Você está na página 1de 17

NESTE CAPÍTULO, VOCÊ IRÁ

APRENDER
● O que é Responsabilidade Social e Ética;

● Noções de responsabilidade social e ética nas organizações;

● A reatividade social das empresas;

● Níveis de questões éticas nas empresas.

1
INTRODUÇÃO
Em todo nosso material destacamos que administração é tomar decisões
considerando as variáveis que temos para o atingimento de nossos objetivos
organizacionais.

Ao escolher uma profissão, um conjunto de deveres profissionais passa a


fazer parte da rotina deste profissional. Ao completar a sua formação
profissional, o indivíduo faz um juramento e compromete-se com sua
categoria profissional onde irá ingressar. Conforme Glock e Goldim, este ato
“caracteriza o aspecto moral da chamada ética profissional, esta adesão
voluntária a um conjunto de regras estabelecidas como sendo as mais
adequadas para o seu exercício” (GLOCK e GOLDIM, 2005, p.2).

Neste sentido, as relações de trabalho devem conter uma conduta


condizente com os princípios éticos da classe social a que pertence o
profissional.

Neste capítulo, então trataremos de abordar a responsabilidade social que


todo administrador deve ter quando a frente de uma organização, e seus
impactos nas escolhas que devem ser feitas.

E na sequência destacaremos a relação entre os indivíduos e as


organizações apresentando situações em que o gestor deve tomar decisões
que podem envolver dilemas éticos. Espera-se ao final que você
compreenda que não existe apenas uma ética, ou um comportamento moral,
mas que, dependendo da situação, possibilita refletir sobre o contexto

2
individual e o coletivo, sobre o que é certo ou errado, dentro de contextos
específicos.

3
Responsabilidade social e
ética
Atualizado por Rodrigo von Mengden Tomasi

A responsabilidade social e a ética estão intrinsecamente ligadas.

A responsabilidade social é o comportamento que as empresas têm perante


a sociedade, a postura que adotam ao lidar com as questões e demandas
do cotidiano, obedecendo a critérios e pressupostos éticos. De acordo com
Ferrell, Fraedrich e Ferrell, a “ética empresarial diz respeito a regras e
princípios que pautam decisões de indivíduos e grupos de trabalho; a
responsabilidade social refere-se ao efeito das decisões de empresas sobre
a sociedade”. (2019, p. 08).

A ética é à base da responsabilidade social e se expressa por meio dos


princípios e valores adotados pela organização na condução dos seus
negócios.

Responsabilidade social empresarial


A responsabilidade social empresarial, para Bourscheidt (2002), passou a
ser um tema emergente no mundo da administração a partir do advento da
globalização, gerando vantagem competitiva. Ainda, segundo o mesmo
autor, a consciência de uma responsabilidade social no Primeiro Mundo

4
remonta há mais tempo, e como prova disso teríamos a criação da
Fundação Nobel, na Suécia, ainda no início do século passado. Acrescenta
que só ao longo das décadas mais recentes é que as ações deixaram de ter
caráter de caridade, evoluindo para a filantropia, que, por meio do
investimento social privado, passou a dar apoio à cidadania corporativa.

No Brasil, a responsabilidade empresarial está ganhando força,


principalmente no contexto das grandes empresas, que buscam integrar-se
aos parâmetros dos países desenvolvidos.

Conforme Bourscheidt (2002), atualmente, a globalização surge como


grande catapulta para a responsabilidade social, tanto no âmbito individual
quanto no organizacional. Vejamos a seguir:

Mundialização econômica, aliada à redução do papel do Estado, redefinição


das estratégias e dos investimentos para o desenvolvimento local e nacional,
combinadas com o reconhecimento de que a maioria das questões sociais não
pode apenas ser resolvida por ações de governo ou do mercado, tende a
explicar o surgimento de um ambiente mais favorável ao protagonismo dos
cidadãos. (AMBROSI apud BOURSCHEIDT, 2002)

Conceito de responsabilidade social


Primeiramente, conforme Melo Neto e Froes (2004), há de se diferenciar
filantropia empresarial e responsabilidade social. Nesse caso, a primeira diz
respeito ao empresariado bem-sucedido em seus negócios, que decide
retribuir à sociedade parte dos ganhos que obteve em suas empresas,
demonstrando vocação para a benevolência, através de atos de caridade
para com o próximo, praticando atos de “assistencialismo” no auxílio aos
desvalidos, desfavorecidos, miseráveis, excluídos e enfermos. Enquanto

5
que, no segundo caso, se busca estimular o desenvolvimento do cidadão e
fomentar a cidadania individual e coletiva.

