SITEMA REPRODUTOR
FEMININO
Ovários
O QUE SÃO? Gônadas e glândulas
femininas, homólogas aos testículos.
QUAL A FUNÇÃO? Produzir gametas
(células germinativas) e hormônios, tal
como a progesterona, os estrógenos, a
inibina e a relaxina.
ONDE ESTÃO LOCALIZADOS? na
parede abdominal posterior, na parte
superior da cavidade pélvica.
COMO SE DÁ A FIXAÇÃO? O
ligamento largo do útero (superfície
posterior), que é uma prega do peritônio
parietal, se insere aos ovários por uma
dobra de duas camadas de peritônio
chamada de mesovário. O ligamento
útero-ovárico (polo inferior) ancora os
ovários no útero. O ligamento
suspensor do ovário (polo superior) os
insere na parede pélvica, o tal transporta
vasos sanguíneos e nervos do ovário.
MORFOLOGIA: Antes da ovulação, os
ovários são lisos e rosados, mas depois
tornam-se branco-acinzentados, rugosos
e menores, devido às subsequentes
ovulações.
HISTOLOGIA: A medula contém
tecido conjuntivo frouxo, vasos
sanguíneos, linfáticos e nervos. Já o
córtex -tecido endócrino- contém os
folículos ovarianos inseridos em um
tecido conjuntivo ricamente celularizado,
que contém fibras colágenas e células
estromais (+/-fibroblastos) e fibras
musculares lisas dispersas que envolvem
o folículo.
Esses folículos ovarianos consistem em
oócitos em várias fases de
desenvolvimento, além das células que
os circundam, as tais proporcionam o
microambiente para o oócito em
desenvolvimento. Quando as células
circundantes formam uma única camada,
são chamadas células foliculares; mais
tarde no desenvolvimento, quando se
formam diversas camadas, elas são
chamadas células granulosas. As células
circundantes nutrem o oócito em
desenvolvimento e começam a secretar
estrogênios conforme o folículo cresce.
O corpo lúteo contém os restos de um
folículo maduro após a ovulação. O
corpo lúteo produz progesterona,
estrogênios, relaxina e inibina, até que se
degenera em um tecido cicatricial fibroso
chamado corpo albicante.
O ovário é recoberto por ‘epitélio
germinativo’ que substitui o mesotélio,
capa do mesovário. * as células que
produzem os óvulos surgem a partir do saco
vitelino e migram para os ovários durante o
desenvolvimento embrionário
É composto por uma camada de tecido
conjuntivo denso, a túnica albugínea
(entre as células epiteliais e o córtex).

ONDE SE LOCALIZA? Situa-se entre a

bexiga urinária e o reto. O corpo do útero
se projeta anterior e superiormente ao
longo da bexiga urinária. O colo do útero
Tubas uterinas se projeta inferior e posteriormente e
penetra na parede anterior da vagina em
ONDE ESTÃO? Encontram-se no
um ângulo aproximadamente reto.
interior das pregas do ligamento largo do
útero.

QUAL A FUNÇÃO? via para os

espermatozoides, transporte do óvulo do
ovário para o útero e ambiente
necessário para o desenvolvimento do
zigoto até mórula.

COMO SE DIVIDE? O infundíbulo da

tuba uterina é a parte em forma de funil
de cada tuba, na parte final termina em
fímbrias, são responsáveis por captura o
ovo em ovulação, já que envolve o
ovário.
As ampolas é o próximo segmento onde
ocorre a fertilização normalmente,
2 # O útero varia de forma, tamanho,
constituem os laterais de seu
3
comprimento.
O istmo da tuba uterina é a parte curta e
a mais medial, que se une ao útero.
COMO SE DÁ A FIXAÇÃO? O par de
ligamentos largos do útero são pregas
duplas de peritônio que fixam o útero em
ambos os lados da cavidade pélvica
posição e estrutura. Essas variações
dependem do estado de gestação, da
idade, do estado de plenitude ou
vacuidade da beixiga e do reto.

