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Quinta-feira, 1 de março de 2018 I Série


Número 14

BOLETIM OFICIAL
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ÍNDICE
CONSELHO DE MINISTROS:
Decreto-lei n.º 11/2018:
Aprova o Regime Jurídico Geral de Transportes em Veículos Motorizados.......................................268
MINISTÉRIO DA SAÚDE E DA SEGURANÇA SOCIAL E MINISTÉRIO DA ECONOMIA
MARÍTIMA:
Portaria conjunto n.º 7/2018:
Define os procedimentos relativos à emissão do certificado médico para marítimos, aprova o modelo do
relatório da examinação médica e o respetivo modelo de certificado médico, e ainda define o grau de
discricionariedade permitido aos médicos reconhecidos na aplicação das normas médicas. ..............297

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268 I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018

CONSELHO DE MINISTROS É também igualmente importante reter a ideia de


não permissão, no setor dos transportes rodoviários, da
–––––– divisão da atividade em principal e secundária, o que, em
termos práticos, significa o princípio de não acumulação
Decreto-lei nº 11/2018 de licenças sobre um mesmo veículo; nos casos, sempre
de 1 de março excecionais, em que, devido à sazonalidade do serviço
de transporte prestado, permite-se a passagem de uma
A melhoria do parque automóvel de Cabo Verde quer em autorização pela autoridade concedente ao transportador
quantidade, quer em qualidade, a par das suas vantagens público, para operar em área distinta daquela onde a sua
para a mobilidade das pessoas e bens e o desenvolvimento atividade é licenciada.
socioeconómico do país, coloca desafios muito complexos
ao Estado, desde logo, ao nível da regulação e fiscalização O presente diploma também ocupa de definir, de
do trânsito rodoviário, com vista à garantia de segurança uma forma clara aquilo que são os deveres gerais do
e proteção de vidas humanas nas vias públicas. transportador público, a par daquilo que são específicos
de cada um dos agentes dos diferentes segmentos da
Para a consecução desse objetivo, o Governo tem em indústria de transportes em veículos motorizados,
curso um conjunto diversificado e concatenado de medidas designadamente: (i) os deveres dos condutores de táxi;
que passam, nomeadamente, pela revisão do Código da (ii) os deveres dos condutores de transporte coletivo; (iii)
Estrada e de toda a legislação complementar, a criação os deveres do pessoal auxiliar de transporte coletivo; (iv)
da Base de Dados de Acidentes Rodoviários, a melhoria os deveres dos passageiros de transporte coletivo e (v) os
da sinalização rodoviária, campanhas de formação e deveres das concessionárias de transporte coletivo, cujas
sensibilização, bem como o reforço dos meios institucionais, infrações são sancionadas, podendo, inclusive, e quando
humanos e materiais. couberem, levar a interdição do exercício da atividade
É neste âmbito que se enquadra o presente diploma, de transportador público e a suspensão da licença ou
que o Governo pretende aprovar em substituição do alvará, enquanto não houver lugar ao saneamento da
atual Regulamento de Transportes em Automóveis falta constatada.
(RTA), aprovado pelo Decreto-lei n.º 9/2006, de 30 de
Ainda no campo das inovações, dão-se relevo aos aspetos
janeiro, que se apresenta já bastante desadequado face
a seguir referidos.
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à realidade atual.
Com efeito, considerando o facto de que, hoje, diferentemente Primeiramente, o presente diploma cuida de vincar,
do que vinha acontecendo, no sentido de que já existe uma clara e de modo expresso, o princípio de que o sistema
demanda real de se fazer transporte em veículos não- de transportes das Forças Armadas e o das forças de
automóveis, designadamente os ciclomotores, impõe-se segurança estão fora do seu âmbito de aplicação.
aprovar um novo regime, cujo âmbito de aplicação permita Quanto aos veículos licenciados para utilização nos
abranger essa nova realidade sociojurídica. transportes públicos, que não apenas os táxis até agora, estes
Ora, porquanto existe hoje uma real necessidade de só podem ser conduzidos por pessoas detentoras de licença
utilização desses motociclos, que deve ser necessariamente de condução de categoria correspondente a esse veículo
regulada, optou-se por substituir a taxonomia hoje utilizada e de uma carteira de habilitação profissional, resultante
“Regulamento de Transportes em Automóveis (RTA)” pela da frequência de um curso profissional cuja duração,
nova designação, qual seja, o “Regime Jurídico Geral de modalidade, validade e conteúdo são regulamentados por
Transportes em Veículos Motorizados (RJGTVM)”, de despacho do Diretor Geral dos Transportes Rodoviários.
modo a incluir no objeto do presente regime, também, o
Na classificação dos diferentes segmentos do mercado
transporte feito em motociclos e em ciclomotores.
da indústria de transporte em motorizados, adotou-se
De referir que, ao abrigo do presente diploma, o transporte uma taxonomia mais abrangente na classificação dos
público é subdividido em dezasseis subáreas, agrupadas transportes
em transporte de aluguer e em transporte coletivo; dessas
subáreas ou submodalidades de transporte em veículos Quanto ao transporte de aluguer em táxi, fixou-se um regime
motorizados, dez delas são competências do Governo, através mais exigente para os táxis, prevendo, designadamente,
da Direção Geral dos Transportes Rodoviários (DGTR). que (i) o número de táxis em cada concelho constará de
contingentes fixados, com uma periodicidade não inferior
De realçar que, em sede do presente diploma, fixam-se a dois anos, pela Assembleia Municipal sob proposta da
os princípios de desinformalização da prestação dos Câmara Municipal e mediante audição prévia da DGTR
serviços de transporte em veículos motorizados e o de e de outras entidades representativas do sector, devendo
empresarização da atividade de transporte em veículos os mesmos serem posteriormente comunicados à DGTR
motorizados, com ganhos evidentes para a regulação do aquando da sua fixação; (ii) que a tomada de passageiros
setor, quer em termos de Número de Identificação Fiscal é obrigatoriamente feita segundo a ordem em que os
(NIF), da inscrição dos respetivos empregados no sistema táxis se encontram estacionados nas respetivas praças
de previdência social e na Direção-Geral do trabalho (DGT), e por ordem de chegada; (iii) que torna-se obrigatório o
obrigando os transportadores públicos a se constituírem transporte de cães-guia de passageiros invisuais e de
em associações, sociedades comerciais ou cooperativas e, cadeiras de rodas ou outros meios de marcha de pessoas
ainda, em empresas em nome individual. com mobilidade reduzida, de carrinhos e acessórios para o

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transporte de crianças, bem como o transporte de animais automóveis ligeiros de mercadoria, no percurso casa ou
de companhia, desde que devidamente acompanhados e ponto prévio de concentração para a obra e vice-versa, desde
acondicionados, salvo motivo atendível, designadamente a que devidamente aprovados em inspeção extraordinária e
perigosidade, o estado de saúde ou de higiene dos mesmos; sentados em condições de segurança rodoviária, definidas
(iv) que os táxis não podem continuar a ser utilizados em despacho.
no transporte púbico de passageiros se tiverem idade
superior a dez anos, mas prevendo-se que esse limite pode No que dizem respeito aos transportes coletivos de
ser prorrogado por prazos de um ano, até ao máximo de passageiros, o presente diploma focaliza na melhoria do
três anos, mediante autorização da DGTR, após inspeção regime da exploração dos interurbanos, sem prejuízo do que
técnica dos respetivos veículos; (v) e que a utilização de está previsto ou venha a ser previsto em legislação especial
taxímetro é obrigatória em todo o território nacional, cujo sobre os transportes coletivos de passageiros em veículos
controlo metrológico legal é da competência do Instituto de pesados. Assim, entre outros aspetos, prevê-se que (i) as
Gestão da Qualidade e Propriedade Intelectual (IGQPI) licenças sejam concedidas de acordo com um contingente
e feito anualmente nos termos de legislação específica. previamente fixado pela autoridade competente para o
trajeto entre os diferentes municípios; (ii) as câmaras
O presente diploma também cuida de repor o regime municipais devem passar a prever obrigatoriamente os
de serviços de transporte, então designado “especial” itinerários, locais de paragem e de estacionamento onde
e que nesta sede, passa a ser designado “transporte – e só onde - os automóveis licenciados podem tomar e
executivo em veículos ligeiros de passageiros”, que é o largar passageiros, não podendo operar nas linhas e locais
tipo de transporte prestado pelas entidades devidamente de paragem destinados ao transporte coletivo urbano de
autorizadas em eventos que exigem a utilização de veículos passageiros; (iii) do mesmo modo passa a ser obrigatório
de nível superior aos utilizados no normal transporte de que as Câmaras Municipais estabeleçam horários das
aluguer com condutor, nomeadamente, em casamentos, carreiras, ouvidas a DGTR e outras autoridades de
batizados, funerais, cerimónias religiosas, protocolares transportes relacionadas, tendo em atenção o interesse
ou políticas. público, a utilização mais produtiva pelos proprietários
dos automóveis do seu pessoal e material e ainda a
Em matéria de transportes de aluguer sem condutor necessidade de facilitar a ligação com outros modos de
(Rent-a-Car) mantém-se, de entre outras, (i) a exigência de transporte, não podendo ser alterados pelo titular da
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as empresas poderem obter alvará para abrirem filiais e licença, salvo casos de força maior.
operarem em qualquer ponto do território nacional desde
que aí disponham de instalações adequadas aprovadas Quanto ao transporte escolar, é de se destacar a
pelo Diretor Geral dos Transportes Rodoviários; (ii) transferência da competência para a concessão das
estabelece-se a obrigatoriedade das empresas registarem respetivas licenças para as Câmaras Municipais, onde aliás,
os contratos, designadamente para efeitos de fiscalização já tinha estado antes da última revisão do RTA, ouvida
e controlo da indústria; (iii) o regime de preços passa a a DGTR, mas mediante a contingentação e atribuição de
ser livremente estabelecido pelas empresas; (iv) impõe-se alvará, por parte da DGTR.
a obrigação de os veículos efetuarem inspeção, aquando
Por último refira-se que foi expurgado o regime de
do licenciamento e em caso de acidente; eliminou-se a
inspeções do RTA, por este não ser o local adequando
obrigatoriedade antes existente de um candidato à abertura
para tratar esta matéria que foi transferida para um
de uma empresa rent-a-car ter de apresentar um capital
regulamento autónomo, o Regulamento de Veículos (RdV).
social de cinco milhões de escudos cabo-verdianos; ainda
incluiu-se a possibilidade de licenciamento neste segmento, Assim,
de ciclomotores, triciclos e quadriciclos; e, por último,
permite-se às empresas titulares de alvará, pedirem No uso da faculdade conferida pela alínea a) do n.º 2 do
o licenciamento de automóveis ligeiros de mercadoria, artigo 204.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
com o propósito de permitir, sobretudo aos emigrantes, Artigo 1.º
que normalmente, voltam de férias com o propósito de os
alugar para servirem de suporte ao processo de construção Objeto
de respetivas casas ou de outros empreendimentos.
É aprovado o Regime Jurídico Geral de Transportes
Quanto aos transportes de mercadorias e passageiros, em Veículos Motorizados (RJGTVM), o qual consta do
o transporte de pessoas na caixa de carga, ainda que anexo ao presente diploma, do qual faz parte integrante.
devidamente sentado, só será permitido, excecionalmente, Artigo 2.º
no mundo rural às viaturas devidamente licenciadas,
Regulamentação
para circulação, particularmente, em zonas encravadas,
servidas de estradas com pavimento irregular, sendo O presente diploma é regulamentado no prazo de 90
portanto, de acesso condicionado, em termos de orografia (noventa) dias a contar da data da sua publicação.
e de mobilidade na época das chuvas, de modo a garantir
a livre circulação de pessoas e bens nessas condições e, Artigo 3.º
enquanto aquelas localidades não estiverem servidas Revogações
convenientemente por uma rede de transportes coletivos
urbanos e interurbanos adequados. Permite-se, igualmente, São revogados o Decreto-lei n.º 9/2006, de 30 de janeiro,
a título precário, o transporte de trabalhadores em com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Decreto-

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lei n.º 56/2006, de 4 de dezembro, o Decreto-lei n.º 11/97, de 2. Para efeitos do presente diploma entende-se por:
10 de março, o artigo 23.º do Decreto-lei n.º 3/2014, de 27
de junho, a Portaria n.º 36/97, de 23 de junho, bem como a) Transporte particular - o transporte realizado em
toda a legislação em contrário. veículos motorizados da propriedade de entidade
singular ou coletiva, por sua exclusiva conta
Artigo 4.º
e sem direito a qualquer remuneração direta
Entrada em vigor ou indireta.
O presente diploma entra em vigor no prazo de 30 b) Transporte público - o transporte realizado em
(trinta) dias a contar da data da sua publicação. veículos motorizados da propriedade de entidade
Aprovado em Conselho de Ministros do dia 05 de singular ou coletiva, por conta de uma segunda
outubro de 2017. entidade, cabendo à primeira o direito a receber
uma remuneração direta.
José Ulisses de Pina Correia e Silva - Paulo Augusto
Costa Rocha c) Transportador público - todo e qualquer operador de
transporte público, realizado por titular de alvará
Promulgado em 23 de fevereiro de 2018
para o exercício da atividade e de licença para
Publique-se. o acesso ao mercado, em regime de transporte
de aluguer ou transporte coletivo.
O Presidente da República, JORGE CARLOS
DE ALMEIDA FONSECA d) Pessoal auxiliar de transporte coletivo – todo o
ANEXO pessoal que, no exercício de suas funções e sob
a orientação e a disciplina do transportador
(A que se refere o artigo 1.º) público, desempenham tarefas nos veículos deste,
REGIME JURÍDICO GERAL DE TRANSPORTES contribuindo para a organização e controlo do
EM VEÍCULOS MOTORIZADOS serviço prestado.

CAPÍTULO I e) Transporte clandestino – o transporte realizado por


quem não seja titular de alvará ou em veículo não
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DISPOSIÇÕES GERAIS licenciado para a prestação de serviço público,


Artigo 1.º num determinado segmento da indústria de
Objeto
transporte em veículos motorizados.

O Regime Jurídico Geral de Transportes em Veículos Artigo 4.º


Motorizados (RJGTVM) estabelece o regime jurídico
Regimes de transporte público
geral aplicável aos transportes particulares, ao acesso
aos diferentes segmentos de mercado da indústria de
1. O transporte público pode ser explorado em regime de:
transportes públicos e ao exercício da atividade de
transportador público, sem prejuízo do disposto em a) Transporte de aluguer; e
legislação especial.
Artigo 2.º b) Transporte coletivo.
Âmbito
2. O transporte de aluguer é o transporte realizado
1. O RJGTVM aplica-se às relações de transportes por conta de outrem em que os veículos são alugados
em veículos motorizados, realizados por operadores no conjunto da sua lotação ou da sua carga, e postos ao
particulares e transportadores públicos, referidos no artigo exclusivo serviço de uma só entidade, segundo itinerários
anterior, e é aplicável pelas entidades administrativas da sua escolha.
competentes que regulam e regulamentam o sistema
dos transportes rodoviários, designadamente, a Direção 3. Transporte coletivo é o transporte realizado por
Geral dos Transportes Rodoviários (DGTR) e as Câmaras conta de outrem em que os automóveis são utilizados
Municipais. por lugar da sua lotação ou fração da sua carga, segundo
itinerário e horário previamente estabelecidos, podendo
2. O presente regime não se aplica ao sistema de transporte servir a várias pessoas sem estar ao serviço de nenhuma
das Forças Armadas e ao das forças de segurança, os delas, em exclusivo.
quais são regulados por legislação específica.
Artigo 5.º
Artigo 3.º

Classificação e definição Transporte de aluguer

1. O transporte em veículos motorizados classifica-se O transporte de aluguer subdivide-se em:


em duas categorias:
a) Transporte particular; e a) Transporte em táxi;

b) Transporte público. b) Transporte de mercadorias;

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c) Transporte misto: Artigo 10.º

Inspeções extraordinárias
i. Em veículos ligeiros mistos, de cabina dupla,
do tipo pick-up; e 1. Sem prejuízo do regime geral aplicável às inspeções
de veículos motorizados, a DGTR pode ordenar a inspeção
ii. Em veículos ligeiros de mercadorias, em regime
extraordinária de quaisquer veículos sempre que julgar
de precariedade.
conveniente.
d) Transporte turístico;
2. Para efeitos de confirmação das condições legais para
e) Transporte escolar; licenciamento, a DGTR procede, através do seu pessoal
técnico à inspeção extraordinária dos veículos em causa.
f) Transporte de valores;
CAPÍTULO II
g) Transporte executivo em automóveis ligeiros de
passageiros; TRANSPORTE PARTICULAR
Artigo 11.º
h) Transporte para atos fúnebres;
Livre exercício
i) Transporte pronto-socorro; e
1. O transporte particular é de exercício livre, não
j) Transporte de doentes. estando dependente de qualquer autorização ou licença
ou quaisquer encargos, salvo os de natureza fiscal de
Artigo 6.º
aplicação geral.
Transporte coletivo
2. Considera-se, também, transporte particular
O transporte coletivo subdivide-se em: aquele que, ainda que remunerado, assume uma função
complementar ao exercício do comércio ou indústria da
a) Transporte coletivo urbano de passageiros; e entidade transportadora, quando realizado em veículos
da sua propriedade.
b) Transporte coletivo interurbano de passageiros.
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Artigo 7.º 3. Nos automóveis ligeiros de passageiros de transporte


particular podem transportar-se quaisquer objetos
Interdição lícitos pertencentes aos proprietários ou aos ocupantes
do veículo, desde que em boas condições de segurança e
1. Excetuados os casos expressamente ressalvados no acondicionamento.
presente diploma, é proibido o transporte de mercadorias
em veículos de passageiros, e o transporte de passageiros Artigo 12.º
em veículos de mercadorias. Proibição de remuneração

2. É proibido o transporte de animais de grande porte Nos automóveis ligeiros de passageiros particulares não
em automóveis ligeiros e pesados de mercadoria não pode haver qualquer remuneração pelo ato de transporte.
adaptados para o efeito, e em condições que comprometem
a comodidade do animal e a segurança da condução. CAPÍTULO III

3. As condições de comodidade do animal e de segurança TRANSPORTE PÚBLICO


da condução a que se refere o número anterior devem Secção I
ser comprovadas em inspeção extraordinária, realizadas
para o efeito. Acesso ao mercado e à atividade

Artigo 8.º Artigo 13.º

Distribuição de pessoas em veículos de mercadorias Regime de transporte e de procedimentos para obtenção


de alvarás
Quando lhes seja permitido transportar passageiros,
1. O exercício da atividade de transportador público
nos veículos ligeiros de mercadorias, a distribuição das
carece de autorização administrativa, sob a forma de alvará,
pessoas é feita de modo a que na cabina a sua lotação
a emitir pela DGTR, nos termos do presente diploma.
esteja de acordo com o livrete de circulação e que na
caixa os restantes se sentem em bancos suplementares 2. O alvará titula às associações e às sociedades
inamovíveis em condições de segurança devidamente comerciais ou cooperativas, quando estas possuem uma
aprovadas em inspeção extraordinária. frota de automóveis, e aos empresários individuais, quando
Artigo 9.º estes possuem um único automóvel.

Documentos dos veículos 3. O alvará destina-se à habilitação legal para o


exercício da atividade de transportador público, e deve
Os condutores de veículos são obrigados a apresentar ser renovado anualmente, durante o mês correspondente
às autoridades fiscalizadoras cópia autenticada da à sua emissão, mediante comprovação de que se mantêm
respetiva licença. os requisitos de acesso à atividade.

