JF
■ INTRODUÇÃO
Composta por tíbia, fíbula e talo, a articulação do tornozelo depende de estruturas
estáticas (ligamentos), assim como de estruturas dinâmicas (músculos) para assegurar
sua estabilidade.
Fraturas do tornozelo são lesões ortopédicas que apresentam alta prevalência em
atividades que demandam maior desempenho, sejam desenvolvidas por atletas
profissionais ou amadores. São as mais comuns dentre todas as fraturas que
acometem as articulações de carga do corpo humano, conhecidas também como
fraturas maleolares porque acometem um ou mais de seus três maléolos (lateral,
medial e posterior).1 É possível observar fraturas unimaleolares, bimaleolares ou
trimaleolares.
Em um estudo epidemiológico envolvendo 1.500 fraturas do tornozelo, as fraturas
unimaleolares laterais ocorreram em dois terços dos pacientes, as fraturas
bimaleolares em um quarto e as fraturas trimaleolares nos 7% remanescentes.2
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■ ESQUEMA CONCEITUAL
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A sindesmose pode ser definida como uma articulação fibrosa em que dois
ossos adjacentes são conectados por uma forte membrana ou por ligamento.4
Deve ainda ser destacada a musculatura intrínseca do pé, composta por músculos
que são de extrema importância, pois fornecem apoio durante a fase de propulsão.
Pode ser dividida em musculatura intrínseca plantar (músculo abdutor do hálux,
músculo abdutor do dedo mínimo, músculo flexor curto dos dedos, músculo quadrado
plantar, músculo adutor do hálux e músculos interpostos plantares e dorsais) e dorsal
(músculos lumbricais).5 Naturalmente, a estabilidade do tornozelo depende da
integridade da estrutura óssea, dos ligamentos e dos músculos.3
A complexidade da biomecânica da musculatura intrínseca do pé vem do fato de que
não é uma articulação do tipo gínglimo simples, pois, além da flexoextensão,
6
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forças que agem no tornozelo podem variar de 1,5 vezes o peso corpóreo, durante a
marcha normal, até 5,5 vezes o peso corpóreo, durante uma corrida mais intensa. JF
■ MECANISMO DE TRAUMA
■ DIAGNÓSTICO
A seguir, são descritos o quadro clínico e os exames diagnósticos indicados para as
fraturas do tornozelo.
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EXAMES SUBSIDIÁRIOS
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ATIVIDADES
1. Quanto às fraturas do tornozelo (fraturas maleolares), é correto afirmar que
A) são divididas em unimaleolares e bimaleolares.
B) acometem somente indivíduos jovens.
C) vêm diminuindo nos últimos anos.
D) são frequentemente observadas nos serviços de emergência.
Confira aqui a resposta
2. Observe as afirmativas sobre o ligamento colateral medial.
I — Apresenta uma camada superficial e outra profunda.
II — É conhecido como ligamento fusiforme.
III — É composto por três bandas.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
A) Apenas a I.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II.
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D) Apenas a II e a III.
Confira aqui a resposta JF
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■ TRATAMENTO
A seguir, são descritas as modalidades de tratamento indicadas para as fraturas do
tornozelo.
TRATAMENTO OPERATÓRIO
Inicialmente, o tornozelo fraturado e instável deve ser reduzido e colocado em uma
tala gessada suropodálica, após o descarte das fraturas associadas e a quantificação
das lesões de partes moles.
LEMBRAR
A presença de diabetes melito, tabagismo e osteoporose traz particularidades
ao manejo das fraturas maleolares, tornando necessário o escrutínio dessas
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condições.
JF
Quando a fratura da fíbula é cominutiva, pode ser empregada placa ponte ou haste
intramedular, respeitando-se o princípio de estabilidade relativa. Vale mencionar que
existem placas bloqueadas para a fixação da fíbula com número maior de furos para
fraturas mais distais e pacientes com osteoporose.
