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ESTUDO PATOLÓGICO E PROJETO DE

REABILITAÇÃO – PONTE COSTA AZUL


SALVADOR - BAHIA

Número: CONS-081/2015
Referência: Consultoria: Patologia e Recuperação – Ponte Costa Azul.

INDICE DE REVISÕES
ORIGINAL Rev. 1 Ver.2 Rev.3 Rev.4 Rev.5 Rev.6 Rev.7
DATA 20/10/2015 09/11/2015 10/11/2015
RELATÓRIO Fortes Fortes Fortes
DESENHO Ruan -
TIPO DE REVISÃO Original Pag.3 Considerações
da CONDER
APROVAÇÃO Fortes Fortes Fortes

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................. 3
2 DESCRIÇÃO SUCINTA DA ESTRUTURA...................................................................................................... 5
3 ESTUDO PATOLÓGICO .................................................................................................................................. 8
3.1 Corrosão de Armaduras e Carbonatação do Concreto ............................................................................. 11
3.2 Deterioração das Juntas de Movimentação............................................................................................... 18
4 PROJETO DE REABILITAÇÃO DA ESTRUTURA ....................................................................................... 20
4.1 Materiais Adotados na Construção da Estrutura ....................................................................................... 20
4.2 Serviços Preliminares e Gerais .................................................................................................................. 21
4.2.1 Instalação de canteiro de obras ........................................................................................................ 21
4.2.2 Montagem de Andaimes e Plataformas ............................................................................................ 21
4.2.3 Retirada de Entulho e Limpeza Final ................................................................................................ 22
4.3 Caracterização dos Materiais a Serem Empregados na Recuperação ................................................... 22
4.3.1 Concreto (Grout)................................................................................................................................. 22
4.3.2 Solvente .............................................................................................................................................. 23
4.3.3 Argamassa .......................................................................................................................................... 23
4.3.4 Aço ...................................................................................................................................................... 23
4.3.5 Pintura de Proteção da Superfície do Concreto ............................................................................... 24
4.4 Reabilitação da Face Inferior das Pontes .................................................................................................. 24
4.4.1 Tratamento das Juntas de Movimentação ........................................................................................ 24
4.4.2 Reabilitação das Lajes ....................................................................................................................... 25
4.4.3 Reabilitação das Vigas ....................................................................................................................... 25
4.5 Técnicas de Execução dos Serviços de Recuperação Estrutural ............................................................ 26
4.5.1 Corte do Concreto .............................................................................................................................. 26
4.5.2 Limpeza das Armaduras .................................................................................................................... 27
4.5.3 Preparo do Substrato ......................................................................................................................... 27
4.5.4 Recomposição das Armaduras.......................................................................................................... 27
4.5.5 Ancoragem de Barras por meio de Colagem com Adesivo Epoxídico ............................................ 28
4.5.6 Instalação de Formas ......................................................................................................................... 29
4.5.7 Limpeza da Forma e do Substrato .................................................................................................... 29
4.5.8 Recomposição da Seção – Utilização de Grout............................................................................... 30
4.5.9 Aplicação de Argamassa Polimérica ................................................................................................. 30
4.5.10 Procedimento de Cura ..................................................................................................................... 31
4.5.11 Pintura de Proteção Superficial do Concreto Armado.................................................................... 31
4.6 Controle Tecnológico dos Materiais............................................................................................................ 31
4.6.1 Ensaios de Compressão Uniaxial ..................................................................................................... 31
4.6.2 Ensaios de Arrancamento – Pull Off ................................................................................................. 32
4.7 Demolição de trechos das pontes .............................................................................................................. 32
4.8 Vistoria das Fundações das Pontes ........................................................................................................... 33
5 FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS ................................................................................................................ 34
6 PLANILHA DE QUANTIDADES E PREÇOS DOS SERVIÇOS................................................................... 35

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1 INTRODUÇÃO

O presente relatório tem como objetivo apresentar o Estudo Patológico (amostragem,


avaliação e análise de anomalias) e o Projeto de Reabilitação das Pontes sobre a foz do rio
Camurugibe, localizado na Avenida Octávio Mangabeira, Costa Azul, região metropolitana de
Salvador – Bahia.

Este estudo de análise das manifestações patológicas existentes nas pontes do Costa Azul e o
projeto de reabilitação das pontes foi solicitado pela Companhia de Desenvolvimento Urbano
do Estado da Bahia - Conder, Por meio do Consórcio Corredores Salvador_ER, entendendo da
necessidade da realização de um estudo sobre as origens e causas das manifestações
patológicas existentes nas pontes, assim como seu mecanismo de deterioração, para se
estabelecer os procedimentos mais adequados à reabilitação das estruturas.

Esse procedimento tem como objetivo garantir que os serviços de reabilitação da estrutura
serão realizados adequadamente, uma vez que verificada a existência de manifestações
patológicas, inicialmente, é necessário à realização do estudo patológico, com o intuito de
entender suas prováveis causas e origens, seu mecanismo de atuação, sua área de incidência
etc, para posteriormente se estabelecer, com segurança, a terapia adequada para reabilitar a
estrutura. Além das manifestações patológicas este relatório prescreve a metodologia que
deve ser adotada para reabilitar as estruturas em estudo, apresentando também uma planilha
de quantidades e custo de serviços para servir de base para o processo licitatório da execução
da recuperação estrutural.

Conforme o exposto, este trabalho está dividido em:

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Estudo Patológico:

Apresenta as manifestações patológicas existentes nas áreas em estudo, seu mecanismo


de atuação, as prováveis causas e origens do surgimento das manifestações, entre
outros aspectos.

Recomendações para Reabilitação das Estruturas:

Nesse item apresentam-se as formas de intervenções que devem ser adotadas para
reabilitar os trechos da edificação sob vistoria. São descritos os serviços e materiais a
serem utilizados, além dos critérios a serem seguidos durante a execução. Os ensaios
tecnológicos a serem realizados para se garantir a qualidade dos serviços também estão
relacionados nessa parte do trabalho.

Planilha de Quantidades e Preços dos Serviços:

Realizou-se uma planilha com a descrição dos serviços, sua quantidade, preço unitário e
preço total, para facilitara a elaboração do processo de licitação da obra.

Os serviços foram realizados mediante a realização de diversas vistorias no segundo trimestre


de 2015, entre abril e junho de 2015. Durante as vistorias foram realizados auscultações,
medições, cadastros, elaboração de desenhos, anamneses e observações técnicas das partes
em estudo. Para facilitar a compreensão, nessa fase do trabalho, foram realizados diversos
registros fotográficos, que constam do presente trabalho, inseridos no texto, com o intuito de
esclarecer as manifestações patologias descritas.