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4. A DGTR procede ao registo de todas as empresas d) Afixar, em local bem visível no veículo, o respetivo
titulares de licenças para o acesso aos diferentes segmentos itinerário, período de funcionamento, tarifário
de mercado de transportes públicos. e número de passageiros que o veículo está
licenciado a transportar;
5. Os pedidos de alvará para o exercício da atividade de
transportador público são dirigidos à DGTR, sob a forma e) Dispor, no veículo, os documentos que titulam o
de requerimento, do qual devem constar: licenciamento da atividade, incluindo o comprovativo
de pagamento das respetivas taxas;
a) O nome, estado civil, número do documento de
identificação, número de identificação fiscal f) Garantir que os condutores dos veículos afetos à
(NIF), profissão e residência do requerente, exploração da atividade se encontram legalmente
tratando-se de pessoa em nome individual; habilitados para a condução do veículo e para
o exercício da profissão, efetuando a condução
b) Cópia de certidão de registo comercial da empresa de forma diligente e prudente e com respeito
atualizada, bem como do pacto social e da certidão pelas normas aplicáveis;
de escritura pública, conforme for o caso;
g) Garantir que os condutores dos veículos afetos
c) Comprovativo de situação fiscal regularizada; à exploração da atividade estão devidamente
identificados, e usam de delicadeza, civismo
d) Certificado de registo criminal dos responsáveis da
e correção, ética para com o público, peões e
empresa com vista à certificação da idoneidade,
demais condutores;
prevista no artigo 18.º;
h) Cumprir e fazer cumprir os horários, bem como
e) Identificação e indicação do vínculo funcional da
os percursos autorizados na respetiva licença.
pessoa que assegura o requisito de capacidade
técnica ou profissional. Artigo 15.º

6. Para efeitos de renovação de alvará para o exercício da Licenciamento da atividade


atividade de transportador público, são dirigidos à DGTR,
sob a forma de requerimento, do qual devem constar: 1. Os veículos afetos aos transportes públicos estão
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sujeitos a licença ou autorização a emitir pela DGTR ou


a) Comprovativo dos requisitos de idoneidade, capacidade pelas câmaras municipais, conforme couber, nos termos
técnica ou profissional e capacidade financeira; do artigo 26.º.

b) Cópia de certidão de registo comercial da empresa 2. Os transportes públicos devem ser efetuados em
atualizada; veículos de matrícula nacional, registados no nome do
transportador público.
c) Comprovativo de situação fiscal regularizada;
3. Ao veículo afeto ao transporte público é concedida
d) Comprovativo de inscrição de respetivos empregados uma única licença, individual e intransmissível, que deve
no sistema de segurança social; ser averbada no alvará, previamente emitido pela DGTR
ao transportador público.
e) Comprovativo de inscrição da empresa na Direção
Geral do Trabalho. 4. É vedada a concessão de mais de uma licença a um
mesmo veículo ou a atribuição de autorizações precárias
Artigo 14.º
a veículos que não estejam licenciados num determinado
Deveres gerais dos transportadores públicos segmento da indústria de transporte.

Sem prejuízo dos deveres específicos de cada concessionário 5. Para efeitos do número anterior, são atribuídas
de alvará e licença, seja em regime de aluguer ou coletivo, autorizações precárias, apenas nos casos previstos no
constituem deveres gerais do transportador público: presente diploma.

a) Prestação de um serviço público adequado ao 6. A licença para o acesso ao mercado de transportador


consumidor do serviço de transporte, que satisfaça público pode ser transmitida nos casos de sucessão “mortis
aos critérios de pontualidade, regularidade, causa”, de cisão ou fusão de sociedades.
continuidade, segurança, eficiência, generalidade,
modicidade de preços e cortesia; 7. A licença para o acesso ao mercado de transportador
público é renovável anualmente, durante o mês correspondente
b) Cumprir e fazer cumprir pelos seus colaboradores as à sua emissão, mediante comprovação de que se mantêm
normas do presente diploma e demais disposições os requisitos de acesso à atividade.
legais, nomeadamente o Código da Estrada e
respetivos regulamentos; 8. Um titular de licença de exploração para aceder
aos diferentes mercados de transportador público, tem
c) Garantir que os veículos são mantidos em bom estado que ser, previamente, titular de alvará, em cujo nome
de conservação e se apresentam em condições deve estar registado o título de propriedade do veículo
técnicas e de higiene legalmente exigidas; licenciado ou a licenciar.

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9. As licenças dos veículos consideram-se automaticamente c) Condenação, com trânsito em julgado, por crime de
suspensas em caso de reprovação dos mesmos em inspeção falência fraudulenta, de apropriação ilegítima
periódica obrigatória ou extraordinária, nos termos da ou de administração danosa;
legislação aplicável, e também, sempre que não estejam
cobertos de seguro obrigatório automóvel, ficando estes d) Condenação, com trânsito em julgado, por crime
impedidos de circular. contra a propriedade, com pena não inferior
a dois anos;
10. As Câmaras Municipais devem reportar, trimestralmente,
relação de licenças emitidas e canceladas no respetivo e) Condenação, com trânsito em julgado, pela prática
concelho à DGTR, com vista à elaboração da Base de de concorrência ilícita ou desleal;
Dados de Licenciamento.
f) Condenação, com trânsito em julgado, qualquer
11. A DGTR procede ao registo de todas as licenças que tenha sido a natureza do crime, nos casos
e autorizações precárias emitidas para o acesso aos em que tenha sido decretada a interdição do
diferentes mercados de transporte público, quer por si exercício da profissão de transportador;
própria emitidas quer pelas Câmaras Municipais.
g) Condenação, com trânsito em julgado, por infrações
Artigo 16.º
graves e repetidas à regulamentação sobre os tempos
Proibição de inscrições de condução e de repouso ou à regulamentação
sobre a segurança rodoviária, nos casos em que
1. Os veículos de transporte público não podem trazer tenha sido decretada a interdição do exercício
na parte externa, ou dos vidros, qualquer enfeite ou da profissão de transportador;
inscrição que venha alterar as caraterísticas do veículo.
h) Condenação, com trânsito em julgado, por infrações
2. É ainda proibido a colocação de quaisquer símbolos cometidas no exercício da atividade transportadora
ou desenhos nos veículos ou vidros dos veículos licenciados às normas relativas ao regime das prestações
para transporte público. de natureza retributiva ou às condições de
higiene e segurança no trabalho, nos casos
3. Não é permitida a colocação ou aposição nas chapas
em que tenha sido decretada a interdição do
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de matrícula de:
exercício da profissão de transportador.
a) Decoração da orla das chapas de matrícula;
3. Para efeitos do presente diploma, a aplicação da
b) Expressões diversas e publicidades não autorizadas; sanção acessória de suspensão do alvará para o exercício
da atividade da empresa implica que os diretores e
c) Insígnias, emblemas ou bandeiras; gerentes que estejam em exercício de funções à data
da prática das infrações fiquem impedidos de assumir
d) Símbolos ou desenhos não autorizados.
idêntica responsabilidade noutra empresa, pelo período
4. Excetuam-se dos n.ºs 1 e 2, as publicidades devidamente da suspensão.
autorizadas pela DGTR, nos termos regulamentares. Artigo 19.º
Artigo 17.º
Capacidade técnica ou profissional
Requisitos de acesso ao mercado
1. A capacidade técnica ou profissional consiste na
São requisitos de acesso ao mercado da indústria existência de recursos humanos que possuam conhecimentos
de transportes públicos em veículos motorizados e de adequados para o exercício da atividade de transporte de
transportador público, a idoneidade, a capacidade técnica passageiros, atestados por certificado.
ou profissional e a capacidade financeira.
2. A capacidade técnica ou profissional deve ser
Artigo 18.º
preenchida por um diretor ou gerente que dirija a empresa
Idoneidade em permanência e efetividade ou, no caso empresário em
nome individual, pelo próprio ou por seu mandatário.
1. O requisito de idoneidade deve ser preenchido por
todos os gerentes e diretores da empresa ou, no caso de Artigo 20.º
empresário em nome individual, pelo próprio.
Reconhecimento de capacidade profissional
2. São consideradas idóneas as pessoas relativamente às
quais se não verifique algum dos seguintes impedimentos: A certificação da capacidade profissional das pessoas,
a que se refere o artigo anterior, pode ser comprovada
a) Proibição legal do exercício do comércio; por um dos seguintes requisitos:

b) Condenação, com trânsito em julgado, por crime a) Tenha habilitações mínimas de curso profissional;
de tráfico de estupefacientes, por lavagem de
capitais e outros bens ou por fraude fiscal ou b) Tenham noções básicas de empreendedorismo e/
aduaneira; ou das regras de funcionamento dos diferentes

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segmentos de mercado da indústria de transportes Artigo 26.º


em automóveis, a comprovar por certificado Competências da DGTR e das câmaras municipais
obtido em formação profissional;
1. São da competência da DGTR, a concessão e o
c) Tenham um mínimo de três anos de experiência cancelamento de licenças para:
de desempenho na área de transportes, como
transportador público, com um registo de cadastro a) Transporte coletivo interurbano ou interconcelho
profissional limpo. de passageiros;
Artigo 21.º b) Transporte de mercadoria em veículos ligeiros e
Capacidade financeira pesados entre terminais rodoviários de concelhos
diferentes, ouvidas as câmaras municipais
A capacidade financeira consiste na posse de recursos abrangidas;
necessários para garantir o início da atividade e a boa
gestão da empresa ou a boa gestão dos negócios de c) Transporte turístico;
empresários em nome individual.
d) Transporte Rent-a-Car em veículos de aluguer
Artigo 22.º sem condutor;
Falta superveniente de requisitos
e) Transporte em veículos ligeiros mistos, de cabina
1. A falta superveniente dos requisitos de idoneidade, dupla, do tipo pick-up;
de capacidade técnica ou profissional ou de capacidade
f) Transporte executivo em automóveis ligeiros de
financeira deve ser suprida no prazo de 6 (seis) meses, a
passageiros;
contar da data da sua ocorrência.
g) Transporte de valores;
2. Decorrido o prazo previsto no número anterior sem
que a falta seja suprida, caduca o alvará para o exercício h) Transporte de aluguer pronto-socorro;
da atividade de transportador público.
i) Transporte de aluguer para atos fúnebres;
Artigo 23.º
2 482000 000000

Dever de informação j) Transporte de doentes, mediante parecer favorável


do departamento governamental responsável
1. As empresas devem comunicar à DGTR as alterações pela área da Saúde.
ao pacto social, as modificações na direção ou gerência,
bem como mudanças de sede, no prazo de 30 (trinta) dias 2. São da competência dos municípios, nas respetivas
a contar da data sua ocorrência. áreas de jurisdição, a concessão e o cancelamento das
licenças para:
2. O disposto no número anterior aplica-se, com as
devidas adaptações, aos empresários em nome individual. a) Transporte em táxi;

Artigo 24.º b) Transporte de mercadorias em veículos ligeiros e


pesados na sua área de jurisdição;
Condutores de transporte público

1. Os veículos licenciados para utilização nos transportes c) Transporte de passageiros em regime de precariedade,
públicos só podem ser conduzidos por pessoas detentoras em veículos ligeiros de mercadoria, ouvida a DGTR;
do título de condução da categoria correspondente aos d) Transporte escolar, ouvida a DGTR;
mesmos.
e) Transporte coletivo urbano de passageiros;
2. Os veículos licenciados para utilização nos transportes
públicos de passageiros só podem ser conduzidos por f) Transporte coletivo intraconcelho de passageiros
pessoas detentoras de títulos de condução da categoria (expresso), mediante parecer da DGTR.
“B” ou superior e certificado de aptidão profissional (CAP)
atualizado, nos termos regulamentares. 3. O titular da licença não pode, sem prévia autorização
da autoridade competente, transmitir para outrem o gozo
Artigo 25.º
dos direitos atribuídos pela licença, sendo intransmissível
Requisitos e indicações dos veículos o gozo dos direitos conferidos pelo alvará.

1. Os requisitos a que devem obedecer os automóveis 4. Para efeitos do presente diploma, não é permitida
utilizados em transporte público são fixados por regulamento, a um titular de licença fazer-se substituir por outrem,
sem prejuízo do disposto neste diploma. na exploração da atividade de transportador público, por
via de procuração.
2. É obrigatória a indicação no veículo, em sítio bem
visível, do número de licença, da lotação que lhe for 5. A transmissão ou transferência de licenças entre
atribuída conforme o respetivo livrete, e ainda, a inscrição empresas devidamente habilitadas com alvará, deve ser
nas portas do percurso para que foi licenciado, mediante previamente comunicada à DGTR ou à câmara municipal,
despacho da DGTR. conforme couber.

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I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018 275

6. A transmissão ou transferência de licenças, quando Artigo 28.º


não autorizada pela entidade competente, implica a sua
Início da exploração
caducidade oficiosa, e o titular de alvará deve diligenciar
nova licença, sob pena do seu cancelamento, durante o 1. Salvo caso de força maior devidamente justificado,
ano económico a que disser respeito. os titulares de licença para prestação de serviço de
7. O titular da licença que alienar o veículo, utilizado transportes público devem iniciar a exploração deste no
no serviço de transporte público, tem de comunicar aos prazo máximo de 60 (sessenta) dias a contar da data da
serviços da autoridade rodoviária competente o ato de sua concessão.
alienação e a intenção de proceder à substituição do
2. Independentemente de outras sanções que ao caso
veículo, sob pena de cancelamento da licença.
couberem, se o titular da licença não iniciar a exploração
8. O prazo para substituição do veículo é de 90 (noventa) do serviço de transporte público no prazo referido no
dias, findo o qual, se não for efetuada a substituição, a número anterior, a licença caduca automaticamente e é
licença é oficiosamente cancelada. apreendida pela autoridade competente.

9. No caso de venda ou execução judicial, o veículo 3. O abandono de serviço de transporte público


não pode continuar a beneficiar dos direitos atribuídos por tempo superior a 30 (trinta) dias seguidos ou 90
pela licença sem a autorização da autoridade rodoviária (noventa) interpolados, no espaço de 1 (um) ano, implica
competente mediante concessão de nova licença ao o cancelamento da licença respetiva, salvo justificação
transmissário. atendível apresentada na autoridade rodoviária competente,
até 5 (cinco) dias após o início do período de abandono.
10. Em caso de morte do titular da licença, os direitos
transmitem-se aos seus herdeiros, devendo estes, no Artigo 29.º
entanto, requerer a confirmação à autoridade competente,
no prazo máximo de 6 (seis) meses. Interdição de serviço permanente dos proprietários

11. Se, por razões de idoneidade, comprovada através de Os veículos automóveis utilizados em transporte
capacidade técnica ou profissional e capacidade financeira, público não podem estar ao serviço permanente de seus
a autoridade competente entender por conveniente não proprietários, sob pena de cancelamento da licença.
2 482000 000000

confirmar a transmissão dos direitos, a licença considera-se


oficiosamente cancelada. Secção II

Artigo 27.º Transportes de aluguer

Pedidos de licença e de alvará Subsecção I

1. Os pedidos de licença para o acesso ao mercado e de Transporte em táxi


alvará para exercer a atividade, referidos nos n.ºs 1 e 2
do artigo anterior são entregues nos serviços da DGTR Artigo 30.º
da área do exercício da atividade, acompanhados dos
Definições
elementos e documentos dos veículos e outros exigidos
para cada tipo de licença e de alvará.
Para efeitos deste diploma, entende-se por:
2. Os pedidos de licença de aluguer referidos no n.º 3 do
artigo anterior são entregues nos serviços do município da a) Táxi – o automóvel ligeiro de passageiros, afeto
área do exercício da atividade do beneficiário, acompanhados ao transporte público, equipado com aparelho
dos elementos e documentos dos veículos e outros exigidos de medição de tempo e distância (taxímetro)
para cada tipo de licença. e com distintivos próprios;

3. O prazo máximo para a decisão dos pedidos é de 30 b) Transporte em táxi – o transporte efetuado por
(trinta) dias. meio do veículo referido no número anterior,
quando adstrito ao serviço de uma só entidade,
4. Deferido o pedido de licença, o requerente tem um segundo itinerário da sua escolha e mediante
prazo de 60 (sessenta) dias a contar da data de receção retribuição;
da comunicação de deferimento para submeter o veículo
à inspeção extraordinária na DGTR da área respetiva, c) Transportador em táxi – o transporte realizado
ou no Centro Privado de Inspeção Técnica de Veículos por entidades habilitadas com alvará para o
Automóveis. exercício da atividade de transporte em táxi.
5. Após à aprovação do veículo na inspeção referida no Artigo 31.º
número anterior, é emitida a competente licença pelos
serviços competentes. Condições a que devem obedecer os táxis

6. As licenças emitidas pelas câmaras municipais devem 1. Os táxis devem satisfazer as condições seguintes:
ser comunicadas à DGTR para efeitos do previsto no n.º 2
do artigo 15.º e à repartição de finanças do concelho, no a) Possuir motor com cilindrada não inferior a 1.400
prazo máximo de 15 (quinze) dias após à sua emissão. (mil e quatrocentos) centímetros cúbicos;

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276 I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018

b) Ter idade até 2 (dois) anos, contados da data da Artigo 35.º


primeira matrícula, no momento da formulação Tomada de passageiros
do pedido de licença;
1. A deslocação ou utilização dos táxis dentro de uma
c) Possuir distância entre os eixos não inferior a dois
praça é obrigatoriamente feita segundo a ordem em que
metros e cinquenta centímetros;
se encontrem e a tomada por ordem de chegada.
d) Possuir 5 (cinco) portas.
2. Caso o utente pretenda efetuar o serviço de transporte
2. Os táxis, não podem ser utilizados no transporte noutro veículo que não o primeiro da fila, deve aguardar
público de passageiros, se tiverem idade superior a 10 que essa viatura se encontre em primeiro lugar, para
(dez) anos. poder iniciar o seu transporte.
Artigo 36.º
3. O limite estabelecido no número anterior pode ser
prorrogado por 1 (um) ano, mediante autorização da Regimes de estacionamento
DGTR, após inspeção técnica dos respetivos veículos.
1. As câmaras municipais fixam por regulamento um
Artigo 32.º ou vários dos seguintes regimes de estacionamento:
Fixação de contingentes
a) Livre - os táxis podem circular livremente à disposição
1. O número de táxis em cada concelho consta de do público, não existindo locais obrigatórios
contingentes fixados, com uma periodicidade não inferior a para estacionamento;
2 (dois) anos, pela assembleia municipal, sob proposta da
b) Condicionado - os táxis podem estacionar em
câmara municipal, e mediante audição prévia da DGTR
qualquer dos locais reservados para o efeito,
e de outras entidades representativas do setor.
até ao limite dos lugares fixados; e
2. Os contingentes e respetivos reajustamentos devem
c) Fixo - os táxis são obrigados a estacionar em locais
ser comunicados à DGTR, aquando da sua fixação.
determinados e constantes da respetiva licença.
Artigo 33.º
2. As câmaras municipais podem ainda definir,
2 482000 000000

Preenchimento dos lugares no contingente por regulamento, as condições em que autorizam o


estacionamento temporário dos táxis em local diferente do
1. As câmaras municipais atribuem as licenças, dentro
fixado para fazer face a situações de acréscimo excecional
do contingente fixado, por meio de concurso público, ao
e momentâneo da procura.
qual só podem concorrer os titulares de alvará.
Artigo 37.º
2. As câmaras municipais podem, no entanto, fora do
contingente fixado, atribuir licenças para o transporte de Prestação obrigatória de serviço
pessoas com mobilidade reduzida, desde que devidamente
adaptados, de acordo com as regras definidas por despacho 1. Os táxis devem estar permanentemente ao serviço
da DGTR. do público, devendo trazer o distintivo luminoso com a
palavra “LIVRE” ou “OCUPADO”, conforme o caso, não
3. São definidos por regulamento municipal os termos podendo os condutores ou os proprietários recusar-se a
gerais dos programas de con curso, tendo em conta o prestar os serviços que lhes sejam solicitados nas condições
disposto no Código da Contratação Pública, e demais previstas no presente diploma.
legislações aplicáveis, o qual deve incluir os critérios
aplicáveis à hierarquização dos concorrentes. 2. Os táxis consideram-se livres e podem ser tomados
por qualquer pessoa, independentemente do destino da
Artigo 34.º viagem, quando estejam estacionados nas respetivas
Utilização de praça
praças ou quando circulem na via pública com a indicação
de “LIVRE”.
1. Os táxis devem fazer praça na área administrativa
para a qual possuam licença, de acordo com o regime de 3. Excecionalmente, quando os táxis estiverem fora de
estacionamento referido no artigo 36.º. serviço ou ao serviço dos respetivos proprietários devem
trazer distintivo luminoso com a expressão “FORA DO
2. A autoridade municipal competente deve criar e SERVIÇO”.
organizar praças de táxis, devidamente sinalizadas para
Artigo 38.º
o efeito.
Uniformidade de cores
3. Os táxis licenciados para operar num determinado
município não podem estar a fazer praça em local diferente Os automóveis ligeiros de passageiros licenciados para
daquele que lhe foi destinado nesse município, nem em prestação de transporte em táxi pela câmara municipal
município diferente e, quando tiverem transportado competente devem ser da mesma cor, distinta da dos
passageiros de um município para o outro, devem outros municípios, a aprovar pela assembleia municipal,
regressar ao município de origem, imediatamente, uma sob proposta da respetiva câmara municipal, ouvidas a
vez completado serviço. DGTR e a associação de classe.