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que, após a redução e a fixação da fíbula, o espaço claro medial seja avaliado. Caso
esteja reduzido, não se aborda o ligamento deltoide. Entretanto, dada a importância JF
Fratura bimaleolar
As fraturas bimaleolares envolvem o maléolo lateral e o medial. Quando desviadas,
são instáveis e passíveis de tratamento operatório. Como o maléolo lateral já foi
abordado anteriormente, o foco agora recairá sobre o maléolo medial. O maléolo
medial tem íntima relação com o ligamento deltoide, sendo a origem de todos os seus
ramos. Logo, quando há fratura do maléolo medial, o ligamento deltoide está íntegro e
inserido no fragmento. Entretanto, quando o fragmento é menor do que 1,5cm, parte
do ligamento deltoide está lesado.
LEMBRAR
A fixação do maléolo posterior independe do tamanho do fragmento, podendo
auxiliar na estabilidade da sindesmose tibiofibular, e permite tratar, de forma
adequada, a fratura intra-articular com uma redução anatômica e a retirada de
debris ou fragmentos ósseos intra-articulares.
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Lesões da sindesmose
A sindesmose é lesionada frequentemente nas fraturas do tornozelo e, quando a lesão
não é diagnosticada, o resultado do tratamento pode ser comprometido. Estima-se
que a lesão de sindesmose esteja presente em 50% dos casos de fraturas do tipo
Weber B e em todas as lesões do tipo Weber C.4,7
Os mecanismos de lesão da sindesmose possíveis são aqueles que possuem, como
forças atuando no pé, a rotação externa e a abdução.
A STF é medida no mesmo nível que o ECTF, e seu valor de normalidade fica acima
de 33%, ou seja, a sobreposição normal da tíbia sobre a fíbula corresponde a 33% da
largura da fíbula. O valor da STF varia de acordo com a rotação do tornozelo, não
sendo muito confiável.
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Outro método de fixação pode ser obtido por meio de um sistema de endobotton nas
■ REABILITAÇÃO
Ressalta-se a necessidade de o fisioterapeuta traumato-ortopédico ser o profissional
indicado para manejar a reabilitação do cenário complexo que as fraturas do tornozelo
englobam.5 Assim, o fisioterapeuta não deve perder o foco de seus principais
objetivos ao tratar fraturas do tornozelo. Podem ser apontados como principais
objetivos a serem alcançados na reabilitação:
restaurar a amplitude de movimento articular;
promover ganho de força muscular;
otimizar o quadro sensório-motor;
proporcionar função adequada (no entendimento dos autores deste artigo, função
adequada seria fazer o paciente retornar ao nível pré-lesão ou muito próximo disso).
Fator de extrema importância para o sucesso da reabilitação é a relação próxima entre
o cirurgião e o fisioterapeuta para que informações relevantes e que impactarão
diretamente a abordagem pós-operatória, como, por exemplo, o tipo de tratamento
previamente realizado (cirúrgico — tipo de fixação — ou conservador) fiquem bem
claras, e erros de manejo possam ser evitados.
TRATAMENTO CONSERVADOR
Conforme a prática clínica dos autores deste artigo, a fratura instável representa
um alto risco para o paciente; portanto, mobilizar o foco de fratura poderia
acarretar lesões associadas de extrema gravidade (nervosas e vasculares); assim,
a mobilização do tornozelo acometido não deve ser encorajada antes da sexta
semana.16
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TRATAMENTO CIRÚRGICO
FORTALECIMENTO MUSCULAR
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Aa
LEMBRAR
Os exercícios de fortalecimento da musculatura posterior em cadeia cinética
aberta e fechada devem ser repetidos também com joelho em flexão a fim de
inibir os músculos gastrocnêmios, acessando, assim, os músculos mais
profundos desse compartimento.
TREINO SENSÓRIO-MOTOR
Em função da sua proximidade com a base de apoio do corpo (pé), o tornozelo
desempenha um papel crucial para a manutenção do equilíbrio. Cápsula articular,
unidades musculotendíneas, assim como alinhamento ósseo colaboram para a
manutenção do equilíbrio em um tornozelo normal.19
Após lesões, os mecanismos de controle sensório-motor podem encontrar-se
alterados, impactando, de forma negativa, a estabilidade do tornozelo. Por essa razão,
um programa de treino sensório-motor é necessário não somente para devolver a
estabilidade do tornozelo acometido, mas também prevenir futuras lesões.
