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A REVISTA OFICIAL DO oO IBRACON Instituto Brasileiro do Conereto Udi TI eas Sa Gl Tele om sire Gel) tra te rau) Diretor de Pesquisa e Deserwchimerto Tio Noguera Bitenc: tulic. baxancourt@ poli a be Diretor de Publicactes e Divulgagao Técnica He paulo.helene@poli.usp.br Diretor 1 Vice Presidente udio Songhi New csbrighi@ yahoo.com Diretor de Marketing ‘Wagner Roberto Lope: wiopes@abeso.org.br Diretor de Evertos Paulo Roberto Amaro pramaro@eletrobras.com Diretor de Cursos sluan Fernando Matias Martin fernando. matias@degueea.com Diretor 3 VicePresidente Mario Wiliam Esper maro.wliam@bep.org. br Diretor 12 Secretério Eduardo Figueirado Horta ofhorta@ipt. br Diretor de Informatica José Roberta Braguimn jrbraguim@osmb.com.br Diretor 22 Secretério Paulo Fernanco Arauja da Siva pavlo.fernando@concramat.com.br Diretor Técnica Rubens Machado Bittencourt * pbitten@furnas.com.br Assessor da Presidéncia Augusto Carlos de Vasconcatos evasze 1 @uel.com.br Assessor da Presidéncia ‘Jorge Batlouns Neto jbn@tecnum.com.tr Diretor de Relagoes Institucionais Luiz Rodolfo Moraes Rego luiz,rego@gerdau. com. br 6 REVISTA Dublcacio bimensal ateda Femando More Albouerue tee (33) 3020375, Fla Concepts ators Ui. Sireaeoncaptacombe tor Para pibati, 6 anions deem Uirtan Senne sae Se le efundor's Concepan foo Uoytamecoreeptucom br eeu eae Ser etder Sec ta 15 ia vita po wmee Iolano m, Pelimane MTB 3756 julans Galle en sre aaron oe Fonoetonceptas ome ovandte Beer Seosterasconptconse arunceeconcetis ombr ray) sera Para que IBRACON? Em meados de julho as inscrigSes efetivaclas antecipadamente para perticipagao no 46° Congress Brasletro de Concreto, a realizarse de 14 2 18 de ‘Agosto de 200% em Floriandpolis,j4 superavamn a impressionante marca das 500, fato inédito na historia do Instituto. Considerando este fato positive e o fim da cise no setor, podese prever nesse Congresso uma presenca mac de arquitetos e engenheitos fisais, académiccs. arquitetos projetistas, professores, profissionais da area privada e publica, pesquisadores, projetistas esirutur politicos, alunos de graduacao e de pos-graduaczo, fornecedores de materiais € componentes, tecnoiogistas, enfim de todos os representantes da cadeia produtiva e consumidora de estruturas de concreto simples, armado @ protendido, indusive muitos estrangeiros. Todos os anos varios sécios, diretores, representantes de coletivos © de mantenedores, ¢ até colaboradores doam incontiveis horas de seu precioxo tempo para 0 fortalecimento do IBRACON. Muitos desses ainda investem significativas quantias financeires para fomentar atividades. Por que fazem iss0? Por que ha interesse de tantas empresas, engenheiros @ arquitetos em participar, em associarse, em renovar a anuidade do IBRACON? Por que outras Entidades afins se interessam em juntarse a0 IBRACON a cada ano? As respostas podem ser variadas; alguns porque desejam entrar numa cadeia forte de negécios: cutros porque obtém publicagSes técnicas de interesse profesional, outros porque publicam © divulgam suas pesouisas diretamente a consumidores em potencial; outros pela credibilidade do Instituto, concuistada_ em 32 anos de bons servicos prestados 3 socedade; outros porque aprendem com cursos © com troca de idéias © desejam estar esclarecidos e atualizados com as novas tendéncias. Cada um tem uma ou vérias razGes para justifiar seu interosse pelo Instituto. © IBRACON tem uma caracteristica impar de ser 0 ‘melhor forum agregador do setor once todos 05 seamentos tém voz e voto, constituindo uma das mais tradicionais, confidvels e fortes comunidades de sadio relaconamento profisional dessa importante drea Industrial do pais. Sua nobre missa0 de “civulcar a tecnologia do concreto e de desenvolver 0 seu mercado, articulando seus agentes, em beneficio dos consumidores e da socieclade em geral, em harmonia com o meio ambiente”, tambem agrega valor a Instituicdo pos & luma propesta integradora, abrangente © construtiva, Desde de sua fundagio é conduzido por voluntai Idealistas e abnecados que se enquadram no artigo 3* dos Estatutos *... 