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I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018 277


Artigo 39.º Artigo 43.º

Modalidade de contrato de aluguer Formalização do pedido de licença


1. O transporte em táxi, por regra, é contado automaticamente
Do requerimento para a formalização do pedido para
por um taxímetro, em função da distância percorrida e
obtenção de licença de táxi, devem constar:
dos tempos de espera.
2. Excecionalmente, pode ser contratualizado à hora, a) O nome, documento de identificação pessoal, NIF,
em função do tempo de utilização do veículo, dentro das profissão e residência atualizada do sócio, gerente
localidades, e por período de tempo nunca inferior a uma hora. ou diretor geral da entidade requerente.
Artigo 40.º b) Alvará para o exercício da atividade, emitido pela
Transporte de bagagens e de animais DGTR;
1. É obrigatório transportar os objetos pertencentes ao c) Cópia dos estatutos, pacto social, certidão comercial;
passageiro, desde que pelas suas dimensões, natureza ou
peso não prejudiquem a conservação do veículo, nem as d) Livrete do veículo e título de registo de propriedade;
regras de acomodação da carga.
e) Ficha de inspeção automóvel válida.
2. Quando o peso dos objetos transportados nos termos
do número anterior exceder os 23 (vinte e três) quilos, pode Artigo 44.º
ser cobrada, pelo seu transporte, em serviços urbanos e Uso de taxímetro
mediante ajuste prévio, uma importância não superior a
25% (vinte e cinco por cento) do preço do serviço prestado. 1. O uso de taxímetro é permanente e obrigatório em
3. É ainda obrigatório: todo o território nacional.

a) O transporte de cães-guia de passageiros invisuais 2. Os taxímetros devem ser colocados de forma a que
e de cadeiras de rodas ou outros meios de marcha os passageiros possam, no interior do veículo, observar
de pessoas com mobilidade reduzida, bem como o seu funcionamento.
de carrinhos e acessórios para o transporte de
crianças. 3. A competência para efetuar o controlo metrológico
2 482000 000000

legal dos taxímetros, bem como os procedimentos de


b) O transporte de animais de companhia, desde que avaliação de conformidade, tendo em vista a sua colocação
devidamente acompanhados e acondicionados, em serviço e o controlo do seu funcionamento após entrada
salvo motivo atendível, designadamente a em serviço, é regulado pelo disposto no Decreto-lei n.º 43/2015,
perigosidade, o estado de saúde ou de higiene de 27 de agosto, e pelo disposto na Portaria n.º 15/2017,
dos mesmos. de 7 de abril.
4. É proibido o transporte de animais de estimação,
4. As especificações técnicas a que devem obedecer os
tais como cães, gatos, macacos, ou outros, pertencentes
taxímetros são fixadas em portaria do membro do Governo
ao condutor e/ou ao transportador em táxi.
responsável pela área dos transportes rodoviários.
Artigo 41.º
Caducidade da licença 5. A aferição de conformidade dos taxímetros é válida
pelo prazo de 1 (um) ano, sem prejuízo de aferições
A licença de táxi caduca se não for iniciada a exploração extraordinárias determinadas por despacho fundamentado
da atividade dentro do prazo de 90 (noventa) dias, fixado da DGTR.
pela câmara municipal competente e, também, sempre
que não seja renovado o respetivo alvará. Artigo 45.º

Artigo 42.º Uso de radiotáxis


Normas de identificação de veículos
1. Os veículos licenciados para prestação do serviço de táxi
Os táxis devem ser assinalados com os elementos devem estar equipados com sistema de radiocomunicação
seguintes: ou outro meio de comunicação específico para o efeito,
a) Trazer pintados, nas portas de acesso aos lugares conectado a uma emissora de rádio ou a uma central de
da frente, distintivos, nomeadamente com a comunicações.
palavra “TAXI”, conforme modelo a aprovar
2. O serviço de radiotáxi referido no número anterior
por despacho do Diretor Geral dos Transportes
deve ser licenciado pelo organismo responsável pelas
Rodoviários;
telecomunicações, sob a homologação da DGTR e da
b) Ter o distintivo luminoso com a palavra “TAXI”, respetiva câmara municipal.
conforme modelo a aprovar por despacho do
Diretor Geral dos Transportes Rodoviários 3. O serviço de radiotáxi pode ser explorado diretamente
por transportador público ou por terceiros, organizados
c) Trazer em local bem visível, no seu interior e em empresas comerciais, mediante o cumprimento das
devidamente resguardados, o taxímetro aprovado seguintes exigências:
ou cópia da tabela de preços a percurso autenticada
com o carimbo em uso na entidade competente. a) Prova de regular constituição da empresa;

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278 I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018

b) Licença de utilização de frequência de radiocomunicação f) Prestar os serviços de transporte que lhe forem
ou de outro meio de comunicação para o solicitados, desde que abrangidos pela regulamentação
efeito, emitida pela Autoridade Reguladora aplicável ao exercício da atividade;
das Comunicações e prova de propriedade do
equipamento adequado; g) Observar as orientações que o passageiro fornecer
quanto ao itinerário e à velocidade, dentro dos
c) Centralização do serviço em local apropriado, capaz limites em vigor, devendo, na falta de orientações
de oferecer todas as condições de segurança e expressas, adotar o percurso mais curto;
de adequado funcionamento do sistema;
h) Parar o veículo, para a tomada e largada de
d) Instalação do equipamento apenas nos veículos passageiros por forma a não prejudicar a livre
autorizados à prestação do serviço de táxi, nos circulação de trânsito;
termos do presente diploma.
i) Respeitar a fila de táxi nas praças de táxis lá onde
4. Quando prestado o serviço de radiocomunicação por existam;
terceiros a um transportador em táxi, a relação entre as
partes deve ser regulada contratualmente e reduzida a j) Não se fazer acompanhar por pessoas estranhas
escrito. ao passageiro a transportar;

5. Somente após cumpridas as exigências do n.º 3, o k) Usar de correção e de urbanidade no trato com os
serviço auxiliar de radiotáxi pode entrar em funcionamento, passageiros e terceiros;
devendo para tal, observar-se as demais exigências da
Autoridade Reguladora das Comunicações e submeter-se l) Não importunar os peões, instando à utilização
à competente fiscalização. dos seus serviços;

6. O custo do serviço auxiliar de radiotáxi não deve m) Não fumar, em caso algum, dentro do veiculo;
incidir sobre o cálculo das tarifas, nem pode, sob qualquer
n) Não dormir, nem tomar as suas refeições dentro
pretexto, ser cobrado aos utentes dos serviços de táxi.
dos veículos;
Artigo 46.º
2 482000 000000

o) Transportar bagagens pessoais, nos termos


Tarifas estabelecidos, e proceder à respetiva carga e
descarga;
1. As tarifas a serem aplicadas às modalidades de
serviço de transportes de táxis são fixadas pela assembleia p) Auxiliar os passageiros que apresentem mobilidade
municipal, mediante proposta da câmara municipal, reduzida na entrada e saída do veículo;
ouvidos os serviços centrais dos transportes rodoviários.
q) Transportar cães de assistência de passageiros
2. As tarifas não devem ultrapassar os limites de preços com deficiência, a título gratuito;
máximos fixados por portaria do membro do Governo
responsável pelos transportes rodoviários, sob proposta dos r) Transportar, salvo motivo atendível, designadamente
serviços centrais dos transportes rodoviários, ouvidas as a perigosidade e o estado de saúde ou de higiene,
associações profissionais e a associação dos consumidores. animais de companhia quando devidamente
acompanhados e acondicionados;
Artigo 47.º

Deveres do condutor
s) Transportar cadeiras de rodas ou outros meios de
marcha de pessoas com mobilidade reduzida, bem
São deveres dos condutores de táxi: como carrinhos e acessórios para o transporte
de crianças, a título gratuito;
a) Colocar uma cópia autenticada do certificado de
aptidão profissional atualizada no lado direito do t) Cumprir o regime de preços, estabelecido nos
tablier, de forma bem visível para os passageiros; termos legais;

b) Apresentar-se decentemente vestido e asseado, u) Acionar o taxímetro no início da prestação do


sendo absolutamente vedado o uso de calções, serviço, de acordo com as regras estabelecidas
calções de banho, camisolas de alça ou de manga e manter o respetivo mostrador sempre visível;
cavada, chinelas e gorros;
v) Informar o passageiro da alteração de tarifa, em
c) Manter o veículo sempre limpo e asseado; trajetos que envolvam várias tarifas.

d) Não colocar música com o volume alto, de modo w) Facilitar o pagamento do serviço prestado, devendo
a perturbar a tranquilidade dos passageiros, para o efeito dispor de numerário que permita
particularmente quando estes não a solicitem realizar qualquer troco até ao montante mínimo
ou autorizem; de 2.000$00 (dois mil escudos);

e) Não abandonar o veículo na praça sem motivo x) Emitir e assinar o recibo comprovativo do valor
justificado; do serviço prestado do qual deve constar a

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I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018 279

identificação da matrícula do veículo e, quando b) Alvará para o exercício da atividade, emitido pela
solicitado pelo passageiro, a hora, a origem e DGTR;
o destino do serviço e os suplementos pagos;
c) Cópia dos estatutos, pacto social, certidão comercial;
y) Proceder diligentemente à entrega na autoridade
policial de objetos deixados no veículo, podendo d) Livrete do veículo e título de registo de propriedade; e
também fazê-la ao passageiro, desde que por este
solicitado e mediante pagamento do respetivo e) Ficha de inspeção automóvel válida.
serviço, se o condutor de táxi entender que deve
3. Pode ser negado o pedido de licenciamento para
haver lugar a este pagamento.
transporte executivo em automóveis ligeiros de passageiros,
Artigo 48.º cuja cor seja suscetível de ser confundida com as cores
oficiais dos táxis nos respetivos municípios.
Recusa de transporte
Artigo 52.º
1. Os condutores podem recusar a entrada nos veículos
a pessoas: Requisitos

a) Com comportamento suspeito de perigosidade; 1. Os automóveis ligeiros de passageiros licenciados para


o transporte executivo devem satisfazer, cumulativamente,
b) Que se apresentem em manifesto estado de embriaguez
as seguintes condições:
ou de toxicodependência, em precário estado de
limpeza, ou transportem objetos que possam a) Ser de modelo topo de gama;
deteriorar os veículos ou vir a incomodar os
passageiros que a seguir os venham a utilizar. b) Ter estofos em pele;
2. Podem, ainda, ser recusados os serviços que impliquem c) Ter ar condicionado;
a circulação em vias manifestamente intransitáveis pelo
difícil acesso ou em locais e a horas que ofereçam notório d) Ter sistema de localização GPS;
perigo para a segurança do veículo, dos passageiros ou
do condutor. e) Ter acesso à internet (wi-fi);
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Artigo 49.º f) Estar equipado com sistema de travagem ABS;


Cessação da obrigatoriedade
g) Ter carregador de energia elétrica para aparelhos
O condutor não é obrigado a continuar a prestar serviço eletrónicos;
ao utente, quando este abandonar o veículo em local onde
não seja permitido o estacionamento. h) Leitura a bordo (livros, revistas, etc.);

Subsecção II i) Ter cilindrada não inferior a 3.000 (três mil)


centímetros cúbicos;
Transporte executivo em automóveis ligeiros de passageiros

Artigo 50.º j) Ter até 4 (quatro) anos de fabrico na data da


formulação do pedido de licença;
Definição
k) Ter distância entre os eixos não inferior a 2.65 m
Para efeitos do presente diploma, entende-se por (dois metros e sessenta e cinco centímetros);
serviços de transporte executivo em automóveis ligeiros
de passageiros os prestados pelas entidades devidamente l) Ter, pelo menos, 5 (cinco) portas.
autorizadas em eventos que exigem a utilização de veículos
de nível superior aos utilizados no normal transporte de 2. Os automóveis ligeiros de passageiros licenciados para
aluguer com condutor, nomeadamente em casamentos, o transporte executivo devem disponibilizar serviços que
batizados, funerais, cerimónias religiosas, eventos culturais, proporcionem ao utente o máximo de conforto, segurança
protocolares ou políticas. e operacionalidade.
Artigo 51.º Artigo 53.º

Pedido de licença Identificação

1. O acesso ao mercado do transporte executivo em Os automóveis de transporte executivo são assinalados


automóveis ligeiros de passageiros depende de licença com um número de identificação, conforme despacho da
emitida pela DGTR. DGTR.
2. Do requerimento para a concessão de licença devem Artigo 54.º
constar:
Proibição
a) O nome, documento de identificação pessoal, NIF,
profissão e residência atualizada do sócio, gerente Os automóveis ligeiros de passageiros licenciados para
ou diretor geral da entidade requerente. o transporte executivo ficam expressamente proibidos

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280 I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018

de estacionar nas praças de táxis e nas paragens dos verificar as condições de segurança e conforto
transportes coletivos de passageiros, bem como de apanhar consideradas necessárias para a exploração de
e/ou largar passageiros fora do âmbito do disposto no serviço;
artigo 50.º.
e) Não ter decorrido mais de um ano após a data
Artigo 55.º da primeira matrícula dos veículos, à data da
Contrato de transporte
apresentação do pedido de licença.
Artigo 58.º
A modalidade de transporte e o preço de transporte
são livremente acordados entre o transportador público Veículos utilizados
e o utente e o contrato reduzido a escrito.
Só podem ser objeto de aluguer sem condutor, os
Subsecção III automóveis ligeiros de passageiros, ligeiros mistos, ligeiros
Aluguer sem condutor de mercadoria, motociclos ou equiparados, pertencentes a
empresas titulares de alvará e de licença individual dos
Artigo 56.º veículos para o exercício dessa atividade, e que sejam
Acesso ao mercado registados como fazendo parte da sua frota.
Artigo 59.º
O acesso ao mercado de aluguer sem condutor (Rent-a-
Car) só é permitido às sociedades comerciais, dotadas de Agências e filiais
capacidade financeira e organização adequada ao exercício
da atividade, e que reúnam os seguintes requisitos: 1. As empresas titulares de licença podem ser autorizadas
a abrir agências ou filiais, mediante despacho da DGTR,
a) Sede em território nacional; desde que as respetivas instalações sejam devidamente
aprovadas.
b) Atestado de habitabilidade passada pela Câmara
Municipal da área do exercício da atividade; 2. A autorização para a abertura da agência ou filial é
averbada no alvará de que a empresa é titular.
c) Cópias de Croqui de arquitetura e planta de
2 482000 000000

localização; Artigo 60.º

d) Declaração de responsável técnico ou de oficina Regime de preço


responsável pela manutenção dos equipamentos
O regime de preços aplicável ao aluguer de veículos sem
dos veículos automóveis;
condutor é livremente acordado entre as partes.
e) Tabela de preço praticado pelas empresas, homologada Artigo 61.º
pela Câmara Municipal em cuja circunscrição
a empresa está sedeada e visada pela DGTR. Contrato de aluguer

Artigo 57.º 1. O contrato de aluguer de veículos automóveis sem


Condições de concessão das Licenças
condutor é obrigatoriamente numerado e reduzido a
escrito, devendo o original ser arquivado pela empresa
As licenças só podem ser concedidas, verificando-se pelo período mínimo de 5 (cinco) anos, a contar da data
cumulativamente as seguintes condições: do seu termo.

a) Ser proprietário de uma frota de, pelo menos, 2. Do contrato devem constar, obrigatoriamente:
6 (seis) automóveis de cilindrada não inferior
a 950 (novecentos e cinquenta) centímetros a) Identificação das partes;
cúbicos, afetos ao mesmo fim e com a mesma b) Identificação do veículo alugado;
sede de exploração;
c) Condições respeitantes ao preço e outras importâncias
b) Tratando de veículos motociclos ou equiparados,
recebidas pelo locador a título de caução, se
com lotação até 2 (dois) lugares, ser possuidor de
houver;
uma frota de, pelo menos 6 (seis) unidades, de
cilindrada superior a 50 (cinquenta) centímetros d) Serviços complementares convencionados;
cúbicos, afetos ao mesmo fim e com a mesma
sede de exploração; e) Data e lugar do início do aluguer e da entrega do
veículo no seu termo.
c) Tratando de veículos ciclomotores com lotação até
2 (dois) lugares, ser possuidor de uma frota de, 3. É lícito à empresa recusar o aluguer, desde que o
pelo menos, 6 (seis) unidades, afetos ao mesmo cliente não ofereça garantias de idoneidade.
fim e com a mesma sede de exploração;
4. É igualmente lícito à empresa retirar ao locatário
d) Tratar-se de veículo de matrícula nacional não o veículo alugado no termo do contrato, bem como
adstrito a transportes públicos e a transportes rescindir o contrato, nos termos da lei, com fundamento
turísticos, aprovado em inspeção destinada a em incumprimento das cláusulas contratuais.

