civil.
A propósito, de forma simples, os juros são o favor que se paga pelo tempo
que se usa o dinheiro do outro. Isto é, utiliza-se o dinheiro por um período.
Ademais, classificam-se os juros em duas principais formas [4]:
Ex: José precisa de dinheiro emprestado e vai até um banco, que dele cobra
um percentual de juros como forma de remunerar a instituição financeira
por esse serviço.
Juros moratórios: São pagos pelo devedor como forma de indenizar o
credor quando ocorre um atraso no cumprimento da obrigação.
São devidos pelo simples atraso, ainda que não tenha havido prejuízo ao
credor (art. 407 do CC).
Juros convencionais:
Juros legais:
E, de tal modo, enuncia que “ (...). Quando os juros moratórios não forem
convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de
determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para
a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional (...)”.
“ (...) A respeito dos juros legais moratórios, enuncia o art. 406 do CC que
mesmo não estando previstos pelas partes, serão devidos de acordo com a
taxa que “estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos
à Fazenda Nacional”. Na opinião deste autor, o correto posicionamento a
respeito desse dispositivo é ser a taxa mencionada aquela prevista no art.
161, § 1º, do Código Tributário Nacional, ou seja, 1% ao mês (12% ao
ano). (...) [5]”
“ (...) O artigo 406 do diploma atual trata dos juros moratórios e estipula
que quando não convencionados serão calculados pela taxa em vigor para a
mora no pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional, atualmente a
taxa SELIC (...). Se a interpretação do contrato não for hábil para o
fornecimento de qualquer parâmetro de determinação dos juros, aplicar-se-
ão diretamente os juros previstos no próprio artigo 406. (...) [6].
(Supressões).
Nisto, como trata Flávio Tartuce [12], “No que diz respeito às obrigações
líquidas e vencidas, na V Jornada de Direito Civil, aprovou-se o seguinte
enunciado, de autoria de Marcos Jorge Catalan: “os juros de mora, nas
obrigações negociais, fluem a partir do termo da prestação, estando a
incidência do disposto no art. 405 da codificação limitada às hipóteses em
que a citação representa o papel de notificação do devedor ou àquelas em
que o objeto da prestação não tem liquidez” (Enunciado n.428)” (com
destaques).
Enfim, como defende Erik Navarro Wolkart [22], citando Robert Cooter, “
(...) se há uma preocupação com a precisão da decisão judicial, há, na
verdade, uma preocupação com o erro judicial. Desse ponto de vista, todo o
investimento em participação (manifestações das partes de modo geral,
dilargamento de prazos, recursos, motivação, produção de provas,
oralidade etc.) é, na verdade, um investimento no combate ao erro. E o erro
é um custo social para o processo. (...)”.
[4] https://www.dizerodireito.com.br/2013/02/qualetaxa-de-juros-
moratorios.html. Acesso em: 30 de outubro de 2022.
[5] TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil, Volume Único, 11. ed. –
Rio de Janeiro, Forense; Método, 2021, pág. 426.
[7] https://www.migalhas.com.br/depeso/341896/juros-de-mora-de-1-ao-
mes-ou-taxa-selic. Acesso em: 30 de outubro de 2022.
[12] TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil, Volume Único, 11. ed. –
Rio de Janeiro, Forense; Método, 2021, pág. 431.
[13] Art. 2º. O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por
impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
[14] Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes,
sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei
exige iniciativa da parte.
[16] Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que
lhe é devida, ainda que mais valiosa.
[19] . Assim, o credor não será obrigado a aceitar coisa que não esteja em
perfeita conformidade ao objeto da obrigação, ainda que de valor superior,
uma vez que a entrega de objeto diverso não solve a obrigação. Nesses
casos, para que se dê a quitação do débito, haverá a necessidade de
concordância do credor, caso em que se dará a extinção da obrigação por
dação em pagamento (CC, arts. 356 a 359) (Pereira, Caio Mário da Silva.
Teoria Geral das Obrigações, Rio de Janeiro; forense, p.183.
[20] CPC. Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas
partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo
respeito a lei exige iniciativa da parte.
[21] CPC. Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição,
com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes
oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual
deva decidir de ofício.
[22] WolKart, Erik Navarro, Análise Econômica do processo civil: como a
economia, o direito e a psicologia podem vencer a tragédia da justiça – São
Paulo: Thompson Reuters Brasil, 2020, p.284.