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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃ0 .................................................................................................... 5
2. HISTÓRIA ........................................................................................................... 5
3. ANATOMIA ....................................................................................................... 5
4. ASPECTOS LEGAIS .......................................................................................... 7
4.1 RESOLUÇÂO COFEN Nº 648/2020 ............................................................. 8
4.2 RESPONSABILIDADES................................................................................ 13
5. INDICAÇÕES ................................................................................................... 13
6. CONTRA INDICAÇÕES ................................................................................. 14
7. TIPOS DE DISPOSITIVOS .............................................................................. 16
8. ESTUDOS SOBRE OS DISPOSITIVOS ......................................................... 22
9. LOCAIS DE ACESSO ...................................................................................... 23
10. MATERIAL..................................................................................................... 28
11. TÉCNICA DE PUNÇÃO ............................................................................... 28
12. COMPLICAÇÕES .......................................................................................... 31
13. CUIDADOS.................................................................................................... 31
14. TRATAMENTO DAS COMPLICAÇÕES..................................................... 32
15. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 33
16. REFERÊNCIAS .............................................................................................. 34
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1. INTRODUÇÃ0
2. HISTÓRIA
A via intraóssea foi descrita pela primeira vez em 1922 por Drinker e Col, como uma via de
acesso à circulação venosa. Josefon publicou em 1934 um estudo sobre a via IO para
administração de líquidos em crianças. Essa técnica permaneceu como rotina durante a
Segunda Guerra Mundial nos prontos socorros e caiu em desuso a partir de 1950 devido ao
aparecimento de dispositivos de acesso venoso periférico. Essa técnica voltou a ser utilizada a
partir de 1980 em pediatria e mais recentemente em adultos com as diretrizes de reanimação
cardiopulmonar.
3. ANATOMIA
A forma e a estrutura de um osso específico são determinadas por sua função e pelas forças
exercidas sobre ele. Os ossos são formados por tecido ósseo esponjoso (trabecular) ou cortical
(compacto). Os ossos longos têm a forma de bastonetes ou cilindros com extremidades
arredondadas. O cilindro é chamado de diáfise e é constituído por osso cortical (compacto).
As extremidades dos ossos longos, chamadas de epífise, são principalmente formadas de osso
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esponjoso. A placa epifisária separa as epífises da diáfise e é o centro para crescimento
longitudinal em crianças. Ela se encontra calcificada nos adultos. As extremidades dos ossos
longos são cobertas nas articulações por cartilagem articular, que é um tecido avascular
elástico resistente.
O osso é constituído de células, proteínas, matriz e depósitos minerais. As células são de três
tipos básicos: osteoblastos, osteócitos e osteoclastos. Os osteoblastos funcionam na formação
do osso secretando a matriz óssea. A matriz consiste em colágeno e substâncias fundamentais
(glicoproteínas e proteoglicano), que proporcionam um arcabouço no qual são depositados sais
minerais, que são constituídos principalmente por cálcio e fósforos. A medula óssea é um
tecido vascular localizado na cavidade medular (diáfise) dos ossos longos e nos ossos chatos.
O sistema venoso pode acompanhar as artérias ou ter uma saída independente. A punção
intraóssea deve ser realizada apenas nos ossos longos e em alguns ossos laminares (crista ilíaca
e esterno) como será visto mais à frente. As nascermos, todos os nossos ossos contêm medula
capaz de produzir sangue: a medula vermelha, com a passagem dos anos, vai perdendo sua
função, sendo substituída por tecido gorduroso que passa a ser clamada amarela.
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Osteoclasto é uma célula móvel, gigante e extensamente ramificada, com partes dilatadas, e é
multinucleada. Nas áreas de reabsorção de tecido ósseo encontra-se porções dilatadas dos
osteoclatos, colocadas em depressões da matriz escavadas pela atividade dos osteoclastos e
conhecidas como lacunas de Howship. Os osteoclatos tem citoplasma granuloso, algumas
vezes com vacúolos, fracamente basófilo nos osteoclatos jovens e acidófilos nos maduros.