COMO SE DIVIDE? As subdivisões

anatômicas do útero incluem (1) uma
Útero
parte em forma de cúpula superior às
O QUE É? É o órgão que aloja o tubas uterinas chamada de fundo do
embrião e no qual este se desenvolve até útero, (2) uma parte central afilada
o nascimento. chamada de corpo do útero e (3) uma
parte inferior estreita chamada de colodo
útero, que se abre para o interior da
vagina. Entre o corpo do útero e o colo
do útero está o istmo do útero, uma
região de aproximadamente 1 cm de
comprimento. O interior do corpo do
útero é chamado de cavidade uterina, e
o interior do colo do útero é chamado de
canal do colo do útero. O canal do colo
do útero se abre para a cavidade uterina
no óstio histológico interno do útero e
na vagina no óstio externo do útero.
COMO SE ESTRUTURA? O útero
apresenta 3 camadas:
*endométrio: sofre modificações com a
fase do ciclo menstrual, uterino ou na
gravidez. O estrato funcional (camada
funcional) reveste a cavidade uterina e
descama durante a menstruação. A camada
mais profunda, o estrato basal (lâmina
Ciclo Menstrual
Introdução
Se refere às variações mensais de
secreção hormonal e às alterações
resultantes nos órgãos sexuais,
principalmente no ovário.
Essas mudanças dependem dos
hormônios gonadotrópicos FSH e LH,
secretados pela hipófise anterior.
Fase folicular
Durante a infância, as células da
granulosa oferecem nutrição para o
óvulo e secreta um fator inibitório que
mantém o folículo em seu estado
primordial. Depois, na puberdade, FSH
e LH começam a ser secretados de forma
significante pela hipófise; assim, os
ovários e os folículos começam a
crescer.
Nos primeiros dias do ciclo, a
concentração dos hormônios
gonadotrópicos aumenta, ocorre a rápida
proliferação das células da granulosa e
leva ao aparecimento de outras camadas.
Uma delas, a teca é capaz de secretar
hormônios sexuais esteroides.
basal), é permanente e dá origem a um novo
estrato funcional após cada menstruarão.
*miométrio: maior porção, fibras
musculares lisas. Durante o trabalho de
parto e parto, as contrações coordenadas do
miométrio em resposta à ocitocina da neuro-
hipófise ajudam a expelir o feto do útero.
*perimétrio: é representado pelo
peritônio. Lateralmente, torna-se o
ligamento largo do útero, anteriormente,
recobre a bexiga urinária e,
posteriormente, recobre o reto.
Vagina
Depois dessa fase proliferativa inicial, as
células da granulosa secretam o líquido
folicular (com elevada concentração de
estrógeno); o seu acúmulo leva ao
aparecimento do antro.
Essa evolução a folículo antral é
estimulada pelo FSH.
Então, os folículos se desenvolvem a
vesiculares, isso pelo estrógeno
secretado no folículo que aumenta nas
células da granulosa os receptores de
FSH.
Além disso, o estrógeno, combinado ao
FSH, promovem receptores de LH e
permitem, assim, sua estimulação, o que
aumenta a secreção folicular.
Ademais, o estrógeno, juntamente ao
LH, causa a proliferação das células
tecais foliculares
# Após 1 semana, um dos folículos
começa a crescer mais do que os outros,
sendo que os outros onze involuem,
ficam atrésicos, fazendo com que haja
somente um embrião por gravidez. Isto
ocorre porque o folículo em
desenvolvimento mais rápido libera
grande quantidade de estrógeno, que age
no hipotálamo, deprimindo a secreção
intensa de FSH (feedback negativo) e,
assim, bloqueando o desenvolvimento
posterior dos outros folículos.
Ovulação
A secreção dos hormônios
gonadotrópicos, sobretudo o LH,
aumentam 2 dias antes da ovulação;
assim, o FSH e o LH causam a rápida
dilatação do folículo; ademais, o LH age
nas células da granulosa e tecais,
convertendo-as em células secretoras de
progesterona, despencando a secreção de
estrógeno.
Diante disso, a toca externa libera
enzimas que dissolvem a parede capsular
do folículo, enfraquecendo-a, dilatando
mais ainda e degenerando o estigma
(centro da cápsula folicular). Além disso,
ocorre o alastramento de vasos
sanguíneos na parede, a secreção de
prostaglandinas nos tecidos foliculares.
Esses eventos acarretam a transdução de
plasma no folículo, seu inchaço, levando
ao seu rompimento, liberando o óvulo.
Fase lútea
Horas depois da expulsão do óvulo, as
células da granulosa e tecais aumentam
EMBRIOLOGIA
Fecundação
Dura 24 horas
Complexa sequência de eventos
moleculares coordenados. Começa com
o contato dos gametas na ampola da
tuba uterina; e termina com a mistura dos
cromossomos paternos e maternos na
metáfase da primeira mitose do zigoto.
O espermatozoide, primeiramente,
atravessa a coroa radiada do ovócito a
partir da dispersão de suas células
foliculares, causada pela enzima
de tamanho e ficam repletas de incursões
lipídicas (amarela) e de vasos
sanguíneos, processo de luteinização
provocado, principalmente, pelo LH. O
conjunto dessas células luteínicas é o
corpo lúteo.
Além disso, as células da granulosa
formam grande quantidade de
progesterona (mais) e de estrógeno.
Enquanto que as células tecais produzem
os andrógenos androstenediona e
testosterona. Que podem ser convertidos
em hormônios femininos pelas células da
granulosa pela enzima aromatase.
Após 7 dias da ovulação, o corpo lúteo
começa a involuir, perdendo suas
funções secretórias e sua característica
lipídica amarelada, passando a ser corpus
albicans no 12º dia pós-ovulatório, sendo
substituído por tecido conjuntivo e
absorvido ao longo de meses.
PROLIFERARAUMENTARSECRET
ARDEGENERAR
Porém, na gravidez, a placenta secreta o
hormônio gonadotrofina coriônica que
atua no corpo lúteo, prolongando a sua
vida até o 3º mês do feto, visto às
propriedades semelhantes ao LH do
hCG.
hialuronidase (acrossoma), pelas
enzimas da mucosa tubária e pelos
movimentos caudais do gameta
masculino.
Depois, é a vez de ele penetrar na zona
pelúcida, isso se sucede da ação de
outras enzimas proteolíticas liberadas
pelo acrossoma (esterases e
neuraminidase).
A partir disso, ocorre a fusão dos
gametas. Na área as membranas se
rompem, a cabeça e a cauda do gameta
entram, mas a mitocôndria e a membrana
plasmática ficam para trás.
#No momento do contato, grânulos
corticais do oócito liberam substâncias
no espaço perivitelínico que alteram a
zona pelúcia, impedindo a entrada de
outros espermatozoides.
Assim, o ovócito termina sua segunda
divisão meiótica, se tornando maduro e
formando o segundo corpo polar; seu
núcleo vira o prónucleo feminino.
Ademais, já dentro do citoplasma do
oócito, o núcleo do espermatozoide se
alarga para formar, também, um
prónucleo, só que masculino; enquanto
isso, a cauda se degenera.
Os prónucleos replicam seu DNA,
condensam seus cromossomos e os
arranjam, visando à divisão celular
mitótica, mas também, à divisão de
clivagem do zigoto (sucessivas mitoses
atípicas).
#Esse processo resulta em um zigoto
com número diploide dos cromossomos
(46).
#Pela mistura dos cromossomos
