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O regime jurídico de aplicação dos juros moratórios previstos código

civil.

Em primeiro lugar, este artigo não se propõe a exaurir o tema. Porém,


busca tentar aclarar a respeito, sobretudo, da aplicação do artigo 406 [1],
caput, primeira parte, do Código Civil. E, debater, por exemplo, sobre o
regime jurídico aplicável aos juros moratórios acordados e expressos nos
contratos bancários.

Sabe-se que, apesar de expressamente discriminados nos contratos de


mútuos mercantis, v.g., a maioria da população, infelizmente, pelo
desinteresse na importância e impacto no orçamento doméstico ou
empresarial, não procura entender o básico do que são os juros.

Diga-se que, muito embora existam vários vídeos e textos gratuitos na


internet, tentando esclarecer, para o leigo, relevante assunto [2].

De tal modo, quando os credores em geral: bancos, cooperativas de


créditos, empresas simples de crédito [3], dentre outros entes financeiros,
redigem seus contratos ou títulos de créditos dão especial ênfase a cláusula
concernente aos juros pactuados.

Porque a referida disposição reforça os direitos do credor quanto a estes


frutos civis, para a sustentação de um mercado financeiro saudável e em
benefício da segurança jurídica.

A propósito, de forma simples, os juros são o favor que se paga pelo tempo
que se usa o dinheiro do outro. Isto é, utiliza-se o dinheiro por um período.
Ademais, classificam-se os juros em duas principais formas [4]:

I. Quanto à sua finalidade:

Juros compensatórios (remuneratórios): São pagos pelo devedor como


uma forma de remunerar (ou compensar) o credor pelo fato de ele ter
ficado privado de seu capital por um determinado tempo.

É como se fosse o preço pago pelo “aluguel” do capital.

Ex: José precisa de dinheiro emprestado e vai até um banco, que dele cobra
um percentual de juros como forma de remunerar a instituição financeira
por esse serviço.
Juros moratórios: São pagos pelo devedor como forma de indenizar o
credor quando ocorre um atraso no cumprimento da obrigação.

É como se fosse uma sanção (punição) pela mora (inadimplemento


culposo) na devolução do capital.

São devidos pelo simples atraso, ainda que não tenha havido prejuízo ao
credor (art. 407 do CC).

Ex: José pactuou com o banco efetuar o pagamento do empréstimo no dia


10. Ocorre que o devedor somente conseguiu pagar a dívida no dia 20.
Logo, além dos juros remuneratórios, terá que pagar também os juros
moratórios como forma de indenizar a instituição por conta deste atraso.

II. Quanto à origem:

Juros convencionais:

São aqueles pactuados (ajustados, combinados) pelas partes.

Juros legais:

São aqueles fixados pela própria lei.

Estão previstos no art. 406 do CC.

De tal modo, os custos dos recursos emprestados trazem consequências


obrigacionais, que são os juros moratórios pactuados, por exemplo. E,
estes, devido a sua importância, possuem tratamento normativo específico,
como regras presentes no Código Civil (artigos 405 e 406, v.g.), resoluções
do Conselho Monetário Nacional (CMN) e Banco Central do Brasil,
súmulas e entendimentos do Superior Tribunal de Justiça, dentre outros.

Por vez, o artigo 406, do Código Civil, localiza-se, topograficamente, no


Título IV – DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES, CAPÍTULO
IV – DOS JUROS LEGAIS, no CÓDIGO CIVIL.

E, de tal modo, enuncia que “ (...). Quando os juros moratórios não forem
convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de
determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para
a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional (...)”.

Dessa forma, o referido artigo é claro ao determinar que somente quando


não convencionados, é que os juros moratórios serão regidos pela sua parte
final.
A respeito, importante expor o que os doutrinadores Flávio Tartuce e
Eduardo Salomão Neto dizem a respeito do referido artigo:

“ (...) A respeito dos juros legais moratórios, enuncia o art. 406 do CC que
mesmo não estando previstos pelas partes, serão devidos de acordo com a
taxa que “estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos
à Fazenda Nacional”. Na opinião deste autor, o correto posicionamento a
respeito desse dispositivo é ser a taxa mencionada aquela prevista no art.
161, § 1º, do Código Tributário Nacional, ou seja, 1% ao mês (12% ao
ano). (...) [5]”

“ (...) O artigo 406 do diploma atual trata dos juros moratórios e estipula
que quando não convencionados serão calculados pela taxa em vigor para a
mora no pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional, atualmente a
taxa SELIC (...). Se a interpretação do contrato não for hábil para o
fornecimento de qualquer parâmetro de determinação dos juros, aplicar-se-
ão diretamente os juros previstos no próprio artigo 406. (...) [6].
(Supressões).