4. ASPECTOS LEGAIS
Em todos os locais que realizem este procedimento, recomenda-se protocolo com cuidados de
enfermagem antes, durante e após o procedimento, incluindo a avaliação dos resultados
esperados e dos cuidados de enfermagem executados.
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4.1 RESOLUÇÂO COFEN Nº 648/2020
RESOLVE:
Art. 1º No âmbito da equipe de enfermagem, é privativo do Enfermeiro a realização da punção
intraóssea, em situações de urgência e emergência, na impossibilidade de obtenção do acesso
venoso periférico.
Art. 2º Para a realização da punção intraóssea, o enfermeiro deve estar devidamente capacitado,
por meio de curso presencial com conteúdo que inclua teoria e prática simulada.
Art. 3º Os Enfermeiros instrutores de cursos de capacitação para a punção intraóssea devem possuir
especialização na área de urgência e emergência, ou outras afins, que contemplem na matriz
curricular o conteúdo relacionado ao procedimento de que trata esta resolução.
Art. 4º Recomenda-se que o curso de capacitação de punção intraóssea esteja ligado a uma
sociedade de especialistas, núcleo de educação às urgências, ou uma instituição de ensino.
Art. 5º Para a plena execução do procedimento de punção intraóssea, deverão ser estabelecidos
protocolos e a respectiva capacitação, bem como a disponibilização de materiais e equipamentos
destinados às melhores práticas e segurança dos pacientes e equipe.
Art. 8º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União.
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ANEXO DA RESOLUÇÃO COFEN Nº 648/2020
A primeira opção para obtenção de um acesso venoso na emergência é pela punção de uma
veia periférica em sítio anatômico de rápida e fácil localização e grande calibre, adequado à
situação clínica do doente. “O acesso intraósseo com equipamento especialmente
desenvolvido para esse fim é factível em todas as faixas e grupos etários, podendo ser utilizado
no hospital até que um acesso intravenoso seja obtido, devendo ser descontinuado quando
não mais necessário.” (ATLS® 10ª ed.)5.
No adulto, existem mais opções de sítios anatômicos de punção, como por exemplo, a tíbia
proximal e distal, a cabeça do úmero e o esterno4.
Na criança, o sítio anatômico preferido para a punção intraóssea é a tíbia proximal, abaixo da
tuberosidade da tíbia5.
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Outras localizações, como crista ilíaca4 e fêmur distal5 são descritos na literatura; contudo, os
sítios anatômicos mais comumente utilizados são os descritos acima, cujos dispositivos e
agulhas são específicos para cada local escolhido; e idade do paciente.
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Os dispositivos automáticos podem ser por acionamento de mola interna (Figura 03); de
acionamento por mecanismo rotacional (Figura 04) ou por acionamento de mola interna de
uso exclusivo no esterno (Figura 05).
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Para cada dispositivo existem técnicas diferentes, as quais devem ser exploradas durante a
capacitação para sua utilização.
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4.2 RESPONSABILIDADES
5. INDICAÇÕES
A punção intraóssea é indicada nos casos de situações de urgência ou emergência, nas quais
se necessita de um acesso à rede vascular rápido e eficiente e, não se conseguiu por via
periférica. Tal procedimento, uma vez instalado, permite ainda a administração de agentes
farmacológicos ou produtos sanguíneos e a coleta de análise do sangue medular.
Análise do sangue medular, embora não seja uma indicação para sua realização. Utilização
para culturas sanguíneas diferencial na morfologia das células brancas e vermelhas podem ser
realizadas, mas NÃO comparadas com sangue periférico.
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Pronto atendimento:
Reanimação cardiopulmonar, pacientes com acessos periféricos difíceis que necessitem da
administração de volume e medicamentos, como atendimento ao politraumatizado,
insuficiências cardíacas e respiratórias; intoxicações exógenas.
Centro Cirúrgico:
Perda de acesso periférico durante ato cirúrgico, acesso periférico difícil em cirurgias de
emergência.
Atendimento pré-hospitalar:
Atendimento a politraumatizado, reanimação cardiopulmonar, impossibilidade de punção de
acesso periférico em pacientes em choque ou com distúrbios hemodinâmicos graves.