paternos e maternos, a fecundação leva à
variação da espécie humana
#Nesse estágio a composição do
espermatozoide determina o sexo do
embrião.
Clivagem
30 horas após a fecundação
Consiste em repetidas divisões mitóticas
do zigoto.
A clivagem resulta em um número
crescente de células, os blastômeros; os
tais tornam-se menores a cada divisão,
enquanto o tamanho do zigoto fica
praticamente constante, envolto pela
zona pelúcida.
Após o estágio de 8 células, os
blastômeros mudam sua forma e se
compactam por meio das proteínas de
adesão da superfície celular,
possibilitando a posterior segregação das
células internas.
O concepto (totalidade dos produtos da
concepção) torna-se mórula quando há
12 a 32 blastômeros. A massa interna -
embrioblasto - é circundada por uma
camada de blastômeros achatados -
trofoblasto.
#As células trofoblásticas liberam o fator
inicial de gravidez, uma proteína
imunossupressora, e surge no soro
materno de 24 a 48h após a fecundação,
formando a base para o teste de gravidez
de 10 dias.
Blastogênese
4 dias após a fecundação
Assim que a mórula alcança o útero, o
fluido da cavidade uterina atravessa a
zona pelúcida e forma a cavidade
blastocística. À medida que o fluido
aumenta a cavidade, os blastomeros são
separados em:
Trofoblasto: camada celular externa que
formará a parte embrionária da placenta.
Embrioblasto: grupo de células do
interior que formará o embrião.
Assim, concepto nesta fase é o
blastocisto (50 a 60 blastômeros).
Após 2 dias suspenso no fluido da
cavidade uterina, a zona pelúcida se
degenera, possibilitando o aumento
explosivo do tamanho do blastocisto.
Nesse estado, são as secreções das
glândulas uterinas que nutrem as células
6 dias após a fecundação - implantação
O blastocisto adere ao epitélio
endometrial no polo embrionário e,
logo, se prolifera e se diferencia em:
Citotrofoblasto: camada interna de
células mitoticamente ativas; fornecem
células à externa.
Sinciciotrofoblasto: massa protoplástica
multinuclear formada pela fusão de
células, na camada externa.
7 dias
Os prolongamentos digitiformes do
sinciciotrofoblasto se estendem para o
epitélio e invade o tecido conjuntivo do
endotélio, por meio de enzimas
proteolíticas. Implantado, obtém
nutrientes do tecido materno erodido.
2º semana
Durante a segunda semana, a
implantação do blastocisto é concluída; o
sinciciotrofoblasto penetra ativamente no
tecido conjuntivo endometrial - que
contém glândulas e capilares -,
aprofundando-se no endométrio.
Esses eventos são facilitados por
mudanças no endométrio; as células
endometriais são deslocadas pelas
sinciciotrofoblásticas no local da
implantação e sofrem apoptose induzidas
pelas enzimas proteolíticas
sinciciotrofoblásticas. Além disso, no 10º
dia, com a implantação do concepto,
ocorre a reação decidual, em que as
células do tecido conjuntivo acumulam
glicogênio e lipídios; e, algumas delas,
células deciduais, degeneram-se para o
sinciciotrofoblasto adjacente a fagocitar
e nutrir o embrião.
# O sinciciotrofoblasto produz a
gonadotrofina coriônica humana (hCG)
que entra no sangue materno pelas
lacunas da massa externa. O hCG
mantém o desenvolvimento das artérias
espiraladas do miométrio e a formação
do sinciciotrofoblasto. Funciona como
base para o teste de gravidez ao final da
segunda semana.
Formação da cavidade amniótica, do
disco embrionário e do saco vitelínico
Enquanto o blastocisto é implantado, o
embrioblasto se modifica em uma placa
achatada de células, o disco
embrionário, que contém 2 camadas:
Epiblasto: camada espessa de células
colunares altas, relacionadas com a
cavidade amniótica.
Hipoblasto: camada fina de células
cuboides, voltada para a cavidade
blastocística e adjacente à cavidade
exocelômica.
Meanwhile, a partir do trofoblasto,
forma-se uma camada de células
achatadas (Amnioblastos) que formarão
o Amnio, surgindo uma cavidade no
embrioblasto (primórdio da cavidade
amniótica).
O hipoblasto forma a membrana
exocelômica, que circunda a cavidade
blastocística e reveste a superfície
interna do citotrofoblasto.
A membrana e a cavidade exocelômica
se modificam no saco vitelínico
primário; (a migração de células
endodérmicas formará o saco vitelino).
Ademais, células originadas do
citotrofoblasto, darão origem ao
mesoderma extraembrionário, uma
camada de tecido conjuntivo frouxo, o
qual se localiza ao redor da cavidade
amniótica e do saco vitelino.
Início da circulação uteroplacentária
Quando essas 3 estruturas são formadas,
aparecem lacunas na massa
sinciciotrofoblástica, as quais são
preenchidas com sangue materno dos
capilares endometriais rompidos e com
restos das glândulas uterinas erodidas, o
que forma um líquido, embriófito, o qual
nutre o concepto, até com oxigênio.
10 dias
O concepto está completamente
implantado no endométrio. Porém há
uma descontinuidade do epitélio na parte
inferior da membrana exocelômica, que
é preenchida por um tampão - um
coágulo sanguíneo fibrinoso - em 2 dias.
12 dias
O tampão é substituído pelo epitélio
uterino regenerado.
Início do espaço interviloso da placenta
As lacunas sinciciotrofoblásticas se
anastomosam, formando redes lacunares.
Ademais, os capilares endometriais se
tornam congestionados e dilatados,
formando sinusoides (vasos mais finos e
grandes), que serão erodidos pelas
células sinciciotrofoblásticas, fazendo
com que o sangue flui para as redes.
Portanto, as células do estroma
(deciduais), as glândulas degeneradas e o
sangue materno são uma rica fonte
nutricional para o embrião.
Mediante essas mudanças, o mesoderma
extraembrionário aumenta e aparecem
espaços celômicos que se fusionam para
formar uma cavidade grande e isolada, o
celoma extraembrionário. Essa
cavidade circunda o âmnio e o saco
vitelino (menos na ligação deles ao cório
pelo pedúnculo).
Com o desenvolvimento do celoma, o
saco vitelino primário se reduz e forma o
saco vitelino secundário. O tal, apesar de
não ter vitelo, age na transferência
seletiva de materiais nutritivas ao disco
embrionário.
Desenvolvimento do saco coriônico
No final da 2º semana, células
citotrofoblásticas produzem extensões
celulares no interior do
sinciociotrofoblasto, as quais formam as
vilosidades coriônicas da primárias.
O celoma embrionário divide o
mesoderma extraembrionário em:
Mesoderma somátco: reveste o
trofoblasto e cobre o âmnio.
Mesoderma esplâncnico: envolve o saco
vitelínico.
O cório é formado pelas duas camadas
do trofoblasto mais o mesoderma
somático. Ele forma a parede do saco
coriônico.
O embrião, o saco amniótico e o saco
vitelino estão suspensos na cavidade
coriônica pelo pedúnculo de conexão.
3º semana
Marcada pelo aparecimento da linha
primitiva, pelo desenvolvimento da
notocorda e pela diferenciação das 3
camadas germinativas.
Grastrulação
Processo em que o disco embrionário
bilaminar é convertido em um disco