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I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018 281


Artigo 62.º Subsecção IV

Registo dos contratos Transporte de mercadorias

Artigo 66.º
1. As empresas de aluguer sem condutor devem efetuar
em cada ano civil, para efeitos de fiscalização e de controlo Definição
da indústria, um registo de todos os contratos de aluguer
de veículos, segundo a ordem da sua celebração. Para efeitos do presente diploma, entende-se por
transporte de mercadorias a modalidade de transporte,
2. A DGTR pode exigir às empresas, o envio de cópias de efetuado em automóveis de carga, licenciados para o
contratos celebrados e/ou de fichas de entrega de veículos transporte de aluguer, em que os veículos são utilizados
de, pelo menos, os últimos 2 (dois) anos, para controlo da por fração da sua carga, ficando ou não ao exclusivo
execução dos mesmos. serviço dos seus utentes.
Artigo 67.º
Artigo 63.º
Pedido de licença
Distintivos de identificação
1. O exercício da atividade de transporte de mercadorias
A DGTR pode, ouvidas as entidades interessa das em automóveis ligeiros e pesados depende de alvará
do setor, determinar que os veículos de aluguer sem emitido pela DGTR.
condutor sejam assinalados, por forma a garantir a
sua fácil identificação exterior, devendo trazer em local 2. O acesso ao mercado de transportes de mercadorias
bem visível a indicação do número da respetiva licença, em automóveis ligeiros e pesados dentro da área de
conforme despacho da DGTR. jurisdição de um determinado município, depende de
licença emitida pela respetiva câmara municipal.
Artigo 64.º
3. Do requerimento para a concessão de licença devem
Proibição de uso de veículos constar:
1. Não podem ser utilizados na indústria de aluguer a) O nome, documento de identificação pessoal, NIF,
sem condutor, veículos: profissão e residência atualizada do sócio, gerente
2 482000 000000

ou diretor geral da entidade requerente;


a) Com mais de 5 (cinco) anos, contados a partir da
data da atribuição da licença. b) Alvará para o exercício da atividade, emitido pela
DGTR;
b) Tratando-se de automóveis do tipo 4x4, todo o
terreno” e pick-up todo terreno, a idade limite c) Cópia dos estatutos, pacto social, certidão comercial;
para a sua utilização na atividade referida na d) Livrete do veículo e título de registo de propriedade; e
alínea anterior é de 7 (sete) anos.
e) Ficha de inspeção automóvel válida.
2. Após o decurso dos prazos referidos no número
Artigo 68.º
antecedente, os veículos são abatidos da frota do titular
de alvará e da licença, e são imediatamente substituídos, Requisitos
sob pena de não renovação do alvará ou de cancelamento
da respetiva licença. Os automóveis ligeiros e pesados para o transporte
público de mercadorias devem:
Artigo 65.º
a) Ter até 4 (quatro) anos de fabrico à data da formulação
Pedido de licença do pedido de licença para os ligeiros;

Os requerimentos para a obtenção de licença de b) Ter menos de 10 (dez) anos de fabrico na data da
transportes de aluguer sem condutor são entregues formulação do pedido de licença para os pesados.
na DGTR, em cuja área se localiza a sede da sociedade
Artigo 69.º
requerente, e deles deve constar:
Distintivos de identificação
a) O nome, documento de identificação pessoal, NIF,
profissão e residência atualizada do sócio, gerente Os automóveis de transporte de mercadorias são
ou diretor geral da entidade requerente. assinalados com um dispositivo de identificação colocado
no alto do tejadilho, conforme despacho da DGTR.
b) Alvará para o exercício da atividade, emitido pela Artigo 70.º
DGTR;
Local de estacionamento
c) Cópia dos estatutos, pacto social, certidão comercial;
1. Os automóveis de transporte público de mercadorias
d) Livrete do veículo e título de registo de propriedade; e devem ter um espaço devidamente assinalado para
efeito de estacionamento, nos principais aglomerados
e) Ficha de inspeção automóvel válida. populacionais.

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282 I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018

2. As câmaras municipais devem, conforme suas prioridades, municípios diferentes, desde que os passageiros estejam
diligenciar a instalação de terminais rodoviários, nos quais acompanhados da respetiva carga, e esta seja transportada
se preveja lugar para estacionamento de automóveis de antes da abertura e após o encerramento dos mercados.
transporte público de mercadorias.
5. Excecionalmente, também pode ser permitido
Artigo 71.º pela DGTR o transporte de trabalhadores em veículos
ligeiros de mercadoria, particulares, de e para o local de
Contrato de transporte
trabalho, desde que devidamente aprovados em inspeção
O preço pelo transporte público de mercadorias é livremente extraordinária e sentados em condições de segurança
acordado entre o transportador público e o utente. rodoviária, definidas em despacho da DGTR.
Artigo 74.º
Artigo 72.º
Acesso à atividade de transporte precário
Uso obrigatório de tacógrafos
1. O transporte de passageiros em regime de precariedade
1. Os veículos automóveis pesados de transporte de entre municípios diferentes nos termos previstos no n.º 4 do
mercadorias devem ser munidos de tacógrafos. artigo anterior depende de autorização da DGTR.
2. O uso do tacógrafo é permanente e obrigatório em 2. O transporte de passageiros em regime de precariedade
todo o território nacional. dentro da área de jurisdição de um determinado município,
depende de autorização emitida pela respetiva câmara
3. A competência para efetuar o controlo metrológico municipal.
legal dos tacógrafos, a fixação dos requisitos que devem
satisfazer, bem como os procedimentos de avaliação de Artigo 75.º
conformidade, tendo em vista a sua disponibilização Requisitos para obtenção de autorização
no mercado, colocação em serviço e o controlo do seu
funcionamento após entrada em serviço, é regulado pelo Para efeitos de obtenção de autorização o requerente
disposto no Decreto-lei n.º 43/2015, de 27 de agosto, e deve ser titular de alvará e de licença de transporte
na Portaria n.º 54/2015, de 30 de outubro, e respetivo ligeiro de mercadoria e apresentar cópias dos seguintes
2 482000 000000

regulamento. documentos:

4. A velocidade máxima permitida é de 80 Km/hora, a) Documento de identificação pessoal e/ou NIF do


quando fora de localidades. requerente;

Subsecção V b) Livrete do veículo e título de registo de propriedade;

Transporte de passageiros em regime de precariedade c) Ficha de inspeção válida.

Artigo 73.º Artigo 76.º

Caducidade
Definição
As autorizações concedidas aos transportadores públicos
1. Para efeitos do presente diploma, entende-se por para o transporte de passageiros em veículos ligeiros de
transporte de passageiros em regime de precariedade mercadoria, a título precário, caducam quando:
a modalidade de transporte de passageiros, efetuado
em veículos ligeiros de mercadoria, entre zonas rurais a) As localidades servidas passarem a dispor de
e piscatórias do mesmo concelho, entre essas zonas e o uma rede de transportes coletivos urbanos e/
respetivo centro de concelho e vice-versa. ou interurbanos;

2. O transporte de passageiros em regime de precariedade b) Ocorrer a inoperância dos veículos;


é autorizado nas localidades onde as caraterísticas
orográficas, a qualidade das vias de penetração e a pouca c) Forem canceladas; ou
disponibilidade de meios de transporte justifiquem que d) Com o fim da sua vigência.
passageiros e cargas sejam, excecionalmente, transportados
na caixa, a título precário, sendo a lotação determinada Artigo 77.º
caso a caso, até ao limite fixado pela DGTR. Local de estacionamento

3. As autorizações são emitidas, nos termos dos números 1. Os veículos utilizados no transporte de passageiros
anteriores, enquanto tais localidades não sejam servidas, em regime de precariedade devem ter, nos principais
convenientemente, por uma rede adequada de transportes aglomerados populacionais, um espaço devidamente
coletivos urbanos e interurbanos, salvaguardadas as assinalado para efeito de estacionamento.
condições de segurança rodoviária.
2. As câmaras municipais devem, conforme suas prioridades,
4. O transporte de passageiros em regime de precariedade diligenciar a instalação de terminais rodoviários, nos quais
é ainda autorizado nos termos dos n.ºs 1 e 2, para fins se preveja lugar para estacionamento de automóveis de
de aprovisionamento e de abastecimento de mercados de mercadorias.

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I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018 283


Artigo 78.º turísticos, podendo restringir ou alargar o seu âmbito, por
Contrato de transporte
iniciativa própria ou proposta de operadores turísticos,
mediante parecer dos departamentos governamentais
O preço pelo transporte de passageiros em regime de responsáveis pelos transportes rodoviários e pelo ambiente
precariedade é livremente acordado entre o proprietário e da câmara municipal competente.
e o utente.
2. O parecer do departamento governamental responsável
Subsecção VI pela área do ambiente é vinculativo sempre que se tratarem
de áreas protegidas.
Transporte turístico
Artigo 81.º
Artigo 79.º
Pedido de licença
Definição
1. O acesso ao mercado de transporte turístico depende
1. O transporte turístico é o transporte de turistas, de licença emitida pela DGTR.
realizado em veículos devidamente licenciados para a
prestação de serviços no segmento de mercado da indústria 2. Do requerimento para obtenção de licença devem
de transporte turístico, que interliga a origem de uma constar:
viagem turística interna a um determinado destino e
a) O nome, documento de identificação pessoal, NIF,
vice-versa, vários destinos turísticos entre si, ou que
profissão e residência atualizada do sócio, gerente
possibilita a deslocação dentro do mesmo destino.
ou diretor geral da entidade requerente;
2. O transporte turístico é efetuado com exclusão de b) Alvará para exercício da atividade, emitido pela
outras categorias de passageiros, por transportadores DGTR;
públicos, devidamente habilitados para o efeito.
c) Cópia dos estatutos, pacto social, certidão comercial;
3. Os serviços de transporte turístico rodoviário
compreendem as seguintes modalidades: d) Livrete do veículo e título de registo de propriedade; e

a) Transfer hotel/aeroporto/hotel ou porto; e) Ficha de inspeção automóvel válida.


2 482000 000000

b) Excursões; e 3. Pode ser negado o pedido de licenciamento ou de


renovação de licença para transporte turístico a veículos
c) Passeio local. cuja cor seja suscetível de ser confundida com as cores
oficiais dos táxis nos respetivos municípios.
4. Sem prejuízo do disposto no número anterior, podem,
ainda, prestar o serviço de transfer hotel/aeroporto/hotel Artigo 82.º
ou porto e vice-versa, o transportador em táxi, desde Regime de funcionamento
que o serviço lhe seja formalmente contratualizado, por
unidades hoteleiras e similares ou por agências de viagem. 1. Os veículos licenciados para a prestação de serviços
turísticos estão proibidos de fazer paragem e estacionamento
5. Excecionalmente, na realização de viagens turísticas nas praças de táxis e nas paragens dos transportes
e na receção, transferência e assistência a turistas, as coletivos de passageiros e de prestar serviços em circuitos
agências de viagens podem utilizar os meios de transporte ou roteiros turísticos e em vias para que não tenham sido
que lhes pertencem, sem a necessidade de licenciar os licenciados.
veículos ligeiros de passageiros, devendo, quando se
tratar de automóveis pesados de passageiros, ser titular 2. Os veículos licenciados para a prestação de serviços
de alvará e de licença de transportador público, sem turísticos devem estar identificados e personalizados com
prejuízo do disposto no número seguinte. o serviço prestado, de acordo com a imagem do produto
fornecido no momento do licenciamento, em conformidade
6. As agências de viagens que sejam titulares de alvará com os regulamentos municipais.
e de licença de transportador público de passageiros
3. Os horários e condições de funcionamento dos
no segmento de mercado da indústria de transporte
triciclos e quadriciclos do tipo tuk-tuk são definidos em
em veículos motorizados, podem efetuar todo o tipo de
regulamento.
transporte ocasional com veículos pesados de passageiros.
4. Os transportadores públicos que prestam serviços
7. As modalidades de excursões e passeio local devem ser
de transporte turístico devem dispor, obrigatoriamente,
exploradas através de circuitos ou roteiros turísticos, com
de um serviço de atendimento telefónico permanente.
itinerários, condições de promoção e período de circulação
previamente definidos em regulamento. Artigo 83.º

Artigo 80.º Tipos de veículos

Circuitos ou roteiros turísticos Para a promoção de circuitos ou roteiros turísticos são


considerados habilitados, enquanto veículos motorizados
1. Compete ao departamento governamental responsável construídos para o transporte de passageiros, os seguintes:
pela área do Turismo, a aprovação de circuitos ou roteiros
turísticos e a fixação de condições de promoção dos destinos a) Triciclos e quadriciclos do tipo tuk-tuk;

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284 I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018

b) Automóveis ligeiros e pesados de passageiros, e 5. Nos Municípios de orografia plana, pode ser passada,
mistos de cabine dupla, do tipo pick-up; excecionalmente uma autorização, pela DGTR, para o
transporte de turistas na caixa de veículos ligeiros mistos,
c) Comboios turísticos. de cabine dupla, desde que esses veículos já detenham
Artigo 84.º licença para transporte turístico.
Triciclos, quadriciclos e automóveis ligeiros 6. Nos casos previstos no número anterior, os passageiros
1. Para o exercício da atividade de animação turística devem ser transportados sentados em bancos inamovíveis,
em triciclos e quadriciclos do tipo tuk-tuk, os pedidos em condições de segurança devidamente aprovadas em
de licenciamento são analisados, caso a caso, e o seu inspeção extraordinária.
deferimento depende das caraterísticas dos veículos, Artigo 85.º
das condições de segurança e da orografia dos circuitos
ou roteiros turísticos. Veículos pesados de passageiros

2. Os triciclos e quadriciclos devem possuir as seguintes 1. Para o exercício da atividade de animação turística
caraterísticas: em veículos pesados de passageiros são considerados
habilitados os autocarros ou minibus turísticos, enquanto
a) Cilindrada mínima de 200 (duzentos) centímetros veículos automóveis construídos para o transporte de
cúbicos; passageiros, com lotação superior a 9 (nove) lugares
b) Cintos de segurança, cujos modelos são aprovados sentados, incluindo o condutor.
em regulamento; 2. Os autocarros podem ser do tipo panorâmico,
c) Idade até 2 (dois) anos, contados da data da primeira preferencialmente, descapotável.
matrícula, aquando da formulação do pedido Artigo 86.º
de licença;
Caraterísticas dos comboios turísticos
d) Lotação máxima de 6 (seis) lugares, incluindo o
condutor; 1. Considera-se comboio turístico, o conjunto de veículos
composto por um trator e um ou mais reboques destinados
2 482000 000000

e) Não serem poluentes, de preferência elétricos, por


ao transporte de passageiros em pequenos percursos, com
forma a minimizar o impacto da circulação, ao
fins turísticos ou de diversão.
nível da emissão de gases e de ruído.
2. O comboio turístico é composto por um trator e,
3. Para efeitos do n.º 1, os triciclos e quadriciclos devem
no máximo, três reboques destinados ao transporte de
obedecer as seguintes condições de segurança:
passageiros.
a) Circular apenas em vias urbanas ou municipais,
em percursos pré-estabelecidos que não incluam 3. Ao veículo trator só podem ser atrelados reboques até
troços de via que, pelo seu traçado ou sinuosidade, ao limite da sua capacidade máxima de carga rebocável,
possam pôr em perigo a segurança dos passageiros; não podendo, em qualquer caso, o conjunto exceder o
comprimento de 18 (dezoito) metros.
b) Circular a uma velocidade máxima de 40 (quarenta)
km/h; 4. O comboio turístico não pode exceder a velocidade
de 25 (vinte e cinco) km/h.
c) Transportar passageiros com idade superior a 12
(doze) anos; Artigo 87.º

d) Dispor apenas de lugares sentados, sendo vedado Condições de trânsito de comboios turísticos
o transporte de passageiros de pé.
O trânsito de comboios turísticos na via pública está
4. Os automóveis ligeiros de passageiros e mistos condicionado à observação das seguintes condições:
utilizados no transporte turístico devem satisfazer,
cumulativamente, as seguintes caraterísticas: a) Não prejudicar as condições de circulação e normal
fluidez do restante trânsito;
a) Possuir cilindrada a partir de 1400 (mil e quatrocentos)
centímetros cúbicos, quando ligeiros de passageiros; b) Circular apenas em vias urbanas ou municipais,
em percursos pré-estabelecidos que não incluam
b) Possuir cilindrada a partir de 2000 (dois mil) troços de via que, pela sua largura, traçado ou
centímetros cúbicos, quando ligeiros mistos; sinuosidade, possam pôr em perigo a segurança
dos passageiros;
c) Ter idade até 2 (dois) anos, contados da data da
primeira matrícula, aquando da formulação c) Não pôr em causa a coordenação de transportes
do pedido de licença; regulares de passageiros, devendo os locais de
d) Possuir distância entre os eixos não inferior a dois paragem para tomada e largada de passageiros
metros e cinquenta centímetros; estar devidamente assinalados de forma a não
coincidirem com as paragens dos veículos de
e) Possuir 5 (cinco) portas. transporte público de passageiros;

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I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018 285

d) A circulação dos comboios turísticos em trajetos Artigo 92.º


de ligação para abastecimento de combustível, Requisitos
manutenção e parqueamento deve efetuar-se sem
passageiros e em períodos de menor intensidade Os automóveis ligeiros mistos, de cabine dupla, do tipo
de trânsito de forma a não prejudicar as condições pick-up devem ter até 2 (dois) anos de fabrico, à data da
de circulação e a normal fluidez do restante formulação do pedido de licença.
trânsito; Artigo 93.º

e) O trator ser conduzido por pessoa habilitada com Distintivos de identificação


carta de condução da categoria D e certificado
Os automóveis ligeiros mistos, de cabine dupla, do tipo
de aptidão profissional (CAP);
pick-up são assinalados com um dispositivo de identificação
f) O conjunto de veículos estar coberto por seguro de colocado no alto do tejadilho, conforme despacho da DGTR.
responsabilidade civil, não inferior ao montante Artigo 94.º
mínimo exigido para os veículos de transporte
Local de estacionamento
coletivo urbano de passageiros.
Artigo 88.º 1. Os automóveis ligeiros mistos, de cabine dupla, do
tipo pick-up devem ter um espaço devidamente assinalado
Distintivos de identificação
para efeito de estacionamento, nos principais aglomerados
Os veículos utilizados no segmento de mercado da populacionais.
indústria dos transportes turísticos devem ostentar
2. As câmaras municipais devem, conforme suas prioridades,
um dístico identificativo do respetivo serviço, conforme
diligenciar a instalação de terminais rodoviários, nos
regulamento.
quais se preveja lugar para estacionamento de veículos
Artigo 89.º ligeiros mistos, de cabine dupla, do tipo pick-up.
Contrato de transporte Artigo 95.º
1. As condições e o preço de transporte devem ser Contrato de transporte
previamente acordados entre o transportador público e
o utente, segundo horários e itinerários escolhidos e de O preço pelo transporte em automóveis ligeiros mistos,
2 482000 000000

acordo com a tabela de preços dos percursos praticados de cabine dupla, do tipo pick-up é livremente acordado
pelo transportador. entre o transportador público e o utente.
Subsecção VIII
2. A tabela de preços dos percursos, referida no número
anterior, deve estar afixada na sede do transportador Transporte escolar
público, em local bem visível. Artigo 96.º
Subsecção VII Definição
Transporte em automóveis ligeiros mistos
O transporte escolar é a modalidade de transporte que
Artigo 90.º consiste na oferta do serviço de transporte aos alunos
Definição do nível pré-escolar, do ensino básico integrado e do
ensino secundário, sejam do ensino oficial, particular ou
Para efeitos do presente diploma, entende-se por cooperativo, feitos com exclusão de outras categorias de
transporte em automóveis ligeiros mistos, a modalidade passageiros.
de transporte, efetuado em automóveis ligeiros mistos,
Artigo 97.º
de cabine dupla, do tipo pick-up, licenciados para o
transporte de aluguer, em que o transporte de passageiros Condições de licenciamento
se faz exclusivamente na respetiva cabina, sendo vedado
1. O acesso ao mercado de transporte escolar depende
o transporte de pessoas na caixa.
de licença emitida pela respetiva câmara municipal,
Artigo 91.º conforme estabelecido na lei que aprova o Estatuto dos
Pedido de licença Municípios.