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JF
Aa
TREINO DE MARCHA
É possível dividir o ciclo da marcha para o seu melhor entendimento em fase de apoio
e fase de balanço. Sabe-se que a fase de apoio corresponde a cerca de 60%, e a fase
de balanço a cerca de 40%. A fase de apoio é composta por três intervalos (contato
inicial, resposta a carga e desprendimento ou pré-balanço). Já a fase de balanço é
composta por outros três intervalos (balanço inicial, balanço médio e balanço final).20
No início do treino de marcha, durante a reabilitação das fraturas do tornozelo, cada
fase da marcha é trabalhada de forma isolada (marcha fragmentada). Em um primeiro
momento, trabalha-se o contato do calcâneo com o solo. Uma vez que o paciente
esteja executando a tarefa de forma satisfatória, enfatiza-se a fase de resposta a
carga, com evolução posterior para o treino de desprendimento.
Assim que o paciente estiver executando todas as fases de apoio de forma satisfatória
e livre de dor, é encaminhado para a esteira, onde as três fases são realizadas
simultaneamente. De acordo com o desempenho individual, realiza-se a progressão da
velocidade e do tempo de caminhada e corrida.
ATIVIDADES
7. Observe as afirmativas sobre o tratamento não operatório das fraturas do
tornozelo.
À
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ligamento deltoide são colocados para pisar.
II — Entre a terceira e a quarta semana, a carga total sem muletas é liberada, e o JF
paciente permanece com órtese do tipo robofoot até o final da sexta semana.
III — Pacientes com fraturas unimaleolares mediais e posteriores, mais
Aa suscetíveis a desvio, devem evitar a carga até a sexta semana.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) A I, a II e a III.
Confira aqui a resposta
8. Quanto ao tratamento operatório dos diferentes tipos de lesão do tornozelo,
correlacione as colunas.
(1) Fratura unimaleolar lateral ( ) A redução do fragmento fraturado é
(2) Fratura bimaleolar realizada de forma direta, e a fixação requer
(3) Fratura do maléolo posterior dois parafusos de pequenos fragmentos.
(4) Lesões da sindesmose ( ) Na presença de instabilidade, os seguintes
passos são indicados: limpeza do espaço
tibiofibular, fechamento e redução do
espaço tibiofibular e fixação com um ou
dois parafusos.
( ) Diante de diagnóstico de instabilidade da
fratura, o tratamento de escolha é redução
aberta e fixação interna com placa e
parafusos de pequenos fragmentos.
( ) Quando o fragmento desviado é maior do
que 25% da superfície articular no plano
sagital, é necessária a fixação com dois
parafusos de 3,5mm, de anterior para
posterior ou de posterior para anterior.
( ) Quando a fratura é oblíqua sem
cominuição, o princípio é de estabilização
absoluta com colocação de um parafuso de
tração (interfragmentário) e placa de
neutralização, ao passo que, quando é
cominutiva, pode ser empregada haste
intramedular.
( ) O teste de Cotton e a rotação lateral do
talo são testes empregados no diagnóstico
intraoperatório.
( ) Acessos posteriores com o paciente em
decúbito prona estão sendo cada vez mais
utilizados a fim de facilitar a redução aberta
e a fixação.
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B) 2 — 4 — 1 — 3 — 1 — 4 — 3
C) 1 — 3 — 4 — 2 — 4 — 3 — 2 JF
D) 4 — 2 — 1 — 3 — 1 — 2 — 3
Confira aqui a resposta
Aa
9. Observe as afirmativas sobre os objetivos fisioterapêuticos na reabilitação das
fraturas do tornozelo.
I — Restaurar a amplitude de movimento da articulação.
II — Promover ganho de força muscular e deambulação precoce.
III — Obter propriocepção e função adequada.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
A) Apenas a I.
B) Apenas a II.
C) Apenas a I e a III.
D) Apenas a II e a III.
Confira aqui a resposta
10. Quanto ao tratamento conservador das fraturas do tornozelo, é correto
afirmar que
A) nunca deve ser realizado, uma vez que deixa o paciente imobilizado por
longos períodos.
