Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
19 TOMO
42 EDIÇÃO
(Revista e Corrigida)
Bibliografia.
Apêndice.
ISBN 85-7108-061-5
Copyright da autora
A P R E S E N T A Ç Ã O
À GUI S A DE P R E F Á C I O
G. N. B. P. H.
ESTA 2? EDIÇÃO...
tura helênica, noções históricas que não mais obtêm nos cursos secundários de on
de provêm, e o segundo, pelo maciço despreparo lingüístico dos nossos estudantes
de letras, nas mais comezinhas questões, até mesmo as relacionadas com a língua
vernácula.
Basicamente, pois, o livro é o mesmo, porém aperfeiçoado e ampliado, na
medida do possível. Atendemos, ainda, à sugestão de alguns professores, para apre
sentar a “chave” dos exercícios do primeiro Tomo, em anexo ao segundo, a fim de
facilitar o trabalho de professores afastados dos grandes centros e (por que não?)
também dos autodidatas, a quem o livro, igualmente, se destina.
Cumpre-nos, ainda, destacar a preciosa colaboração dos nossos Assistentes,
nesta 2? edição —a professora NELY MARIA PESSANHA, que se incumbiu, pri-
morosamente, da leitura dos originais, e da revisão tipográfica e ortográfica deste
livro, em ambos os tomos, e o professor MANUEL AVELEZA DE SOUSA, que
datilografou e reviu os textos gregos, refeitos ou acrescentados, neste e no 2? To
mo. A ambos, nosso profundo agradecimento, pela dedicação e eficiência de
monstradas, em tempo recorde e em período de férias escolares.
E não devemos esquecer o corajoso idealismo da Editora J. Di Giorgio, ao
assumir a responsabilidade de reeditar este tomo, compondo, simultaneamente, o
segundo que o complfeta, honrando, mais uma vez, a nossa ainda tímida produção
editorial, que já ascende, entretanto, a níveis culturais e artísticos cada vez mais
altos.
Rio de Janeiro, em 20 de Janeiro de 1978.
(Dia de S. Sebastião Padroeiro)
G.N.B.P.H.
♦ ♦ ♦
E AGORA, A 3? E D I Ç Ã O . . .
Com grande satisfação reeditamos, mais uma vez, pela J. Di Giorgio & Cia.
Ltda., este Manual, prestigiado pela crítica e pelo público. Também foi gratifi-
cante o reconhecimento de nosso trabalho, por parte do Governo da Grécia que,
através de seu Embaixador, Sr. Antonios Protonotários, adquiriu boa parte dos
dois tomos deste livro, para oferecê-los às principais Universidades e Entidades
Culturais do Brasil.
Esta edição sai sem alterações maiores, exceto as notórias correções tipográ
ficas e falhas de impressão, além do acréscimo, em anexo, de alguns textos para
revisão complementar d matéria desenvolvida neste tomo. Nos tempos que
correm, já é uma proeza manter a regularidade da carreira de uma obra desse tipo.
E, mais uma vez, agradecemos a quantos têm prestigiado esta nossa despretensiosa
colaboração aos estudos helênicos, em nossa terra.
Rio de Janeiro, em 20 de Janeiro de 1982.
G.N.B.P.H.
2 Os Gregos e seu Idioma (1- TOMO)
NOSSA 45 EDIÇÃO
Este livro completa agora vinte anos de vida útil e bem sucedida. É
com grande sacrifício que, nos dias de hoje, repetimos a façanha de arcar
com os ônus dessa publicação, como já fizemos anteriormente, a falta de
verbas em nossa UFRJ para esse fim. Por isso, procuramos evitar qual
quer forma de encarecimento desta nova edição, mantendo-a praticamente
sem alterações (saivo as imprescindíveis), embora muito nos agradasse
poder ao menos ampliar a bibliografia básica que oferecemos. Como está,
o livro permanece válido e capacitado a continuar atingindo os objetivos
que nos propusemos ao realizá-lo, e esperamos que continue a merecer o
prestígio e o interesse de quantos se dediquem ao estudo do grego antigo,
manancial perene de reflexão e cultura, inspirando as Autoridades Uni
versitárias do Brasil em seu propósito de manter e desenvolver o huma
nismo clássico em nossos currículos.
DA MESMA A UTORA:
2- P A R T E — E S T R U T U R A L IN G U ÍS T IC A D O GREGO: OS SO NS
E A S F O R M A S ID IO M Á T IC A S
— A N E X O S —
I — Quadro geral da conjugação dos verbos temáticos vocálicos regulares . . . . 421
I I — As preposições e os casos ................................................................. ....................... 427
749 e 759 Exercícios...................................................................................................... 429
Quadros ilustrativos das preposições .................................................................... 430
I I I — Bibliografia da primeira parte (Introdução) ................................................ 435
TV — Vocabulário Português-Grego ................................................................................ 439
V — Mguns textos para revisão geral da matéria 4”
— ÍNDICES PARCIAIS —
I — Índice dos Lembretes Sintáticos ......................................................................... 13
II — Índice das Imagens da Hélade . .. ..................................................................... 14
ÍNDICES PARCIAIS
i) — Í n d i c e dos l e m b r e t e s s in t á t ic o s —
Páginas
N.° 1 — Quadro sinótico dos adjuntos adverbiais mais com uns......................................... 132
N.° 2 — Alguns empregos do artigo definido e sua colocação (I )....................... 135
N.° 3 — Elementos formadores da oração............................................................................. 139
N .° 4 — Empregos especiais do artigo (II) ............................................................... 147
N.° 5 — Valor dos tempos no indicativo (I). Presente e imperfeito ··■ 16®
N.° 6 — Valor dos tempos no indicativo (II). Futuro..................................... 121
N.° 7 — Valor dos tempos no indicativo (III). Aoristo................................. 180
N.° 8 — Sintaxe do adjetivo qualificativo (I )................................................... . ·· 18b
N.° 9 — Idem (II). Graus de significação dos adjetivos................................... 1®®
N.° 10 — Valor dos tempos no indicativo (IV). Perfeito e mais que perfeito. 208
N.° 11 — Outros empregos especiais do artigo (III)..................................................... 232
N .° 12 — Casos de omissão do artigo (IV )...................................................................... 245
N .° 13 — Sintaxe de concordância nominal e verbal ................................................ 258
N.° 14 — Sintaxe dos modos (I). Imperativo esubjuntivo....................................... 281
N.° 15 — Sintaxe dos modos (II). O ptativo........................................................... 293
•3 1 C
N.° 16 — Empregos especiais dos adjetivos, nos váriqs graus (111)....................... J
jç·.» i 7 O sujeito indeterminado. A voz p a ssiv a ............................................................... 318
dos habitantes da região egéia. que já trabalham a pedra com maior perfeição, po-
lindo-a para torná-la mais praticável e resistente. No decorrer desse período, que se
estenderá por mais trés milênios, (de 6.000 a 3.000 anos a.C., aproximadamente),
irá desenvolver-se o cultivo do solo e a domesticação de animais, ainda, porém, em
bases muito primitivas (cf. “Imagens de Hélade” n9 1).
A mais importante contribuição do Neolítico foi o advento da cerâmica (ou
arte da olaria), já em meados do V milênio a.C., e cuja técnica evoluiría, desde
então, através dos séculos, num sentido de permanente aperfeiçoamento, até a
Idade do Bronze, que teria início por volta do 39 milênio pré-cristão.
E através da produção cerâmica, escalonada por todo o Neolítico, que pode
mos identificar, segundo o tipo da decoração, as sucessivas levas migratórias de po
vos vindos do Oriente partindo da Anatólia (atual Turquia Asiática) ou da Cilí-
cia, ou ainda das regiões correspondentes às atuais Síria e Líbano e à antiga Pales
tina.
Os primeiros neolíticos, da fase acerámica (anteriores à olaria, como atividade
utilitária e artística), terão encontrado, ao chegarem à região da futura Grécia Eu
ropéia (a península Balcânica), ainda nômades, caçadores em estágio equivalente
ao de sua civilização; mas as poucas ossadas de animais selvagens, encontradas em
suas cabanas de chão rebaixado (as “habitações de poço”, como são chamadas),
mostram a sua preferência por atividades agrícolas e a progressiva domesticação
dos animais.
Assim, ao iniciar-se o período cerâmico (por volta de 4.500 a.C.), essas habi
tações, embora ainda esparsas, já se mostram mais amplas e dotadas de comparti
mentos para animais como carneiros, porcos, cabras e ovelhas; e também já há
vestígios de túmulos. Mais tarde, a existência de uma construção maior, no centro
de um aldeamento rústico, faz suj5or a presença de um “palácio” ou “templo” -
sede administrativa e também religiosa de grupamentos sociais dotados de organi
zação básica rudimentar. Exemplo expressivo disso forneceram as escavações rea
lizadas na Tessália, onde o arqueólogo Tsountas chegou a distinguir dois períodos
neolíticos, um mais antigo (em Sesclo) e outro posterior (em Dímini)·. Mas, estu
dos arqueólogicos mais recentes (depois da 2? Guerra Mundial, a partir de 1945,
portanto) revelaram em estações arqueológicas próximas de Larissa, na Tessália
três fases neolíticas anteriores ao próprio período de Sesclo; o pré-Sesclo, o pro-
to-Sesclo, e o Cerâmico primitivo.
Entretanto, se a seqüéncia neolítica da Tessália é bastante clara, o mesmo não
se dá no sul da Grécia, onde Weinberg dividiu o Neolítico em três fases, no Pelopo-
neso: o Neolítico Antigo, o Médio e o Final.
Tudo isso nos mostra que a colonização do solo, que viria a ser um dia o da Gré
cia Continental e Insular, não terá sido simultânea, nos tempos pré-históricos nem,
provavelmente, efetuada pelos mesmos povos a que chamamos, genericamente,
P ré-Mel ENOS, à falta de melhor denominação.
32 GUIDA XF.DDA BARATA PARREIRAS HORTA
E até que ponto merecem crédito as lendas e tradições criadas em torno da Guerra
de Tróia, no sentido de que possam ter uma base realmente histórica?
1. —Civilizações Pré-helénicas
13
VLRCOUTTKR, J. Eayptiens et Préhellènes (Paris, 1954).
14
SEVERYNS, A. op. cit., pág. 45 cap. “Linguistique et Histoire”.
38 (j UIDA nedda bvrata pa r reira s horta
metalúrgicos, pois conheciam a fusão do metal e, mesmo antes dos primitivos Cre-
tenses, já teriam comerciado com a Troada (na Ásia) e com a ilha da Eubéia —no
litoral centro-leste da Grécia Continental —região notável pelas minas de cobre.
Posteriormente, instalaram-se em Creta e, avançando, fixaram-se também na Gré
cia Continental européia.
Heródoto, o historiador jônico do V século a.C., às vezes os chama Lélegos
(cf. Histórias, livro I, 171):
. . . Os Cários vieram das ilhas para o continente, pois, outrora, como súditos
de Minos,1s e denominados Lélegos, ocupavam-nas e não pagavam tributos, até
onde me é possível remontar à tradição; mas, desde que Minos o solicitasse, eles
forneciam tripulantes para seus navios”.
E Tucidides, o criador da história política, em Atenas, no primeiro livro de
sua "História da Guerra do Peloponeso” (1,4), faz-lhes expressa referência: . . .
“Minos é, de fato, o mais antigo personagem que se conhece pela tradição e que
possui uma esquadra, tendo dominado, em sua maior parte, o mar atualmente he-
lênico; governou as ilhas Cicládicas e fundou colônias, pela primeira vez, na maio
ria delas, após expulsar os Cários e ter colocado lá seus próprios filhos, como che
fes. Em consequência, usou de todo o seu poder para expurgar o mar (de piratas) e
melhorar a entrada (de mercadorias) para si próprio ( = para seu reino).
Os CÁRIOS, na verdade, não eram povos indo-europeus, como se sabe hoje em
dia, e é interessante notar que os próprios Gregos já tinham essa noção desde mui
to cedo. Homero, por exemplo, chama-os “barbaróphonoi" —isto é, gente que fa
la uma língua “não-helénica”, portanto, bárbara ou estrangeira, ao enumerar os
povos aliados dos Troianos, sitiados pelos Aqueus: . . . “(o chefe) Nastes ia à
frente dos Cários de língua estrangeira” . . . (cf. Ilíada, II, 867).
Os PELASGOS Outra denominação, largamente difundida entre os antigos -
e que alguns especialistas modernos supuseram abranger uma generalização, a pos-
teriori, dos pré-helenos é a de Pelasgos, a qual significa, a grosso modo, “ho-
men-; do mar” (cf. a propósito, a informação do geógrafo helenístico Estrabão
que, no século I a.C., afirmara terem sido os Pelasgos os primeiros habitantes da
Grécia).
Tucidides, porém, já muito antes de Estrabão (no V séc. a.C.), também afir
mara que os Pelasgos não passavam de um entre os muitos elementos populacio
nais, espalhados pela Grécia primitiva, bem antes da célebre guerra de Tróia: “Pa-
15 MINOS - Nome de um lendário rei de Creta, que teria vivido três gerações antes
da guerra de Tróia (século XIII a.C.) e teria sido o primeiro a civilizar os Cretenses, tendo-lhes
dado excelentes leis (cf. P. GRIMAL D ictionnaire de la M ytho lo g ie Grecque et Romaine).
Sob seu nome costuma ser personificada a “talassocracia” cretense que, a partir do 2 ° milênio
exerceu o domínio sobre o mar Egeu. Os mitógrafos lhe atribuem, por extensão, á posse de
numerosas ilhas em torno de Creta e a soberania de vastas regiões asiáticas, inclusive a Cária
(cf. Civilização Minóica, Escrita Minóica, Arte Minóica, etc.).
40 GUIDA NEDDA BARATA PARREIRAS IIORTA
ce-me evidente, diz ele, não ser negligenciável a fraqueza dos antigos: de fato, a
Grécia parece nada ter realizado em comum, antes dos fatos troianos ( = a guerra);
. . . só havia outras denominações, segundo as ramificações étnicas, entre muitas a
dos Pelasgos, para expandir seu próprio nome . . .” (cf. “Hist. da Guerra do Pelo-
poneso”, I, III, 2).
Pelasgo seria também o idioma comum dos descendentes dos Anatólios, visto
que o poeta da Iliada assinala-lhes a presença, igualmente, entre os aliados de
Tróia: “. . . Hipótoos conduzia a tribo dos Pelasgos, bons de lança, habitantes da
fecunda Larissa . . .” (cf. 11., II, 841/2).
OS CRETENSES - Observemos, agora, a situação privilegiada da Creta do II
milênio, durante cujos primeiros séculos desse milênio, a Grécia Continental viveu,
praticamente, isolada das influências fecundas de outras paragens mediterrâneas,
enquanto a grande ilha permaneceu como beneficiária do intercâmbio com o
Oriente Próximo (a Síria, o Egito e até a Mesopotâmia): nas artes em que predo
minam a arquitetura.a cerâmica e a pintura mural; no comércio e ainda no predo
mínio do mar - a influência cretense foi poderosa sobre numerosas ilhas, que se
conservaram ligadas à sua órbita, principalmente durante a Idade do Bronze, em
que floresceu a opulenta e brilhante civilização que Evans chamou “minóica”, e
cujo apogeu fascinou os recém-chegados indo-europeus. Bem depressa, os AQUEUS
divisaram as rotas marítimas, em busca da obsidiana, entrando em contato direto
com os Cretenses, quer nas colônias minóicas do sul do Peloponeso, quer no con
fronto inevitável com seu poderio no Mediterrâneo.
Os mais antigos palácios cretenses têm uma certa feição asiática: a disposição
dos cômodos, em torno de um páteo central, a solução dos problemas referentes a
encanamentos e à circulação de água potável, a decoração rebuscada e os afrescos
—tudo faz pensar na colaboração constante e decisiva de artistas levantinos.
Contudo, os Cretenses souberam adaptar os elementos tomados de emprésti
mo a outros povos ao seu próprio gosto e peculiar temperamento.
Fruto dessa depuração de influências diversas é a presença, em numerosos
exemplares cerâmicos, do estilo chamado “Camares”, em que os motivos pintados
se fundem com a forma dos vasos.
Por volta de 1700 a.C., destruídos os primeiros palácios (talvez por efeito de
algum cataclismo), verifica-se total reconstrução dos monumentos arquitetônicos,
sem que se tenha dado, propriamente, uma ruptura na evolução da civilização cre
tense. Começa, então, o período de maior esplendor da ilha, que tem, como cen
tro econômico e cultural, a cidade de Cnossos, tornada potência monárquica e ta-
lassocrática.
É nesse momento que surge um novo tipo de escrita silábica (cf. “A Letra
Grega”), o chamado Linear A, até hoje ainda não decifrado, apesar de encontrado
em numerosas plaquetas de argila e registrado em objetos de bronze e pedra. Pa
rece conter um idioma desconhecido, não-indo-europeu, o qual deverá ter sido o
OS GREGOS E SEU IDIOMA 41
arte minóica, em plena expansão, cada dia é mais admirada e imitada no exterior
quer no Egito, quer na Grécia Continental, —até que por volta de 1450 a.C. os
Aqueus do Peloponeso invadiram e saquearam a ilha de Creta, entrando em declí
nio a sua civilização até a chegada dos Dórios que nela se instalaram definitiva
mente.
Como sempre acontece, porém, na história dos povos, a inegável superiorida
de da cultura minóica irá manter sua influência atuante, por muito tempo, no he-
lenismo nascente, prenunciado nas primeiras manifestações culturais dos Aqueus
Micênicos, os quais muito se beneficiariam com a aquisição da secular experiência
cultural dos vencidos.
OS MINIENSES Que dizer, então, dos Minienses ou Minios,16 portadores
de um tipo de cerâmica bem característico, introdutores da criação do cavalo, na
Grécia e na Ásia, onde era desconhecido, até então, embora seja citado e represen
tado em hieróglifos hititas, a partir de 1900 a.C.? Alguns os confundem com os
Aqueus primitivos, mas até mesmo a sua denominação é de origem mítica.
Tudo leva a crer, pois, que os povos que viriam a ser os Gregos e os Hititas,
historicamente conhecidos, deverão ter vivido uma fase comunitária em algum lu
gar às margens do Mar Negro, onde o cavalo já estaria há muito aclimatado.
Os aspectos linguísticos coincidentes nos dois idiomas, posteriormente desen
volvidos, só vêm confirmar a tese de que um e outro são ramos do indo-europeu e
terão percorrido juntos bom caminho, ao longo das margens do Ponto Euxino
(mar Negro), antes de se separarem, em definitivo, quando seus sujeitos-falantes
tomaram rumos diferentes: um grupo dirigiu-se para a Península Balcânica (a fu
tura Grécia) são os antepassados indo-europeus dos Gregos ou Helenos (quer se
tenham chamado alguma vez Minienses, quer não); outro grupo atravessou o Bós-
foro até atingir a Anatólia, onde se superpuseram aos Lúvios, que os tinham prece
dido séculos antes, e lá se fixaram até constituírem o poderoso Império Ilitita.
A verdade é que a origem de todos esses povos ainda é obscura para os mo
dernos e nada sabemos acerca do idioma ou idiomas que falariam, sendo que os
próprios antigos, freqüentemente, confundiam as très denominações de Cários,
iélegos e Pelasgos, quando não as atribuíam a outras populações da Ásia Ociden
tal, como as da Mísia, da Lídia ou da Líciai
A CIVILIZAÇÃO das C iclá DICAS, por sua vez, oferece-nos a mais antiga ce
râmica, de origem anatólia e será, justamente, na faixa setentrional do arquipéla
go, mormente na ilha de Ciros (Skyros), que irá surgir, pela primeira vez, a decora-
17
SCVKRYNS - op. cit.
OS «REGOS E SEU IDIOMA 45
É, sem dúvida, ainda o mesmo sufixo que aparece em termos como: Larissa
ou Larisa e em Éphesos — topônimos bastante difundidos em todo o litoral do
Egeu (cf. suf. —issa/isa, —essos/ —esos). Outros ainda, espalhados por vários pon
tos geográficos, oferecem formas sufixais menos reconhecíveis, como em: Priene
(com o suf. —ene), Athênai (suf. —enai, plural do precedente), Kórinthos (suf.
—nth) ou Tyrinthos; Samos, etc.
Às vezes, são os próprios radicais desses topônimos que não se explicam pelo.
grego, como a raiz m yk, presente em nomes de cidades, como: Mykárna (na Etó-
lia), Mykênai (no Peloponeso e, também, em Creta) e Mykalessós na Beócia e na
Cária); raiz especialmente significativa, por estar acrescida de sufixos igualmente
pré-helênicos, ocorrendo em regiões geograficamente afastadas umas das outras,
nas duas margens - oriental e ocidental - do mar Egeu.
cia..da Civilização· do metal, e que indica o sulco aberto no solo. para atingir o filão
precioso: métallon. em grego. metaUmn, na transcrição latina.
De todas as investigações realizadas, no afã de peneiiar nessa misteõosa lin
guagem dos povos pré-helênicos, só se conseguiu aproxima-las das inscruõcs da
ilha de Lemnos (datando do séc. VI a.C.), grafadas em caracteres gregos, mas num
idioma totalmente desconhecido o qual, entretanto, revela inesperadas c o i i c o i -
dâncias com o não menos misterioso fctrusen.
Essa estranha coincidência só pode explicar-se pela presença dos Etruscos, du
rante ο II milênio a.C. (sob o nome de Tirsênios), nesse recanto do Egeu, antes
que eles colonizassem a península Itálica. Somente dessa maneira entendem-se cer
tas formas, como: “t y r a n n o s suposta masculinização de uma forma etrusca que
significa “dama” e que tomou, no grego, o significado de “senhor, soberano absolu
to e, por extensão, tirano” .
Sendo evidente que a chegada dos Etruscos à Península Itálica só ocorreu mui
tos séculos depois do ingresso desse termo no idioma grego, a única explicação plau
sível para esse e outros empréstimos do mesmo tipo, é a de que todos eles provirão
de um mesmo fundo linguístico egeu, do qual o tirsenio (ou etrusco) não passará de
uma variante, entre outras.
Um último exemplo, extremamente significativo, é o do termo “labirinto” (em
grego,labyrinthos), que comporta um dos sufixos pré-helênicos já assinalados ( nth).
E geralmente aproximado do nome do deus dos Cários Labraundós - cujo emble
ma é o machado (chamado “lábrys” em grego, como transcrição do termo lídio,
usado para designar o instrumento).
Justamente em Creta, no famoso palácio de Cnossos cuja engenhosa constru
ção valeu-lhe o cognome de “ Labirinto de Creta" são frequentes as representa
ções de um machado de duplo gume, instrumento ritual do sacrifício do touro, ani
mal sagrado da civilização insular minóica, tão ricamente representada por afrescos
de impressionante beleza t
De tudo isso, portanto, depreende-se que muito se tem ainda que esperar da ar
queologia, para que se possa chegar a conclusões satisfatórias, quanto ao conheci
mento da pré-história da Grécia. Só nos é lícito, pois, no estado atual de nossos
conhecimentos, marcar o início do 11 milênio para a entrada triunfal, em cena, no
Egeu, das primeiras levas migratórias dos antepassados dos Gregos, no território
continental e insular em que se instalariam por muitos e muitos séculos, na bacia
oriental do Mediterrâneo. E aí criaram e desenvolveram uma inigualável civilização,
berço e fundamento de toda a cultura européia e ocidental: a civilização micênica.
c) I r r a d i a ç ã o Mig r a t ó r ia d o s P o v o s I n d o -E u r o p e u s : a s M ig r a ç õ e s
H e l ê n ic a s .
1. —Os Gregos, povo indo-europeu — Quem terão sido, pois, esses Gregos ou Hele-
nos que, diga-se de passagem, nem sequer atendiam por tais nomes, no momento his-
OS (ÍKKÜOS I si i í D U i \i 17
tóríco de sua chegada ao solo europeu ' Ainda hoje lemos duvidas sobre eles. e. no
entanto, penetrando ein levas sucessivas no território que palmo a palmo, conquis
taram. continuam lá ate agora, geograficamente pode-se dizer no mesmo lugar
Sabemos que eram htdo-Europeus. mas outios também o foram, como os llin
tas. cujo poderoso império só há pouco tempo veio a ser parcialmente recuperado
do pó das idades, onde jazeu até meados deste século.
Indo-Europeus também foram os invasores da índia, pela mesma época (II mi
lênio). dominando, em vitoriosa campanha, os anteriores habitantes da região (cf. os
ecos grandiloquentes dessa invasão na epopéia do “Ramayana").
Ao que parece, tribos de raça-branca (os Arianos ou Arias), estabelecidas no li
toral do mar Háltico ou. como pretendem outros especialistas, espalhadas pelas
margens do mar Negro ou do Cáspio ter-se-iam deslocado, progressivamente, por
motivos que nos escapam, cerca de 1900 ou 2000 anos a.C., vindo a bater-se. subi
tamente, sobre o Oriente Próximo e os Bálcãs: eram populações (que viríam a cha
mar-se indo-européias) das quais um/ ramo, atravessando o Turquestâo. atingiu a an-
tiga Pérsia (atual Irã) c alcançou a India. Uma segunda ramificação, penetrando na
Ásia Menor (Oriente Próximo) aí se estabeleceu solidamente, após ter incendiado a
cidade conhecida, em arqueologia, como Tróia II e fixando-se na região que
seria, muito mais tarde, a Capadócia.
Sabe-se, atualmente, que, por volta desse segundo milênio pré-cristão. nessas
paragens do Oriente Próximo, falavam-se, escreviam-se e liam-se mais de dez idiomas
diferentes, entre os quais alguns não são línguas indo-européias. como: o Acádio. o
Sumério, o Hurrita c o chamado Anatólio. à falta de melhor denominação (cf. Subs
tratos Linguísticos Pré Helênicos).
Essa é a lição que nos dão as mais recentes descobertas da arqueologia, revelan
do-nos, simultaneamente, a impressionante realidade do Império Hitita, constituído
pelo desenvolvimento desses Arianos na região, e cuja história permanecera envolta
no mais denso mistério, até quarenta anos passados conhecida, até então, apenas
por algumas alusões da Bíblia dos Judeus (O Velho Testamento).' 8
Note-se que a denominação de Ifititas, que lhes é tradicionalmente atribuída,
na verdade cabería, com mais propriedade, aos povoadores autóctones do Planalto
Anatólio (atual Turquia) chamados Hatti em sua língua nativa, como comprovam
os estudos arqueológicos recentes. Mas o hábito arraigado de chamar Hititas, aos
posteriores invasores arianos da região, já se firmou ao ponto de não mais se poder
corrigir tal erro.