Nesta mesma direção, os autores apontam que a filantropia se baseia na


doação a grupos ou entidades, precisando de planejamento, organização,
monitoramento, acompanhamento e avaliação. Já as ações de
responsabilidade social exigem periodicidade, método, sistematização e
gerenciamento efetivo. A filantropia objetiva contribuir para a sobrevivência
de grupos desfavorecidos, enquanto a responsabilidade social busca a
sustentabilidade e autossustentabilidade de grandes e pequenas
comunidades.

Acreditamos ser de grande relevância também a diferenciação quanto ao


grau de envolvimento que uma organização poderá ter ao assumir
compromissos e iniciativas sociais, proposta por Montana e Charnov apud
Burscheidt (2002), que apontam três abordagens nesse sentido:

• abordagem de obrigação social: refere-se às empresas que buscam


apenas satisfazer as obrigações sociais mínimas impostas pela lei,
basicamente pela crença de que essa obrigação é atribuição do estado e não
da iniciativa privada, que se deve focar em atingir metas de natureza
econômica, otimizando o lucro dos acionistas. Ainda sim, poderão realizar
doações, mas muito mais porque beneficiam a própria empresa, onde
obterão no mínimo a dedução dessa contribuição do imposto de renda.
• abordagem da responsabilidade social: supõe que a empresa não possua
apenas metas econômicas, mas também responsabilidades sociais. As
empresas que adotam esse critério tendem a assumir decisões não apenas
pensando nos ganhos econômicos, mas também utilizam o critério do
benefício social, ressalvando-se que não serão tomadas medidas que

6
possam trazer danos econômicos à empresa. Essas organizações buscam
ativamente a aprovação da comunidade ao seu envolvimento social e
desejam ser vistas como politicamente corretas.
• abordagem de sensibilidade social: supõe que a empresa não possua
apenas metas econômicas e sociais, mas que também precise se antecipar
aos problemas sociais do futuro, agindo no presente em resposta. Nesse
enfoque, a empresa pode comprometer recursos da organização agora,
criando impacto negativo na otimização dos lucros, porém será em
benefício dela mesma, pois a empresa faz negócios para a mesma
sociedade em que atua socialmente.

Os enfoques mais comuns ainda são o de abordagem de obrigação social


e o de responsabilidade social, o terceiro, abordagem de sensibilidade
social, seria um próximo estágio, ainda utópico, embora existam casos de
iniciativas na área da educação por parte da iniciativa privada que possam
objetivar maior segurança, mão de obra mais qualificada, entre outros
resultados futuros, mas acreditamos que poucas criariam impacto em seus
lucros para tal fim.

O mais comum ainda é o enfoque da obrigação social, embora o discurso


seja muitas vezes diferente, principalmente nas empresas que utilizam
ainda o modelo instrumental de recursos humanos, retrógrado, que,
segundo Vasconcelos, Mascarenhas e Protil (2004), baseiam-se na escola
clássica de administração, encontrado em contextos onde o formalismo, a
autoridade e a rigidez permeiam as relações sociais, sendo a gestão de
pessoas considerada como um instrumento racional de produção, cuja
estratégia é definida por seus diretores em função das pressões do
mercado, sendo a administração de recursos humanos um meio de

7
implementar esta estratégia, buscando a maximização do resultado
econômico, uma vez que, em tese, toda comunidade organizacional será
beneficiada.

Já a abordagem de responsabilidade social, que começa a ganhar espaço,


estaria contagiando aquelas empresas que exercem o modelo político de
recursos humanos, que conforme os autores, compreendem as
organizações nas quais o consenso, a diversidade de ideias e a igualdade
de direitos entre os membros da organização permeiam as relações sociais,
inspirado nos estudos de Herzberg e da Teoria das Relações Humanas. Ou
seja, as empresas acabam refletindo as crenças de seus presidentes e da
maioria acionária nas suas relações sociais como um todo.

Teoria ética e processos de decisão


Sánchez-Vázquez define ética como “teoria ou ciência do comportamento
moral dos homens em sociedade. Ou seja, é ciência de uma forma
específica de comportamento humano”. (2007, p.12).

