: Quando se submete um manuscrito para publicação contendo informações, con-
clusões ou dados que já foram disseminados de forma significativa (p.ex. apresentado em
conferência, divulgado na internet), o autor deve indicar claramente aos editores e leitores
a existência da divulgação prévia da informação.
6: Se os resultados de um estudo único complexo podem ser apresentados como
um todo coesivo, não é considerado ético que eles sejam fragmentados em manuscritos
individuais.
7: Para evitar qualquer caracterização de autoplágio, o uso de textos e trabalhos
anteriores do próprio autor deve ser assinalado, com as devidas referências e citações.
8: O autor deve assegurar-se da correção de cada citação e que cada citação na
bibliografia corresponda a uma citação no texto do manuscrito. O autor deve dar crédito
também aos autores que primeiro relataram a observação ou ideia que está sendo apre-
sentada.
9: Quando estiver descrevendo o trabalho de outros, o autor não deve confiar em
resumo secundário desse trabalho, o que pode levar a uma descrição falha do trabalho
citado. Sempre que possível consultar a literatura original.

UNIDADE II Pesquisa Científica 37


10: Se um autor tiver necessidade de citar uma fonte secundária (p.ex. uma re-
visão) para descrever o conteúdo de uma fonte primária (p. ex. um artigo empírico de
um periódico), ele deve certificar-se da sua correção e sempre indicar a fonte original da
informação que está sendo relatada.
11: A inclusão intencional de referências de relevância questionável com a finalidade
de manipular fatores de impacto ou aumentar a probabilidade de aceitação do manuscrito
é prática eticamente inaceitável.
12: Quando for necessário utilizar informações de outra fonte, o autor deve escrever
de tal modo que fique claro aos leitores quais ideias são suas e quais são oriundas das
fontes consultadas.
13: O autor tem a responsabilidade ética de relatar evidências que contrariem seu
ponto de vista, sempre que existirem. Ademais, as evidências usadas em apoio a suas
posições devem ser metodologicamente sólidas. Quando for necessário recorrer a estudos
que apresentem deficiências metodológicas, estatísticas ou outras, tais defeitos devem ser
claramente apontados aos leitores.
14: O autor tem a obrigação ética de relatar todos os aspectos do estudo que
possam ser importantes para a reprodutibilidade independente de sua pesquisa.
15: Qualquer alteração dos resultados iniciais obtidos, como a eliminação de dis-
crepâncias ou o uso de métodos estatísticos alternativos, deve ser claramente descrita
junto com uma justificativa racional para o emprego de tais procedimentos.
16: A inclusão de autores no manuscrito deve ser discutida antes de começar a
colaboração e deve se fundamentar em orientações já estabelecidas, tais como as do
International Committee of Medical Journal Editors.
17: Somente as pessoas que emprestaram contribuição significativa ao trabalho
merecem autoria em um manuscrito. Por contribuição significativa entende-se realização
de experimentos, participação na elaboração do planejamento experimental, análise de
resultados ou elaboração do corpo do manuscrito. Empréstimo de equipamentos, obtenção
de financiamento ou supervisão geral, por si só não justificam a inclusão de novos autores,
que devem ser objeto de agradecimento.
18: A colaboração entre docentes e estudantes deve seguir os mesmos critérios. Os
supervisores devem cuidar para que não se incluam na autoria estudantes com pequena
ou nenhuma contribuição nem excluir aqueles que efetivamente participaram do trabalho.
Autoria fantasma em Ciência é eticamente inaceitável.

UNIDADE II Pesquisa Científica 38


19: Todos os autores de um trabalho são responsáveis pela veracidade e idonei-
dade do trabalho, cabendo ao primeiro autor e ao autor correspondente responsabilidade
integral, e aos demais autores responsabilidade pelas suas contribuições individuais.
20: Os autores devem ser capazes de descrever, quando solicitados, a sua contri-
buição pessoal ao trabalho.
21: Todo trabalho de pesquisa deve ser conduzido dentro de padrões éticos na sua
execução, seja com animais ou com seres humanos. (CNPq, 2017).
Como se pode ver, cada um dos itens elencados acima mereceria uma reflexão
profunda e isso seria campo fértil para a produção de um novo texto acadêmico que de-
monstrasse a importância de uma postura de respeito a tais condutas no processo de
criação do conhecimento; contudo, a lista em foco, além de ser parâmetro ético para todos
que desenvolvem pesquisa, serve de referencial, devido a uma razoável e sinérgica relação
com os ideais de um Estado de Direito, para as regras de padronização para trabalhos
científicos da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por exemplo – entidade
privada, sem fins lucrativos e de grande utilidade pública –, que por sua vez, se apresentam
como norteadoras das normas de padronização que cada instituição de ensino superior
(IES) disponibiliza para seus discentes! Portanto, vejam a dimensão e o alcance destas
presentes ‘diretrizes’.

Fonte: Adaptado de: VILAÇA, L.F. Plágio: impressões gerais sobre questões éticas e o prejuízo ao
progresso acadêmico. Revista Jus Navigandi. 2017. Disponível em https://jus.com.br/artigos/61218/plagio-
-impressoes-gerais-sobre-questoes-eticas-e-o-prejuizo-ao-progresso-academico

UNIDADE II Pesquisa Científica 39


MATERIAL COMPLEMENTAR

LIVRO
Título: Metodologia Científica
Autor: Amado L. Cervo, Pedro A. Bervian, Roberto da SilvaEditora: Pearson
Sinopse: Referência na área, Metodologia científica já se tornou um
clássico, mas continua em evolução. Esta nova edição, totalmente revista,
procura atender aos anseios dos leitores com uma concepção mais prática,
refletindo a ênfase atual adotada por agências, institutos, fundações e
empresas que investem em estudos para a qualidade do projeto e para a
produtividade do pesquisador. O caráter mais prático do livro transparece, por
exemplo, no modo como ele aborda a elaboração de projetos e de relatórios
finais de pesquisa. É também evidente em seu novo projeto gráfico que, com
um aproveitamento mais racional do espaço, ele foi totalmen- te otimizado, o
que tornou o conteúdo mais dinâmico e acessível. Complementa a obra um
site de apoio exclusivo, com exercícios e materiais adicionais que ajudam a
embasar o conhecimento teórico adquirido, além de links que proporcionam
um maior envolvimento do leitor com a comunidade científica brasileira.
Todas essas características fazem da sexta edição desta obra uma
ferramenta indispensável para estudantes de graduação e pós-graduação que
precisam de orientações consistentes não somente para a produ- ção
acadêmica, mas também para a elaboração de trabalhos de conclusão de
curso, dissertações e teses.

UNIDADE II Pesquisa Científica 40


FILME/VÍDEO
Título: O óleo de Lorenzo
Ano: 1993
Sinopse: Um garoto levava uma vida normal até que, quando tinha seis
anos, estranhas coisas aconteceram, pois ele passou a ter diversos
problemas de ordem mental que foram diagnosticados como ALD, uma
doença extremamente rara que provoca uma incurável degeneração no
cérebro, levando o paciente à morte em no máximo dois anos. Os pais do
menino ficam frustrados com o fracasso dos médicos e a falta de
medicamento para uma doença desta natureza. Assim, começam a estudar e
a pesquisar sozinhos, na esperança de descobrir algo que possa deter o
avanço da doença

UNIDADE II Pesquisa Científica 41


WEB
A importância em se verificar as fontes de informação na internet. Perfil falso
na Wikipédia é citado em decisão judicial e trabalho acadêmico.
Link do site: http://g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-
news/videos/v/perfil--falso-na-wikipedia-e-citado-em-decisao-judicial-e-em-
trabalho-a-cademico/4833592/

UNIDADE II Pesquisa Científica 42


UNIDADE III
Projeto de Pesquisa
Professora Dra. Ana Paula Stroher

Plano de Estudo:
• Conceitos e importância do projeto de pesquisa;
• Importância e aplicação do projeto de pesquisa;
• Etapas de um projeto de pesquisa.

Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar o projeto de pesquisa;
• Estabelecer a importância da elaboração do projeto de pesquisa;
• Compreender as etapas de um projeto de pesquisa.

