Realização:

ABRAPO
 “Essa ciranda não
é minha só...
O CD Plantando Cirandas 3 está repleto de músicas e brin-
cadeiras feitas com crianças Sem Terrinha, que cantam e encantam na
arte de fazer nossa história.

No dia a dia dos Acampamentos e Assentamentos do Movimen-

to Sem Terra é que as brincadeiras vão surgindo: a terra é o pião e a
bolinha de gude; o ar é a pipa e os aviõezinhos; a água, os barquinhos e
a brincadeira de nadar. É assim que a criança se encontra na natureza,
num movimento de (re) descoberta e harmonia.

É aí que ela compõe a música da vida em suas cantigas.Nas

voltas que o mundo dá, damos as mãos e encontramos aqueles que
compartilham dessa grande ciranda da história, para juntos construir-
mos um mundo em que verdadeiramente estejamos em pé de igualda-
de, tão simples e justo como uma brincadeira de roda.

E como tudo se deu?

Uma boa brincadeira não se faz sozinho. A música também não.
Brincamos de fazer um CD com bastante gente, de muitoscantos do
Brasil, misturando ritmos, sotaques, gingados, causos e muita poesia.

3
 ...ela é de
todos nós!”
Sem Terrinha, educadores, educadoras, tocadores, tocadoras
e cantantes se reuniram em roda e, brincando, falaram sobre a mú-
sica, compuseram versos, contaram a que vieram e de onde vieram,
colocando em cantigas nossos sonhos e realidades.

Foi assim que surgiu este verdadeiro mutirão de cantoria... A

criançada animada ora compunha as letras,
ora cantava as canções, ora fazia
desenhos pra colorir a ciranda.
Enquanto outros tocavam, ex-
perimentavam instrumentos,
ritmos e juntavam notas
musicais que deram forma
às melodias e rimas que
aqui apresentamos.

Tudo feito coleti-

vamente, já que somente
conquistaremos aquilo
que cantamos se não
fizermos sozinhos. Vem
você também se juntar
nessa ciranda!
 Índice
Faixa 1 Vamos Sem Terrinha.................................................. pg.6
Faixa 2 Palestina Livre............................................................ pg.7
Faixa 3 O menino e o mar...................................................... pg.8
Faixa 4 Brincadeira Epô......................................................... pg.9
Faixa 5 Infância Sem Terrinha.............................................. pg.10
Faixa 6 Brincadeira da Borboleta..........................................pg.11
Faixa 7 Um conto em ciranda............................................. pg. 12
Faixa 8 Vida de Sem Terrinha.............................................. pg. 14
Faixa 10 Hora de brincar...................................................... pg.16
Faixa 11 Da luta brota a vida................................................ pg. 17
Faixa 12 Herdeiros da luta pela terra.................................... pg. 19
Faixa 14 Cantando com Sem Terrinha................................... pg.21
Faixa 15 Às vezes me chamam de negro............................... pg.22
Faixa 16 Ser criança...............................................................pg. 23
Faixa 17 Sem Terrinha de poder........................................... pg. 25
Faixa 18 Direito de criança................................................... pg. 26
Faixa 19 Soltando nossa voz................................................ pg .27
Faixa 20 Brincando de tambor de crioula.............................. pg.29
Faixa 22 Lira da Reforma Agrária......................................... pg. 30
Faixa 23 Unidos do amanhã................................................ pg. 32

5
 1 Vamos
faixa

Tom: C
Ritmo: Xote
Sem Terrinha
Composição: Crianças do Assentamento Escrava Anastásia
(Nova Canadá) - Canindé do São Francisco/SE