0 IBRACON é uma Entidade sem finaldade lucrativa e sem dlstibuicao, sob nenhuma es Presidente forma ou pretexto, de lucros, de bonificagGes ou de ‘queatsquer outras vantagens econémicas a diretores, colaboradores, mantenedores ou assaciadbs ...". Como acontace historieament nos sindietos 0 asociagSes de classe, as pessoas se reinem em tome da defesa de interesses @ de ideais comuns. No caso dos sindicatos e associacées, tratese de defender os interesses poticos e salariais da classe to caso de Institutes como 0 Brasiciro do Concreto, 08 profissionais se reinem para promover a boa arquitetura € engenharia, para a utilizacdo otima do dmento e do concrotor para extsfazer ar necestidades do mercado com qualidade contribuindo para mehorer 0 ‘desempermo profissional de cada interveniente; para o desenvolvimento e 0 beneficio econdmico da industria; para 2 mahoria © a evolucio do ensino @ da porquisa, 01 3, atividades em prol do progresso € do bem estar da sociedad. Além de se reunirem em torno de interesses ou ideals cxpecticos, esses profissionais partiham da certeza de {que tanto mais atendidos serio seus ideas, anseos e interesses comuns, quanto mais forte for @ Instituicao correspondente. Fica claro que esa maior forea 6 pode vir do nimoro dle empresas e profisionais que se associem ¢ paricpem co Instituto, uma vez que esia opgio & voluntaria e que quanto maior 0 quadro sodal, mais representativo desse segment industrial ele srd Ninguém entra no Instituto para fazer cara, ou para obter priviegios e vantagens pessoais, mas sim Porque acedita que pode contribuir para’o aumento {a forca ca Instituigso na defesa dos interesses e dos iceais coletivos do actor. Para exemplficar bem esia visdo vale recordar as palavras de John Kennedy em seu discurso proferido na see em 1967 no qual considerava os cdadlaos Dmericanos como sécios de uma grande nacio: “My fellow Americans, ask not what your Country can do for you: — Ask what you can do for your Country”. {A postura do aciocialo © calaborador deve sor a de monter, defender © volorizar 08 princioios basicos que Sempre nortearam as atividades do IRACON desde sua fundacao, que sio 0 da promoxao ética do conhecimento sobre conereto para beneficio de todos paulo.helene@poliusp.br 8 46° Congreso Brasileiro de Concreto = nals... “= 5 Editorial 28 Obras 10 Especial - 100 anos do ACI 24 Mercado Internacional 26 Workshop 38 Pavimentas 58 Entrevista 48 Pré-molda 62 Assuntos Internacionais 68 Acontece 7 Carbonatacion 78 Concreto de Alto Desempenho 90 Agenda 46° CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO “CONSTRUINDO A INFRAESTRUTURA NACIONAL’ m “) Workshop de Pesquisa € il Desenvolvimento em Concreto | Apresentacio do funcionamento do Comité de Pesquiisi & Desenvolvimento, iodo de relatbrio sobre projetos cadasttados no CONCRETO BRASIL 2004 Discussio de propostas para agdes do Comité | de Pesquisa & Desenvolvimento io Prof. Tio Nogueira Bittencourt eas cone Pa fh. hil Paulo Roberto Amar hen Ee ith a) | oy peep il 1 Mohan Ml Abordari a avaliaglo do seu efcito ‘ou positivo) mumna estrutura de concreto, cAleulo da sua magnitnde, 0 efeito do tipo de ‘¢imento e dosagem do concreto ¢ as alternativas ‘minimizar seu efeito em pecas estruturais. ol itini, [. Henrique Ceotto Pedro