41
INTRODUÇÃO

Caro(a) acadêmico(a), daremos continuidade a nossa ementa, agora falaremos


sobre o projeto de pesquisa, que não é considerado algo fixo, ou seja, caso o objetivo da
sua pesquisa seja alterado no decorrer da sua estruturação, você pode realizar alteração
do mesmo e manter o tema proposto inicialmente. Em geral, o projeto de pesquisa possui
os seguintes pontos principais: fundamentação teórica, objetivos, justificativa, metodologia,
cronograma e lista de referenciais. O projeto pode apresentar também os recursos neces-
sários, os resultados esperados, entre outros pontos que auxiliam no desenvolvimento da
pesquisa.
Pensamos, durante a construção de uma casa ou algo que precisa ser planejado a
primeira situação envolvida é a busca por materiais de construção para obter as matérias
primas necessárias como areia, cimento, pedras, tijolos, madeira entre outros.
No entanto, realizar uma construção é algo de grande importância para nossas
vidas, assim como é um trabalho de TCC, Monografia, Dissertação e/ou Tese. Para tanto,
tudo precisa ser planejado a fim de garantir uma estruturação perfeita que agradará a nós
como autores, bem como a todos que realizaram a leitura ou no caso, de uma casa a ser
construída as pessoas terão uma posição a respeito da construção como bela, razoável,
etc.
Assim, um projeto de pesquisa apresenta fases que são necessárias para que pos-
samos divulgar nosso trabalho. E quando falamos em trabalho, é necessário estabelecer os
passos que devem ser seguidos para obter um bom resultado final.

Bons estudos!

UNIDADE III Projeto de Pesquisa 42


1. INICIANDO UM PROJETO DE PESQUISA: DEFINIÇÃO DO TEMA, TÍTULO E OB-
JETIVOS

Prezado (a) um projeto de pesquisa pode ser simbolicamente comparado com


coordenadas, isso mesmo, coordenadas geográficas como latitude e longitude. Para isso,
é necessário que o pesquisador busque ao longo de todo o processo de sua pesquisa a
sincronia com os seguintes tópicos que falaremos ao longo desta unidade.

1.1 Escolhendo o tema e o título da pesquisa


Segundo Cervo, Bervian e Silva (2007) a escolha do tema é o primeiro passo da
pesquisa, porém muitas vezes já nessa etapa o pesquisador encontra dificuldades para
defini-lo, visto os inúmeros temas existentes. O tema da pesquisa se refere a um assunto
que necessite melhores definições e clareza daquilo já publicado.
Um tema deve ser apresentado como uma competência do autor, ou seja, preci-
samos nos identificar com o propósito a ser instituído. Sua escolha deve levar em conta
possibilidade de desenvolvê-lo e capacidade de quem irá elaborar a pesquisa (em conjunto
com seu orientador). Dessa maneira, espera-se que o grau de conhecimento sobre o as-
sunto possa ser aumentado em função da pesquisa (KOCHE, 1996)
Aluno(a), vamos iniciar nossa jornada, enumerando aqui algumas pretensões
quanto a escolha do tema. De acordo com Beaud (2000) podemos citar:

UNIDADE III Projeto de Pesquisa 43


O pesquisador e a abordagem do tema: um tema deve ser proposto de ideo-
logias, aquelas que vêm na nossa mente por meio de muita pesquisa realizada. Assim, o
pesquisador precisa iniciar seu trabalho, com muita dedicação na leitura e discussões que
possam despertar o leitor por sua pesquisa. Por isso, nunca deixe de buscar a interação
com artigos científicos, livros e muita pesquisa sobre o seu tema, para que possa viabilizar
a pesquisa de uma forma interativa e não monótona.
Gosto e curiosidade pela pesquisa: quando apresentamos um interesse pela
leitura é um fator de grande prestígio pela academia (estudos), especialmente pelo objetivo
da descoberta de fontes e/ou conhecimento que possam estabelecer uma conversação e
acima de tudo uma escrita bem fluida.
Muitas pessoas acham, erroneamente, que tema e título são sinônimos dentro de
uma pesquisa científica. Título e tema não são sinônimos, mesmo que estejam ligados e
se completem.
É importante ressaltar que tão importante quanto a escolha do tema é a elaboração
do título, pois ele surge em primeiro lugar como anúncio ou mesmo um rótulo da sua
pesquisa.
Volpato (2006) sugere que o título deve ser curto, pois, por possuir uma leitura
rápida, o leitor quase sempre irá ignorar títulos longos; uma vez que o excesso de artigos
científicos existentes demandam uma triagem daqueles que serão lidos.
Ainda, de acordo com o autor, o título deve ser simples, conciso, claro, curto e
impactante. O título deve ser um “resumo bem compactado” de cada trabalho científico.
Se bem escrito, pode ser o principal motivo para que alguém leia o que está sendo ofere-
cido. Outro ponto importante é que ele deve ser fiel ao conteúdo do trabalho, não podendo
confundir o leitor. Dessa maneira ele deve informar precisamente o conteúdo do trabalho,
ressaltando seu objetivo ou sua conclusão.

#SAIBA MAIS#

A leitura, é um fator decisivo no processo de estudo sobre um assunto, pois propicia a


ampliação de conhecimentos, a obtenção de informações básicas ou específicas. Isso
amplia a abertura de novos horizontes para a mente, a sistematização do pensamento, o
enriquecimento voltado ao vocabulário e o melhor entendimento do conteúdo das obras.

Fonte: Lakatos e Marconi (2009).

UNIDADE III Projeto de Pesquisa 44


#REFLITA#

Um acadêmico deve buscar a interação com o tema e ter em mente que o título não per-
tence ao tema. Mas, ao criarmos um trabalho acadêmico saberemos distinguir a relação
entre ambos, pois o título pode ser incluído no final do trabalho, já o tema é o primeiro
a ser definido.

Fonte: Marconi e Lakatos, 2009.

1.2 Definindo o objetivo geral e específico


Para Cervo, Bervian e Silva (2007) os objetivos que se tem em vista, definem a
natureza do trabalho, o tipo de problema, o material e dados de coleta, etc, e podem ser
definidos como geral e específico como seguem:
Geral: procura-se determinar, com clareza e objetividade, o propósito do estudante
com a realização da pesquisa.
Específico: procura-se aprofundar as intenções apresentadas no objetivo geral, ou
seja, irá detalhar o que se pretende com a pesquisa. Desta maneira, os objetivos específicos
estão sempre ligados ao objetivo geral.
Caro (a) aluno (a), para exemplificar melhor a diferença entre os objetivos, segue
abaixo um exemplo de uma pesquisa envolvendo o tema “cadeia produtiva”. Dessa manei-
ra o objetivo geral do trabalho é:
“Contextualizar a partir de uma abordagem de revisão de literatura, os principais
fatores envolvidos no processo de gerenciamento da cadeia produtiva, focada no envolvi-
mento de ações que possam limitar o aumento dos custos”
Veja que no objetivo geral, de uma forma clara e sucinta, o autor deixou claro as
pretensões de sua pesquisa. Já os objetivos específicos devem estar de acordo com o
objetivo geral e apresentar a seguinte conformação:
- Avaliar formas de minimizar o impacto negativo, que envolvam o setor da gestão
de processos;
- Aplicar procedimentos que visam a melhoria da capacidade de crescimento das
empresas mediante ao consumo consciente de matérias primas, redução de estoques e
gerenciamento ativo.
Neste sentido, os objetivos específicos precisam ser aprofundados ao tema, para
detalhar todo o contexto explorado pelo autor. Assim, a utilização dos verbos, devem seguir
o tempo verbal infinitivo, por exemplo: interpretar, levantar, relatar, definir, propor entre
outros.

