INTRODUÇÃO
Para responder alguns questionamentos será necessária fazer uma análise acerca do
PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) e sua contribuição na
formação de professores de geografia, vinculada à realidade concreta das Escolas, dos
professores e alunos da Educação Básica, tomamos como referência o estudo da totalidade,
tendo como partida o estudo do espaço, categoria principal da representação geográfica,
manifestação das relações entre o homem e o meio e a “leitura de mundo”, como o recurso
metodológico inicial. O “espaço” será tomado então como “ponto de partida” para a leitura
da sociedade e do mundo. Assim sendo para Castrogiovanni (2007):
Sendo assim, o ensino de geografia tem que passar por uma reflexão na tentativa de
responder ou até mesmo entender alguns questionamentos.
Como trabalhar esses conceitos tidos por alguns alunos licenciandos como
complexos em sala de aula, de maneira que os alunos compreendam? Como abordar o
mundo em sua totalidade de forma que o aluno possa compreender o seu espaço real?
Com base na experiência obtida, ao longo do projeto, chegou-se a essas indagações,
com isso houve a necessidade da pesquisa em relação a prática docente. É necessário
aproximar o aluno da sua própria realidade, relacionar o cotidiano para que eles possam
interpretar diferentes conceitos. A partir da abordagem local, fica mais fácil compreender
fenômenos que ocorrem em uma escala mais ampla. É preciso ir além dos conteúdos a
serem transmitidos, com leituras de “mundo” a serem criadas e reformuladas no ambiente
escolar.
Como indagou Rafael Straforini (2008) “alguma coisa não estava em coerência com
a realidade do mundo. Devo começar a ensinar geografia da parte para o todo, ou do todo
para a parte?”. (STRAFORINI, 2008, p. 21).
Por isso é tão importante que o conteúdo se torne significativo para os alunos. Cabe
a nós, professores, vencer o pensamento de Geografia estática e instigar a curiosidade do
aluno para que ele possa trazer suas contribuições para a sala de aula, abrindo um espaço
onde haja trocas de conhecimento, diálogo e contato com realidades diferentes, tornando-se
críticos e autônomos diante dos desafios do cotidiano.
A necessidade da participação ativa do aluno, nos incumbe uma busca constante por
inovação, diferentes linguagens, métodos e técnicas entre os campos de conhecimento da
disciplina geográfica e tecnológicos, trazendo a geografia para o cotidiano do aluno em
leituras entre escola/ sociedade e aluno, como traduz Callai (2003) a “educação geográfica,
não é para a escola , ou para os professores, mas é com certeza para que cada um se entenda
como sujeito da sua história ao viver a sua vida e produzir o espaço” (CALLAI, 2003,
p.60).
O aluno deve ser considerado como sujeito de seu processo constante de formação e
de seu desenvolvimento, cabendo ao professor atuar como mediador no processo interativo
que é a educação. Sendo assim, o professor propiciará a conexão entre o aluno e o conteúdo
escolar e, dessa forma, mediará o conhecimento.
O movimento de renovação da Geografia, com mudanças no âmbito da pesquisa e
ensino, conforme Cavalcanti (2002), ocorreu “para se fazer uma análise crítica da
fundamentação teórico-metodológico da ciência geográfica e para se propor alternativas ao
modo de trabalhar essa ciência enquanto matéria escolar”. (CAVALCANTI, 2002, p.11).
Busca-se o diálogo da geografia escolar com a ciência geográfica na escola, no seu
cotidiano, no lugar, nas linguagens e recursos utilizados, nas representações culturais de um
povo.
De acordo com Callai (2010) “para que cada sujeito possa entender o que acontece
na vida cotidiana, é fundamental que ele consiga abstrair daquilo que é o dia a dia de sua
vida, das questões que acontecem no lugar em que vivem.” (CALLAI, 2010, p. 29). A
abstração permite refletir sobre o cotidiano e, com a oportunidade de ver de longe, de forma
distanciada, as coisas que acontecem assumem novas feições. Quer dizer, apresentam-se em
sua complexidade. Para Leão (2013):
Tem que se pensar a educação como um dever de toda comunidade escolar, seja
professor, gestor ou aluno, pois isso é dever de todos, do professor que tem que preparar
para dar uma boa aula, dos gestores que têm que se empenhar em melhorar as condições da
escola e dos projetos, do sistema que tem que firmar compromisso sério com a educação
transformando-a em primeiro plano.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CALLAI, Helena Copetti .Aprendendo a ler o mundo: a geografia nos anos iniciais do
ensino fundamental. Cad. Cedes, Campinas, vol. 25, n. 66, p. 227-247, maio/ago. 2005