A capital hitita chamou-se Hattusa e as numerosas inscrições cuneiformes e hie
roglíficas encontradas em suas ruínas (no sítio de Boghazkõy, na atual Turquia
Asiática), aos poucos nos estão revelando o poderio realmente grande desse povo
que, em certa época, teria recebido vassalagem até mesmo dos Egípcios.
d) - D e c a d ê n c ia e De s t r u i ç ã o d a C iv il iz a ç ã o M in ó ic a .
1) Causas e conseqüências.
Uma reçentíssima teoria —resultante das escavações levadas a efeito, nos úl
timos anos, na pitoresca ilha de Santorini (ou Thera, como ainda se chama a al
deia que a encima), no arquipélago das Cicládicas —propôs nova tese para explicar
a destruição final do poderio cretense.
2) O Linear B Uma última observação deve ser feita ainda, quanto ao relacio
namento e à mútua influência das culturas minóica (cretense) e micénica (aquéia):
concerne à aparição - entre 1500 e 1400 a.C. de um novo tipo de escrita, o
mais recente de quantos se encontraram na região, o chamado I.inear B, peculiar a
Cnossos. Durante muito tempo acreditou-se que era —juntamente com a sala do
trono do palácio do Labirinto, a cerâmica chamada de “estilo palaciano” (Palace
Style, na terminologia de Evans), e os túmulos “em cúpula" (thóloi) - exclusiva
característica da cultura minóica.
No entanto, mais recentes descobertas de plaquetas de argila, em 1939, no lo
cal presumido do palácio de Pilos (no Peloponeso, ao norte da baía de Navarino),
e, já em 1952, outras tantas fora dos muros de Micenas todas paradoxalmente
conservadas, pelo cozimento ao fogo dos incêndios levaram os arqueólogos a
reconsiderar 0 assunto: concluíram então que os Aqueus do continente também se
serviam desse tipo de escrita, para seus assentamentos políticos ou comerciais, der
rubando assim a teoria de Evans, a respeito da exclusividade de Cnossos no uso
dessa escrita.
Subitamente, porém, em 1953. quando já quase não se tinha mais esperança
de conseguir a proeza, o genial arqueólogo inglês MlCHAFL VENTRIS,20 seguindo
modelar método de pesquisa, logrou decifrar, finalmente, o Linear B.
Derrubando todas as idéias preconcebidas a respeito dessa escrita silábica Ven-
tris e seu colaborador CHADWK k provaram que ela serviu de veículo a um dialeto
aqueu arcaico, bem próximo da líúgua que seria empregada, séculos mais tarde, na
redação dos Poemas Homéricos. Essa decifráção liquidou, em definitivo, numero
sos erros e falsos raciocínios sobre a realidade do mundo aqueu primitivo, mas, co
mo era inevitável, por tratar-se de uma grande descoberta, suscitou também novas
dúvidas e problemas diversos. Entre estes está a questão da sobrevivência dos pró
prios textos encontrados, quando desapareceram, por completo, todos os outros
que, certamente, registrariam a atividade intelectual de um povo que, em outros
setores, revelou-se de pujante capacidade criadora. Na verdade, só foram encon
trados, no Linear B, extensos registros de contabilidade ou então partes de arqui
vos do palácio real. que deixam muitas lacunas ao nosso conhecimento da vida espiri
tual desses Aqueus, os quais vieram a substituir os Cretenses ninóicos, na soberania
marítima e no fausto e grandeza dos seus palácios e obras de arte.
A explicação mais plausível para essa carência de dados culturais, está no fato
de serem as plaquetas encontradas relatórios anuais das atividades cotidianas, gra
vadas em material perecível (argila), que poderíam ser reaproveitadas por simples
remodelação, sendo mergulhadas em água. Quanto aos textos mais importantes,
sem dúvida, eram grafados em material mais nobre, como o papiro, ou pequenas
pranchas de madeira.
Por ironia do destino, o clima insular destruiu o que deveria ter sobrevivido ao
tempo, enquanto as plaquetas de argila, secas ao sol, foram preservadas para a
posteridade, em virtude de terem sido queimadas pelo fogo dos incêndios, destrui
dores dessa mesma civilização à qual elas deveríam ter servido de modo efêmero!
Só nos resta esperar, agora, que a boa fortuna venha a reVelar-nos, em futuro
próximo, algum texto literário remanescente, mais esclarecedor que os simples
documentos que possuímos, como já aconteceu, tantas vezes, em terras asiáticas,
nos tempos modernos, com relação a civilizações desaparecidas (V« gr, o Império
Hitita).21
O que parece certo, porém, é que essa escrita Linear B, feita para o entendi
mento de Aqueus, só existiu, em Creta, na cidade de Cnossos, permanecendo o
outro tipo' de escrita silábica, o Linear A, como meio de comunicação, em todo o
resto da ilha; mas este não sobreviveu, naquela cidade, à adoção do Linear B.
A conclusão que se impõe é de que os Aqueus, ao se assenhorearem de Cnos
sos, aí só permaneceram por meio século, tendo havido, por volta de 1400 a.C.,
violentas perturbações ainda não identificadas (cataclismos? levantes populares?
invasões externas? ). Essas perturbações (vide a explosão de Santorini) convulsio-
naram Creta, como nos mostra a arqueologia de campo, destruindo, simultanea
mente, vários locais (como Festos e I Iagia-Triada), e só permitindo a definitiva im
plantação aquéia no século seguinte.
A despeito dessa submissão final, os elementos da cultura cretense ainda serão
bastante atuantes durante os dois séculos subseqüentes, nos quais perdurará o do
mínio do rriundo aqueu, até que novas migrações indo-européias desta vez a dos
DÓRIOS, vieram abalá-lo e arruiná-lo em muitos pontos do continente nelênico
(cerca de 1200 a.C.).
A admitir-se essa tese, forçoso será, também, aceitar que uma segunda leva de
invasores arianos (indo-europeus) terá irrompido no continente da Europa, por
volta de 1580 a.C., desalojando os Jônios, parcialmente, de seus territórios na
Ática, no Peloponeso, na Eubéia, o que os obrigaria a se instalarem na costa asiática
próxima, às margens d b golfo de Esmirna. Esses últimos invasores —os Aqueus de
que temos falado —viriam, então, a ser os posteriores dominadores e herdeiros da
civilização minóica, de Creta, na Idade do Bronze, acabando por reformulá-la e
adaptá-la ao seu próprio caráter, no continente europeu (Península Balcânica).
O que sabemos, ao certo, é que esses Aqueus tornar-se-ão tão poderosos, que
Homero irá generalizar seu nome, séculos mais tarde, para designar os Gregos que
participaram da guerra contra Tróia, embora distinguindo, em numerosas passa
gens da epopéia, outras etnias presentes no campo de batalha:
“Canta, ó deusa, de Aquiles Pelida a cólera,
Detestável cólera que aos Aqueus trouxe dores sem conta ..
(II., 1,1-2)
É importante notar que a chegada dos primeiros antepassados dos Gregos, à
região geográfica que seria a Grécia histórica, coincide com um movimento muito
mais extenso de populações indo-européias: simultaneamente, instalaram-se na
Troada os fundadores da Tróia VI dos arqueólogos (no outeiro de Hissarlik, onde
foram encontradas nove cidades superpostas, sendo que a Tróia destruída pelos
heróis homéricos é hoje tida como a VII?); ao mesmo tempo, os Hititas ocuparam
o território em que, posteriormente, iriam desenvolver seu poderoso império. Esse
é um memorável momento, em que ambas as margens do Egeu —a oriental e a oci
dental —foram abaladas violentamente, pela chegada maciça dos Arianos.
Séculos mais tarde (1200 a.C.), novos abalos seriam registrados na bacia medi
terrânea oriental, com a chegada de outros invasores, que deram fim à Idade do
Bronze e iniciaram a Idade do Ferro, segundo parece, pois é a ocasião em que o
ferro, metal precioso, até então praticamente monopolizado pelos Hititas, come
çou a vulgarizar-se.
Os eventos do incêndio de Hattusa, a capital Hitita —consequente da pressão
imposta por recem-chegados da Europa, através do Bósforo; a destruição dos
principais centros de civilização aquéia no continente europeu (península Balcâni
ca, com o Peloponeso), seguida da desagregação cultural e política do mundo
aqueu —tudo faz pensar na irrupção violenta de novos imigrantes, desta vez par
tindo de um ponto comum, próximo ao curso médio do rio Danúbio (Europa
Central), ou da Ilíria meridional (atual Albânia), todos europeus, portanto. São
chamadas invasões dóricas, na Hélade.
Enquanto isso, os Aqueus decadentes do continente — aqueles que Homero
chamou Dânaos (cf. “O Nome dos Gregos”), aos poúcos viram ruir seus burgos
fortificados, ao passo que suas próprias colônias ultramarinas progrediam e se mul
tiplicavam, elevando-se culturalmente. Fortaleciam-se os antigos vassalos, enquan
to os grandes estados aqueus desagregavam-se.
56 GUiDA NEDDA BARATA PARREIRAS HORT t
Foi por essa época que a Grécia continental desmembrou-se numa infinidade
de grupamentos urbanos politicamente independentes, cada qual se utilizando de
seu próprio dialeto — diferenciado dia.a dia da língua comum primitava —frag
mentação linguística e política que só tendería a se acentuar com o temoo, favo
recida pela configuração geográfica acidentada do país, condicionadora de toda
espécie de separatismo (é o surgimento da cidade-estado, a polis grega).
3) Os EÓLIOS Os Aqueus do norte e do nordeste da Grécia continental
acabariam, com o tempo, por tomar o nome de Eólios, de seu epônimo lendário
Éolo,23 denominação que se estendeu a seus descendentes, que fundariam colô
nias, inclusive nas ilhas (como em Lesbos, por exemplo .)
Posteriormente, imigrantes eólicos da Tessália e da Beócia, instalar-se-iam
também numa parte do litoral asiático, junto ao Helesponto, nos limites da Jônia,
região que veio a chamar-se EÓLIDA. Uma velha tradição dava como fundador da
Eólida um dos filhos de Orestes, o lendário matricida de Clitemnestra, mulher de
Agamêmnon, com seus companheiros, ou, talvez, seus descendentes.
4 ) —Os DÓRIOS - Já os Dórios, grupo· vigoroso e guerreiro, varreu os DÃNAOS
( = Aqueus) decadentes, apoderando-se da maior parte do Peloponeso, invadindo
Creta e colonizando algumas das ilhas Cicládicas e Espóradas, chegando até à parte
sudoeste da Ásia Menor.
A chegada desses Dórios, aos quais se atribui inclusive a destruição definitiva
de Micenas, coincidiu, segundo as tradições helênicas, com o “retorno dos Herácli-
das”, que seriam os descendentes do herói Héracles (Hércules), já na quarta gera
ção. Teriam vindo retomar posse da pátria de seu glorioso ancestral - a Argólida —
de onde haviam sido expulsos, em tempos passados, pelos Aqueus. Unindo-se aos
Dórios, os Heráclidas se teriam apossado, finalmente, do Peloponeso, embora igno
remos os itinerários que terão seguido, na direção norte-sul de sua invasão.
Apesar das habituais dissenções dos modernos historiadores, alguns dos quais
reduzem ao mínimo a importância das invasões dóricas ou até as negam, o consen
so da maioria reconhece como incontestável a sua presença nos Bálcãs, entre 1200
e 1100 a.C.: uns grupos chegaram à região danubiana através da II iria e do Épiro;
outros avançaram pela Macedônia (ao norte dos Bálcãs, atual sul da Iugoslávia e
norte da Grécia) e pela Tessália, a partir de onde se perdem os traços de seus avan
ços, que poderão ter sido feitos, inclusive, parcialmente, por mar.
O momento culminante da expansão colonizadora dos Dórios ocorreu por
volta de 1100 a.C., chegando, em seu ponto extremo, só até a ilha de Rodes, pois
a civilização aquéia sobrevivería, na Ásia Menor, sem contato direto com os Dórios.
Todos esses grupos nos são desigualmente conhecidos, visto que alguns
estão fartamente representados em textos literários de alto valor, enquanto
outros só podem ser reconstituídos através de inscrições fragmentárias,
como é o caso dos muito mal representados dialetos remanescentes da
língua aquéia, no Peloponeso e nas ilhas, formando o:
“Na data eni que desponta a luz da história para a nação grega”, diz
o linguista Antoine Meillet,25 “entre o VIIo e o Vo séculos, existe de tato
um helenismo que possui o sentimento de sua unidade, mas cuja unidade
lingüística se fragmenta e, se não intendesse nenhuma reação, tendería
a perder sua comunidade idiomática e, em cdnseqiiência, a unidade n a
cional. Muitos Gregos viviam apartados, pertencendo a cidades ou a con
federações isoladas do movimento geral das trocas comerciais; são estes
que se comprazem em utilizar o falar local, cujo uso oficial traduz a
autonomia de suas pequenas comunidades. Mas as rotas marítimas estão
abertas a Gregos de diferentes dialetos que se entrecruzam aí; fundam-se
longínquas colônias onde se associam Gregos de todas as proveniências e
até mesmo “bárbaros” ; gente de toda espécie se encontra nas novas cida
des em desenvolvimento e tem necessidade de uma língua comum.
Duas tendências se defrontam então; por um lado a língua tende a se
diferenciar e a assumir tantas formas quantas forem as cidades autôno
mas; por outro, ela mesma tende a se unificar. A luta entre essas duas ten
dências domina a história antiga da língua grega c, visto que o helenismo
é um tipo de civilização, o conflito acabou por resolver-se pela unidade
linguística, através da koiné”. “ . . . A unidade do grego, sensível na época
histórica, resulta de representarem todos os falares um mesmo grego
comum, do qual uma parte se conservou inalterada, outra, em virtude de
sua unidade inicial, sofreu mudanças idênticas ou semelhantes, mas essa
unidade também resulta do fato de que os falares regionais nunca cessa
ram de agir e de reagir uns sobre os outros.
Em nenhum momento de sua história qualquer dos falares gregos
pôde passar por autônomo.”
Assim explica o ilustre filólogo helenista as origens do fenômeno que
fez com que desaguassem numa língua comum unificada, embora não uni
forme, todas as múltiplas correntes do grego antigo, no momento terrível,
em que, perdida em definitivo a liberdade, pela conquista macedônica, a
imposição do dialeto ático pelo dominador, como língua oficial de toda
Hélade, facilitou e acelerou o processo de dissolução dos demais dialetos,
reduzidos a um papel secundário e restrito à poesia. É evidente que essa
opção fora inevitável, desde a grande hora da Ática, em que, tornando-se
Atenas a capital intelectual e política de Hélade (V" a.C.), seu dialeto ul
trapassou de muito as fronteiras naturais da “pólis”, para ser língua de
d) Conceito de Koiné.
26 A. M eil le t — “ A p c r fu ” .
70 GUI!)A NEDDA BARATA BARREIRAS HORTA
“A CANÇÃO PO PULAR”
5. — A L E T R A GREGA
sinais que cobrem as duas faces desse disco de argila, desenhadas em forma
espiralada, sendo que os arqueólogos nem mesmo chegaram a um acordo
sobre se a escrita parte dos bordos para o centro, ou vice-versa, embora
creiam que siga a direção da direita para a esquerda. Motivos de ordem
arqueológica levam a crer que tal disco seja objeto importado em Creta,
portanto grafado em língua estrangeira. E ntre as numerosas hipóteses aven
tadas (língua dos Filisteus, de povos norte-africanos òu de populações asiá
ticas), Pernier supõe tratar-se de escrita local, talvez específica da Creta
ocidental.
O tipo hieroglífico cretense B parece ter-se conservado até fins do
período Minóico Médio (cerca de 1580 a.C.), mas ainda na vigência desse
tipo surgiu a escrita linear A , registrada não só em inscrições monumentais
e em objetos de argila' gravada, mas também em textos de caráter cursivo.
Seu âmbito de ação é bem mais extenso que o do Linear B, na própria
Creta ( em Festos, Iíagia-Triada, Palecastro e, parcialmente, em Mália),
com vestígios de sua presença em algumas das Cicládicas (Tera e Meios).
Característica curiosa dessa escrita são as ligaduras, que não se observam
nos outros tipos encontrados. Tem-se a impressão de que essa escrita serviu
em tóda parte para representar a mesma língua, que nos é ainda desconhe
cida, através de setenta e cinco caracteres silábicos, completados por alguns
ideogramas semelhantes aos do Linear B. Foi este último, aliás, que veio
a suplantá-la, no Minóico Recente II (por volta de 1450 a.C.), primeiro
em Cnossos, depois, tendo sido levado para o continente, sobre produtos
cerâmicos — em Pilos, Orcomenos, Micenas, Tcbas etc. — como uma espé
cie de adaptação gráfica para representar o grego arcaico. De fato, com
a façanha de Ventris e Chadwick, foi possível confirmar as suspeitas dos
arqueólogos no sentido de que o Linear B, derivando do Linear A, fora
provavelmente criado para a grafia exclusiva de um velho dialeto aqueu,
imperfeitamente representado por esse silabário. São cerca de oitenta e
quatro sinais, dos quais quarenta e cinco se acham também no Linear A,
embora ignoremos se com o mesmo valor fonético37 Note-se ainda que o
Linear B (ou silabário micênico, como preferem alguns) em Creta só
aparece em Cnossos e faz também amplo uso dos ideogramas.
Outras modalidades de escrita silábica foram encontradas em 'várias
regiões, comí) o silabário cipriota (encontrado, especialmente, em Enkômi),
tido pelos especialistas como uma nova tentativa para enquadrar o grego
numa escrita silábica, à qual dificilmente se amoldava, e alguns espécimes
bastante semelhantes ao Linear B de Creta (localizados na Síria), embora
não se confundam com este e que Evans chamou silabário ou escrita cipro-
Grécia. Esse fenômeno é tanto mais significativo quanto, por essa mesma
época, se estava operando também a unifica-ção lingüística, através da
criação e expansão da “koiné”. É esse alfabeto clássico, que chamamos “áti-
co-jônico”, o que se conservou praticamente intacto até hoje, suplantando
em definitivo todos os outros tipos locais, fixando a forma e o valor das
letras e marcando o novo sentimento de unidade cultural que se seguiu à
difusão da escrita na época helenística.
Paradoxalmente, unificado o alfabeto, surgiram novas formas para as
letras, dependendo do material em que se escreviam os textos: de um lado
a escrita monumental ou lapidar, conservadora em seus tipos angulosos,
mais adaptados ao trabalho do buril, de outro a escrita cursiva, isto é, de
formas arredondadas, facilitando a grafia do escriba, que se servia do cá-
lamo. São as duas modalidades de maiusculas, chamadas umas “capitais”,
outras “unciais”. Os tipos de letras minúsculas são posteriores, resultando
da evolução constante do cursivo maiusculo, datando mais ou menos do
V III9 séc. a.C. Foi dessas minúsculas que se generalizou a segunda escrita
cursiva, em uso comum a p artir do I I I 9 a.C. Já os sinais de acentuação
foram introduzidos pelo filólogo alexandrino Aristófanes de Bizâncio ( I I I 9
a.C.), mas só se tornaram usuais a p artir do V II9 século de nossa era.39
Aos poucos, desde ο IV 9 séc. a.C. a grafia corrente passou a preferir o
papiro egípcio, abandonando o uso até então quase exclusivo da pedra e do
metal, seguido da escrita de tinta sobre cerâmica. Sobreviveu extensa
documentação papiráeea que cobre um vasto período, até ο V I9 séc. de
nossa era. As obras literárias, especialmente, eram transcritas em papiro,
o qual exigia, para sua conservação, condições climatéricas especiais, de ex
trema sequidão, o que ocorria em particular no Egito, justamente o maior
produtor de papiro, exercendo mesmo seu monopólio.
Bem mais tarde, foi introduzido no comércio o pergaminho (oriundo
da cidade de Pérgamo, na Mísia, rival de Alexandria do Egito no campo
da cultura), em virtude dos preços excessivos do papiro ( I I I 9 a.C.), mas
seu uso limitou-se, por muito tempo, a servir em forma de dípticos e de
códices para rascunhos e notas avulsos. Não para textos de importância.
Do IV 9 século d.C., em diante, começou então o pergaminho a suplan
tar o papiro, cada vez mais escasso, revivendo um velho costume encontrado
em algumas partes do mundo mediterrâneo, como se depreende de uma pas
sagem do historiador Heródoto (V9 a.C.), que afirm a: segundo um
antigo uso, os Jônios chamavam “ diphtéras” os biblos ( = escritos em pa
piro), porque outrora, em virtude da escassez de biblos, eles se utilizavam
de peles ( = diphthéras) de cabras ou ovelhas; ainda em meu tempo,
6 - Z ,f ζή τα dzêta z (=dz)
11 — Λ , λ λόμβδα lámbda 1
12 — Μ , μ μΰ my · m
13 — Ν, ν νΰ ny n
16 — Π , 7Γ πϊ pí P
19 — Τ , τ ταν taú t
23 — Ψ, ψ ψι pst ps
24 — Ω, ω ώ μ έγα ômega õ (longo aberto ou fe
chado )
OS GREGOS E SEU IDIOMA 97
1) acento agudo ( ') — gr. τόνος οξύς (= tónos oxys) que pode
recair sobre qualquer das três últimas sílabas da palavra e marca a elevação
do tom da voz. Ex.: ποταμός (rio), oixía (casa), άνθρωπος (homem, ser
humano), χώρα (país, território), πηγή (fonte) .
2) acento grave ( ') — gr. τόνος βαρύς ( = tónos barys) que se
usa unicamente na última sílaba dos vocábulos, em substituição ao acento
agudo dos oxítonos, para indicar um abaixamento no tom, o que ocorre
quando se segue uma outra palavra com acentuação própria. Ex.: καλός
xal ά-γαθός (belo e bom), àyaBrf xai καλή (boa e bela).
3) acento circunjlexo (~) — gr. τόνος περι,σπώμβνος (= tónos
perispõmenos) — formado dos dois acentos precedentes reunidos, indi
cando que a voz se eleva e se abaixa de nòvo na mesma sílaba. Só pode
100 GUIDA NEDDA BARATA PARREIRAS HORTA
recair em uma das duas últimas sílabas da palavra, desde que sejam longas
por natureza. Ex.: δώρον (dádiva, dom), ttXovtos (riqueza), σνκή (figuei
ra), yrj (terra), Ά θ ψ ά (Atena, deusa).
N.B. —É longa por natureza, toda sílaba que contenha vogal longa ou ditongo,
g) A pontuação.
b) Λ pronúncia nova.
44
H. P e r n o t — “ D H o m ire à nos J o u rs ” .
108 GUIDA NEDD.V IÍARATA PARREIRAS HORTA
2° Exercício.
I — Transcreva em caracteres gregos:
siõpê (silêncio, sinônimo de sigê) — paideía (educação) — mélitta (abe
lha) — trophe (alimento, nutrição) —- thálassa (mar) — hespéra (tarde) — hê-
méra (dia) — rhíza (raiz) — dípsa (séde) — dóxa (glória, opinião) — déspoina
(senhora, patroa) — therápaina (serva, criada) — douleía (escravidão) —
(stratiotés (soldado) — oxys (pontudo, agudo) — barys (grave, pesado
— sphyra (martelo) — kochlías (caramujo) — naútês (navegante) — poiètês
(poeta) — hodós (caminho, estrada) — physis (natureza) — zõê (vida) —
theá (deusa) — théa (vista, contemplação) — selènè (lua) -— hêlios (sol)
— Moüsa (Musa, divindade) — moira (destino, fatalidade) — nephélê
(nuvem) — mnã (mina = moeda antiga).
último combate singular do poema, sob o olhar atento dos deuses, que
decidem apressar-lhe o desenlace. Zeus pesara os destinos dos contendo-
res: a hora fatal aproxima-se para Heitor. Palas Atena desce do Olimpo
ao campo de batalha e, sob os traços do troiano Deifobo, ilude o herói, que
julga ter ao lado um leal companheiro, acorrendo em seu auxílio. Lança-
-se contra o adversário com redobrado ardor e, tarde demais, descobre a
cilada, recebendo resignado a funesta decisão divina. — (v. 310).
(G.N.B.P.H.)
2* PARTE
I — VOGAIS II — D I T O N G O S
- Ωυ, ωυ
114 GUIDA NEDDA BARATA PARREIRAS HORTA
III — CONSOANTES
Oclusiva
Aspi Líqui Nasais Sibilante +
Surdas Sonoras radas das (Sonoras) (Surda)
Sibilame
Labiais Π 7Γ Ββ, 6 Φ φ — Μ μ —
Dentais T T δ δ θ Θ Λ λ N v Σ σ, s z r
Guturais K X Ty Xx ‘P p Ty — 3 ξ
(Velares)
5“ Exercício —
I — Transcreva em caracteres gregos;
9. — A LT E R A Ç Õ E S VOCÁL1CAS
6Ç Exercício —
Transcreva em caracteres gregos e sublinhe os vocábulos que tenham
espírito áspero:
zelos (inveja, ciúme) — zõnê (cinto, faixa) — xanthós (amarelo, louro) —
leukós (branco) ■— mélas (negro) ■— kyanós (azul) — phaiós (pardo, marron,
cinza) — chlõrós (verde) — pyrrós (cor de fogo) — kórax (corvo) — pérdix
(perdiz) — ánemos (vento) — potamós (rio) ·— kálamos (caniço, cálamo)
—■alopêx (raposa) — híppos (cavalo) — hebê (juventude) — cháris (graça)
— xénos (estrangeiro) — xylon (madeira) — hylê (floresta, bosque) — pséphos
(seixo, calhau) — phílos (amigo) — phyllon (folha) -— déndron (árvore)
— karpós (fruto) — hypnos (sono) — hjtmnos (hino, canto em louvor de
um deus) — syké (figueira).
7Ç E x e r c íc io —
89 Exercício —
Nos precedentes exercícios, identifique cinco nomes oxítonos, cinco
paroxítonos, cinco proparoxítonos, três perispômenos e três properispô-
menos. Torne a copiá-los com os respectivos significados.
b) Enclíticos e proclíticos — Particularidades na acentuação, por efeito
da ênclise.