B) é sempre o tratamento de escolha, uma vez que não apresenta pontos
negativos.
C) é uma boa opção em caso de fraturas estáveis, e os pacientes ficarão
aproximadamente seis semanas imobilizados.
D) os pacientes não necessitam de nenhum período de imobilização, somente
deambular com muletas e sem descarga de peso.
Confira aqui a resposta
11. Para pacientes com fraturas instáveis em tratamento conservador, o período
de imobilização deve ser estendido por __________ semanas, e,
consequentemente, o início da descarga de peso ocorre somente em torno da
__________semana. Assinale a alternativa que completa adequadamente as
lacunas.
A) 6 a 12 — quarta
B) 6 a 12 — sexta
C) 8 a 12 — quarta
D) 8 a 12 — sexta
Confira aqui a resposta
12. Quanto à reabilitação após tratamento cirúrgico de fraturas do tornozelo,
assinale a alternativa correta.
A) Em pacientes submetidos à fixação cirúrgica, a descarga de peso não deve
ser realizada até a quarta semana.
B) A partir da primeira semana, exercícios passivos para manutenção de arco de
movimento podem ser realizados.
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C) O início da descarga de peso pode ser prorrogado até a oitava semana para
assim como
pacientes que necessitaram de abordagem da sindesmose, JF
■ CASO CLÍNICO
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JF
Aa
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JF
Aa
ATIVIDADES
14. Qual é o diagnóstico do paciente do caso clínico?
■ CONCLUSÃO
As fraturas maleolares do tornozelo são lesões complexas que demandam uma equipe
familiarizada com o cenário para identificar e indicar o melhor tratamento, uma vez
que a literatura atual traz algumas possibilidades. O fisioterapeuta deve conhecer e
focar os objetivos de tratamento em cada caso clínico que se apresente.
Atividade 1
Resposta: D
Comentário: As fraturas do tornozelo, divididas em fraturas unimaleolares,
bimaleolares ou trimaleolares, correspondem a cerca de 10% de todas as lesões
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alta, o que se justifica em razão de fatores como o aumento do número de
motocicletas. Pode acometer indivíduos de todas as idades, estando relacionada, em JF
Aa Atividade 2
Resposta: A
Comentário: O ligamento colateral medial, também conhecido como ligamento
deltoide, é composto por uma camada superficial e outra profunda, que se
aprensentam de forma multifascicular, originando-se do maléolo medial. Na literatura,
seis bandas são descritas como componentes do complexo ligamentar colateral
medial.
Atividade 3
Resposta: A
Comentário: A sindesmose tibiofibular consiste em uma articulação fibrosa que
conecta a tíbia e a fíbula e pode ser lesionada em conjunto com as fraturas do
tornozelo. Ligamento tibiofibular anterior distal, ligamento tibiofibular posterior distal,
ligamento transverso e ligamento interósseo são os quatro ligamentos que a
compõem.
Atividade 4
Resposta: C
Comentário: As forças que agem no tornozelo podem variar de 1,5 vezes o peso
corpóreo, durante a marcha normal, e até 5,5 vezes o peso corpóreo, durante uma
corrida mais intensa. As forças que agem sobre a cartilagem da articulação do
tornozelo atingem uma área de contato articular relativamente pequena,
comparativamente com o joelho e o quadril, determinando uma maior pressão por
cm2.
Atividade 5
Resposta: D
Comentário: A avaliação do ligamento deltoide é obtida por meio do estresse em
valgo, enquanto a avaliação da sindesmose é permitida pela rotação lateral do talo e
pela compressão laterolateral da perna. Diante da suspeita de fratura alta da fíbula,
além das radiografias do tornozelo nas incidências AP, em perfil e oblíqua interna,
devem ser solicitadas radiografias da perna nas incidências AP e em perfil. A
integridade do ligamento deltoide é determinada por radiografias por estresse.