Castro AL CONPAT.CINVESTAV Bruno Contarini - IBRACON Ea Meneco Univershy of Beidley OUTROS TEMAS DO CONGRESSO, ion 4 + Barragem de Conereto INSCRIC OES + Obras em Conereto de Saneamento, * Projeto eae deConcreto * Construcdes em Concreto ~seae QD vor aa eso i seseyod og] ~ S804 06% op sojE0d sagsta8 g ‘soghejusseids 96 1ers0y ¢'} op Bopeses z + WOY | op sageaee jy ‘eu pUNd ep (a0), is WalANW.09738 eHENOFIS 90 ed oppaLa jenbe9 - 9602 NoovUE! IS VUIZNIN 09738 B9BMUAPIS B10 BP op Hee erqUsssy Ce02 - 006) Teoveung-o0pL BNSF | O92 ~ 02:61 ; = PISO ere sejeceg / 0061-0881 tenvaay 9p jejanbog © optezqU8}E109 denen ionmceR wen, * ‘oo mer woene spam asemeneg ee, | ; pars STRAT . osI =e a 8 | wen oonz ¥ - & es 1068) ~ 05:44 g #80 /O8L5~ OLE a a|_» we}6G00 / OL) ~ 08s ‘ FRO OOL— EST “> [seeo root -oEer | ¢, [002 008 | __ senedoued { mHpUed c eupIOg mupUog { eas : ‘sjseunjoeuiely| se.)80/6¢ i i ale i 069) 0857 é 0091- COE eyed ‘OGL = Ons | DOS! =00% UY OFF ~ O8-ZE eo eo} (ee) 08 9008 ‘ees o'or | GOH — O87 0 / 060) = OGOr {30d OFS!05 OF p94 O25595 OF EL so epezyensnpuy saregeq SEO /OUOK “OEE | ptnasueo aoe | /0001-068 doUsHON of wage [ered awed ore0- 068 | 068-068 | Ox0L = 088 18 = 088 [o0/e1) vurasvLNWnD (ORT TET Teun) ocvays: ‘018 0BE OP GE FH TOS) eTIOdpUBLOIY - SegsUeRLOD Op OID Ov NOOVURI VaNaOY ET SCONGRESSO BRASILEIRO DE CONCRETO SJUDINDISeY q | SPECIAL - 100 ANOS DO ACI CONFERENCIA INTERNACIONAL 100 ANOS DO ACI O evento contou com a participacdo de especialistas nacionais e- internacionais e proporcionou interessantes discussdes sobre a tecnologia do concreto. 0s dias 25, 26 © 27 de abril, o Institute Brasileiro: do Concreto (lbtacon) homenageou o American Concrete Institute (ACI) durante a Conferéncia Internacional 100 anos de ACI ~ “Construcio em Concreto como Fator de Integragao das Américas” no Novotel Center Norte. A Conferénca representou um auténtico forum de debates sobre ‘0s temas mais pertinentes para 0 avanco da tecnologia do concreto no mundo. “O evento traz para junto de nos profissionais de altissimo gabarito ©, por outro lado, eles aprendem conosco, pois a engenharia brasileira situase entre as mais desenvolvidas do mundo", dedarou 0 engo. Maro Franco. José ‘Pepe’ Izquierdo, presidente do ACI, destacou a importincia des comités técnicos das entidades representativas do concieto, assim como 25 conferéncias e workshops internacionais, como fatores necessarios para o continuo avarca do uso do concreto no mundo. “Diferentemente das democracies, onde vence a opiniao da maioria, no ambito dos comités tecnicos vence a melhor mesma que esta seja de uma unica pessoa", destacou Izquierdo. Um dos temas que cespertou mais interesse a 's palestrantes foi o da durabilidade das de concrete. Para José Lozano, diretor s10 Mexicano de Cimento @ Concreto © problema de durabilidade & de carencia de regulamentacées, gOS © treinamentos que atentem para Raul Husni, presidente do Capitulo nine do ACI e da Asociacién Argentina de egeneros Estructurales (AIE), trouxe para a Conferancia dados de uma pesquisa realizada em seu pais que mostram a origem des problemas d= urabilidade: erros do projeto sdo responsaveis por 50% do problema; falhas construtivas, 30%; ¢ a baixa qualidade dos materiais responde por 15% ‘A durabilidade das estruturas de concreto versus © custo das construcées foi um tema especialmente discutido durante o Férum de Durabilidade. Dr. Pedra Castro, do Centro Mexicano de Investigagao ¢ Estudos Avancados do IPN (Cinvestav), destacou que 0 aumento da proporcao de cimento no concreto nao implica necessariamente em maior durabilidade dat construcées. Ele ressaltou que o problema da cura € de fundamental importancia na definicao da curabilidade. 