Para Robbins (2004), a partir da década de 1980, os movimentos que


ocorreram no mundo dos negócios, por parte da competição globalizada,
ocasionaram nas organizações uma mudança de paradigma como, por
exemplo, “desfazer de políticas tradicionais baseadas na segurança no
emprego, no tempo no cargo ou na remuneração” (ROBBINS, 2004, p.11).

Segundo este autor, as empresas ainda estão buscando adequar-se às


mudanças, em um mundo cada vez mais competitivo. O enxugamento de

8
setores, a transferência de operações para países que demandam custos
menores, a venda ou fusão com empresas com capital financeiro mais
saudável, a substituição de funcionários fixos por temporários fazem parte
das operações no mundo dos negócios.

Na perspectiva de Robbins, essas mudanças resultaram em declínio da


lealdade dos funcionários, gerando um sentimento de não
comprometimento com a empresa. Para este autor, o desafio dos gestores
está em “motivar os trabalhadores menos comprometidos e, ao mesmo
tempo, manter a competitividade global das organizações” (ROBBINS,
2004, p.13).

Nesta direção, outro desafio apontado pelo autor diz respeito, ao


enfrentamento, por parte dos membros das organizações de dilemas éticos,
“situações nas quais precisam definir as condutas corretas e erradas”
(ROBBINS, 2004, p.14). Os dilemas éticos são situações em que é
necessário tomar uma decisão, fazer uma escolha, que nem sempre é a
mais fácil.

Robbins (2004) aponta que os executivos estão reagindo a estes dilemas


éticos, a partir da elaboração e distribuição de códigos de ética a seus
funcionários.

Para Robbins (2004),

o executivo de hoje precisa criar um clima eticamente saudável para seus funcionários, em
que eles possam realizar seu trabalho com produtividade e confrontando o mínimo de
ambiguidade em relação ao que se constitui em comportamentos certos e errados.
(ROBBINS, 2004, p.12)

9
Dilemas éticos
Srour (2017) aponta que existem três dilemas éticos ao se tomar decisões
em uma empresa: o dilema dos valores, o dilema dos destinatários e o
dilema dos meios.

O dilema dos valores coloca em pauta o interesse privado e o interesse


público. Conforme Srour (2017, p.98), “o direito à privacidade cessaria
quando a ação praticada tivesse relevância pública”.

Uma situação, citada por este autor, permite observar a contradição entre a
lealdade à empresa e a lealdade ao interesse público:

Um gerente constata que seus pares estão cometendo algumas fraudes contábeis.
Tenta comunicar o fato a seus supervisores, mas estes não lhe dão ouvidos. Frustrado e
inconformado, denuncia tudo à receita federal. (SROUR, 2017, p.103)

Nesta situação, se você fosse o gerente, o que faria? Você seria leal à
empresa ou ao interesse público? E, se você fosse o superior deste gerente,
como agiria?

O dilema dos destinatários diz respeito a quem a relação moral beneficia ou


prejudica, pois afeta desigualmente os agentes envolvidos. Srour (2017)
assinala:
Toda decisão ou ação pode beneficiar ou prejudicar coletividades cuja abrangência recobre
um vasto leque: da humanidade como um todo ao indivíduo (átomo que se contrapõe à
coletividade); do absolutamente universal ao absolutamente singular. Entre tantos outros
argumentos, cabem no intervalo civilizações, classes sociais, categoriais sociais, públicos,
organizações, subunidades organizacionais, redes informais de poder e famílias. E, por via
de consequência, desenha-se um mosaico de clivagens constituídos por inúmeras
identidades e lealdades: civilizacionais, imperiais, confederativas, nacionais, de gênero,
étnicas, confessionais, classistas, provinciais, ideológicas, de preferências sexuais,

10
municipais, de setores empresariais, partidárias, associativistas, sindicais, profissionais,
organizacionais, departamentais, de movimentos sociais, de bairros, de vizinhanças, de
fraternidades, de clãs, de círculos íntimos... (SROUR, 2017, p.109)

Para Srour esse “emaranhado de fidelidades cruzadas é de tal ordem que


decisões e ações só podem divergir e chocar-se” (SROUR, 2017, p.109).
Neste sentido, somente o confronto político pode dirimir este dilema.