Atividade 6
Resposta: B
Comentário: Pronação–abdução, pronação–rotação lateral (eversão), supinação–
adução e supinação–rotação lateral (inversão) são os tipos em que a classificação de
Lauge-Hansen se subdivide. Fraturas da fíbula ao nível infrassindesmótico, fraturas
transindesmóticas e fraturas suprassindesmóticas (diáfise da fíbula) são as divisões da
classificação de AO-OTA/Danis-Weber.
Atividade 7
Resposta: A
Comentário: Pacientes com fraturas unimaleolares mediais e posteriores, mais
suscetíveis a desvio, devem evitar a carga até a quarta semana.
Atividade 8
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Resposta: B
posterior,
Comentário: As fraturas são reduzidas e fixadas na seguinte ordem: maléolo
maléolo lateral, maléolo medial ou reparo do ligamento deltoide e sindesmose.
JF
Atividade 9
Aa Resposta: C
Comentário: Amplitude de movimento da articulação, ganho de força muscular,
propriocepção e função são objetivos que devem ser perseguidos desde o início pelo
fisioterapeuta, mas sempre respeitando cada momento da lesão.
Atividade 10
Resposta: C
Comentário: Em caso de tratamento conservador das fraturas do tornozelo, o
fisioterapeuta pode começar o seu trabalho imediatamente e utilizar recursos como o
ultrassom terapêutico para auxiliar a reparação tecidual óssea, assim como, em casos
de fraturas estáveis, manter um arco de movimento aceitável.
Atividade 11
Resposta: D
Comentário: Atenção especial deve ser despendida ao treino de marcha para que
possíveis vícios adquiridos durante o processo de imobilização, como a marcha com o
quadril em rotação externa, possam ser corrigidos.
Atividade 12
Resposta: D
Comentário: Em pacientes submetidos à fixação cirúrgica, a descarga de peso não
deve ser realizada até a sexta semana. A partir da segunda semana, exercícios passivos
para manutenção de arco de movimento podem ser realizados. O início da descarga
de peso pode ser prorrogado até a 12ª semana para pacientes que necessitaram de
abordagem da sindesmose, assim como fumantes, diabéticos ou indivíduos com
neuropatia.
Atividade 13
Resposta: A
Comentário: Os exercícios em cadeia cinética fechada exigem um trabalho prévio, e,
para sua realização, o paciente deverá ter adquirido melhor controle sensório-motor e
força muscular. No treino sensório-motor, primeiramente, incentiva-se o contato do
pé com o solo sem, no entanto, promover descarga de peso no membro lesionado
(paciente em sedestação). Posteriormente, inicia-se o apoio bipedal em solo estável
com paciente em ortostatismo. No treino de marcha, inicia-se com o contato do
calcâneo com o solo. Uma vez que o paciente esteja executando a tarefa de forma
satisfatória, enfatiza-se a fase de resposta a carga, com evolução posterior para o
treino de desprendimento.
Atividade 14
Resposta: O paciente do caso clínico apresenta fratura de maléolo lateral, com lesão
do complexo medial (ligamento deltoide).
Atividade 15
Resposta: Foi realizado tratamento cirúrgico com placas e parafusos.
Atividade 16
Resposta: Após duas semanas, caso o quadro álgico permita, inicia-se a mobilização da
articulação do tornozelo. Já para descarga de peso, deve-se aguardar até a sexta
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■ REFERÊNCIAS JF
https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abordagem-fisioterapeutica-das-fraturas-maleolares-do-tornozelo 24/25
26/01/2023 22:46 ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS FRATURAS MALEOLARES DO TORNOZELO - SECAD
(11):CD005595.
Andreolli; 2017.
2.
18. Batista F. Uma abordagem multidisciplinar do paciente diabético.
ed. São Paulo: JF
19. Karakaya MG, Rutbİl H, Akpinar E, Yildirim A, Karakaya IÇ. Effect of ankle
Aa proprioceptive training on static body balance. J Phys Ther Sci. 2015
Oct;27(10):3299–302.
20. Luci FT, Sandra JO. Anatomia funcional e biomecânica das articulações do
tornozelo, subtalar e médio-társica. Rev Fisioter. 1997 Jul–Dez;4(2):50–65.
https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/abordagem-fisioterapeutica-das-fraturas-maleolares-do-tornozelo 25/25