embrionário trilaminar; além disso, é o
início da morfogênese.
Linha primitiva
Ocorre uma proliferação e migração
celular do epiblasto para a região dorsal
do disco embrionário, formando uma
banda linear espessa. Isso possibilida a
identificação dos planos/eixo do
embrião.
Com o acréscimo de células à
extremidade caudal da linha, forma-se o
nódulo primitivo.
Ao mesmo tempo uma depressão é
formada na linha, o sulco primitivo que
se finda na fosseta primitiva do nódulo.
Logo depois de sua formação, as células
deixam a superfície profunda da linha e
formam o mesoderma (até a 4º semana),
uma rede frouxa de tecido conjuntivo
embrionário (mesênquima), que forma os
tecidos de sustentação.
As células do epiblasto, migram pelo
sulco primário, originando o endoderma
e o mesoderma.
Processo notocordal e notocorda
O processo notocordal consiste em um
cordão celular, proveniente de células
mesenquimais, que cresce cranialmente
entre o ecto e o endoderma até a placa
pré-cordal firmemente aderida ao
ectoderma adjacente. Esse aglomerado
adquire um lúmen, o canal notocordal.
As camadas fusionadas do ecto e do
endoderma formam a membrana
orofaríngea, situada na futura região da
boca.
Além disso, as células mesenquimais da
linha primitiva e do processo notocordal
migram entre o ecto e endodema até
atingirem o disco embrionário. Essas
células são continuas com o mesoderma
extraembrionário.
Caudamente à linha primitiva, há a
membrana cloacal, uma área circular
que indica o futuro local do ânus.
Notocorda é uma haste celular que
define o eixo do embrião, lhe dá rigidez,
serve como base para o desenvolvimento
axial do esqueleto e indica o futuro local
dos corpos vertebrais.
Ela induz o ectoderma a engrossar e
formar a placa neural, o princípio do
SNC.
A coluna vertebral se forma em torno
da notocorda, que se estende da
membrana orofaríngea até o nó
primitivo.
#
Alantoide
16º dia
Pequeno divertículo em forma de
salsicha da parede caudal do saco
vitelino, no pedúnculo.
O alantoide se relaciona com a formação
precoce do sangue com a formação da
bexiga urinária.
Seus vasos sanguíneos tornam-se as
artérias e as veias umbilicais.
 Adolescência
Gravidez
O atendimento e a assistência pessoais e sociais e por contextos
de violência doméstica e urbana;
à saúde aos adolescentes   Porque a família exerce forte
grávidos: pressão sobre as decisões sobre
manter ou interromper a
A assistência à adolescente gestante tem gravidez, sobre o processo de
como objetivo assegurar que a gravidez assistência, a relação conjugal e o
transcorra sem intercorrências, prepará- estilo de vida do casal durante e
la para o parto e para a maternidade. depois da gravidez;
Adolescentes de ambos os sexos em   Pelas especificidades da
situação de gravidez não devem ser própria faixa etária; por
tratados do mesmo modo que adultos: estarem em processo de
crescimento e de
  Pela complexidade da situação, desenvolvimento biopsicossocial,
marcada pela dependência da adolescentes podem apresentar
família, pela falta de autonomia pouca maturidade emocional
financeira e de espaço próprio, para as decisões que devem ser
pelas dificuldades nas relações tomadas no processo e para as
 mudanças advindas com a A importância do teste
maternidade.
Frequência de omissão ou negação do
atraso menstrual e/ou a sua atividade
sexual, trazendo queixas inespecíficas
para a consulta, como dor abdominal,
desmaios, sintomas gastrointestinais, até
mesmo em caráter de consulta de
urgência: deve-se ter muita cautela, a
fim de criar um clima de segurança,
privacidade e confiabilidade para a
efetiva e adequada abordagem clínica,
considerando-se a possibilidade de
violência sexual.
Durante a assistência pré-natal, a equipe
de saúde precisa ter a preocupação de
orientar a adolescente sobre os aspectos
específicos da gravidez, os hábitos
saudáveis de nutrição, bem como sobre
os cuidados que devem ser dispensados
ao seu filho. Deve ser dada importância
ao vínculo mãe/pai/filho, ao
aleitamento materno, ao hábito de
acompanhar o crescimento e o
desenvolvimento do filho, à vacinação
e à prevenção de acidentes na infância
etc.
O prognóstico dessa gestação, assim
como as alterações psicológicas e
emocionais dos pais adolescentes, está
diretamente relacionado ao grau de
assistência médica e social oferecido.
Portanto, o momento do diagnóstico da
gestação é de fundamental importância.
A adolescente que chega à unidade de
saúde com a suspeita de gravidez deve
ser imediatamente acolhida por
profissional de saúde sensibilizado. Este
deve avaliar com a adolescente as
expectativas quanto à possível gestação,
seus medos e anseios, bem como suas
reais possibilidades.
imunológico de gravidez
(TIG)
Para facilitar a captação precoce da
adolescente gestante no pré-natal (no
primeiro trimestre), deve-se ter
disponível o TIG (teste imunológico de
gravidez) instantâneo. Este teste com fita
colorimétrica, realizado na presença da
adolescente, evita o deslocamento da
jovem para um laboratório e pode ser
realizado por qualquer profissional de
saúde qualificado. Desta forma, é
possível, a partir do resultado,
encaminhá-la ou admiti-la no pré-natal.
No caso de TIG negativo, é importante
enfatizar a necessidade de
acompanhamento de contracepção e
prevenção de uma possível gravidez.
O atendimento diferenciado
Devido às características próprias dessa
fase de desenvolvimento, os serviços
devem estabelecer um atendimento
diferenciado às adolescentes grávidas e
aos seus companheiros/parceiros, tendo
como ações centrais:
 Estabelecer dias e horários
específicos para a atenção às
adolescentes grávidas e aos seus
parceiros.
  Manter a agenda aberta, sem
necessidade de marcar consulta.
  Ter disponibilidade para realizar
a escuta ativa da adolescente e do
seu parceiro, reduzindo suas
dúvidas e prestando os
esclarecimentos necessários,
mesmo que necessite dispensar
mais tempo na consulta.
 Favorecer espaços (nas consultas,
nos grupos e nas oficinas) para
que adolescentes do sexo
 masculino possam assumir a
paternidade.
 Orientar adolescentes, pais,
familiares e responsáveis para a
prevenção da violência doméstica
e sexual, como também alertá-los
em relação a programas da
internet sem orientação, sem
monitoramento de um adulto e
sem segurança, para que não se
sintam vulnerabilizados com
relação à pedofilia.
Pré-natal:
As adolescentes grávidas não possuem
maior risco clínico e obstétrico em
relação às grávidas de outras faixas
etárias. Uma assistência pré-natal
adequada por equipe multiprofissional é
fundamental para garantir o baixo risco,
envolvendo médicos, enfermei- ros,
assistentes sociais, psicólogos e auxiliando na elaboração e execução de
nutricionistas, sob a forma de
atendimento individual e de grupo.
Condições de vida precárias e pressões
psicológicas e sociais contribuem para a
demora do início da assistência e da