UNIDADE III Projeto de Pesquisa 45


2. DEFININDO O PROBLEMA , HIPÓTESES E JUSTIFICATIVA DA PESQUISA

2.1 Determinando um problema de pesquisa e aplicando hipóteses


Após realizarmos a escolha do tema para abordar a nossa pesquisa científica, pre-
cisamos focar no desenvolvimento do problema, que será exposto no projeto de pesquisa.
Inúmeras são as definições da palavra ¨problema¨ segundo o dicionário, porém na
pesquisa científica consiste em dizer de maneira explícita, clara, compreensível e operacio-
nal, qual a dificuldade nos defrontamos e que pretendemos resolver (KOCHE, 1996).
Segundo Gil (1991), nem todo problema é passível de tratamento científico, é pre-
ciso identificar o que é científico daquilo que não é. Um problema é de natureza científica
quando envolve variáveis que podem ser definidas como testáveis.
Uma vez formulado o problema, com a certeza de ser cientificamente válido,
propõe-se uma resposta “suposta”, provável e provisória, isto é, uma hipótese. Ambos,
problema e hipótese são enunciados de relações entre variáveis, a diferença reside em que
o problema constitui sentença interrogativa e a hipótese sentença afirmativa (MARCONI E
LAKATOS, 2009).
De acordo com Koche (1996) ao delimitar o problema de pesquisa, o investigador
propõe, através da sua imaginação e conhecimento, uma possível relação entre fatos. Essa
fase é resultado de um trabalho mental onde estrutura-se as peças de um quebra-cabeça,
procurando entender as ligações entre os fatos. Essa busca é determinada pelo problema
da investigação.

UNIDADE III Projeto de Pesquisa 46


Após a formulação do problema é necessário propor explicações que nortearão
o processo de investigação. Para Cervo e Bervian (2002), a formulação de hipóteses é
essencial para o processo da investigação, que visa a busca de informações. Para tanto,
quando relacionamos hipóteses é necessário considerar a busca por explicação. Assim, a
formação de uma hipótese deve ser destinada a suposições ou causas que visam a sua
inclusão ao projeto de pesquisa.
Portanto, a aplicação das hipóteses, visam agregar aos pesquisadores a indicação
de um caminho a ser seguido. Para isso, é necessário utilizar explicações que possam ser
plausíveis de respostas e apontamentos do problema lançado (GIL, 1999).

2.2 Justificativa do projeto de pesquisa


Prezado aluno(a) a justificativa é muito importante para avaliarmos a nossa trajetória
relacionada a um projeto de pesquisa. Assim, a justificativa é baseada em uma resposta no
formato do “por quê”? Em outras palavras: por que estou desenvolvendo essa pesquisa ?
Nessa frase, é importante refletir e explanar sobre relações que levaram o pesqui-
sador a escolher o tema proposto (MARCONI e LAKATOS, 2009).
Assim de acordo com Beaud (2000), precisamos ficar atentos nas seguintes infor-
mações aplicadas na justificativa como:
• Importância da pesquisa: no âmbito da prática e intelectual;
• Contribuições para compreensão ou solução do problema que poderá advir com
a realização de tal pesquisa;
• Contribuições teóricas que o trabalho pode trazer; possíveis respostas/soluções
para problemas gerais e/ou específicos; possíveis modificações que poderão
ser geradas a partir deste estudo
• Estado da arte, estágio de desenvolvimento do tema proposto, como vem sendo
tratado na literatura.
Prezado(a) aluno para finalizar, segue alguns questionamentos que podem ser
feitos para facilitar a construção da justificativa :
• Qual a importância deste estudo?
• Quem ganha?
• O que ganha?
Portanto, na formação da justificativa o autor deve atuar em evidências de sua
trajetória ao tema e do fortalecimento das evidências sobre sua formação.

UNIDADE III Projeto de Pesquisa 47


3. METODOLOGIA, EMBASAMENTO TEÓRICO E CRONOGRAMA

3.1 Metodologia
Prezados alunos(as) aqui trataremos sobre a descrição dos procedimentos que
devem ser abordados na obtenção de resultados, objetivos bem como, funcionalidades
com base em definições e desenvolvimento da pesquisa.
Em resumo, a metodologia é o tópico do projeto de pesquisa que responde às
seguintes questões: Como? Com quê? Onde? Quanto? (LAKATOS E MARCONI, 2003).
Então, pensamos precisamos estabelecer o perfil da pesquisa como uso da amos-
tragem populacional, descrição da obtenção dos dados e apresentação dos mesmos. (GIL,
2009).
Para tanto, segundo o autor, é necessário estabelecer as seguintes informações:
- Modelo ou tipo de pesquisa: a apresentação sobre a pesquisa deve relacionar
sua ação ou natureza, podendo ser exploratória, descritiva e/ou explicativa. Assim, deve ser
analisado no formato de delineamento entre eles: trata-se de uma pesquisa experimental,
levantamento, estudo de caso e pesquisa bibliográfica;
- Amostragem ou população: busca a interação do estudo como a extensão e
formato a ser aplicado;
- Coletando dados da pesquisa metodológica: os dados serão desenvolvidos e
interpretados mediante as coletas que envolvam o perfil aplicado. Dentre eles, formatos en-

UNIDADE III Projeto de Pesquisa 48


volvendo: questionários estruturados e semiestruturados, testes focados em escalas. Bem
como, o uso de pesquisas no formato de entrevista e observações a serem destacadas;
- Analisando dados da pesquisa metodológica: com base em procedimentos
abordados em seu estudo, é necessário a utilização de análises que envolvam análise de
conteúdo, testes focados em hipóteses, de análises qualitativa e quantitativa.

3.2 Embasamento teórico


A formação da etapa de embasamento é basicamente o processo teórico da pes-
quisa a ser desenvolvida. Para tanto, toda a pesquisa precisa do embasamento teórico
para dar continuidade ao tema proposto pelo pesquisador.
Assim, aluno(a) pensamos em trabalhar com um determinado tema de grande im-
portância na atualidade. Para tanto, o pesquisador irá abordar todo o contexto sobre esse
tema buscando fontes científicas e dados confiáveis para redigir o embasamento teórico e
posterior fechamento da sua pesquisa com seus resultados e posterior conclusão.
Assim, as autorias citadas no embasamento teórico devem seguir uma legitimidade
da abordagem, segundo Gil (2009), descrever citação de trabalhos e concluir sobre o tema
abordado auxilia e muito na pesquisa criada pelo autor, especialmente no quesito conheci-
mento, fontes abordadas e escrita aplicada.
Para tanto Marconi e Lakatos (2009) atribuem ao autor a função de interpretar e
organizar a citação de fontes que irão compor a sua pesquisa para auxiliar na formação do
escopo e acima de tudo na solução do problema, verificação das hipóteses e por último as
conclusões para finalização da pesquisa.
De acordo com Cervo, Bervian e Silva (2007) a citação pode ser:
Direta, quando representa transcrição textual de parte da obra do autor consultado.
Indireta, quando o texto é baseado na obra do autor consultado.
A formatação das citações deve seguir orientação da NBR 10520 de 2002.

3.3 O cronograma
No projeto de pesquisa é necessário também apresentar o cronograma que deve
ser elaborado para atender às diversas etapas do projeto de pesquisa. O cronograma
indica com clareza o tempo de execução previsto para as diversas fases da pesquisa e
apresentará desde o período da escolha do tema e definição do problema até o momento
da apresentação do trabalho final (defesa).

UNIDADE III Projeto de Pesquisa 49


Figura 1: modelo de cronograma

Fonte: o autor

É importante ressaltar que não existe um modelo único para o cronograma, cada
pesquisador deve elaborá-lo de acordo com suas necessidades específicas.

UNIDADE III Projeto de Pesquisa 50


4. CONCLUSÃO/ CONSIDERAÇÕES FINAIS, RESUMO E LISTA DE REFERÊNCIAS

4.1 Conclusão e/ou Considerações finais


Ao chegarmos às considerações finais do nosso projeto de pesquisa deveremos
considerar o estado da arte, ou seja, todo o processo anteriormente contextualizado. Assim,
o encerramento de um projeto exige muita sincronia e concentração sobre o tema abordado,
e deve ser conciso e pontual.
Prezado(a) aluno(a) quando trabalharmos com a consideração final, não é usual
utilizarmos citações de outros autores para o encerramento do nosso projeto, especialmente
por serem acordos que abordam o nosso conhecimento adquirido ao longo da confecção.
Assim, a busca de respostas e seu fechamento da conclusão elevam o nível de
confiança do escritor, pois é nessa sintonia que ele será o facilitador relacionado ao conteú-
do por ele descrito ao longo do escopo do projeto (THIOLLENT, 1997).
Neste sentido, a consideração final deve ser realizada e trabalhada sobre o objetivo
inicial tratado no seu projeto de pesquisa, que deve ser respondido bem como, os
objetivos específicos ligados a justificativa e fundamentação teórica focando em
informações que irão estabelecer conexão com seus tema proposto com conclusões
significativas conforme dados obtidos ao longo do estudo.
Prezado(a) aluno(a), caso a escrita não esteja de acordo com o seu conhecimento,
aplique listas fortalecendo os principais tópicos relacionados ao seu projeto de pesquisa,
utilize um resumo de cada item proposto. Assim, posterior a isso, inclua textos dissertativos

UNIDADE III Projeto de Pesquisa 51


a partir de resumos. Veja um exemplo da aplicação que poderá ser alinhada ao elaborar
uma conclusão:
- Faça um breve resumo de cada capítulo abordado;
- Aplique uma síntese dos resultados alcançados;
- Disponha de sugestões para outras pesquisas.