44 Rubens Bittencourt, coordenador 0 paine! e dirator tecnico do ibracon, @ Bruno Contarini, do Rio de Janeiro, concluiram que custo € durabilidade nao sto fatores concorrentes, tendo em vista que uma maior durabilidade implica em um custo final (custo da obra + custo de manutengie) menor. Prosieguinde © debate, 0 dr. Antonio Carlos Reis Laranjeiras, da ACR Laranieiras de Salvador (BA). expds que estruturas menos duraveis, tis como as construdas na segunda metade do século XX, ameacam a credibiidade do concreto, inviebilizam o corcamento piblico e colocam-se contra desenvolvimento sustentavel. Dr. Enio Pazzini professor da Universidade Federal de Goidnia, indicou a perspectiva das construgées de concreto brasileiras ao comentar que a nova NE-1 privilegia a durabilidade das estruturas de conereto. Outro tema tratado em profundidade fei o da tentative de corwergéncia das normes nacionais a0 cadigo ACI-318. Fernando Yanez, professor da Universidade do Chile, arqumentou que toda a costa do Pacifico ¢ uma regide caracterizade pela alta incidénca de terremotos, 0 que possibilitou a tacil assimlacao do uso da norma norte-americana ‘em seu pais. Paulo Helene, presidente do Ibracon, contrapése a0 professor chileno, argumentando que ei outros campos existem multas diferencas conceituais entre 2 norma brasileira e a norte- americana, demonstrando que em muitas aspectos 2 NBR 6118/2002 6 superior & sua correlata ACI- 318. “Quanto acs mecanismos de envelhecmento, a norma brasileira descreve trés relativos a0. concreto @ dois relativos as armaduras. enquanto 2 norma americana contempla apenas dois mecanismos relativos ao concreto ~ sulfatos @ agdo de congelamento - ¢ apenas um relativo a armadura”, exemplificou Helene. James Cagley, PECIAL - 100 ANOS DO ACI Rubens Bizencourt, HS. Lew, Paulo Helene, José ‘Pepe’ lequierca, Selmo Chapira e James Cagley, futuro presidents do ACI futuro presidente do ACI, aprecentou uma posicio mediadora, afirmando que féruns como essa Conferéncia Intemacional ¢ os workshops corganizados pelo American Concrete Institute servem, justamente, para buscar consensos, pois problemas e solucéas em relacdo as estruturas de concreto séo similares em todos paises. Diversos engenheiros discutiram com 0s participantes suas experiéncias no projeto € execugao de grandes obras de concreto, tais como: © Cassino Borgata, nos EUA; 2 pista ascendente de Rodovia dos Imigrantes; a Usina Hidrelétrica de Tucurui, e a Ponte Ric Niteréi. © engo. Mario Franco destacou os procescos construtivos @ 0s projetos de diversos edificios altos brasileiros, percorrendo todo © século 20%. "Um dos pontos altos dessa Conferenda fot a palestra do ‘enganheiro Mario Franco, onde foi apontado que 0 Brasil est’ pari. asso com 2 tecnologia de construcao no mundo, tendo aleangado| diversos recordes mundiais”, opinou Carlos Campos, gedlogo ca Carlos Campos Consultoria © Construsées, de Golinia. ‘Mario Franco @ ee F Diniz Um dos temas mais interessan atualidade, fol 0 do colapso progressive em estruturas de concreto, que tem coma uma de suas causas os ataques terroristas. © engo, americano H.S. Lew do National Institute (Nist), apresentou os parametros que estao sendo adotados em todo mundo para tentar evitar 0 colapso progressive de 2 versatilidade ¢ a resis a esas situacdes, Fechando 0 ciclo de palestra, 0 arquiteto Ruy Ohtake demonstrou a flesibilidade plastica do conereto em suas obras e de outros arquitetos brasileiros. "O concreto € um material muito funcional para arquitetura, devido as suas texturas, formatos e cores. Pode ser utilizado com arrojo e criatividade e causar surpresa ¢ inavagio, ao partiipar da vida da cidade", declarou