Diante das opiniões dos doutrinadores e do próprio Superior Tribunal de


Justiça, o ponto que ocasiona atenção e maiores divergências quanto ao
artigo 406, Código Civil, é basicamente qual a taxa aplicável de juros
moratórios no caso de ausência de pacto de juros entres as partes no caso
de condenações em geral - ou Taxa SELIC ou condenações em geral os
juros de mora de 1% ao mês (?) -. [7]

No entanto, independentemente da discussão acima, é importante destacar


que o Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento que, em casos de
não serem fixados os juros pelas partes em contrato bancário, incidem as
taxas de mercado e não o artigo 406 do Código Civil [8][9].

No mais, há de se notar que, situação importante reside no ponto que os


interpretes confundem qual seria o correto termo inicial para a incidência
dos juros moratórios, quanto às pretensões de cobrança e monitórias
embasadas em títulos de créditos e outros advindos de obrigações líquidas e
vencidas, aplicando-se, genericamente, o regime genérico aplicável a
responsabilidade civil contratual ou extracontratual.

Ou seja, utilizam erroneamente, nas decisões, a título de exemplo, os


artigos 398 e 405 [10][11], do Código Civil, que tratam de obrigações
líquidas e não vencidas ou não negociais, quando o entendimento é que a
“(...) Emissão de nota promissória em garantia do débito contratado não
altera a disposição contratual de fluência dos juros a partir da data certa do
vencimento da dívida. 3.- O fato de a dívida líquida e com vencimento
certo haver sido cobrada por meio de ação monitória não interfere na data
de início da fluência dos juros de mora, a qual recai no dia do vencimento,
conforme estabelecido pela relação de direito material. 4.- Embargos de
Divergência providos para início dos juros moratórios na data do
vencimento da dívida”. (STJ - EREsp: 1250382 RS 2011/0205446-3,
Relator: Ministro SIDNEI BENETI, Data de Julgamento: 02/04/2014, CE -
CORTE ESPECIAL, Data de Publicação: DJe 08/04/2014).

Nisto, como trata Flávio Tartuce [12], “No que diz respeito às obrigações
líquidas e vencidas, na V Jornada de Direito Civil, aprovou-se o seguinte
enunciado, de autoria de Marcos Jorge Catalan: “os juros de mora, nas
obrigações negociais, fluem a partir do termo da prestação, estando a
incidência do disposto no art. 405 da codificação limitada às hipóteses em
que a citação representa o papel de notificação do devedor ou àquelas em
que o objeto da prestação não tem liquidez” (Enunciado n.428)” (com
destaques).

Mesmo assim, alguns julgadores e exegetas, a despeito da clareza da


situação, por desatenção a respeito da matéria ou do caso concreto,
aplicam, indistivamente, os artigos 398 e 405, do Código Civil - ou, de
forma errada, para acirrar mais ainda a controvérsia, utilizam a parte final
do art. 406, do Código Civil, ao talante do pedido ou causa de pedir objeto
da pretensão judicial e, substituem, de ofício, os índices livremente
pactuados no título de crédito que deu origem à pretensão -.

A título de exemplo do uso incorreto dos referidos artigos, podemos extrair


exemplo real narrado no voto do Desembargador-Relator José Maurício
Lisboa, extraído no acórdão proferido pela Primeira Câmara de Direito
Comercial da Justiça Estadual de Santa Catarina em Apelação Cível nº
0310701-34.2016.8.24.0036:

“(...). Isso porque, infere-se do processado que a ação monitória está


embasada em contrato de abertura de crédito em conta corrente – limite
empresarial, o qual prevê expressamente que sobre o valor devido deverá
incidir multa moratória de 2% e juros remuneratórios de 6,87% ao mês
capitalizados e corrigidos pela TR (págs. 33-37).

Visto isso, vislumbra-se que a parte requerente ao ajuizar a presente ação,


apresentou cálculo dos valores que entende por devidos, com a incidência
dos respectivos encargos mencionados até a data do ingresso da ação em
juízo (21/11/2016), apurando o saldo devedor de R$ 49.423,61 (quarenta e
nove mil, quatrocentos e vinte e três reais e sessenta e um centavos) (págs.
49-51), o qual restou constituído em título executivo judicial, com a
incidência de correção monetária desde a apuração do saldo devedor pelo
INPC e acrescida de juros moratórios à taxa de 1% ao mês a partir da
citação; contudo, O JUÍZO SENTENCIANTE NADA PONDEROU
ACERCA DA INCIDÊNCIA DOS ENCARGOS MORATÓRIOS
PACTUADOS, O QUE SE FAZIA NECESSÁRIO.