Introdução: G7 C D G7 (4x) Introd

G7 C C A
Na ciranda cirandinha Plantando ciranda Co
D G7 D G7
Nossa roda bem grandinha Pra colher a vida inteira (2x) Pra p
C F#7
Pras meninas, passa anel C É o Se
D G7 Gosto de brincar de roda E
Pros meninos, aliancinha D G7 E ocu
C No terreiro pular corda F#7
Toda essa brincadeira C Refor
D G7 Pião, jogar pedrinhas
As crianças sempre gostam D G7 Justiç
C Pega-pega, amarelinha F#7
Com carinho e alegria C Pales
D G7 Lá na árvore contei dez
No sorriso sempre mostram D G7 Que t
Todo mundo se escondeu
C C A7
Vamos Sem Terrinha Esconde aqui, esconde acolá Meni
D G7 D G7
6 Começar a brincadeira Corre, corre vou lhe achar Solta
 Palestina 2
faixa

Tom: A
Ritmo: Samba livre
Composição:Crianças dos Assentamentos Palmares,26 de Março, Lourival
Santana,1º de Março e Nega Madalena, e dos Acampamentos Frei Henri,
Dalcídio Jurandir, Helenira Resende e João Canuto - Parauapebas/ PA

Introdução: A F#7 Bm E7 (4x)

Bm
A F#7 Bm
Nossa ciranda
Convidamos as crianças
E7
E7 A
Convida tuas crianças
(2x) Pra pintar no muro da desigualdade
A G#7 G7 F#7
F#7 Bm
Pra dançar na roda
É o Sem Terrinha cantando
Bm
a E7 A
E de mãos dadas
E ocupando com a sua ginga
E7
F#7 Bm
Sonhando a liberdade
Reforma Agrária
A E7 A
E7 A
A ser conquistada, ô, Palestina!
Justiça e liberdade, uma canção de roda
F#7 Bm
Palestina livre: um sonho
E7 A E7 A
G7 Que também é brasileiro, ô, Palestina!
u
C A7 D E7
acolá Menino livre
G7 A F#7
ar Solta pipa e joga bola 7
 3 o menino
faixa

Tom: Dm
Ritmo: Xote e o mar
Composição: João Bá/ Vozes: João Bá, Fernando Guimarães e crianças
do Assentamento Agrovila I, Itapeva/SP
Dm Gm
Menino, vem brincar no mar
Dm A7 Dm
Ô mar, vem lavar pé de menino (2x)

Gm A7 Dm
Eu vi as ondas brincando de pega-pega
Gm A7 Dm
Levar as águas do riacho cristalino
Gm A7 Dm
Eu vi menino, vim brincar no mar
Bb7 A7 Dm A7
Ô mar, vem lavar pé de menino

Dm Gm
Menino, vem brincar no mar
Dm A7 Dm
Ô mar, vem lavar pé de menino (2x)

Gm A7 Dm
As gaivotas vão fazendo suas rondas
Gm A7 Dm
O sol levanta, o vento leste me incendeia
Gm A7 Dm
No chão da praia vou guardar a minha raia
8
Bb7 A7 Dm A7
E construir o seu castelo de areia
 faixa

brincadeiro 4
epô
Vozes: Crianças da Comuna
Urbana Dom Élder Câmara - Grande São Paulo/SP

Quando falar “epô”, vocês batam nas pernas com as mãos.

Quando falar “ê ta tá”, batam no peito. E quando falar “ah”, devem
estalar os dedos. E, por fim, quando falar “tuc tuc”, batam com as mãos
na cabeça e termina estalando os dedos outra vez no último “ê”!

Epô, ê ta tá, ê ê epô!

Epô, ê ta tá, ah...
Epô, ê ta tá!
Epô, ê tuc tuc!
Epô, ê tuc tuc, ê...