4.2 Resumo
Um resumo deve seguir a normativa ABNT NBR 6028. Assim a sua aplicação é
obrigatória, e trata-se de um síntese do trabalho desenvolvido pelo pesquisador, o que
prevê em sua escrita é a informação, na qual a primeira frase adiciona-se o assunto a ser
estudado, seguido pelo objetivo do estudo e aplicação da metodologia imposta na pesquisa
e finaliza-se com considerações finais conhecidas também conhecida como conclusão do
trabalho. Lembrando prezados alunos (as) toda o resumo deve ser apresentado em espaço
simples sem a adição de parágrafos e conter entre 250 a 500 palavras.
Além destes recursos aplicados ao resumo o mesmo deve apresentar palavras-
-chave ( em geral de 3 a 5), que são de extrema importância e devem estar direcionadas ao
tema da pesquisa. Ainda é importante ressaltar que, um resumo não recebe citações de
autores, é de cunho próprio do autor da presente obra.
Segundo Cervo, Bervian e Silva (2007) duas técnicas podem ser utilizadas na ela-
boração do resumo. Na primeira utilizam-se apenas a ideia principal e as ideias secundárias
para articular um texto explicativo. Na segunda utilizam-se apenas as palavras-chave para
a construção do resumo.
Após apresentar o resumo, é necessário apresentá-lo traduzido para língua
estrangeira onde o também seguirá parâmetros da ABNT NBR 6028 (2003). A linguagem
pode ser: Inglês, Espanhol e/ou Francês. A formatação segue o mesmo padrão do
resumo em português (já discutido anteriormente).

4.3 Lista de referências


Ao término da escrita do seu projeto de pesquisa, é necessário listar todas as re-
ferências utilizadas na composição da sua estrutura escrita. Lembre-se, somente poderão
ser listados nas referências ao final do projeto os autores que forem citados na pesquisa.
Assim, realizamos várias leituras para fortalecer a nossa informação ao tema esco-
lhido, mas não poderemos incluir os nomes dos autores somente por ter realizado a leitura
do trabalho dos mesmos.

UNIDADE III Projeto de Pesquisa 52


Neste sentido a norma brasileira para referências é a NBR 6023 (com última
atualização em 2018), a qual relata sobre elementos obrigatórios incluídos no referencia-
mento. Assim, a referência é constituída de elementos que são considerados informações
indispensáveis no quesito identificação de obras, por caracterizar documentos e suas
padronizações.
Todas as referências listadas devem estar com espaçamento simples entre as linhas
de um mesma referência, e espaçamento de 1,5 cm entre uma referência e outra. Todas
devem estar alinhadas à margem esquerda. Já os título das obras devem ser destacados
em negrito. Para as obras que possuem subtítulo, esses não são destacados.
Outro ponto importante a destacar, no momento de elaborar a lista de referências,
é observar quantidade de autores em uma obra. Em caso de referência de obra de até três
autores deve-se sempre indicar todos. Já quando forem quatro ou mais autores pode-se
indicar todos, mas também é permitido que se indique apenas o primeiro, seguido da ex-
pressão et al.
Todos os autores citados devem ser listados em ordem alfabética Deve-se iniciar
pelo sobrenome do autor (em caixa alta) e em caso de entidades autoras, deve-se seguir
pelo título da entidade. Segue abaixo os modelos de referências para diferentes tipos de
obras:
Modelo de referência de livro: SOBRENOME, Nome; SOBRENOME, Nome.
Título: Subtítulo (se houver). n° ed (se houver). Cidade: Editora, Ano.
Modelo de referência de trabalho acadêmico: SOBRENOME, Nome. Título:
Subtítulo(se houver). n° de folhas. Tipo de trabalho, Curso, instituição, Ano.
Modelo de referência de entidade: NOME DA INSTITUIÇÃO, Título. Cidade:
Editora, Ano.
Modelo de referência de coletânea: SOBRENOME, Nome (Org.;Ed; etc). Título.
Cidade: Editora, Ano
Modelo de referência de página da web: NOME DO SITE, Título. Disponível em:
(endereço completo do site). Acesso em: DD Mês (abreviado) AAAA
Modelo de referência de revista: SOBRENOME, Nome. Título Artigo. Título Re-
vista. Cidade, Editora, Volume, Número, Mês(abreviado), Ano.
Modelo de referência de lei ou decreto: PAÍS, ESTADO OU MUNICÍPIO, Lei
n° XXXX de DD de Mês(completo) de AAAA. Ementa. Publicação, Local de publicação,
volume, ano.

UNIDADE III Projeto de Pesquisa 53


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Prezado (a) aluno (a) nesta terceira unidade, trabalhamos com a aplicação de
hipóteses referente ao problema a ser proposto pelo nosso tema e elaboração do projeto
de pesquisa.
Para tanto, observamos que a formação de um tema focado na proposta de uma
pesquisa deve atender e inúmeros procedimentos de grande relevância para que os leitores
possam compreender o estudo, bem como a descrição concretizada pelo autor.
A formação do problema traz à tona a problematização do tema relacionado à
pesquisa, e em seguida elaboramos hipóteses para solucioná-lo. O embasamento teórico
também é importante pois buscamos em trabalhos já publicados, teorias que auxiliam no
nosso estudo.
Toda essa contextualização alunos (as) não seria possível sem o uso da metodolo-
gia científica que visa contribuir para formatação coerente de um projeto a ser desenvolvido.
Ainda sobre a elaboração do projeto de pesquisa é necessário, ao final do mesmo,
referenciar todos os dos autores citados e suas respectivas obras mediante norma da ABNT.
Aluno(a) estudamos aqui uma estruturação bem dinâmica para o projeto de pes-
quisa e suas abordagens, agora precisamos que você faça o estudo e aprofundem todo o
conhecimento adquirido e zelem pelo mesmo, além disso, tenham comprometimento no
quesito pesquisa e qualidade na produção de trabalhos acadêmicos. Estamos combinados?

Um grande abraço a todos!

UNIDADE III Projeto de Pesquisa 54


LEITURA COMPLEMENTAR

A IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA CIENTÍFICA PARA O ENSINO E APRENDIZA-


GEM NO ENSINO SUPERIOR

Diferentemente do Ensino Básico, a entrada numa universidade e faculdade exige


um grande uso de algumas habilidades, e a boa escrita é uma delas. Num país que passa
por dificuldades estruturais na educação, como o Brasil, escrever tornou-se um problema
crônico. Assim, a passagem do Ensino Básico para o superior deveria ser tratado com maior
cuidado por parte dos sistemas de ensino público e privado. A situação atual do ensino mé-
dio encerra várias e complexas questões, como aspectos estruturais que ainda não foram
resolvidos, a precariedade desse ensino público no Brasil. O cenário educacional em que
convivem velhos e novos problemas aponta para a expansão do ensino médio com baixa
qualidade, para a privatização da sua gestão e, simultaneamente, exibe um forte compo-
nente de exclusão. Tal fato refletirá na sua atuação enquanto discente de uma instituição de
nível superior. O impacto da chegada ao Ensino Superior é sentido em diversos aspectos,
e o campo da pesquisa acadêmica é setor de maior repercussão.
Obrigatória em todos os cursos, a metodologia científica é fundamental para todo
percurso da vida acadêmica dos alunos que cursam o Ensino Superior no Brasil. Com o
objetivo de solucionar problemas propostos, a pesquisa acadêmica tem seus
pressupostos na metodologia científica e em normas devidamente rígidas e controladas.
Assim, o objetivo deste trabalho é apresentar o universo da metodologia científica e a
importância da mesma para o ensino/aprendizagem no Ensino Superior. A Metodologia
Científica significa estudo dos métodos ou da forma, ou dos instrumentos necessários
para a construção de uma pesquisa científica; é uma disciplina a serviço da Ciência.
Metodologia é a parte onde será indicado o tipo de pesquisa que será empregado, as
etapas a serem realizadas.
Assim, a melhoria focada na metodologia científica viabiliza o objetivo de todas as
instituições de ensino: estimular a construção criativa de conhecimento pelo aluno. Lima
(2004) deixa bem clara essa ideia ao declarar que a pedagogia de ensino fundada na re-
produção indefinida de conhecimentos acumulados, que prevalece no ensino fundamental
e médio, frequentemente não capacita técnica, conceptual, teórica e metodologicamente
jovens universitários para construir um pensamento crítico e reflexivo.