99 Exercício —
IO9 Exercício —
1 - Leia, em voz alta, o texto seguinte, copiando-o após e classifique as palavras
quanto â acentuação:
"ΔΥΟ ΠΗΡΑ ” — " Ε κ α σ τ ο ς ά νθ ρ ω π ο ς δνο π ή ρ α ς φ έ ρ β ι, τ η ν μ έ ν έ’ μ π ρ ο σ θ β ν,
τ η ν δ ’ ο π ισ θ β ν ' χ α χ ώ ν δ ’ έ χ α τ έ ρ α μ β σ τ ή έ σ τ ι ν . Ά λλ' ή μ ε ν έ’ μ π ρ ο σ θ β ν τ α
ά λ λ ό τ ρ ι α χ α χ ά φέρ β ι, ή δ ’ ό π ι σ θ β ν τ ά α ύ τ ο ν τ ο ν ά ν θ ρ ω π ο ν . Διά τόντο
οί άνθρωποι τ ά μέν έαντώ ν χ α χ ά ονχ ό ρ ώ σ ι, τά δέ ά λ λό τρ ια πάνν
ά χ ρ ι β ώ ς θβ ώ ντα ι.
OS GREGOS E SEU IDIOMA 125
I P Exercido —
0 ARTIGO D EFIN ID O
Casos M. F. N. M. F. N. M.N. F.
/
Nom. ó V ró oi ai τα τώ τα
«4
t
Acus. τον τήν TÓ TOVS rãs τα τώ τα
1 9 Exercício —
Í39 Exercício —
I — Identifique os artigos que se encontram nos exercícios de números
3 (I), 5 (I) e 7 (II), indicando-lhes o gênero, o número e o caso.
II — Identifique, pelos artigos, o gênero, o número e o caso das expressões
seguintes: (Exemplo: τής οικία*·— genitivo singular feminino = da casa),
oi άνθρωποί — την επιστήμην — τού* ποιητάς ■— των ψυχών (fem.) ·—
Tais Oeals — αί μεΚ ιτται ·— ώ Μούσα — tois Oeoís — ώ veavia (masc.).
Não se deve confundir ά μ ί (eu sou, eu estou) com ίΖμι (eu vou), o
primeiro relacionado etimologicamente com o verbo esse e o segundo com
o verbo ire do latim.
N.B. — Nas terminações dos verbos e das declinações, os ditongos A I e OI são
considerados breves para efeitos de acentuação. Por isso é que o infinitivo
eivai é properispômeno, o que não seria possível se a sílaba final da palavra
fosse longa (exceções a esta regra são as terminações do optativo verbal e a
do advérbio ο’ίκοϊ = em casa, no país, cujo ditongo final é longo também).
OS GREGOS E SEU IDIOMA 139
LEMBRETE SINTÁTICO N° 3
14ç Exercício —
I — Transcreva em caracteres gregos ■
.
PLURAL
DUAL
15.° Exercício —
I — Decline, com o artigo, os substantivos ή γλ ώ ττα (língua), ή θνρα
(porta), ή ãyxvpa (âncora), ή θ ά λ α ττα (mar), ή πηyή (fonte), ή θεά (deusa).
144 GUIDA XEDDV BARATA P \RREIRAS HORTA
16.° Exercício —
I — Traduza as frases seguintes:
1 — Ή τής θεάς φωνή λνγυρά έστιν.
2 — ‘II τής θαλάττης ήσυχία àyaθή έστιν.
3 ... ’Εν τή τής κώμης àyopã έσμεν.
4 — Έ ν ταϊς κώμαις αί π η ya i άγλααί ά λλ' ά ρχα ίαι ήσαν.
5 — Ή τής φ α λτρία ς τέχνη θαυμαστή ήν.
6 ■
— Αί οίχίαι μικραί άλλα βέοαιαι ’έ σονται.
7 — ’Ayvai καί àyadaí έστε.
8 — Ή ανδρεία άεί άναχκαία εσται.
9 — Αί 7τατρώαι οίκίαι νεαι ουκ είσιν.
10 ■
— Μικραί κόραι έστε, άλλα δίκαιαι.
II — Vocabulário de palavras invariáveis contidas nas frases preceden
tes: άλλά (conjunção adversativa: mas, porém, todavia, ao contrário), καί
(ιconjunção aditiva: e), ώ (interjeição de vocativo: ó), άεί (advérbio de tempo:
sempre).
III· — Identifique os predicativos nas frases de números 5, 0 e 7 indi
cando-lhes o gênero, o número e o caso. Assinale os adjuntos adnominais
e os adverbiais no texto grego deste exercício, classificando estes últimos.
b) Substantivos masculinos de tema em alfa — Diferem dos femininos
desta declinação apenas no nominativo e no genitivo do singular. O nomi
nativo masculino é sempre sigmático, isto é, possui a desinência sigma
acrescentada ao - α puro ou ao - η, e o genitivo tem a desinência - ou,
por analogia com os nomes masculinos da 2.a declinação. Portanto, só
há substantivos masculinos com o nominativo singular em - ας ou em
-ης. Ex.: νεανίας (rapaz), ταμίας (administrador), μονιάς (solitário),
κοχλίας (caramujo), κριτής (juiz), Ευριπίδης (Eurípides), Θουκυδίδης (Tucí-
dides), ναύτης (navegante, marujo), πολίτης (cidadão), εύεpyέτης (ben
feitor), νομοθέτης (legislador), μαθητής (aluno), δικαστής (= κριτής).
Em todos os outros casos, a declinação dos masculinos segue a dos
femininos, inclusive em todo o plural e o dual. Observe-se, porém, que
no vocativo singular os masculinos apresentam, como terminação, a vogal
do seu nominativo, exceto os substantivos com o final - της, os nomes
de povos e os compostos, que fazem esse caso terminado em - a. Ex.;
nominativo singular Ευριπίδης, vocativo singular Ευριπίδη, nominativo
os GREGOS E SEU IDIOMA 145
SINGULAR
NOMES EM — άς NOMES EM — ης
Nom. -— · ό τ α μ ί - ας ό κ ρ ι τ - ής ό Ε ύ ρ ι π ί δ - ης
Dativo — τώ τ α μ ί - q. τώ κ ρ ιτ - ή τώ Ε ύ ρ ιπ ίδ - η
17.° Exercício. —
I — Decline: ό ποιητής e ò ευεργέτης no singular, no plural e no dual,
ò Θουκυδίδης e ò II ροταγόρας no singular.
II -— Explique a troca da acentuação nos seguintes casos: ò πολίτης,
οί π ολίτα ι, ή σ τρα τιά , ταίς στρατιαίς, ώ σ τρατιώ τα, ό στρατιώ της,
ή σελήνη, αί σελήναι, ή άμιλλα, τής άμίλλης, ώ άγνοια, τή άγνοίρ., τής
πείρας, τών πειρών, αί κρήναι, τα ϊν κρήναιν, του δικαστοϋ, τώ δικαστά.
III — Separe, nos precedentes exercícios de transcrição, os substantivos
da primeira declinação, masculinos e femininos, classificando-os pelos temas
e incluindo-os em listas, com as respectivas significações.
SINGULAR
18.° Exercício —
I — Leia e traduza as frases seguintes:
1 — Trjs ευδαιμονίας η σοφία θύρα έστίν.
2 — ‘Η έσπέρα τελευτή τής ημέρας έστιν.
3 — Έ ν ταίς νλαις κρήναι καί π έτρα ι είσίν.
4 — Ό στρατιώ της έν τη έορτή ήν.
5 — Ε ι νέα θεράπαινα έν τη της δεσποίνης οίκίρ.
G — Δειναί έσμεν έν ταίς τής ειρήνης καί τής ευτυχίας ώδαϊς.
7 — Ούκ εσ τι ευδαιμονία έν τη άδικίρ., άλλ'έν τή αρετή.
8 ·— ΤΩ 7τοιητά, αί ωδαί κα λα ί εσονται, ά λ λα μικραί.
9 — Tj; Ψι’Χή V έττώυμία τής λύπης αίτια έστίν.
1 0 — ‘II ανθρώπινη ζωή ο’ύκ έστι μαπρά.
2 .a - Tt 2 .a - re 2 ,a - aSe 2 .a - σθί
3.a - ν τί > σί 3.’ - ντ, σαν 3.a - νταί 3.a - ντο
Observações:
1 — Os verbos temáticos não conservam a desinência de primeira pessoa
do singular, alongando a vogal temática - o em - ω para servir
de desinência, no presente e no futuro.
2 — As desinências primárias da 2 .“ e da 3.a pessoas do singular «ofretam
metátese nesses verbos, unindo-se à vogal temática para formar as
leimínaçóes usuais na conjugação (presente e luturo). desaparecendo o - r -
final da 3a p sing. (apócope)
3 — A desinência da 3,a pessoa do plural sofreu sibilização do - r por
influência do - i e a conseqüente síncope da nasal antes do sigma.
Ex.: \bovTL > \ΰονσι(ν) (onde se nota o alongamento compensatório
da vogal temática). Em outras circunstâncias (no perfeito ativo,
por exemplo), essa desinência evolui para - ασί (o perfeito ativo
tem ainda desinências especiais no singular).
(Rad. — vog. o/e — des. m. — p.) (Rad. — suf. cro/cre — des. m. — p.)
(Red. -— rad. ■
— des. m. — p.) (Rad. ·—· suf. θησοθησβ — des.
m. -■ p.)
S. lp. Xé - \ υ - μαί Xu - θησο -μ α ι
2 p. Xe - Xu - aai Xu -θήσ€ - aai > Xu -θήσιι(λυθήσ6ί)
3p. Xé - Xu - rai Xu - Θί7<re - ται.
19° Exercício-
(Aum. - rad. - vog. o/e (Aum. - rad. - suf. (Aum. - red. - rad.
des. sçc. at.) - σα - des. sec. at.) suf. - x t l - des. sec. at.)
S. lp. e - Xv - o - v í - \ υ - σα é - Xe - λ ύ -x e l - v
(íXeXúxrça)
2 p. e - Xu - e - s ί - λ ν - σ α -s é - Xe - λ ύ - x e l - y
(- K7?C)
3p. € - λυ - e(v) e - λυ - cre (v) é - Xe - Xú - Χ€Ϊ(ν)(-κη)
2 p. é - Xú - e - re é - Xú - σα - re e - Xe - Xú -xe(i) - re
3p. e - λυ - o - v β -λ ν - σ α -ν é - Xe - Xú - xe - σαν
P. lp. e - \υ - ό - μ ώ α έ - λυ - σά - μ ώ α
2 p. έ - λύ - € - σθβ έ - λύ - σα - σθ(
3p. é - λ ύ - o - ντο è - λύ - σα - ντο
S. lp. é - \ e - λ ύ - μην é - λύ - 6η - v
2 p. €- λ e - λ ο - σο k - λύ - θη - s
3ρ. ί - λ 6 - \ υ - το k -'Κύ-θη
20" Exercício.
“D É B ITO S E D E V E D O R E S N A GRÉCIA A R C A IC A ”
(adaptado de W. G. Forrest — “ La naissance de
la Démocratie Grecque”, 1956) (Hachette, “ LTJni-
vers des Connaissances” )
vigor, seu pagamento era garantido pela perda de liberdade por parte
do devedor. Do mesmo modo que um “heetêmoro”, o devedor que não sa
tisfizesse às cotas de reembolso podia ser reduzido à escravidão.
Ambos os problemas foram resolvidos em 594, quando Sólon foi
eleito arconte (primeiro magistrado da cidade). Como mediador e legis
lador, ele promulgou então sua “seisáchtheia” ou “supressão das obriga
ções infamantes”, pela qual o estatuto dos hectêmoros foi abolido, as dí
vidas existentes suprimidas e o constrangimento físico interdito.
Tentando explicar a crise e sua solução, as fontes antigas — como
Aristóteles, e Plutarco, na “Vida de Sólon” — parecem relacionar estrei
tamente o “heetêmoro” e o devedor, aproximação aceita e naturalm ente
desenvolvida pela maioria dos historiadores modernos, os quais mostram
o sitiante livre a caminho da escravidão, sempre que se compromete com
o rico senhor pela dívida e o empréstimo. Entretanto, nem Plutarco nem
Aristóteles explicam a Origem desse estatuto de modo claro. Daí resulta
aparente contradição. Se, de início, a pessoa humana tivesse sido a
garantia da dívida, não. teria havido “heetêmoro” : a escravidão ter-se-ia
seguido imediatamente a qualquer falha no pagamento do empréstimo
inicial. Em troca, seria fácil imaginar o caminho preciso da decrepitude
de um devedor que se tomasse “heetêmoro”. Mas em que grau de insol-
vência teria ocorrido a mudança? Dar-se-ia que os Atenienses do V IP
século eram sempre devedores de um único personagem opulento? Em
caso contrário, de qual de seus credores se tomavam eles hectêmoros?
Muitas interpretações foram propostas para resolver essas dificulda
des, mas a que parece mais lógica e legal é a que supõe que antes de Sólon
a terra fosse, na Ática, um bem inalienável da família e não do indivíduo,
o que perm itiría ao credor usufuir da terra em poder do heetêmoro, tiran
do permanente proveito dessa situação, sem precisar vendê-lo como es
cravo, com risco de ver a terra cair em mãos de outros membros de sua
família. Mas nada nos prova que a terra na Ática alguma vez tenha sido
inalienável... Sem dúvida alguma, como em qualquer comunidade p ri
mitiva, a terra era considerada um patrimônio familiar, tanto quanto
um bem individual; indubitavelmente, o Ateniense pobre achava-se ligado
de fato à sua terra, por séculos de tradição, quer pelo sentimento, quer
pelo fato brutal de que ele não tinha mais para onde ir. Mas é necessário
algo mais importante, apesar de tudo, que o sentimento ou a tradição,
para impedir os ricos todo-poderosos de procederem a expropriações:
pelo menos uma lei deveria haver, mas não há nenhum vestígio de tal lei. . .
Recentemente tem-se observado que o conjunto do problema é muito
artificial. A abolição, por Sólon, do regime dos créditos terá certamente
exaltado a imaginação dos Gregos das gerações mais tardias, para os quais
OS GREGOS E SEU IDIOMA 163
SINGULAR
PLURAL
DUAL
21° Exercício.
I — Decline: b χρυσός (o ouro), ó 'ίππος (o cavalo), b αχχελος (o mensa
geiro, o anjo), ó ταύρος (o touro), nos três números.
II — Decline: ή Αΐχνπτος (o Egito), ή ΐίελοπόννησος (ο Peloponeso),
ή Κόρινθος (Corinto, cidade grega) no singular; rò όπλον (a arma, o ins
trumento), το ειδωλον (a imagem, o ídolo) e τό ζώον (o animal) no sin
gular e no plural.
III — Analise as formas seguintes, com os respectivos artigos, indican
do-lhes o nominativo singular: ταϊς άναχχαίαις δόζαις ■— τοϊς άναχκαίοις
ξώοις — τού άχαθού καρπού — oi καλοί λόχοι — τούς μάκρους κινδύνους
- τώ όεινώ ταύρο: — ταίν λιχυραϊν φωναιν — ώ μαχρέ τβ χνϊτα .
IV — Decline, no singular: b πβνθίρός και η 7revGepà (ο sogro e a sogra),
b αδελφός και η αδελφή ,(ο irmão e a irmã). E no plural: ό όνος καί ή
χερανος (ο asno e a grua), ή έρημος και ή ύλη (ο deserto e a floresta).
22° Exercício.
I — Verta para o grego·.
1 — Os homens sábios são bons e justos.
2 — Os pequenos rjos eram belos e límpidos nos campos perto de
Corinto.
3 — As leis sempre foram os mestres dos cidadãos.
4 —■As grandes raízes das árvores estão junto das límpidas fontes.
5 — Os homens antigos sacrificaram (aoristo médio) muitas vezes
aos deuses.
6 — Os ( = estes) animais serão sacrificados (futuro passivo) pelos
cidadãos, na festa da deusa.
7 — A morte faz cessar a vida dps homens, mas a alma será sempre
imortal.
8 — Os animais eram caçados nos bosques pelo novo senhor das
terras.
9 — ó cidadão, a paz e o silêncio dos mares são agradáveis aos na
vegantes.
os GREGOS E SEU IDIOMA 16 7
SINGULAR
MASCULINO NEUTRO
PLURAL
Voc. — v o i (VOOl) ■
— όσ τα ( ό σ τ ία )
Gen. τω ν νώ ν (νόω ν) τ ω ν ο σ τ ώ ν (ό σ τ ίω ν )
DUAL
Nom. τώ νώ (νόω) τώ ό σ τώ (ό σ τ ίω )
Voc. — νώ (νόω) — όσ τώ (ό σ τ ίω )
Acus. τώ νώ (νόω) τώ ό σ τώ (ό σ τ ίω )
Gen. το νν v o iv (νόοιν) τ ο ϊν ό σ τ ο ϊν ( ό σ τ ίο ιν )
Dat. το νν v o iv (νόοιν) το ν ν ό σ γ ο ίν ( ό σ τ ίο ιν )
SINGULAR
Voc. —- (v e ú s ) — Çius) — α νω ^ β ω ν
Gen. το υ v e ú τη $ e u τον à v ú y e u
Dat. τώ veú τν τώ à v ú y e u
PLURAL
« «/
Nom. oi veú α ι βω τά àvú yeà
DUAL
Gen. τ ο ϊν vecçv τ α ϊν eu v τ ο ϊν à v ú y e u v
Dat. τ ο ϊν vtú>v τ α ϊ ν ΐω ν τ ο ϊν à v ú y e u v
2S.° Exercício.
24° Exercício —
I — Traduza: “Ilepi το ύ θ α ν ά τ ο υ ”
‘0 θ ά ν α τ ο ς π α ύ ε ι τ ο ν τ ω ν ά ν θ ρ ώ π ω ν β ίο ν . Α ί λΰ π α ί τε κ α ί αί χ α ρ α ί
το ύ β ίο υ ’έ χ ο υ σ ι τώ θ α ν ά τ ιρ τ ε λ ε υ τ ή ν . Tols δ 'ά ν θ ρ ώ π ο ις τ ο ις δ ικ α ίο ις κ α ί
τ ο ίς ά χ α θ ο ίς ό θ ά ν α τ ο ς η σ υ χ ία κ α ί ε ιρ ή ν η έ σ τ ίν , ά λ λ α τ ο ις κ α κ ο ίς κ α ί
τ ο ις ά δ ίκ ο ις δεινός. ’Έ σ τ ι π α ρ ο ι μ ία τ ο ν θ ά ν α τ ο ν κ α ί τ ο ν ύ π ν ο ν ά δ ελιρ ο ύ ς
ε ίν α ι. ‘Ώς y à p ύ π ό το υ θ α ν ά τ ο υ οί τω ν ά ν θ ρ ώ π ω ν π ό ν ο ι π α ύ ο ν τ α ι, ο ύ τ ω ς
κ α ί ε π ιλ α ν θ ά ν ε τ α ι ό ά ν θ ρ ω π ο ς εν τώ ύπ ν ω τ ω ν το ύ β ίο υ λ υ π ώ ν .
25° Exercido ■
—
I — Traduza (a partir deste exercício, recorra ao dicionário):
a) Generalidades.
Contraindo-se uma vogal simples com ditongo cuja base lhe seja
idêntica, a vogal é absorvida pelo ditongo. Ex.: e + et > et, o + ou > ov,
a + eu > cu.
II ■— Vogais de timbre dijerente, sendo a e e ou η, prevalece, na contração,
o timbre da que vier em primeiro lugar. Ex.: α + e > ã, a + η > ã,
e + a > τη.
III — Vogais de timbre dijerente, que não sejam as já citadas (contrações
em que entrem um - o ou um - ω), prevalece o timbre da mais grave
na sílaba contrata. Ex.: α + o > ω, e + o > ou, o -f- η > ω.
Observações:
1 — H á um certo número de verbos contratos cujo radical já termina
por vogal longa, confundindo-se alguns, indevidamente, com os verbos em
- άω, quando terminam realmente em - ήω (- ηjo>). Suas contrações
só se dão em - η e em - ω. São eles: ζην (viver), χρήσθαι (servir-se de,
regendo dativo), ψήν (raspar, arranhar), διφήν (ter sede), ττεινήν (ter fome).
Ex.: presente do indicativo: ζώ, ζής, ζή, ζώμεν, ζήτε, ζώ σ ι— χρώμαι, χρή,
χ ρ ή τα ι, χρώμεθα, χρήσθε, χ ρ ώ ν τα ι,...
Ο verbo χρήσθαι é depoente, não tendo as formas de voz ativa.
2 — Note-se que o composto άποχρήν (bastar) é geralmente impessoal e
o verbo ζην costuma completar-se, no futuro, no aoristo e no perfeito, pelas
formas de βιό - ω (-ώ) seu sinônimo, visto que é defectivo nesses tempos.
H á uma forma rara de futuro ζήσω, em poesia. Por sua vez, βιώ não se
usa nem no presente nem no imperfeito, na prosa clássica.
3 — Também os verbos Ιδρών (suar) e fu-γών (estremecer, tintar) fazem
as contrações áticas em - ω e - ω, em vez de - ou e - oi. Assim, con-
jugam-se, no presente do indicativo: Ιδρώ, ίδρώς, ίδρώ . . ., etc. e ριγώ,
piyiês, fiiyiõ, . . . etc. Este último apresenta duas formas no infinitivo
presente: {n yüv/ piyoõv.
FUTURO DO INDICATIVO
VOZ ATIVA (Rad. — suf. ao/ae. Des. primárias ativas)
AORISTO DO INDICATIVO
VOZ ATIVA (Aum. Rad. ·— suf. σα. Des. secundárias ativas)
VOZ ATIVA (Aum. red. rad. -— suf. xel desinências sec. ativas)
A) Verbos como:
àpxelv (bastar) — futuro αρχίσω.
άρονν (arar) — futuro άρόσω.
χλά ν (quebrar) — futuro χλάσω.
Çelv (raspar) — futuro ξίσω.
παρα ivúv (exortar) — futuro παραινίσω.
σπαν (tirar, extrair) — futuro σπάσω.
χα λά ν (abrir, relaxar) — futuro χαλάσω .
αίδίϊσθαι (enrubescer) — futuro αίδίσομαi (depoente)
yeXãv (rir) — futuro yeXáaopat. (depoente)
ίπαννεϊν (louvar) — futuro ίπαινίσομαι (depoente)
26° Exercício —
27.° Exercício —
TRIFO RM ES BIFORM ES
SINGULAR
PLURAL
DUAL
SINGULAR PLURAL
DUAL
28.° Exercício —
I — Decline: ό απλούς ποταμός (o rio não navegável), ó αβρούς Xecoç
(a compacta multidão), ή εύνους θεά (a deusa benévola), τό χαλκονν
αροτρον (o arado de bronze), ή evyeioç yp (a terra fértil), ή περίρροικ νήσος
(a ilha cercada de água), nos três números.
P tip o d e su fix o s .
Observações:
S9.° Exercício —
30a Exercício.
I — Traduza·.
II — Particularidades da declinação:
“0 CAVALO N A GRÉCIA A N T IG A ”
“Os Gregos sempre foram bons cavaleiros e esse gosto de de cavalgar persistiu ainda
muito tempo depois que deixaram de praticar os exercícios corporais. O comedió-
grafo Aristófanes chegou a dizer, numa época em que a ginástica já não gozava
mais de tanto prestígio como dantes, que “ninguém mais sabe correr com destreza
levando uma tocha acesa.” Entretanto, a despeito das desfavoráveis condições do
campo grego para a cavalaria (com exceção da Tessália e um ou outro ponto do
território helênico), os cavalos sempre constituíram um luxo a que os grandes se
nhores se davam com prazer.
J á Platão, em seu livro das “Leis”, declara que, nos locais em que as
corridas de carros se tomem impraticáveis, é preciso organizar corridas
de cavalos montados e distribuir prêmios especiais; aconselha ainda a
que se habituem as crianças, desde cedo, à arte da equitação.
Escolhia-se um terreno mole para a pista, tanto para a corrida de
carros, quanto para a dos cavalos montados, espalhando-se, com freqüên-
cia, areia fina. As. representações iconográficas mostram-nos os cavalos
gregos inteiramente despidos, enquanto os cavalos persas levavam, além
de cobertas, uma espécie de selas. Foi só no tempo dos imperadores roma
nos que se passou a usar selas completas, mas parece que os estribos eram
inteiramente desconhecidos dos antigos. As crinas eram trançadas e muitas
vezes ornadas de fitas multicores ou douradas. Os cavaleiros conduziam
suas montarias por meio de uma varinha flexível: um golpe firme nas
narinas os fazia parar, uma pressão no pescoço os levava.a virar à direita
ou à esquerda.
Havia também jogos entre cavaleiros armados, que deveríam asseme
lhar-se aos torneios da Idade Média. Tais jogos ocorriam em circunstân
cias várias, com freqüência em festas em honra de deuses. Nos desfiles
festivos, os efebos formavam uma grande cavalaria. A mais célebre e gran
diosa era a que se fazia nas Panatenéias, que incidia a 25 ou 28 do mês
“hecatombeion” (mais ou menos em julho). Essa festa era celebrada com
luxo e brilho sempre mais crescentes: à prim itiva corrida de carros vieram
acrescentar-se as lutas ginásticas e concursos musicais. Durante o grande
desfile, que era a parte mais empolgante da cerimônia, os homens válidos,
armados de escudos e lanças, formavam um grupo, os efebos formavam
outro e os cavaleiros, brilhantemente equipados, vinham num terceiro
agrupamento.
Uma peça cerâmica, um vaso, representa-nos o vencedor, precedido de
um arauto que anuncia a vitória e seguido de um homem que leva um
tripé e uma coroa. De fato os prêmios conferidos consistiam de uma coroa
de ramos de oliveira e uma ânfora de azeite colhido nos olivais sagrados.
Também se coroavam os cavalos de corrida vencedores. Um afresco nos
conservou os atos preparatórios do sacrifício e da consagração do tripé
que a Vitória traz.
Os jogos a cavalo duraram até a decadência da Grécia. Alexandre
Magno fez executar por seu exército, ao voltar da Índia, exercícios ginás
ticos e jogos equestres. Esse esporte era o favorito das colônias gregas na
Itália Meridional. Numerosas moedas, encontradas em Tarento, mostram-
-nos, numa face, Netuno montado num golfinho, uma concha e o nome da
cidade, na outra uma cabeça de cavalo ou um cavaleiro .’7
OS GREGOS E SEU IDIOMA 197
Exceções'.
3 — Compostos do auxiliar Ε ΙΝ Α Ι.