Do requerimento para a concessão de licença devem 2. Por solicitação de um transportador público à DGTR,
constar: pode um veículo licenciado para o exercício de transporte
escolar, ser objeto de uma autorização administrativa,
a) O nome, documento de identificação pessoal, NIF, em regime de transporte ocasional, enquanto atividade
profissão e residência atualizada do sócio, gerente secundária, conforme previsto no n.º 4 do artigo 15.º.
ou diretor geral da entidade requerente;
Artigo 98.º
b) Alvará para o exercício da atividade, emitido pela
Pedido de licença
DGTR;
Do requerimento para obtenção de licença devem constar:
c) Cópia dos estatutos, pacto social, certidão comercial;
a) O nome, documento de identificação pessoal, NIF,
d) Livrete do veículo e título de registo de propriedade;
profissão e residência atualizada do sócio, gerente
e) Ficha de inspeção automóvel válida. ou diretor geral da entidade requerente;

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© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

286 I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018

b) Alvará para o exercício da atividade, emitido pela Subsecção IX


DGTR;
Transporte de valores
c) Cópia dos estatutos, pacto social, certidão comercial; Artigo 104.º
d) Livrete do veículo e título de registo de propriedade; Definição
e) Ficha de inspeção automóvel válida.
Para efeitos do presente diploma consideram-se:
Artigo 99.º
a) “Valores” - todos os bens, tais como notas de banco,
Regime de funcionamento
moeda metálica, títulos, pedras e metais preciosos,
1. Os automóveis licenciados ou autorizados para a joias e documentos de fácil convertibilidade, os
prestação de serviço de transporte escolar estão proibidos quais em razão do seu valor, natureza específica
de fazer paragem e estacionamento nas praças de táxis ou preciosa e potencial risco de apropriação
e nas paragens dos transportes coletivos de passageiros. exigem uma proteção especial;

2. O transporte escolar de alunos do nível pré-escolar b) “Transporte de valores” - a modalidade de transporte


e do ensino básico integrado deve ser efetuado, mediante efetuado em veículos devidamente adaptados
acompanhamento de um adulto idóneo, com o assentimento para a recolha, o transporte e a distribuição
dos pais ou encarregados de educação ou das escolas de valores, por parte de entidades detentoras
servidas por esse tipo de transporte. de alvará e licença.
Artigo 100.º Artigo 105.º

Distintivo de identificação Pedido de licença

Os automóveis utilizados no transporte escolar devem 1. O acesso ao mercado de transporte de valores depende
ostentar um dístico identificativo do respetivo serviço, de licença emitida pela DGTR.
conforme despacho da DGTR.
Artigo 101.º
2. Do requerimento para a concessão de licença devem
constar:
2 482000 000000

Tipos de automóveis
a) O nome, documento de identificação pessoal, NIF,
1. Os automóveis a serem utilizados no transporte profissão e residência atualizada do sócio, gerente
escolar devem ser: ou diretor geral da entidade requerente.
a) Automóveis utilizáveis no transporte coletivo
b) Alvará para o exercício da atividade, emitido pela
urbano de passageiros;
DGTR;
b) Automóveis utilizáveis no transporte coletivo
interurbano de passageiros; e c) Cópia dos estatutos, pacto social, certidão comercial;

c) Excecionalmente, podem ser automóveis ligeiros d) Livrete do veículo e título de registo de propriedade; e
de mercadorias, objeto de licença precária, nos
e) Ficha de inspeção automóvel válida.
termos do artigo 73.º.
Artigo 106.º
2. Para o transporte de alunos do nível pré-escolar devem
ser utilizados automóveis equipados com sistemas de Condições de segurança dos automóveis
retenção e cintos de segurança, apropriados para o efeito.
1. Os automóveis utilizados para recolha, transporte
Artigo 102.º
e distribuição de valores devem estar equipados com os
Circuitos especiais seguintes níveis mínimos de segurança:

1. Podem ser criados circuitos especiais para o transporte a) Peso bruto mínimo de 2500 (dois mil e quinhentos) kg;
escolar, mediante coordenação prévia entre a câmara
municipal, a delegação do ministério da educação e os b) A caixa do automóvel deve ser do tipo furgão, com
transportadores públicos interessados. cabina e caixa de carga, com três zonas estanques,
destinadas, respetivamente, ao condutor, aos
2. Os circuitos especiais podem ser efetuados diretamente vigilantes transportadores e à carga;
pelos municípios, através de automóveis próprios ou
contratualizados. c) Cumprir os seguintes níveis de resistência e blindagem
determinados pelas normas europeias EN1063
Artigo 103.º
e EN1522 ou equivalentes:
Transporte de pessoas nos circuitos especiais
i) Perímetro exterior dos compartimentos destinados
Nos circuitos especiais podem ser transportados à tripulação (compartimento dianteiro, central
professores e outros funcionários dos estabelecimentos e anteparas central e frontal): BR5/FB5;
de ensino, sem prejuízo da prioridade de transporte dos
respetivos alunos. ii) Zona de carga: BR3/FB3.

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d) No tejadilho são colocados sinais visíveis de l) Os automóveis devem ser equipados com um sistema
identificação do automóvel, mesmo durante de alarme, acionado a partir da cabina ou do
a noite; compartimento de carga, que faça ouvir na via
pública um sinal sonoro de adequada intensidade,
e) A cabina deve dispor de uma saída de emergência e, simultaneamente, acione faróis ou indicadores
ou estar dotada, em ambas as laterais, de portas de mudança de direção;
que permitam evacuar o habitáculo em caso
de acidente, assegurando que a sua abertura m) No interior da cabina e do compartimento de valores
exterior implique sempre o acionamento de devem existir extintores, com uma capacidade
meios sonoros e luminosos; total mínima de 5 (cinco) kg;
f) As portas do automóvel devem ser inter-bloqueadas n) O sistema de blindagem e os vidros à prova de bala
ou possuir sistemas giratórios que não permitam devem ser certificados por entidades reconhecidas
o acesso imediato do exterior à zona de carga; nacional ou internacionalmente, adotando-se
os padrões estabelecidos pela norma europeia
g) Os automóveis devem dispor de sistemas de segurança
ou equivalente.
ligados a centro de controlo de operações de
recolha, transporte, guarda e distribuição de 2. O transporte de valores em montantes inferiores
valores, que possibilitem, designadamente a cinco milhões de escudos (5.000.000$00) pode ser
através de GPS: efetuado em automóveis com habitáculo de carga fechada
i) O registo e acompanhamento de itinerários das e separada por meio físico da zona de condução e com
rotas; acesso condicionado, do interior à zona de carga, devendo
estar equipados com sistema de comunicação ligado a um
ii) A identificação imediata da localização da viatura; centro de controlo.
iii) O bloqueio automático do veículo em caso de 3. Aos veículos licenciados para transportar valores em
paragem forçada ou outra situação de emergência, montantes inferiores a 5.000.000$00 (cinco milhões de
a ser ativado pela tripulação, ou pelo centro escudos), não são aplicáveis os requisitos previstos nas
de controlo; alíneas c), e), h), j), k) e n) do n.º 1.
2 482000 000000

iv) Sistema de comunicações com o centro de 4. A utilização dos automóveis mencionados nos n.ºs 2
controlo; e 3 só pode ocorrer após a verificação e a validação das
condições previstas pela Polícia Nacional, mediante a
v) Possibilidade de abertura da zona de carga
atribuição de um certificado de conformidade.
somente em locais a determinar;
Artigo 107.º
h) A entrada de ar do exterior deve ser canalizada por
orifícios de dimensões tais que não permitam a Inspeção ordinária e extraordinária de automóveis
entrada de objetos estranhos que perturbem a
ordem e o bem-estar dos ocupantes e a entrada 1. Anualmente, as entidades competentes em matéria
de projéteis lançados do exterior; de inspeção e de fiscalização da segurança rodoviária
devem verificar as condições de segurança dos automóveis
i) Os veículos devem estar dotados de ar condicionado nas empregues no transporte de valores, sem prejuízo de,
zonas do condutor e dos vigilantes transportadores; extraordinariamente, se realizarem inspeções e/ou
fiscalizações, sempre que circunstâncias o exijam ou por
j) No tocante aos órgãos vitais do veículo deve ser
indicação da Direção Geral da Administração Interna.
assegurada a proteção:
2. A circulação dos automóveis de transporte de valores,
i. Do depósito de combustível, que pode ser feita
só pode ocorrer após aprovação, em sede de inspeção
pelo prolongamento da carroçaria, tão junto
extraordinária e respetivo licenciamento a conceder pela
do solo quanto possível, desde que não ponha
DGTR, independentemente do estabelecido no artigo
em perigo a circulação do veículo, mediante a
anterior.
colocação de uma caixa blindada, com espessura
e material com características técnicas capazes Artigo 108.º
de resistirem à perfuração de balas disparadas
Paragem e estacionamento
por armas convencionais ou fragmento resultante
de explosão; 1. Para o exercício das suas funções, os automóveis de
ii. Da bateria, ou baterias, do veículo, que devem transporte de valores devem estacionar no local mais
estar devidamente colocadas e, se possível, no próximo do ponto de entrada e saída do vigilante.
interior das viaturas.
2. Na observância do disposto no número anterior,
k) Os pneumáticos que equipam os automóveis devem sempre que não existirem locais próprios à execução das
possuir propriedades que lhes permitam rolar missões dos vigilantes de transporte de valores, podem
mesmo depois de acidentados ou, em alternativa, os automóveis de transporte de valores parar/estacionar
possuir uma proteção eficaz, que não ponha em em zonas de paragem /estacionamento proibido, o tempo
perigo a segurança rodoviária; estritamente necessário para as operações em causa.

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288 I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018


Artigo 109.º 2. As empresas licenciadas para a prestação de
Distintivos de identificação
serviços de aluguer pronto-socorro podem, mediante
contratualização com a entidade competente, prestar
Os automóveis de transporte de valores são assinalados serviços de transporte ou reboque de veículos referidos
com um dispositivo de identificação, colocado conforme nas alíneas d) e e) do número anterior, sobre os quais haja
despacho da DGTR. sido tomada decisão de remoção, recolha ou apreensão,
nos termos da lei, por parte de entidade administrativa
Artigo 110.º
ou fiscalizadora competente.
Contrato de transporte
3. Os veículos licenciados para a prestação de serviço
O preço pelo transporte de valores é livremente acordado de transporte público de mercadoria podem transportar
entre o transportador público e o utente. veículos referidos nas alíneas a), b), c) do n.º 1, ou novos,
desde que disponham de equipamentos apropriados para
Subsecção X
a remoção, nomeadamente, guinchos e dispositivos de
Transporte de aluguer pronto-socorro retenção.
Artigo 111.º 4. Os veículos removidos ou apreendidos nos termos
Definição do n.º 2 devem ser depositados no parque de recolha de
veículos apreendidos, criado para o efeito.
Para efeitos do presente diploma entende-se por transporte
de aluguer pronto-socorro a modalidade de transporte 5. As empresas licenciadas para a prestação de serviço
efetuado em automóveis devidamente adaptados para o de transporte público detentoras de uma frota de veículos
transporte ou reboque de veículos avariados, sinistrados licenciados, estão dispensadas da obtenção de licença de
ou que não possam circular, por meios próprios, na via transporte de aluguer pronto-socorro, para a assistência
pública. a veículos pertencentes à sua frota.

Artigo 112.º Artigo 114.º

Pedido de licença Distintivos de identificação


2 482000 000000

1. O acesso ao mercado de transporte de aluguer pronto- Os automóveis de transporte pronto-socorro são


socorro depende de licença emitida pela DGTR. assinalados com um dispositivo de identificação, colocado
conforme despacho da DGTR.
2. Do requerimento para a concessão de licença devem
constar: Artigo 115.º

a) O nome, documento de identificação pessoal, NIF, Local de estacionamento


profissão e residência atualizada do sócio, gerente
Os automóveis de transporte pronto-socorro devem
ou diretor geral da entidade requerente;
ter um espaço devidamente assinalado para o efeito de
b) Alvará para o exercício da atividade, emitido pela estacionamento, em sede de exploração das respetivas
DGTR; garagens e/ou oficina.

c) Cópia dos estatutos, pacto social, certidão comercial; Artigo 116.º

Contrato de transporte
d) Livrete do veículo e título de registo de propriedade; e

e) Ficha de inspeção automóvel válida. O preço pelo transporte pronto-socorro é livremente


acordado entre o transportador público e o utente.
Artigo 113.º
Subsecção XI
Prestação de serviços por automóveis pronto-socorro
Transporte de doentes
1. A prestação de serviços por automóveis pronto-
Artigo 117.º
socorro, abrange, nomeadamente, o transporte ou reboque
de veículos: Definição

a) Avariados ou sinistrados; Para efeitos do presente diploma, entende-se por:


b) Classificados como antigos ou de coleção; a) “Transporte de doentes” – a modalidade de transporte de
c) Que se destinem a exposições ou manifestações doentes, efetuado em automóveis adaptados e
desportivas; equipados, quando devidamente licenciados pela
autoridade competente;
d) Que não podem circular na via pública, por imposição
legal; b) “Ambulância” – o veículo tripulado por, no mínimo,
dois elementos habilitados para a prestação de
e) Sujeitos à remoção ou recolha, por ordem de entidade cuidados de saúde, e destinado ao transporte
fiscalizadora. de, pelo menos, um doente em maca;

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I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018 289

c) “Veículo dedicado ao transporte de doentes (VDTD)” e aprovados em inspeção técnica conjunta, realizada pela
– o veículo ligeiro, destinado ao transporte DGTR e pela autoridade competente da área de saúde,
de doentes cuja situação clínica não impõe, em conformidade com o disposto em portaria conjunta
previsivelmente, a necessidade de cuidados dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da
de saúde durante o transporte. Administração Interna e da Saúde.
Artigo 118.º
2. As ambulâncias devem obedecer aos seguintes
Pedido de licença requisitos:

1. O licenciamento dos veículos utilizados na atividade a) Possuir a declaração de construção do veículo, emitida
de transporte de doentes é da competência da DGTR, na pelo transformador, com as especificações de
sequência de inspeção técnica automóvel e da apresentação conformidade com o disposto em regulamento;
de certificado de vistoria de veículo emitido pela autoridade
competente pela área da saúde. b) Garantir, pelas suas características, a segurança
e o conforto dos doentes;
2. Excetua-se do disposto no n.º 1, o exercício da atividade
de transporte de doentes, feito pelas corporações de c) Manter-se sempre em bom estado de higiene.
bombeiros legalmente constituídas, delegações da Cruz
Artigo 120.º
Vermelha, bem como o transporte feito pelas entidades
integradas no serviço nacional de saúde e as integradas Características de identificação das ambulâncias
no Serviço Nacional da Proteção Civil, utilizando, para
o efeito, meios de transporte próprios. 1. As ambulâncias devem estar exclusivamente
mobilizadas para o transporte de doentes.
3. O disposto no número anterior não isenta as entidades
aí referidas do cumprimento das restantes normas 2. A carroçaria deve estar estruturalmente dividida
consagradas no presente diploma. em dois compartimentos distintos: a cabina de condução
e a célula sanitária.
4. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, o
transporte de doentes é permitido, ainda, nas seguintes 3. Na cabina de condução, para além do banco do
condições: condutor, só é permitido mais um banco, que não pode
2 482000 000000

ser utilizado para o transporte de doentes.


a) Excecionalmente, em veículos não adaptados para
o efeito, onde não haja empresa constituída 4. Na cabina de condução deve existir:
legalmente para o transporte de doentes;
a) Uma luz de leitura de mapas do lado do passageiro;
b) Quando os beneficiários não disponham de recursos
económicos para a utilização de veículos apropriados; b) Quadro de comando do sistema de sinalização
c) Quando as condições de emergência o requeiram, acústica;
desde que os mesmos se apresentem em condições c) Quadro de comando dos sistemas de sinalização
mínimas de segurança, aprovadas em inspeção luminosa;
técnica.
d) Módulo de comando dos intercomunicadores.
5. Do requerimento para a concessão de licença devem
constar: e) Uma ficha de 12v, independente do original.
a) O nome, documento de identificação pessoal, NIF,
5. Na célula sanitária deve existir:
profissão e residência atualizada do sócio, gerente
ou diretor geral da entidade requerente. a) Quadro de comando do sistema de iluminação,
b) Alvará para o exercício da atividade, emitido pela ventilação e aquecimento;
DGTR; b) Um módulo de transmissão dos intercomunicadores
c) Cópia dos estatutos, pacto social, certidão comercial; para ambulâncias.

d) Livrete do veículo e título de registo de propriedade; 6. As ambulâncias podem ter uma ou mais macas.

e) Ficha de inspeção automóvel válida; 7. A arrumação da célula sanitária deve ter em atenção
o tipo de utilização a que se destina.
f) Certificado de seguro; e
8. As ambulâncias devem dispor de um corredor central,
g) Certificado de seguro de responsabilidade pela
na célula sanitária, com o mínimo de 20 (vinte) centímetros.
exploração de atividade.
Artigo 119.º Artigo 121.º

Requisitos Especificações e requisitos técnicos do VDTD

1. Os automóveis de transporte de doentes devem estar 1. O VDTD é um veículo ligeiro de passageiros com
em bom estado de conservação, em boas condições sanitárias capacidade máxima de 9 (nove) lugares.

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290 I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018

2. O VDTD não dispõe de equipamento de sinalização Artigo 123.º


acústica ou luminosa.
Transporte em cadeiras de rodas
3. O VDTD respeita, quando mencionado, as especificações
É permitido o transporte de doentes em cadeiras de
e requisitos técnicos constantes dos artigos seguintes.
rodas, nas ambulâncias e VDTD que estejam adaptados
Artigo 122.º e licenciados para o efeito, nos termos seguintes:
Caraterísticas de identificação do VDTD a) Até um máximo de 3 (três) cadeiras de rodas;
1. O VDTD tem as seguintes caraterísticas: b) As cadeiras de rodas e os respetivos encostos de
a) Cor branca; cabeça, a utilizar no transporte de doentes,
devem estar devidamente homologados;
b) Faixas horizontais e inscrições são de cor vermelha
(RAL 3000); c) As viaturas devem estar equipadas com sistemas
independentes de fixação de cadeiras de rodas e
c) Faixa refletora que circunda o perímetro máximo cintos de segurança para passageiros, devidamente
da viatura, sempre no mesmo plano horizontal, homologados, em número igual ao de cadeiras
ao nível dos faróis: de rodas autorizado a transportar;

i. Na parte lateral e posterior, esta faixa tem entre d) Os equipamentos identificados nas alíneas b) e c)
10 (dez) e 15 (quinze) centímetros de largura; devem ser utilizados sempre que seja realizado
o transporte de um doente em cadeira de rodas;
ii. Na parte frontal e a partir das portas da
cabine de condução, a largura da faixa poder e) Caso não seja possível cumprir com os requisitos
ser reduzida, gradualmente, até um mínimo previstos nas alíneas anteriores, o transporte de
de 5 (cinco)centímetros; doentes deve ser efetuado no banco do veículo.
iii. A faixa apenas pode ser interrompida por Artigo 124.º
componentes do veículo, e uma vez em cada
uma das portas da cabine de condução para Acesso
2 482000 000000

colocação do logótipo da entidade.


