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ANÁLISE DA VARIABILIDADE ESPAÇO-TEMPORAL DA PRECIPITAÇÃO

NA BACIA DO BAIXO RIO PARAÍBA/PB

José Carlos Dantas


Universidade Federal da Paraíba
j_c_dantas@hotmail.com

Nádja Melo de Oliveira


Universidade Federal da Paraíba
nadja_santaninha@hotmail.com

Maria Israelita Cecília Alexandre da Silva


Universidade Federal da Paraíba
cecilialexandrejp@gmail.com

Richarde Marques da Silva


Universidade Federal da Paraíba
richarde@geociencias.ufpb.br

Resumo: Este trabalho analisou a variação espaço-temporal da precipitação na Bacia do


Baixo Rio Paraíba, no período entre 1997 e 2013. Para a realização desse estudo foram
utilizados dados mensais de precipitação de seis postos pluviométricos administrados
pela Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba – AESA, sendo eles:
Cruz do Espírito Santo, Gurinhém, Itabaiana, João Pessoa/Marés, Pilar e Sapé. Os dados
foram analisados mediante técnicas estatísticas (média, anomalia anual das chuvas,
desvio padrão e coeficiente de variação) e espaciais em ambiente SIG, para estudar o
comportamento da precipitação em escala mensal e anual. Verificou-se que na escala
mensal o período chuvoso ocorre entre os meses de abril e julho, sendo o mês de junho
o mais significativo, e os meses mais secos estão concentrados entre setembro e
dezembro. A precipitação média na bacia é de 1.063 mm, e os anos de 2000 e 2011
foram os mais chuvosos na bacia, registrando precipitação anual é igual a 2.100 e 1.900
mm. Os resultados mostram um decréscimo na precipitação total anual no sentido leste-
oeste, resultado da influência do oceano na concentração dos maiores valores de
precipitação na região próxima ao litoral. Os menores totais pluviométricos se localizam
na porção oeste da bacia e apresenta precipitação média de 800 mm. Essa mesma
porção da bacia possui o maior valor de coeficiente de variação (0,37).
Palavras-chave: Precipitação, variabilidade espaço-temporal, bacia hidrográfica.

INTRODUÇÃO
A precipitação se constitui como um importante elemento natural responsável
pelo desenvolvimento de ecossistemas, bem como da sociedade. O caráter variável da
chuva tanto em escala temporal como em escala espacial está relacionado com a atuação
da chamada circulação geral da atmosfera, que ocorre em todas as regiões da Terra de
forma distinta, dependendo das características físicas de cada área.
A circulação geral da atmosfera está associada à distribuição desigual da
energia solar no planeta, em que as baixas latitudes recebem mais energia do que as
médias e altas latitudes. Esta irregularidade de repartição da energia proveniente do sol
é ocasionada pelo movimento de rotação da Terra. Porém, há a transferência deste
excesso de energia das regiões equatoriais para as temperadas e polares por efeito das
correntes atmosféricas e oceânicas, estabelecendo assim uma espécie de equilíbrio no
balanço de energia do planeta (MENDONÇA e DANNI-OLIVEIRA, 2007, p. 84).
Os fenômenos da circulação da atmosfera também irão ocorrer no âmbito da
Bacia do Baixo Rio Paraíba (BBRP), apresentando uma tendência na variabilidade das
chuvas que acompanha a dinâmica climática da região litorânea do Nordeste do Brasil
concentrando os maiores totais pluviométricos na porção leste e diminuindo estes
valores à medida que se chega a oeste da região, consequência da atuação de sistemas
atmosféricos diversos, como bem apontam Ferreira e Mello (2005).
Estudos sobre a variabilidade da precipitação muitas vezes podem se tornar
uma tarefa difícil de realizar, sobretudo considerando as propriedades genéticas desses
fenômenos. Diversos trabalhos já estudaram a distribuição espaço-temporal das chuvas,
como por exemplo, Silva et. al. (2010), que analisaram a variabilidade da chuva na
Bacia do Rio Tapacurá, Estado de Pernambuco. No estudo observaram o aumento da
precipitação na direção oeste para leste, apresentando uma média anual de 800 mm para
a primeira e 1650 mm para a segunda. Os autores ainda apontam que a evolução mensal
da precipitação na bacia mostra uma concentração dos maiores totais pluviométricos
entre os meses de março a julho, provocada pela umidade oriunda da Amazônia que
somada à atuação de frentes frias intensificam a convecção nessa época do ano na
região.
Silva et. al. (2011) estudando a variabilidade das precipitações na região
Nordeste do Brasil em escala anual e intra-anual encontraram os maiores valores de
Número de Dias de Chuva (NDC) na zona costeira da região, desde o Estado da Bahia
até o Estado do Maranhão, representando valores que variam entre 70 e 170 dias de
chuva. Também observaram que os maiores valores de coeficiente de variação, tanto da
precipitação quanto do NDC, se encontram na porção semiárida da região e estão
associados à alternância de períodos chuvosos e secos, ocasionados pela atuação dos
fenômenos de La Niña e El Niño, respectivamente.
Streck et. al. (2009) estudaram o comportamento das chuvas no município de
Santa Maria/RS e evidenciaram a relação entre a variabilidade interdecadal e interanual
da precipitação com a influência da Oscilação Decadal do Pacífico (ODP), no qual
concluíram que as décadas com chuvas acima do normal estão associadas à fase quente
da ODP, consequentemente quando ocorre a fase fria do fenômeno o inverso acontece.
Ainda afirmam que a ocorrência de grandes anomalias de precipitação no período
analisado estão ligadas à atuação do El Niño Oscilação Sul (ENOS), sobretudo em
escala anual.
Dessa forma, este trabalho tem como objetivo analisar a variabilidade espaço-
temporal das chuvas na região da BBRP entre o período de 1997 e 2013, expondo as
características climáticas da área, dando ênfase à distribuição da precipitação e aos
processos que lhe dão origem.