Ressalta-se que o sucesso de uma intervenção estrutural depende fundamentalmente do


conhecimento das origens e causas das manifestações patológicas, e do entendimento do seu
mecanismo de atuação. Por esse motivo apresentam-se ao longo do presente estudo
conceitos referentes às manifestações observadas, baseadas em uma breve revisão
bibliográfica, considerando-se aspectos teóricos e experimentais.

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2 DESCRIÇÃO SUCINTA DA ESTRUTURA

Existem na região da foz do rio Camurugibe, na Avenida Octávio Mangabeira, no Costa Azul,
um conjunto de três estruturas, construídas em épocas diferentes. Da praia para montante do
rio tem-se também as estruturas em ordem da mais recente para a mais antiga. A primeira é
uma estrutura composta por cinco vigas pré-fabricada em concreto protendido, com cerca de
17,70m em vão, bi-apoiada nas extremidades. Essa estrutura serve para a passeio de pedestre
e ciclovia.

A segunda e terceira estrutura são destinadas as faixas de trafego de veículos nos sentidos do
ida e retorno para Itapuã. A primeira ponte é composta por duas vigas longitudinais e uma
transversina, posicionada ao centro, com balanço de lajes longitudinais. A segunda ponte é
composta por três vigas longitudinais e quatro transversinas, também com balanços de lajes
nas duas extremidades longitudinais. As duas pontes são apoiadas nas extremidades em
paredes de concreto armado. A Figura a seguir ilustra o esquema estrutural das estruturas
existentes.

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Figura 2.1 – Esquema da estrutura existente (fonte: autor).

Na Figura 2.2, a seguir, fornecida pela CONDER, é possível observar a seção transversal da
estrutura existente e na Figura 2.3 uma seção com as partes da estrutura que devem ser
demolidadas e estruturas novas a serem executadas para atenderem ao novo fluxo de tráfego

Figura 2.2 – Esquema da seção transversal das estruturas existentes (fonte: CONDER).

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Figura 2.3 – Esquema da seção transversal das estruturas nova (fonte: CONDER).

Um projeto executivo deve ser fornecido pela CONDER, mostrando as áreas a serem
demolidas.

Vale salientar que os projetos estruturais das pontes não foram encontrados, pelo que, não foi
possível determinar as características e propriedades mecânicas dos materiais empregados na
execução das estruturas.

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3 ESTUDO PATOLÓGICO

Conforme citado anteriormente a estrutura do passeio e ciclovia foi executada com vigas I pré-
fabricadas. Essa estrutura encontra-se totalmente deteriorada devido a corrosão generalizada
de suas armaduras. As armaduras principais da viga encontram-se em estado avançado de
corrosão, totalmente expostas, algumas já rompidas e penduradas. A estrutura encontra-se
com riscos de colapso a qualquer momento, sendo prudente sua imediata interdição. Essa
estrutura deverá ser totalmente demolida, já que a recuperação estrutural ficaria inviável devido
ao estado de degradação da estrutura e o seu elevado custo de recuperação. As figuras a
seguir mostram o estado de deterioração da estrutura em questão.

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Figura 3.1 – Face das vigas premosdadas com armadura exposta (fonte: autor).

Figura 3.2 – Face das vigas pre-fabricadas com armadura exposta e duto da EMBASA (fonte: autor).

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Figura 3.3 – Vsita geral do estado de degradação das vigas pre-fabricadas (fonte: autor).

A estrutura das duas pontes, executadas em concreto armado, no sistema tradicional de laje
sobre vigas, encontram-se relativamente em bom estado, se comparada com outras estruturas
submetidas à mesma agressividade ambiental. Verificou-se que os elementos estruturais
encontram-se estáveis com seus deslocamentos dentro dos limites especificados na NBR
6118-2014, que, apesar de não ter sido medidos, essa constatação está baseada no estado
da região tracionada da estrutura, sem presença de fissuras significativas e características de
deformações excessivas. Isso demosntra que os critérios de projeto foram adequado para
atender aos estados limites de serviço e estado limite último. Foram encontradas as seguintes
manifestações patológicas:

 Corrosão das armaduras.

 Carbonatação.

 Detrioração das junta de movimentação.

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A seguir apresentam-se a descrição das manifestações patológicas encontradas nas
estruturas das pontes.

3.1 Corrosão de Armaduras e Carbonatação do Concreto

A principal manifestação patológica existente nas estruturas das pontes é a corrosão


generalizada das armaduras de vigas e lajes, com pontos de carbonatação do concreto. Em
alguns trechos de vigas e lajes as armaduras já se encontram expostas, devido à expulsão do
concreto de cobrimento das armaduras, provocado pela expansão dos produtos de corrosão,
conforme mostra a Figura 3.4. Dessa forma, nesses locais, a armadura encontra-se com sua
seção reduzida pela ação da corrosão, podendo, no futuro, comprometer a segurança da
estrutura, caso as medidas necessárias à sua reabilitação não sejam realizadas nos próximos
meses. As figuras a seguir caracterizam o estado de corrosão da estrutura.

Figura 3.4 – Armadura da face inferior da laje exposta devido à corrosão (Fonte: autor).

Em algumas vigas o sintoma de corrosão está caracterizada pelo estado de fissuração da


peça e pelas marcas de óxido de ferro, manchando a superfície do concreto. A figura a seguir
mostra o estado das vigas.

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Figura 3.5 – Armadura da viga exposta devido à corrosão e expansão do concreto em vários locais (Fonte: autor).

Prováveis causas:

Em Salvador as principais causas da formação da pilha de corrosão nas armaduras de


concreto armado estão relacionadas à carbonatação do concreto ou devido ao ataque de
cloretos. No caso da estrutura das pontes, devido à sua exposição ao aerossol marinho e ao
tráfego de veículos, lançando CO 2, no meio embiente, é possível que a corrosão tenha sido
favorecida pela combinação das duas principais causas. Além disso, a elevada umidade do ar,
temperaturas elevadas, tipo de solicitação da estrutura também favoreccem a desenvolvimento
da corrosão.