9
 faixa

5 infância
Tom: E
Ritmo: Congo
sem terrinha
Composição: Crianças do Assentamento Valdício Barbosa dos Santos
Braço do Rio,Conceição da Barra/ ES

Introdução: E B7

E B7 E
A infância Sem Terrinha é muito boa de se viver
B7 E
No lugar onde moramos todos plantam pra colher (2x)
B7 E
Os Sem Terrinha fazem luta, luta pra valer
B7 E
Pois se a luta é difícil, é difícil de vencer
B7 E
Numa roda de ciranda a gente canta com prazer (2x)
B7 E
As cantigas de criança nos alegram pra valer
B7 E
A lição que aprendemos vai além do ABC
B7 E
A educação do campo é do MST (2x)

10
 faixa

brincadeiro 6
da borboleta
os Santos Composição: Domínio público
Barra/ ES Vozes: Grupo de Crianças de
Educação Infantil do Assentamento
São Judas, Brilhante/MS

Borboleta preta
Das asas amarelas
Entra pela porta
E sai pela janela

No caminho da roça
Tem maracujá
Verde e maduro
Pra gente chupar!

11
 7 um conto
faixa

Tom: F
Ritmo: Chamamé
de ciranda
Composição: Crianças do Assentamento
São Judas, Brilhante/ MS

Introdução: F F7 Bb F C7 F (2x)

F
Chegamos no Pantanal do Mato Grosso do Sul
C7
Vimos a onça pintada, o jacaré, o tuiuiú

No rio pescamos pacu, na baía, o lobó

Bb C7 F
Ouvimos o som da mata, da juriti, o jaó

F7 Bb F
Tomamos o tereré junto com os pantaneiros
C7 F
Ouvimos o chamamé comendo arroz tropeiro (2x)

F
Passamos rio Paraguai, conhecemos além da serra
C7
Encontramos os indígenas pintados para a guerra

Lutando por seus direitos com ação e com bravura

Bb C7 F
12 Exigindo suas terras preservando sua cultura
 F7 Bb F
Tomamos o tereré junto com os pantaneiros
C7 F
Ouvimos o chamamé comendo arroz tropeiro (2x)

F
Vimos grandes fazendas seus campos envenenados
C7
Encontramos camponeses num esforço danado

Cultivando suas terras com muita dificuldade

Bb C7 F
Preservando a semente, patrimônio da humanidade

F7 Bb F
Tomamos o tereré junto com os pantaneiros
C7 F
Ouvimos o chamamé comendo arroz tropeiro (2x)

F
Meu Mato Grosso do Sul, lugar de pura beleza
C7
Seus povos e seus costumes, sua própria natureza

São tantas as qualidades, não cabem numa canção

Bb C7 F
Por isso vem conhecer, garanto satisfação

F7 Bb F
Tomamos o tereré junto com os pantaneiros
C7 F
Ouvimos o chamamé comendo arroz tropeiro (2x) 13
 faixa

8 vida de
Tom: E
Ritmo: Baião
sem terrinha
Composição e vozes: Crianças dos Assentamentos Barro Azul,
1° de Junho, Ulisses e Oziel Alves Pereira - Governador Valadares/ MG

Introdução: E B7 E (2x)

E B7 E
Laiá, lá, laiá, laiá, lá, laiá, laiá, lá, laiá, laiá (2x)

G#7 C#m G#7 C#m

Nós somos os Sem Terrinha, gostamos de estudar
A B7 E
Aqui no assentamento, na escola e em nosso lar

B7 E B7 E

G#7 C#m G#7 C#m

Mas como somos crianças queremos também brincar
A B7 E
Assim a mamãe falou: brincadeira é muito bom

B7 E B7 E

G#7 C#m G#7 C#m

Vou brincar de pique-pique, vou jogar bola de meia
A B7 E
14 Vou brincar de cozidinho, cantar roda a noite inteira
B7 E B7 E

G#7 C#m G#7 C#m

Tem que ter educação, no campo e na cidade
A B7 E
E a criançada em roda pra mudar a sociedade

E B7 E
Laiá, lá, laiá, laiá, lá, laiá, laiá, lá, laiá, laiá (2x)

15
 Hora de
faixa

10
brincar
Composição e vozes: Crianças do Assentamento
Rio Bonito, Wagner/BA.