baixa adesão ao pré-natal pelas
adolescentes.
É importante estar atento aos aspectos
psicossociais e econômicos que
envolvem a gravidez na adolescência,
pois eles podem acarretar os principais
riscos à mãe e ao bebê, razão pela qual
devem ser cuidadosamente avaliados e
monitorados.
As adolescentes não ficam grávidas
sozinhas. Portanto, é fundamental que os
adolescentes homens participem de todo
o processo e estejam presentes nos
momentos de cuidados necessários que
devem ser tomados durante e após a
gravidez.
Os aspectos nutricionais, assim como o
ganho de peso, a anemia, as infecções
urinárias e pulmonares e o risco
aumentado de trabalho de parto
prematuro requerem uma atenção
especial dos profissionais envolvidos na
atenção às gestantes adolescentes.
Puerpério: mães e pais
adolescentes
O acompanhamento das mães
adolescentes e de seus bebês é
fundamental para prevenir a depressão
pós-parto e as morbimortalidades
relativas à saúde materna e da criança.
É recomendado às mães e aos pais
adolescentes que sejam acompanhados
nas unidades de saúde, para que lhes
sejam oferecidos apoio e suporte,
estimulando suas capacidades,
seus projetos de vida, na construção dos
vínculos familiares, na prevenção da
segunda gravidez, de DST/Aids e outros
aspectos.
A equipe de saúde precisa estimular os
adolescentes no desempenho das funções
de mãe e pai, encorajando-os para o
exercício da maternidade e paternidade
responsável, evitando, no entanto,
subestimar a sua capacidade.
São da responsabilidade dos
profissionais a orientação e o
esclarecimento sobre todos os métodos
contraceptivos disponíveis, sempre deve
ser incluída a contracepção de
emergência.. É preciso, também,
ressaltar o comprometimento da
interação medicamentosa e da eficácia
dos métodos contraceptivos utilizados
em relação ao uso de outros
medicamentos e drogas lícitas e ilícitas.
 Características Psicológicas
Introdução
A adolescência e a gravidez constituem
fases de grande mudança física,
psicológica e sociais em um curto espaço
de tempo, gerando instabilidades,
insegurança e duvida; quando se
associam, ocorre uma exacerbação desse
processo, a qual pode ser considerada
patológica.
Portanto, algumas das características
psicológicas dos adolescentes são
apresentadas a seguir:
Busca de si mesmo e da
identidade
Vive-se um conflito perante às diversas
modificações físicas, em que se sentem
perdidos quanto à sua autoimagem;
ademais, ficam ansiosos com as
expectativas da sociedade em relação ao
rumo que vão tomar em um período de
grandes decisões.
Tendência grupal
O adolescente, necessitando definir sua
personalidade, busca um grupo para
obter segurança e autoestima, já que há
um processo de identificação e de
uniformidade coletiva.
Necessidade de intelectualizar
e fantasiar
Ocorre um desarranjo emocional pela
necessidade de renunciar ao corpo
infantil e à proteção familiar; assim, para
compensar essas perdas recorre ao seu
mundo interior, e nessa tentativa de
encontro consigo mesmo começa a
demonstrar preocupações de ordem ética,
moral, social.
Crises religiosas
Consoante às mudanças e às flutuações
do seu próprio mundo interno, a questão
da religiosidade emerge como
questionamentos do adolescente sobre
sua identidade, em uma tentativa de
responder questões como “quem sou”, “o
que estou fazendo aqui”, “qual o meu
papel na vida.
Contradições sucessivas em
todas as manifestações de
conduta
A conduta do adolescente não é linear
visto às identidades transitórias.
Atitude social reivindicatória
As intelectualizações e fantasias
conscientes, em resposta às restrições
impostas pela sociedade, se reforçam nos
grupos e fazem com que esses
pensamentos se transformem em em uma
verdadeira ação social, política, cultural.
Evolução sexual do auto-
erotismo à heterossexualidade
O adolescente começa a explorar sua
sexualidade; apresenta curiosidade por
paixões e por contatos íntimos.
Deslocamento temporal
O adolescente não possui ainda as
características adultas de delimitar e
discriminar; apresenta uma visão
sincrética do tempo, que implica a visão
indiferenciada as noções de passado,
presente e futuro.
Separação progressiva dos
pais
Esta é uma das perdas fundamentais que
o adolescente necessita assumir
internamente e que pode gerar uma oportunidade para detectar anomalias
ansiedade muito intensa. fetais graves e, nos sistemas de saúde
que rastreiam aneuploidias, pode-se
medir a espessura da translucencia
Constantes flutuações do
nucal (TN) - marcador de trissomias e
humor de outas anomalias fetais.
Além das modificações hormonais que
influenciam as modificações do humor, o Avaliação da gestação inicial:
sentimento de ansiedade e a depressão O ultrassom de 1º trimestre é o mais
acompanha a adolescência, sobretudo importante, é realizado pela via
devido às perdas que sofre. O modo de o transvaginal, e tem marcos importantes
adolescente as elaborar determinará a antes de 11 semanas.
maior ou menor intensidade dessas O primeiro passo é determinar a
flutuações. A realidade nem sempre presença do saco gestacional (SG -
satisfaz suas aspirações, resultando em cavidade coriônica) no útero em local
sentimentos de frustração e solidão. Mas, apropriado com 5 semanas.
da mesma maneira que se sente isolado É avaliado para identificar a vesícula
do mundo, um gesto simples pode fazer vitelina (VV), a partir de 5,5 semanas, e
com que se sinta a mais feliz das o embrião quando dá para checar o
criaturas. comprimento cabeça-nádega (CCN).
Além disso, o eco embrionário com
Ultrassom
batimentos cardiofetais pode ser
Antes de iniciar o exame, um médico
identificado com 6 semanas.
deve aconselhar a gestante e/ou casal
O amio é uma membrana fina que é
com relação aos possíveis benefícios e
envelopada pelo cório, com quem se
limitações da ultrassonografia de
funde entre 12 a 14 semanas.
primeiro trimestre.
QUANDO: Aconselha-se a realizar a Através da ultrassonografia transvaginal
primeira ultrassonografia, com uma o embrião costuma ser identificado por
idade gestacional entre1 11 semanas e 13 volta de 5 semanas de amenorréia ou 1
semanas + 6 dias, uma vez que oferece semana de atraso menstrual.
uma oportunidade para atingir os
objetivos acima referidos
PRA QUE? Em geral, o objetivo
principal da ultrassonografia fetal é
fornecer informações precisas que irão
facilitar a prestação de cuidados pré-
natais otimizados com os melhores
resultados possíveis para a mãe e seu
feto.
No início da gravidez, é importante
confirmar a viabilidade, estabelecer a A vesícula anecóica adjacente ao
idade gestacional com precisão, embrião é a vesícula vitelínica, achado
determinar o número de fetos e, na relevante na gestação inicial.
presença de uma gravidez múltipla,
avaliar corionicidade e amnionicidade.
No final do primeiro trimestre, a
ultrassonografia também oferece uma