Em projeto futuros, a agressividade do meio deve ser levada em consideração como fator
fundamental no projeto estrutural, principalmente na especificação do concreto, utilizando
cobrimentos superiores a 40mm e um concreto modificado com aditivos e adições que
permitam a qualidade necessária ao concreto. Normalmente, esses fatores não teem sido
considerados no projeto estrutural, motivo que tem levado as estruturas a situação de
intervenção, algumas com menos de 5 anos de idade. Além dos cuidados de projeto, qualquer

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falha na execução do concreto nas fases de mistura, lançamento, adensamento e cura podem
levar a uma situação de deterioração prematura.

O processo de corrosão ocorre, geralmente seguindo a sequência: quebra da camada


passivadora com significativa redução do pH do concreto de cobrimento das armaduras (faixa
de pH de passivação da armadura: 10,5<pH<13) e penetração de agentes agressivos. No
caso em questão, com penetração de ions cloreto (Cl-), CO2, oxigênio e umidade para atuar
como eletrólito, com a consequente queda substancial do pH do concreto.

O concreto oferece ao aço uma dupla proteção:

- Proteção física - separando o aço do contato direto com o meio externo.

- Proteção química - conferida pela película passivadora que envolve o aço.

A formação dessa película passivadora tem origem na solução aquosa presente nos poros do
concreto, constituída principalmente por íons hidroxila (OH-), que confere uma elevada
alcalinidade a este meio (DURAR, 1997). Inicialmente, se pensou que esta alcalinidade se
devia a presença do hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) resultante das reações de hidratação do
cimento. Contudo, hoje, se aceita que, com o processo de hidratação do cimento, o elevado
pH da solução dos poros do concreto se deve, principalmente, aos hidróxidos de sódio
(NaOH) e de potássio (KOH), conferindo pHs da ordem de 13 a 14 (ANDRADE & PAGE;
DURAR; 1986, 1997).

O uso de adições pode reduzir o pH na solução dos poros do concreto (HAUSMANN, 1998),
contudo, os valores de pH não decrescem a níveis que comprometam a passivação. Em
estudo realizado Härdtl (1994) em pastas de cimento, observou-se que, enquanto as pastas
sem adições mantinham um pH entre 13,5 - 14,0, as pastas com adições não apresentaram
valores inferiores a 12, após um ano.

Ainda sobre a película passivadora, Cascudo (1997) explica que ela apresenta uma elevada
resistência ohômica, conferindo taxas de corrosão desprezíveis, uma vez que impede o acesso
de umidade, oxigênio e agentes agressivos à superfície do aço, bem como dificulta a
dissolução do ferro.

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Segundo González (1996) a ação de proteção exercida pela película passivadora é de natureza
eletroquímica e é garantida pela alta alcalinidade do concreto e um adequado potencial
eletroquímico. Esta condição pode ser melhor observada no diagrama de Pourbaix, Figura 3.6,
que expõe, para cada metal, as condições de pH e potencial nas quais o material se corrói, se
passiva ou permanece imune.

Figura 3.6 – Diagrama de Pourbaix de equilíbrio termodinâmico (Fe – H2O; 25C) (fonte: GONZÁLEZ, 1996).

A zona de imunidade correspondente à região onde o aço não se corrói, independente da


natureza do meio: ácido, neutro ou alcalino (HELENE, 1993). É para esta zona que o aço é
conduzido quando se aplica a técnica de proteção catódica (ANDRADE; GONZÁLEZ; 1988,
1996).

A zona de passivação corresponde àquela em que as reações observadas são as de formação


de película passivadora. É o que acontece com o aço imerso no concreto, onde o pH está na
faixa de 13–14 (ou mesmo um pouco inferiores) e o potencial padrão está na faixa de 0,15 V à
–0,40 V (PETROCKIMO, 1960 apud HELENE, 1993). Nesta zona, a corrosão não é exatamente
nula, mas ela ocorre a uma taxa tão baixa que o metal possui a aparência de manter-se
inalterado (ANDRADE, 1988). A zona de corrosão corresponde àquela onde há grandes
possibilidades do aço sofrer corrosão.

Como se percebe, o diagrama de Pourbaix tem uma grande utilidade no estudo da corrosão,
fornecendo parâmetros sobre as condições de atividade do aço em função do pH e potencial

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padrão. Contudo, tem uma aplicação limitada, uma vez que não fornece informações sobre a
cinética da corrosão (GENTIL, 1996).

A perda da camada passivadora conduz o aço ao processo de corrosão. Essa situação ocorre
em função da penetração de substâncias agressivas que atuam, principalmente, através dos
seguintes mecanismos (GONZÁLEZ; DURAR; 1996, 1997):

 A redução do pH do concreto a níveis críticos 8 – 9,5 através da ação do gás carbônico


presente na atmosfera.
 A presença do agente despassivador íon cloreto (Cl - ) em quantidade suficiente para
provocar acidificações localizadas e romper localmente a barreira da camada passivadora.

Nesse sentido, a camada de cobrimento desempenha um importante papel porque, além de


uma barreira química, conforme foi discutido neste item constitui-se em uma barreira física. Um
cobrimento de boa qualidade, com baixa permeabilidade, além de dificultar a penetração dos
agentes agressivos (CO2, Cl- etc.), constitui-se em uma barreira aos elementos necessários à
existência da corrosão eletroquímica, ou seja, água e oxigênio (HELENE, 1993). Considera-se
que o cobrimento das armaduras das pontes poderia ser maior. Valores em torno de 40 a
50mm poderiam proteger com mais eficácia as armaduras da estrutura. No entanto, em
estruturas marítimas é sempre recomendável a utilização de métodos adicionais de proteção
do concreto e armaduras, como pintura superficial, proteção catódica, aplicação de
revestimento com argamassa polimérica, entre outros.

O fenômeno da corrosão pode ser exposto segundo o modelo de Tuutti (1982), no qual há
uma fase de iniciação e outra fase de propagação da corrosão, ver Figura 3.7

A fase de iniciação se caracteriza pela penetração dos agentes agressivos, até o momento no
qual o aço se despassiva. Esta fase depende das características de agresividade do meio no
qual está exposta a estrutura e as características dos materiais, como o tipo de cimento,
permeabilidade do concreto superficial, tipo de aço etc. Com a despassivação do aço, a
película de passivação atinge estágios de pHs inferiores 11,5, perdendo sua estabilidade por
ação da carbonatação ou por ação dos íons cloreto e começa o processo de corrosão
(BERKE, 1997).

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Penetração até a
armadura

Grau de corrosão Grau aceitável

RH, T,
O2

CO2, Cl-

Iniciação Propagação Tempo


Vida útil antes de reparar

Figura 3.7 - Modelo de vida útil (TUUTTI, 1982)

A fase de propagação se caracteriza pelo desenvolvimento das reações de corrosão, as quais


podem ser mais ou menos rápidas em função das variáveis que controlam a cinética das
reações. Ou seja, em função da disponibilidade de oxigênio, da resistividade do meio etc.