Numerosos verbos são compostos do auxiliar eivai e uma preposição,
seguindo a conjugação do verbo simples, com ressalva de que o acento
tônico jamais recua além da sílaba que contém o aumento. São eles: áxeipi
(estou afastado ou ausente) — rege genitivo. " E m /u (estou em ou dentro,
participo) — rege dativo. Πάρβιμι (estou presente, assisto, ajudo) —
rege dativo. Ilepíeιμι (sobrépujo, passo, ando em torno), rege genitivo.
Πρόσειμι (reuno-me a, avanço, ataco) — rege dativo. Σύνειμι (estou
com, convivo) — rege dativo. " Υπειμι (estou debaixo de, submeto-me
a) — rege dativo .·
Vê-se que, de todos, apenas dois regem genitivo, em virtude das prepo
sições que lhes servem de prefixo (αχό, περί). Além disso, é freqüente
0 uso de formas impessoais desses verbos, na terceira pessoa do singular.
Ex.: iveari (é possível ou permitido, é factível), irápean é possível é de direito), (cf.
Ιστι = há, verbo impessoal).
N.B. - As formas compostas nunca são enclíticas.
Exercício n.° 31 —
1 — Conjugue: προ σ τά ττειν (prescrever)), έμβάλλειν (invadir) e διαφ-
OtípfLV (destruir) no pretérito imperfeito das três vozes (N.B. — Mesmo
05 GREGOS E SEU IDIOMA 201
II — Comentários:
1 ) Ilepí τίν ο ς = sobre ou acerca de alguma coisa (τ ις , tl , genitivo
pronome indefinido enclítico átono = alguém, algum, algo).
2 ) "Οτι = que, conjunção integrante (latim. — quid — quod).
3 ) Έ σ τ ίν e o genitivo significa: trata-se de (construção impessoal).
4) "H5e = esta (feminino do pronome demonstrativo Óòe, f/óe, ròóe
= este, esta, isto).
202 CVID \ NEDD.V BARATA. PARREIRAS HORTA
tos oclusivas consecutivas devem ser sempre do mesmo grau (cf. acomo
dação fonética).
Alguns verbos em labiais apresentam um sufixo - r no tema do pre
sente, exclusivamente. Ex.: βλάτΓ - τ - tiv (prejudicar, raiz: β λ α β -),
χ ρ ύ π - τ -eiv (ocultar, raiz: χρυφ -), ρίπ - r - tiv (lançar, atirar, raiz:
pLir -), θάπ - τ - tiv (sepultar, raiz: τ α φ - , em que se dá a transfe
rência da aspiração final do radical para a consoante inicial, sempre que,
por motivos fonéticos, aquela desaparecer) (cf. no português: epitáfio).
I I — Nos verbos de radical em dental, a oclusiva dental desaparece
diante de - σ e do - x do tema de perfeito; entretanto, τ, δ, Θ, diante de
outra dental Pu de um - μ sibilizam-se, isto é, transformam-se num - σ .
Assim, podemos conjugar seus tempos primÂtivos -do indicativo (pre
sente, futuro, aoristo e perfeito), atentando para o fato de que todos eles
se formam da mesma maneira que os dos verbos vocálicos, ressalvando-se
apenas o perfeito ativo dos verbos em labiais e guturais, em que esse tempo
é aspirado (cf. perfeito forte aspirado, em que a labial e a gutural do ra
dical passam a - φ e a - X, respectivamente, inexistindo ο κ - característico
do perfeito ativo).
88° Exercício —
I — Conjugue: κρύπτω (eu escondo), χλέπ τω (eu roubo) e στρέφω (eu
revolvo) no perfeito e no mais que perfeito ativos; τα ρ ά ττω (eu perturbo),
φεύδω (eu engano), γυμνάζω (eu me exercito), no aoristo das três vozes:
αναγκάζω (eu forço), τρέφω (eu alimento), π ρ ά ττω (eu faço), no futuro
ativo e médio e βρέχω (eu refresco) no presente e no imperfeito das três
vozes.
II — Conjugue: πιστεύω (eu confio) e πείθω (eu persuado) no futuro das
três vozes; παλαίω (eu luto) e πολεμέκο (-ώ) (eu excito para a guerra)
no pretérito imperfeito das três vozes.
I II — Analise as jormas verbais seguintes, indicando a primeira pessoa
do singular dos tempos primitivos dos verbos a que pertencem: έκλέφθψ
- τώραμμένοι, είσίν - έτά ρα ττον - χεχλάφασιν - β εβ ρέχα τε - χόφει - έτε-
τράμμεθα - έπράχθην - π έπ λ α σ τα ι - κλάΎ ζετε - δεδάσκουσεν - έφενδετε -
έφεύσθητε - κοφθήσεταε - έταζε - έστραμμέναι ήσαν - στεφανοϋσι - ένί-
χησαν - έ τψ α τε - ξηλοΰτε - ή^άπων -χήπατήχασι,ν - έπέπλασθε - èipevapévoi,
- αι, - α ησαν - έπεπόμφετε - χεχάλνφθε - έτετύφεσαν - στιζόμεθα - σπεί-
σ ετα ι - έχρυσώθησαν.
208 g ü id a nedda barata p a r r e ir a s horta
3,5.° Exercício —
Traduza: I — Έ λ λ η ν ι κ α ί χ ν ώ μ α ι.
1 — ' O ά ν ίξ έ τ α σ τ ο ς β ίο ς οΰ β ίω τ ό ς ά ν θ ρ ώ π φ . (Platão).
2 — " Α νθρ ω π ος π ο λ ι τ ι κ ό ν ζώ ο ν. (Aristóteles).
OS GREGOS K .SEU IDIOMA 215
23. — A T E R C E IR A D E C L IN A Ç Ã O N O M IN A L : (P R IM E IR A
P A R T E ) — T E M A S C O N S O N Á N T IC O S
PLURAL
Nom. αί φΧίβες ai alyes αί Χαμπάδβς
Voc — <ρΧέβ(s — alyes —■ Χαμ πάδes
Acus. ràs φΧέβας Tas alyas ràs Χαμπάδας
Gen. των φΧββών των αιγών των Χαμπάδων
Dat. Tais φΧεφί(ν) ταts αίξί(ν) Tais Χαμπάσβν)
DUAL
Nom. (Voc.) - τώ φΧέβί τώ alye τώ Χαμπάδβ
Gen. Dat. rolv φΧββοΙν τοίν aiyolv τοίν Χαμπάδοιν
Nom. ό οδούς ό y ίy ã ς ό λ έω ν το σώ μα
PLURAL
DUAL
Temas:
έριδ - nominativo η ερις, acusativo την ’έριν (querela)
χ α ρ ιτ - nominativo η χάρις, acusativo την χά ριν (graça)
OS UKEGOS E SEU IDIOMA 223
S7.° Exercício.
lados e festejam as núpcias do deus. Então um velho sapo declara: —“Isto (= este
fato) não merece cantos, mas sim tristeza; pois o sol, que agora seca, sozinho, o
nosso poço, breve terá descendentes”.
IV— Comentários: certo dia = ποτέ (adv. enclít.) bodas = oi γάροι
animal, bicho = τό ξωον — suas (= dele) = aèroü (cf. αύτός, - ή, - όν) to
dos = nom. pl. de πάς, πάσα, παν (gen. παντός, πάσης, παντός) isto =
τούτο (neutro do pron. demonstr. οϋτος, αΰτη, τούτο) — merecer, ser digno
de = άξως, ■ã, - ov eivai —secar = ξηραίνειν —poço = φρέαρ, -α το ς
(ró) —breve = τ ά χ α —ter = έχειν (fut. 'έξω —descendentes(= filhos) = oí
παίδες (ou: ter filhos — yevvãv (άω > ώ ) —que (pron. relat.) = ός, ή, 6 .
N.B. — 1) O pronome relativo toma o gênero e o número do antecedente,
mas vai para o caso exigido pela subordinada.
2 ) O sujeito no neutro plural leva o verbo para a J? pessoa do singular.
PLURAL
DUAI
Observações:
PLURAL
DUAL
Sempre que o nome próprio não jor oxilono, o vocativo deverá sofrer
o recuo da sílaba tônica: Σ ώ χpares, Αημόσθει>es, etc.
Observação — Todos os substantivos comuns do gênero neu'ro em - εσ
apresentam a alternância vocálica para - οσ nos casos iguais do singular.
A contração vocálica faz com que, nos mesmos casos do plural, a terminação
seja -η . Ex.: rò yévos (a raça, a estirpe) vem do tema yevea-.
Assim se distinguem os substantivos neutros da forma neutra dos
adjetivos em sibilante, que não têm essa alternância vocálica, mas apresen
tam o tema puro. Ex.: rò ψευδός (a mentira), ψευδές (adjetivo neutro)
(mentiroso).
DECLINAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS EM - εσ (exceto os neutros)
SINGULAR
TEMAS — τρεηρεσ-, Σω χρατεσ -, ΐίερεχλεεσ -
Nom. η τριηρης ó Σωχράτης ό ITeptJíXérçs >
> üepixX^s
Voc. — τρεηρες — Σώχρατες — I le p ú íX e e s >
> I le p ú íX e is
SINGULAR
MF Ν
Nom. rò κρέας rò γένος εΰγενής, -és
Voc. — κρέας - γένος εθγενές, ■ές
Acus. rò κρέας γένος εύγενή (- éaa), εϋγενές
Gen. του κρέως (- ασος) (κρέατος) γένους (- εσος) εϋγενους (-éaos), εύγενοϋs
Dat. τώ κρέρ. (- ασι) (κρέατι) γένει (- εσι) εΰγενεϊ (-έσι), εΰγενει
PLURAL
Nom. τά κρέα (- ασα) (κρέατα) τά γένη (- εσα) εϋγενεϊς (- έσες), εΰγενή (- έσα)
Voc. — κρέα. (- ασα) (κρέατα) - γένη (- εσα) εΰγενεϊς (-έσες), εύγενή (- έσα-)
Acus. τα κρέα (- ασα) (κρέατα) γένη (- εσα) εύγενεις (anal.), εύγενή (-έσα)
Gen. τών κρεών (- ίσων) (κρεάτων) γενών (- έσων) εύγενών (-έσων), εύγενών
Dat. roís κρέασι (κρέασσι) (κρέαοι) γένεσί (- εσσι) εύγενέσι (-έσσι), εύγενέσι
DUAL
ήοσ -), a aurora, sendo que este tomou uma outra forma, com metátese
quantitativa, e passou a integrar a declinação ática: ή εως, geni
tivo βω.
O nominativo é alongado, o vocativo não é usado na prosa, embora
alguns autores registrem a forma αίδοϊ, por aí Ocos, talvez por confusão
com os temas em vogal - Ò (- oj). Assim: ό αιδώς, genitivo αίδονς (- όσος),
dativo αίδοϊ (-όσι), acusativo αιδώ (-όσα).
Em - νς só há ο μυς, μνός (o camundongo ou o músculo), em que a
queda do sigma intervocálico fê-lo confundir-se com os temas cm -v (vocá-
licos) (ef. 6 σϋς).
N.B. — Note-se que a maioria dos nomes de nominativo em - cos foram
refeitos a partir de uni modelo mais regularem dental: τό φώς, genitivo φωτός
(a luz), ό ίδρώς, genitivo ίδρώτος (o suor), ό γέλως, genitivo 7 éXceros (o riso),,
ό "Ερως, genitivo 'Έρωτος (o amor), καί τά λοιπά (=etc.).
38° Exercício —
II — Decline·.
IV — Comentários:
O
1
Voe. — av — xí — Ιχθύ
PLURAL
1 1
Nom. oi aves o i x íe s ai (optes) oles oi ix ú v e s (ixdvs)
DUAL
Gen. a v ó ív ΧΙΟ Ϊν ( ò p io iv ) o io l v ίχ θ νο ιν
PLURAL
DUAL
PLURAL
DUAL
PLURAL
Nom. (Voc.) oí λά« ol iτρώες αί ήχοϊ ( 2 ? decl.)
Acus. τούς λάας τούς ήρωάς τάς ήχους
Gen. τών λάων (λαών) των ηρώων τών ήχών
Dat. το'ις λάεσι(ν) (λαοί) τούς ήρωσι(ν) τόις ήχο~ς
DUAL
39° Exercício: —
I — Decline:
II — Decline:
I I I — Analise e traduza·.
ταίς φειδοίς - της Γορχοΰς - την o\f/iv - τα ς φύσεις - ώ ’Eperpieú -
τους Εύβοιάς - των γ ραμματέων - οί χαλκείς - τοίς ίππεϋσιν - τώ φονει.
IV — Traduza:
1 — Οί θεράποντες εφερον κρατήρας καί έπλήρονν' φιάλας.
2 — Τό πυρ διέφθειρε τόν νεών καί οί φύλακες ταχέως εκάλουν τούς γ«ί-
τονας.
3 — Οί διδάσκαλοι έδιδασκον τούς των ' Ελλήνων παϊδας τά τού Ό μηρου
ποιήματα.
4 — Οί ποιμένες πολλή κραυχή διώκουσι τούς λύκους.
5 — Οί του άστεως φύλακες συλλαμβάνουσι τούς φώρας.
6 — Οί πολέμιοι ούκ έπίστευον τοϊς ήχεμόσιν.
OS GREGOS E SEU IDIOMA 2 45
40° Exercício: —
I — Traduza: 'Η των νόμων δεινότης (Κατά Λημοσθένην).
Oi νόμοι τό δίκαιον καί τό καλόν καί τό συμφέρον βούλονται· τούτο
7 άρ ζητούσι, καί έπειδάν εύρεθή, κοινόν τούτο τό πρόσταγμα φαίνεται
ττάσιν Ίσον καί όμοιον τόύτ’ ’ίσ τι νόμος, ω πόντας πείθεσθαι προσήκει
διά πολλά, καί μάλισθ'ότι πας έστι νόμος δώρον μέν των θεών, δό~γμα δέ
τών ανθρώπων φρονίμων, έττανόρθωμα δέ τών εκουσίων καί άκονσίων
αμαρτημάτων, τής πόλεως δε συνθήκη κοινή χαθ'ήν πάσι προσήκει ζην
τούς έν τή ττόλει.
II —■ C o m e n t á r i o s :
Observações:
1 — Os verbos em -v perdem esta consoante diante do -x do perfeito
e do mais que perfeito ativos. Note-se que, em πίνω , dá-se a alternância
e/a (vocalização da nasal, no grau reduzido da apofonia), no tema em
questão.
Ex.: x \ í v - etv (pender, inclinar) — perfeito ativo xíx\ l -xa, perfeito médio-
-passivo x Í x X l -μαι
xpív -eiv (julgar) — perfeito ativo xéxpi -xa, perfeito-médio passivo
xéxpí -μαι
n í v -eiv (tender) — perfeito ativo ré - τ α -xa, perfeito-médio passivo
r é r a -μ α ι
0 mais-que-perfeito dêsses verbos é:
Ativo: è -xe - x \ í -xeiv. e -xe -xp í -xeiv, i - π - τ ά -xeiv
Médio-passivo: é -xe - χ \ ί -μην, è -xe -χ ρ ί -μην, è - π - τ ά -μην.
OS GREGOS E SEU IDIOMA 253
Observações:
1 —· Nos aoristos e futuros passivos, quando são formas segundas,
restabelece-se a consoante final do tema verbal diante dos sufixos -η σ ο -/ ε -
e - η - . Ex.: χΧινήσομαι e εχΧίνην, a par de χΧιβήσομαι e έχΧίθην.
2 — Os verbos terminados em -ραίνω ou -ιαίνω alongam simples
mente o - o. no tema do aoristo, Por exceção, também seguem esta peculia
ridade os verbos αίρω (levantar, elevar) e χερδαίνω (ganhar). Ex.:
μαραίνω (consumir) — futuro μαρανώ — aoristo έμάρανα. Αίρω (levantar)
— futuro άρώ — aoristo II ηρον (cf. os outros modos). Κερδαίνω (ga
nhar) ·— futuro χερδανώ — aoristo έχέρδανα. Futuro e aoristo passivos:
μαρανήσομαι, αίρήσομαι, κερδανήαομαι. — εμ α ρ ά ν η ν — ήρην— έκερδά-
νην (todos são formas II)
OS GREGOS E SEU IDIOMA 255
FUTURO II M ÉDIO
MAIS QUE PERFEITO ATIVO (Aum. Red. Rad. Suf. Des. At.)
1 p. sg. έστά λχα ν ϊτπάρκει,ν ένενεμήχαν βπεφά'γχβιν
1 p. pl. έστάλχαμεν έσπαρχειμεν έν(ν(μήχαμ(ν έπεφάτ^χειμεν
42. ° Exercício'. —
43. ° Exercício: —
I I — Comentários:
A — Concordância nominal:
B — Concordância verbal.
1 — O verbo concorda, normalmente, em número e pessoa com o
seu sujeito. No entanto, sendo o sujeito um neutro do plural o verbo
põe-se naturalmente no singular e, só excepcionalmente no ático, poderá
vir no plural. Ex.: Τά καλά χα λ επ ά έστιν (as coisas belas são difí
ceis = o belo é difícil). Τά καλά επιτεδεύματα εις άρετής χτήσιν φέρει
260 GUIDA NEDDA BARATA PARREIRAS HORTA
44° Exercício —
T — Explique a concordância nas frases seguintes:
1 — Οι πρέσβεις έπεί ήκον οΐκαδε, άθυμία ένέπεσε πάσιν.
2 — ’Ε γώ καί ή -γραφή λέχει.
3 — Έ γ ώ τε καί σύ μακράν λό-γον έκάτερος άπετείναμεν
4 — Τα αθλα ήσαν ατλε-γ-γίδες χρυσαί.
OS GRKGOS K SEU IDIOM A 261
lt5.° Exercício —
I — Conjugue no modo imperativo: καλύπτω e "γυμνάζω no presente
e no aoristo ativos, βρέχω e παλαίω nos mesmos tempos da voz média,
τα ρά ττω e τρέφω no aoristo passivo, άyyέλλω no perfeito médio-passivo
e no aoristo ativo e τολμάω(ώ) no presente das três vozes.
II — Analise as Jormas verbais seguintes (cf. verbos consonânticos):
τε τά χ ε τε — φανθέντων — κλάπηθν — λέλοι 7re — έστροφέτω — τ ρ ά -
π ητε — σ<ράλλου — π ραττόντω ν — βαίνε — λείιρθητ ι — π αώεύετε —
yiyvov — δνεσΟε — φαννέσΟων — φεϋδε — σπάρηθ ι — σπείραν — δέρετε
— δαρέντων — p y y έλκετε — νέμε — βλήθητε — χαθαν ράντων — άμννον
— τεϊναι.
III — Traduza:
1 — Ά π ο κ ρίναν, ώ à y αθέ, καί y à p ό vòpos κελεύει, άποχρίνεσθαι.
(Platão, Apologia, 13)
274 GUIDA NEDDA BARATA PARREIRAS HORTA
46.° Exercício:
IV — Traduza:
1 — Φάγωμεν καί πιω μεν' αυρών y à p άποθνγσχομεν.
2 — Οί μεν χύνες τούς εχθρούς δάχνουσ lv, έγώ δε τούς φίλους, ϊνα σωσω.
(Diógenes).
3 — M j) κρίνετε ϊνα μη χριθητε.
4 — Τούτο ποιεί, ϊνα ης άχαβάς, ώ φ ίλτα τε.
OS GREGOS E SEU IDIOMA 281
V — Comentários:
Πβρί άνδρός
Ι Ϋ — Comentários gramaticais
D. 2-3. ί-σοί-σβην
286 GUIDA NEDDA BARATA PARREIRAS HORTA
PRESEN TE
PERFEITO
Γ FUTURO
AORISTO
PR ESEN TE
PERFEITO
VOZ ATIVA — RED. — RADICAL — SUF. x ( a ) — TERM INAÇÕES
ATIVAS DO PR ESEN TE
S. lp. T€T ρίφοίμι 7Γ€7νείκοιμι πεφά^γχοιμι έστάλκοιμι
P. lp. rerpípoLpep 7Γ€7ΐβίχοίμβν ιτεφά^χοιμεν έστάΧκοι.μ€Ρ
D. 2-3p. r e r ριφοίτην πεττείχοίτην πεφα^χοίτην ΐσ τ αΧκοίτηρ
AORISTO
FUTURO
N.B. — Notemos, mais uma vez que, no aoristo passivo segundo, resta
belece-se a consoante final do radical do verbo, alterada por encontros
fonéticos com o sufixo temporal da forma regular I, começado por consoante'
Quanto ao futuro segundo (ativo e médio), as contrações se dão regular
mente como já foi observado no indicativo (verbos em líquidas e nasais).
ΤΙείθειν tem um perfeito II com apofonia: πεποιθοίην, πεποιθοίης, πεποιθοίη,
χ .τ.λ . (cf. subj. πεποίθω — ind. πέποιθα).
1ψ8.α Exercício.
V — Comentários:
49f Exercício —
II — Traduza: Τνώμαι.
1 — Μη opa tò χάλλος, ά λ λα τον τρόπον.
2 —· Μή rò χίρδος σχόπίΐ tv πάσίν.
3 -— ’Έ,άν μη νους παρή, ούδίν ύστιν ή μάβησις.
4 — Tàs των φίλων συμφοράς ίδιας ’<ίχωμ(ν.
5 — Ε ά ν ’έχωμβν χρήμαθ' %ξομβν φίλους.
I I I — Traduza:
(Adaptado de Platão, República; o mito de E r, filho de Armênio,
personagem que ressuscita doze dias após sua morte, para revelar aos
homens o que se passa no além. Aqui, faz referência aos juizes infernais).
Ot δύ διχασταί, Ιπειδή διαδιχάσβιαν, τούς μίν δίχαίονς kxtótvov πο-
peveaOaL την οδόν την βίς δ(ζιάν τβ χα ί άνω διά τον ουρανού, τούς õè
άδίχονς την οδόν την eis άριστίράν Tt χαί χάτω.
IV — Comentários gramaticais ·.
IMAGENS DA ILÉLADE N* 10
Assim encontram-se;
SINGULAR
PLURAL
Nom. ευδαιμονεί, -ά σαφείς, -ή χαχοήβείί, -η άπόλιδεί, -ιδα
Voc. ευδαιμονεί, -a σαφείς, -η χαχοήθεΐί, -η άττόλιδεί, -ιδα
Acus. εΰδαίμοναί, -a σαφεΐί, -ή χαχοήβείί, -η άπόλιδαί, -ιδα
Gen. εΰδαιμόνων, -ων σαφών, -ών κακοηθών, -ών άτιολίδων, -ίδων
Dat. εΰδαίμοσι, -σι σαφέσι, -έσι χαχοήθεσι, -εσι άττόλισι, -ισι(ν)
DUAL
Nom. Voc. Acus. εύδαίμονε σαφεϊ (-ή) χαχοήθε ι (-η) άπόλιδε
Gen. D at. εύδαιμόνοιν σαφοϊν χα χοηθοϊν άττολίδο ιν
(cf. 29 Tomo)
PLURAL
DUAL
PLURAL
DUAL
PLURAL
DUAL
SINGULAR PLURAL
DUAL: N.V.Ac. - ήδεϊ (Μ.Ν.) ήδεία (F.) G.D. ήδέοιν (Μ.Ν.) ήδείαιν (F.)
Vemos, pois, que os do l.° tipo são uniformes e os outros, do 2.° tipo,
são biformes, seguindo declinações diferentes, de acordo com o gênero a
que pertencem.
2 a.) O adjetivo ιτολύί, π ολλή, πολύ costuma mudar de sentido, ao
passar do singular para o plural. Assim: ή πολλή κραυγή (grande grito
ou clamor), ή πολλή οδός (extenso caminho), ή πολλή χώ ρα (extenso país),
πολύν χρόνον (ac.) (loc. adv. — por muito tempo), πολλοί (muitos, vários),
oi πολλοί (a maioria, a multidão), oi πολλοί τών ανθρώπων (a maior
parte dos liomens).
Na fortna do neutro, também pode ser empregado como advérbio
(construção, aliás muito frequente em grego). Ex.: πολύ (adv.: muito),
τά πολλά (a maior parte do tempo, habitualmente). Diante de um com
parativo tanto se usa πολύ como πολλώ (dat. singular), adverbialmente.
50f Exercício
I — Decline', ò μέγας στέφανος (a grande coroa), το πολύ άλγος (a dor
intensa), ή ισχυρά πατρίς (a pátria poderosa) no singular; ò βαθύς ποταμός
(o profundo rio), ή θρασεία γυνή (a ousada mulher), το γλυκύ õvap (o doce
sonho), no plural; ή βαρεία άμαξα (a pesada carroça), tò οξύ ξίφος (ο
pontudo gládio), tò εύώδες άνθος (a perfumada flor), no singular e no dual.
I I — Veria c ponha nos casos solicitados ·.
O herói de boa estirpe (nom. plural), a amizade conveniente (gen. singular),
o rei hostil (ac. plural), o aluno esquecido (voc. singular), o discurso exato
(dat. plural), a curta vida (dat. singular), a floresta espessa (gen. plural),
0 doce mel (ac. singular) a ativa abelha (nom. plural), o príncipe magnâ
nimo (ac. dual), o deus compadecido (gen. plural), a voz maviosa (nom.
plural), a estrada reta (ac. singular), o vasto oceano (dat. singular), o pé
rápido (nom. plural).
I I I — Traduza:
1 — Ή Σ φ ίγξ έχει πρόσωπον μέν γυναικός, στήθος δε καί ουράν
λέοντος, καί πτέρυγας δρνιθος.
2 — Ό ύκ ’έ στι βίον εύρείν αλυπον ούδενί'
Τιώμεν γ ά ρ ούχ ώς θέλομεν, ά λ λ ’ώς δυνάμεθα.”
Ν.Β. — EúpeZi' é inf. aoristo II de εύρίσκειν (achar, encontrar).
3 — Τα χρώ ματα' tò φαιόν γ ίγ ν ε τα ι λευκού τε καί μέλανος κράσει, τά
δέ πυρρόν ξανθού re καί φαιού, το δέ χλωρόν κυανού re καί
ξανθού, ά λ λ ’ ò κύανος τού ουρανού χρώμά έστιν.
4 — "Έλληνες άεί παϊδες, γέρων δέ "Έλλην ούκ έστιν, καί ή "Ελλάδος
κάλλοσύνη κ α τά π ά ν τ’ αιώνα έσται.
