COMERCIALIZACAO DE FRUTAS
1- Fora da propriedade
- Atacadista de origem
- Geralmente também é produtor
- Tem varios tipos de acertos com os produtores
- Possuem instalagées rudimentares, alguns tem classificadora,
outros tem camara fria.
- Transporte préprio ou ndo, convencional ou frigorifico dependendo
da situacdo.
- Atacadista final
- Geralmente dentro de CEASAS
~ Possuem camara fria
- As vezes reclassifica o produto
- Repassa para varejistas e atacadistas menores.
- Varejista
- Supermercados
- Faz sua propria padronizacao, geralmente em bandejas de isopor
- Verdureiros
- Feiras livres
- Vendedores ambulantes.
2- Qualidade do produto
- Muito varidvel em fungado das condigoes climdticas, que afetam cor, aspecto
da pelicula e principalmente o estado de conservacao.
- Fruta nacional tem bom sabor que atende o paladar do consumidor.
- Excesso de chuva na colheita ocasiona perdas inevitdveis por podridées
quando sé trata de uvas e frutas de carogo.
- Produtor deve lembrar o padréo de qualidade desejado quanto & cor, sabor
tamanho e trabalhar para que seu produto alcance este padrio.
- Distancia de mercados
- SGo Paulo é 0 maior centro consumidor do Brasil, devido ao alto poder
aquisitivo e importéncia demogréfica. Também funciona como centro de
redistribuigdo para o interior e outros Estados.
- A "distancia" até este centro causa problemas operacionais em vista a
perecibilidade do produto, da forma como é tratado e transportado atualmente.
- Este problema operacional é facilmente equacionado com tratamentos pds
colheita; classificagdo; embalagens e transporte adequado. Convém salientar que
produtos do Chile chegam aqui em otimas condigdes sendo transportados a uma
distancia trés vezes maior que Santa Catarina - Sdo Paulo.¢ - Baixo poder aquisitivo do consumidor.
- Existe um grande mercado potencial. A questdo é saber quem vai atendé-
lo: Produto nacional ou produto importado.
~ Devemos trabalhar para atingir mercados de Sao Paulo, Rio de Janeiro,
Curitiba, Litoral de Santa Catarina e Porto Alegre. Para atingir este objetivo
temos que buscar informagées completas sobre estes mercados.
- Internacional
- Santa Catarina e demais Estados do Sul e Sudeste, nao tem vantagens
comparativas para pensar em exportacdo atualmente.
~ Poderdo ocorrer exportagoes esporddicas para o Paragual, que possui
condi¢ées climdticas piores que Santa Catarina, porém o mercado é pequeno e
existe alguma produgao local.
6 - Escala de produgdo X Mercado potencial
- A nivel de produgdo as economias de escala séo pequenas - pequenos
produtores -.
- Na fase de pés colheita ¢ comercializagdo hd necessidade de se trabalhar
com grandes volumes para compensar os custos de uma estrutura adequada{
classificadora, cadeia de frio, etc.] e reduzir 0 impacto dos custos fixos sobre o
prego final por Kg do produto.
- O abastecimento de uva no litoral catarinense & feito por segmentos
organizados do RS, que atendem 1,5 milhao de turistas com alto poder aquisitivo.
7 - Organizagdo do produtor X Mercado potencial
- O crescimento do mercado é diretamente ligado ao aumento do poder
aquisitivo, ao menos partindo do atual consumo que é muito baixo,
- A ampliagéio do mercado pode ser conseguida com redugdo de margens e de
perdas e uma melhoria da aparéncia e do estado de conservagéo decorrente de
uma melhor organizagGo do produtor com objetivo de.
- Reduzir intermedidrios;
- Criar cadeia de frio;
- Selos de garantia e qualidade;
- Patrocinar estudos de mercado;
~ Contratar assisténcia técnica personalizada.
8 - Pontos fracos
- Faltam mudas certificadas
~ Existe tecnologia.
- Nao existe legislagdo adequada
- Requer investimentos em laboratorios, casa de vegetacao e treinamento de
pessoal.
- Aparéncia e qualidade dos frutos- E notoria a diferenca de prego paga pelo consumidor em SungGo da aparéncia
dos frutos.
- Aparéncia - Tamanho; homogeneidade; cor; conservagao e formato.
- Organizagao do produtor
~ Grande maioria dos produtores sao de pequeno porte - pequenas escalas,
- Podem atingir grau de sofisticagao organizando-se para contratar assisténcia
técnica personalizada, implantar estruturas eficientes de comercializagao.
- Caso nao ocorra organizagdo adequada esses pequenos produtores sero
absorvidos por estruturas atheias que ficardo com a maior parte dos lucros.
- Pesquisa e difusao de tecnologias
- Avancos tecnolégicos através de pesquisa podem fortalecer em muito o setor
Produtivo como por exemplo criagéo e/ou selegao de novas cultivares mais
resistentes 4 doengas e pragas e de melhor qualidade; geracao de tecnologias
mais eficientes no combate a pragas e doencas.
- Enquanto novas cultivares chegam sozinhas ao produtor, outras tecnologias
como combate a pragas e doencas é tratos culturais requerem uma eficiente
difusao.
- Pesquisa e difusao é um ponto fraco devido a falta de dpoio governamental e
de pessoal.