De um modo geral, a corrosão pode ser classificada em generalizada e localizada. Dentro


desta classificação preliminar, pode-se encontrar variações que levem a forma uniforme,
irregular, com formação de pites e com formação de fissuras (FELIU, 1984), conforme mostra a
Figura 3.8. Feliu (1984) explica bem as características de cada um dos tipos de corrosão
apresentados:

 Corrosão uniforme: O ataque se produz de forma homogênea por toda a superfície, na qual
existe uma infinidade de ânodos e cátodos que mudam a todo tempo. Este tipo de corrosão
ocorre pela formação de micropilhas e a distância entre cátodo e ânodo é interatômica. A
perda de seção é uniforme e a estimativa de vida útil é mais fácil de ser inferida.

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Figura 3.8 - Tipos de corrosão (FELIU, 1984)

 Corrosão por pites: O ataque se produz em zonas discretas do material, as quais são mais
ativas que o resto da superfície. É comum devido à ação de agentes agressivos que tem a
propriedade de romper a capa passiva, como é o caso dos cloretos.

 Corrosão localizada: Trata-se de um ataque intermediário entre a corrosão uniforme e a


corrosão por pites. O ataque se produz em zonas mais ou menos extensas do material, as
quais, por diferentes razões são anódicas em relação às demais. Um dos motivos para que
isto ocorra pode ser a mudança de composição química do material ou do eletrólito que
circunda o metal.

 Corrosão fissurante: Este tipo de corrosão ocorre quando, além das condições propícias
para a corrosão, o metal se encontra submetido a tensões de tração. Neste caso, surgem
fissuras no material que se propagam na direção transversal à carga, produzindo rupturas
do material.

O tipo de corrosão existente nas estruturas das pontes é generalizada com alguns locias de
maior intensidade, causado predominantemente pela ação da despassivação das armaduras
provocadas carbonatação e ataque de cloretos.

A principal reação que ocorre é a carbonatação do hidróxido de cálcio, que o transforma em


carbonato de cálcio segundo a representação genérica da reação (3.1).
H2 O
Ca(OH)2 + CO2  CaCO3 + H2O (3.1)

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De fato, esta reação não ocorre de modo direto, uma vez que o gás CO 2 não é reativo
diretamente (NEVILLE, 1997).

Partindo da condição de que o concreto é um material poroso, a velocidade com que a frente
de carbonatação avança depende da estrutura da rede de poros, bem como da sua condição
de umidade (BAKKER, 1988). Se os poros estiverem secos, o CO2 penetra no concreto, mas a
carbotação não ocorre, pois falta água. Se os poros estiverem saturados, a carbonatação fica
comprometida pela baixa velocidade de difusão do CO 2 na água (104 vezes mais baixa que no
ar).

3.2 Deterioração das Juntas de Movimentação.

As juntas de movimentação da estrutura não estão visíveis. No entanto, devido à idade da


estrutura, os materiais empregados na vedação das juntas já devem estar deteriorados, devido
a terem atingido sua vida útil. Esse vedação tem como objetivo evitar deterioração da região
interna da junta, local de difícil acesso para manutenção.

A figura a seguir mostra uma fissura na direção da junta de movimentação do passeio e


ciclovia passarela. É prudente também o tratamento da junta longitudinal das estruturas.
Imprtante devido à movimentação diferenciada entre as duas estruturs.

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Figura 3.9 – Fissura em região de junta (fonte: autor).

Prováveis causas: falta de utilização de tratameto da junta de movimentação.

A seguir apresenta-se o Projeto de Reabilitação das Estruturas das Pontes.

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4 PROJETO DE REABILITAÇÃO DA ESTRUTURA

No presente relatório está apresentado o Projeto de Recuperação das estruturas das Pontes
do Costa Azul. Sugere-se que os serviços de reabilitação sejam realizados nos próximos 6
(seis) meses, caso contrário as quantidades de serviços podem ser alteradas
significativamente. Neste projeto estão incluídos os desenhos, descrições dos serviços de
recuperação (corte do concreto, limpeza das armaduras, recomposição das seções etc.), tipos
de materiais a serem empregados e tipos de ensaios tecnológicos a serem realizados, com o
intuito de garantir a qualidade dos serviços, além de uma planilha com o volume de serviços a
serem realizados. Vale salientar que o projeto de reabilitação da edificação foi realizado tendo
como subsídio o estudo patológico apresentado nos itens anteriores.

4.1 Materiais Adotados na Construção da Estrutura

Como não se teve acesso ao projeto original da estrutura não se sabe a resistência do
concreto utilizado na obra. Estima-se que foi empregado um concreto de resistência
característica à compressão entre 18MPa e 30MPa e aço CA50, comumente empregado nesse
tipo de obra na época de sua execução. Foi empregada uma pintura de proteção do concreto,
possivelmente aplicada durante alguma manutenção, mas também não se tem registro desse
material utilizado.

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4.2 Serviços Preliminares e Gerais

4.2.1 Instalação de Canteiro de Obras

A Empresa deverá instalar um pequeno canteiro de obras que viabilize o desenvolvimento dos
serviços, possibilitando a guarda de materiais, máquinas e equipamentos necessários ao
serviço, assim como o trabalho de escritório do engenheiro residente e fical da obra. O canteiro
deve ser composto de, pelo menos, três containers de 6,00m x 2,40m cada, sendo destinado
um para escritório, um para almoxarifado e um para banheiros e sanitários. O local de
implantação do canteiro deverá ser indicado pela CONDER. A empresa deverá solicitatar às
Concessionárias as ligações provisórias de água e energia elétrica, além de providênciar
também vigilância do canteiro e dos trabalhadores, já que o local de trabalho é bastante
vunerável.
Na região onde serão realizados os serviços deve-se executar proteções em compensado ou
telas, que sejam capazes de conter o lançamento de pequenos blocos de concreto ou de
outros materiais, evitando-se também que as pessoas tenham acesso ao local da obra, parte
infeior dos viadutos. Cuidados devem ser tomados para se evitar que o material cortado da
estrutura (concreto) seja lançado no rio. Qualquer material lançado sobre a areia deverá ser
coletado pela empresa executora dos serviços.

Os operários devem estar devidamente fardados e identificados, utilizando os EPIs


(Equipamento de Proteção Individual) necessários ao desenvolvimento dos serviços de
recuperação.