310 GUIDA NEDDA BARATA PARREIRAS HORTA
αισχρός, -ά, -όν (vergonhoso, vil) αίσχίων, αισχώ ν ά ίσ χισ ros, -η, -ον
(τό αΖσχο$)
έχθρός, -ά, -όν (inimigo, hostil) έχθίων, βχθιον ’έ χθιστος, -η, -ον
(τό ΐχθος)
ηδύς, -ela, -ύ (agradável) ηάιων, ηοιον ηδιστΟς, -η, -ον
κακό;, -ή, -όν (mau, ruim) κακιών, κακιον κακίστου, -η, -ον
καλό;, -ή, -όν (belo, esplêndido) χαλλίων, χάλλιον χάλλιστος, -η, -ον
ταχύς, -eia, -ύ (rápido) θάττων, θάττον τάχιστος, -η, -ον
3) χράττω ν, -ον
βέλτιστος, -η, -ον
χράτιστος, -η, -ον
OS GKEGOS E SEU IDIOMA
311
Comparativos Superlativos
II — κακός, -ή, -bv (mau, j 1) χάρων, -ον χείριστος, -η, -ον
desonesto, indigno) ( 2) ήττων, ηττον ήκιστα (adv.)
III — μέχας (grande, gran- (
dioso, importante) \ μαζών, μειξον ptyioTos, -η, -ον
61.° Exercício:
II — Comentários gramaticais·.
Π ρώ τοι μ εν ol α γ α θ ο ί χύνες μ ε γ ά λ ο ι ά σ ίν , ε ΐτ α ’έ χ ο υ σ ι τ ά ς χ ε φ α λ ά ς
ελαφρός, σ ιμ ό ς, ά ρ θ ρ ώ δ εις, ινώ δ η τά κάτωθεν των μετώ πω ν, ’ό μ μ α τ α
μετέω ρα, μ έλα να , λαμπρά, μέτω πα μεγάλα καί πλατέα, τάς δ ια κ ρ ίσ εις
β α θ εία ς, ώ τ α μ ικ ρ ά , λ ε π τ ά , ψ ιλά ό π ισ θ εν.
52° fixerdcio:
Comentários gramaticais —
1 — Και δή = e então, portanto.
2 — ΪΙροσθεμίαν = adjetivo feminino, com valor substantivo (subenten
da-se ήμέραν). Significa: (o dia) fixado antecipadamente, aprazado.
3 — Στήσαντες — part. aoristo I ativo de ΐστημι (atemático) = tendo
marcado, tendo fixado (elas).
4 — Τίεσών — part. aoristo II de πίπτω (cair, lançar-se por terra).
5 — Συνεδυιa — part. fem. de σύνοιδα, verbo usado nos perfeitos com
sentido de presente (compl. em dativo έαυτή, pronome reflexivo =
= consigo mesma, em si mesma),
ti — βραδύτητα — acusativo de ή βραδύτης, -ητος.
7 — άτιηΚλάγηοεν aor. II passivo do indicativo de άπαλλάττ-οιν.
8 — τρέχουσα — part. pres. fem. de τρέχειν (v. muito irregular).
9 — παραδραμούσα — part. aoristo II de παρατρέχειν (aor. II at. ind.
παρέδραμον).
OS GREGOS E SEU IDIOMA 317
L E M B R E T E S IN T Á T IC O N9 17
O S U JE IT O IN D E T E R M IN A D O — A V O Z PA SS IV A D O S V E R B O S
Ia) pelo pronome indefinido, geralmente τις (alguém) ou, menos frequen
temente, por outros pronomes de sentido vago, tais como: έκαστος, -η, - ον
(cada qual, cada um), πας τις (qualquer um,qualquer pessoa), πάντες (to
da a gente, todos, todo o mundo), oúôeíç (ninguém). Ex: 3Ηλ0έ τις =
alguém chegou (chegaram). Ούδείς ούδέν φησιν = ninguém diz nada (não se
diz nada). Πάντες τρέχουσιν = todos correm (corre-se);
v e r b o s g r e g o s l e n h a , v ía d e r e g r a , o s m e s m o s v a l o r e s q u e e m p o r t u g u ê s t v i d e
l i e m 15 Λ C o n ju g aç ão d o s V e rb o s e seus T ip o s) o c o rre m , c o m c e rta fre q u ê n
c ia v e r b o s q u e se a p r e s e n t a m , n a forma atira, com significado passivo e vice-
- v e r ca Isso se d e v e a o f a t o d e q u e . n o e s t á g i o l i n g u í s t i c o i n d o - e u r o p e u p r é - h e l e -
m co. a categoria de voz estav a o rig in a ria m e n te im p líc ita n a raiz o u n o radical
verbal e só m u i t o t a r d i a m e n te ( p r o v a v e lm e n te já n o grego comum pré-histórico,
q u e p r e c e d e u à f r a g m e n ta ç ã o d iale ta l h i s t o r ic a m e n te a te s ta d a n o id io m a ) é q u e
as vozes do verbo p a s s a r a m a se i d e n t i f i c a r c o m d e t e r m i n a d a s d e s i n ê n c i a s ( a s
que cham am os médio-passivas, p o r q u e t a n t o s e r v e m à v o z m é d i a q u a n t o à p a s
siv a ).
A ssim , e n c o n tr a m o s a lg u n s verbos muito antigos n a língua grega, o s q u a i s
se a p r e s e n t a m n a forma ativa c o m valor passivo, c o m o r e m i n i s c ê n c i a d e s s e p r i
m i t i v o e s t a d o d e c o i s a s e , e v i d e n t e m e n t e , é o s i g n i f i c a d o d o semantema q u e d e
t e r m i n a a p e r m a n ê n c i a o u n ã o d e s s a p e c u l i a r i d a d e P o r e x e m p l o : o v e r b o φέρω
( i a i / ifcp-, l a t . f e r o ) s i g n i f i c a , transitivamente,( p o r t a n t o c o m valor ativo): l e v a r ,
t r a z e r , p r o d u z i r , c a r r e g a r ; m a s t a m b é m e x p r i m e : c a r r e g a r ( s o b r e si) e d a í p a s s a
para: suportar, sofrer, n o se n tid o passivo d a r a i z . T a m b é m o v e r b o έχειν ( =
ter. p o ss u ir a lg u m a co isa - n o valor transitivo) s i g n i f i c a , m u i t a s v e z e s , m a n t e r - s e ) ,
su ste r, c o m p o rta r-(s e ) no p r i m i t i v o sentido intransitivo ( = p a s s i v o ) d a r a i z
53.° Exercício:
II — Comentários gramaticais —
iII ■
— Traduza, explicando o valor dos modos (revisão):
“LOUVOR DA A T I CA”
(Trad. — G.N.B.P.H.)
E V . A U X I L I A R ).
I — Os infinitivos.
4 — Injinitivo perjeito — Tema temp. perf. at. - suf. - vai (voz ativa).
Tema temp. perf. m. - p. - suf. - σβαί (vozes m.
e pass.).
1 — Injinitivo presente —
2 ■
— Injinitivo juturo
3 — Injinitivo aoristo.
4 — Injinitivo perjeito.
Nom. sg. Χν-ο-ντ > Χΰων (m.) Χυ-ο-ντ-já > Χύονσα (f.) Χΰ-οντ > Χΰον (η.)
Gen. sg. Χύ-ο-ντ-os Χυ-ονσης Xó-ovros
τιμάν
Nom. sg. τιμά-ων > τιμών τιμά-ουσα > τιμώσα τιμάον > τιμών
Gen. sg. τιμ ά -ovTos > τιμώντο$ τιμα-ούση$> τιμώση$ τιμ ά -ovTos >
> τιμώντοτ
■ποΧεμϊίν
Nom. sg. ποΧβμίων > ποΧβμών ποΧίμέονσα > ττοΧίμοϋσα ττοΧεμΐον > -κοΧεμονν
Gen. sg. ποΧβμέοντος > ποΧβμοϋντοΊ iroXepèbvaps > ποΧίμοΰσης 7τοΧίμίοντος >
> ποΧβμονντοι
δουΧοΰν
Nom. sg. δουΧόων > δουΧών δονΧόουσα > δονΧονσα δουΧόον > δουΧονν
Gen. sg. òovXòovTos > δουΧοϋντος δονΧοούσps > δονΧονση$ δουΧόοντος >
> δονΧονντος
2 — Particípio juluro —· Tema temporal do fut. — suf. ~vr (jd) — des. casuais.
7ΓοΧεμήσοντες, ττοΧεμήσονσαι,
Nom. 7τοΧεμήσων, ττοΧεμήσουσα,
Plural
tà πολεμή σον τοΧεμήσοντα
d
CO ιτοΧεμησόντων, τοΧεμησουσών,
Gen. ποΧεμήσοντος, -σούσης, -σοντος ττοΧεμησόντωρ
Plural
bò δονΧώσον δουΧώσοντα
g
ΖΩ Gen. δονΧώσοντοτ, δουΧωσονσης, δονΧωσόντων, δουΧωσονσών,
-OVTOS δονΧωσόντων\
|
3 — Particípio aoristo — Tema temporal do aoristo — suf. -vt (ja) - des. casuais.
Nom. sg. Χυ-σα-ντ-s > Xvaãs Χυ-σά-ντ-jã > Χύ-σασα Χν-σα-ντ > Χν-σαν
Gen. sg. Χύ-σα-ντ-os Χυ-σά-σης Χύ-σα-ντ-os
Τιμάρ
H o X e p e lv
Δουλοϋρ
Τ ρ ίβ β ίν
τρ ΐβ -ο ν τ ρ ίβ - ο ν τ ο ς
U eW e iv
Nom. sg. 7reW-ων, rreW -ovaa, Gen. sg. iredd-ovTos, ireiO -olaps,
7T é W -O V 7Γeid-ovTos
Φ α ίν β ίν
φ αϊρ-ορ φ α ί ν -o vro s
Σ τ έ\\€ ίν
Nom. sg. στίλλ-ω»', στέλλ-οι>σα, Gep. sg. areW -ovT os, a reW -o va p s,
2 — Particípio futuro
Ύρίβαν
HeWeiv
3 — Particípio aoristo
Ύρίβειν
II ε'ιθειν
Φαίνειν (assigmático)
Σ τελλειν (assigmático)
4 — Particlpio perfeito
T ρίβίνν (aspirado)
IJeWeiv
Φαίνίΐν
'ΣτίλΧβνν
Ο
ο τριφάμβνο s, τρίφαμένη, τρίφάμβνον (-ου, -ης, -ου)
β
<σ3 7Γ6ισάμβνος, πβισαμβνη, 7τοισάμενον
Ο
CO φηνάμβν€ς, φηναμένη, φτ]vapevov ( a s s i g m .)
ο
Ο στειΧάμενος, στεεΧαμένη, στει Χάμενον ( a s s i g m .)
OS GREGOS E SEU IDIOMA 333
m
O
O τριφ-θείς (θέντος) τρνρθεΖσα (θείσης) τρνφθέν (θέντος)
ττεισθέν
<tíci πεεσ-θείς πεισθεΐσα
tí
O φανέν
tfl φαν-eis (II) φανεϊσα
£-1
σταΧ-είς (II) σταΧεϊσα σταΧέν
a
tantivado) ser aliados (nossos), devem ser bem tratados (forma pessoal)
(Xenof., Mem., II, 6 , 27). Οίστεον ττάσι την τύχην = é preciso que cada
qual (todos) suporte seu destino (forma impessoal). (Eur., Ion, 1260)
(Subentende-se εστίν). Literalmente: “A todos compete suportar a sorte” .
N.B. — A pessoa que deve jazer alguma coisa vein, normalmente, em dativo
(cf. ττάσιν neste último exemplo).
54° Exercício —
I — Dê os infinitivos ativos de στεφανώ (-άω) (coroar) e τα ρά ττω (τα-
ρ α χ -) (perturbar); os infinitivos médios e passivos de αγαπώ (-άω) (amar)
e δίρω (descascar); o nominativo e o genitivo singular dos particípios ativos
de βάλλω (atirar) e as mesmas formas dos particípios médios e passivos
de σπείρω (semear).
II — Conjugue o verbo σιγώ (- άω) (calar) em todas as formas do infinitivo
e o verbo άμύνω (ajudar) em todas as formas do particípio.
III — Dê os aoristos ativos (primeira pessoa do singular e do plural) em
todos os modos, do verbo ά γγίλλω (anunciar) e os futuros passivos de
κάμνω (fatigar).
IV — Decline o aoristo II passivo do particípio de χράφειν (escrevet) e
0 particípio presente ών, ούσα, δν (verbo auxiliar) nos três números (cf.,
adjetivos triformes de terceira classe).
I — Generalidades.
Sendo, na origem, um substantivo verbal, com o valor sintático,
em geral, de um dativo ou de um locativo, o infinitivo tanto pode ser
tomado como um verdadeiro verbo (com as diversas alterações de vozes,
tempos, aspecto e até, graças à partícula ãv, exprimindo o potencial e
o irreal), como pode ser encarado como um verdadeiro nome neutro,
exercendo, assim, todas as funções de um substantivo na oração (sujeito
ou complemento) e podendo ter um predicativo no neutro. Ex.: λΰσαι
(para desatar), βαλεϊν (fut. II) (na intenção de atirar), πορεύεσθα 1
(para marchar), εύ λέχειν (para bem falar ou para falar com eloqüência),
valor verbal Ex: (χρή) λύοαι τούς δεσμούς — (é preciso) desatar os grilhões
βαλειν τάς πελτάς χθωνί -atirar as lanças no chão, πορεύεσθαι εις τούς
πολεμίους- marchar contra os inimigos, ευ λέχενν εν τη ayopç.- falar bem na
praça pública
336 G U ID A NEDDA BARATA P A R R E IR A S HORTA
1 — Injinitivo substantivado.
56.° Exercício:
Traduza, explicando o emprego dos modos e dos infinitivos:
1 — Χρή γνώναι Ót t re ποιητεον καί οπότε καί δπως. (Xenof., Econ.
X III, 2)
2 — Eis το άσμένως κοιμηθψαι πας τόπος Ικανός ήν τω Ά γεσιλάω
(Xenof., Ages., IX, 31
3 — Έ π ιμελητέον δπως τρέ-ρωνται οί ί πποι, ώς ( = nt) αν δύνωνταt
πόνους υποφέρε.ν. (Xenof., Trat. de Cavalaria, I, 2).
4 — Λακεδαιμόνιοι δε πρότερόν re δήλοι ήσαν έπιβουλεύοντες ήμιν καί
νυν ούχ ήκιστα. (Tuc. I, 140).
5 — 'Ώς δε ηχούσε τους πολεμίους ταράττεσθαι διά τό αίτιάσθαι άλλή-
λους του γεγενημενου, εύίύς ήγεν επί Σάρδεις. (Xenof., Ages. I, 33).
f> — Ανθρώπους οϊμαι ικανός eivai βελτίους ποιεϊν. (Xenof. Banquete,
III, 4)
7 ΚροΖσος ενόμισε έαυτόν eivai ανθρώπων απάντων όλβιώ τατον {Ue-
ródoto, I, 34).
8 — Φιλάνθ ρωπον eivai δει καί φιλόπολιν. (Isócrates, II, 15).
9 — Ουτοι μεν δη, ώ άvδpeς, ικανοί τέρπειν ημάς φαίνονται. (Xenof.
Banquete, III, 2)
10 — Έδήλωσε δέ καί Μ έτελλος εκπεπληγμένος τόν άνδρα καί péyav
ηγούμενος. (Plutarco, Sertório, 22).
* Litote: οϋχ ήκιστα = não muito pouco, isto é: muitíssimo.
56 ° Exercício:
Indicativo
la. p. sg. άπ-έ-δρα-ν ε-βη-ν ε-βίω-ν 1-δϋ-ν
IMPERATIVO
SUBJUNTIVO
OPTATIVO
no
Ρ. 1 ρ. αποδρα-Ι-μεν βα-1-μ€ν βω-Ι-μίν
2 ρ. άττοδρα-1-Tt βα-1-Tt βιο-1-re ático
3 ρ. άττοδρα-1-ev βα-1-ev βω-1-ev
f
INFIN. ànτοδρά-ναι βή-ναι βιω-ναι δν-ναι
Nom. άττοδράϊ, -ίσ α , -άν βάϊ, βάσα, βάν βωΰς, -οΰσα, -δν δύς, δνσα, δύν
PARTIC.
Gen. -άντος, -άσης, βάντος, -άσης, β ι-òvros, -oύσηs ôvvtos, -ύσηs,
-ávros -àvros -bvros -υντοϊ
Q
Ή ββάΧ-έτο βάΧ -ηταί βάΧ-οι,το βαΧ-έσθω βαΧ-όμ evos
»—1
ϊ β α X-ópeda βαΧ-ώμβθα β α Χ-οίμβθα — βαΧ-ομίνη
o ίβάΧ-βσθί βάΧ-ησθβ βάΧ-οίσθβ βάΧ-6σθβ β αΧ-όμενον
>
ΐβάΧ -οντο β ά Χ -ω ν τα ί β ά Χ -oi ντο βαΧ-έσθων
57° Exercício:
I — Conjugue os verbos: νομίζω e σπάρω no futuro II ativo e médio
de todos os modos; θάπτω (τα φ -), nos aoristos II e futuros II passivos;
στρίφω (στρεφ-Ιστροφ-) nos perfeitos II ativos; Χίίπω (λίπτ-/λιπ-/λοιπ-)
nos aoristos II ativos e médios; πρά ττω (πραχ-), no mais que perfeito II
ativo; γνγνώσκω (γνω-), nos aoristos II ativos.
II — Analise as jormas verbais seguintes:
χνούσι — Χιπού — χβνίσθαν — παρούσα — β ά ντι — βαΧονμένα is — τβμοΐ
— CTeXeladat — ά γ γ eXeív — χνώΟ t — òvvtos — άποδράσρ — t άλω — βφυτβ
— Ιχάρημβν.
I II — Conjugue ο aoristo II ativo (atemático) de χαίρω (χα(ήρί-) em
todos os modos e o perfeito II ativo do indicativo e do subjuntivo de πβίθω
(πβιθ-Ι ποιθ-).
Λ negação costuma ser oú, a menos que o particípio esteja posto por
uma construção que exija a negação subjetiva μή. Ex.: Ούκ ’έ σ τι μή
νιχώε ι σωτερία = ούκ ’έ στι σωτερία εάν μη νικώμεν (subordinada even
tual, no subjuntivo) = Não há salvação senão para os que vencem
(dativo plural do particípio), isto é: não há salvação, caso não vençamos.
Note-se, porém, que o particípio ainda pode ter a negação μή, por
atração com uma oração negativa que exija essa partícula.
II —- Particípio com artigo — Tem uso ainda mais freqüente do
que o infinitivo substantivado e pode vir acompanhado de um ou mais
complementos. Ex.: T à καλώ? σοι πεπραχμένα = as tuas boas ações
(= as ações bem feitas por ti).
O particípio, usado com substantivo pode ter o valor de um adjunto adno-'
minai, permitindo traduzir-se por uma subordinada relativa (a negação
é geralmente μή). Ex.: Oi παρόντες π ο λ ιτα ι (os cidadãos presentes ou
que estavam presentes). Oi χάμνοντες σ τρα τιώ τα ι (os soldados que
estavam cansados).
Pode-se também dizer: oi π ο λ ϊτα ι oi παρόντες, οι σ τρα τιώ τα ι oi
χάμνοντες (pospondo o particípio substantivado, por ênfase) ou usar
o genitivo partitivo: των πολιτών oi παρόντα (dentre os cidadãos, os
que estavam presentes), τών στρατιω τώ ν oi χάμνοντες (dos soldados,
os que estavam cansados).
0 particípio com artigo também pode vir só, indicando quer uma
só pessoa, quer uma classe de seres (pessoas ou coisas). Ex.: ό λόχων =
o orador (do momento) ou um orador, οί άρχοντες = os governantes
(atuais) ou os magistrados, os arcontes, ò τυχών = o primeiro a chegar,
rò 7τροσήχον — o dever, oi προσήκοντες — os parentes, τό συμφέρον =
350 GUIDA NEDDA BARATA PARREIRAS HORTA
6S.° Exercício:
59° Exercício —
IV — Comentários —
Reflexivo simples
Singular Plural Singular Plural Singular ] Plural
Nom. èyú = eu ήμβϊς (nós) σύ — tu ύμίϊν (vós) (não tem) σφέί% (êles
próprios)
Acus. èpé (pe) ημάς at (σβ) ύμά* t'(i) (se) σφάτ
Gen. èpoõ (μου) ημών σου (σου) υμών ου (ον) (sui) σφών
Dat. έμοί (μοι) ημίν σοί (σοι) ύμϊν οι (oi) (sibi) σφίσί (p)
35 Acus. ίμαυτόν, -ήν atavTÒv, -ήν (σαυτόν, -ήν) (αυτόν, -ήν, -ό (αυτόν, -ήν, -ο
C
D Gen. (μαντού, -ps aeaυτον, -ps (σαυτον, -ps) (αυτού, -ps, -ού (αυτόν, -ps, -ον
O
£
►-H
m Dat. (μαυτώ, -p σεαυτώ, -ρ (σαυτώ, -ή) έαντώ, -ρ , -ώ (αυτώ, -ρ, -ώ)
hj Acus. ήμás aÒTovs, -ás vμãs avToòs, -ás a(pãs avTovs,-ás (έαυτονs,-ás,-á
<1
25 Gen. ημών αυτών υμών αυτών σφών αυτών ((αυτών)
P
►
—3
Oh
Dat. ήμίν avrols, -ais ΰμίν aÒTols, - a i s σφίσιν a v T o ls , -ais (éa v T o ls.. .
SINGULAR PLURAL
M. F. N. Μ. F. Ν.
Nom. ode ήδβ τάδε οίδε α'ίδε τάδε
Ac. τόνδε τήνδβ τάδε τούσδε τάσδε τάδε
Gen. roüde τήσδβ τού δε τώνδε τώνδε τώνδε
Dat. τώδε rjjde τώδε τοϊσδε ταϊσδε τοϊσδε
SINGULAR PLURAL
M. F. Ν. Μ. F. Ν.
Nom. OÜTOS αύτη fijÜTO οντοι ανται ταΰτα
Ac. TOVTOV τα ντην τούτο TOVTOVS TCLVTCLS τα ντα
N.B. Observe-se que este pronome também contém o artigo em sua ter
minação (além do espírito forte ou da dental surda iniciais), mantendo
o ditongo -ou no início da palavra, sempre que o artigo contenha um -o
ou -ω na terminação, e trocando-o pelo ditongo -au, quando os casos
terminam por -a ou -η.
3 — Έ κ ίΙ vos, -η, -o (aquele, aquela, aquilo, aqueloutro, etc). De
clina-se regularmente como os adjetivos de primeira classe. Em poesia
encontra-se κelvos com aférese (nos três gêneros).
SINGULAR PLURAL
60.° Exercício —
I — Decline, em todos os números:
a) "Oôe ó ζωγράφος (èste pintor de natureza viva), ή δε η γυνή (esta
mulher aqui presente), τάδε rò ζωον (este animal aqui), ή δε ή ημέρα (ο dia
de hoje).
OS GREGOS E SEU IDIOMA 363
61.° Exercício —
IV — Comentários:
Para a santa llion. Com os rapazes o cão passara a vida atrás dos cervos,
Lebres e cabras selvagens. Mas agora, com o chefe ausente, fora largado
Ali, numa estrumeira diante do portal, onde se fizera o depósito de adubo,
Que bois e mulas forneciam aos criados de Odisseu, quando tinham de
[buscar
Fertilizantes para seus vastos domínios. Assim jazia o velho Argos,
[cheio de parasitos.
Então, como reconhecesse Ulisses, bem perto dele, abanou a' cauda
E abaixou as orelhas, falto dê forças para alcançar o dono.
Mas o herói o vendo, enxugou uma-lágrima, que lhe escapara sem que
[Eumeu
A percebesse. E bem depressa dirigiu-se ao outro:
“ Eumeu! Que estranho cão é esse na estrumeira! Que belas linhas!
Mas já não posso saber se era tão rápido na corrida quanto parece belo.
Ou talvez não passasse de um desses cães ao pé da mesa, de quem os reis
Se ocupam nada mais que para exibi-los?”
(G.N.B.P.H.)
OS GREGOS E SEU IDIOMA 369
62.c Exercício —
M F N M F N
Nom. os V 0 OOTLS TjTLS ÔTL
O AC. ov T jV ô όντινα ηντινα ότι
£ Gen. ov T]S ov OVTLVOS yaTLvos OVTLVOS
cn Dat. ω ω ωτινι fjTIVl ωτινι
V
tt
Nom. Ac. ω ώτ ive (para os três gêneros)
< (para os três gêneros)
£
Q Gen. Dat. olv οίντινοιν (para os três gêneros)
(para os três gêneros)
OS GREGOS E SEU IDIOMA 377
\ Número )τοσοντος |ο σ ο ι |0 7 τ ό σ ο ι
63° Exercício —
I — Decline (nos três números):
ρήτωρ tis (um orador), ris ρήτωρ·, (que orador?), άλλος ναύτης (um outro
navegante), άλλη φύσις (outra natureza), άλλο πρά-γμα (outra ação),
πάς δίδάσκαλος (todo mestre), πάσα πόλις (toda cidade), παν δράμα (todo
drama), toioõtos ύός, οιος π α τή ρ (tal pai, tal filho), dia μήτηρ, τοιαντη
βυ^άτηρ (tal mãe, tal filha), τοώσδί ή-γ^μών (tal chefe), τηλιχοντος σ τρ α
τηγός (tão idoso general).
algum outro a quem causaremos algum dano (Dem., Coroa, 230). Έ ré-
ρω 0τω está por ετερον ότω em que o relativo em dativo é objeto
indireto de όώσομεν.
d) Atestam-se ainda casos de atração do relativo, quando este
deveria estar no dativo ou no nominativo, mas são raros. Ex.: Βλάττ-
τεσθ ou άφ'ών (άπο τούτων α) παρεσχενασται = prejudicá-los por causa
das coisas que estavam preparadas (Tuc., VII, 67, 3).