Fonte: adaptada de OLIVEIRA, A. B E VALENÇA P. F. K (2015, on-line)1.1 Em: < https://educere.bruc.com.br/


arquivo/pdf2015/17807_10482.pdf/>.Acesso em: 02 Abr. 2020.

UNIDADE III Projeto de Pesquisa 55


MATERIAL COMPLEMENTAR

LIVRO
Livro: Metodologia Científica
Autor: Marina de Andrade Marconi e Eva Maria Lakatos
Editora: Atlas
Ano: 2009
Sinopse: A Metodologia Científica, mais do que uma disciplina, significa
introduzir o discente no mundo dos procedimentos siste- máticos e racionais,
base da formação tanto do estudioso quanto do profissional, pois ambos
atuam, além da prática, no mundo das ideias. Podemos afirmar até: a prática
nasce da concepção sobre o que deve ser realizado e qualquer tomada de
decisão fundamenta-se naquilo que se afigura como o mais lógico, racional,
eficiente e eficaz. Desse modo, a condensação da trilogia Metodologia
científica, Técnicas de pesquisa e Metodologia do trabalho científico nesta
obra, procura suprir uma necessidade existente em nossa bibliografia, ou
seja, um trabalho que sintetize, ao mesmo tempo, procedimentos didáticos,
fundamentos para trabalhos escolares, de final de curso e científicos,
relatórios e memorandos, assim como sirva de base para a atividade
profissional que, por definição, precisa ser ordenada, metódica e lógica.

UNIDADE III Projeto de Pesquisa 56


FILME/VÍDEO
Título: Escritores da liberdade
Ano: 2007
Sinopse: Uma jovem e idealista professora chega a uma esco- la de um
bairro pobre, que está corrompida pela agressividade e violência. Os
alunos se mostram rebeldes e sem vontade de aprender, e há entre eles
uma constante tensão racial. Assim, para fazer com que os alunos
aprendam e também falem mais de suas complicadas vidas, a professora
Gruwell (Hilary Swank) lança mão de métodos diferentes de ensino. Aos
poucos, os alunos vão retomando a confiança em si mesmos, aceitando
mais o conhecimento, e reconhecendo valores como a tolerância e o
respeito aopróximo.

UNIDADE III Projeto de Pesquisa 57


UNIDADE IV
As Modalidades de Trabalhos
Científicos
Professora Dra. Ana Paula Stroher

Plano de Estudo:
• Modalidades de trabalhos científicos;
• Estruturação de trabalhos e relatórios;
• Tipos de relatório de pesquisa;
• Apresentação da pesquisa científica.

Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e estruturar o trabalho acadêmico;
• Compreender os tipos de relatório de pesquisa;
• Estabelecer a importância da apresentação da pesquisa científica.

UNIDADE III Projeto de Pesquisa 57


58
INTRODUÇÃO

Caro(a) acadêmico(a), daremos continuidade ao nosso conteúdo, falando agora


sobre o trabalho de síntese, trabalho científico e monografia, relatório da pesquisa e ini-
ciação científica, relatório de estágio e por último finalizaremos com a preparação para a
defesa e apresentação da pesquisa.
Para tanto, durante todos os capítulos descritos neste livro observamos que a me-
todologia da pesquisa, precisa seguir normas e saberes envolvidos durante o seu projeto
de pesquisa a ser elaborado. Assim, a estruturação da síntese do trabalho, devem ser
abordados ao leitor sobre os passos que foram seguidos durante o projeto proposto pelo
autor. E para isso, é necessário utilizar contextos que possam explorar todo o conteúdo
produzido em poucas palavras ao leitor.
Os diferentes tipos de trabalhos científicos abordam todo um contexto já explanado
na Unidade III e aqui iremos aplicá-lo em relatórios de pesquisa e estágio.
E por último, finalizaremos com a abordagem da apresentação e defesa do trabalho
acadêmico. Para tanto, buscaremos centralizar nosso estudo de modo que a apresentação
do trabalho seja clara e objetiva de modo que o público consiga entender os pontos princi-
pais da sua pesquisa dentro do tempo destinado para a mesma.

Bons estudos!

UNIDADE IV As Modalidades de Trabalhos Científicos 58


1. TRABALHO DE SÍNTESE

Prezado (a) o trabalho de síntese, é basicamente um resumo que busca orientar o


leitor para que se tenha uma apresentação breve do assunto e dos principais pontos de um
texto, filme, etc.
Em outras palavras, a síntese é um tipo de texto que apresenta as principais ideias
e não detalha e aprofunda o assunto. De acordo com Koche (1996) o próprio nome “sínte-
se” já indica que se trata de um pequeno resumo, portanto nunca será mais extenso que o
trabalho original.
Portanto, na síntese de um artigo científico por exemplo, apresenta-se o assunto a
ser estudado, seguido pelo objetivo do estudo e aplicação da metodologia utilizada na pes-
quisa. Por último finaliza-se com considerações e conclusão. Em outras palavras, seguimos
a estrutura do trabalho inicial, mas de modo resumido.
É importante ressaltar que a síntese não deve ser extensa e detalhada, ela deve
relatar os principais ponto do trabalho, aspectos secundários são deixados de lado.
Assim, a metodologia de um trabalho de síntese caminha com procedimentos defi-
nidos de modo que o leitor não tenha problemas de interpretação (MINAYO, 2013).
Para tanto, de acordo com Cervo, Brevian e Silva (2007), a síntese dos dados
representados no formato de gráfico oferece interpretação com maior facilidade de todo
o contexto da pesquisa. Outros cuidados devem ser citados ao elaborarmos uma síntese:

UNIDADE IV As Modalidades de Trabalhos Científicos 59


• Ler atentamente, e se preciso mais de uma vez, o texto a ser sintetizado para
que as ideias principais estejam também no trabalho de síntese. Assim, a dica
é: não inicie a síntese se ainda tiver dúvidas sobre o texto original!
• Grifar as partes principais do texto original é importante para que os pontos
centrais não fiquem de fora na hora de elaborar a síntese.
• Por último devemos juntar essas ideias principais citadas anteriormente para
que a síntese seja um texto corrido, com parágrafos formando um texto único e
não seja apresentado em tópicos com ideias desconexas.

UNIDADE IV As Modalidades de Trabalhos Científicos 60


2. TRABALHO CIENTÍFICO E MONOGRAFIA

Um trabalho científico deve atender e discorrer sobre determinada problemática


que será estudada e elaborada ao longo da organização deste projeto.
Assim, a formatação é realizada mediante ao uso da ABNT NBR 14724/2011, que
especifica os princípios da elaboração de trabalhos acadêmicos entre eles: trabalhos de
conclusão de cursos TCC, dissertações e monografias entre outros documentos tem como
finalidade a apresentação a uma instituição de ensino.
Para tanto, a de defesa do trabalho é composta por uma banca (comissão examina-
dora) formada por professores da área com formação superior ao do acadêmico avaliado.
Prezado (a) aluno (a), para entendermos um pouco sobre formação acadêmica,
os níveis de titulação envolvidos posteriormente a uma graduação são: especialista,
mestre e doutor. Todos são julgados por uma banca que realizará a avaliação do tema
proposto peloapresentador e candidato ao título.
Assim, conforme a norma ABNT NBR 14724/2011 toda a estruturação dos traba-
lhos acadêmicos deve compreender os elementos: pré-textuais, textuais e pós-textuais
conforme estruturação e sequência a seguir.