4.2.2 Montagem de Andaimes e Plataformas

Os andaimes devem ser executados em estrutura metálica tubular, com plataforma de aço ou
madeira. Sua rigidez deve ser suficiente para garantir a segurança dos operários e técnicos
que estejam trabalhando sobre ele. O concreto acumulado sobre o andaime e sobre a
estrutura utilizada para contenção dos pedaços de materiais cortados, devem ser retirado

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periodicamente, quantas vezes forem necessárias, para garantir que nenhuma porção seja
acumulada, garantindo a estabilidade dos andaimes.

4.2.3 Retirada de Entulho e Limpeza Final

Todo o material proveniente dos serviços de recuperação das estruturas deverá ser retirado do
local antes da entrega da obra. A desmobilização da obra deverá ser realizada durante a
realização da limpeza final. A empresa deverá deixar o local limpo e em condições de
utilização. Vale salientar que todos os dias a empresa deve realizar uma limpeza na área onde
forem realizados os serviços. Sugere-se a utilização de caçambas de entulho, colocadas
próximo do local de execução dos serviços.

4.3 Caracterização dos Materiais a Serem Empregados na Recuperação

4.3.1 Concreto (Grout)

Na recomposição dos elementos estruturais deve ser utilizado grout Industrializado. Esse grout
deve possuir propriedades de auto-adensamento, elevada resistência inicial, superior a 18 MPa
a 1 dia de idade e 50 MPa aos 28 dias, elevada resistência mecânica e baixa permeabilidade.
É recomendável e permitida a adição de, no máximo, 30% de brita de 9,5mm ou 12,5mm de
diâmetro máximo, “gravilhão”, lavada e seca, no caso do Fabricante também permitir esta
adição. Todo o grout deve ser executado em betoneira, sendo vetada a utilização de betoneira
de eixo vertical.

O grout industrializado – deve ser aferidos antes de sua aplicação, isso deve ser feito pela
realização de ensaios de compressão em, no mínimo, três corpos de prova para cada idade (1
dia e 28 dias). Todo o material lançado deve ser aferido conforme recomendação da NBR
12.655/2015. Para obtenção da resistência à compressão uniaxial do grout, é possível a
utilização de corpos de prova moldados em cilindros de 100mm de diâmetro por 200mm de
altura ou com 50mm de diâmetro por 100mm de altura. Os ensaios devem ser realizados com
1dia; 7 dias e 28 dias de idade. Os corpos de prova devem permanecer nas mesmas

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condições da obra - este procedimento tem como objetivo confirmar a resistência indicada no
presente Projeto sob as condições em que o grout será submetido. Os resultados dos ensaios
prévios devem ser submetidos à aprovação da fiscalização, visando o início do serviço de
grauteamento.

O grout industrializado poderá ser do tipo Grauth V1 ou SG da Vedacit, Sikagrou da SIKA,


Viagraute da Viapol, Emcekrete 50 da MC ou outros que garantam as mesmas propriedades
indicadas neste projeto, devendo, neste caso, ser submetido à aprovação da Fiscalização.

Nos locais onde não é possível a montagem de formas deve-se utilizar um grout com
propriedadesde tixotropia, como é o caso do V1-Grouth tix da Vedacit, aplicado com a mão e
auxílio da colher de pedreiro.

4.3.2 Solvente

Deverá ser utilizado um solvente para retirar a camada do produto de proteção existente nas
faces dos elementos estruturais, do tipo Diluente FC da Viapol ou similar.

4.3.3 Argamassa
Deverá ser utilizada argamassa industrializada na recomposição da superfície dos elementos
estruturais, vigas, lajes e paredes. A argamassa a ser utilizada pode ser a Viaplus STUC da
Viapol ou Zentrifix KM 110 da MC Bauchemie ou similar. Também é possível a utilização de
acabamento com argamassa polimérica Anchormassa FC2 ou similar. Para reparos
superficiais é possível a utilização de Anchormassa S2 ou similar, ambas da Anchortec. Trata-
se de argamassas de alta resistência, apropriada para reparos localizados em superfícies
horizontais ou verticais. Para melhorar a aderência entre o concreto original e a argamassa
poderá ser utilizada ponte de aderência com Nitobond Ar ou similar.

4.3.4 Aço
Na recomposição das armaduras deve-se utilizar aço CA 50, conforme as prescrições das
normas da ABNT: NBR 6118/2014 “Projeto de estruturas de concreto – Procedimento”, NBR

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7480/2007 “Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado”, NBR
14931/2004 “Execução de estruturas de concreto – Procedimento”.

4.3.5 Pintura de Proteção da Superfície do Concreto


Observa-se que possivelmente a utilização da pintura de proteção evitou um estado de
degradação da estrutura ainda maior. Pelo que, considera-se esse procedimento uma boa
prática para garantir a durabilidade da estrutura. Sua manutenção deverá ser realizada com, no
máximo, 3 (três) anos, refazendo-se a pintura.
Sobre as faces de todos os elementos estruturais recuperados deve-se executar uma camada
de argamassa polimérica e posteriormente a pintura de proteção. A pintura de proteção pode
ser realizada pela aplicação de um demão de selador (Selador FC da Viapol ou similar),
seguido da aplicação de uma primeira demão de Fuseprotec brilhante e uma segunda demão
de Fuseprotec fosco. Segundo o fabricante essas tintas são monocomponentes, 100% acrílico.

4.4 Reabilitação da Face Inferior das Pontes

4.4.1Tratamento das Juntas de Movimentação

As extremidades das juntas de movimentação da estrutura devem ser recompostas pelo corte
do concreto deteriorado, partido ou fissurado, e realização de “arestamento” utilizando-se
argamassa polimérica ou concreto (grout), seguindo as mesmas recomendações que constam
dos itens de recuperação estrutural.

Após a recomposição da seção da junta, deve-se colocar um material inerte (“mata-junta”:


corda sisal, mangueira plástica, cordão de poliuretano etc) para limitar a profundidade da
junta, guardando a relação de um para um (largura-profundidade ou seguindo a
recomendação do fabricante do selante). Finalmente deverá ser aplicado um selante à base de
poliuretano, com o intuito de garantir a sua vedação, permitindo a movimentação da estrutura,
ver detalhe na Figura 4.1. Sobre a junta, deve-se fixar uma chapa metálica galvanizada de 1/8”
de espessura, presa por parafusos galvanizados fixados sempre em um dos lados da chapa, a
cada 250mm. Os parafusos devem ser aprovados pela Fiscalização. O selante deverá ser

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trocado a cada 3 (três) anos. A figura a seguir ilustra o tratamento das juntas de movimentação
SELANTE
da estrutura.