Lê lê á, lê lê á, é hora de brincar

Poc-poc, bate-bate, vamos lá, vamos pular

Brincar de esconde-esconde
E dançar até cansar

Da vaca tiro o leite pra fazer o requeijão

O burro carrega o trigo, de onde tiro o macarrão

A mamãe prepara a janta e bem cedo o café

O papai que vai pra roça cinco horas tá de pé

Vamos agora criançada pra escola estudar

Quando chega a tardezinha
Tá na hora de brincar

16
 11
faixa

Da luta
Tom: Dm
Ritmo: Bumba Meu Boi
brota a vida
Letra: Crianças do Grupo Filhos da Terra dos Assentamentos
Califórnia, Nova Conquista e João do Vale - Açailândia/ MA

Introdução: Gm Dm A7 Dm

Gm A7 Dm
Sou sem terrinha, sou guerreiro vencedor
Gm A7 Dm
Sou desse chão, de onde brota o amor
D7 Gm C7 Dm
Muito prazer, vou cantar, meus direitos defender
A7 Dm
Trazendo nessa toada “Viva o MST!” (Refrão)

Gm A7 Dm
Da luta brota a vida, da vida brota o amor
Gm A7 Dm
Aqui em nosso assentamento, nosso povo é lutador
D7 Gm C7 Dm
Sou Sem Terrinha Guerreiro, filho de trabalhador
D7 Gm A7 Dm
Sou Sem Terrinha Guerreiro, filho de trabalhador

Refrão
17
 Tom:
Ritmo

Gm A7 Dm
No assentamento onde eu moro, há muita transformação
Gm A7 Dm
Pois todo mundo trabalha em prol de nossa nação
D7 Gm C7 Dm

E nossa comunidade mora no meu coração
D7 Gm A7 Dm
E nossa comunidade mora no meu coração

Refrão

Gm A7 Dm
Ser Sem Terrinha é aprender a viver em liberdade

Gm A7 Dm

Sabendo reconhecer que essa é sua identidade
D7 Gm C7 Dm
Fazer a própria história, mudando a realidade
D7 Gm A7 Dm
Fazer a própria história, mudando a realidade

Refrão
18
 12 Herdeiros
faixa

da luta pela
Tom: B
Ritmo: Bugio terra
Composição e vozes: Crianças das Brigadas de Famílias:
Maria Rosa, 25 de Maio, Justino/ SC

Introdução: B B7 E B F#7 B

B E B
Caboclos unidos em luta, na defesa do nosso chão
F#7 B
Homens, mulheres e crianças com pau, foice e facão
F#7 B
Enfrentaram nas batalhas, até balas de canhão

B7 E B
Contestado ontem, Sem Terra hoje
F#7
Lutando pelo mesmo chão
B
Lutando pelo mesmo chão (2x) (Refrão)

B E B
Na roda viva da história, com a terra na mão
F#7 B
Nem com o fogo na ponte a marcha parou
F#7 B
O latifúndio ocupado, a luta continuou 19
 B7 E B F#7 B

B E B
Para ser terra viva, cultivar sem agressão
F#7 B
Acreditar nos princípios combatendo a exploração
F#7 B
Comida saudável na mesa, alimentando a população

Refrão

B E B
Somos Sem Terrinha, herdeiros da luta pela terra
F#7 B
Nossos sonhos se constroem na Educação do Campo
F#7 B
Educando, educadores, vivendo novos valores

20 Refrão
14 Cantando
faixa

com sem terrinha

Composição: Crianças do Encontro Estadual

do Sem Terrinha do Rio de Janeiro.

Sou Sem Terrinha do MST

Acordo todo dia pra lutar
Você vai ver

Por terra, por escola

Saúde, educação
Desse meu direito eu não abro mão

Cantando com Sem Terrinha!