MATERIAL E MÉTODOS

A Bacia do Baixo Rio Paraíba está localizada no Estado da Paraíba entre as


coordenadas 34° 52′ 48′′ W, 35° 33′ 00′′ W e 7° 06′ 36′′ S, 7º 09′ 36′′ S. Essa
bacia compreende uma área de aproximadamente 1.941 km² e esta inserida em uma
zona de transição entre a Mesorregião da Mata Paraibana e a Mesorregião do Agreste
Paraibano (Figura 1).
Figura 1. Localização da BBRP juntamente com a sua rede de drenagem e altimetria

O clima da região é do tipo 3b, clima tropical litorâneo do Nordeste oriental, de


acordo com a classificação de Mendonça e Danni-Oliveira (2007). Segundo os autores,
essa unidade climática registra elevadas temperaturas durante todo o ano, com média
oscilando entre 23ºC e 26ºC. Já a pluviosidade na bacia apresenta uma precipitação
média anual que oscila entre 350 a 1800 mm (valores que decrescem no sentido E-W),
concentrando as maiores quantidade de chuva entre os meses de abril a julho (ARAÚJO
e SILVA, 2011).
Quanto à geomorfologia da bacia, esta é marcada pela presença de três
unidades predominantes: os Baixos Planaltos Costeiros (relevo tabuliforme) esculpidos
em rochas sedimentares, em sua grande parte na Formação Barreiras, e condicionando o
desenvolvimento de uma vegetação do tipo cerrado devido à acidez dos solos nos topos
desse relevo; os vales que acompanham a organização da rede de drenagem e
possibilitam o desenvolvimento de uma vegetação arbórea (principalmente Mata
Atlântica); e a Depressão Sublitorânea, localizada na porção oeste da bacia e que
estabelece o contato entre o substrato cristalino e o sedimentar, o que irá refletir na
vegetação, sendo esta do tipo arbustiva (CARVALHO, 1982).
A distribuição geográfica dos postos utilizados para o desenvolvimento do
estudo também podem ser vistos na Figura 1. Para a realização desse estudo foram
utilizados dados de precipitação mensais do período de janeiro de 1997 a dezembro de
2013, coletados em seis postos pluviométricos administrados pela Agência Executiva de
Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA). A partir do tratamento dos dados
realizou-se a análise espacial e temporal da precipitação na bacia, aplicando técnicas
estatísticas como: (a) anomalia anual das chuvas, (b) média, (c) desvio padrão e (d)
coeficiente de variação. Para a espacialização da precipitação foi usado o método de
interpolação denominado de Krigagem para representar a variabilidade espacial das
chuvas na bacia através de softwares de SIG com base nos resultados obtidos pelas
técnicas estatísticas citadas.
Assim, para observar a variação temporal da ocorrência de anos com anomalias
(acima ou abaixo da média histórica) no período estudado utilizou-se o cálculo de
anomalia de chuva para cada ano em todos os postos da bacia. O cálculo de anomalia de
chuva é obtido por:
A = (x-xi)
sendo:
A = total de precipitação do ano com anomalia;
x = média anual do período estudado;
xi = total de precipitação para cada ano.
Os resultados obtidos a partir do tratamento dos dados, como gráficos e figuras,
serão apresentados a seguir, ao passo em que será feita uma análise dos fatores
condicionantes das características encontradas na bacia.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O comportamento das precipitações na BBRP se faz de forma bastante