Ohtake. ncia do concreto frente (O arquiteto Auy Ohtake, encerrou o ice de palestras A Conforéncia Internacional contou ainda com um workshop sobre pesquisa € desenvolvimento do concreto nas Américas, corrdenado pelo prof. Tilio Bittencourt da Escola Politécnica da USP, onde foi destacada a importancia na formago de um banco de dados com informacoes de todos os projetos de pesauisa sobre 0 concreto, para potencializar a divulgacao de trabalhos rolovantes @ para promover o¢ estudas sobre concrete junto 20s organismos financiadores. Foi apresentada, ainda, a demonstragao do Concrebol, nova competicao de estudantes a ser inaugurada no proximo Congreso Brasileira do Concreto. honra e um prestigio para nosso pais: um marco na area do concreto e um incentivo para os. pecquicadares bratileiros", resumiu o engo. civil Waldomiro Almeida Jinior, da MC-Bauchemic Brasil. & “A Conferéncia Internacional € ume SPECIAL - 100 ANOS DO ACI Entrevista com Jim Cagley - futuro presidente do ACI Revista Concreto: Come 0 sr. avalia a Conferéncia intemacional ocorrida em S40 Paulo no més passado? Jim Cagley: In my opinion the International Conference in Sao Paolo was an excellent opportu- nity for structural engineers, architects, researchers and contractors to broaden their knowledge base through the experiences of others. We had presen- tations from Brazil, Argentina, Chile, Mexico, the US and discussions involving participants from other countries. | thought that the conference was a huge success. | personally loarned a lot Tewes abo 2 wonderful opportunity for me to meet with many friends from our previous visit to the Ibracon conference two years ago and to see our friends from Brazil who have come to recent AC) conventions. Revista Conereto: Durante a Conteréncia Internacional em Sao Paulo, uma questao importante foi a comparac3e dos cédigos dos paises da América Latina com os do ACI. Percebeu- se que tais diferencas e contluencias entre esses CGdigos existem, mas também que 2 ACI ainda nao. possui conhecimento 0 suficiente da especificidade de cada pais para a formulacao de um codigo Internacional efetivo. © que 0 sr. pensa sobre essa questao? Jim Cagley: ACI has held two workshops “Struc tural Concrete in the Americas". Both of these workshops deatt with countries that use ACI 318 as a standard or at least as the basis of their standard and several countries that use standards based on other documents such as the Eurocodes. ‘A number of countries in the Americas already use ACI 318 with some amendments or annexes. At the workshop we discussed the possibility using the Offical Spanish translation of ACI318, which is being finalized, as a base standard and letting each country make whatever amendments that they felt were necessary. The proposal was then that ACI would cellect ell of the amendments and publish them so that each country could see what the others were doing. it is quite possible that over a period of time many of these issues (amendments ‘or annexes) will be dealt with in 318 and possibly results in changes to that document, At this time there are representatives from a number of Latin American countries on ACI 318, There wil undoubtedly be more in the future Fernand Stucchi and Paulo Helene of Brazil are members the ACI. Revista Concreto: Como é a relacdo entre 0 Ibracon ¢ 0 ACI? Jim Cagley: It is my opinion that IBRACON and. ACI have an excellent working relationship that has lever been stronger. ACI end Ibracon signed one of the first International Partnering Agreements which outlines cooperative efforts between IBRACON and ACI Revisia Conereto: Qual ¢ a opiniao do sr. sobre 0 Ibracon € @ engenharia de conereto no