Segundo este autor, em relação às organizações, o que pode ser


considerado moral pelo código de conduta ética de uma empresa, em outra
pode ser considerado imoral.

Para Srour as decisões ou ações “consideradas morais e legítimas por


alguns não o são necessariamente por outros, porque ferem interesses
alheios; porque põem em litígio coletividades diferentes; porque despertam
velhos rancores, estereótipos e preconceitos” (SROUR, 2017, p.110).

Para Srour, ao “cumprir prescrições (leis morais e ideais) ou para levar


adiante propósitos (fins e consequências), é preciso lançar mão de meios”.
É provável que você já tenha ouvido a seguinte frase: “os fins justificam os
meios”. Neste caso, “os meios é que justificam os fins.

Aí está o “dilema dos meios”. O dilema envolve saber se os “meios” são


legítimos ou ilegítimos. Segundo o autor citado, os “meios” podem ser
“legítimos e aceitos virtualmente por todos, principalmente por aqueles a
quem se aplicam; ou podem ser meios ilegítimos, controversos, rejeitados
principalmente por aqueles a quem se aplicam” (SROUR, 2017, p.117). No
entanto, o autor assinala que:

11
o problema não se resume a meios lícitos ou ilícitos, meios apenas submetidos à
legalidade. Porque as implicações não se cingem ao caráter jurídico-político dos meios,
mas, também, à validade moral – de caráter simbólico – que o uso desses meios supõe.
(SROUR, 2017, p.117)

Srour (2017), destaca um trecho de Max Weber, o qual denomina “dilema


dos meios”:
Não há ética alguma no mundo que possa desconsiderar isso: para atingir fins “bons”,
somos obrigados na maior parte do tempo a contar, de um lado com meios
normalmente desonestos ou pelo menos perigosos, e de outro com a possibilidade ou
ainda a eventualidade de consequências desagradáveis. Nenhuma ética no mundo
pode dizer-nos tampouco quando e em qual medida um fim moralmente bom justifica
os meios e as consequências moralmente perigosas. (SROUR, 2017, p.117.)

O profissional no ambiente de trabalho


Para Sá, “o profissional, como empregado, tem sua ética voltada ao
compromisso com as finalidades empresariais ou institucionais específicas,
em geral, e, em especial, dentro dos limites de sua responsabilidade e
autoridade” (2019, p.168).

Conforme Srour (2017), citando Max Weber, existem duas teorias éticas: a
ética da convicção e a ética da responsabilidade.

A ética da convicção, também entendida como deontologia, diz respeito ao


cumprimento de obrigações. Segundo Srour, esta é uma teoria em que a
ética “se pauta em valores e normas previamente estabelecidos, cujo efeito
primeiro consiste em moldar as ações que deverão ser praticadas” (SROUR,
2017, p.51). Segundo este autor, a deontologia, divide-se em duas
vertentes, a do princípio e a da esperança:

12
A do princípio, que se atém rigorosamente às normas estabelecidas, num deliberado
desinteresse pelas circunstâncias, e cuja máxima sentencia: “Respeite as regras haja o
que houver”. A da esperança, que se ancora em ideais, moldada por uma fé capaz de
mover montanhas, e cuja máxima preconiza: “Os sonhos antes de tudo”. (SROUR,
2017, p.51)

Conforme o autor, essas duas vertentes “correspondem a modulações de


deveres, preceitos, dogmas ou mandamentos introjetados pelos agentes
ao longo dos anos” (SROUR, 2017, p.51). Neste sentido, o autor assinala
que, “embora as obrigações se imponham aos agentes, estes não perdem
seu livre-arbítrio e, portanto, podem escolher seguir outros caminhos,
diferentes daqueles dos imperativos morais. Por outro lado, o autor destaca
que “os códigos morais traduzem valores, normas e vão sendo aplicados
pelos agentes a situações concretas (...), que servem como manuais de
instruções a seguir nas mais diversas ocorrências” (SROUR, 2017, p.51).

Já a ética da responsabilidade, conhecida como teleologia, diz respeito a


nossa responsabilidade por tudo que fazemos. Neste sentido, Srour
assinala que “os agentes avaliam os efeitos previsíveis que uma nação
produz; contam obter resultados positivos para a coletividade; e ampliam o
leque de escolhas” (SROUR, 2017, p.52). Nesta abordagem decisões de
ordem política e financeira são tomadas, a fim de evitar um mal maior para
uma coletividade.