heterogênea, se tratando da variabilidade anual. A Figura 2 mostra a distribuição em
escala anual das chuvas na bacia utilizando o método de anomalia de chuvas. A partir
desta observação pode-se notar que os anos de 1998, 1999, 2001, 2006 e 2010
registraram os maiores desvios negativos em relação à média histórica. Os anos de
2004, 2009, e, sobretudo, em 2000 e 2011, foram os anos com os maiores valores acima
da média histórica.

Figura 2. Anomalia das chuvas na BBRP para o período entre 1997 e 2013

A variabilidade interanual das chuvas na BBRP pode estar relacionada à


atuação de fenômenos de El Ñino e La Ñina, como visto em Araújo e Silva (2011) que
estudando a dinâmica das precipitações na região do Baixo Paraíba a partir do Índice de
Anomalia de Chuva (IAC) observaram uma considerável influência desses fenômenos
no período analisado, o que explicaria o ano de 1998 ter registrado totais pluviométricos
tão baixos em relação à média.

Vale destacar ainda que, o El Ñino de 1997/1998 acarretou grandes perdas na


produção agrícola do Nordeste do Brasil. Segundo Teracines (2000) este evento
ocasionou uma perda de R$ 1,8 bilhão na produção agrícola do ano de 1998 em relação
ao ano de 1997. A Paraíba apresentou uma queda de 58,6% de produção, ficando atrás
apenas do Piauí, o qual registrou 61,3% de decréscimo.
Em escala espacial o comportamento das precipitações na bacia segue a
tendência da dinâmica das chuvas na região costeira do Nordeste brasileiro. Dessa
forma, com base na figura 3 podemos observar um decréscimo notável de pluviosidade
à medida que se chega as áreas mais interioranas da bacia. Assim, vemos que nas áreas
localizadas a oeste (abrangendo praticamente metade da bacia) estão concentrados os
menores totais de precipitação, variando entre 725 e 1.000 mm. Em contrapartida, o
extremo leste da bacia registra os maiores valores de pluviosidade, que variam de 1301
a 1.695 mm.

Figura 3. Variabilidade espacial das chuvas na BBRP em escala anual no período entre
1997 e 2013

Essa distribuição espacial presente na bacia pode estar atribuída à proximidade


da porção leste em relação ao oceano, o que lhe condiciona à atuação de diversos
sistemas atmosféricos responsáveis por provocar chuvas nessa região. Ferreira e Mello
(2005) estudando a atuação desses sistemas na região Nordeste apontaram para a
influência das ondas de leste como um dos principais fatores da produção de chuvas na
região, sobretudo na Zona da Mata. Os autores ainda observam que as brisas marítimas
e terrestres somadas aos ventos alísios também contribuem para a configuração
pluviométrica na linha de costa do Nordeste brasileiro.

Com isso, vemos que a distribuição da precipitação na bacia ocorre de forma


heterogênea, apresentando uma variabilidade notável. A Figura 4 expõe o desvio padrão
da precipitação total anual para a BBRP no período em análise. A dispersão dos valores
segue a mesma tendência do comportamento da distribuição espacial das chuvas na
bacia, havendo um decréscimo dos totais pluviométricos no sentido leste-oeste, com um
desvio padrão mínimo de 250 mm e um desvio padrão máximo de 445 mm.