6. CONTRA INDICAÇÕES
✓ Osteogênese ou Osteopetrose.
✓ Fraturas no membro a ser puncionado.
✓ Celulites ou queimaduras infectadas.
✓ Crianças abaixo de 3 anos, a punção esternal pode resultar em (hidro tórax, mediastinite),
ou ferimentos no coração ou grandes vasos.
✓ Inabilidade do operador.
OSTEOGÊNESE:
É um distúrbio hereditário do tecido conjuntivo, caracterizado por fragilidade óssea e com
manifestações clínicas muito variadas (escleróticas e azuis, déficit auditivo e deformidade
progressiva de ossos longos). Os pacientes nascem com uma deficiência de colágeno ou sem
capacidade de sintetizar. (Sakamoto, 2009)
OSTEOPETROSE:
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Refere-se a um grupo de doenças hereditárias raras, as quais se manifestam devido a uma
disfunção nos osteoclastos, resultando em aumento da densidade óssea de forma difusa. A
despeito do aumento da densidade do tecido ósseo, os ossos são passíveis de fraturas,
considerando esta característica paradoxal e sendo esta uma característica impelente a um
cuidado óbvio quanto ao risco de fraturas a ser adotado com este paciente. Borsato, ML. et al.
2008)
OSTEOPOROSE:
Considerada pela (OMS), como a epidemia silenciosa do século, atualmente um problema de
saúde pública no mundo inteiro devido ao aumento na expectativa de vida das populações. É
uma doença de grande impacto devido à sua alta prevalência e grande morbimortalidade. Afeta
indivíduos de maior idade, de ambos os sexos, principalmente mulheres na pós menopausa,
que também apresentam mais fraturas.
OSTEOCONDROSE E OSTEOCONDRITE:
As osteocondrose formam um grupo de alterações, nas epífises ósseas, de característica
autolimitada, nos quais os centros primários ou secundários de ossificação sofrem necrose
asséptica, por privação da circulação sanguínea, como reabsorção gradual do osso morto,
restituição por tecido ósseo reparador.
DOENÇA DE PAGET:
(Osteíte Defornante) Distúrbio de turnover ósseo rápido localizado, afetando o crânio, fêmur,
tíbia, ossos pélvicos e vértebras. Existe proliferação primária de osteoclastos, a qual produz
reabsorção óssea. Ocorre então aumento compensatório dos osteoblastos que repõe o osso. A
medida que continua o turnover ósseo, desenvolve-se um clássico padrão ósseo em mosaico
(desorganizando).
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quadril, joelho e tornozelo, podendo gerar artrite e dor lombar e articular. A incidência é maior
nos homens que nas mulheres, acima de 50 anos.
7. TIPOS DE DISPOSITIVOS
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NIO
O NIO™ Adult (azul) é um dispositivo intraósseo automático embalado para acesso vascular
seguro, rápido e fácil em 10 segundos ou menos.
Não são necessárias baterias, montagem ou peças extras.
Dispositivo estéril de uso único - elimina a possibilidade de contaminação cruzada seguro, sem
agulha exposta paciente e de fácil utilização.
Sem necessidade de montagem.
Não requer fonte de alimentação externa ou bateria tamanho de bolso e leve.
Prazo de validade de 5 anos.
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EZ-IO
É projetada para fornecer terapia intraóssea em segundos. A inserção de agulha é feita com um
Drive (broca elétrica) que possibilita total controle tanto para uso pediátrico quanto para
adultos devido a seus inúmeros benefícios.
AGULHAS MANUAIS
Agulhas manuais, Cook e Jamshidi são dispositivos de fácil manuseio, mas que exige força
durante o procedimento.
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AGULHA COOK AGULHA JAMSHIDI
Dispositivo FAST-Responder
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3) Sítio de punção fácil e rápido de localizar, devido ao esterno ser um sítio muito mais
perceptível anatomicamente de acessar do que os ossos longos.
6) Tubo flexível permanece baixo após a inserção, significando um ponto de acesso mais
seguro e difícil de se deslocar durante o transporte do paciente.
