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DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL: A GESTÃO SOCIAL NO

TERRITÓRIO DE IDENTIDADE DE VITÓRIA DA CONQUISTA-BA

Vanessa Costa dos Santos


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia –vanessacosta792@gmail.com

Fernanda Viana de Alcantara


Secretaria de Educação da Bahia - nandanpgeo@yahoo.com.br

Joabe Teixeira Almeida


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - teixeira.joabe@gmail.com

1. Introdução

A abordagem dos temas da geografia deve está sempre relacionada ao contexto


real, uma vez que a ciência geográfica não se preocupa apenas com a descrição de fatos
ou fenômenos, ao contrário preocupa-se com os processos e resultados de qualquer fato,
fenômeno ou atitude que possa interferir na estrutura do espaço e da sociedade.
Neste sentido, observa-se que em relação aos estudos sobre o Brasil as
contribuições da geografia indicam que os problemas socais e econômicos existentes no
país podem ser amenizados por meio de uma melhor distribuição da renda,com melhor
equilíbrio econômico e social em todo país. Para tanto, é necessário que às ações
voltadas para o desenvolvimento tenham como objetivo atender as demandas das
diferentes e diversas realidades presente no Brasil.
A respeito desta discussão, faz-se necessário retomar as concepções de território e sua
importância para apreender a complexidade das (inter) relações que se estabelecem na
sociedade. Na abordagem geográfica, um dos principais conceitos discutidos dentre
outros, merece destaque o território, em função da sua relevância para a compreensão de
fenômenos no âmbito político, econômico e outros que estejam consolidados no espaço
geográfico. O mesmo tem sido tratado em diferentes concepções, em especial, quando
consideramos as relações que são construídas no mesmo.
Nesta direção verifica se que no Brasil grande espaço tem sido atribuído às
discussões do desenvolvimento territorial e consequentemente o conceito de território
também aparece com bastante frequência, o que se discute não é mais a essência do
termo território, mas o que há de dinâmico no mesmo. E nesta trajetória torna-se
comum o território para referenciar, ao espaço, suas múltiplas faces e sua correlação de
forças e formas.
No âmbito dessa discussão emerge o tema da gestão social no território, e de
modo especial, o presente estudo aborda a gestão social no território de Identidade de
Vitória da Conquista. Na tentativa de melhor entender o debate do desenvolvimento
territorial no Brasil e da importância da gestão social neste contexto, a pesquisa em tela,
está sendo desenvolvida por meio do acompanhamento das ações de intervenção no
território e de modo especial das atividades, organização e composição do seu
Colegiado Territorial. A investigação tem como objetivo analisar, de modo particular, o
Colegiado do Território de Identidade de Vitória da Conquista, sua organização e a
maneira como o colegiado vêm elaborando suas propostas e encaminhando as suas
ações. Especialmente porque o colegiado territorial em sua composição apresenta um
conjunto de diferentes interesses.
Para alcançar os objetivos propostos, as experiências no Território de Identidade
de Vitória da Conquista estão sendo analisadas por meio da observação das reuniões da
plenária do colegiado e do seu núcleo. Também por meio da elaboração e aplicação de
questionários com os representantes do colegiado, personificadas nas associações,
sindicatos, entidades institucionais e outros.
Muitas informações sobre a temática e a área de estudo são resultantes do
trabalho de campo e da participação nas atividades desenvolvidas pelo colegiado. Frente
à dimensão do estudo, a proposta é também compreender as experiências que
conduziram a discussão do desenvolvimento rural e a abordagem territorial.
Para tanto, a pesquisa apresenta cunho investigativo, com levantamento
bibliográfico referente à temática, entrevistas com representantes do colegiado e visitas
a órgãos públicos relacionadas à política de desenvolvimento territorial. Neste contexto,
a análise do ponto de vista geográfico, da experiência recente dos territórios rurais no
Brasil constitui-se em algo desafiador. Em primeiro lugar, por se tratar de um país de
dimensão continental.
Em segundo, porque as ações se concretizam de formas completamente distintas
entre as áreas rurais. E em terceiro, por não existir ainda a conclusão destas
experiências. A proposta é discutir o processo e observar o que já se constitui; por isso a
opção de trazer para este trabalho a experiência do Território de Identidade de Vitória
da Conquista, aqui entendido como um espelho, refletindo os primeiros sinais daquilo
que se concebe como processo.