MATA JUNTA

Figura 4.1 – Detalhe da junta de movimento da estrutura

4.4.2 Reabilitação das Lajes.


Após o tratamento do concreto e da armadura das vigas, conforme as recomendações que
constam do item 4.6 deste trabalho, as seções devem ser recomposta pela colocação de
forma, caso seja possível, e lançamento de grout aplicado com a mão nos caso onde não for
possível a colocação das formas. Após a recomposição da seção das lajes e de todos os
elementos estruturais, deve-se aplicar uma camada de 6mm de argamassa polimérica, para
proteção da estrutura e, na sequência, após a cura da argamassa, deve ser aplicada a pintura
de proteção. A argamassa deve ser aplicada com desempenadeira metálica, em duas ou três
demãos, seguindo a orientação do fabricante, até a obtenção da camada de espeeura
desejada.

4.4.3 Reabilitação das Vigas.

Após o tratamento do concreto e da armadura das vigas, conforme as recomendações que


constam do item 4.5 deste trabalho, as seções devem ser recomposta pela colocação de
forma e lançamento de grout industrializado. Após a recomposição da seção das lajes e de
todos os elementos estruturais, deve-se aplicar uma camada de 6mm de argamassa
polimérica, para proteção da estrutura e, na sequência, após a cura da argamassa, deve ser
aplicada a pintura de proteção. A argamassa deve ser aplicada com desempenadeira

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metálica, em duas ou três demãos, seguindo a orientação do fabricante, até a obtenção da
camada de espeeura desejada.

O topo dos pilares que apoiam as vigas da passarela devem ser reforçados por confinamento,
colocando armadura elicoidal de 6,3mm de diâmetro, com espaçamento de 5cm.

Vale salientar que os blocos de fundação também devem ter sua superfície tratada e protegida
com argamassa polimérica.

4.5 Técnicas de Execução dos Serviços de Recuperação Estrutural

Os serviços de recuperação das estruturas de concreto devem seguir criteriosamente as


recomendações do presente trabalho. Qualquer falha em uma das etapas dos serviços de
recuperação pode comprometer a qualidade final da recuperação, pelo que, todos os pontos
descritos nos item que se seguem são grande relevância.

4.5.1 Corte do Concreto

Deve-se cortar o concreto deteriorado até que o material são seja encontrado, por meio de
processos manuais (utilizando ponteiros e marretas) ou mecânicos (utilizando rebarbadores ou
marteletes elétricos ou pneumáticos). Nos casos de corrosão da armadura, deve-se cortar o
concreto de maneira que toda a armadura corroída seja exposta, devendo o corte ser
aprofundado em dimensões que permitam a limpeza da armadura e a passagem do agregado
graúdo do concreto de recomposição. O corte deve prosseguir ao longo da barra em pelo
menos 10cm após o último sintoma de corrosão.
Os cortes devem ter suas paredes perpendiculares com cantos ligeiramente abaulados para
permitir um perfeito confinamento do novo concreto (grout). Por esse motivo deve-se realizar a
delimitação do corte com uma serra mármore, com uma profundidade de aproximadamente
15mm. Antes da delimitação do corte, deve-se detectar a posição da armadura com um
pacômetro, para evitar o corte de alguma barra. Deve-se executar a parte superior do corte
inclinada, para facilitar a penetração do material de recomposição. Cuidados devem ser
tomados no momento do corte, para não danificar as armaduras. Por esse motivo, e entre

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outros, o serviço de corte deve ser executado por operário qualificado e experiente. Ver Figura
4.2.
Vista Lateral Seção

a) Vista lateral b) Seção - AA


Figura 4.2 – Detalhe típico do corte do concreto deteriorado das vigas principais.

4.5.2 Limpeza das Armaduras

A limpeza das armaduras deverá ser executada pela utilização de escova com cerdas de aço,
acoplada a furadeira elétrica e lixamento manual para auxiliar, principalmente nas partes muito
próximas à superfície do substrato. A limpeza deve retirar todas as carepas e produtos de
corrosão, tornando as barras adequadas à utilização em armaduras de concreto.

4.5.3 Preparo do Substrato

Após o corte do concreto, devem-se preparar as superfícies do substrato por apicoamento, por
meio de processos manuais (utilizando ponteiros e marretas), ou pela utilização de martelo de
agulhas, com o intuito de garantir a rugosidade da superfície e remover todas as partículas
soltas.
Mesmo as partes da estrutura que não foram submetidas a recuperação, devido à corrosão
das armaduras, devem ser preparadas para posterior aplicação de argamassa polimérica e
pintura de proteção. Caso haja algum tipo de imperfeição, deverá ser corrigida com
argamassa polimérica.

4.5.4 Recomposição das Armaduras

As armaduras deverão ser recompostas nos casos em que as barras apresentem redução de
seção transversal acima de 10% (dez por cento). Devem-se acrescentar novas barras, de
mesmo diâmetro, visando garantir a seção prevista em projeto. As emendas das barras serão

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executadas por traspasse, observando as prescrições da norma da ABNT NBR 6118. “Projeto
de estruturas de concreto – Procedimento”, março de 2004.

4.5.5 Ancoragem de Barras por Meio de Colagem com Adesivo Epoxídico

A ancoragem de estribos ou das armaduras longitudinais, quando necessária, deverá ser


realizada por chumbamento com adesivo epoxídico. Os serviços de abertura de furos no
concreto (furação) e de colagem das armaduras (chumbamento) devem seguir os seguintes
procedimentos:
 Furação: Os furos devem ser realizados com diâmetro imediatamente superior ao diâmetro
das barras (exemplos: barra  10 mm, furo  12,5 mm; barra  16 mm, furo  20 mm). Os
furos devem ser executados com pelo menos 100 mm profundidade e 15 vezes o diâmetro
da barra a ser colada (exemplo: barra  10 mm, comprimento do furo 150mm; barra  12,5
mm, comprimento do furo 190mm). O furo deve ser realizado com inclinação suficiente para
facilitar a aplicação do adesivo epoxídico.
 Chumbamento: Os furos devem ser limpos por meio de aplicação de jato de ar sob
pressão, com intuito de retirar todo o pó e fragmentos de concreto, resultado do processo
de furação. Para colagem das barras deve ser utilizado adesivo epoxídico (Sikadur 32,
Compound ou similar). Em locais onde exista a possibilidade do adesivo escorrer é
recomendável a utilização de adesivo tixotrópico (Sikadur 31 ou Compound tixotrópico ou
similar). O furo deverá ser totalmente preenchido com o adesivo, além de distribuir-se o
adesivo na superfície da barra a ser colada. No momento da aplicação do adesivo
epoxídico o concreto deverá estar seco e isento de pó ou de quaisquer outros elementos
que possam prejudicar a ligação entre concreto-adesivo-aço, pelo que é recomendável
aplicar um jato de ar, minutos antes da colagem. Após a aplicação do adesivo, na barra e
no furo, deve-se introduzir a barra no furo, retirando-se o excesso de adesivo epoxídico nas
extremidades. Vale salientar que a aplicação do adesivo epoxídico deve seguir as
recomendações do Fabricante.

