APRENDER
● O que é Responsabilidade Social e Ética;
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INTRODUÇÃO
Em todo nosso material destacamos que administração é tomar decisões
considerando as variáveis que temos para o atingimento de nossos objetivos
organizacionais.
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individual e o coletivo, sobre o que é certo ou errado, dentro de contextos
específicos.
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Responsabilidade social e
ética
Atualizado por Rodrigo von Mengden Tomasi
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remonta há mais tempo, e como prova disso teríamos a criação da
Fundação Nobel, na Suécia, ainda no início do século passado. Acrescenta
que só ao longo das décadas mais recentes é que as ações deixaram de ter
caráter de caridade, evoluindo para a filantropia, que, por meio do
investimento social privado, passou a dar apoio à cidadania corporativa.
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que, no segundo caso, se busca estimular o desenvolvimento do cidadão e
fomentar a cidadania individual e coletiva.
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possam trazer danos econômicos à empresa. Essas organizações buscam
ativamente a aprovação da comunidade ao seu envolvimento social e
desejam ser vistas como politicamente corretas.
• abordagem de sensibilidade social: supõe que a empresa não possua
apenas metas econômicas e sociais, mas que também precise se antecipar
aos problemas sociais do futuro, agindo no presente em resposta. Nesse
enfoque, a empresa pode comprometer recursos da organização agora,
criando impacto negativo na otimização dos lucros, porém será em
benefício dela mesma, pois a empresa faz negócios para a mesma
sociedade em que atua socialmente.
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implementar esta estratégia, buscando a maximização do resultado
econômico, uma vez que, em tese, toda comunidade organizacional será
beneficiada.
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setores, a transferência de operações para países que demandam custos
menores, a venda ou fusão com empresas com capital financeiro mais
saudável, a substituição de funcionários fixos por temporários fazem parte
das operações no mundo dos negócios.
o executivo de hoje precisa criar um clima eticamente saudável para seus funcionários, em
que eles possam realizar seu trabalho com produtividade e confrontando o mínimo de
ambiguidade em relação ao que se constitui em comportamentos certos e errados.
(ROBBINS, 2004, p.12)
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Dilemas éticos
Srour (2017) aponta que existem três dilemas éticos ao se tomar decisões
em uma empresa: o dilema dos valores, o dilema dos destinatários e o
dilema dos meios.
Uma situação, citada por este autor, permite observar a contradição entre a
lealdade à empresa e a lealdade ao interesse público:
Um gerente constata que seus pares estão cometendo algumas fraudes contábeis.
Tenta comunicar o fato a seus supervisores, mas estes não lhe dão ouvidos. Frustrado e
inconformado, denuncia tudo à receita federal. (SROUR, 2017, p.103)
Nesta situação, se você fosse o gerente, o que faria? Você seria leal à
empresa ou ao interesse público? E, se você fosse o superior deste gerente,
como agiria?
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municipais, de setores empresariais, partidárias, associativistas, sindicais, profissionais,
organizacionais, departamentais, de movimentos sociais, de bairros, de vizinhanças, de
fraternidades, de clãs, de círculos íntimos... (SROUR, 2017, p.109)
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o problema não se resume a meios lícitos ou ilícitos, meios apenas submetidos à
legalidade. Porque as implicações não se cingem ao caráter jurídico-político dos meios,
mas, também, à validade moral – de caráter simbólico – que o uso desses meios supõe.
(SROUR, 2017, p.117)
Conforme Srour (2017), citando Max Weber, existem duas teorias éticas: a
ética da convicção e a ética da responsabilidade.
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A do princípio, que se atém rigorosamente às normas estabelecidas, num deliberado
desinteresse pelas circunstâncias, e cuja máxima sentencia: “Respeite as regras haja o
que houver”. A da esperança, que se ancora em ideais, moldada por uma fé capaz de
mover montanhas, e cuja máxima preconiza: “Os sonhos antes de tudo”. (SROUR,
2017, p.51)
Srour (2017, p.54) afirma que a ética da responsabilidade busca analisar “as
situações concretas e antecipa as repercussões que uma decisão pode
provocar” em relação à coletividade. Conforme o autor, divide-se em
utilitarista e da finalidade.
A vertente utilitarista “exige que as ações produzam o máximo de bem para o
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maior número (...), que possam combinar o critério da eficácia com a maior
abrangência populacional (equidade)”.
Já na vertente da finalidade, segundo este autor, trata de “determinar que a
bondade dos fins justifica as ações empreendidas e dispõe que todas as
medidas necessárias serão tomadas” (SROUR, 2017, p.54).
Decisões decorrem da aplicação de uma tábua de valores Decisões decorrem de deliberação, em função de uma análise
preestabelecidos. das circunstâncias.
Máxima: “Faça algo porque é um mandamento”. Máxima: “Somos responsáveis por aquilo que nossos atos
provocam”.
Vertente de princípio: “Respeite as regras haja o que Vertente da finalidade: “Alcance os objetivos custe o que
houver”. custar”.
Vertente da esperança: “Os sonhos antes de tudo”. Vertente utilitarista: “Faça o maior bem para mais gente”.
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médicos, jornalistas, arquitetos, engenheiros, funcionários públicos, entre
outros.
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REFERÊNCIAS
SÁ, Antonio Lopes de. Ética profissional. São Paulo: Atlas, 2019.
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________. Poder, cultura e ética nas organizações: o desafio das
formas de gestão. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
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