Elementos pré-textuais:
- Capa;
- Folha de rosto (obrigatório);

UNIDADE IV As Modalidades de Trabalhos Científicos 61


- Errata (opcional);
- Folha de aprovação (obrigatório);
- Dedicatória (opcional);
- Agradecimentos (opcional);
- Epígrafe (opcional);
- Resumo na língua vernácula (obrigatório);
- Resumo em língua estrangeira (obrigatório);
- Lista de ilustrações (opcional);
- Lista de tabelas (opcional);
- Lista de abreviaturas e siglas (opcional);
- Lista de símbolos (opcional);
- Sumário (obrigatório).

Elementos textuais:
- Introdução;
- Desenvolvimento;
- Conclusão.

Elementos pós-textuais:
- Referências (obrigatório);
- Glossário (opcional);
- Apêndice (opcional);
- Anexo (opcional);
- Índice (opcional).

Falaremos a seguir dos principais elementos listados anteriormente.

2.1 Elementos pré-textuais


2.1.1 Capa:
É um elemento obrigatório e deve apresentar:
- nome da instituição e nome do autor;
- título do trabalho: deve ser claro e preciso, identificando o seu conteúdo e possi-
bilitando indexação e recuperação da informação;
- subtítulo: se houver, deve ser precedido de dois pontos, evidenciando a sua su-
bordinação ao título;

UNIDADE IV As Modalidades de Trabalhos Científicos 62


- local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado;
- ano de depósito (da entrega);

2.1.2 Folha de rosto:


É um elemento obrigatório e deve conter as seguintes informações:
- nome do autor;
- título;
- subtítulo, se houver;
- natureza do trabalho: tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso e outros;
- objetivo do trabalho: aprovação em disciplina, grau pretendido e outros, nome da
instituição a que é submetido e a área de concentração;
- nome do orientador e quando houver, do coorientador;
- local (cidade) da instituição de apresentação;
- ano de depósito (da entrega).

2.1.3 Errata
É um elemento opcional. Sua inserção ocorre depois da folha de rosto, condiciona-
do a referência do trabalho seguido do texto da errata.

2.1.4 Folha de aprovação


É um elemento obrigatório. Sua disposição é após a folha de rosto, e deve conter
o nome do autor do trabalho, título do trabalho e subtítulo (caso ocorra). Ainda, deverá
apresentar a natureza do trabalho, objetivo, nome da instituição a que é submetido, área de
concentração, data de aprovação. Lembrando que deve estar inserido ainda: nome, titula-
ção e assinatura dos componentes da banca examinadora e instituições a que pertencem,
bem como a data de aprovação .

2.1.5 Dedicatória e Agradecimentos


Ambos são elementos opcionais. A dedicatória deve ser inserida após a folha de
aprovação e em seguida vem os agradecimentos.

2.1.6 Epígrafe
É um elemento opcional e deve ser elaborada conforme a ABNT NBR 10520/2002.
Sua inserção ocorre após os agradecimentos.

UNIDADE IV As Modalidades de Trabalhos Científicos 63


2.1.7 Resumo na língua vernácula:
Trata-se de um elemento obrigatório. Deve ser elaborado conforme a ABNT NBR
6028/2003 e é uma síntese do estudo apresentado, visando informar o leitor dos pontos
principais levantados. Deve conter o assunto proposto, e na sequência, o(s) objetivo(s) do
estudo, a metodologia adotada na pesquisa, os resultados e as considerações finais (con-
clusão). Todo o resumo deve ser digitado em espaço simples e sem abertura de parágrafos.
Além disso deve conter entre 250 e 500 palavras (a variação das palavras ocorre conforme
normas de cada instituição). Ao fim do resumo devem ser incluídas as palavras-chave (3 a
5 ) que caracterizam o trabalho em questão.

2.1.8 Resumo em língua estrangeira


Trata-se de um elemento obrigatório. É elaborado conforme a ABNT NBR 6028/2003.
Sua descrição pode ser realizada nas línguas: espanhola, inglesa e/ou francesa. Deve
acompanhar o resumo, as palavras-chave, também com a linguagem escolhida.

2.1.9 Lista de ilustrações


Trata-se de um elemento opcional. Deve ser apresentado conforme a ordem em
que se apresenta no texto, onde cada item deve ser designado por seu nome específico,
título e respectivo número da folha ou página em que se encontra.

2.1.10 Lista de tabelas


Trata-se elemento opcional. Conforme a ordem apresentada no texto, onde cada
item deve ser designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número da
página em que se encontra.

2.1.11 Lista de abreviaturas e siglas


É um elemento opcional. Corresponde a uma relação em ordem alfabética das
abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou expressões correspon-
dentes grafadas por extenso.

2.1.12 Sumário
Trata-se de um elemento obrigatório. É também chamado de índice e apresenta
todos os títulos e subtítulos dentro do trabalho, bem como suas paginações

UNIDADE IV As Modalidades de Trabalhos Científicos 64


2.2 Elementos textuais
2.2.1 Introdução
A introdução é composta por linguagem clara e coerente apresentando o tema que
o pesquisador esboçou seu estudo. Aqui também é apresentado o problema que pretende
elucidar com a pesquisa, os objetivos, a importância e sua relação com o assunto junta-
mente com a justificativa abordada.

2.2.2 Desenvolvimento
A formação do desenvolvimento é o fortalecimento do corpo do trabalho, trata-se da
sua execução. Assim, sua formação é composta pela fundamentação teórica, a metodologia
e, para a pesquisa de campo, a análise e interpretação de dados.

2.2.3 Considerações Finais ou Conclusão


A conclusão final de um trabalho é focada em considerações esperadas pelo leitor
para o fechamento da pesquisa. Assim, a escrita deve concentrar toda argumentação do
fechamento do estudo abordado pelo autor, sem incluir citações de outros autores. Portanto,
nas considerações finais devem ser abordadas nos seguintes formatos:
- um breve resumo de cada capítulo;
- síntese de resultados obtidos;
- sugestões futuras para continuidade da pesquisa.

2.3 Elementos pós-textuais


Trata-se da parte final do trabalho, ou seja, são tópicos que devem ser inseridos no
trabalho após os elementos textuais. Assim, entre eles configuram os elementos conforme
abaixo explanado.

2.3.1 Referências
Trata-se de uma listagem de autores que foram citados ao longo do trabalho. As-
sim, sua adição é obrigatória em qualquer tipo de trabalho e nela devem figurar apenas os
materiais que foram citados ao longo do projeto de pesquisa.

2.3.2 Glossário
Trata-se de um elemento opcional focado na apresentação de palavras que não
sejam de uso comum do leitor, que possam causar dúvidas a respeito de seu significado.

UNIDADE IV As Modalidades de Trabalhos Científicos 65


2.3.3 Apêndice
O apêndice trata-se de um item opcional, no qual devem ser inseridos documentos
elaborados pelo próprio autor do projeto de pesquisa.

#SAIBA MAIS#

Muitos alunos não sabem diferenciar quadros e tabelas e acham que significam um
mesmo elemento. A construção de tabelas é composta por dados obtidos pelo próprio
pesquisador com o uso de números e/ou dados de porcentagem. Sem linhas verticais
laterais. Já os quadros são utilizados para representar dados que não estejam no for-
mato de números.

Fonte: Lakatos e Marconi (2009).

UNIDADE IV As Modalidades de Trabalhos Científicos 66


3. RELATÓRIO DE PESQUISA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E RELATÓRIO DE ES-
TÁGIO

Caro (a) aluno (a), falaremos aqui sobre alguns tipos de relatório que fazem parte
do relatório acadêmico. Iniciaremos com o relatório de pesquisa de Iniciação Científica (IC)
também podendo ser aplicado em outra modalidades de pesquisa.
O relatório de pesquisa trata de um documento que visa a demonstração de como
o seu projeto foi executado, como os dados foram obtidos e forma de coletas bem como
análise de resultados e discussão dos mesmos.