Srour (2017, p.54) afirma que a ética da responsabilidade busca analisar “as
situações concretas e antecipa as repercussões que uma decisão pode
provocar” em relação à coletividade. Conforme o autor, divide-se em
utilitarista e da finalidade.
 A vertente utilitarista “exige que as ações produzam o máximo de bem para o

13
maior número (...), que possam combinar o critério da eficácia com a maior
abrangência populacional (equidade)”.
 Já na vertente da finalidade, segundo este autor, trata de “determinar que a
bondade dos fins justifica as ações empreendidas e dispõe que todas as
medidas necessárias serão tomadas” (SROUR, 2017, p.54).

No quadro a seguir, apresentam-se as duas teorias assinaladas por Srour:


Quadro 1 – Ética da convicção e da responsabilidade.

Ética da convicção Ética da responsabilidade

Decisões decorrem da aplicação de uma tábua de valores Decisões decorrem de deliberação, em função de uma análise
preestabelecidos. das circunstâncias.

Máxima: “Faça algo porque é um mandamento”. Máxima: “Somos responsáveis por aquilo que nossos atos
provocam”.

Vertente de princípio: “Respeite as regras haja o que Vertente da finalidade: “Alcance os objetivos custe o que
houver”. custar”.

Vertente da esperança: “Os sonhos antes de tudo”. Vertente utilitarista: “Faça o maior bem para mais gente”.

Fonte: SROUR, 2017, p.55.

A partir de todas essas teorias, nosso desafio agora é conseguir relacionar


seu conteúdo com as aplicações práticas tomadas de decisões nas mais
diversas profissões, o que nos exige o conhecimento do que é e para que
serve um código de ética profissional.

Códigos de ética profissional


Em nossa sociedade existem diversos códigos de ética profissional, que
servem para reger um grupo social. Seja de administradores, contadores,

14
médicos, jornalistas, arquitetos, engenheiros, funcionários públicos, entre
outros.

Neste sentido, é possível falarmos de uma moral profissional na medida em


que ocorrem relações entre os profissionais de hierarquias diferentes
(dirigentes e subalternos) ou de mesmas hierarquias. Assim, é necessário
um código de ética que reja uma profissão.

Os códigos de ética profissionais são organizados pelos Conselhos


Regionais Profissionais que estabelecem seus próprios códigos. No caso de
profissionais que trabalham como empregados, estes devem seguir tanto
seus códigos de ética profissional regional como o código de ética da
empresa em que atuam.

Assim, concluímos nosso material com a sugestão de que consultem o


código de ética de sua (futura) profissão e o estudem com dedicação,
buscando atuar sempre em conformidade com a ética, aplicando as técnicas
aprendidas com consciência e responsabilidade social.

15
REFERÊNCIAS

BOURSCHEIDT, Álvaro Aloísio. Responsabilidade social: uma questão


de sobrevivência para empresas do século XXI. Taquara: FACCAT,
2002.

FERRELL, OC, FRAEDRICH, J., & FERRELL, L. Ética nos negócios:


Tomada de decisões éticas e casos. Publicação Cengage, 2019.

MELO NETO, Francisco P. de; e FROES, César. Responsabilidade social


e cidadania empresarial: a administração do terceiro setor. 2.ed. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 2002.

________. Gestão da responsabilidade social corporativa: o caso


brasileiro. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004.

ROBBINS, Stephen P. Fundamentos do comportamento organizacional.


São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2014.

SÁ, Antonio Lopes de. Ética profissional. São Paulo: Atlas, 2019.

SÁNCHEZ-VÁZQUEZ, Adolfo. Ética. 29 ed. Rio de Janeiro: Civilização


Brasileira, 2007

SROUR, Robert Henry. Ética empresarial: posturas responsáveis nos


negócios, na política e nas relações pessoais. Rio de Janeiro: Atlas,
2017.

16
________. Poder, cultura e ética nas organizações: o desafio das
formas de gestão. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

VASCONCELOS, Isabella; MASCARENHAS, André O.; PROTIL, Roberto


M. Paradoxos culturais na gestão de pessoas: cultura e contexto em
uma cooperativa agroindustrial. Revista RAE eletrônica, 2008. Disponível
em: www. scielo.br/pdf/raeel/v3n1/v3n1a11. Acesso em: 15 jan. 2008.

17

Você também pode gostar