III — Antecipação do relativo — É frequente a colocação do relativo
antes de um demonstrativo, seu antecedente lógice. Se o antecedente
for nominal também passa para a subordinada perdendo o artigo e, neste
caso, o relativo assume função adjetiva, ficando ambos, substantivo e
pronome, no caso exigido pelo valor sintático do relativo. Ex.: 'Όσοι
πολιτειών τρόποι είσίν, τοσοΰτοι χινδυνεύονσι καί ψυχής τρόποι είναι
= tantas são as formas de governos, quantas são as probabilidades de
haver (= são os riscos de haver) formas de almas (Pl., Rep., 445 c). Eí
ri να όρώη Κύρος χ α τ ασχευάζοντ a ής ’ά ρχοι χώρας, ούχ εφθόνει αύτώ
— mesmo que Ciro visse alguém organizar (= organizando) o território
que ele governava, não o invejava (Xen., An., I, 9, 19). K ατασχευά-
ξ'οντα rege acusativo (την χώραν) assimilado ao genitivo do pronome
relativo, complemento de αρχοι (opt. de αρχειν = comandar, chefiar;
rege genitivo). A construção normal seria: χατασχευάξοντα την χώραν
ής αρχοι.
Observações:
1 — Ο relativo seguido da partícula -ye assume valor causai: “dado
que. . . ” (cf. latim: quippe). Há exemplos também desse valor do pro
nome, sem a partícula (cf. Tuc. VII, 75, 7).
2 — A forma pronominal neutra ότι, usada como conjunção, muitas
vezes tem mais valor explicativo do que causai (= pelo fato de), como
em Esquines, Contra Ctes., 141: Δεμοσθένης εις υμάς ήμάρτηχεν ότι
τα ύτα άπεχρύψατο = Demóstenes pecou contra vós, pelo jato de vos
ter ocultado essas coisas.
3 — Os verbos que significam recriminar, criticar (μέμφομαι, επίτιμόν)
também se constroem com ότι explicativo (cf. Platão, Banq., 213 e,
Teet. 169 d).
4 — Há numerosas locuções idiomáticas formadas de relativos e o
verbo auxiliar, como: εστιν όστις = muita gente, muitas pessoas; εστιν
οΐ (είσιν o'í) sempre no presente, mesriio com o verbo da relativa no
passado (raramente ήσαν οΐ) = há pessoas que, há muitos que (cf. latim:
sunt qui), há várias pessoas . . . Ainda: εστιν ου = cá e lá (sentido
O.S GREGOS E SEU IDIOMA 381
IV — Revisão.
1 — Faça o levantamento dos verbos do texto, analisando as formas encon--
tradas e indicando-lhes os tempos' primitivos.
2 — Explique o emprego dos infinitivos e particípios do texto supra.
67° Exercício —
I — Traduza, explicando o emprego dos genitivos:
(G.N.B.P.H.) ·
Έ τίίδή δί βοή π λ ά ω ν re k y i y v t T o κ α ι è y y v T e p o v , κ α ί oi à e i ί π ι ό ν -
Tes W eov δ ρ ό μ ω ί π ι τους á e l β ο ώ ν τ α ς , κ α ι π ο λ λ ώ μ β ίζ ω ν ί χ ί χ ν β τ ο ή β ο ή
6 σ ω δή π λ ά ο υ ς ί χ ί χ ν ο ν τ ο , ίδ ό κ 6 ΐ δή p eiÇ ò v τ ι e i v a i τ ώ Έ β ν ο φ ώ ν τ ι κ α ί
ά ν α β ά ς ί φ ' Ι π π ο ν κ α ι Α ν κ ι ο ν κ α ί τούς ι π π ί α ς ά ν α λ α β ώ ν π α ρ β β ο ή θ β ι ' κ α ι
τ ά χ α δ ί άχούουσι βοώ ντω ν τώ ν σ τρ α τιω τώ ν θ ά λα ττα , θάλαττα, και
π αρ6χχυώ ντω ν.
“prometo alguma coisa aos deuses”, como “suplico alguma coisa aos
deuses” .
Também φθορώ tlpl tlpos significa “invejo alguma coisa em al
guém”.
3 — I d é ia de o b e d iê n c ia ou s u b m is s ã o — òirovpyelp
b tr e p e r e lp ,
(servir a), 7re W e a O a L , V T ra x o b tL P (obedecer a), e lx e L P t l p l (ceder a).
4 — I d é i a d e v i z i n h a n ç a ou s e m e l h a n ç a — χαμύσΟαί tlpl (des-
posar, receber por marido), 7τλησιά^Τΐρ tlpl (aproximar-se de alguém),
άτταρταρ tlpl (encontrai· alguém), eoLxá tlpl (parecer-se com alguém),
ÔLa\éyea6aÍ tlpl (conversar com alguém), etc.
V e r b o s b i t r a n s i t i v o s constróem-se com o b j e t o d i r e t o em a c u s a t i v o
e o b j e t o i n d i r e t o no d a t i v o d e a t r i b u i ç ã o . Ex.: Δίδωμι χαράρ τοis
iraLaÍp = dou alegria às crianças.
c) Dativo de interesse —
Com verbos de predicação nominal, como: e l p a t (ser, estar), y íy -
veadaL (vir a ser, nascer, tomar-se), òoxtlv, φαίρβσθαι (parecer), xa-
XeiadaL (chamar-se), όρομάξεσθαν (ser chamado, ter o nome), aipelabaL
(ser escolhido), etc., emprega-se o dativo de interesse, que indica a van
tagem ou a desvantagem que alguém possa ter na ação do verbo (mo
dalidade do dativo propriamente dito). Na expressão ορομά μοί èart =
OS GREGOS E SEU IDIOMA 395
in s tr u m e n to , m odo, p o n to
v is ta , de
cau sa , c o m p a n h i a (incluindo-se
neste valor as operações militares realizadas por um chefe), funções
estas decorrentes do antigo instrumental e absorvidas pelo ablativo
latino. Ex.: θανάτω ξημιοϋν (punir com a morte), ξίφει iraíeiv (ferir
com a espada), πορεύεσθαι με^άλω στρατώ (marchar com um grande
exército), τταντι τρόττω (ou πάντα τρόπον) = de toda a maneira (acusa
tivo adverbial). 'ITyetadai τοις ίπποις = ir à frente da cavalaria (ou
chefiar. . .).
O d a t i v o d e c o m p a n h i a vem, raramente, precedido de συν. Ex.:
Συν όλί-γοις ιππευσι = com poucos cavaleiros.
O d a t i v o i n s t r u m e n t a l é que explica o emprego desse caso como com
plemento de verbos tais como: χρήσθαι τινι = servir-se ou utilizar-se de,
(cf latim uti com o ablativo), ‘έπεσθαι, άκολουθεϊν τινι = acompanhar,
seguir.
N B. —Numerosas expressões usuais forman-se do verboxprjaOai com seu
complemento em dativo. Ex.: Χρήσθαι τέχνη (exercer uma profissão),
χρήσθαι θ α λ ά ττη (dominar o mar), χρήσθαι εύτυχίρ., συμφορά (ter boa
sorte, ou ter azar), χρήσθαι χειμώνι (suportar o mau tempo), χρήσθαι
υβρει (mostrar-se insolente), χρήσθαι όπλοις (servir-se de armas), etc.
Χρήσθαι constrói-se ainda com um predicativo de objeto, igualmente
no dativo. Ex.: χρήσθαι τινι φίλω = considerar alguém como amigo,
χρήσθαι τινι πιστώ = ter alguém por fiel, etc.
396 ÜUIDA NEDDA ÜARATA PARREIRAS HORTA
69° Exercício —
a) Generalidades .
Outra família léxica: λέγω (eu digo), λόγος (discurso, palavra, conceito, ra
zão), επίλογος (epílogo = o que se sobrepõe ao discurso), κατάλογος (catálogo
= discriminação de palavras), προ λογος (prólogo = o que precede o discurso), λογι
κός (lógico = o que diz respeito à palavra pensada ou ao raciocínio), λέ(ι-ς
(< λεγ-σι-ς = vocábulo, palavra), λεξικόν (vocabulário, léxico = conjunto de
palavras( (Cf. Raiz: λεγ-/λογ·).
N.B. - APOFONIA ( ou alternância vocálica) - é um fenômeno fonético mui
to freqüente e expressivo no grego, m a r c a n d o , muitas vezes, a m u d a n ç a d e classe
d a p a la v ra , principalmente nos casos da chamada d e riv a ç ã o regressiva, ou c a ra c te
riz a n d o o a s p e c to de determinadas formas verbais. Dá-se a a p o fo n ia sempre que
ocorrem va ria ç õ e s d e v o c a lism o em um elemento mórfico - sufixo, radical ou de-
sinência —consistindo na m u d a n ç a d o tim b r e ou d a q u a n tid a d e do e le m e n to vo-
c á lico do morfema ou do semantema.. Ex.: verbo: τέμ -v -ea> = cortar, sôccionâr
—substantivo: τόμ -ος (parte, secção), com a a lte rn â n c ia v o c á lic a da ra iz ταμ-Ι
τομ-, verbo: λείπ-ω (pres.: eu deixo), έ-λιπ-ον (aor.: eu deixei em algum mo
mento), λε'-λοιπ-α (perf.: acabei de deixar), com a apofonia da raiz X em -fk n r-/
λοιπ-. Ou ainda, na 2? declinação: π ο τ α μ ό ς (nom. sing. vogal temática -o),
ποταμ-έ (voc. sing.)
Há vários graus para a a p o fo n ia : o grau n o r m a l do vocalismo, em que a vogal
tem o timbre ej o grau f le x io n a d o , com o timbre o g ra u r e d u z id o , em que a
v o g a l-n ú cleo do elemento mórfico pode chegar até a desaparecer (sendo vogal sim
ples) ou, se houver ditongo, dá-se a redução do vocalismo à se m iv o g a l i ou v , de
saparecendo a vogal-base. O vocalismo de ferau r e d u z id o também é chamado g rau
z e r o ,'quando o elemento vocálico desaparece.
Esta regra, contudo, não é absoluta, visto que, algumas vezes —quer por uma
especial morfologia, quer pelo uso inveterado invertem-se as posições e o d e te r
m inado passa a ser p re p o sitiv o , enquanto o s d eterm in a n te s vêm, ex c ep c io n a lm e n
te, p o sp o sto s (em posição final no radical), logo antes das desinências, as quais nos
assinalam a natureza do composto, seu gênero, número e caso, às vezes até sua
prosódia. Essa inversão ocorre, principalmente, quando o primeiro termo (no caso,
o determinado) é um radical verbal, embora haja numerosas outras possibilidades.
Ex. φιλά -αοφος (= o q u e am a o saber, e não: sábio amigo), μ ισ -άνθρω πος (= ο
qu e odeia a humanidade e não: homem odiento), Ôv -αγρός (= burro selvagem e
não: campo do burro),, παρά-δοξος ( = con trário à opinião corrente, inacreditável,
e n.ão: opinião à margem ou marginalizada).
Também há muitos nomes próprios masculinos compostos, tais como:
Θεμιστοκλής, ‘Ίππαρχος, Διο -γ έ ν η ς ,
Δ η μ ο σ θ έ ν η ς , Ιπ π ο κ ρ ά τ η ς , Φ ίλ ιπ π ο ς ,
κ .τ.λ.
3. P refixos e prefixação.
II A d v é r b io s , principalmente os seguintes:
Εχ.: μογι-λαλος (= que fala com dificuldade, gago), όλιγ-αιρία (carência de san
gue), ο π ιο θ ό -Ί ρ α φ ο ς = (escrito pelo avesso), π α λ ίν -ν ο σ τ ο ς (= que volta outra vez),
π α λ ίμ - φ ρ ω ν (= que muda de sentimentos ou de opinião), π α λ ίλ -λ ε τ γ ο ς (< π ά λ ιν
com assimilação total do -v à consoante inicial de λόγος = recolhido de novo),
π λ ε ο ν -α α μ ό ς (= superabundância; pleonasmo), πολύ-γυρος (= de muitas voltas,
cheio de curvas), ε μ π ρ ο σ θ -ό -κ ε ν τ ρ ο ς (= que tem um ferrão na frente), τ η λ -α ιτ /ή ς
(= que brilha de longe), τ η λ ε β ό λ ο ς (= que atira de longe ou que atinge de longe),
ά π α ξ - ά π α ς (= todos de uma só vez, em conjunto), π α ο - ι-ά να ξ (= senhor reinante
sobre tudo), κ. t. λ .
408 Γ,ΙΙΙΠΛ NKDIM ΒΑΚΛΤΛ BAKKKIKAS ΙΙΟΚΤΑ
0 A Derivação Vocabular.
A derivação pode partir tanto de uma palavra simples, quanto de uma com
posta ou já derivada, ou ainda de uma composto-derivada ou parassintética. Pro-
cessa-se em geral a derivação pelo acréscimo de um sufixo à raiz Ou ao radical
(derivação sufixai ou derivação própria), mas também pode haver derivação sem
sufixo (derivação regressiva), acrescentando apenas uma vogal temática ao radical
(-a ou -o) para indicar o agente ou a própria ação.
Esses derivados regressivos são denominados deverbais e adotam simplesmente
as terminações adequadas à nova significação do tema-base que, com freqüência,
também sofre apofonias e até metáteses.
Ex.: Ia declinação - vogal temática -a (η): áyopá (praça, mercado), πνοή
(sopro), άρχή (comando) μάχη (batalha), φορά (transporte, impulso).
2? declinação - vogal temática -o : δρόμος (corrida), λόγος (discurso), ξένος
(estrangeiro), ίιοώός (aedo, cantor), αρχός (guia) — masculinos; épyov (obra),
δώρον (dádiva), ζυγόν (parelha), - neutros, κ.τ.λ.
Note-se que, nos derivados deverbais, quando dissilábicos, é de regra a apofo-
nia, apresentando-se a vogal do radical no grau normal ou no reduzido para o ver
bo, alternando para o grau flexionado no substantivo. Ex.:
3. A derivação sufixai.
Os termos-radicais ou palavras-temas, que estão na base da derivação sufixai,
podem ser: substantivos, adjetivos, verbos e também numerais e alguns pronomes.
E, do ponto de vista morfológico, os sufixos podem ser iniciados por vogal, diton
go ou consoante. Daí procedem as observações que se seguem:
I — As palavras simples, como termos-radicais, adotam a forma do genitivo ao
receberem o sufixo (como também ocorre com os elementos iniciais dos compos
tos), se forem formas declináveis, mas se forem verbos, acrescentam o sufixo di
retamente ao tema do presente.
II —Se a palavra-tema for composta, obedece-se às regras gerais da composi
ção para formá-la e, depois, ela toma a forma do genitivo, antes de receber o sufi
xo.
III — Quando se derivar de um termo já derivado, acrescenta-se simplesmente
o sufixo que irá formar o novo vocábulo, como se fosse um termo-radical simples.
IV - Se a palavra-tema tiver o radical terminado por consoante e o sufixo for
vocálico, a derivação se processará sem alterações fonéticas.
V —Se o sufixo principiar por vogal e o tema terminar também por vogal, es
ta última é eliminada, quase sempre.
VI — Mas se o sufixo principiar por consoante e o radical-base também for
consonântico (como, por exemplo, nos temas temporais dos verbos), os encon
tros fonéticos provocarão elisões, assimilações ou acomodações fonéticas, exigi
das pela índole do idioma (cf. “Alterações Consonantais”).
Exemplos: αστβρ- ίσκος (de άστήρ, -έρος e o sufixo diminutivo -tσκο-/α),
significa: estrelinha; χρωματ-ικό-ς (do radical χρώμα, -τος = superfície do cor
po humano, pele, cor da pele, já derivado de χρώς, χρωτός — pele, cor e o suf.
formador de adjetivos -mo/-a (significa: colorido); οίκο-νομ-ία do radical compos
to οίκο-νομ- e o suf. -ία, formador de substantivos femininos) = administração
OS GREGOS E SEU IDIOMA 411
Η) —δης, -ίδης (masc.), -ίς, -ίδος, -άς, -άδος (fem.) exprimem a filiação,
a descendência. Ex.: Πρλε-ίδης = filho de Peleu (Aquiles), Άτρε-ίδης =
filho de Atreu, Atrida, Κεκροπ-ίς = filha de Cécrops, Αηλι-άς = Délia,
(referente à ilha de Delos).
I) _ 6ι)ς, -toç, -της (masc.), - ια, -ις, -iác;, -τις (fem.) —indicam a nacionalidade.
Ex.: ΆθηναΙος, ία = Ateniense, Meyap-eik - Megarense (masc.) e Μεγαρ ίς
(fem.) (idem), Kορίνθ ιος = Coríntio, Kορινθ ιάς = Coríntia (ou Corintiense,
natural de Corinto), Σπαρτιά της (masc.) = Espartano, Σπαρτιάτις (fem.)
= Espartana.
J) - ιον, -ίσκος —formam diminutivos. Ex.: παιδ -íov = criancinha, μην-ίσκος
= luazinha, θηρ-ίον = animalzinho, νεαν-.ακος = rapazinho.
K) —Sufixo —j á —forma substantivos, adjetivos e participios femininos, em
que σ iode (-/-) sibjliza a dental final do termo- radical (r + j > o) e desenvolve
um duplo sigma (ou duplo tau, no ático), quando a consoante final for gutural ou
velar. São, em geral, os chamados nomes femininos em ã impuro da 1? declina-
ção. Ex.: *Monr- j a > Μούσα (com sibilização do -r- e síncope do -v- precedente) ,
Ύλωχ-j a > γλώσσα (ático: γλώττα), *XvOe-VT-j ά > λσ- βει- σα (feminino do par-
ticípio aoristo passivo λυθείς, com alongamento compensatório da vogal do tema
temporal λυθε-).
Por exceção, o feminino dos adjetivos do tipo de: χαρίεις (radical χαριε-ντ-)
apresenta a assimilação do iode ao radical sibilizado, dando: χαρίεοσα, em lugar
da esperada terminação -είσα, como no particípio supra.
Com estes sufixos formam-se adjetivos biformes, contratos (\ide o sufixo, abai
xo, que está incluído neles).
fraqueço, torno fraco ou doente (cf. o adjetivo μαλακός, -ή, -όν), παχ-ύνω = tor
no espesso (da raiz de τταχύς, -eta, -ύ), παώ-εύω = educo (de παίς, τταώός). βουλ-
εύω = eu delibero (de βουλή = assembléia).
N.B. —Entre os verbos denominativos supracitados, note-se que os termina
dos em -άω, -έω e -εύω costumam exprimir a posse ou o estado, ao passo que os
terminados em -όω exprimem a causa da ação e os em - ίξω, - αίνω e - ύνω indi
cam o estado ou a mudança do estado (vide supra).
Assim é que, por exemplo, μαλαχ-ίξω significa “eu estou fraco ou doente”
mas μαλακ-ύνω é “eu me torno fraco ou fico doente” e χρυαόω (-ώ) quer dizer:
eu douro, faço como ouro.
IV —Sufixos - το/ τα-, -τέο-/ -τέα-. São formadores de adjetivos verbais (vide
Item 28. “Formas Nominais do Verbo” — h) Adjetivos Verbais pág. 333 ). Ex.:
φευκ-τός, -τή, -τόν = que pode fugir (ou ser exilado), φευκ-τέος,-τέα,-τέον = que
deve fugir ou tem de ser exilado (de φεύγειν), τμη-τός, -τή, -τόν = que pode ser
cortado, τμη-τέός, -τέα, -τέον = que deve ou tem de ser cortado (de τέμνειν), τακ
τός, -τή-τόν = que pode ser organizado, τακ-τέος, -τέα, -τέον = que deve ou tem
de ser organizado (de τάττεεν), τα-τός, -ή, -όν = que pode ser estendido, τα-
τέος, -τέα, -τέον = que deve ou tem de ser estendido, (de τείνειν), κ.τ.λ.
709 Exercício —
I - Explique a formação vocabular das palavras abaixo:
δ προφήτης - δ' κομήτης - δ υποκριτής - ή μάθησις - ή έμπορία - ή μελω-
δια fj τρα-γψδΙα ■το σώμα ■το διάγραμμα τα χρήματα ό άρχων ( οντος)
ή άπολογία - b οίνος ■ή εισαγγελία ■ή φήμη - ή φιλία το άνθος.
II —Forme um verbo derivado da raiz ou do radical de cada um dos vocábu
los supra.
III - Explique a composição e a derivação nas seguintes séries de cognatos:
1 — 6 διάβολος ■ή υπερβολή ■το βέλος το σύμβολον ή βολή.
2 — δ άκρόβατος - άβατος, -ον - ή βάσις-τό βήμα - βαδίξειν - ò βαδιστής.
3 — ο δρομεϋς-δ δρομάς (κάμηλος) - δ Ιππόδρομος/ ίπποδρόμος - άπο-
δώράσκω- δ δρασμός- δ δραπετής.
719 Exercício:
I - Distinga ο significado dos vocábulos das séries seguintes, pela análise
morfolôgica de seus elementos formadores:
1- διαφανής - έκφανής ■ Εμφανής - έπιφανής - καταφανής - περιφανής -
προφανής - ύπερφανής.
2 — το στρέμμα - στρέφειν - ή καταστροφή - ή ατρέφις - δ ατροφάλιγξ -
στροφειν - στροφαλίξειν - στρεπτικός (-ή, -όν).
729 Exercício:
I —Forme dois substantivos derivados e dois verbos compostos das raizes de:
δίδωμι - τίθημι - δ δήμος - δ ϊππος - ϊ ημι - ϊστημι μένω - ή ζωή
(Raízes verbais: δο/δω - θε/θη - έ/ή - υτα/στη - μεν/μον-/μν-η-)
739 Exercício:
IIEPI ΙΠΠΙΚΗΣ
(Κατά Ζενοφώντα)
alianças eram fortalecidas, menos pelas leis divinas do que pela ilegali
dade praticada em comum. As nobres propostas dos adversários só eram
recebidas na defensiva, mesmo quando se estava em situação de superio
ridade, e nunca generosamente. E ra preferível pagar o mal com o mal
a deixar de sofrê-lo. E as trocaS de juramento só tinham estabilidade momentânea,
já que ambas as partes não podiam fazer de outro modo, por não disporem de apoio
exterior; tão depressa se oferecesse a ocasião, o que primeiro ousasse, ao ver o anta
gonista desprotegido, achava mais agradável violar o acordo, do que vingar-se a des
coberto: julgava, assim, garantir a- própria segurança e merecer encômios como um
tributo à sua inteligência em vencer pela fraude. Era preferível, para a maioria, se
rem chamados, hábeis, quando de fato eram canalhas, a serem considerados ignoran
tes, quando virtuosos: pois disto se envergonhavam, ao passo que se orgulhavam na
primeira hipótese.
De modo que nenhum dos dois partidos cumpria a lei com devoção,
mas, ao contrário, a altissonância dos discursos, com os quais encobriam
•as ações mais odiosas, conferia-lhes a melhor reputação. Quanto aos par
tidários do centro eram massacrados por ambas as facções extremistas,
quer por não as apoiarem, quer por não se tolerar que éles pudessem so
breviver sem sofrer.
(G. N. B. P. H.)
A N E X O S
I — QUADRO GERAL DA C O N JU G A Ç Ã O DO P A R A D IG M A
T E M Á T IC O V O C Ã L IC O
S. 1 p. Xú-o> — Χύ-ω
2 p. Χύ-e-is X õ -í Xv-ys
3 p. Xv-e-t Xv-é-τω Xv-y
£ £
« -c P. 1 p. λύ-ο-μίϊ' — Χν-ω-μ(Ρ
2 p. Χύ-e-re XO-e-re Xv-y-re
H S
Pí c 3 p. λό-oim (ρ) Χν-ύ-ρτωρ λ ύ -ω -σ ι (ρ)
Ph g
D. 2 p. Χΰ-t-TOP Xv-t-τορ Χν-η-τορ
3 P. Xiye-τορ Xv-i-Tωρ Χν-η-τορ
S. 1 p. Χύ-σω — —
2 p. X ú-<re-is — —
•c 3 p. Xv-at-L — —
Ο 'Λ
pí S
'g P. 1 p. Χύ-σο-μβρ — —
Η α 2 p. Xv-ae-re — —
^ B. 3 p. λύ-σονσ ( l p ) — —
* £
D. 2-3 p. Xv-ae-rop — —
S. 1 p. Xé-Xv-xa — X e- λ ύ - χ ω
2 p. Xé-Xv-xa-s Xé-Xv-xe Xe-Xb-xys
3 p. Xé-Xv-xe Xe-Xv-xi-τω Xe-Xv-xy
P 1
s |
W c P. 1 p. Χβ-Χύ-χα-μ(ρ — Χ(-Χύ-χω-μ(Ρ
D.
cri 2 p. Xe-Xv-xa-re X e -X 6 -x e -T « Xe-Xv-xy-re
W §· 3 p. Xe-Χύ-χα-σι (p) Xe-Xv-χό-ρτωρ Xe-Χΰ-χω-σι (ρ)
Pi £
D. 2 p. Xe-Xv-xa-TOP Xe-Xíhxe-τορ Xe-Χύ-χη-τορ
3 p. Χί-Χύ-χα-τορ Xe-Xv-xé-τωρ Xe-Xv-xy-τορ
S. 1 p. ΐ-Χν-σα — Χν-σω
'θ' 2 p. t-Xv-aa-s Χν-σορ Χύ-cy-s
c
V35 3 p. í-Xv-ae Χυ-σά-τω Xò-cy
o Ί2
m o P. I p. ί-Χν-σα-μ€Ρ — Χν-σω-μίΡ
s* 2 p.
3 p.