2. Território e a Abordagem Territorial

A abordagem territorial com vistas ao desenvolvimento, e também como meio de


analisar as formas de organização e utilização do território, que por sua vez está
revertida de interesses múltiplos. Nesse sentido, Brandão (2007) afirma que:

Discutir desenvolvimento territorial é realizar a assunção da


conflitualidade inerente e a contenda perene de interesses múltiplos e
seus variados loci de possibilidades de concertação, ou não, de
projetos em disputa em variadas escalas espaciais. (BRANDÃO, C.;
p.18, 2007)

Saquet (2010) apresenta as concepções de distintos autores que discutem o


conceito de território a partir dos anos 1950-60, e evidencia que o conceito de território
é algo complexo e que ao longo dos tempos passou por profundas mudanças sendo (re)
elaborado, conforme o espaço-tempo e posicionamento filosófico de cada autor. Para o
autor: “O território é um destes conceitos complexos, substantivado por vários
elementos, no nível do pensamento e em unidade com o mundo da vida.” (SAQUET, M.
A.; p. 13; 2010).
Ainda segundo o autor:

O território significa natureza e sociedade; economia, política e


cultura; idéia e matéria; identidades e representações; apropriação,
dominação e controle; des-continuidades; conexão e redes; domínio e
subordinação degradação e proteção ambiental; terra, formas espaciais
e relações de poder; diversidade e unidade. Isso significa a existência
de intervenções no e do processo de territorialização, que envolvem e
são envolvidas por processos sociais semelhantes e diferentes, nos
mesmos ou distintos momentos e lugares, centradas na configuração
paradoxal, de des-continuidades, de desigualdades, diferenças e traços
comuns. Cada combinação especifica de cada relação espaço tempo é
produto, acompanha e condiciona os fenômenos e processos
territoriais. (SAQUET, M. A.; p. 24; 2010)

O território é uma categoria de análise geográfica que frequentemente pode ser


confundida com espaço, mas para Raffestin (1993) é preciso apreender que o espaço é
anterior ao território, esse, é uma produção a partir do espaço. O território é anterior ao
espaço, esse é territorializado por meio das relações sociais, assim, o território revela
vínculos marcados pelo poder:

O território se forma a partir do espaço, é o resultado de uma ação


conduzida por um ator sintagmático (ator que realiza um programa)
em qualquer nível. Ao apropriar de um espaço concreta ou
abstratamente (por exemplo, pela representação), o ator "territorializa"
o espaço. (RAFFESTIN, C.; p.143; 1993)

Segundo Raffestin (1993, p.53) “o campo da relação é um campo de poder que


organiza os elementos e as configurações.” Esse poder é exercido por pessoas ou grupos
que estão inseridos em uma ordem jurídica e política, presentes na atuação do Estado,
nas instituições privadas e públicas, isto é, em todas as relações dos sujeitos. O Estado é
parte fundamental no processo de políticas de desenvolvimento territorial, visto que, ele
organiza o território. Entretanto, como afirma Souza (2001), o poder exercido em um
determinado território não se restringe ao Estado, pois o território é também cultura.
Grupos sociais estabelecem relações de poder pelas diferentes culturas.
Para Saquet (2010) a abordagem territorial é algo importante na geografia e deve
ser compreendida em sua totalidade e complexidade. Por meio do território pode
compreender os conflitos e as territorialidades que estão presentes no processo de
territorialização.

