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—Othem! — exclamaram todos os Esquimés. — Aquele ursinho constipado vai causar uma ver~ dadeira epidemia, se no nos apressamos a acu- dir-the! ‘Mandaram pressa para casa os esquimzinhos, cortaram grandes blocos de gelo e construtram rapi damente um igloo 4 roda do ursinho e da sua cons- tipacio. ‘Uma senhora esquimé muito amivel trouxe-lhe uum saco de agua quente, ché de limo bem quen- tinho ¢ dois cobertores espessos as riscas encarnadas © brancas. © ursinho ficou tio bem instalado que se sentiu ogo melhor. Ao fim de trés dias j4 nio espirrava, E ainda a semana nfo tinha acabado, jé estava capaz de sair. ‘Mas teve de esperar muitos dias até que alguém viesse brincar com ele. Em primeiro lugar porque todos 0s outros ursinhos, assim como as focas, as renas ¢ 05 meninos esquimés tinham apanhado grandes constipagtes, por sua causa. E depois, porque todos estavam zangados com ele. De modo que, quando os companheiros final- mente se curaram, e 0 ursinho constipado conse- guiu que Ihe perdoassem, passou a ter muito mais juizo. ‘Tanto assim que, dali em diante, se habituou a meter-se na cama a0 primeiros sinais de cons- tipagdo. E agora, quando sai de casa ja curado, todos 0s amigos esto a sua espera para brincar, muito contentes por tornar a vé-lo. O presente 6 DE JANEIRO Era uma vez um menino cuja avé morava em Iedlia. Um dia, ela escreveu-lhe a dizer que ia mandar~ the um presente, © 9 menina ps-ce a pensar consigo mesmo o que seria, O presente chegou. Era um jarro de loiga, muito esquisito, com estranhas folhas pintadas da cor de frutos, ¢ frutos pintados da cor de folhas. © menino ficou muito desapontado. —Nio gosto nada deste jarro — disse ele & mie, — Pois eu gosto muito — respondeu a mae. — Re~ para como diz bem com os nossos pratos, E colocou o jarro em cima da mesa, a todas as refeigdes. Pela manhi, 0 jarro estava cheio de leite muito quente que o menino deitava na sua chévena, ‘Ao meio-dis, continha égua fresca. Ao Ianche, nos dias de calor, laranjada; e nos dias frios, chocolate. (© menino todos os dias encontrava dentro do jarro tanta coisa boa que acabou por jé nfo o achar esquisito. ‘Um dia escreveu para Itélia a av6, a contar-lhe tudo. No fim da carta dizia: «Muito obrigado pelo seu lindo jarro, Gosto muito dele» E era verdade, menino agora achava que o jarro italiano era © jarro mais bonito do Mundo. n

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