Brasil? Jim Cagley: It is my opinion that bracon provides 2 forum for the entire concrete indusiry in Brazil to exchange ideas and to keep abreast of technology changes both in Brazil and outside Brazil Concrete Engineering in Brazil is superb. ‘The Braziian engineers have done many exciting things. Erazil has a situation which allows many imaginative ideas to prosper. In the $a0 Paulo area there is no snow, no earthquakes and no strong winds. That set of criteria along with the imagination of the Brazilian engineers allows many great and exiting structures to be designed and constructed. Revista Concreto: Quais so os principais desenvolvimentos tecnoléaicos do concreto no UA? Jim Cagley: I'm sure that the answer to this particular question will depend entirely on who is responding. In my opinion we have substantial development occurring at this time as it relates to the durability of concrete structures. My practice involves the desion of @ large number of parking structures. The primary issue with these structures is durability. There is also some research being done to verify and justify the use of “strut and tie’ Our approach is similar to the European approach but is not exactly the same, RODUTOS QUIMICOS PARA CONSTRUGAC = Aditivos para concreto e argamassa = Reparo e protegao de estruturas « Sistemas de impermeal = Tecnologias de injegdo = Desmoldantes e agentes de cura MC MC-Bauchemie Brasil Av. Laurita Ortega Mari, 531 - Tabodo da Serra - SP - CEP. 06766-360 Tel. (55) (11) 4787-4307 - Fax (55) (11) 4787-3185 beatin tho ad PSU ea eed Lipo leet ole Oe AS FORMAS PARA CONCRETO NO DESAFIO DE MODERNIZACAO DO BRASIL Oconcreto é moldavel, por isso = preciso prever a montagem das formas, planejar os "avementos, escoramentos € a desforma. Além disso, preciso analisar com atencdo o mercado nacional de férmas, Que ao longo dos Uultimos 15 anos vem diversificando a oferta de solugdes para construg6es de concreto. ra de conceto a iacao de formas adequadas si0 exsoncisi para um resultado final satisfavdrio em termos tecnicos econdmicos Por isso, € preciso ter uma atengio especial sobre as fSrmas corretes 4 serem utilizadas, segundo as pecularidades ‘de cada estrutura de concreto. E preciso prover minuciosamente © material des formas, a montagem, os travamentos, os escoramentos e até mesma a composigao do conereto pera que a esirutura tenha boa qualidade e nao ocoram deformacées nem fssuras. Qualquer defeito que venha a acontecer durante esses rocessos siqnifica um grande prejuizo financero, j& que as formas representam, em média, apiorimadamente 40% dos ‘astos: de uma estrutura de concreto, @ quanto menor © reeproveitamento das formas, maior 0 custo. Alem disso, a tentativa de consertar eventuais clferencas ¢e nivel da estrutura, evido a um planejemento mal feito, pode comprometer seriamente o acabamento final a obra. Podemos 60% rr) Richard Stark, dos EUA, mostra em seu trabalho Road surface’s reflectance influences lighting design que & previsivel uma economia da ordem de 30% quando se substitui 0 asfalto pelo concreto. ‘Outra vantagem relativa 2 seguranca do usuario vem do fato de que nos pavimentos de concreto a aderénca dos pneus 4 superficie de rolamento é bastante elevada, 0 que permite consideravel reducao na distancia de freagem. Ruhl, R.L., dos FUA, em seu trabalho Safety considerations of rutied and washboarded asphalt road, mestra que a distancia de freagern de um veiculo Chevy, a 95 km por hora, em condicao de pista mothada, foi reduzida de 134 m, na piste de asfalto com trlha de rods, para 96 m, na psta de concreto, correspondende a significatives 40%, conforme ilustrado na figura 19. MENOR DISTANCIA DE FREAGEM Distnéas