Ser criança é ser feliz

Pra ser feliz tem que brincar
Pra brincar tem que sorrir
Pra sorrir tem que lutar

21
 faixa

15 às vezes me
chamam de negro

Composição: Mestre Luiz Renato Vieira

Participação especial Orquestra de Berimbaus
Mandingueiros do Amanhã

Às vezes me chamam de negro

Pensando que vão me humilhar
Mas só que eles não sabem
É que isso me faz lembrar
Que eu venho daquela raça
Que lutou pra se libertar
Que criou o maculelê
Acredita no candomblé
Que traz o sorriso no rosto
A ginga no corpo
E o samba no pé

Capoeira poderosa
Arma de libertação
Que hoje aqui nessa roda
Vem jogar com meus irmãos

Ô camarada o que é meu, camará?

É meu irmão!
Meu irmão do coração, camará!
22 É meu irmão!
 16
faixa

ser
Tom: D
Ritmo: Xote
criança
Composição: Banda de Lata Criança Feliz
Assentamento Recreio Quixeramobim/ CE

Introdução: D Em A7 (2x)

D Em
Aqui no campo é gostoso brincar
A7 D
E a natureza é nossa inspiração
F#7 Bm
De pega-pega, nós vamos te pegar
E7 A
E no terreiro eu vou furar o chão
G7 D
Desperta gente, tem sol a brilhar
E7 A
Vamos brincar, brincar de pião
G7 D
Aqui no campo é gostoso brincar
E7 A7 D7
E a natureza é nossa inspiração
G7 D
Aqui no campo é gostoso brincar
E7 A7 D Em A7 D
E a natureza é nossa inspiração 23
 D Em
E desse jeito feliz vou viver
A7 D
E é no campo que eu quero morar
F#7 Bm
Vejam lá menino na carreira
A
Cai no poço, o outro vai falar
G7 D
Nem me triscou, peguei a bandeira
E7 A
Chegou a hora, é hora de cantar
Introd
G7 D
E desse jeito feliz vou viver
F#
E7 A7 D7
E é no campo que eu quero morar
G7 D
E desse jeito feliz vou viver
E7 A7 D D7
C
E é no campo que eu quero morar

G7 D
Banda de lata criança feliz
Um
A7
Nossa festa é verdadeira
D7
Nossa bandeira é estudar
Aca
G7 D
Banda de lata criança feliz
E7 A7
Nossa festa é verdadeira
D (D7)
24 Nossa bandeira é lutar (2x)
 faixa

sem terrinha 17
Tom: F#
Ritmo: Folia de Reis
de poder
Composição: Crianças do Acampamento
8 de Março, Planaltina/ DF

Introdução: F# C#7

F# C#7 F# C#7 F#
Somos Sem Terrinha de poder E ver a bandeirinha vermelhinha
C#7 F# C#7 F#
Eu quero minha terra Dentro da minha terra
C#7 F#
Chega de sofrer na lona preta C#7 F#
C#7 F# Somos Sem Terrinha de poder
Eu quero a minha terra C#7 F#
C#7 F# Vamos plantar e proteger
Um dia a Reforma Agrária vai sair C#7 F#
C#7 F# Pra ver o que vai acontecer
Eu vou ter a minha terra C#7 F#
C#7 F# Acontecer (2x)
Acabar com o latifúndio do Brasil
C#7 F#
Pra ter a minha terra

25
 18
faixa

direito de
Tom: A
Ritmo: Canção
criança
Letra: Crianças dos Assentamentos Barro Azul, 1º de Junho, Ulisses
e Oziel Alves Pereira - Governador Valadares/ MG

Introdução: A E7 A E7

D D
Sem Terrinha também luta Pois criança tem direito
E7 A E7 A E7 A E7 A
Para ter dignidade De escola e moradia
D E7 D E7
Porque eles também sonham Sou Sem Terra pequenina
A E7 A A
Em cantar a liberdade Lutando com ousadia

D
Não basta ter alimento
E7 A E7 A
E boa casa pra morar
D E7
Queremos também escola
A E7 A
E bom mestre pra ensinar