1. As ambulâncias em que a altura do solo ao degrau da
2. O VDTD tem as seguintes inscrições: célula sanitária for superior a 40 (quarenta) centímetros,
estão equipadas com um degrau suplementar, junto à
a) “TRANSPORTE DE DOENTES” em letras entre porta lateral, fixo à estrutura do veículo, que seja retrátil
10 (dez) a 15 (quinze) centímetros na parte e antiderrapante.
frontal da viatura, capô, legível por reflexão,
e no terço superior da retaguarda da viatura; 2. Os VDTD devem ter pontos fixos de suporte, facilmente
acessíveis e que constituam apoios para o acesso dos
b) Nome da entidade, nas portas da cabine de condução, doentes.
abaixo da faixa refletora, e na metade inferior
das portas da retaguarda. 3. Independentemente da lotação da ambulância deve
estar sempre garantido o acesso dos técnicos a todos os
3. No VDTD admitem-se, ainda, as seguintes inscrições, doentes.
nos termos seguintes:
4. Os VDTD que estejam adaptados e licenciados para
a) Logótipo da entidade, nas portas da cabine de o transporte em cadeiras de rodas têm as seguintes
condução e na metade inferior das portas da características:
retaguarda;
a) Corredor de acesso, central, no mínimo de 20 (vinte)
b) Nomenclatura operacional, na ilharga, na metade centímetros;
inferior da porta da retaguarda e no tejadilho;
b) Rampa ou elevador na parte traseira cuja inclinação
c) Um painel de publicidade, no terço inferior dos painéis
não pode ser superior a 30°.
laterais, em polígono de fundo transparente, de
tamanho máximo de 20 (vinte) centímetros de 5. As ambulâncias que estejam adaptadas e licenciadas
altura e 60 (sessenta) centímetros de largura. para o transporte em cadeiras de rodas devem dispor
de uma rampa, cuja inclinação não pode ser superior a
4. Todas as inscrições são feitas com letra do tipo Arial black.
30°, que deve permanecer recolhida sob o piso da célula
5. As inscrições sem medida definida no presente sanitária sempre que não estiver a ser utilizada.
regulamento, devem ter altura entre 5 (cinco) e 10 (dez)
Artigo 125.º
centímetros.
Lugares
6. Não são admitidas inscrições de quaisquer expressões
ou símbolos suscetíveis de dificultar a identificação ou Os lugares disponíveis devem corresponder aos anotados
interpretação do VDTD. no certificado de matrícula.

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I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018 291


Artigo 126.º Artigo 131.º

Identificação Requisitos

1. Os veículos de transporte de doentes devem ser Os automóveis de transporte de aluguer para atos
assinalados de modo a garantir a sua fácil identificação fúnebres devem estar em bom estado de conservação, adaptados
exterior, pela forma que vier a ser definida por despacho para o transporte de urnas e aprovados em inspeção técnica
conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas automóvel, em conformidade com a legislação aplicável.
áreas Administração interna e da Saúde.
Artigo 132.º
2. Nas ambulâncias não é permitida qualquer forma
de publicidade, expressões e símbolos suscetíveis de Prestação de serviços
dificultar a sua identificação.
1. O transporte de aluguer para atos fúnebres é efetuado
Artigo 127.º
por um transportador público, em automóvel apropriado
Local de estacionamento e exclusivamente destinado a esse fim.
Os automóveis de transporte de doentes devem 2. Sem prejuízo do disposto em legislação própria, o
ter um espaço devidamente assinalado para efeito de transporte para atos fúnebres é permitido numa das
estacionamento, ou em sede de exploração das respetivas seguintes situações:
empresas.
Artigo 128.º
a) Em veículos não adaptados para o efeito, onde
não haja empresa constituída legalmente para
Contrato de transporte esse tipo de transporte; ou
O preço pelo transporte de doentes é livremente acordado
b) Quando os beneficiários não disponham de recursos
entre o transportador público e o utente.
económicos para a utilização de veículos apropriados.
Subsecção XII
Artigo 133.º
Transporte de aluguer para atos fúnebres
Local de estacionamento
2 482000 000000

Artigo 129.º

Definição Os veículos destinados à realização de funerais não


podem estacionar a menos de 250 (duzentos e cinquenta)
1. Para efeitos do presente diploma, entende-se metros do perímetro de instalações hospitalares, exceto
por transporte de aluguer para atos fúnebres a modalidade para entrega ou recolha de urna ou caixão.
de transporte efetuado em veículos devidamente adaptados
para o transporte de cadáveres para exéquias fúnebres, Artigo 134.º
inumação, cremação ou expatriamento e trasladação
Contrato de transporte
de restos mortais já inumados, efetuados por agências
funerárias, em condições de segurança, respeito e dignidade. O preço pelo transporte de aluguer para atos fúnebres
2. Aplica-se à presente subsecção o disposto no regime é livremente acordado entre o transportador público e o
jurídico de acesso e de exercício à atividade funerária, utente.
aprovado pelo Decreto-lei n.º 34/2016, de 5 de maio. Secção III
Artigo 130.º
Transporte coletivo
Pedido de licença
Artigo 135.º
1. O acesso ao mercado de transporte de aluguer para atos
fúnebres depende de licença emitida pela DGTR. Transporte coletivo

2. Do requerimento para a concessão de licença devem 1. O transporte coletivo em automóveis é considerado


constar: como serviço público, e é explorado em regime de concessão,
outorgada pela DGTR ou pelas câmaras municipais,
a) O nome, documento de identificação pessoal, NIF, conforme couber, nos termos deste diploma.
profissão e residência atualizada do sócio, gerente
ou diretor geral da entidade requerente. 2. As concessões para prestação de serviço público
b) Alvará para o exercício da atividade, emitido pela de transporte coletivo em automóveis são outorgadas,
DGTR; com vista à satisfação de necessidades da procura
de transportes caraterizadas pela sua intensidade,
c) Cópia dos estatutos, pacto social, certidão comercial; regularidade e permanência, e tendo em atenção os
objetivos da coordenação de transportes.
d) Livrete do veículo e título de registo de propriedade;
3. Os veículos e instalações fixas destinados à exploração
e) Ficha de inspeção automóvel válida; e
de concessões de serviço público não podem ser penhorados,
f) Certificação da autoridade sanitária competente. arrestados ou embargados.

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292 I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018


Artigo 136.º 3. A tipologia dos automóveis referidos na alínea b) do
número anterior deve coincidir, em termos de caraterísticas
Classificação
técnicas, com a tipologia dos veículos utilizados nos
1. O transporte coletivo classifica-se em urbano e transportes coletivos urbanos de passageiros, cujo regime
interurbano. é fixado em regulamento próprio.
Artigo 139.º
2. Considera-se transporte coletivo urbano de passageiros,
a modalidade de transporte, efetuado dentro dos limites Locais de largada e tomada de passageiros
das povoações, incluindo as carreiras que se efetuem
entre grandes centros populacionais e povoações vizinhas, 1. A fixação dos itinerários dos veículos de transporte
desde que o respetivo percurso se faça através de vias coletivo interurbano de passageiros e de respetivas
urbanizadas. paragens deve ser previamente estabelecida pelas câmaras
municipais.
3. O transporte coletivo urbano de passageiros é regulado
e regulamentado em diploma próprio. 2. Os automóveis utilizados na realização de carreiras
interurbanas só podem tomar e largar passageiros nos
4. Considera-se transporte coletivo interurbano de locais fixados nos termos do número anterior, salvo casos
passageiros a modalidade de transporte que liga, pelo de força maior.
menos, dois concelhos, duas cidades e/ou duas povoações
da mesma cidade. 3. É vedado aos transportadores públicos de transporte
coletivo interurbano de passageiros operarem nas linhas
5. Denominam-se carreiras as ligações estabelecidas por
e locais de paragem destinados aos transportes coletivos
meio de transportes coletivos, obedecendo a itinerários,
urbanos de passageiros.
horários ou frequências mínimas e tarifas pré-fixadas.
Artigo 140.º
6. As carreiras classificam-se, quanto às localidades
que servem, em urbanas e interurbanas. Horários

Artigo 137.º 1. Os horários das carreiras são fixados pelas câmaras


2 482000 000000

Regime de exploração
municipais, ouvida a DGTR e os transportadores públicos,
tendo em atenção o interesse público e económico em face
1. Só podem ser utilizados na exploração de transporte da necessidade de facilitação da ligação com outros meios
coletivo interurbano de passageiros, os veículos automóveis de transporte, permitindo a comunicação intermodal, não
que, reunindo os requisitos legais, estejam licenciados podendo ser alterados pelo transportador público, salvo
para o efeito. em casos de força maior.

2. A DGTR deve, ouvidas as câmaras municipais, fixar 2. Os horários aprovados nos termos do número anterior
um contingente de licenças a conceder para os diferentes podem prever maior frequência de ligações entre pontos
trajetos intermunicipais, interurbanos ou interconcelhos. do percurso de carreiras interurbanas, em que se verifique
especial intensidade de tráfego, desde que daí não resulte
Artigo 138.º concorrência efetiva a outros operadores públicos ou
Requisitos
meios de transporte.

Artigo 141.º
1. Os automóveis licenciados para o transporte interurbano
de passageiros devem ter até 4 (quatro) anos de fabrico, Regime de preços
à data da formulação do pedido de licença.
O regime de preços aplicável aos transportes coletivos
2. O transporte interurbano de passageiros deve ser interurbanos de passageiros regula-se pelo disposto no
prestado em automóveis pesados de passageiros, de caixa Decreto-lei n.º 52/2003, de 24 de novembro, e pela Portaria
fechada, construídos para esse fim, podendo ser prestado n.º 2/2004, de 19 de janeiro.
em duas categorias distintas de automóveis:
Artigo 142.º
a) Minibus – que compreendem veículos concebidos de
forma a permitir fácil deslocação dos passageiros Proibição de uso de veículos
em percursos com paragens frequentes, com uma
lotação não superior a 16 (dezasseis) lugares 1. Não podem continuar a ser utilizados na atividade
sentados, incluindo o condutor, cujas condições de transportes coletivos interurbanos de passageiros,
são fixadas em regulamento. veículos com idade superior a 12 (doze) anos, a contar
da data da atribuição da primeira licença.
b) Bus – que compreendem veículos concebidos para
o transporte de passageiros sentados, com 2. O limite estabelecido no número anterior pode ser
capacidade superior a 16 (dezasseis) lugares prorrogado por mais um ano, mediante autorização da
sentados, incluindo o condutor, em boas condições DGTR, após aprovação em inspeção extraordinária dos
de segurança e padrões de conforto dos passageiros. respetivos veículos.

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I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018 293


Artigo 143.º n) Transportar cadeiras de rodas ou outros meios de
Pedido de licença marcha de pessoas com mobilidade reduzida, bem
como carrinhos e acessórios para o transporte
Do requerimento para concessão de licença para exploração de crianças, a título gratuito;
do transporte coletivo interurbano de passageiros devem
constar: o) Cumprir o regime de preços estabelecido nos termos
legais;
a) O nome, documento de identificação pessoal, NIF,
profissão e residência atualizada do sócio, gerente p) Informar os passageiros da alteração de tarifa, em
ou diretor geral da entidade requerente. trajetos que envolvam várias tarifas;
b) Alvará para o exercício da atividade, emitido pela q) Facilitar o pagamento do serviço prestado, devendo
DGTR; para o efeito dispor de numerário que permita
c) Cópia dos estatutos, pacto social, certidão comercial; realizar qualquer troco até ao montante de
1.000$00 (mil escudo) no caso dos urbanos,
d) Livrete do veículo e título de registo de propriedade; e de 2.000$00 (dois mil escudos) no caso dos
interurbanos;
e) Ficha de inspeção automóvel válida;
f) Indicação do percurso pretendido; e r) No caso dos interurbanos, emitir e assinar o recibo
comprovativo do valor do serviço prestado, do
g) Indicação dos locais de estacionamento aprovado qual conste a identificação da matrícula do
pela câmara municipal. veículo e, quando solicitado pelo passageiro,
Artigo 144.º a hora, a origem e o destino do serviço e os
suplementos pagos;
Deveres do condutor de transporte coletivo
s) Proceder diligentemente à entrega na autoridade
São deveres do condutor de transporte coletivo:
policial de objetos deixados no veículo, podendo
a) Colocar cópia autenticada de certidão de aptidão também fazê-la ao passageiro, mediante prova
profissional atualizada no tablier, de forma bem de posse ou de propriedade.
2 482000 000000

visível para os passageiros;


Artigo 145.º
b) Apresentar-se decentemente vestido e asseado;
Deveres do pessoal auxiliar de transporte coletivo
c) Manter o veículo sempre limpo e asseado;
O pessoal que presta serviço nos veículos utilizados em
d) Não colocar música alta, de modo a perturbar a transportes coletivos de passageiros é obrigado a:
tranquilidade dos passageiros, particularmente,
quando estes não a solicitem ou autorizem; a) Usar do maior respeito para com os passageiros
e agentes de fiscalização, prestando a uns e
e) Não abandonar o veículo na praça sem motivo outros todos os esclarecimentos que lhes sejam
justificado; pedidos;
f) Parar nas paragens para tomada e largada de
b) Prestar aos passageiros todo o auxílio de que careçam,
passageiros, quando existirem, e obedecer ao
tendo especial atenção para com as grávidas,
sinal de paragem que lhe seja feito no percurso
idosos, crianças e pessoas com necessidades
interurbano;
especiais;
g) Parar o veículo, para a tomada e largada de
passageiros, por forma a não prejudicar a livre c) Não importunar os passageiros com exigências
circulação de trânsito; não justificadas;

h) Usar de correção e de urbanidade no trato com d) Velar pela segurança e comodidade dos passageiros;
os passageiros e terceiros;
e) Em cada veículo utilizado em carreiras interurbanas,
i) Não importunar os peões instando pela utilização salvo quando haja plataforma, deve haver um
dos seus serviços; assento para o ajudante, não podendo este em
caso algum permanecer no estribo com o veículo
j) Não fumar, em caso algum, dentro do veiculo; em marcha;
k) Não dormi nem tomar as suas refeições dentro
f) Não fumar, quando em serviço, nem tomar nos
dos veículos;
veículos quaisquer refeições;
l) Transportar cães de assistência de passageiros
com deficiência, a título gratuito; g) Verificar, antes de abandonar os veículos em que
prestam serviço, se nos mesmos encontram
m) Transportar, salvo motivo atendível, designadamente quaisquer objetos que neles tenham sido
a perigosidade e o estado de saúde ou de higiene, esquecidos pelos passageiros;
animais de companhia quando devidamente
acompanhados e acondicionados; h) Apresentar-se devidamente asseado.

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294 I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018


Artigo 146.º 2. Salvo com prévia autorização pontual da DGTR, é
Deveres dos passageiros de transporte coletivo proibida a utilização de condutores que não tenham vínculo
laboral com qualquer transportador público urbano ou
Aos passageiros de transporte coletivo é proibido: interurbano de passageiros.
a) Viajar sem se munir do título válido ou ultrapassar Artigo 148.º
a paragem para que aquele tem validade sem
pagar um bilhete suplementar; Recusa de embarque e fundamento para desembarque

b) Recusar-se a apresentar o título de transporte quando Aos passageiros pode ser recusado o embarque ou
exigido pelos empregados do concessionário ou determinado desembarque quando:
pelos agentes de fiscalização;
a) Estejam sob aparente efeito de qualquer substância
c) Entrar ou sair dos veículos fora das paragens, química ou outra de qualquer natureza que
no caso dos transportes coletivos urbanos de altere visivelmente o comportamento emocional,
passageiros; ameaçando comprometer a segurança do serviço;
d) Entrar quando a lotação do veículo estiver completa;
b) Sejam portadores de visível doença contagiosa;
e) Abrir ou manter abertas as janelas, quando houver
justificada oposição de outros passageiros; c) Portem arma perigosa, de qualquer tipo e natureza;
f) Pendurar-se em qualquer parte dos veículos ou d) Tragam consigo produtos ou substâncias de natureza
seus acessórios ou debruçar-se dos mesmos perigosa ou proibidos pela legislação vigente;
durante a marcha;
e) Pretendam embarcar com animais não devidamente
g) Arremessar dos veículos detritos ou quaisquer
acondicionados ou em desacordo com legislação
objetos que possam causar dano;
pertinente;
h) Fazer barulho de forma a incomodar os restantes
passageiros; f) Pretendam embarcar com objetos de dimensões e
acondicionamento incompatíveis com as condições
i) Exercer mendicidade; do veículo;
2 482000 000000

j) Vender quaisquer produtos no interior dos veículos;


g) Comprometam, por qualquer modo, a segurança, o
k) De modo geral, praticar quaisquer atos que conforto e a tranquilidade dos demais passageiros,
incomodem outros passageiros, ofendam a ou atentar contra a moralidade pública;
moral ou prejudiquem a boa ordem e o asseio,
e causem dano aos veículos e objetos que forem h) Desrespeitem a proibição de fumar e não acatem
transportados; de imediato a ordem de cessar o ato;

l) Recusar a identificar-se quando tal lhe seja exigido i) A lotação do veículo estiver completa.
pelos empregados do concessionário ou pelos
agentes de fiscalização, no caso de terem infringido CAPÍTULO IV
algumas das obrigações impostas neste artigo.
FISCALIZAÇÃO E REGIME SANCIONATÓRIO
Artigo 147.º
Artigo 149.º
Deveres do transportador público coletivo
Entidades fiscalizadoras
1. Sem prejuízo do cumprimento dos demais dispositivos
previstos no Código da Estrada e legislação complementar, São competentes para a fiscalização das normas constantes
é dever do transportador público, através de seu condutor do presente diploma a DGTR, a Polícia Nacional e a Polícia
e auxiliares: Municipal, quando houver, sem prejuízo de competências
a) Efetuar a condução do seu veículo, de modo a não específicas atribuídas por lei a outras entidades.
prejudicar a segurança e o conforto dos passageiros;
Artigo 150.º
b) Não abastecer o veículo, nem o manter em lugares
Contraordenações
considerados perigosos, estando passageiros a
bordo; 1. Constitui contraordenação todo o facto ilícito e
c) Não permitir que se fume ou ingira bebidas alcoólicas censurável que preencha um tipo legal correspondente
a bordo, ou que se entre para o autocarro à infração das disposições do presente diploma, cuja
transportando objetos que exalem odores que aplicação esteja cometida às entidades competentes, e
possam perturbar significativamente o bem- para o qual se estabeleça uma coima e sanção acessória,
estar dos utentes, ou materiais que possam quando couber.
sujar ou prejudicar de algum modo o veículo;
2. O processo de contraordenação inicia-se oficiosamente,
d) Zelar sempre para o cumprimento possível da regra mediante auto de notícia e/ou de denúncia das autoridades
de acessibilidade de pessoas com deficiência e fiscalizadoras do trânsito rodoviário e/ou dos cidadãos
da de humanismo nos veículos. particulares.

