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Manuel Atienza AS RAZOES DO DIREITO TEORIAS DA ARGUMENTACAO JURIDICA, Traduca de Maria Cristina Guimaries Cupertino 158+ a 2. 0 Cf. MacComich, 1986, Ag, MacCormick dota termini de Max ‘ihe, ga por oto ldo, coincide com 2 ting de Summers ene rate de cone ¢ vate fais, mension steoemens (ta 2, ‘Agu MacComnick ache ua eis de Husonssen 8 sm postr ‘MacCormick 1978 ef Haakon, 198 CC Alchootén e Bulgin 190. Acre 6 dri expecicamen 2 MacCormick. 198, Come vitor aes (tem 26, MacCrmicksistnaexpestaemt qt ‘un dee jodi pode ser define (no seni de que com lt ‘io pose enum rear) e, pear ds, nb estar Josiead Para eons de uma Sem vera", Alehoarin Matin, 1980. ‘is, peo MacCormick (1982, pig. 5) seiou et cri, ‘Dworkin cometeo mesmo ero, ms em sentido cota: da existcia ‘duns dco genuoa no el ajo, ene que existe Ua ‘epost coma no vel ebjetvo (Hakonsen, 1980, pg 01) Por oto igo «exemplo de MacCormik én tant eves, pois © ‘apo eco € amb age ue, com mao ede, ate Se eitcia de joes pment sbjtvs, capruto 6 ROBERT ALEXY: _ ‘A ARGUMENTAGAO JURIDICA (COMO DISCURSO RACIONAL 1. Introdugao 41.1, Proposigdio geral: argumentacao pratico-geral & argumentagao juridica Como jf se indicou vérias vezes © agora haverdocasido de se comprovar que a eoria da argumestaeio juridica, formulada por ‘Alexy em sua Theorie der jritzchen Argumentation, Die Theorie des rationalen Diskurses ale Theorie der jarstischen Begrindung (Alexy, 1978, desenvolvida e precisada ~ mas no modifcada — 060) 3.6) DG) GxvFsimx +069 2) @) Wk oFsims) 3) @) x 3068) 2) san) » OnZ 2) RZ 3) aR que Alexy destaca quanto a isso, é sobretudo, que esas rts formas de argumento sko casos especiais do discursopritca ge ‘al: ".15) € um esquema de inferénclavslid logicamente® 1.16) ¢ exiido pelo principio da univesaidade;" eJ.17)€ um caso em ‘que se levam em consideragio as consequéneias” (Alexy, 19788, Pigs. 270-1), Por outro lado, e do mesmo modo como ocorta com ‘0s cinones da interpretalo, 0 uso dessas formas 86 ¢ racional na mate Oo eeD © 178 ‘medida em que elas sejam saturadase que 0s enunciados inseridos| para a saturago possam ser fundamentados no discus juridieo. Por texemplo, com rlagio 8 forma do argumeato por analogia, a pee- ‘misc 1) se fundamenta a partir da norma expressa na le que se ‘oderiaformular assim: (x) (Fx —> OGr) ede uma regra que, por sua vez, pode ser consderada mm caso especial do principio da uni- ‘versaldade: “Os casos coneretos que si semelhantes do ponto de sta jurdico devem ter as mesmas consequéncias juridicas” ibid, pg. 268) Resumindo, para o uso das formas especias de argumen- tos jurdios, vale a seginte reg: 4.18) As oma ds arguments juriios especie ser sara. 2.5. Os limites do discurso juridioo, O Direito como sis tema de normas (regras e principios) e de proce~ dimentos Embora a argumentago judi seja uma exigéncia da racion lidade pric, jf que permite, para a resolucio das quests pit «4, i além do ponto onde 0 dscurso prtico geral deixa as coisas, © discus jurdico tem também os seus limites: uma solugio que tena sido alcangada respitando-se as suas regras € uma solugso rcional, mas as regras nio garantem que, em cada caso, se possa chegar a uma nica resposta correta. Assim como ocorria no discur- ‘9 prdtco eral, 0 dscurso jurdico delimita também, junto com as csferas do discursivamentenecesiro edo dscursvamente impos- sve, uma teria, do discusivamente possvel diane de um mes mo caso, as regras do discurso juridico permitem que seus virios Paticipanes cheguem a soluges incompasves entre si, mas 8c nas Gsto , fundamentadas discursivamenta). Iso se deve, como ja ‘imo, 08 fats deo discursocomegar sobre a base das convieges faticamente existent dos pricipantes, de nem todos os passs da srgumentagio estarem determinados e de algumas das regras do discurso s6 poderem ser satsfeitas de manera aproximada. Nem ‘sequer num discurso ideal, ou se, num discurso em que os parici- ‘antes cumprem plenamente a regras (0 que quer dizer que 0 mes- ‘mo acorre em condiges de tempo ilimitad, paricipasioiimitad, tuséncia total de cougio,absoltaclaeza lingsticae conceitua, informagio emptica completa, eapacidad e dsponibilidade para a toca de paps e ausencia de preconcits), seria possvel assegurar ave 0 dscurs petico permite alcangar sempre um consenso, quer 180 6 MANUEL ATIENZA izet, uma Gnica respost: iso porque nlo se pode excluir—e nem tampouco afirmar~ 2 existénca, ene os participants, de diferen ‘38 antropoldgieas que suponham um freio para 0 dscurto e, con Sealentemente,excluam o consenso (ef. Alexy 1988, pg. 29; 1989, pig, 301; 1988, pig. 151, © 198K, pg. 62) Resumindo, a petensio de corregso que se prope no dscurso jrdico€ uma pretensio nio $6 limitada,no sentido de ques efe- tua sob as exigéncia asinaladas pela le, a dogmtica eos pce dente (em ger sb os limites das regras do dscurso juriica), ‘como também relativa as paricipantes do discurso (no sentido de fue 0 resultado depende deles,e, portanto, de suas conviegdes ‘ormatives), um determinado momento temporal (0 resultado do tiscurso pode ser diferente no tempo te no tempo t), ,além dis 0, 0 procedimento nfo pode, na maioia dos esos, er realizado na Dritica (c. Alexy, 19856, pigs. 47 sequines; 1988, pgs, 27 Sepuintes: 1988b, pigs. 61-2). ‘Mas essasdificuldades, na opin de Alexy, no desareditam ‘em absoluto a teria do disurso. Em primeio har, porque o ft ‘de respostas diferentes serem possivesdiscursivaene no sinif- ‘a que todas Sejam posiveis. O procedimentodiscursivo cum pelo menos win fungio negativa: a de assinal Himites que no podem ‘er ultrapassados. E, por our lado, sustentar a tese de que hi uma tnicarespostacoreta~& maneira, por exemplo, de Dworkin (1977, 1985 ¢ 1986) ~ €julgado um equivoco por Alexy, pois, para ele seria preciso susteatar também uma teria forte dos prineipis "que

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