Sendo assim, diante da demonstração da inadimplência da parte ré, bem


como pelo fato de que sequer houve insurgência por parte dos devedores a
este respeito, a incidência dos encargos de mora contratados sobre o valor
do débito perseguido até a data do efetivo pagamento, é medida imperativa,
consoante entendimento consolidado pelo Corte Superior, in verbis: (...)
(destaques e omissões) ”.

Dessa maneira o acórdão acima, caminha conforme o entendimento do


Superior Tribunal de Justiça: "Havendo inadimplência, o termo final para a
cobrança dos encargos contratados, entre os quais os juros remuneratórios,
é o efetivo pagamento do débito" (STJ, 4ª Turma, REsp 646.320/SP, Rel.
Ministro Luís Felipe Salomão, DJe de 29.6.2010)", e destaca a necessidade
da análise ponderada acerca da incidência dos encargos devidamente
pactuados, diante da demonstração da inadimplência da parte ré (recorrida).
E há de se aplicar, por consequência, a incidência dos encargos de mora
contratados sobre o valor do débito perseguido até a data do efetivo
pagamento.

Afora os artigos já mencionados, a nosso ver, decisões ou entendimentos


diferentes do acima consolidado pelo Tribunal da Cidadania, minam, por
exemplo, os artigos 2 º [13] (princípio da inércia da jurisdição), 141 [14] e
492 [15] (congruência), ambos do Código de Processo Civil, e 313 [16] do
Código Civil, dos quais trataremos a seguir.

Em primeiro lugar, a respeito da inércia da jurisdição e da congruência


(arts. 2º e 492, CPC), bem trata Daniel Amorim Assumpção Neves que “
(...). Segundo previsão do artigo 2º do CPC, se confirma legislativamente o
princípio da inércia da jurisdição. Pela previsão contida no artigo 492 do
CPC, que consagra o princípio da congruência (correlação/adstrição), nota-
se que não só a jurisdição depende de provocação para se movimentar,
como o fará nos estritos limites definidos pelo objeto da demanda, que em
regra é determinado pelo autor e excepcionalmente também pelo réu
(reconvenção/pedido contraposto). Quanto ao que ficar fora da demanda, a
jurisdição continuará inerte, não haver prestação de tutela jurisdicional,
salvo nas excepcionais hipóteses de “pedidos implícitos” e de aplicação da
regra da “fungibilidade”, circunstâncias previstas por lei que autorizam a
concessão de tutela não pedida. (...)” [17]. (Destaques e supressões nossas).
Sobre o princípio da inércia da jurisdição e o porquê de sua existência, o
ilustre processualista civil Cândido Rangel Dinamarco é bem didático: “
(...). Outra característica da jurisdição consiste na inércia dos órgãos
jurisdicionais (nemo judex sine actore, ne procedat judex ex officio). O
exercício espontâneo da atividade jurisdicional acabaria sendo
contraproducente, pois a finalidade que informa toda a atividade jurídica do
Estado é a pacificação social, e isso viria em muitos casos a fomentar
conflitos e discórdias, lançando desavenças onde elas não existiam antes
(...). [18]” (Destaques e supressões).

Deste modo, como se tira, parece-nos que, ao se aplicar de ofício índices de


juros e/ou correção monetária diferentes da pretensão, os julgadores correm
o risco de oferecerem prestação jurisdicional diferente da pedida (extra
petita), v.g.

Além disso, na mesma lógica, o Código Civil é bem claro no sentido de


que “ (...) O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é
devida (...) (art. 313, CC [19]).

Ressalte-se, por adequado, que às pretensões de cobrança ou monitórias


que abrangem contratos bancários ou títulos de crédito se encontram, no
geral, amparadas em cláusulas pactuadas livremente entre as partes, com a
expressa previsão dos juros incidentes.

De tal modo, com a devida licença, não cabe ao Judiciário ou exegeta se


imiscuir, como uma espécie de revisor de ofício destas cláusulas.
Notadamente, no caso de inércia do devedor em apontar quais seriam os
abusos então existentes no contrato ou sequer discutida pelas partes, sob
pena de se pronunciar sobre matéria não ventilada pelas partes [20] [21].

No mais, resta considerar que se as partes convencionaram o contrato ou


título de crédito e suas cláusulas, é de se aplicar, apesar de opiniões
contrárias, o preceito do"pacta sunt servanda", fazendo-se cumprir o ajuste
na forma como instituído, com a aplicação do fator atualizador da moeda
acordado.