26
8 soltando
faixa

19
ixa

Tom: C nossa voz

Ritmo: Reggae e Rap

Composição e vozes: Crianças do

Assentamento Eli Vive - Londrina/ PR

Introdução: C Gm C Gm

C Gm
Passarinhos voam tranquilos
C Gm
Pelas sombras das árvores
F
Em busca de um grilo
7 A C
O passarinho atrás de um amigo

a
Quando escuta um zunido
F
Acha que está em perigo
C
Colorido, colorido
F
As flores e as florestas
C
Cada vez mais extintas

F C
Tanta destruição, o mundo acaba então (2x)
F
27
Não!
 C F C F
Sem Terrinha é a solução pra acabar com a poluição
C G7 C (F) (Gm C Gm C)
A escola vai ensinar o Sem Terrinha a plantar

C Gm
Moro no campo com muito orgulho
C Gm
Sou semente do futuro e por isso vou cantar
C Gm
A vida é curta, então temos que aproveitar
C Gm
Vamos lá amigo, vamos lutar
C Gm
Somos Sem Terrinha, vem com a gente gritar
C Gm
Temos direito de por um país melhor lutar!
C Gm
Somos Sem Terrinha, soltando nossa voz
C Gm
Pula aqui, mano! Tu vai ver quem é “nóis”!

28
 brincando de 20
faixa

tambor de crioula
C Gm C)
Vozes e tambores: Grupo de Tambor de Crioula Mirim
Agrovila São Joaquim - Assentamento Diamante Negro
de Jutaí Igarapé do Meio/MA

Viva São Benedito! Viva todos os Santos!

Eu vim salvar meu Santo (refrão)

Somos Sem Terrinha e vamos fazer uma gravação

Estamos apresentando cultura e educação
Boieiro tem prazer, boieiro tem satisfação
Nós estamos querendo fazer uma gravação
Esta festa está falada e é fora do Maranhão
Já cantamos em São Luís, capital do Maranhão
Amigo vou te dizer, amigo vou te falar
Já fomos em São Luís a cultura apresentar
Boieiro tem prazer, boieiro tem paixão
Esta festa é mais bonita quando fala em educação
Esta festa está falada quando fala em educação
A nossa cultura é cantar, bater tambor
Nós somos Sem Terrinha pra mostrar nosso valor

29
 faixa

22 lira da
Tom: E reforma agrária
Ritmo: Marcha e Baião

Composição: Crianças do Grupo

Coletivo 14 de Agosto, Ariquemes/ RO

Introdução: E F#m B7 E B7 E

E F#m
Chora lira, chora lira, chora lira, lira lá
B7
Se o povo não tem terra
E
É que a lira quer chorar (2x)

B7
Um taco pra cada um já basta pra ser feliz
E
Colher fruto sem veneno pra alimentar o país
E7 A B7 E
Quem escolhe brincadeira pra criança ser feliz

B7
Esta é lira da reforma agrária
E
Que nasceu do sonho dessa meninada (3x)

30 E F#m B7 E B7 E
E F#m
Canta lira, canta lira, canta lira, lira lá
B7
Se o povo conquista a terra
E
É que a lira quer cantar

B7
Porque o nosso modelo é da agroecologia
E
Sonhar de barriga cheia pra florir de alegria
E7 A B7 E
Tomar banho de cultura estudar na poesia

B7
Esta é lira da reforma agrária
E
Que nasceu do sonho dessa meninada (4x)

31
 23 unidos do
faixa

amanHÃ
Tom: C
Ritmo: Samba-enredo
E na

Que

Afast
Composição: Crianças das Comunas
da Terra Dom Tomás Balduíno Dom Pedro Casaldáliga e Irmã Alberta
e da Comuna Urbana Dom Helder Câmara – Jandira/ SP Tem

cuida
Dm G7 C Am
Cm
A Lona Preta tocando brota a semente do chão
Depo
Dm G7 C A7
G#7
Sem Terrinha é o futuro da nação
e com
Dm G7 C Am
No campo e na cidade tem amor e união
Dm G7 C G7
De m
Sem Terrinha pra fazer revolução