9 - Pontos fortes
- Proximidade do mercado.
- Dinamismo do produtor e sua disposigdo em usar tecnologia.
- Corpo técnico de bom nivel, ainda que em nimero insuficiente para atender
pesquisa, extensdo e assisténcia técnica.
10 - Ameagas ao setor
- Politicas piblicas
- Abertura do Mercosul é desfavordvel ao setor, porém apés sua implantacao
tem se observado uma maior mobilizagdo de pradutores e industrias afim de se
organizar melhor e empreender mudangas consirutivas. Poderd ocorrer selegiio
natural permanecendo na atividade apenas produtores mais desenvolvidos é
competitivos.
- Condigées de comercializagao
- Jé visto anteriormente.
- Precos de venda da uva
- Normalmente a uva "in natura" tem prego condicionado ao prego da
indtistria mais 30%, sem considerar 0 aumento de custo que requer a uva de mesa
para sua preparagao. Esta situagdo é determinada por varios fatores como a falta
de organizagao comercial dos produtores; a deficiéncia de embalagens e da
qualidade do produto, além da falta de mao de obra especializada para 0 cultivo
de uvas de mesa de qualidade e da deficiéncia do poder aquisitivo do consumidor.
- Dependéncia do RS~ ORS detém 90% da produgao nacional de uvas, além de ditar as regras de
comercializagdo em relacao ao prego da uva e do vinho, apresenta uma viticultura
mais tecnificada devido a especificidade dos produtores. Esta ameaca pode ser
superada através de uma maior agdo de difusdo e profissionalizagao da
viticultura. ze
- Ameaga do Mercosul
~ Esta ameaga vai do vinho a frutas de carogo, Nas frutas de carogo tem preco
competitivo e melhor apresentagao porém com produgdo mais tardia e sabor que
ndio agrada muito 0 paladar do nosso consumidor. Quanto ao vinho a Argentina e
0 Chile vao competir com vantagens com o RS, podendo com isto ir mais uva para
consumo "in natura" por haver menor industrializagao.
11 - Oportunidades
- Aproveitar a sazonalidade produzindo vas e frutas de carogo para consumo
“in natura" , antes que Argentina e 0 Chile e @ regido tradicional produtora de
Santa Catarina.
- Produgdo de produtos naturais - vinhos e sucos -
~ Requer regulamentagao, assessoria ¢ fiscalizacao.
- Qualidade
- Sempre existe espaco para qualidade.
- Frutas de carogo da Argentina e Chile tem melhor apresentagdo, porém tem
sabor que nao agrada o paladar do consumidor brasileiro.
~ Custo de produgao - maior no Brasil - pode ser diminuido com bom esquema
Sitossanitério e mao de obra familiar.
Brasil Chile Argentina
Mao de obra + barata ~ ~
Insumos + caros, usa + + -
- Irrigacao Irrigagao
a Maior produtividade 7
- + tecnologia -
Methores cond. climdticas aH
+ perdas por intempéries -
pragas e doencas Nao tem mosca das frutas =
Topografia nao permite
mecanizagdo -
12- Tendéncias até 0 ano 2.005 - Regio tradicional
- Uva - redugdo da drea em 0,89% a.a. [ - 356 ha até 2.005)
- reduedo da produgdo em 3,89% a.a. [ - 19.164 ano em 2.005)
- Com isto teremos grandes oportunidades para colocacao de uva para
consumo "in natura" e para indistria de sucos.
- Formaao de novas areas de produgdo na regido oeste do Estado.~ Péssego - aumento da drea em 4,96% a.a. [ + 1.776 ha até 2.005]
~ aumento da produgdo 35,31% a.a. [ + 37.54] Yano 2.005]
~ Adogdo de novas cultivares, sistema de controle de pragas e
doengas mais eficientes e eficazes com menores custos, deverdo aumentar a
competitividade com o RS e PR. *
~ As importagoes deverdo ficar estaveis.
- Ameixa - aumento da rea de 806 ha para 1.600 ha.
- Estabilizar a drea em 1.600 ha a partir do ano 2.000, sendo que a
partir deste ano os novos plantios serdo apenas para substituir dreas erradicadas.
- Novas dreas de produgdo serdo abertas para producto de
variedades mais precoces.
- Produgdo aumentard de 5.336 /ano para 16.800 t/ano em 2.005.
Recomendacées aos produtores
- O produtor deve se organizar da methor maneira possivel, crescer de
forma organizada e segura, fazer bons escalonamentos, se capacitar melhor ‘para
as novas situagdes que surgem, ou até, repensar suas combinagées de atividades
dentro de sua propriedade.
- O conhecimento da realidade da situagéio do setor onde atua, & de
fundamental importancia para se conhecer as tendéncias do setor, obter
indicadores, melhorar 0 desempenho das atividades, dar melhor direcionamento
as agdes obtendo com isto methores resultados.
- E necessdrio preocupagdo com mercado futuro, com as espécies que esto
sendo implantadas, com capacitagao de mao de obra, estruturagio do setor de pés
colheita e com assisténcia técnica.
Chapecé, 18 de abril de 1.997
Eng’ Agr® Ely Moacyr Rebelato
EPAGRI/ CEASA Unidade Oeste.