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I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018 295

3. Nas contraordenações rodoviárias, a negligência é dos deveres gerais de transportador público, a que se
sempre sancionável. refere o artigo 14.º, sem prejuízo de sanções acessórias,
consubstanciadas no cancelamento ou não renovação de
4. As sanções aplicadas às contraordenações em concurso alvarás e/ou licenças, previstas no n.º 2 do artigo 157.º.
são sempre cumuladas materialmente.
2. São sancionadas com coima de 10.000$00 (dez mil
Artigo 151.º
escudos) a 20.000$00 (vinte mil escudos) as seguintes
Gestão das contraordenações rodoviárias infrações:

1. A gestão dos processos de contraordenação rodoviária a) A utilização de veículo não averbado no alvará;
é feita pela DGTR, enquanto Autoridade Nacional de
Segurança Rodoviária (ANSR), através de plataforma de b) A abertura de agências ou filiais de transportador
gestão das contraordenações, à qual também têm acesso público não autorizada;
as entidades fiscalizadoras, nomeadamente, as polícias
c) A viciação do alvará ou da licença do veículo, sem
nacional e municipal.
prejuízo da responsabilidade criminal a que
2. Sem prejuízo das atribuições das entidades fiscalizadoras, houver lugar.
compete exclusivamente à DGTR a instrução e a decisão
das contraordenações rodoviárias, nomeadamente, a 3. São sancionadas com coima de 5.000$00 (cinco mil
aplicação das coimas e sanções acessórias. escudos) a 10.000$00 (dez mil escudos), as seguintes
infrações:
3. Para efeitos do estabelecido no número anterior,
os autos de notícia e de denúncia das contraordenações a) A infração prevista nos artigos 7.º e no n.º 2 do
rodoviárias são remetidos à DGTR. artigo 89.º;

4. Sem prejuízo do disposto no número anterior, a b) O exercício de atividade de transportador público


câmara municipal pode, a todo o tempo, no âmbito da com alvará e licença caducados, previsto no n.º 3
plataforma de gestão das contraordenações, consultar do artigo 13.º e n.º 6 do artigo 15.º;
a tramitação dos processos que tenham tido origem em
c) A infração do regime de estacionamento;
autuações da sua Polícia Municipal.
2 482000 000000

d) A infração das normas de identificação dos veículos;


5. O produto das coimas aplicadas pela prática de
contraordenações rodoviárias, no âmbito deste diploma, e) A infração prevista no artigo 9.º;
é distribuído nos termos do artigo 158.º.
f) A infração do dever da prestação ininterrupta de
Artigo 152.º
serviço de transportador público, previsto no
Transporte clandestino artigo 37.º, sem motivo fundamentado;

1. O exercício da atividade de transportador público sem o g) A infração de cada um dos deveres do condutor
respetivo alvará, a que se refere o artigo 13.º, é sancionado de táxi, a que se refere o artigo 47.º;
com coima de 20.000$00 (vinte mil escudos) a 40.000$00
(quarenta mil escudos) para as pessoas singulares e de h) A infração de cada um dos deveres do condutor de
30.000$00 (trinta mil escudos) a 60.000$00 (sessenta mil transporte coletivo, a que se refere o artigo 144.º;
escudos) para as pessoas coletivas.
i) A infração de cada um dos deveres do pessoal
2. O transporte de passageiro, remunerado, em infração auxiliar de transporte coletivo, a que se refere
ao disposto no artigo 15.º, num determinado segmento o artigo 145.º;
da indústria de transporte em veículos motorizados, é
sancionado com coima de 20.000$00 (vinte mil escudos) j) A infração de cada um dos deveres do transportador
a 40.000$00 (quarenta mil escudos) para as pessoas público coletivo a que se refere o artigo 147.º;
singulares e de 30.000$00 (trinta mil escudos) a 60.000$00
k) A infração dos requisitos formais de contrato de
(sessenta mil escudos) para as pessoas coletivas.
aluguer, a que se refere os n.ºs 1 e 2 dos artigos 61.º
Artigo 153.º e 62.º;
Incumprimento do dever de informação l) A infração dos horários e locais de paragem e
tomada de passageiros, previstos nos artigos
O incumprimento do disposto no artigo 23.º é sancionado
140.º e 139.º; e
com coima de 25.000$00 (vinte e cinco mil escudos) a
50.000$00 (cinquenta mil escudos). m) A infração da obrigatoriedade de uso de taxímetro
Artigo 154.º e tacógrafo, previstos nos artigos 44.º e 72.º.

Infrações e sanções 4. A infração dos deveres dos passageiros de transporte


coletivo, a que se refere o artigo 146.º, é sancionada com
1. É sancionada com coima de 10.000$00 (dez mil escudos) coima de 500$00 (quinhentos escudos) a 1.000$00 (mil
a 20.000$00 (vinte mil escudos), a infração de cada um escudos).

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296 I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018

5. A infração do disposto no n.º 4 do art.º 86.º e no 3. Quando a autoridade autuante for Polícia Nacional, o
art.º 87.º, é sancionada com coima de 10.000$00 (dez mil produto das coimas resultante da prática de contraordenações,
escudos) a 20.000$00 (vinte mil escudos). no âmbito do presente diploma, processadas pela DGTR,
enquanto autoridade nacional de segurança rodoviária e
Artigo 155.º
gestora das contraordenações rodoviárias, é distribuído
Falta de apresentação de documentos de seguinte forma:
A não apresentação da licença de aluguer, no ato de
a) 10% (dez por cento) para o Serviço Social da Polícia
fiscalização, constitui contraordenação e é sancionada
Nacional;
com coima prevista no n.º 2 do artigo 154.º, salvo se o
documento em falta for apresentado no prazo de 8 (oito) b) 60% (sessenta por cento) para o Estado;
dias à autoridade indicada pelo agente de fiscalização,
caso em que a coima é reduzida para metade nos limites c) 30% (trinta por cento) para a entidade gestora das
mínimo e máximo. contraordenações rodoviárias.
Artigo 156.º
4. A forma de pagamento do produto das receitas
Imputabilidade das infrações arrecadadas pelas contraordenações rodoviárias é processada
1. As infrações aos deveres gerais e específicos dos através de Documento Único de Cobrança (DUC).
transportadores públicos, previstos no presente diploma,
CAPÍTULO V
são da responsabilidade destes, sem prejuízo do direito
de regresso. DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
2. As infrações previstas nos artigos 12.º e 13.º são da Artigo 159.º
responsabilidade do proprietário ou usufrutuário do veículo.
Modelos de impressos
Artigo 157.º
Sanções acessórias Os modelos de impressos para alvarás e licenças
1. Com a aplicação da coima prevista no artigo 152.º é são estabelecidos por Portaria do membro do Governo
decretada a sanção acessória de interdição do exercício de responsável pelos Transportes rodoviários.
2 482000 000000

atividade de transportador público, quando for detentor Artigo 160.º


de alvará.
Dever de comunicação
2. Com a aplicação de qualquer das coimas previstas
no n.º 1 e 2 do artigo 154.º é decretada a sanção acessória 1. As câmaras municipais devem comunicar à DGTR
de suspensão da licença ou alvará, até saneamento dever as aprovações, revogações e alterações dos regulamentos
em falta. municipais de execução do presente diploma feitas pelas
respetivas assembleias municipais.
3. A infração ao disposto no artigo 165.º implica a sanção
de suspensão de licença. 2. As informações referidas no número anterior são
4. As sanções de interdição de exercício da atividade comunicadas, a seu tempo, pela DGTR às associações
têm a duração máxima de 5 (cinco) anos. representativas do setor dos transportes rodoviários e a
quem delas precisar.
5. As sanções de suspensão de licença têm a duração
máxima de 1 (um) ano. Artigo 161.º

6. No caso de suspensão de licença ou alvará, o transportador Adequação ao novo regime e isenção de taxas
público é notificado para proceder, voluntariamente,
ao depósito do respetivo alvará na DGTR, sob pena de No prazo de 120 (cento e vinte) dias após à entrada em
apreensão. vigor do presente diploma, os transportadores públicos
já licenciados ao abrigo do Regulamento de Transportes
Artigo 158.º
em Automóveis (RTA), devem adequar-se ao presente
Receitas das contraordenações rodoviárias regime, comprovando, possuir os requisitos estipulados,
1. O produto das coimas resultante das contraordenações não sendo devido o pagamento de quaisquer taxas.
rodoviárias praticadas no âmbito do presente diploma, Artigo 162.º
e autuadas pela Polícia Municipal, constitui receita do
município, salvo disposição legal em contrário. Reconhecimento da capacidade técnica ou profissional

2. Quando a autoridade autuante for a Polícia Municipal, o É reconhecida a capacidade técnica ou profissional à
produto das coimas resultante da prática de contraordenações, pessoa física ou jurídica que, à data da entrada em vigor
no âmbito do presente diploma, e processadas pela DGTR, do presente diploma, seja titular de licença.
enquanto autoridade nacional da segurança rodoviária,
Artigo 163.º
é distribuído de seguinte forma:
a) 70% (setenta por cento) para o município; e Capacidade financeira

b) 30% (trinta por cento) para a entidade gestora Considera-se que todas as associações, sociedades
das contraordenações rodoviárias. comerciais, cooperativas, e os empresários em nome

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I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018 297

individual, regularmente constituídos e titulares de para marítimos, a aprovação do respetivo modelo e a


licenças à data da entrada em vigor do presente diploma, definição do grau de discricionariedade permitido aos
preenchem o requisito de capacidade financeira para médicos reconhecidos, é feito através de portaria conjunta
efeitos de emissão de alvará para o exercício da atividade aprovada pelos membros do Governo responsáveis pelas
de transportador público. áreas da Saúde e do Mar.
Artigo 164.º A presente portaria aprova assim o relatório de examinação
Instalação de taxímetros médica, o modelo de certificado médico para marítimos e
estabelece os requisitos para a emissão dos certificados
É fixado um prazo de 180 (cento e oitenta) dias para e para a constituição da lista de médicos reconhecidos.
a colocação e aferição de taxímetros nos automóveis
licenciados para transporte em táxi, que à data da entrada Reconhecendo ainda a necessidade de assegurar a
em vigor do presente diploma não estavam sujeitos à garantia de qualidade na emissão dos certificados médicos,
esta obrigação. satisfazendo os requisitos necessários estipulados na
Resolução nº 93/VIII/2013, de 31 de dezembro, que
Artigo 165.º
aprova para ratificação a Convenção sobre o Trabalho
Prazo para mudança de cor de veículos Marítimo 2006 – MLC/2006, estabelecem-se os respetivos
procedimentos e identifica-se a entidade com competência
Os veículos que já tenham sido licenciados para a na matéria.
exploração de transporte no segmento de mercado da
indústria de transporte turístico, referidos na segunda Finalmente, no sentido de promover a desmaterialização
parte do n.º 3 do artigo 81.º, cuja cor seja suscetível de ser dos procedimentos administrativos, estabelecem-se
confundida com as cores oficiais dos táxis, nos respetivos medidas de simplificação administrativa e de reforço dos
municípios, têm um prazo de 120 (cento e vinte) dias, a mecanismos de articulação entre as entidades envolvidas,
contar da data de entrada em vigor do presente diploma, atentas as respetivas atribuições e competências.
para mudarem a cor de respetivos veículos.
Assim:
Artigo 166.º
Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 8.º da portaria
Prazo para substituição de veículos
nº 2/2017, de 10 de janeiro, manda o Governo, pelos
2 482000 000000

Os veículos licenciados para prestação do serviço de Ministros da Saúde e da Segurança Social e da Economia
transporte público, seja de aluguer ou coletivo, que já e Marítima, o seguinte:
tenham atingido o limite de idade de exploração, nos termos
Artigo 1.º
do presente diploma, podem gozar de um período de até 3
(três) anos, a contar da data de entrada em vigor do presente Objeto
diploma, para substituição impreterível dos mesmos.
A presente portaria define os procedimentos relativos
José Ulisses de Pina Correia e Silva - Paulo Augusto à emissão do certificado médico para marítimos, aprova
Costa Rocha o modelo do relatório da examinação médica e o respetivo
modelo de certificado médico, e ainda define o grau de
––––––o§o–––––– discricionariedade permitido aos médicos reconhecidos
na aplicação das normas médicas.
MINISTÉRIO DA SAÚDE
E DA SEGURANÇA SOCIAL Artigo 2.º

E MINISTÉRIO DA ECONOMIA MARÍTIMA Modelo de relatório de examinação médica para marítimos

–––––– 1. É aprovado o modelo de relatório de examinação


médica para marítimos, publicado no Anexo I à presente
Portaria conjunto n.º 7/2018 portaria, da qual faz parte integrante.
de 1 de março
2. O modelo de relatório de examinação médica para
Nota Explicativa marítimos, em formato eletrónico, está disponível na
página eletrónica da administração marítima.
A portaria nº 02/2017, de 10 de janeiro, aprova o
Regulamento sobre Formação, Certificação e Serviço de Artigo 3.º
Quartos para Marítimos, e procede à regulamentação Modelo de certificado médico para marítimos
das emendas de Manila à Convenção STCW/78, de 10
de janeiro, que por sua vez dá continuidade ao processo 1. É aprovado o modelo de certificado médico para
de implementação do Decreto n.º 02/2013, de 11 de marítimos, nos termos do n.º 1 e 2 do artigo 8.º, da
outubro, que aprova para ratificação as emendas de 2010 portaria nº 2/2017, de 10 de janeiro, publicado no Anexo
à Convenção STCW bem como o seu código, designados II à presente portaria, da qual faz parte integrante.
como emendas de Manila.
2. O modelo de certificado médico para marítimos, em
A referida portaria estabelece no seu artigo 8.º que os formato eletrónico, está disponível na página eletrónica
procedimentos relativos à emissão do certificado médico da administração marítima.

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298 I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018


Artigo 4.º Artigo 6.º

Emissão do certificado médico para marítimos Lista de Médicos Reconhecidos

1. O certificado médico para marítimos é emitido após 1. Os médicos que pretendam ser reconhecidos para efeitos
verificação dos requisitos físicos e psíquicos previstos na de emissão de certificados médicos para marítimos, devem
Secção A-I/9 do Código sobre Normas de Formação, de dirigir ao Diretor Nacional de Saúde um requerimento
Certificação e de Serviço de Quartos para os Marítimos para esse fim.
(Código STCW), conforme consta do relatório de examinação
2. O requerimento referido no número anterior é
médica.
submetido, acompanhado dos seguintes elementos:
2. O certificado médico é emitido por médicos com
a) Informação sobre elementos de identificação pessoal,
especialidade de medicina do trabalho, reconhecida pela
incluindo local de atendimento e contactos
Ordem dos Médicos, ou, na sua falta, por médicos em
telefónico e eletrónicos;
serviço nas delegacias de saúde e nos centros de saúde do
Serviço Nacional de Saúde que integram a lista publicada na b) Cópia da cédula profissional ou documento similar
página eletrónica da administração marítima, sem prejuízo com indicação de respetiva especialidade médica;
do disposto no n.º 5 do artigo 4.º da portaria nº 2/2017, de
10 de janeiro. c) Declaração de cumprimento dos requisitos relativos
às instalações, equipamentos e utensílios,
3. Para além do disposto no número anterior, os médicos incluindo cópia da planta das instalações e
habilitados para a emissão de certificados médicos para listagem de equipamentos e utensílios disponíveis,
marítimos devem possuir instalações apropriadas e com em conformidade com o Anexo III da presente
equipamento e utensílios adequados para a avaliação da portaria.
aptidão física e psíquica dos marítimos.
3. Cabe à Direção Nacional da Saúde a verificação
4. Os requisitos das instalações, equipamentos e dos requisitos técnicos, instalações e equipamentos, de
utensílios constam do Anexo III da presente portaria, acordo com o disposto nos números 2 e 3 do artigo 3.º da
da qual faz parte integrante. presente portaria.
2 482000 000000

5. Para efeitos da avaliação da aptidão física e psíquica 4. A Direção Nacional da Saúde, após verificação dos
dos marítimos os médicos devem seguir: requisitos exigíveis, comunica aos médicos interessados
o resultado e envia à administração marítima a lista de
a) As orientações preconizadas pela Organização médicos reconhecidos.
Internacional do Trabalho (OIT) no documento
“Guidelines on the medical examination of 5. A administração marítima publicita e atualiza,
seafarers/International Labour Office, Sectorial sempre que necessário, na sua página eletrónica, a lista
Activities Programme; International Migration de médicos reconhecidos.
Organization, Geneva: ILO, 2013”, ou na sua
6. Cabe ao médico que integre a lista referida nos
versão mais recente;
números anteriores comunicar à Direção Nacional da
b) As normas de boas práticas e o Código Deontológico Saúde qualquer alteração relevante aos dados fornecidos,
da Ordem dos Médicos. incluindo a sua intenção de saída da lista de médicos
reconhecidos ou a suspensão da actividade.
Artigo 5.º
Artigo 7.º
Garantia de qualidade
Desmaterialização dos procedimentos

1. A garantia de qualidade na emissão dos certificados No sentido de garantir a eficiência, a economicidade e a


médicos dos marítimos é da competência da Direção celeridade da actividade administrativa, a administração
Nacional de Saúde (Autoridade Sanitária), sem prejuízo marítima e a Direção Nacional da Saúde promovem
da intervenção de outras entidades inspetivas da área os mecanismos tendentes, no âmbito das respetivas
da saúde, no âmbito das suas competências. competências, à partilha de plataformas informáticas e dos
meios técnicos necessários à completa desmaterialização
2. Os médicos emissores dos certificados médicos
e simplificação dos procedimentos previstos na presente
para marítimos devem constituir um registo clínico
portaria.
de natureza confidencial, constituído no mínimo pelo
relatório de examinação médica do marítimo, disponível Artigo 8.º
para efeitos de eventual recurso ou auditoria e inspeção
Entrada em vigor
pelas autoridades competentes.
A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao
3. Os médicos emissores devem comunicar à administração da sua publicação.
marítima, anualmente, o número de certificados emitidos,
sem prejuízo da implementação do processo de emissão Gabinete dos Ministros da Saúde e da Segurança Social
e transmissão eletrónica do certificado médico para e da Economia Marítima, aos 16 de fevereiro de 2018. – Os
marítimos. Ministros, Arlindo do Rosário - José da Silva Gonçalves

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I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018 299

ANEXO I

Relatório de examinação médica


(a que se refere o n.º 1 do artigo 2.º)

áGÊNCIáàMáRÍTIMáàEàPORTUÁRIáà–àáMPà
áDMINISTRáÇÃOàMáRÍTIMáà
Edifí ioàdoàE -Co a doàNaval,àC.P.à ,àáve idaàMa gi alà–àS.àVi e teà-àCa oà
Ve de.àà à
Tel:à à ;àFa :à à ;àE. ail:ài fo@a p. và
à

Ce tificadoàdeàáptidãoàFísicaàe itidoàdeàaco doàco àasào ie taçõesàdaàIMOà Co ve çãoàSTCW/ àe e dada à


ILOà Co ve çãoàMLC/200 à elativa e teà àexa i açãoà dicaàpa aà a íti osà
à

PART A – A se p ee hido pelo a íti o


So e o e P i ei o No e Segu do No e

Data de Nas i e to País de as i e to Na io alidade

Depa ta e to/Se to

Co s Má ui as Rádio Out o Fa o espe ifi a


Nº Passapo te / Nº C dula Ma íti a / Nº Bilhete de Ide tidade Se o
Mas uli o Fe i i o
E de eço

De la ação pessoal do a íti o Pessoal édi o pode á p esta ajuda ao a íti o



2 482000 000000

Já te e algu a das segui tes o dições:


Co dição Si Não Co dição Si Não
. Olho / p o le a de isão . P o le as de so o
. P essão alta . Fu as, usas ál ool ou d ogas?
. Co ação/doe ça as ula . Ope ação / i u gia
. Ci u gia do o ação . Epilepsia / o ulsões
. P o le as de a izes/ eias . To tu a / des aio
. As a / o uite . Pe da de o s i ia
. Deso de sa guí ea . P o le as psi uiát i o
. Dia etes . Dep essão
. P o le as de ti oide . Te tati a de sui ídio
. Deso de digesti a . Pe da de e ó ia
. P o le as de i . P o le a de e uilí io
. P o le as de pele . I te sas do es de a eça
. Ale gias . P o le a audição/zu ido / a iz
/ga ga ta
. Doe ças i fe iosas / o tagiosas . Mo ilidade est ita
. H ia . P o le as as ostas ou as
a ti ulações
. Deso de ge ital . A putação
. G a idez . F atu as / lu ações
à

Seà espo deuà“i àe àalgu aàdasà uest esàa i a,àfavo àes evaà o à aisàdetalhesàa ai o:à

‚ Questões adi io ais Si Não


. Algu a ez foi dese a ado ou epat iado de u a io de ido a doe ça?
. Algu a ez foi hospitalizado?
. Algu a ez foi o side ado i apto pa a o t a alho a íti o?
. Algu a ez o seu Ce tifi ado de Aptidão Físi a foi est i gido ou e ogado?
. Está ie te de ue te algu p o le a di o, doe ças ou azelas?
. Se te saudá el e apto pa a dese pe ha fu ções e a gos pelas uais foi desig ado?
. É al gi o a algu edi a e to?
Co e t ios:à
à

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300 I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018

Si Não
. Está to a do algu a ão p es ição ou p es ição edi a e tosa?
Se “i ,àfavo à e io a àosà edi a e tosàto ados,àeàpa aà ueàfi alidade s ,àeàasàdosage s.à
à
à
à
O a íti o deve á assi a esta de la ação pessoal a p ese ça de édi o ualifi ado, ue i á p ee he a Pa te B do p ese te
elató io édi o.