C A7 Dm G7 C G7
vou c
Tudo começou lá no barracão antes da gente nascer
Dm
C A7 Dm
Depo
De noite a batucada reunia o pessoal
Dm7M Dm7 Dm6 G7 C G7
Se a
Marchando até a entrada do acampamento, era o nosso carnaval
Cm
C A7 Dm
Com
Nascemos pra lutar, lutamos pra vencer
G
G7 C A7 Dm G7 C A7
Que
Em reunião, em mutirão, ciranda que tem desde a ocupação
Dm G7 C A7 Dm G7 C G7
O Movimento é pra valer, no campo e na cidade somos MST
 C G7 C
E na Comuna a gente planta sem veneno
A7 Dm
Que e pra comida ser gostosa e fazer bem
G7 C A7 Dm G7 C A7
Afasta o mato, cava um buraco, põe com carinho a semente
Dm G7 C A7
Tem que adubar, tem que regar,

Dm G7 C G7
cuidar bem assim permanente

Cm Bb G#7 G7
Depois o tempo passa a gente colhe, a gente come
G#7 G7 C G7
e começa tudo outra vez

C Dm D#m Em
De manhã cedo vejo a bandeira ao sol, de casa em casa

D#m Dm Bb7 A7
vou chamar pro futebol
Dm G7 C A7 Dm G7 C A7
Depois de estudar, no rio vou nadar, juntar o Sem Terrinha pra brincar
Dm G7 C A7 Dm G7 C G7
G7
Se a lua chegar, vamos descansar, sonhando com a conquista que virá

Cm Bb G#7 G7
Comuna porque é na comunidade a nossa história
G#7 G7 C A7
A7
Que agora o Sem Terrinha vem contar
G7
33
hino nacional
brasileiro I
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos
Brilhou no céu da Pátria nesse instante

Se o penhor dessa igualdade

Conseguimos conquistar com braço forte
Em teu seio, ó Liberdade
Desafia o nosso peito a própria morte!

Ó Pátria amada
Idolatrada
Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido

De amor e de esperança à terra desce
Se em teu formoso céu, risonho e límpido
A imagem do Cruzeiro resplandece

Gigante pela própria natureza

És belo, és forte, impávido colosso
E o teu futuro espelha essa grandeza

Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil
Ó Pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil

Pátria amada
34
Brasil!
 Letra: Joaquim Osório Duque Estrada
Música: Francisco Manuel da Silva

II
Deitado eternamente em berço esplêndido
Ao som do mar e à luz do céu profundo
Fulguras, ó Brasil, florão da América
Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra mais garrida

Teus risonhos, lindos campos têm mais flores
“Nossos bosques têm mais vida”
“Nossa vida” no teu seio “mais amores”

Ó Pátria amada
Idolatrada
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo

O lábaro que ostentas estrelado
E diga o verde-louro desta flâmula
- Paz no futuro e glória no passado

Mas, se ergues da justiça a clava forte

Verás que um filho teu não foge à luta
Nem teme, quem te adora, a própria morte

Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil
Ó Pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil

Pátria amada
Brasil! 35
 HINO DO MOVIMENTO DOS
TRABALHADORES RURAIS
SEM TERRA
Letra: Ademar Bogo / Música: Willy C. de Oliveira

Vem teçamos a nossa liberdade

braços fortes que rasgam o chão
sob a sombra de nossa valentia
desfraldemos a nossa rebeldia
e plantemos nesta terra como irmãos!


Vem, lutemos, punho erguido
Nossa força nos leva a edificar
Nossa Pátria livre e forte
Construída pelo poder popular

Braço erguido ditemos nossa história

sufocando com força os opressores
hasteemos a bandeira colorida
despertemos esta pátria adormecida
o amanhã pertence a nós trabalhadores!

Vem, lutemos, punho erguido...

Nossa força resgatada pela chama

da esperança no triunfo que virá
forjaremos desta luta com certeza
pátria livre operária camponesa
nossa estrela enfim triunfará!

Vem, lutemos, punho erguido...

Realização: Patrocínio:

ABRAPO