2.1 Política Publica e Desenvolvimento Territorial

Na contemporaneidade é improvável que um modelo único de desenvolvimento


territorial tenha sucesso, visto que o Brasil é heterogêneo e fragmentado por diversas
realidades que devem ser levadas em consideração no momento que forem formular as
políticas de intervenções estatais.
Para Alcantara (2013) o termo desenvolvimento não é sinônimo de crescimento e
não deve ser entendido apenas como acumulação de riqueza, mas a fatos relacionados a
um processo complexo de múltiplas dimensões, pautados na questão social e entre
outros. Segundo a autora, o debate sobre desenvolvimento na Ciência Geográfica está
ganhando avanços, por meio da abordagem territorial, que evidencia a necessidade de se
pensar e compreender o desenvolvimento a partir de um processo, que apresenta
múltiplas dimensões, estando relacionadas também as políticas de intervenções do
Estado.
A abordagem sobre desenvolvimento territorial é um processo inerente a
sociedade, pois está relacionado ao âmbito de uma nova forma de organização política
do território. Nesse sentido, Brandão (2007) afirma que:

Discutir desenvolvimento territorial é realizar a assunção da


conflitualidade inerente e a contenda perene de interesses múltiplos e
seus variados loci de possibilidades de concertação, ou não, de
projetos em disputa em variadas escalas espaciais. (BRANDÃO, C.;
p.18, 2007)

O Brasil é constituído por uma sociedade multicultural, na qual se estabelecem


múltiplas relações de poder, com rivalidades e hierarquias. Segundo Brandão (2007), É
nítido que devido à grande extensão territorial do país, à necessidade de um aparato
governamental na construção de estratégias multiescalares de desenvolvimento, que promova
uma horizontalização nos serviços públicos e desenvolvimento territorial. Entretanto, torna-se
difícil pensar nessa concretização, pois vivemos em um país capitalista, em que a
desigualdade está sempre presente em todo o território, conforme afirma Brandão
(2007):
O Brasil construiu, provavelmente, a mais potente máquina de
degradação ambiental e predação de pessoas do planeta. É preciso
pesquisar a potencia, os mecanismos e as persistências do
funcionamento desta máquina de produção de múltiplas desigualdades
e de preservação de estruturas socioeconômicas de exploração e
marginalização. Como homogeneidade que temos é extremamente
perversa: é a distribuição uniforme das desigualdades em todo o vasto
território nacional. (BRANDÃO, C.; 2007, p.37)

O desenvolvimento territorial não é algo imediato, envolve um processo árduo de


profundos embates políticos e correlação entre as forças políticas local, nacional e
federal, pois, se uma proposta ficar restrita ao âmbito local corre o risco de estar fadado
ao fracasso.
Promover o desenvolvimento territorial é imperativo e árduo.
Território envolve, necessariamente, arbítrio, criação, nexo, poder.
Não se pode negligenciar a incerteza, pelas trajetórias em aberto que
são construídas pelas coalizões sociais em disputa, que não estão
predominantemente pelo consenso territorializado, mas dependem da
correlação de forças políticas a cada conjuntura social e escala
espacial especifica (Brandão, 2007b). Essas estratégias territoriais
devem ser desdobradas em varias escalas (locais, regionais, rurais
etc.). (BRANDÃO, C., 2007, p.37)

O Estado como um agente (re) organizador da sociedade que produz o espaço


distribui e comanda a gestão dos equipamentos sociais, é parte fundamental no processo
de equidade social, não se pode, portanto, desconsiderar a ação intervencionista do
Estado nos projetos de desenvolvimento territorial, pois este assume um papel de órgão
regulador/supervisor do processo.
Para o êxito do desenvolvimento territorial é preciso uma gama de procedimentos,
segundo Ortega e Sabel (2007) para ter sucesso nas políticas de desenvolvimento
territorial deve haver estratégias conjuntas “de baixo para cima” e “de cima para baixo”,
já que, dessa forma vai envolver tanto os incentivos centrados no provimento de infra-
estrutura, emprego e renda, quanto no desenvolvimento social. Visto que, as estratégias
de “baixo para cima” envolve maior apreensão com os aspectos sociais da localidade,
maior conhecimento das famílias e das características locais, e maior empenho da
comunidade em relação aos programas implementados.
Ao longo do processo histórico do Brasil, verificou-se uma distância enorme entre
os discursos dos governantes e a realidade. As políticas públicas apareceram muitas
vezes apenas como ação “compensatória”. Foram realizadas inúmeras tentativas por
parte dos governantes de promover uma melhor distribuição de renda e uma redução das
desigualdades econômicas e sociais, mas, como afirma Alcantara (2013) às políticas
públicas não procuram solucionar as causas dos problemas encontrados, apenas suas
conseqüências.
As políticas públicas no Brasil na maioria das vezes são frágeis no processo de
efetivação. Segundo Lopes e Costa (2009), isso se deve, também ao fato de os
governantes não conheceremos laços sociais que articulam os sujeitos envolvidos nesse
processo, dessa forma, fica difícil saber os resultados positivos e negativos das políticas
públicas estabelecidas em determinado local.