è-Xv-aa-re
ί-Χν-σαν
Χν-σα-re
Χν-σά-ρτωρ
XiHry-re
Χΰ-σω-σι. (ρ)
° 1
5 D. 2 p. t-Χυ-σί-τηρ Χύ-σα-τορ Χν-σψτορ
___ g P· , é-Xv-cí-ryp Χυ-σά-τωρ ΧχΗτη-τορ
422 GUIDA NEDDA BARATA PARREIRAS HORTA
S. 1 p. λύ-οι-jui Μ —Χν-ωρ
2 p. X6-oi-s Xv-optos
H 3 p. Xú-oi Xb-tip
H
£ F —XO-owa
H P. 1 p. Χύ-οι-μερ
co Χυ-ούση$
H 2 p. Xb-oi-re
PÍ
Oh 3 p. Xb-Oi-tP
Ν —Χν-ορ
D. 2-3 p. Χν-οί-τηρ Xv-optos
S. 1 p. Xb-σοι-μι Μ —Χν-σωρ
2 p. Xb-σοι-ς Χύ-σορτοί
3 p. Χύ-σοί Xb-aetp
FUTURO
F —Xb-σουσα
P. 1 p. Xb-σοι-μίΡ
Xv-aoíxxTjs
2 p. λύ-σοι-re
3 p. Χΰ-σοι-tv
Ν —Χν-σορ
D. 2-3 p. Χυ-σοί-την Χΰ-σορτος
• S. 1 p. Xe-Xv-χοι,-μι Μ —Xe-Xv-xíús
2 p. Xe-Xb-xoi-s Xe-Xv-xóros
O 3 p. Xt-XÍ-KOL Xe-Xv-xépou
H
W F —Xe-Χυ-χύία
P. 1 p. λε-λύ-χοι-μει»
3 Xe-Xv-xvías
tq 2 P. Xe-Xb-xcn-re
Ph 3 p. Xe-Xb-xoL-ep
Ν —Xe-Xv-xós
D. 2-3 p. Xf-Χμ-χοί-την Xe-Xv-xóros
S. 1 p. Χΰ-σαι-μι. M —Xb-aas
' 2 p. λίκται-s Xb-aapros
O 3 p. λύ-σαι Χΰ-σαι
H
CO1
1— F —Χύ-σασα
Pí P. 1 p. λύ-σαι-μβΐ'
o Χν-σάσης
<< 2 p. λύ-σαι-ré
3 p. Xb-acu-tp
Ν —Χν-σαρ
D. 2-3 p. Χυ-σαί-την Xb-σαρτος
OS GREGOS E SEU IDIOMA 423
ai S. 1 p. Χΰ-ο-μαι — Χύ-ω-μαί
Ifl
< 2 p. Xú-ei(fl) Xv-ov Xv-V
Ph Χν-η-ται
Q 3 p. Xú-e-τ α ι Xv-é-σθω
>—< T . 1 p. Χυ-ό-μβθα — Χυ-ώ-μβθα
Q
Ή 2 p. Χύ-β-σθβ Xv-e-σϋί Χν-η-σθ6
3 p. Χύ-ο-νται Xv-t-σθων Χΰ-ω-νται
co
D. 2 p. Χύ-6-σθον Xíi-e-σθον Χίι-η-σθον
% 3 P. Xv-t-σθον Xv-é-σθων Χΰ-ν-σθον
O S. 1 p. Xé-Χυ-μαί — f ώ
>
P—1 2 p. λέ-λυ-σαί Χέ-Χυ-σο ΧβΧνμépos, -η, -op 4 ys
CG
CO 3 p. Xé-Xv-raL Xt-Χύ-σθω l fl
<
PU,
O
HH P. 1 p. Xe-Χύ-μβθα — í ωμεν
Q 2 p. Xé-Χυ-σθί Xé-Xv-aDe ΧίΧνμίροι, -tu, -a < yre
s 3 J>. Χέ-Χν-νται Xe-Xv-σϋω p l ώσι(p)
psj
Ph D. 2 p. Χέ-Χυ-σ£θΡ Xé-Xv-σϋορ ΧβΧνμίρω, -a, -ω ητορ
Ph 3 p. Xé-Xv-σθορ Xe-Xv-σθωρ ΧίΧυμέρω, -a, -ω ητορ
S. 1 p. Xe-Χύ-σο-μ αι
Ph
O 2 p. Xe-Xv-ay (-σβι)
s 3 p. Xe-Xv-ae-Tcu N.B. — 0 futuro anterior (ou futuro
H perfeito) do indicativo também pode
H
Z ser perifrástico:
< P. 1 p.. Χβ-Χυ-σό-μ(θ a
O 2 p. Xe-Xú-ae-<r6e Xf-Xv-xáis, Xe-Xv-xvla, Xe-Xv-xòs ίσομαι
Ph
& 3 p. Xe-Xv-ao-praL χ.τ.Χ.
H
.
Ph
D. 2-3 Xe-Xv-ae-σθοΡ
O S. 1 p. Χυ-οί-μηρ M —Χν-ό-μίΡος
>
HH 2 p. Xv-ol-o Χν-ο-μέρον
CO
CO 3 p. Xv-ot-ro Χχκ-σθαι
c
Ph
O P. 1 p. Χν-οί-μ(Θa F — Χν-ο-μέρη
5 2 p. Xú-oi-aüe Χυ-ο-μέρης
Ή
s 3 p. Χύ-οί-ρτο
CO N — Xv-b-μίΡθΡ
H
Ph D. 2-3 p. Χν-οί-σϋηρ Χν-ο-μΐρον
Pu
OS UKEOOS E SEU IDIOMA 425
O S. 1 p. Χυ-σοί-μηρ Μ — Χυ-σό-μερος
Q 2 p. Χύ-σοί-ο Χυ-σο-μέρον
« 3 p. Χν-σοί-το Χύ-σε-σθαί
F — Χυ-σο-μέρη
O P. 1 p. Χυ-σοί-μεθ a Χν-σο-μέρης
Dh 2 p. λό-σοι-σβί
h->
H 3 p. Χύ-σοι-ρτο Ν — Χυ-σό-μερορ
íü
Χν-σο-μίρου
D. 2-3 p. Χν-σοί-σθηρ
C S. 1 p. Χυ~6η-σοί-μηρ Μ — Χυ-θησό-μ(Ρθ$
2 p. Χυ-θή-σοί-ο Χυ-θησο-μίρου
tz:
CO 3 p. Χυ-θή-σοι-το Χυ-θήσε-σίαα
'C
C-l F — Xv-C-ησο-μέρη
P. 1 p. Χυ-θησοί-μεβ α Χυ-βησο-μέρης
0
tó 2p. Χυ-θήσοί-σθε
P 3 p. Χν-6ήσοί-ντο Ν — Χυ-θησό-μβρορ
H
P D. 2-3 p. Χυ-Οησοί-σθηρ Χν-θησο-μερον
P
oá Μ — Χε-Χν-σό-μερος
o S. 1 p. Χε-Χυ-σοί-μηρ
tf 2 p. Χε-Χύ-σοί-ο Χε-Χυ-σο-μερου
w Χε-Χύ-σοί-το Χε-Χύ-σε-σϋ cu
H 3 P-
Z F — Χε-Χν-σο-μερη
■< P. 1 p. ΧετΧυ-σοί-μώ α Χε-Χυ-σο-μέρης
O 2 p. Χε-Χύ-σοι-σΰε
D 3 P- Χε-Χύ-σοι-ρτο Ν — Χε-Χυ-σό-μερορ
Eh
& D. 2-3 p. Χε-Χυ-σο-μέρου
Χε-Χυ-σοί-σϋηρ
S. 1 p. έ-Χυ-σά-μηρ Χύ-σω-μαι
AORISTO MÉDIO
S. 1 p. Χυ-σαί-μηρ Μ- Χύ-σά-μένος
AORISTO MÉDIO
2 p. λύ-σαι-ο λυ-σα-μένου
3 p. λύ-σαι-το Χύ-σα-σϋαι
F — λυ-οα-μένη
P. 1 p. Χυ-σαί-μεθα
Χυσα-μένης
2 p. \ύ-σαί-σθ ε
3 p. Χΰ-σ αι-ντο
Ν — λυ-σά-μενον
D. 2-3 p. Χυ-σαί-σθηρ Χυ σα μένου
AORISTO PASSIVO
S. 1 p. Χυ-θε-ίη-ρ Μ — Χυ-θείς
2 p.- Χυ-θε-ίη-s Χυ-βέ-ρτ-os
3p. Χυ-θε-ίη Χυ-θή-ραι
F — Χυ-θε-Ζ-σα
P. 1 p. Χυ-θε-ϊ-μερ
Χν-θε-ί-σης
2 p. Χυ-θε-Ζ-τε
3 p. Χυ-θε-Ζ-ερ
Ν — Χυ-θε-ρ
D. 2-3 p. Χυ-θε-ί-τηρ Χν-θέ-ρτος
ANEXO II
A S PREPOSIÇÕES E OS CASOS
1 — PREPOSIÇÕES DE UM SÓ CASO
ACUSATIVO E GENITIVO
Δ ιά
Κ ατά
'Υ π έρ
Έ τrí
Acus. — sobre (com movi Geri. —» para, na di Dat. — sobre (sem
mento), para cima reção de, em movimento), por,
de, contra, em di presença de, à em vista de, de
reção a, por (sent. vista de, na pois, por causa
temporal), em vis época de. de, com a con
ta de, ao encontro de. dição de.
Παρά
Acus.,— para junto de, para Gen. — de junto de, Dat. — (de) junto de,
a casa de, entre da parte de, ao lado de, en
(com movimento) ao 3ara longe. tre (latim apud).
longo de, durante,
passando de lado,
contrariamente, em
comparação com.
nepí, άμφί
Πρ05
Acus. — parã, contra, com Gen. — do lado de, Dat. — perto de, ao
referência a, para da parte de, lado de (sem mo
com, em vista de, em nome de. vim ento), além
em comparação com, de.
por volta de (sen
tido temporal).
OS GREGOS E SEU IDIOMA 420
’ Υπό
Acue. — sob (com movimen Gen. — sob (sem mo Dat. — sob, debaixo
to), para baixo dc. vimento), por de (sem movi
efeito de, por mento), sob o
[agente da pas domínio de, por
siva), sob a in volta de (sen
fluência de. tido temporal).
749 Exercício:
I — Explique o valor das preposições vas jrases abaixo:
1 — Aéyercu ttερί τής μάχης καί άμφί τής νίκης.
2 — Β α δ ίζο μ ε irtpi το όρος καί πορευόμεΟα έπί τούς πολεμίους.
3 — Κείμενος επί τή -γη ò νεανίας καθεύδει.
4 — 'Ο Βασιλεύς άνέβη εφ’ Ιππον καί ώς ημάς ήλΟεν.
5 — Α π ' εκείνου τού χρόνον οί σ τρ α τιώ τα ι έπολέμουν.
6 — Babe έπί τον πατέρα και πρόοφερε αύτώ το λώρον.
7 — Οί ιρονεις εκ τής πόλεως έφευχον.
8 — Έ ν τή τρ ίτη ήμερα ένικώμεν μακρά ανδρεία καί συν θεοίς.
9 — Υ π έ ρ τον ποταμόν όρώμεν την με"γάλην πόλιν καί οικουμένην.
10 — Παρά π ά ντα τον βίον ενδαίμονες ήσαν.
759 Exercido:
Explique ο emprego das preposições, nos complementos e nos compostos por
prefixação do exercício n° 7.?.
430 G U I!)Λ NEDDA BARATA R A K K K IK A S ΙΙΟ Κ Τ Λ
AS 1> R E I O S I Ç ü E S
OS GREGOS E SEU IDIOMA 431
432 GUIDA NEDDA BARATA PARREIRAS HORTA
OS GREGOS E SEU IDIOMA 433
434 GUIDA NEDDA ΒΛΚΑΤΛ PARREIRAS HORTA
ANEXO III
COOK, R. - Os Gregos até Alexandre. In: H istória M undi, Vol. 3?, Rio de Janeiro,Zahar,
1970.
COTTRELL, L. E l Toro de Minos. Trad. de The B u ll o f Minos. Fondo de Cultura Eco
nômico, Col. Breviarios, 1958.
DELAPORTE, DRIOTON, PlGANlOL, COHEN. A tla s Historique. In: L’Antiquité, Vol. 1. s/d.
DELORME, J. - Les Grandes Dates de V A ntiquité. Paris, 1962.
DE SANCTIS, G. Storia d e i Greci. — 2 vol. Florença, La Nuova Italia, 1960.
DiRINGER, D. - The Alphabet. - Trad. port. A . Escrita, Ed. Verbo. 2. ed. rev. New York,
1951.
DOBLHOFER, E. - Lê D éch iffre m e n t des Ecritures. Paris, Arthaud, 1959.
DUMEZIL, G. - Les D ieux des Indo-Européens - P.U.F., 1952.
FAURE, E. - E l A rte A n tig u o . - Buenos Aires, Ed. Poseidon, 1943.
FEVR1ER, J. - H istoire de L E c ritu re . Paris, Payot, 1959.
FlNLEY, Μ. T. - Les Anciens Grecs. - In: Textesd 1'appui. Paris, François Maspero, 1973.
FLACELIÊRE, R. - D e vin se t Oracles Grecs. - Paris, P.U.F., 1961.
FURUMARK, A. - The Mycenaean Pottery. Londres, 1941.
GELB, I. J. - A Study o fW ritin g . 1952.
GENOUVÊS, R. - L A r t Grec. - Paris, 1964.
GERNET, L. et BOULANGER- Le G in ie Grec et la Religion. Paris, Albin Michel,'1970.
GLOTZ, G. - La Civilisation Egéene. - Paris, A. Michel, 1952.
------------ j r La Cité Grecque. - Paris, A Michel, 1953.
GLOTZ ET COHEN. Histoire de la Grèce. Des Origines aux Guerres Mediques. 2. ed. P.U.F.
1960.
GRAVES, R. Les m ythesgrecs. Trad. do inglês. Ed. Fayard.
GRIMAL, P. La M ythologie Grecque..Coll. Que sais-je? Trad. da Coleção Saber. P.U.F., 1953.
------------ D ictionnaire de la M ytho lo g ie Grecque et Romaine. Paris, P.U.F.
G R1MAL, P. et Alii - Les M ythologies de la Méditerranée au Ganges. Paris, Larousse, 1963.
GUIDES BLEUS, Les. Grèce. Paris, Hachette.
HATZFELD, J. Histoire de la Grèce Ancienne. Paris, Petite Blibliotheque Payot.
HATZIDAKIS, G.N . Γ λω σ σ ο λ σ γ ικ α ί Μ ελβται Atenas, 1901. Vol. 1.
HAWKES, J. Dawn o f the Gods. New York, Kandom llouse, 1968.
HESSERLING et PERNOT. Erasme et les Origines de la Prononciation Erasmienne. In :Re-
vue des Etudes Grecques. XXXII, 1921.
LEJEUNE, M. - Etudes Mycéniennes. (Actes du Colloque International sur lesTextes Mycé-
niens. Gif-sur-Yvette. 3-7 Avril, 1956). Paris, C.N.R.S., 1956.
------------ ---- M ém oiresdeP hilologieM ycénienne. - ( l r- Série, 1955-7) Paris, C.N.R.S., 1958.
LEVEQUE, P. N ous partons p o u r . . . la Grèce. - 2. ed. Paris, 1962.
------------ ---- A Aventura Grega. - Trad. port. Rumos do Mundo. Porto, Ed. Cosmos, 1969.
(Trad. do francês: “L’Aventure Grecque”).
LORIMER, U.L. - H om er and the Monuments. - Londres, 1950.
LUCE, J. V. - Hom er and the H eroic Age. Thamesand Hudson Limited. Londres, 1975.
MAISCH-POLHAMMER - In stitu tio n e s Griegas. Bibl. de Iniciación Cultural, Ed. Labor.
MARINATOS, S. and HlRMER, Μ. — Κ ρ ή τ η κ α ι Μ υ κ η ν α ϊκ ή 'Ε λ λ ά ς. Atenas,
1959. (Trad. em inglês: Crete and Mycenae, 1960).
OS GREGOS E SEU IDIOMA 437
N.B. Esta bibliografia não tem a menor pretensão de abarear todas as obras essenciais rela
cionadas com o estudo da cultura helênica, apresentado de forma parcial sumária em nossa
Introdução e nas “Imagens da Héladc”, mas tão somente visa a indicar algumas das mais signifi
cativas, a fim de que o aspirante a hclenista possa ser orientado, com segurança, para pesquisas
subsequentes, mais extensas e aprofundadas.
Deixamos de enumerar aqui, por desnecessário, todas as obras já citadas no corpo do traba
lho (em pé-de-página ou nas “Imagens da Hélade” ), advertindo, porém, que muitas delas con
têm ampla bibliografia especializada, versando os variados assuntos abordados no desenvolvi
mento da matéria deste livro.
A bibliografia cspecificamente linguística, versando os vários estágios e as características
dialetais do idioma grego, encontra-se relacionada no fim do 2o. Tomo deste livro.
A N EX O IV
VOCABULÁRIO PORTUGUÈS-GREGO
Πορτογαλικόν - Ελληνικόν Λεξικόν*
Ν.Β. Os verbos atemáticos (ν. atem.), os verbos irregulares (v. irreg.) e as palavras invariá
veis (inv.) estão estudados no 2? Tomo.
440 G U ID A NEDDA BARATA P A R R E IR A S HORTA
amor (físico) - Έρως, Έρωτος (ó) ardente (em chamas) — Έμπυρος, -ov,
amor (espiritual) -ά γά π τί, -f)< (ή) διάπυρος, -ov
Anaxágoras —'Αναξαγόρας, -ον (ó) ardil (trapaça) - δόλος, -ου (ò), τέχνη,
ancestral —πρόγονος, -ου (ό) -ης (ή)
andorinha - χελιδών, -όνος (ή ) ardor (calor) —καύμα, -ατος (το)
anel (de cabelos) - βόστρυχος, -ου (ό) ardor (entusiasmo) - όρμή, ής(ή),σπου
anel (jóia) —δακτύλιος, -ου (ò) δ ή ,% (ή)
ânfora (vaso) —άμφορεύς, -έως (ô) com calor —προθύμως
Aníbal —Αννίβας, -a (ó) árduo, -a (escarpado, -a) —χαλεπός, -ή,
animal selvagem, fera - θήρ, θηρός (ô) -όν, υψηλός, -ή, -όν
animal (ser vivo) —ξφον, -ου (το) árduo, -a (penoso, -a) —έτάπονος, -ον
animar (estimular) - παροξύ εεν trabalho árduo - πόνος, -ου (ό), κά
ânimo (coragem) — θυμός, -ού (ό), ματος. -ου (ό )
άρετή, -ής (ή) argênteo, -a —αργυρούς, -ά, -σύν
ano (idade) —Έτος, -ους (το) Ariadna (fig. mitol.) - Αριάδνη, -ης (ή)
antes (adv.), anteriormente —πρότερον, arisco, -a - δειλός, -ή, -όν
πριν arma - όπλον, -ου (τ'ό)
antes de (prep.) —πρό (gen.) sem arma —άνοπλος, -ον
antigo, -a —παλαιός, -ά,-όν armar (-se) - όπλίξειν, Έξοπλίζειν
anunciar —άπαγγέλειν armas (estar em armas) —έν τοϊς δπλοις
anunciar, proclamar — απαγγέλλειν, είναι
κηρύττειν armada (força militar, exército) - στρα
aplaudir —προτείν (-έω) τιά, -άς (ή), στρατός, -ού (ό), στρά
Apoio (deus) —Απόλλων, -ονος (ό) τευμα, -ατος (το)
apologia (defesa) —άπολογία, -ας (ή) arqueiro (flecheiro) - τοξότης, -ου (ό)
após (prep.) - μετά (gen.) arrancar - άποσπάν (-άω)
apréender (compreender) - γιγνώσκειν arte (arabesco, técnica) —τέχνη, -ης (ή)
aprender (tomar conhecimento) - πυν- Artemisa (deusa) - “Αρτεμις, -εως (ή)
θάνεσθαι artista, artífice - τεχνίτης, -ου (ό)
aprender (instruir-se) —μανθάνειν árvore - δένδρον, -ου (το)
aproximar (-se) - πλησιάξειν, προσιέναι Asclepíades (gentílico ) - Ασκληπιό-
(προσέρχομαι) (v. irreg.) δης, -ου (ό)
aquele, aquela, aquilo - è κείνος, -η, -o Asclépio ( Esculápio, deus) —Άσκή
Aqueronte (rio infernal) — Άχέρω ν, πιός, -ού (ό)
-οντος (ò) áspero, -a (difícil) - χαλεπός, -ή, -όν
aqui (adv.) —ενθάδε
assaltante - επιχειρητής, -ού (ό)
Aquiles - Άχιλλεύς, -έως (ò )
Arcádio (da Arcádia) — Αρκάς, -άδος assaltar (atacar) - τειχομαχείν (-έω),
(ò)
επιχειρείν (-έω), έ φόρμαν (-άω)
arcaico, -a —άρχαίος, -ã, -ov (dat.)
arcaísmo —αρχαϊσμός, -ού (ό) assalto (ataque) - προσβολή, -ής (ή),
arco - τόξος, -ου (ò) έφόρμησις, -εως (ή)
442 OUIDA NEDDA BARATA PARREIRAS HORTA
assalto (na esgrima) —άμιλλα, -ης (ή) atento, -a - προσεκτικός, -ή, -όν
assassinar - φονεήειν, κόπτειν estar atento,-a —Ατενίξειν
assassinato —φόνος, -συ (ò ), άνδροφονία, Ática (região) - 'Αττική, -ής (ή)
(ή) ático, -a (adj.) —Αττικός, -ή, -όν
assassino, -a - φονεύς, -έως (ό), άνδρο- atingir (golpear) —κόπτειν
φόνος, -ου (ό), οφαγεύς, -έως (ό) ativamente —σπουδαίως
assediar (uma cidade) — πολωρκείν atividade (dedicação a) — σπουδή, -ής
(-éco), συνεδρεύειν (ή), ένέργεια, -ας (ή)
assédio (cerco) —πολιορκία, -ας (ή) ativo, -a — ένεργός, -όν, πρακτικός,
assembléia - έκκληοία, -ας (ή) -ή, -όν, σπουδαίος, -ά, -ον
assim (adv.) - ούτως, ώδε, τήδε atleta - Αθλητής, -ού (ό)
assim (dessa maneira) — τόνδε τον τρό cavalo de corrida — Αθλητής ίππος
πον, τούτον τον τρόπον atlético, -a —Αθλητικός, -ή, -όν
assombrar —έκπλήττειν, θαυμάξειν, atmosfera, ar - Αήρ, Αέρος (ό), περιέ-
θαυματουργείν (-έω) χων, -οντος (ό) (subent. Αήρ)
assombrar-se —έ κπλήττεσθαι átomo (indivisível) —άτομος, -ου (ό)
assombro (subst.) —θαύμα, -ατος (το) ator - υποκριτής, -ού (ό)
assombrosamente —θαυμαστώ ς atrás - όπισθεν
assombroso, -a - θαυμάσιος,-ον,θαυμασ através (de) — διά (gen.)
τός, -ή, -όν audácia — τόλμα, -ης (ή), θάρσος, ους
assunto (motivo, causa) - αιτία, -ας (ή) (το)
assunto (tema) - ύπόθεσις, -εως (ή) audaciosamente — τολμηρώς, θραοίως
astro —αοτρον, ου (τό) audacioso, -a - τολμηρός, -ά, -όν
astúcia, velhacaria - δόλος, -ου (ό ),πα aumentar - αϋξειν
νουργία, -ας (ή), μηχανή, -ής (ή) aumento (subst.) - αύξησις, -εως (ή)
sem astúcia —άδολος, -ον aúreo, -a - χρυσούς, -ή, οϋν
astuciosamente — δολίως, πανούργους auriga, cocheiro - ηνίοχος, -ου(ό)
astucioso, -a astuto, - a —δολερός, -á, aurora - έω ς, έω (ή)
-όν, δόλιος,-ον, πανούργος, -ον cor da aurora —κρόκινος, -η, -ον
atacar (tomar) —καταλαμβάνεw autor, -a (causador, -a) - αίτιος,-ã, -ον
ataque (assalto) - προσβολή, -ής (ή), autor (criador) — ποιητής, -ού (ò), σνγ-
όρμή, -ής (ή), έφόρμηοις,^ -εως (ή) γραφεύς, -έως (ό), πλάστης, -ου (ό)
Atena (deusa) - Άθηνά, -άς (ή) auxiliar (verbo) - ώφελείν (-έω)
Atenas (cidade) —Άθήναι, -ών (αί ) auxiliar (subst.) — συνεργός, -ού (ό , ή),
de Atenas —Άθήνηθεν (abl.) υπουργός, -ού (Α, ή)
em Atenas - Άθήνησι (p) (loc.) auxilio - βοήθεια, -ας (ή).
para Atenas - Άθήναξε (acus.) avançar (marchar) — πορεύεσθαι, προ-
atenção - προσοχή, -ής (ή), έπιμέ- χωρείν (-έω), προάγειν
λεια, -ας (ή) avanço (progresso, adiantamento) —
atencioso, -a —άτενής, -ές προκοπή, -ής (ή )
ateniense - Αθηναίος, -ά, -ον ave - δρνις, ιθος (ή)
atentamente — άτενώς,προσεκτικώς aveia - βρόμος (βρώμος), -ου (ό)
OS GREGOS E SEU IDIOMA 443
aversáo (ódio) - μίσος, -ους (τό) bater (vencer) - νικάν (-άω), κρατειν
azeite - έλαιον, -ου (τό) (-έω)
azeitona - é Χαία, -ας (ή ) bater-se - διαμάχομαι
azul (subst.) - κυανός, -ού (ό) beber - πίνειν
azul (adj.) - κυάνεος, -ã, -ον bebida (subst.) - πάτος, -ου (ό)
amor à bebida - φιλοποοία, -ας (ή)
Β
beijar - φιλειν (-έω)
beijo (subst.) —φίλημα, -ατος (τό)
baile, dança - χορός, -ού (ό)
Belerofonte - Βελλεροφόντης, -ου (ό)
baixar, descer - καταβαίνειν, καταβι-
beleza, boniteza — καλλόνη, -ης (ή),
βάξειν
καλλοσύνη, -ης (ή)
balança (subst.) - ξιτγός, -ού (ό),τρυ-
bélico —πολεμικός, -ή, -όν
τάνη, -ης (ή)
belicosamente —πολεμικώς
fiel da balança —£ιιγός, -ού (ô), firyd,
belicoso, -a — φιλοπόλεμος, -ον, άρειος,
-ών (τα)
-ά(-ος), -ον
braços da balança — τ ά λ α ν τ α , -o jv
belo, -a bonito, -a —καλός, -ή, -όν
(rà)
ο belo, coisa bela.—τό καλόν
pratos da balança —πλάστιγγες, -ων
belas coisas - τά καλά
(al)
bem (adv.) - εύ
bandido — ληστής, -ού (ô), κακούργος,
bem (subst.) - àyaOóv, -ού (τό)
-ού (ò)
os bens - τά χρήματα, όντα, όντων
banhar (-se) - λούειν, λούεσθαι
(τα)
banquete - συμπόσιον, -ου (τό), έστία-
um homem de bem —χρηστός άνήρ
σις, -εως (ή)
benévolo, -a, bondoso, -a — εύμενής,
barba - πώγω»>, -ωνος (τό), χένειον,
-ές, εϋνους, -ουν
-ου (τό), χένεια, -ων (τα)
boca — στόμα, -ατος (τό)
bárbaro, -a -- βάρβαρος, -ον
boda(s), casamento - γάμος, -ου (ό)
costumes bárbaros - βαρβαρικοί
bode —τράγος, -ου (ό )
τρόποι (οί)
boi, vaca - βούς,βοός (ό,ή )
barulho — κλαγγή, -ής (ή), ψόφος, -ου bolo —πλακούς, -ούντος (ό)
(Ò)
bom, boa —άγαβός, -ή, -όν
bastante (adv.) — &λις (gen.), ίκανώς
bondade - εύνοια, -ας (ή), άχαθία, -ας
(gen.)
bastar —άρκειν (-έω (ν. bitrans.) (dat.) bordo (a bordo) —παρά (acus.)
batalha - μάχη-, -ης (ή) bosque, floresta - ϋλη, -ης (ή)
batalhar, combater - μάχομαι (μάχεσθαι)
braço - βραχίων, -ονος (ό), χειρ, -ός
batalhar (contra alguém) — τινί (ou (ή) (dat. ρΐ. : χερσίν)
■πρός τινα) branco, -a - λεσκός, -ή, -όν
batalhar(por alguma coisa)—περί «- bravamente —άνδρείως, δρασέως
νος
bravo,-a —άνδρε'ιος, -α, -ον, θαρραλέος,
bater (golpear) —τύπτειν, πατάττω -α, -ον
(fut. πατάξω) (acus.) bravura - άνδρεία, -ας (ή)
444 GUIUA NEDDA BARATA PARREIRAS HORTA
c iv ilm e n te — πολιτικώς
( p o litic a m e n te ) combatente —ό,νήρ, άνδρός (ό), πολε
- άστείως
c iv ilm e n te ( p o lid a m e n te ) μιστής,-ού (Ò)
c iv iliz a ç ã o — ή τών τρόπων ήμερότης combater — πολεμεϊν (-έω)
(-ητος) começar —άρχει»
c iv iliz a r(-s e ) - ήμερούν (-όω), ήμερούσ- começo (subst.) —άρχή,-ής (ή)
θαι (-ούμαι), ήθοποιεϊν (-έω) desde ο começo —έ ξ άρχής
c l a r o , - a ( e v i d e n t e ) - φανερός, -ά, -όν, comédia —κωμιρδία, -ας (ή )
δήλος, -η, -ον comer - έσθίειν (aor. II - ίφαγον)
c l a r o , -a ( l u m i n o s o , - a ) - λαμπρός,-ά, como (adv.) — ώ ς, ώσπερ, καβάπερ, ή,
-όν πως (enclít.)
c l i m a — κλίμα, -ατος (το) como (conj.) —ώς, έπεί, έπειδή
c o b r e ( m e t a l ) - χαλκός, -ού (ό ) como (interrog.) - πώς;
c o b r i r ( r e v e s t i r ) - καλύπτει como (na qualidade de) —άτε
c o b r i r ( d a r s o m b r a ) — è πισκιάξει» comoção, perturbação — ταραχή, -ής
c o b r i r d e s o m b r a s — έπισκοτεϊν ( - έ ω )
(ή)
c o i s a , a l g o — r i ( p r o n . e n c l í t . ) , χρήμα, comover — ένοχλείν (-έω ) (dat./acus.)