Conforme, Hartholt et al, comprovaram que 2 dispositivos agulhas (Jamshidi e BIG) não
apresentaram nenhum evento adverso em 12 punções. Enquanto o dispositivo automático
apresentou 3 (1 extravasamento,1 mal posicionamento e 1 deslocamento).
Entretanto, Schwartz et al, relata que na população pediátrica foi obtida uma taxa de 87,2%
total de 47 punções, sendo 6 malsucedida.
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9. LOCAIS DE ACESSO
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1. Tíbia proximal. Linha média da face medial anterior da tíbia, 1 a 3 cm da tuberosidade
tibial.
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2. Tíbia distal: o sítio de inserção é um ponto acima do maléolo medial, em região
posterior a veia safena.
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UMERO
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FONTE: EZ-IO-Pocket-Guide-PT
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10. MATERIAL
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1. Lavar as mãos e utilizar técnicas estéreis;
2. Localize o sítio de punção, identifique a tuberosidade da tíbia através de palpação, senso o
local de punção;
3. Calce luvas;
4. Limpe a superfície da pele no local da inserção com solução antisséptica;
5. Cheque a agulha e certifique-se de que os biseis estão alinhados;
6. Pegue, firmemente, a coxa e o joelho acima e lateralmente ao ponto de punção com a palma
da mão não – dominante. Envolva os dedos e o polegar pelo joelho para estabilizar a tíbia
proximal. Não permita que qualquer posição de sua mão permaneça por trás do ponto de
inserção. A perna deve ser apoiada em superfície firme;
7. Palpe os pontos de referência e identifique novamente a superfície plana da tíbia logo abaixo
e medialmente à tuberosidade tibial;
8. Insira a agulha através da pele acima da superfície plana Antero medial da tíbia já
identificada;
9. Avance a agulha através do córtex da tíbia proximal, direcionando a agulha;
10. Pare de avançar a agulha quando uma súbita diminuição na resistência à progressão da
agulha for sentida. Esta diminuição na resistência usualmente, indica a entrada na cavidade
medular óssea;
11. Aspire a medula óssea e logo a seguir faça a infusão soro fisiológico de 5 a 10 ml para
adultos e de 2 a 5 ml para bebês e crianças para prevenir a obstrução da agulha com a medula
(nem sempre na aspiração vem medula). Cheque qualquer sinal de aumento de resistência a
infusão e aumento no volume de tecidos moles;
13. Fixe a agulha e o equipamento com fita adesiva e sustente com curativo onde você possa
observar o local de inserção.
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RETIRADA DA AGULHA
Usando uma seringa luer-lock estéril como uma pega, conecte no hub do cateter, mantenha o
alinhamento e gire em sentido horário enquanto puxa o cateter para fora. Evite balançar o
cateter durante a remoção. Descarte o cateter com a seringa conectada em um local adequado
para instrumentos perfurocortantes.
12. INFUSÃO
A dor associada à infusão por via IO pode ser manejável com dosagem e aplicação corretas de
lidocaína a 2% por via IO sem vaso constritor e sem epinefrina (conforme o protocolo
institucional). Em uma escala de 0 a 10, a dor na infusão chega, no máximo, a 3 com uso de
lidocaína.
O espaço intraósseo (IO) contém uma matriz de vasos sanguíneos e nervos. Essa estrutura é
responsável pela distribuição rápida de fluidos e medicamentos, contendo inúmeros receptores
sensoriais que registram as variações de pressão. A pressão pode ser bastante desconfortável
ou dolorosa para pacientes sensíveis. Considere o uso de anestésicos para pacientes sensíveis
a dor analise as instruções de uso do fabricante para lidocaína antes da administração e observe
as advertências e contraindicações para usar lidocaína a 2% sem conservantes e sem epinefrina
(lidocaína intravenosa).
13. COMPLICAÇÕES
13. CUIDADOS
• Embolia gordurosa também pode ocorrer, apesar de não haver casos descritos na literatura,
pois a medula óssea de crianças praticamente não possui gorduras. Definir o sítio de punção
e o dispositivo indicado.
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• Existem dispositivos que são específicos para um sítio de punção.
• Utilizar técnica asséptica para inserção, retirada da agulha e manipulação do sistema.