Ultrassonografia transvaginal pela qual é
possível diagnosticar um embrião
medindo 18 mm, o que é compatível
com uma gestação de 8 semanas e 3 dias
de amenorréia. A vesícula anecóica
adjacente ao embrião é a vesícula
vitelínica, achado relevante na gestação
inicial.
É fundamental na avaliação pré-natal o
diagnóstico do número de embriões,
placentas (corionicidade) e bolsas
amnióticas (amniocidade). As gestações
múlptiplas, principalmente as
monocoriônicas e monoamnióticos
apresentam uma frequência maior de
complicações obstétricas.
A maior causa de mortalidade materna
no primeiro trimestre é a gestação
ectópica, que corresponde ao
desenvolvimento da gestação fora do
útero. Está condição quando não
diagnosticada a tempo pode causar
hemorragia fatal. A gestação ectópica
ocorre mais frequentemente na tuba
uterina.
Outra gestação inviável que pode ser
diagnosticada pela ultrassonografia é a
doença trofoblástica gestacional nas suas
formas mola hidatiforme completa ou
incompleta. A ultrassonografia obstétrica
reduziu a idade média do diagnóstico da
mola hidatiforme de 14 para cerca de 10
semanas. O diagnóstico precoce da
doença trofoblástica gestacional diminui
a chance de que a doença evolua para a
neoplasia trofoblástica gestacional como
a mola invasora e o coriocarcinoma.
Datação da gestação e estimativa do peso
fetal:
A datação correta da idade gestacional é
fundamental para a avaliação pré-natal.
Através dela é possível detectar
alterações no desenvolvimento da
gestação como a restrição do
crescimento fetal. A datação e a
estimativa de peso fetal são determinadas
pela medida das seguintes estruturas
fetais: comprimento crânio-nádega, polo
cefálico, abdomen e fêmur.