3.1 Relatório de Iniciação Científica


A formação de um relatório de IC caracteriza-se como um estudo no qual o aluno
desenvolveu atividades durante o período em que esteve no programa da Instituição de
Ensino Superior (IES) que ele pertence. Assim, os resultados alcançados com a execução
do Plano de Atividades do aluno devem incluir uma formatação conforme padronização de
cada IES.
No entanto, o relatório final deve ser entregue com a assinatura do professor orien-
tador responsável, e eventuais participações do aluno em congressos da área. Além disso,
as publicações em periódicos devem ser indexados o nome da IES que realizou a sua
atividade de IC bem como, o nome do professor orientador responsável. Ainda, o mesmo
deve conter a seguinte estruturação:

UNIDADE IV As Modalidades de Trabalhos Científicos 67


Introdução: Ao iniciar uma graduação em uma Instituição de Ensino Superior
(IES), alunos são convidados por professores a fim de trabalhar com o desenvolvimento
de uma pesquisa a nível de iniciação científica, para iniciar sua visão sobre a pesquisa
acadêmica ainda na graduação. Assim, na introdução, durante a confecção de um projeto
de pesquisa, o aluno (a) deverá descrever sobre a pergunta que se está fazendo a ele
mesmo e caso vale a pena realizá-la. No entanto, no final da introdução deve ser descrito
sobre os objetivos da pesquisa.
Material e Métodos: O que o aluno (a) utilizou e como foram realizadas as etapas
da pesquisa para responder ao questionamento colocado na introdução. Aqui é necessário
detalhar os procedimentos utilizados, para que possam ser reproduzidos por outros pesqui-
sadores em estudos futuros.
Resultados: Trata-se dos resultados obtidos durante os experimentos realizados
pelo pesquisador. Portanto, aqui você precisa utilizar citação bibliográfica de outros au-
tores, os quais já publicaram em artigos científicos e obtiveram dados relacionados ao
tema proposto. Os dados geralmente são apresentados no formato de Tabelas e Figuras
(Gráficos, Imagens, etc) e essas devem ser numeradas sequencialmente (Tabela 1, Tabela
2… ou ainda Figura 1, Figura 2). Nas Tabelas o título deve ser colocado acima da mesma e
alinhado à esquerda. Já nas Figuras o título deve ser informado na parte inferior e alinhado
à esquerda.
Discussão dos resultados: Aqui precisamos dar respostas aos nossos leitores,
enfatizando a resposta ao problema proposto na pesquisa.
Conclusão: Fechamento da pesquisa, abordando seus principais resultados e
respondendo ao questionamento do estudo.
Referências: listagem das obras utilizadas ao longo da pesquisa.

Além de seguir essa estruturação, outros cuidados deve-se ter ao redigir o relatório:
- não utilizar gírias ou linguagem coloquial na escrita científica;
- cuidar com parágrafos muito longos;
- cuidar com o plágio, lembre-se: é crime intelectual.

UNIDADE IV As Modalidades de Trabalhos Científicos 68


#REFLITA#

O acadêmico deve se identificar com o tema da pesquisa proposta no seu projeto. Na


escolha do tema, deve-se procurar algo que desperte sua curiosidade, que tenha afini-
dade e tempo hábil para desempenhar o mesmo.

Fonte: Marconi e Lakatos, 2009.

3.2 Relatório de estágio


Ao escrever um documento como um relatório de estágio os alunos de forma geral
“sofrem” com a formatação e estruturação do mesmo, por isso é necessário que busquem
auxílio de seus orientadores.
Ao longo de um estágio, os alunos devem aprimorar seus conhecimentos mediante
técnicas e conhecimentos envolvidos na sua jornada.
Para tanto, as atividades propostas durante a realização do estágio fazem com que
os acadêmicos busquem a criação de um relatório de estágio, que passará por avaliação
de seu orientador. Assim, o relatório de estágio é formado por atividades desenvolvidas
pelo aluno na empresa, e deve seguir as normas da Associação Brasileira de Normas Téc-
nicas (ABNT) que propõe um padrão de formatação de textos e técnicas que visam definir
critérios que devem ser seguidos pelo autor. Com base neste contexto vejamos sobre as
formatações:
• Fonte utilizada: optamos pela fonte Arial ou Times New Roman, no tamanho 12,
com espaço 1,5 entre linhas e 1,5 entre os parágrafos.
• Margens utilizadas: esquerda: 3 cm; direita: 2 cm; superior: 3 cm e inferior: 2 cm.
• Formato do arquivo: normalmente são adotados um recuo a 2 cm da margem
esquerda. O importante é que, ao se adotar um formato, este seja mantido em
todo o trabalho.
• Capítulos e suas divisões: são diferenciados os formatos de capítulos e seções
da seguinte forma:
1 SEÇÃO PRIMÁRIA (CAIXA ALTA, NEGRITO, FONTE 12)
1.1 Seção secundária (Caixa baixa, negrito, fonte 12)
1.1.1 Seção terciária (Caixa baixa, itálico, negrito, fonte 12)

Pois bem aluno(a), a estrutura utilizada para o relatório de estágio é semelhante


àquela discutida no item 3.1. e conforme padrão e norma estabelecido pelas IES a qual
você está matriculado. Lembrem-se, um relatório de estágio é necessário para que o aluno
faça integração entre a teoria e prática na empresa a qual desenvolveu suas atividades.

UNIDADE IV As Modalidades de Trabalhos Científicos 69


4. PREPARAÇÃO DA DEFESA E APRESENTAÇÃO DA PESQUISA

A preparação de uma defesa e apresentação relacionada a uma pesquisa é de


grande interesse para os avaliadores. Assim, utilize no material de apresentação os seguin-
tes tópicos: títulos, introdução, revisão da literatura, metodologia, resultados e discussão,
conclusões e referências bibliográficas.
Para tanto é necessário cuidar com o tempo destinado à apresentação e não deixar
a sua defesa muito extensa. Uma dica é treinar sua apresentação em casa e cronometrar o
tempo da mesma. Muitos avaliadores são criteriosos quanto ao tempo cabendo ainda notas
mais baixas ao aluno que extrapolá-lo.
Outros cuidados na apresentação são destacados a seguir:
Título: deve ser convincente no quesito projeto proposto, além de preciso, simples
e curto tendo foco na pesquisa e investigação proposta. No entanto, para apresentações
de trabalhos científicos como Trabalho de Conclusão de Cursos (TCCs), Monografias, Dis-
sertações e Teses devem ser adicionadas no slide inicial o título, nome do autor, nome do
orientador dados da instituição, cidade da apresentação e ano.
Introdução: deve conter a abordagem geral da pesquisa bem como, a justificativa
da mesma. Assim, a inclusão da introdução deve expor o tema abordado no formato de
demonstração do conteúdo que refere-se propriamente ao tema do projeto.
Revisão da literatura: a menção do uso da revisão da literatura em uma apresen-
tação de defesa, busca fundamentar basicamente pesquisas já estudadas que atribuem ao

UNIDADE IV As Modalidades de Trabalhos Científicos 70


assunto proposto informações relevantes do estudo apresentado. Assim, a construção da
base teórica é apoiada em trabalhos científicos que relacionam a estruturação de assuntos
correlatos ao tema.
Metodologia: devem ser inseridos na apresentação, os materiais e métodos
utilizados na pesquisa bem como a descrição de procedimentos relevantes para que os
avaliadores possam obter informações suficientes para esclarecer questionamentos e aci-
ma de tudo terem o julgamento final da defesa.
Resultados: aqui serão apresentados os principais resultados obtidos na pesquisa,
podendo ser por meio de gráficos, figuras entre outros. Assim, os dados obtidos ao longo
da pesquisa devem ser plotados e apresentados bem como discutidos para que a banca
avaliadora e certifique-se que seus dados são objetivos, precisos e coerentes.
Discussão: o processo de discussão é a parte de maior importância na apresenta-
ção de uma defesa, por tratar-se da explanação dos dados obtidos bem como, a citação de
dados de outros autores para fins comparativos.
Conclusões: propõe o fechamento do trabalho do autor, mediante a resultados
obtidos e devem ser esclarecidos com a descrição de dados somente da pesquisa apre-
sentada, ou seja, não é usual citar autores de outras obras na conclusão, trata-se de um
fechamento pessoal.
Referências: é formada por uma lista em ordem alfabética de autores citados na
apresentação propriamente dita. Assim, sua inclusão representa a base da discussão dos
resultados bem como justifica os dados obtidos ao longo do estudo.