• Evitar a ocorrência de infecção do sítio de punção, osteomielite e sepse.
• Realizar a fixação da agulha, bem como de equipos e extensores, impede que a agulha seja
tracionada, evitando perda do acesso, extravasamento, lesões teciduais e ósseas.
• Utilizar bomba de infusão contínua para infusão de fluídos, medicamentos e hemoderivados.
• Não se pode garantir a continuidade e a velocidade de infusão pela gravidade, assim como
na via intravenosa.
• Alarmes das bombas de infusão contínua podem indicar a obstrução do sistema, o que pode
sugerir infiltração.
• Realizar bolos de 10 ml de solução salina fisiológica (SF 0,9%) a cada 4 horas evita a
obstrução do dispositivo e impede a descontinuidade da infusão e a perda do acesso.
• Verificar o funcionamento e a permeabilidade do sistema.
• Evitar a obstrução do sistema e suas consequências, como perda do acesso e interrupção da
infusão com agravo à saúde do paciente.
• Avaliar presença de edema, eritema e hipersensibilidade no sítio de punção após a retirada
da agulha possibilita a detecção e o tratamento precoce de complicações, como sangramento
e infiltração.
• Realizar curativo oclusivo no sítio de punção com gaze estéril e utilizando técnica asséptica.
• Evitar contaminação e redução do risco de infecção do sítio de punção.
• Realizar a capacitação dos profissionais, bem como estabelecer protocolos sobre o
procedimento, aumenta as chances de sucesso do procedimento.
• Orientar profissionais sobre suas responsabilidades no cuidado com o acesso, possibilita uma
assistência segura e efetiva.
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• Considerar avaliação do cirurgião geral (em casos severos, são necessárias a remoção de
tecidos necróticos).
• Embolia gordurosa sem tratamento específico (ausência de casos descritos na literatura para
pacientes pediátricos).
A via intraóssea consolida-se, hoje, como uma opção segura de acesso venoso, por ser uma via
que apresenta vários sítios de punção, motivo pelo qual se torna disponível na maioria das
crianças e adultos gravemente enfermos, salvo na presença das contraindicações descritas,
quando esta pode ser uma opção inviável, ou em casos em que a relação risco/benefício
desfavoreça o uso da mesma.
Por ser uma técnica de fácil e rápida execução, que poupa tempo no atendimento em urgências
e emergências, possibilita maior atenção da equipe em outros procedimentos também
importantes nos momentos de assistência a doentes críticos, o que aumenta consideravelmente
as chances de restabelecimento mais rápido e efetivo da saúde dos mesmos.
Apesar das considerações descritas em relação às vantagens e aos benefícios associados a essa
técnica, nota-se, na prática clínica, que ela continua sendo pouco explorada; isso pode ser
justificado talvez pela falta de conhecimento das equipes de saúde que atuam nos serviços de
urgência e emergência, bem como por uma sistemática de treinamentos pouco eficientes e
esclarecedores sobre o assunto.
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16. REFERÊNCIAS
AEHLERT, B ACLS, Advanced Cardiac Life Support. Rio de Janeiro: ELSEVIER, 2007.
DUBICK MA, HOLCOMB JB - A review of intraosseous vascular access: current status and
military application. Mil Med, 2000;165::552-559.
FLATO UAP, Flato E, Guimarães HP - Acessos para Administração de Medicamentos, em:
Timerman S, Gonzáles MM, Quilici AP - Guia Prático para o ACLS. Barueri: Manole,
2008:132148.
FLATO UAP, Santos ISO, Ritt LEF - Acessos Venosos em Emergências Clínicas. Em: Lopes AC,
Guimarães HP, Lopes RD - PROURGEN - Programa de Atualização em Medicina de Urgência.
SBCM. Porto Alegre: Artmed, 2007.
NEUMAR RW, Otto CW, Link MS, Kronick SL, Shuster M, Callaway CW, et al. Part 8: adult
advanced cardiovascular life support: 2010
PHILLIPS,LD. Manual de Terapia Intravenosa; trad, Mavilde da L.G. Pedreira..(et al) – 2 ed.
Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
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