comparsdas Condicéo deSuperfiie COncets Sane "N/E? Seca Nivelada > 16% Umida eNiveloda % mm Umida com ihe de Roda 96 134 40% * No caso da pists de concreto, semtriha de roda Obs: veiculo usado: Chevy a 95km/hora pes rere ret retry Economia de cornbust Cabe citar © recente estudo conduzido pelo Consetho Nacional de Pesquisa do Canada, segundo © qual os caminhoes podem economizar 11% de combustivel rodando em rodovias de concrete. Segundo este estudo, a principal razio para essa economia, que pode chegar a 17%, esta ra superficie rigida, indeformavel e estavel do pavimento de concrato, que cria menor resisténcia 80 rolamento, exiginde menor esforco da parte mecanica dos veiculos. Alem disso, esse estudo relata que 0 pavimento de concreto traz um benoficio ambiental adicional, que é a contribuigdo nna redugio da emissa0 de gases poluentes polos veiculos na atmosfera, como 0 mondxido de carborno, em funcéo da sua maior liberdade de rolamento nesse tipo de superficie © prof. Zaniewski, J. P,, da Arizona State Univer- sity, dos EUA, também mostra em seu trabalho Effect of pavement surface type on fue! consump- tion, especialmente desenvelvido para a Federal Highway Administration, dos EUA, a signifcativa redugio no consumo de combustivel de caminhes quando trafegando sobre pavimentos de concreto, podendo essa raducao chegar a 20%, para 0 caso de veiculos pesados. ‘A figura 20 mostra os dados de economia de consumo obtidos pelo prof. Zaniewski ern um trecho rodovisrio pavimentado com concreto, de 16 km de oxtensso, nos EVA, submetido 2 um walego médio digrio de 25.000 veiculos Economia de combustivel- Rodovia de Concreto 16km vesicle Forcertagem 6). Eenciaetinada Biceohors wie deenbstel ne (ktros/ano} tones a “ comin HAPS) 2 277 970 covnteteseédoraaee) asus Carnie pias) i ne febngeesenivans(iters) 18 1933378 Total 2.437.468 pea ao frsinky tebe soon SoU Tc) Los. A figura 21 mostra a influéndia do tipo € do peso © veiculo na economia de consumo de sembustivel, segundo Zaniewski. { Gaahe 0 a te a eel ocr pest Eo er) eo Meo ambiente A superficie clara do conereto contribui ainda ere a reducio da temperatura ambiente, Senimizando os gastos com ar condicionado & secuzindo a poluicdo ambiental nas cidades, cerforme demonstram os estudes desenvolvides gublicados pelo Heat island Group, dos EUA, seizcionades as Coo! Communities, conforme Sestrado na figura 22. Roe eh ey Beeiceeteas) A influéncia benética do concrete ¢ relatada nda no artigo Concrete roads may help cities seduce the heat, publicado pelo The Salt Leke Tabune, dos EVA, em que mosira uma reducao de se 14°C na temperatura medida na superficie do s2vimento de concreto em relacao Aquelas medidas na superficie de pavimentos de cor mais ‘=xura, valor esse similar aos j4 obtides aqui no asi Finalmente, a inexsténcia de fendmeno de lixiviagao no concreto reforca a sua condicao de ambientalmente amigavel, pois nao promove 2 ocorrencia de Aguas percoladas capazes de contaminar 0 lencol freético ou de aguas superficiais capazes de contaminar cursos d’sgua ou manancizis Comentario feral Em vista do exposto, podese dizer que o pavimento de canceeto & uma solucia técnica e ‘economicomente recomendével para a nossa malha viatia, ro sentido de reduzit ndo $6 0s custos das Agencias (Orgaos Publicos e Concessionatias), mas principalmente os custos da Sociedade como um todo. Alem disso, & importante ressaltar que o usuario tem 0 direto, alem do dever, de trategar em rodovias e vias uurbanas seguras e confortiveis. # TECNOLOGIA EM PERFURACOES Servigas de perfuragdo de + PAssact pegas em concreto (vigas, ages, S- cortinas, etc.) para fins de

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