Figura 4. Desvio padrão da precipitação total anual para a BBRP no período entre 1997 e
2013

A Figura 5 apresenta os valores do coeficiente de variação (CV) calculado para


a BBRP. Os resultados encontrados indicam uma variabilidade baixa (0.26−0.37) para a
série estudada, em se tratando do coeficiente de variação. A partir da análise da figura
vemos que os maiores valores de CV estão presentes na porção oeste da bacia,
contrastando com resultados encontrados no cálculo da média anual da precipitação,
mostrando que as áreas com os menores totais pluviométricos possuem os maiores
valores de CV.

No caso da variabilidade das precipitações em nível mensal, as médias


calculadas para essa escala destacam os meses de abril a julho como sendo o período
chuvoso da série analisada, correspondendo a 60% do total anual registrado na bacia
(Figura 6). Por outro lado, os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro
apresentam os menores valores de pluviosidade, os quais sendo somados não atingem
nem 100 mm do total de precipitação anual média.

Figura 5. Coeficiente de variação da precipitação total anual para a BBRP para o período
entre 1997 e 2013
Figura 6. Variabilidade sazonal da precipitação mensal da BBRP entre 1997 e 2013

De acordo com Molion e Bernardo (2002) a configuração do padrão de


precipitações na porção leste do Nordeste brasileiro para o período chuvoso apresentado
(abril a julho) pode estar associado com a influência de uma zona de convergência que
se instala sobre a faixa litorânea da região, denominada de ZCEN. Os autores afirmam
que esta zona pode ser originada tanto pelo deslocamento da Zona de Convergência da
América do sul (ZCAS) para latitudes mais baixas associando-se com frentes frias
quanto pela interação da convecção tropical com uma convergência de umidade que
ocorre nesse período. Com isso, podemos deduzir que essa dinâmica atmosférica se
aplica à Bacia do Baixo Rio Paraíba, já que esta se localiza na porção leste da região
nordestina.
Dessa forma, esta configuração climática na BBRP pode influenciar na
dinâmica social da região, sobretudo quando se trata das atividades agrícolas. Uma
anomalia negativa de chuva pode ocasionar estiagem durante um período de tempo
considerável, o que irá implicar em uma diminuição na produtividade agrícola daqueles
que dependem essencialmente do regime de chuvas para desenvolver a sua agricultura:
o pequeno produtor. Da mesma forma que uma anomalia positiva pode provocar
impactos severos tanto no viés ambiental quanto no social, como é o caso dos
deslizamentos de encostas, rompimento de barragens, inundações, enxurradas de
grandes magnitudes, entre outras consequências relacionadas a estes fenômenos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto conclui-se que a Bacia do Baixo Rio Paraíba apresenta


considerável variabilidade espacial com totais de precipitação que decrescem no sentido
leste-oeste, indicando a influência exercida pelo oceano na concentração dos maiores
totais pluviométricos na região próxima ao litoral. Também se observa que em escala
temporal o comportamento das chuvas ocorre de forma bastante heterogênea, havendo
grandes discrepâncias quando se comparam alguns anos do período estudado. Os anos
de 2000, 2004, 2009 e 2011 registraram os maiores totais de precipitação, enquanto que
em 1998, 1999, 2001, 2006 e 2010 choveu abaixo da média histórica.
Em escala sazonal os resultados apontam para o período chuvoso ocorrendo
entre os meses de abril a julho, os quais registram 60% do total de precipitação anual.
Os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro apresentam os menores valores
de precipitação, os quais não atingem 100 mm de precipitação média anual.
Portanto, espera-se que este trabalho contribua para uma melhor compreensão
das características climáticas da área em estudo, com ênfase para a distribuição da
precipitação, tanto em escala espacial quanto temporal. Vale ressaltar que a delimitação
utilizada no trabalho não é a delimitação oficial estabelecida pela AESA. Optou-se por
essa divisão pelo fato de que os postos utilizados no estudo não iriam influenciar toda a
dimensão da bacia, e por consequência disso poderiam levar a resultados incoerentes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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