Com essas considerações, é imaginável perceber que o tema ora analisado é


um bom exemplo que demonstra a importância do esforço necessário com a
precisão da decisão final, conferindo-se, diante da especificidade do caso
concreto, o zelo que o intérprete deve ter para tomar a melhor prestação
jurisdicional.

Enfim, como defende Erik Navarro Wolkart [22], citando Robert Cooter, “
(...) se há uma preocupação com a precisão da decisão judicial, há, na
verdade, uma preocupação com o erro judicial. Desse ponto de vista, todo o
investimento em participação (manifestações das partes de modo geral,
dilargamento de prazos, recursos, motivação, produção de provas,
oralidade etc.) é, na verdade, um investimento no combate ao erro. E o erro
é um custo social para o processo. (...)”.

[1] Art. 406. Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o


forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei,
serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do
pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional.

[2] https://www.youtube.com/watch?v=MT-Vjc8rzTU. Acesso em: 30 de


outubro de 2022.

[3] LEI COMPLEMENTAR Nº 167, DE 24 DE ABRIL DE 2019.

[4] https://www.dizerodireito.com.br/2013/02/qualetaxa-de-juros-
moratorios.html. Acesso em: 30 de outubro de 2022.

[5] TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil, Volume Único, 11. ed. –
Rio de Janeiro, Forense; Método, 2021, pág. 426.

[6] SALOMÃO NETO, Eduardo. Direito bancário, 3. Ed. – São Paulo:


Trevisan Editora, 2020, pág.228.

[7] https://www.migalhas.com.br/depeso/341896/juros-de-mora-de-1-ao-
mes-ou-taxa-selic. Acesso em: 30 de outubro de 2022.

[8] (...) 1 - Nos contratos de mútuo em que a disponibilização do capital é


imediata, o montante dos juros remuneratórios praticados deve ser
consignado no respectivo instrumento. Ausente a fixação da taxa no
contrato, o juiz deve limitar os juros à média de mercado nas operações da
espécie, divulgada pelo Bacen, salvo se a taxa cobrada for mais vantajosa
para o cliente. 2 - Em qualquer hipótese, é possível a correção para a taxa
média se for verificada abusividade nos juros remuneratórios praticados.
(...) (STJ - REsp: 1112879 PR 2009/0015831-8, Relator: Ministra NANCY
ANDRIGHI, Data de Julgamento: 12/05/2010, S2 - SEGUNDA SEÇÃO,
Data de Publicação: DJe 19/05/2010). (Supressões)

[9] Súmula 530: Nos contratos bancários, na impossibilidade de comprovar


a taxa de juros efetivamente contratada - por ausência de pactuação ou pela
falta de juntada do instrumento aos autos -, aplica-se a taxa média de
mercado, divulgada pelo Bacen, praticada nas operações da mesma espécie,
salvo se a taxa cobrada for mais vantajosa para o devedor.
[10] Art. 398. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o
devedor em mora, desde que o praticou.

[11] Art. 405. Contam-se os juros de mora desde a citação inicial.

[12] TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil, Volume Único, 11. ed. –
Rio de Janeiro, Forense; Método, 2021, pág. 431.

[13] Art. 2º. O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por
impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.

[14] Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes,
sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei
exige iniciativa da parte.

[15] Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da


pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto
diverso do que lhe foi demandado. ”

[16] Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que
lhe é devida, ainda que mais valiosa.

[17] Daniel Amorim, Manual de direito processual civil, JusPODIVM,


2020, p.85.

[18] Dinamarco, Candido Rangel. Teoria Geral do Processo, 32ª Ed.,


Malheiros Editores, p.261.

[19] . Assim, o credor não será obrigado a aceitar coisa que não esteja em
perfeita conformidade ao objeto da obrigação, ainda que de valor superior,
uma vez que a entrega de objeto diverso não solve a obrigação. Nesses
casos, para que se dê a quitação do débito, haverá a necessidade de
concordância do credor, caso em que se dará a extinção da obrigação por
dação em pagamento (CC, arts. 356 a 359) (Pereira, Caio Mário da Silva.
Teoria Geral das Obrigações, Rio de Janeiro; forense, p.183.

[20] CPC. Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas
partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo
respeito a lei exige iniciativa da parte.

[21] CPC. Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição,
com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes
oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual
deva decidir de ofício.
[22] WolKart, Erik Navarro, Análise Econômica do processo civil: como a
economia, o direito e a psicologia podem vencer a tragédia da justiça – São
Paulo: Thompson Reuters Brasil, 2020, p.284.

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