Como o território não é um receptáculo neutro onde são dispostas


atividades econômicas que estão ali por razões circunstanciais e
efêmeras, mas lócus de processos sociais que articulam diferentes
atores envolvidos com a produção material de bens e serviços é
fundamental que se conheça a natureza destes laços sociais, a fim de
que se possa compreender com maior profundidade os resultados das
políticas públicas que ali são implementadas. (LOPES, E. S. A. e
COSTA, J. E., 2009, p. 36)

Os resultados das políticas públicas em grande parte não trazem o


desenvolvimento esperado. Na teoria, são elaboradas as metas a serem alcançadas nos
territórios, mas devido a vários fatores não são concretizados de fato.
Há suscetíveis medidas por parte do Estado de melhorar o sistema vigente. Em
contra partida, esse mesmo Estado tem relações que priorizam o setor privado e suas
exigências, reforçando assim, o desenvolvimento desigual e contraditório. Por isso, as
políticas não devem ficar apenas no discurso de um Estado forte para o
desenvolvimento, com políticas públicas forjadas.
O Estado representa uma estrutura de poder, sendo assim, cabe a esse, o papel de
consolidar as políticas públicas e verificar se essas estão tendo sucesso de fato e, assim,
tentar reduzir as disparidades econômicas e sociais existentes. Porém, enquanto o
Estado estiver a favor do capital isso se torna impossível e as políticas se tornam em
uma ideologia desenvolvimentista.

3. Gestão social e o Colegiado do Território de Identidade de Vitória da Conquista


O Brasil é um país onde a desigualdade social é um fato estabelecido em todo
território, assim, surge à questão: Como estabelecer prioridades, para que essa realidade
seja modificada? A uma enorme dificuldade de construir estratégias adequadas que
promova o desenvolvimento territorial.
No contexto do desenvolvimento territorial, o colegiado territorial é concebido
como espaço, capaz de promover uma melhor articulação entre os governantes locais,
estaduais, federais e os representantes da sociedade civil de cada município.
Os colegiados têm como objetivo construir um espaço de articulação e discussão
das necessidades locais, para que assim, haja uma aproximação entre os poderes
mutiescalares.
A configuração do colegiado territorial acontece a partir da reunião de diferentes
representações que formam um conjunto de sujeitos heterogêneos que apresentam
objetivos e interesses diversos. Portanto, a gestão social torna-se elemento fundamental
e estrutural para a garantia de um espaço diverso e coeso. As estratégias devem
interligar os interesses específicos de cada representante, construindo objetivos
principais. Sendo assim, de que maneira o Colegiado do território de Vitória da
Conquista está estruturado e qual tem sido o seu papel no contexto da política de
desenvolvimento territorial no Brasil?
Este e o principal questionamento que motiva a realização da presente proposta de
pesquisa e por tanto se entende que a gestão social vem no sentido de encaminhar
diferentes interesses, e também como um pilar que sustenta e orienta a concretização
das ações que visam o desenvolvimento territorial em meio rural.
Este ponto é abordado na pesquisa em andamento a partir da observação das
realidades territoriais no Brasil e em especial do Nordeste, ao apresentar os retratos do
Território de Identidade de Vitória da Conquista, composto por 24 municípios, são eles:
Anagé, Aracatu, Barra do Choça, Belo Campo, Bom Jesus da Serra, Caetanos, Cândido
Sales, Caraíbas, Condeúba, Cordeiros, Encruzilhada, Guajeru, Jacaraci, Licínio de
Almeida, Maetinga, Mirante, Mortugaba, Piripá, Planalto, Poções, Presidente Jânio
Quadros, Ribeirão do Largo, Tremedal e Vitória da Conquista. O território de
identidade Vitória da Conquista apresenta área de 26.809,99 km², distribuída de forma
bem diferenciada entre os municípios que o compõe. Segundo o Censo Demográfico do
IBGE de 2010, a população total é constituída por 695.302 habitantes, a quarta maior
população entre os territórios baianos, sendo que 35% sãorurais e 65% sãourbanas. A
densidade demográfica é de, aproximadamente, 25,9 hab/km².
Essas diferentes realidades estão representadas no colegiado territorial por
100(cem) instituições, sendo 50 (cinquenta) da sociedade civil organizada e 50
(cinquenta) do poder publico. As reuniões da plenária são realizadas a cada dois meses,
para discussão de pauta que normalmente apresenta demandas gerais do território e
especificas dos municípios envolvidos.
A questão da participação e envolvimento das comunidades, apresenta
relevância enquanto proposta de ação, que ainda precisa de maior atenção, para maior
valorização da participação e das decisões. Não há como entender o desenvolvimento
territorial sem evidenciar as questões sociais que neste contexto são importantes e
determinantes para se chegar à solução no enfrentamento dos problemas reais da
comunidade.
Neste sentido, pode-se levantar uma discussão a respeito da maneira pela qual as
atividades voltadas para o desenvolvimento territorial rural no Brasil estão sendo
compreendidas pelos pequenos produtores. Há também um questionamento acerca da
elaboração e adequação das mesmas à realidade local, uma vez que, observa-se por
meio de analises preliminares no que diz respeito a participação dos beneficiários destas
políticas, que existem diferentes discursos dos protagonistas e beneficiados.