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4.5.6 Instalação de Formas

Após a limpeza e recomposição das armaduras, as formas devem ser posicionadas e fixadas
adequadamente para garantir a estanqueidade e a formação de superfícies planas, após o
endurecimento do concreto (ou grout). Devem ser executadas em compensado plastificado,
fibras de vidro ou chapas metálicas, de modo a garantir as propriedades necessárias às
formas. Quaisquer outros materiais devem ser submetidos à aprovação da Fiscalização. As
formas devem ser executadas com cachimbos com o intuito de facilitar o lançamento e
adensamento do concreto, conforme ilustra a Figura 4.3.

3 10 a 15 cm 3 3
1 1 1
> 5 cm

a) Posicionamento da fôrma b) Lançamento do concreto c) Corte do excesso de concreto

Figura 4.3 – Detalhe da forma tipo cachimbo

O corte do excesso de concreto formado na região do cachimbo deve ser cortado com cerca
de 24 horas após o seu lançamento, Figura 4.3c, para evitar o comprometimento da ligação
concreto novo com o original.

4.5.7 Limpeza da Forma e do Substrato

Minutos antes da aplicação do material de recomposição, deve-se executar a limpeza das


superfícies do substrato e das formas, por lançamento de água, seguido pela aplicação de um
jato de ar, com a finalidade de evitar acumulo de água.

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4.5.8 Recomposição da Seção – Utilização de Grout

Os elementos estruturais devem ser recompostos pela utilização de grout industrializado,


conforme mencionado anteriormente. Os materiais devem ser acompanhados por empresa
especializada e reconhecido trabalho de controle tecnológico de mateirais. O procedimento
de lançamento do grout deve ser contínuo, sempre no mesmo sentido e de apenas um lado.
O preparo do grout deve seguir, rigorosamente, as indicações do Fabricante, principalmente
quanto à quantidade de água de amassamento, tempo de mistura e tempo de aplicação. Vale
salientar que o início da aplicação do grout está vinculada a comprovação de resistência,
conforme indicado no item referente ao controle tecnológico.

4.5.9 Aplicação de Argamassa Polimérica

Toda a superfície da estrutura (lajes, vigas e paredes) deve ser tratada pela aplicação de
argamassa polimérica do tipo Zentrifix KM 110 da MC Bauchemie ou similar, com cerca de
6mm de espessura, aplicada em duas camadas de 3mm, seguindo rigorosamente as
recomendações do fabricante. Antes da aplicação da argamassa a superfície do concreto
deve ser lavada pela utilização de hidrojateamento com auxílio de escovamento manual onde
se fizer necessário. Toda a camada de proteção superficial existente deve ser retirada pela
utilização do solvente e, em seguida, jato de água sob pressão.
Pequenos reparos podem ser realizados pela aplicação de argamassa polimérica
Anchormassa S2. Sua preparação requer apenas a adição de água na proporção indicada
pelo fabricante, produzindo uma argamassa de alta resistência, apropriada para reparos
localizados em superfícies horizontais ou verticais. Sua aplicação deve ser feita com as mãos
protegidas por luvas ou com uma colher de pedreiro, pressionando a argamassa sobre a
superfície do substrato, é interessante a adição de agregados graúdos com intuito de
minimizar o efeito do calor de hidratação do cimento, evitando a possibilidade de formação de
fissuras. Para melhorar a aderência pode-se utilizar ponte de aderência com Nitobond Ar ou
similar.

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4.5.10 Procedimento de Cura

As formas devem permanecer sobre a estrutura recuperada por no mínimo 2 dias. Painéis
laterais que necessitem de corte de excedente de concreto (tipo “cachimbo”) podem ser
retirados com 24 horas. Após sua retirada deve-se garantir a cura do material de
recomposição das seções dos elementos estruturais pelo método de aplicação de cura
química.

4.5.11 Pintura de Proteção Superficial do Concreto Armado

Sobre todas as faces de todos os elementos estruturais recuperados ou não deve ser
executada uma pintura de proteção. Após a limpeza das superfícies dos elementos
estruturais, pela utilização de solvente e jato de água, deverá ser dada uma primeira camanda
de Selador FC da Viapol e em seguida 2 demaõs de resina acrílica Fuseprotec, sendo a
primeira demão brilhante e a segunda demão fosca. Segundo o fabricante trata-se de uma
resina monocomponente, 100% acrílicas. A preparação da superfície de concreto para
aplicação do Selador FC requer hidrojateamento para retirar todo o elemento de cura, poeira,
fuligem etc. e na sequência deverá ser aplicada a sequência de pintura de proteção.

4.6 Controle Tecnológico dos Materiais

4.6.1 Ensaios de Compressão Uniaxial

Conforme exposto anteriormente, antes do início dos serviços o grout a ser empregado nos
serviços de recuperação deve ser ensaiado pela moldagem de, no mínimo, três corpos de
prova para cada idade (1 dia e 28 dias). Por esse motivo, a compra do grout deve ser realizada
com a devida antecedência. No decorrer dos serviços deve-se moldar dois corpos de prova
para cada idade de ensaios: 1dia; 7 dias e 28 dias. Os corpos de prova devem permanecer
nas mesmas condições da obra - este procedimento tem como objetivo confirmar a resistência
indicada no presente Projeto sob as condições que o grout será submetido. Ressalta-se que

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os resultados dos ensaios prévios devem ser submetidos à aprovação da Fiscalização,
visando o início do serviço de grauteamento.

Os corpos de prova cilíndricos a serem adotados nos ensaios do grout podem ter 50mm de
diâmetro por 100mm de altura ou 100mm de diâmetro por 200mm de altura enquanto que os
de argamassa devem ter 50mm de diâmetro por 100mm de altura.