Ultrassonografia modo B mostrando a
medida crânio-caudal do feto e a
estimativa da idade gestacional em 12
semanas e 6 dias.
Ultrassonografia modo B para a
biometria fetal, nas quais foram medidas
a cabeça (A), o abdomen (B) e o fêmur
(C) fetais, com os quais são calculadas
estimativas da idade gestacional e do
peso fetal.
Rastreamento de cromossomopatias:
A ultrassonografia obstétrica realizada
entre a 11ª a 14ª semanas de gestação,
também conhecida como exame
morfológico de primeiro trimestre, tem
importância indiscutível no rastreamento
de anormalidades cromossômicas
(cromossomopatias ou aneuploidias),
especialmente aquelas que são
compatíveis com a evolução da gestação
até o termo. Dentre estas destacam-se,
especificamente, as trissomias dos
cromossomos 21 (Síndrome de Down),
18 (Síndrome de Edwards) e 13
(Síndrome de Patau).
Avaliação do líquido amniótico:
Alterações na quantidade do líquido
amniótico podem indicar alterações
diversas como a insuficiência útero-
placentária, rotura de membranas,
malformações fetais e diabetes
gestacional.
Mudanças psicológicas
Logo nos primeiros três meses, podem
surgir algumas problemáticas
psicológicas que se prendem, na sua
maioria, com a questão da ansiedade.
Trata-se de um momento delicado,
pautado pelo receio de se perder a
criança, de se diagnosticarem doenças,
de não ser o bebé “ideal”. Estes receios e
inseguranças, se não forem contidos,
podem dar lugar a problemas de
ansiedade permanente, prejudicando o
desenvolvimento saudável do bebé.
Ao entrar no segundo trimestre, a futura
mãe poderá enfrentar algumas
mudanças significativas ao nível da auto-
estima e auto-imagem. Naturalmente,
começa-se a ganhar algum peso e a
mudar-se, ligeiramente, o aspecto físico.
Algumas mulheres podem sentir-se
menos atraentes e menos bonitas,
desenvolvendo perturbações do foro
da auto-estima.
É necessário que a rede de suporte social
em redor da grávida compreenda estes
sentimentos e a apoie, para que a futura
mãe consiga superar estas
questões. Poderá, ainda, desenvolver-se
problemáticas ligadas ao stresse,
principalmente pelo movimento da
mulher tentar preencher o tempo ao
máximo, para dar pouco espaço
aos pensamentos sobre si; ou então,
poderá desencadear-se crises
depressivas, ligadas à incapacidade de
lidar com um novo ciclo de mudança de
vida.
No terceiro e último trimestre, a futura
mãe poderá começar a sentir medo e
ansiedade novamente, mas com uma
problemática ligeiramente diferente da
que surge no início da gravidez. Nesta
altura, a mãe já não receia tanto a perda
do bebé, mas sim a sua chegada.
Como será o trabalho de parto? Será
parto natural ou cesariana?
Será necessário recorrer aos fórceps?
Como será o momento do nascimento?
Como serão os minutos antes e após a
criança nascer? Será que o bebé
sobrevive ao parto? E eu, vou sobreviver
ao parto? Como serei enquanto mãe?
Serei capaz de ser uma boa mãe? Como
será a personalidade da criança? Serei
capaz de cuidar do meu filho?
Todas estas preocupações revelam
pensamentos de autopunição, numa
ambivalência entre querer dar à luz, para
ver a criança e tê-la nos braços e querer
prolongar o parto, para se
sentir verdadeiramente preparada.
É bastante importante que estas questões
de auto-imagem, auto-estima, fobias,
medos e ansiedades sejam acompanhadas
por um especialista do âmbito da
psicologia.
A excessiva ansiedade, aliada à Sistema Nervoso Central através da
incapacidade de lidar com a mesma,
poderá desencadear uma crise, revelada
em sintomas físicos como diarreia,
aumento excessivo de peso,
vulnerabilidade imunitária
(desencadeando constipações, por
exemplo), intensificação das câimbras,
crises de hipertensão, entre outros. A
consequência mais grave desta crise de
ansiedade é o parto prematuro, que
poderá funcionar como defesa contra a
possibilidade da ansiedade levar a uma
destruturação psicológica.
Todos estes sintomas podem estar
relacionados com a angústia de não saber
o que fazer, como vai ser, o que vai
acontecer. Por isso, o acompanhamento
psicológico permite à futura mãe
verbalizar a sua ansiedade, diminuindo
a angústia e tranquilizando-se.
Ferro
O ferro é um mineral necessário para a
síntese do grupo Heme, que junto à
protoporfirina, forma a hemoglobina.
Além disso, participa da formação da
mioglobina e age como cofator na ação
de diversas enzimas1(C).
A anemia por deficiência de ferro é a
deficiência nutricional mais prevalente
em gestantes e qualquer outro tipo de
paciente no mundo, particularmente nos
países em desenvolvimento2(A).
Durante a gravidez, ocorre um aumento
significativo na demanda metabólica
pelo ferro, decorrente de uma hemato-
poese aumentada, que contribui para o
estado hipervolêmico característico do
organismo gestacional. Além disso,
existe um aumento de demanda pelo
crescimento do feto e uma necessidade
de compensar eventuais perdas durante o
processo do parto. No feto, além da
formação da hemoglobina, o ferro é
essencial para o desenvolvimento do
síntese de enzimas responsáveis pelo
metabolismo cerebral3(C).
A necessidade de ferro absorvido
aumenta durante a gestação, passando de
0.8 mg/dia no primeiro trimestre até 7.5
mg/dia no final do terceiro trimestre.
Avaliando por trimestres, verifica-se
uma queda de absorção de ferro no
primeiro trimestre e aumento de cinco e
de nove vezes no segundo e terceiro
trimestres gestacionais, respectivamente.
Esse comportamento absortivo indica
uma provável proteção durante a
embriogênese dos efeitos do ferro12(C).
http://files.bvs.br/upload/S/0100-
7254/2011/v39n5/a2524.pdf