UNIDADE IV As Modalidades de Trabalhos Científicos 71


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Prezado (a) aluno (a) neste quarto capítulo, focamos como ponto de estudo os
trabalhos científicos e seu perfil de estruturação bem como, a argumentação do projeto de
pesquisa proposto pelo pesquisador.
Assim, basicamente toda a sua estruturação contou com elementos pré-textuais,
textuais e pós-textuais. E, portanto, observem que os elementos pós-textuais figuraram
como elementos obrigatórios e elementos opcionais. A abordagem focada na atribuição
do conhecimento da escrita é muito importante e deve atender, a formatação necessária
ao tipo de documento a ser realizado quando tratado como documentos científicos, entre
eles: formação de monografias, relatórios de iniciação científica entre outros, de grande
importância acadêmica.
Por último, muitos dos trabalhos científicos são apresentados mediante uma banca
avaliadora. Assim, a apresentação deve passar também por uma metodologia que visa
organizá-la, assim como ocorre em trabalhos científicos com a apresentação da introdução,
objetivos, justificativa, materiais e métodos, procedimentos, discussão e finalizando com
conclusão e referências utilizadas.
Assim, mediante o conhecimento adquirido ao longo dos conteúdos com conceitua-
ção de exemplos práticos, desejamos a você aluno(a) um excelente crescimento acadêmico
na área da pesquisa científica.
Ficamos por aqui, um grande abraço a todos!

UNIDADE IV As Modalidades de Trabalhos Científicos 72


LEITURA COMPLEMENTAR

METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA: ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL E OS


DESAFIOS PARA REDIGIR O TRABALHO DE CONCLUSÃO

A ciência surge no contexto humano como uma necessidade de saber o porquê


dos acontecimentos (LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 84), como um modo de compreen-
der e analisar o mundo através de um conjunto de técnicas e métodos. Considerando a
etimologia das palavras, ciência significa “conhecimento”, todavia, vale ressaltar que nem
todos os conhecimentos são científicos nem pertence à ciência, como por exemplo, os
conhecimentos vulgares. Cervo e Bervian (2002, p. 16) afirmam que:
A ciência é um modo de compreender e analisar o mundo empírico, envol-
vendo o conjunto de procedimentos e a busca do conhecimento científico
através do uso da consciência crítica que levará o pesquisador a distinguir
o essencial do superficial e o principal do secundário. (CERVO; BERVIAN,
2002, p. 16).

A metodologia científica é capaz de proporcionar uma compreensão e análise do


mundo através da construção do conhecimento. O conhecimento só acontece quando o
estudante transita pelos caminhos do saber, tendo como protagonismo deste processo o
conjunto ensino/aprendizagem. Pode-se relacionar então metodologia com o “caminho de
estudo a ser percorrido” e ciência com “o saber alcançado”. Conforme descrito por Siqueira
e colaboradores no livro, linguagem e método. Elaboração de projeto de pesquisa: O termo
grego Méthodos é composto pelas palavras “Meta” e “hódos”, possíveis de serem tradu-
zidas interpretativamente como caminho através do qual... se faz ciência” (BAILLY, 1950).
O caminho pelo qual se propõem a obter o conhecimento científico deve sempre ser
direcionado por procedimentos técnicos e metodológicos bem definidos visando fornecer
subsídios necessários na busca de um resultado provável ou improvável para a hipótese
pesquisada, além de auxiliar na detecção de erros e na tomada de decisão do cientista.
A relação de uma redação científica de alto desempenho durante a escrita de tra-
balho de conclusão de curso, dissertação, tese ou artigos científicos para publicação em
periódicos, somente serão alcançados se o aluno fizer uso consecutivo da leitura, crítica e
reflexiva, de outros artigos e trabalhos científicos.

Fonte: adaptada de Garcia (2015, on-line).


Em: < http://www.uniesp.edu.br/sites/_biblioteca/revistas/20170627112856.pdf>.
Acesso em: 09 Mai. 2020.

UNIDADE IV As Modalidades de Trabalhos Científicos 73


MATERIAL COMPLEMENTAR

LIVRO
Título: Metodologia Científica
Autor: Roberto Hernández Sampieri, Carlos Fernández Collado ePillar Baptista
Lucio
Editora: Mac Graw Hill
Ano: 2013
Sinopse: A 5ª edição de Metodologia de Pesquisa mantém seu caráter didático e
multidisciplinar, mas foi completamente reestru- turada e atualizada conforme os
últimos avanços no campo da pesquisa para se adaptar às necessidades dos
estudantes de diversas áreas do conhecimento. Aprenda todos os tópicos básicos
e essenciais das pesquisas quantitativa, qualitativa e mista em uma linguagem
acessível e clara.

UNIDADE IV As Modalidades de Trabalhos Científicos 74


FILME/VÍDEO
Título: Milagre na Cela 7
Ano: 2020
Sinopse: Separado de sua filha por ser acusado de um crime que não cometeu,
um homem com deficiência intelectual precisa provar sua inocência ao ser preso
pela morte da filha de um comandante. Ele passa a contar com a ajuda de seus
companheiros de cela e de quem também está do outro lado das grades.

UNIDADE IV As Modalidades de Trabalhos Científicos 75


WEB
Para melhor fixação dos conteúdos abordados neste capítulo su- gerimos a
você aluno(a) acessar o seguintes link abaixo:
Fonte: Youtube. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=5qDd-
sUlWrh8. Acessado em: 09 de Mai. 2020.
Apresentação de trabalho acadêmicos.
O conteúdo abordado no vídeo fortalece o formato que deve conter uma
apresentação de trabalhos acadêmicos científicos e como devem ser apresentados
seguindo um padrão organizado para que ocorra a avaliação.

UNIDADE IV As Modalidades de Trabalhos Científicos 76


REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 10520. Informação e


documentação. Citações em documentos – Apresentação. Riode Janeiro, 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6023. Informação e documentação.


Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6028. Informação e documentação.


Resumo — Apresentação. Rio de Janeiro, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6028. Informação e


documentação. Resumos e documentação – Elaboração. Riode Janeiro, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 14274. Informação e


documentação. Trabalhos - Acadêmicos – Apresentação. Rio de Janeiro, 2011.

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UNIDADE IV As Modalidades de Trabalhos Científicos 78


CONCLUSÃO

Querido (a) aluno (a), o estudo das quatro unidades intituladas no livro
Metodologia Científica, um livro recheado de conteúdos focados na busca da melhoria no
processo de formatação e descrição de um projeto de pesquisa, tudo isso, soma-se a
motivação de alunos (as) como vocês, que justificam a qualidade dos trabalhos científicos
realizados nopaís.
Para isso, iniciamos nosso estudo com a introdução da definição sobre a ciência
a qual informamos, sobre o conhecimento científico que provém pela observação e expe-
rimentação, ou seja, é uma experiência com base na busca por pesquisa. E seguimos na
abordagem lógica na investigação por meio de métodos abordados entre eles o dedutivo,
dialético entre outros. O método dedutivo é reconhecido pela ciência por conta de pes-
quisas e conhecimentos obtidos ao longo das gerações. Seguimos na segunda unidade
fortalecendo a definição da pesquisa científica, aspectos éticos, caracterização da pesquisa
bem como, suas etapas aplicadas. Assim, a pesquisa científica busca realizar estudos pu-
blicados e caracterizados com o objetivo de reproduzir resultados mediante a mudanças
nos procedimentos aplicados e novos rendimentos.
Na terceira unidade, iniciamos com a implantação e conceituação de procedimentos
como o tema e título abordado, justificativa do projeto, formulação do problema, hipótese,
metodologia entre outros. Assim, iniciar com um tema a ser proposto é o começo, em se-
guida a formulação de uma justificativa visa incluir contribuições sobre o projeto proposto.
Outro formato, é acrescentar ao projeto a formulação do problema na forma de pergunta,
para embasar o tema a uma direção.
No encerramento do nosso livro, basicamente enfatizamos a formação de um rela-
tório de iniciação científica e monografia focando os elementos pré-textuais, textuais e pós
textuais, seguindo o formato da ABNT, seguindo para a finalização deste capítulo com a
defesa e apresentação do projeto proposto pelo autor.

Desejamos muito sucesso a vocês!

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