4. Resultados Preliminares

A partir dos resultados preliminares, visto que a pesquisa ainda não foi
concluída, pode-se fazer uma avaliação de que esse é um processo e uma nova forma de
pensar e consolidar as políticas de intervenção em áreas rurais. Por meio do
acompanhamento e observações de um território institucionalmente delimitado e que se
configura no contexto das propostas de desenvolvimento no Nordeste e no Brasil.
Tratar sobre esta temática é de grande importância diante da implementação de
políticas públicas que visam contribuir para o desenvolvimento territorial. Porém, existe
uma preocupação com a forma que estas alternativas de desenvolvimento que são
propostas, já que muitas vezes não estão voltados exatamente para superar os problemas
socioeconômicos e ambientais existentes.
Observa-se também um variado quadro de atores sociais, demandas territoriais e
principalmente o desafio de efetivação dessas ações sobre o território. São aspectos
como o caráter descentralizado dessas ações, a tomada de decisão a partir do
empoderamento dos atores e a governança que contribuem para essa efetivação, porém,
internalizada por contradições, desafios e impasses.
Esta é uma situação onde se afigura que a abordagem territorial só se consolida
em função de processos de negociação alimentados por uma animação local, mesmo
que ela possa receber ingredientes externos para o seu fortalecimento Sabourin, (2007).
Entende-se que a descentralização do poder nos territórios seja marcada pela existência
de relações ambíguas, resultantes da diversidade e da diferença nas respostas aos
problemas.

5. Referências

ALCÂNTARA, F. V. Desenvolvimento Territorial e Políticas Públicas: perspectivas


sobre o meio rural. Disponível em: www.seer.ufs.br/index.php/geonordeste/article
/download /1425/1249. Acesso às 16/12/2013; às 08h:10min.

COSTA, J. E.e LOPES, E. S. A. Territórios Rurais e Agricultura Familiar no


Nordeste. Editora – ufs, 2009.

GIL, Atonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 4ª edição Ed. Atlas, São
Paulo, 1995.
MINAYO, Maria C.S. (org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 32 ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.

RAFFESTIN, Claude. Por uma Geografia do Poder. São Paulo: Ed. Ática, 1993.

SABOURIN, E. Que Política Pública para a Agricultura Familiar no Segundo Governo


Lula? Sociedade e Estado, Brasília, v. 22, n. 3, p. 715-751, 2007.

SAQUET, Marcos Aurélio. Abordagens e concepções de território. 2. ed. São Paulo:


Expressão Popular, 2010.

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