Po àestaàviaà e tifi oà ueàasàde la aç esàpessoaisàa i aà efe idasàs oàve dadei as,àeàfo a à egistadasàe àple oà o he i e to.àPa aà
al àdisso,àauto izoàaàutilizaç oàdeàtodosàosà egistosàpo àpa teàdeà ual ue àp ofissio alàdeàsaúde,ài stituiç oàouàauto idadeàpú li aà
deàsaúde,àdesdeà ueàsejaàpo à di oà o eadoàouà ede iadoàpa aàoàefeito.à
à
à
à
ássi atu aàdoà a íti oà Data:à
Assi ado a p ese ça de di o ualifi ado e o eado
à
PART B – A se p ee hido pelo édi o ualifi ado e ede iadoà
E a i aç oà di aà
áltu aà à Pesoà kg à Pulsaç oà / i uto à Rit oà àà
P ess oàsa guí eaà àHG à á liseàdeàu i aà
S stoli à à Diastoli à à Glu oseà à P oteí aà à Sa gueà à
2 482000 000000

Visãoà Ta ela o te do No as Mí i as de Visão e “e viço pa a Ma íti os é e o t ada a pági a 4 do p ese te


elató io édi o .à
Usoàdeà ulosàouàle tesàdeà o ta to:ààààSi àààà àààààààN oààà à
ácuidadeàVisualà à Ca posàVisuaisà
à Se àau ílioà Co àau ílioà à
Olhoà Olhoà Olhoà
Olhoàdi eitoà Bi uloà Olhoàdi eitoà Bi uloà à Olhoàes ue doà
Es ue doà es ue doà di eitoà
Lo geà à à à à à à No alà à à
Pe toà à à à à à à Defeituosoà à à
Visão olo idaààààààN oàtestadaà àààààààààààààààààààNo alàà ààààààààààààààààààààDuvidosaàà àààààààààààààààààààààDefeituosaà à
à

áudiçãoà
à To àeàaudio et iaà Valo es-li iteàe àdB à à Testeàdeàfalaàeàsussu oà et os à
à àHzà àHzà àHzà àHzà àHzà àHzà à No alà Sussu oà
Ouvidoà à à à à à à Ouvidoà à à
di eitoà di eitoà
Ouvidoà à à à à à à Ouvidoà à à
es ue doà es ue doà
à

à No alà á o alà à No alà á o alà


. Ca eçaà à à . Peleà à à
. Peito,à a iz,àga ga taà à à . Va izesàveiasà à à
. Bo aà/àde tesà à à . Vas ula à i lui doàpulsaç o à à à
. Ouvidoà ge al à à à . á d e àeàvís e aà à à
. Me a aàdoàtí pa oà à à . H iaà à à
. Olhosà à à . Â usà N oà àe a eà e tal à à à
. Oftal os opiaà à à . G-Uàsiste aà à à
. Pupilasà à à . E t e idadeàsupe io àeài fe io àà à à
. Movi e toàdoàolhoà à à . Espi haà C/S,àT/SàeàL/S à à à
. Pul esàeàpeitoà à à . Neu ol gi oà eveà o pleto à à à
. E a eàdaà a aà à à . Psi ui t i oà à à
. Co aç oà à à . ápa iaàge alà à à

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I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018 301

RaioàXàdoàTó axàààààààààààààààààààààààààà àRealizadoàààààààààààààààààààààààààààààààààà ààN oà ealizadoà


à
Resultado:à
à
à

Out o diag ósti o teste s e esultados: à


à à
Teste:ààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààà Resultado:à
à à
Co e t iosàdeà di oà ualifi adoàeà ede iadoà ueàe a i ouàoà a íti o,àdosà otivosàdeàalgu aàli itaç oàouà
est iç o:à
à
à
à
Situaç oàdasàva i aç esà egistadas:àààààààààSi àààà àààààààààààààààààààN oààà à
à
Ce tifi ado de Aptidão Físi a pa a o se viço o a
So e o e P i ei o No e Segu do No e

Data de Nas i e to País de as i e to Na io alidade

Depa ta e to/Se to

Co s Má ui as Rádio Out o Fa o espe ifi a


2 482000 000000

Nº Passapo te / Nº C dula Ma íti a / Nº Bilhete de Ide tidade Se o


Mas uli o Fe i i o
à

Decla açãoàdeà dicoàdevida e teà ualificadoàeàc ede ciadoà


à Si à N oà
Co fi aç oàdeà ueàaàide tifi aç oàdoà a íti oàe a i adoàfoiàve ifi ada?àà à à
áàaudiç oàsatisfazàosàpad esàdoàC digoàSTCW,àse ç oàá-I/ ?à à à
áàa uidadeàvisualàsatisfazàosàpad esàdoàC digoàSTCW,àse ç oàá-I/ ?à à à
áàvis oà olo idaàsatisfazàosàpad esàdoàC digoàSTCW,àse ç oàá-I/ ?à à à
áptoàpa aàfu ç esàdeàvigia?à à à
Seàoà a íti oàe a i adoàsof eàdeàalgu aà o diç oà di aà ueàpode àse àag avadaàpeloàse viçoà oà a àouà à à
deàoàto a ài aptoàpa aàoàse viço,àouàdeàp àe àpe igoàaàsaúdeàdeàout asàpessoasàaà o do?à
à
à

Ce tifica-seà ueàexa i eiàoà a íti oàeà ueàosà eusà esultadosàeàdiag ósticosàfica à egistadosà oàp ese teà elató ioà dico.à
à

Resultado:à
à à
áptoàpa aàoàse viçoà oà a ààà N oàaptoàpa aàoàse viçoà oà a ààà à *áptoà o àli itaç esàouà est iç esàààà à
à à
*Favo àespe ifi a àli itaç esàouà est iç es,àseàe isti :à
à
à

à à
à à
à ássi atu aàdoà a íti oàe a i adoà
ássi atu aàdeà di oà ualifi adoàeà ede iadoà ássi adoà aàp ese çaàdoà di oà ualifi adoàeà ede iado à
à à
à à
à à
Ca i oàdeà di oà ualifi adoà Dataàdoàe a eà di oà
à

Validade:à
à
Dataàdeàe iss o:à
Este Ce tifi ado de Aptidão Físi a se á álido po u pe íodo de dois a os, a e os ue o a íti o te ha e os de dezoito a os ou ais
de i ue ta a os, de e do estes asos te a alidade de ape as u a o.

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302 I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018

Tabela A-I/9
Normas mínimas de visão em serviço para marítimos

Regra da Categoria do Visão para Visão para Visão Campos Cegueira Diplopia
Convenção marítimo longe com perto de visuais4 noturna4 (visão
STCW correção1 cores3 dupla)4
Um Outro Os dois olhos
olho olho juntos, com ou
sem correção
I/11 Comandante, 0,52 0,5 Visão exigida Ver Campos Visão exigida Nenhum
II/1 oficiais do para a navegação Nota 6 visuais para problema
II/2 departamento de do navio (ex.: normais desempenhar significativo
II/3 convés, e consulta a cartas todas as evidente
II/4 marítimos de e publicações funções
II/5 mestrança e náuticas, necessárias no
VII/2 marinhagem de utilização dos escuro, sem
convés dos quais instrumentos e comprometer o
é exigido que equipamentos da seu
desempenhem ponte e desempenho
atribuições de identificação dos
vigilância auxílios à
navegação)
1/11 Todos os oficiais 0,45 0,4 Visão exigida Ver Campos Visão exigida Nenhum
III/1 de máquinas, (Ver para ler Nota 7 visuais para problema
2 482000 000000

III/2 oficiais Nota instrumentos suficientes desempenhar significativo


III/3 eletrotécnico, 5) próximos, para Todas as evidente
III/4 marítimos de operar funções
III/5 mestrança e equipamentos e necessárias no
III/6 marinhagem para identificar escuro,
III/7 eletrotécnicos e sistemas/ Sem
VII/2 marítimos de componentes comprometer o
mestrança e como for seu
marinhagem ou necessário desempenho
outros que façam
parte de um
quarto de serviço
na máquina
I/11 Radioperador 0,4 0,4 Visão exigida Ver Campos Visão exigida Nenhum
IV/2 es de para ler Nota 7 visuais para problema
GMDSS instrumentos suficientes desempenhar significativo
próximos, para todas as evidente
operar funções
equipamentos e necessárias no
para identificar escuro, sem
sistemas/ comprometer o
componentes seu
como for desempenho
necessário
Notas:
1. Valores fornecidos na escala decimal de Snellen.
2. É recomendado um valor de pelo menos 0,7 num olho, para reduzir o risco de uma doença subjacente não detetada
nos olhos.
3. Como definido nas Recomendações Internacionais para Exigências para Visão de Cores para o Transporte pela
Commission Internationale de l’Eclairage (CIE-143-2001, inclusive quaisquer versões posteriores).
4. Sujeito a uma avaliação por um especialista clínico em visão, quando indicado por conclusões no exame inicial.
5. O pessoal do departamento de máquinas deverá ter uma visão conjunta de pelo menos 0,4.
6. Norma de visão de cores 1 ou 2 da CIE.
7. Norma de visão de cores 1, 2 ou 3 da CIE.

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I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018 303

ANEXO II

Modelo de certificado médico para marítimos


(a que se refere o n.º 1 do artigo 3.º)

REPÚBLICáà DEàCáBOàVERDEà

à
à

àààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààààCERTIFICáDOàMÉDICOàPáRáàMáRÍTIMOSà
Medi al Ce tifi ate fo Seafa e s
E a esà di osà ealizadosàdeàa o doà o àasào ie taç esàfi adasàpelaàOIT/OMSàpa aàasài speç esà di asàdeàa essoà ài s iç oà a íti aàeàpe i di asàaàfaze àaosà a íti os.àCe tifi adoàdeà
áptid oà M di aà e itidoà e à o fo idadeà o à asà disposiç esà legaisà apli veisà eà osà e uisitosà i te a io aisà esta ele idosà pelaà Co ve ç oà I te a io alà so eà No asà deà Fo aç o,à
Ce tifi aç oàeàdeàSe viçoàdeàQua tosàpa aàosàMa íti osà STCW,à à o fo eàE e das,àaàCo ve ç oàdoàT a alhoàMa íti oà MLC,à àdaàOIT,àoàDe eto-Leià ºà / ,àdeà àdeàfeve ei oà
eàaàpo ta iaà ºà / ,àdeà àdeàja ei o.à
Medi al E a i atio s o du ted i a o da e ith ILO/WHO Guideli es fo p e-sea a d pe iodi Medi al Fit ess E a i atio s fo Seafa e s. Medi al e tifi ate issued u de the p o isio s of
the I te atio al Co e tio o Sta da ds of T ai i g, Ce tifi atio a d Wat hkeepi g fo Seafa e s STCW, as a e ded, the Ma iti e La ou Co e tio MLC, of ILO a d
u de Cape- e dia La De ee-La . / , th Fe ua , a d go e e tal o de . / , th Ja ua .

áuto idadesàCo pete tesàág ciaàMa íti aàeàPo tu iaà/àDi eçãoàNacio alàdaàSaúdeà
Co pete t Autho ities Ma iti e a d Po t Age y / Di e to ate Natio al of Health

I. Ide tificaçãoàdoà a íti oà/à“eafa e i fo atio


ápelidoà Last a e à No eà Fi st a e à No esàdoà eioà Middle a es à

Dataà as i e toà DD/MM/áááá à/àDate of Bi th Na io alidadeà/àNatio alit G e oà/àGe de ⃝à Mas uli o/Male
DD/MM/YYYY àà /àà /àà à ⃝ààFe i i o/Fe ale
C dulaà a íti aà/àPassapo teà/àB.I.àà ºà V lidoàat à/àValid u til E itidoàpo à/àIssued
Seafa e ’s Book / Passpo t / Citize a d
àà /àà /àà à
Osàdo u e tosàdeàide tifi aç oàdoà a íti oàfo a àve ifi adosà oàlo alàdoàe a e?à ⃝àààààSi à/àYes
Ide tifi atio do u e ts of the seafa e e e he ked at the poi t of e a i atio ? ⃝àààààN oà/àNo

II. Decla açãoàdoà dicoà eco hecidoà/àDe la atio of the e og ized edi al p a titio e
Visão o aàdoàC digoàSTCWàse ç oàá-I/ à/à“ight sta da ds i STCW Code se tio A-I/
á uidadeàvisualàsatisfat iaà/àSatisfa to isual a uit ⃝àSi à/àYes ⃝ N oà/àNo
2 482000 000000

Vis oàdasàCo esàsatisfat iaà/àSatisfa to olou isio ⃝àSi à/àYes ⃝ N oà/àNo


Dataàdoàúlti oàtesteàdeàvis oàdasà o esà/àDate of last olou isio test àà /àà /à à
ávaliaç oào igat iaàdeà àe à àa osà/àTesti g o l e ui ed e e si ea s
áu ilia esàdeàvis oà e ess ios?à/àVisual aid e ui ed? ⃝àSi à/àYes ⃝ N oà/àNo
Audição o aàdoàC digoàSTCWàse ç oàá-I/ à/àHea i g sta da ds i STCW Code se tio A-I/
á uidadeàauditivaàsatisfat iaà/àSatisfato hea i g a uit ⃝àSi à/àYes ⃝ N oà/àNo
á uidadeàauditivaàse àp teseàsatisfat iaà/àSatisfato u aided hea i g ⃝àSi à/àYes ⃝ N oà/àNo

III. ávaliaçãoàdaàaptidãoà/àFit ess assess e t


Co à aseà asàde la aç esàdoà a íti o,àe a esà lí i osàeàtestesàdeàdiag sti oàpo à i àe e utados,àde la oà ueàoà a íti oàseàe o t a:à/àO the asis of
the seafa e ’s pe so al de la atio , li i al e a i atio a d the diag osti test esults, I de la e the seafa e :
Se viçoàdeàvigiaà aàpo teà/à Se viçoàdeà a à/à“ea se vi es Fu ç o/Positio :
Look-out duties ⃝àCo v s/De k ⃝àC a as/Cate i g ⃝àCasaàdasàM ui as/E gi e ⃝àOut a/Othe
⃝àáptoà/àFit
⃝àáptoà/àFit Co àli itaç esàouà est iç esà/àLi itatio s o est i tio s ⃝àSi à/àYes ⃝ N oà/àNo
⃝àI aptoà/ U fit Seàsi ,àespe ifi ueà/àIf so, spe if
⃝àN oàapli velà/ Not
appli a le
⃝àI aptoà/ U fit à
Oà a íti oàsof eàdeàdoe çaàsus eptívelàdeàse àag avadaàpelo,àouàto -loài aptoàpa aàoàse viçoàdeà a àouàdeà olo a à
⃝àSi à/àYes
e à is oàaàsaúdeàdeàout asàpessoasàaà o do?à/àDoes the seafa e suffe f o a disease likel to e agg a ated ,
⃝àN oà/àNo
o to e de hi u fit fo se i e at sea o likel to e da ge the health of othe pe so s o oa d?
Dataàdeàe iss oàdoà e tifi adoà DD/MM/áááá à/à Dataàdeàvalidadeàdoà e tifi adoà DD/MM/áááá à
Ce tifi ate issue date DD/MM/YYYY àà /àà /àà à Ce tifi ate e pi date DD/MM/YYYY àà /àà /àà à
No eàdoàM di oà/àMedi al P a titio e ´s a e à
ássi atu aàdoàM di oà/àMedi al P a titio e ´s Sig atu e Vi heta/Ca i oàdoàM di oà/àMedi al P a titio e ´s Sta p

C dulaàP ofissio alà ºà/àPh si ia ’s Li e e No.àààà à

E tidadeào deàfoiàe itidoàoàCe tifi adoàdeàáptid oàM di aà/à Ca i oàdaàE tidadeà seàapli vel à/àIssui g Autho it ´s Sta p if appli a le
Issui g Autho it
Mo adaà/àAdd ess

Co ta toàtelef i oà/àCo ta t

Co fi oà ueàfuiài fo adoàdoà o teúdoàdesteà e tifi adoàeàdoàdi eitoàaà e o e ,àdeàa o doà o àoàpa g afoà àdaàSe ç oàá-I/ àdoàC digoàSTCW.à
I o fi that I ha e ee i fo ed of the o te ts of this e tifi ate a d the ight to ask fo a e ie i a o da e ith pa ag aph of se tio A-I/ of the STCW
Code.
à

ássi atu aàdoà a íti oà/àSeafa e ´s sig atu e

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304 I SÉRIE — NO 14 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 1 DE MARÇO DE 2018

ANEXO III i) Cesto para papéis;

Requisitos de instalações, equipamentos j) Candeeiro rodado de haste flexível.


e utensílios para efeitos de avaliação física
e psíquica dos marítimos 2 - São equipamentos e utensílios do gabinete médico:
(a que se refere o n.º 4 do artigo 4.º)
a) Instrumentos de rastreio da visão (Ex:”visioteste”
1 - O gabinete médico deve estar dotado de: ou “titmus”);

a) Lavatório abastecido com água quente e fria; b) Negatoscópio simples;

b) Torneira de comando, preferencialmente não manual; c) Estetofonendoscópio;

c) Doseador de sabão líquido; d) Esfigmomanómetro;

d) Desinfetante e sistema de secagem de mãos de e) Espirómetro;


uso individual (preferencialmente toalhetes
de papel); f) Eletrocardiografo;

e) Cadeira giratória de 5 pernas e cadeira simples; g) “Mini-set” oftalmoscópio;

f) Mesa de trabalho com, pelo menos 1.00 m x 0.50 h) Otoscópio;


m, com gavetas;
i) Equipamento de suporte vital de vida e de emergência.
g) Banco rotativo;
Ministros da Saúde e da Segurança Social e da Economia
h) Catre; Marítima, Arlindo do Rosário - José da Silva Gonçalves
2 482000 000000

I SÉRIE

BOLETIM
O F IC IAL
Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001

Endereço Electronico: www.incv.cv

Av. da Macaronésia,cidade da Praia - Achada Grande Frente, República Cabo Verde


C.P. 113 • Tel. (238) 612145, 4150 • Fax 61 42 09
Email: kioske.incv@incv.cv / incv@incv.cv

I.N.C.V., S.A. informa que a transmissão de actos sujeitos a publicação na I e II Série do Boletim Oficial devem
obedecer as normas constantes no artigo 28º e 29º do Decreto-Lei nº 8/2011, de 31 de Janeiro.

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