Ácido fólico
Ácido fólico (vitamina B9) é uma Importância do ácido fólico na
vitamina hidrossolúvel que apresenta gestação
papel fundamental no processo de O ácido fólico é o mais importante fator
multiplicação celular, na formação de de risco para os defeitos do tubo neural
proteínas estruturais e hemoglobina. identificado até hoje. O ácido fólico tem
As melhores fontes de folato são as um papel fundamental no processo da
vísceras, o feijão e os vegetais de folhas multiplicação celular, sendo, portanto,
verdes como o espinafre, aspargo e imprescindível durante a gravidez. O
brócolis. Outros exemplos de alimentos folato interfere com o aumento dos
fontes de ácido fólico são: abacate, eritócitos, o alargamento do útero e o
abóbora, batata, carne de vaca, carne de crescimento da pla- centa e do feto 11. O
porco, cenoura, couve, fígado, laranja, ácido fólico é requisito para o
leite, maçã, milho, ovo, queijo. A crescimento normal, na fase reprodutiva
folacina não é estável ao calor e por isso (ges- tação e lactação) e na formação de
o processamento de alimentos a anticorpos. Atua como coenzima no
temperaturas elevadas resulta em perdas metabolismo de ami- noácidos (glicina) e
consideráveis de ácido fólico; a cocção síntese de purinas e pirimi- dinas, síntese
dos alimentos reduz 50% do seu teor. de ácido nucléico DNA e RNA e é vital
Ácido fólico periconcepcional reduz a para a divisão celular e síntese
incidência de ocorrência ou da protéica. Conseqüentemente sua
recorrência de DATN. A concentração deficiência pode ocasionar alterações na
de folato sérico em hemáceas são mais síntese de DNA e alterações
baixas em mulheres que geram crianças cromossômicas. O tubo neural se
com DATN. converte em medula espinhal e cérebro
Os defeitos do tubo neural são entre os dias 18 a 26 da gestação,
malformações que ocorrem na fase período no qual muitas mulheres
inicial do desenvolvimento fetal, entre a desconhecem ainda seu estado gravídico.
terceira e a quinta semana de gestação, É importante que a mulher em idade
envolvendo a estrutura primitiva que fértil tenha acesso a uma quantidade
dará origem ao cérebro e à medula adequada de ácido fólico pelo menos um
espinhal. mês antes de engravidar.
Em 2000, o Institute of Medicine, dos Recentemente, estudos atestaram a
Estados Unidos, elevou as capacidade do ácido fólico na formação
recomendações nutricionais e do DNA. Além de ajudar o código
estabeleceu 0,4mg/dia para mulheres e genético, essa vitamina promove a
0,6mg/dia para gestantes expressão gênica, ou seja, facilita que
os genes se expressem de forma
adequada. Hoje sabemos que o ácido
fólico tem relação direta com a genética.
Nessa nova abordagem, já se sabe que o
folato tem ação sobre a maturação do
neurodesenvolvimento dos fetos.
CONFERÊNCIA - OLGA
Realidade externa: tudo o que nos cerca;
Realidade interna: o que cada um de nós
enxergamos do exterior.
Nós somos seres pulsionais (instinto) -
ID: sempre buscando algo para agradar
Zonas de crescimento: oral -> anal ->
genital (relação do mundo com o
psicológico)
A pulsão é percebida pelo aparelho
sensorial como um impulso à ação que
tende a restabelecer o equilíbrio físico-
químico alterado (fome). Também,
possui fonte, finalidade (equilíbrio) e
objeto (meio) para a satisfação
pulsional.
FASE ORAL (1 ano)
- Dissociação do objeto
A musculatura e o SN da boca da criança
estão completos, sendo o meio de
contato com o mundo exterior. A boca
adquire, assim, a função de uma zona de
crescimento, necessária para
desenvolvimento psicológico (foto antes
da imagem de 4 bebes)
Quando frustramos, projetamos a raiva e
responsabilizamos o objeto (criança-
seio)
Integração total de um objeto -
gratificação + frustração, o entendimento
possibilita vivenciar relações.
Alimentada - fortalecimento do ego,
melhora a relação com o mundo externo
-Não mais desassociados, já que se
sentem culpados por projetar raiva no
objeto bom e ruim, afetando o bom, e
sentindo o desejo de repará-lo.
A percepção do mundo se amplia, o
desmame se impõe, assim, a boca perde
a primazia de zona de crescimento
FASE ANAL - ambivalência, controle
A possibilidade de controlar as fezes faz
as crianças se sentirem capazes de
controlar a realidade externa, aumenta o
ego e amplia sua relação com o mundo
Ambivalência ora agride ora demostra
afeto, ação do Superego
FASE FÁLICA
Última fase de desenvolvimento
psicossocial
Fortalecimento do superego
Entrada do terceiro elemento - Ao invés
de amor e agressão, atua em amor,
rivalidade e ciúmes
Relação triangular ou Complexo de
Édipo
FASE DE LATÊNCIA
o Erotismo abafado, interrupção do
desenvolvimento social, mas o mundo
social é aprimorado, o ego fortalecido e
o superego em desenvolvimento.
Supera os ciúmes e a rivalidade e torna
mais “democrata”.
4FASE DA ADOLESCÊNCIA
Início com a puberdade -11 anos aos 20.
Época marcada de sofrimento,
contradição e confusão
Fase que tudo muda e rapidamente, o
corpo infantil vai se transformando, se
sentindo vazio, inocompleto, ansioso, já
que está modificando sua relação com o
mundo
Fase de luto: papel, identidade, pais,
corpo, bissexualidade infantil, ficam bem
tristes e vazios. Isto levam a ações
defensivas, rebeldia, agressão,
exteriorizando seus conflitos
Perde o referencial infantil e ainda não
alcançou o adulto
Desaproximar dos pais e buscar no
mundo externo
Síndrome da adolescência

• Busca de si mesmo e da
identidade

• Tendência grupal

• Necessidade de intelectualizar e
fantasiar

• Crises religiosas

• Evolução sexual

• Atitude social reivindicatória