Devem ser observadas as prescrições que constam das normas da ABNT, que tratam dos
procedimentos de moldagem e cura, para realização dos ensaios em questão. A quantidade
de corpos de prova pode ser alterada conforme solicitação da Fiscalização.

4.6.2 Ensaios de Arrancamento – Pull Off

A argamassa de proteção superficial deve ser testada por meio de ensaios de arrancamento
(tração direta), pull off, executados periodicamente, a cada 100m2 de estrutura recuperada,
deve-se executar três ensaios de arrancamento. Estima-se um total de 27 (vinte e sete) ensaios
durante toda a recuperação. Sua tensão de arrancamento deve ser igual ou supeior a 1,5 MPa
aos 28 (vinte e oito) dias de idade. Sugere-se a realização de ensaios prévios para obtenção
da resistência da argamassa para evitar a sua substituição, caso não atenda ao requisito de
resistência. É recomendável que no início da obra seja realizada uma pequena área de teste
para aferir a resistência da argamassa e do processo de execução que adotado.

4.7 Demolição de trechos das pontes

As demolições devem ser realizadas nos locais indicados no novo projeto das pontes,
utilizando-se martelo rompedor de baixo impacto. Não devem ser utilizados martelos
demolidores pneumáticos. Os cuidados e detalhes das armaduras dever ser executados
conforme o projeto estrutural de empliação das pontes.

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4.8 Vistoria das Fundações das Pontes

A empresa deverá realizar a escavação necessária, relocando o solo para as proximidades da


ponte, para permitir a exposição das fundações e, consequentemente, sua vistoria. Deverá ser
contratado um engenheiro consultor para realizar a vistoria e emitir um relatório com as
informações pertinentes. Para esse serviço foi considerado na planilha uma verba para
esacavação, reaterro e pagamento dos honorários do engenheiro consultor para realização da
vistoria e emissão de relatório técnico.

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5 FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

Estima-se que o prazo da obra seja de 4 (quatro) meses, devido às condições específicas do
meio. Geralmente não se consegue trabalhas as 8:00h por dia, devido às condições de mare.
Os serviços devem ser acompanhados por equipe especializada em recuperação de estrutura,
durante os 4 (quatro) meses previstos para se realizar a reabilitação da estrutura. Todos os
serviços devem ser aprovados pela equipe de fiscalização, conforme constam nos
procedimentos do presente trabalho. A equipe deve ser composta de, pelo menos, um
engenheiro ou técnico residente, que permaneça na obra durante um turno (matutino ou
vespertino) e um engenheiro Senior, com reconhecido conhecimento na área de recuperação
de estruturas.

O residente deve ficar no local do serviço para proceder a liberação e aprovação dos serviços
ajustados previamente pela empresa executora e o engenheiro Senior responsável pela
fiscalização.

A equipe de fiscalização ficará responsável pela liberação e aprovação do faturamento mensal


dos serviços, mediante avaliação dos serviços realizados no periodo em questão.

A fiscalização deverá emitir relatório mensal com os serviços realizados (medidos) e valores a
serem faturados pela empresa executora dos serviços e demais informações que julguem
importantes. A fiscalização também ficará responsável pelo preenchimento do Diário de Obras,
com o registro de todas as atividades desenvolvidas durante a obra, além de registrar a
equipe, os materiais, máquinas e equipamentos e todos os dados que julguem importantes.

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6 PLANILHA DE QUANTIDADES E PREÇOS DOS SERVIÇOS

PRAZO DA OBRA DE REABILITAÇÃO: 4 (quatro) meses.


Preços (R$)
Item Descrição dos Serviços Unid. Quant.
Unit. Total
6.1 Fiscalização Vb. 4 29.659,50 118.638,00

6.2 Serviços Gerais


6.2.1 Mobilização, desmobilização e instalação do
Vb. - - 18.135,00
canteiro.
6.2.2 Segurança. mês 4 6.500,00 26.000,00
6.2.2 Fornecimento, montagem e desmontagem de
andaime, inclusive plataformas e proteções (por m2 480,00 75,60 36.288,00
quatro meses)
6.2.3 Retirada de entulho e limpeza geral m3 18,55 1.063,00 19.718,65

TOTAL DO ITEM 6.2 100.141,65

6.3 Demolição Passeio e Ciclovia (dos dois lados


m3 93,80 379,00 35.550,20
dos viadutos) – inclusive escoramento.

6.4 Demolição da Borda das Lajes dos Viadutos m3 5,50 259,50 1.427,25

6.3 SERVIÇOS DE RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL


6.3.1 Corte do concreto deteriorado, até atingir o
m2 265,00 136,25 36.106,25
concreto são (vigas, lajes, paredes).
6.3.2 Limpeza da armadura com escova de aço
m2 265,00 78,18 20.717,70
acoplada a furadeira e lixa manual.
6.3.3 Recomposição da armadura. Kg 250,00 15,50 3.875,00
6.3.4 Chumbamento de armaduras, furos e colagem
Vb. - - 2.500,00
com adesivo epoxídico.
6.3.5 Execução e montagem de formas. m2 135,00 221,60 29.916,00
6.3.6 Aplicação de grout industrializado. m3 13,25 2.520,00 33.390,00

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Preços (R$)
Item Descrição dos Serviços Unid. Quant.
Unit. Total
6.3.7 Limpeza da superfície do concreto com solvente
para retirada da pintura de proteção antiga e m2 890,00 18,20 16.198,00
hidro jateamento.
6.3.8 Aplicação de argamassa polimérica m2 890,00 84,60 75.294,00
6.3.9 Pintura de proteção sobre a superfície do
concreto (primário e duas demãos de resina m2 890,00 20,10 17.889,00
acrílica)
6.3.10 Cura química – das partes recompostas m2 265,00 9,75 2.583,75

TOTAL DO ITEM 6.3 238.469,70

6.4 Tratamento da junta de movimento


6.4.1 Aresta superior da junta(long.=17,7m.
m 39,90 34,90 1.392,51
Transv=22,20m)
6.4.2 Aplicação de selante (“mata junta, imprimação e
m 39,90 68,70 2.741,13
poliuretano) – poliuretano.
6.4.3 Chapa metálica de proteção (espessura 1/8”)
m 39,90 98,00 3.910,20
com 100mm de largura.

TOTAL DO ITEM 6.4 8.043,84

6. 5 Controle tecnológico mês 4 4.500,00 18.000,00

6. 6 Inspeção da fundação vb 1 15.000,00

TOTAL GERAL 535.270,64

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