-ατος (τό) companheira — έταίρα, -ας (ή), άκό-
c o l a r , g a r g a n t i l h a - στρεπτός, -ού ( ô ) λουθος, -ου (ή), φίλη, -ης (ή )
c o l e g a ( c o l a b o r a d o r ) — συνεργός, -ού (ό) companheira, esposa — σύζυγος, -ου (ή)
c o le g a ( c o m p a n h e ir o d e m a g is tr a tu r a ) - companheiro - έ τάίρος, -ου (ό )
σύναρχος, -ου (ό) companhia, sociedade —òμιλιά, -ας (ή)
c ó le ra - όργή, -ής (ή) companhia, reunião, assembléia —σύνο
c o l h e r , r e c o l h e r — συλλέγει», δρέπειν, δος,-ου (ή)
καρπίξει» companhia (de soldados)-λ ό χο ς, -ου(ό)
c o l i n a - γήλοφος, -ου ( ό ) compor, unir - συντιθέναι (συντίθημι)
c o l o c a r - τιθέναι (τίθημί) ( ν . a t e m . ) (ν. atemát.)
c o l o c a r s o b r e - έπιτιθέναι compor (uma obra intelectual) —γράχρειν
c o l u n a - στύλος, -ου ( ό ) compositor (de música) — μελοποώς,
c o m - αύν ( d a t . ) , μετά ( g e n . ) -ού (ô )
c o m a n d a n t e , c h e f e - άρχων, -οντος (ό) composto,-a, unido, -a-συνθετός,-ή,-όν
c o m a n d a n te em c h e fe , g e n e ra l — um composto (subst.) — σύνθετον,
στρατηγός, -ού (ò) -ου (τό)
c o m a n d a r , c h e f i a r - άρχειν, έντέλλει», comprar —ώνείαθαι (ώνέομαι > -ούμαι)
παραγγέλλειν, προστάττειν compreender, apreender - καταλαμβά
c o m a n d o , c h e f i a ( s u b s t . ) — παράγγελ νει»
μα, -ατος ( τ ο ) , πρόσταγμα, -ατος (τό) compreensão - κατάληφις, -εως (ή)
c o m b a t e ( s u b s t . ) —μάχη, -ης (ή) comprido, -a, longo, -a — μακρύς, -ά, -όν
c o m b a t e d e g i g a n t e s — γιγαντομαχία, comum (geral, corrente) — κοινός, -ή,
-as (ή) -όν
c o m b a t e d e n a u s — ναυμαχία, -ας (ή) comum (popular) - ίγοραίος, -ã, -ον
c o m b a te de to u ro s , to u ra d a — comumente, muitas vezes — πολλάκις,
ταυρομαχία, -ας (ή) τά πολλά
OS GREGOS E SEU IDIOMA 447
fazer, criar, agir —ποιεϊν (-έω), πράττειν fo lh ag em , fro n d e —κόμη, -ης (ή)
feitiçaria — μαγεία, -ας (ή), -γοητεία, δεινότης, -ητος (ή),ήώ μη, -ης (ή)
-ας (ή), μάγευμα. -ατος (τό) fo rças (tro p a s) - δύναμις, εως (ή),
lado (parte, lugar) —μέρος, -ους (το) levar —φέρειν (ν. irreg.)
ladrão φώρ, φοράς (ò) leve (adj.) —κοϋφος, -η, -ον, ψιλός, -ή,
lágrima —δάκρυ, -υος (το) -όν
Laios - Λάιος, -ου (ό) liberdade —έλευθερία, -ας (ή)
lâmpada, archote —λαμπάς, -άδος (ή) ligeiro, -a —ώκύς, -eia, -ύ
lança (arma) —τόξος, -ου (ό ), δόρυ, δό- limite - τέλος, -ους (τό)
ρατος (το) limpar, purificar —καθαίρειν
lançar, atirar - βάλλειν, έκβάλλειν limpeza —καθαρμός, -ού (ό)
largar, deixar —άπολείπειν, λείπειν límpido, -a - καθαρός, ά, όν, άγλαός,
largo, -a —εύρύς, -eia, -ύ -ή, -όν
latim - ρωμαϊκή γ λώττα (γλώσσα) lindo, -a —καλός, -ή, -όν
em latim —ρωμαιοτί (adv.) língua (órgão) — γλώ ττα (γλώσσα),
Latino, -a —'Ρωμαϊκός, ή, όν -t?Ç (V )
lavar (-se) —λούειν, λούεσθαι língua (idioma) —ί δίωμα, -ατος (το)
lavoura —γεωργία, -ας (ή) lira —λύρα, -ας (ή)
lavrador - γεωργός, ού (ό), άρότης, hso, -a —λείος, -α, -ον
-ου (ό ) livre —έ λεύθερος, -ον
lavrar —γεωργείν (-όω), άρούν (·όω) livro —βίβλος, -ου (ό), βιβλίον, -ου (τό)
leão —λέων, -οντος (ό) lobo —λύκος, -ου (ό)
lebre λαγώς, -ώ (ό), λαγωός, -ού (ό) longe —πόρρω, μακράν (sent. adv.)
legislador - νομοθέτης, -ου (ό) de longe —νόρρωθεν
legume λάχανον, -ου (τό) longo, -a —μακρός, -ά, -όν
lei —νόμος, -ου (ό) ao longo de —παρά (acus.)
leite —γάλα, γάλακτος (το) louco, -a —μάνικάς, -ή, -όν
leito, cama —κλίνη, ης (ή),λέκτρον, ου loucura —μανία, -ας (ή)
(τ ο ) louvar έπαινείν (-έω)
leito de rio —τάφρος, -ου (ό) louvor —έπαινος, ου (ό)
lembrar —άναμιμνϊρκειν, μιμνήσθαι lua —σελήνη, -ης (ή)
(ν. irreg., defectivo: cf. 29 Tomo) lucrar —κερδαίνειν, κερδάν (-άω )
lembrar-se - μιμνήσκεσθαι, μιμνήσθαι lucro —κέρδος, ους (τό)
(cf. ant.) lugar τόπος, -ου (Ò)
lenda - μύθος, -ου (ό) em lugar de —αντί (gen.)
lenha - ξύλον, -ου (τό) luta - μάχη, -ης (ή), πόλεμος, -ου (ό )
lenhador —ξυλοφόρος, -ου (ό) lutar —μάχεσθαι, πολεμείν ( έω)
lentamente - βραδέως luz —φως, φωτός (τό)
lentidão —βραδύτης, -ητος (ή) luzir —λάμπειν
lento, -a —βραδύς, -eia, -ύ
leoa —λέαινα, -ης (ή)
ler —άναγιγνώσκειν Μ
Lesbos (ilha) —Λέσβος, -ου (ή)
letra - γράμμα, -ατος (τό)
levantar —άίρειν (ν. irreg.) maçã - μήλον, -ου (τό)
OS C.REOOS E SEU IDIOMA 459
nacarado, -a— μαργαρίτη έοικώς, υια,-ός negrume (cor negra) —μέλαν, -ανος (τό)
nada (pron.) ούδέν, μηδέν enegrecer —μελαίνειν
nadador —νηκτός, -ού (ò ) nem οόδε,μηδε
nadar —νέεεν nenhum, nehuma, nada — ούδείς, ού
não ού (ούκ, ούχ), μή (cf. latim: δεμ'ια, ούδέν, μηδείς, εμια, έν
ne) Netuno (ο deus Poseidon) —ΓΙοσειδώυ,
não, por Zeus - ού μα Δία -ώνος(ό) (voc. 11ο οεώον)
não somente —ού μόνον, ούχ όπως neve —χιώυ, -όνος (ή)
nariz —ρίς, ρινός (ή) nevoso, -a —χιονώδης, -ώδες
nascer —émylveoOai (gen.) Nícias - Νικίας, -ου (ό)
nascimento, origem - γένεσις, -εως (ή) Nilo (rio) - Νείλος, -ου (ό)
natural φυσικός, -ή, -όν ninfa, noiva νύμφη, -ης (ή)
natureza, inclinação natural φύσις, ninguém - ούδείς, μηδείς
-εως (ή) nitidamente καθαρώς
nau, nave, navio —υαύς, νεώς (ή). πλοι nitidez καθαρότης. -ητος (ή)
ον. ου (τό) nítido.-a καθαρός, -ά. -όν
naufrágio —vavayia, -ας (ή) nobre (adj) — ευγεί'ής. -ες. άριοτος. η.
nave (de igreja ou lemplo) πρόναον, ον
■ον (το) nobre (subst.) — ά ριοτος. -ου (ο)
navegação πλους, -ou ι ι nobreza εογευεια. -ας (η)
boa navegação εύ πλοία, -ας (ή ) noção, conhecim ento, idéia — γυ ω σ ις.
navegante navegador ναύτης,-ου(ό ) -εω ς ( ή ). έννο ια , -ας ( ή )
navegai πλείν ( εω )(ν. nreg.) noite νύ ξ, νυκτός (ή)
nebuloso, -a νεφώδης, ες de noite νυκτός (gen. adv.)
necessariai a nte άναγκαίως durante a noite ν ύκ τω ρ
necessário, ,ι· αναγκαία . -α. ον noiva - ν ύ μ φ η , ης (ή )
necessidade άιαγκη. ης(η) noivo —νυμφίος, -ου (ό )
necessitai άυαγκα(ει ν nome — ό νο μ α , -ατος (τό)
ncc tar ι έκταρ, -αρος (το) nós (pron.) ημείς
negação άπόφαοις, -εως (ή ) nosso, -a —ήμέτερος. -ã, -ον
negar άρνεισθαι ( εομαι), άπαρνειο nota. marca σημείου, -ου (τό)
θαι, άποφάναι (άπόφημι) (ν. atem.) nota, observação σημείωσες, -εως (ή)
negligenciar όλιγορείυ (-έω) tomar nota σημειεισθαι (-ούμαι)
negociação πραγματεία,-ας (ή) notas (de música) — μουσικά διαγράμ
negociante —'έμπορος, -ον (ό) ματα (τα)
negociar —έμπορεύεσθαι, πραγματεύ- notícia (anúncio) - άγγελία, -ας (ή)
εσθαι dar notícia, anunciar —άγγέλλειν
negócio, ocupação — πραγμα, -ατος notícia (relação) —κaτάλoyoς, -ου (ò)
(το), έμπορία, -ας (ή) notícia (resumo de obra) — ύποθεσις,
negro, -a (adj.) μελας, μέλαινα, μέλαν -εως (η)
negro, -a (subst.) Αίθίωψ, οπος (ό, ή) notícia (análise crítica) —κριτική
negror (de alma) - μιαρία, ας (ή) έ ξήγησις (ή)
462 GUIDA NEDDA BARATA PARREIRAS HORTA
(ό, ή. τό), έ ξ άρχης, Αρχέτυπος, -ον Palas (deusa) - Ιίαλλάς, -άδος (ή)
original, modelo primitivo άρχέτύπον, palavra, vocábulo φω νή, -ή ς (ή ),
-ου (τό) β ή μ α , -ατος ( τ ό ) , λ έ ξ ι ς , - ε ω ς ( ή )
ornamento - κόσμος, -ου (ό) pálpebra —β λ έ φ α ρ ο ν , -ου ( τ ό )
464 CUIDA NKDDA BARATA PARREIRAS HORTA
fazer pão ά ρ τ ο π ο ιε ίν ( - έ ω ) pé - π ο ύ ς , π ο δ ό ς (ό )
p a r a r — ΐο τ α σ θ α ι (ί σ τ α μ α ι ) (v , a t e m .) pedra λ ί θ ο ς , - ο υ ( ò , ή )
p a r c ia l — μ ε ρ ικ ό ς , -ή , -όν peito — σ τ ή θ ο ς , -ο υς ( τ ό ) , σ τ έ ρ κ α , - ω ν
particularmente - ίδίρ p e n s a m e n to δ ιά ν ο ια , -α ς ( ή )
partida, afastamento — ά π ο χ ώ ρ η α ις , p ensar ν ο ε ιν (-έω ), έ ν ν ο ε ι ν (-έω ),
-εω ς (ή ) ν ό μ ι ζ ε ιν
p a r t i d á r i o , -a φ ίλο ς, -ου ( ò ) p e q u e n o , -a — μ ικ ρ ό ς , -ά , -ό ν
p a r t i r , ir e m b o r a — άπιέναι (άπέρχομαι) p e rd ão — σ ι γ ~ γ ν ώ μ η , -η ς ( ή )
(v . ir r e g . d e f e c t . ) , ά π ο δ η μ είν ( - έ ω ) p e rd er — ά ν α λ ί ο κ ε ι ν
p a r t o , n a s c i m e n t o — τό κ ο ς, -ου ( ò ) p e rd o ar — σ υ γ γ ε γ ν ώ σ κ ε α ’
p a s s a g e m , c a m i n h o — ό δ ό ς , ου (ή) -η τ ο ς ( ή )
p a s s a r i n h o — ό ρ ν ίθ ιο ν , -ου (r ò ) p e r f e i t o , -a - τ έ λ ε ι ο ς , - ã , -ο ν
p e rg u n ta r — έ ρ ω τ ά ν (-ά ω )
p á s s a r o — Ô pvις, -ιθος ( ό , ή )
P é r ic le s — Π ε ρ ι κ λ ή ς , -έους (Ô )
p a s s e a r — περιπ α τείν ( - έ ω )
p e r ig o — κ ίν δ υ ν ο ς , ου ( ό )
p a s s o , p a s s a d a — β ήμα, -ατος (το ) p e r n a , m e m b r o — σ κ έ λ ο ς , -ους ( τ ό )
p a s t o , p a s t a g e m — νομή, -ής ( ή ) p e r n e i r a — κ ν η μ ί ς , -ίδ ος (ή )
p a s t o r — ποιμήν, -ένος ( ό ) P e r s a ( n o m e p r ó p r i o ) — Γ Ι έ ρ σ η ς , -ου (ό )
p a t a ( d e a n im a l) — πούς, ποδός ( ό ) , κ ω · (v o c. ώ ΙΙέ ρ σ η )
λον, -ου ( τ ό ) P e rsa (g e n tílic o ) - ΙΙέ ρ σ ρ ς , -ου (ό )
p á t r i a - π α τρίς, -ίδος ( ή ) (v o c. ώ ΙΙέ ρ σ α )
OS GREGOS E SEU IDIOMA 465
p e r to ( a d v .) — έ γ γ ύ ς p o r (a fa v o r d e ) υ π έ ρ ( g e n .)
p e r t o d e , v i z i n h o — π λ η σ ί ο ν ( g e n .) , è y - p o r (cau sa d e ) — διά ( a c u s .)
γ υ ς ( g e n .) , π α ρ ά ( d a t . ) , π ρ ο ς ( a c u s .) p o r (e m tro c a d e ) άντί ( g e n .)
p e s a d o , -a β α ρ ύ ς , - e l a , -ύ p ô r , c o lo c a r — τιθέναι (τίθημι) ( ν .
p esco ço τ ρ ά χ η λ ο ς , -ου ( ó ) , δ έ ρ η , -ης a t e m .)
p r e s o , -a - λ α β ό μ έ ν ο ς , -η, -ον p r o f u n d o , -a — β α θ ύ ς , - ε ί α , -ύ
p r e t e n d e r , a le g r a r , a f i r m a r - π ρ ο τ είν ει, ir r e g .)
φ ά ν α ι ( φ η μ ί ) (v . a t e m .) P ro m e te u (T itã ) — Π ρ ο μ η θ έ α ς , - έ ω ς (ό )
p r e te n d e r, te n c io n a r βούλεσθαι (ν . p r o n u n c i a m e n t o , d i s c u r s o — λ ό γ ο ς , -ον
d e p .) (ό)
p r e t o , -a — μ έ λ α ς , μ έ λ α ι ν α , μ ε λ α ν p r o p o r ç ã o — σ υ μ μ ε τ ρ ί α , -ας ( ή )
p re v e r π ρ ο ο ρ ά ν ( - ά ω ) ( ν . i r r e g .) π ρ ο - p ro p ó s ito ( d e s íg n io , in te n ç ã o ) —
ν ο ε ϊ σ θ α ι ( - ο ο ύ μ α ι ( a c u s .) π ρ ο α ί ρ ε σ ι ς , - ε ω ς ( ή ) , β ο υ λ ή , -ής ( ή ) ,
p r e v id ê n c i a - π ρ ό ν ο ι α , - δ ς ( ή ) ■γνώμη, η ς ( ή )
P r í a m o — Π ρ ί α μ ο ς , -ου (ό) a p ro p ó s ito — kv ωρα, εν καιρώ
p rim a v e ra — έ α ρ , ε α ρ ο ς (o u ή ρ ο ς ) ( τ ό ) a q u e p ro p ó s ito ? — τίνι γνώ μη :
p r im a v e r i l — ε α ρ ι ν ό ς , ή, ό ν p r o s a - πεζός λόγος ( ό )
p r i m e i r o , -a ( a n t e r i o r ) — π ρ ό τ ε ρ ο ς , -ã , -ον e m p r o s a - πεξώς
p r i n c e s a — β α σ ί λ ι σ σ α , -η ς ( ή ) , β α σ ι λ ί ς , p r o v a r ( d e m o n s t r a r ) — αποφαίνειν
0?) (ή )
p r i s i o n e i r o , -a — δ ε σ μ ώ τ η ς , ο υ ( ό ), δ ε σ p ú b lic o , -a ( d e to d a a g e n te ) — δημό
μ ώ τις, ώ ο ς (ή) σιος, ã , -ον, κ οινός , ή, όν
p ro a — π ρ ώ ρ α , -δ ς ( ή ) t e s o u r o p ú b l i c o — δ η μ ό σ ιο ν , ου ( τ ό )
p r o c e s s o ( j u d i c i á r i o ) — δ ί κ η , -ης ( ή ) p u b lic a r, a n u n c ia r —κ η ρ ύ τ τ ε ι ν , δ ια γγ έ -
p r o c is s ã o - π ο μ π ή , - ή ς ( ή ) λειν
p ro c u ra r — ξ η τ είν ( ·έ ω ) p u lm ã o π ν ε υ μ ώ ν , -όνος (ό )
OS GREGOS E SEU ID IO M A 467
raro,-a (incomum) σναπιος, -a, -ov lazer uma refeição (comer) έσΟί-
raro, -a (excelente) —έξοχος, op, έξαί ειν (fut. έδυμαι, aor. II ’έφαyov) (v.
ρ'ετος, -ον irreg.)
rasgar απαράττειν(άαοειν)(lut. όξω) refeitório δειπνητήριυν, -ου (το)
διασπαράττειν (-άσσειν) refém (presa de guerra) όμηρος,-ου
rastejar —έρπειν (ό)
rato - μυς, μυός (ò) referência (ponto de), relação — άρα-
razão, pensamento, faculdades mentais λογία, -ας (ή ), συμφωνία, -ας (ή)
λόγος, -ου (ό), νους, νοϋ (ό), διά referir-se ò.vaλoyείv (-έω), ουμφωνειν
νοια, -ας (ή), φρένες, -ών (α ί) (-έω)
razoável —φρόνιμος, -ον refúgio, asilo - καταφιτγή, ής (ή), άσυ
reboar, ecoar — νχειν (-έω), άντηχείν λον, ου (ό)
(-έω) região, país χώρα, -ας (ή)
recear - φοβεισΟαι (-ούμαι (acus.), δέ- rei - βασιλεύς, -έως (ό)
δοικα/δέδια (ν. irreg.) reinar, ser rei βασιλεύειν
receber —δέχεσθαι reinar, dominar κρατεϊν ( έω), έ πι
recolher, colher, convocar συλλέγει κρατεί# ( έω), ισχύειν (gen.)
(v. irreg.) λαμβάνει# (ν. irreg.) reino (subst.) βασιλεία, -ας (ή)
recolhimento, meditação —σύννοια,-άς relatar, referir διηγείσΟαι (-ούμαι),
(ή), ευσέβεια, -ας (ή) άvάyειv (ν. irreg.)
recomeçar — επαναλαμβάνει#, αύθις relatório, dissertação διήγησις, -εως
άρχεται (άρχεσΟαι - impes.) Οί)
recompensa, prêmio γέρας,-ως (rò) reler έ παραγιγρώσκεα" (ν. irreg.)
reconhecer - όμολογειρ ( έω), émyiy religião, devoção ευσέβεια, -ας (ή)
νώ σκ ειν religioso, -a - εύαεβής, -ές
reconhecido, -a —òμoλoyoύμένος, -η, -ον relíquias (sagradas) - Ιερά, -ών (τά)
ser reconhecido, -a, dar graças —ευ
relógio —ώρολόγιορ, -ου (το)
χάριστος, ον, χάριν έχειν
relógio d’água κλεψύδρα, -ας (ή)
recordar - μέμνημαι (perf. de μιμνήακο-
μαι) (acus. ou gen.) (v. irreg. defect.) relógio solar σκιόθηρον, -ου (το)
recusar —άρνεϊσθαι, απαρνειαθαι (-ου- relva, grama πόα,-ας (ή)
μαι) remédio, droga — άκος,-ους (το), φάρ
redação, composição, obra literária μακου, -ου (το)
συγγραρή, -ής (ή), σύγγραμμα, -ατος remeter, entregar — άπονέμειν, παραδι
(το), σύνταξις, -εως (ή) δόναι (δίδωμι) (ν. atem.), πέμπειν
redator, escritor —συyypaφεύς,-έως (ô) repelir —ώθειν (-έω)
redigir —γράρειρ, συγγράρειρ representação, exibição παράσταοις,
redizer —πάλιν λέ yeiv -εως (ή)
refeição, alimento — σίτος, -ου (ό), τρο- repiosentação (espetáculo) — έπίδει
φή, -ής (ή) ξις, εως (ή)
dar uma refeição (oferecer hospitali representação (descrição pitoresca)
dade) —έατιάν ( άω) (acus.) ύποτύπωαις, -εως (ή)
o s O REGOS E SF.U IDIOMA 469
sentença (judicial) - χρίσις, -εως (ή), soberba, orgulho - ύπερηφανία, -ας (ή)
soberbo, -a —υπερήφανος, -ον
ψήφος, -ου (ό)
sentenciar —καταδικάζει* sobre, a respeito de — έπί (gen.), περί
ser (subst.) —όν, δντος (τό) (gen.)
socorrer - βοηθείν (-όω)
todos os seres —πάντα τα δ ντα
ser (ν.) - είναι (είμί) (ν. aux., irreg., de- socorro (subst.) - βοή, -ής (ή)
fect.) Sócrates - Σωκράτης, -συς (ò)
sereia —Σειρήν, -ήνος (ή) Sófocles —Σοφοκλής, -ε'ους (ό)
serpente — όφις, -εως (ό), όφίδιον, -ου sofrer - νοσεϊν (-ε'ω), πάσχειν (ν. irreg.)
(τό)
sofrimento - πάθος, -ους (τό), άλγος,
serra, montanha —όρος, -ους (τό)
serva (criada) —θεράπαινα, ης (ή) -ους (τό)
serva (escrava) δούλη, -ης (ή ) sol —ήλιος,-ου (ό )
servidor —θεράπων, οντος (ό) soldado —στρατιώτης, -ου (ό)
servir (ser escravo, -a) - δονλεύειν solícito, -a, prestante — χρηστός,-ή,
servir (ser útil) — ώφελειν (-ε'ω), υπη -όν
ρετεί* (·εω) solider - στερεό της, -ητος (ή), βέβαιό-
servo (criado) - θεράπων, -οντος (ô) της, -ητος (ή)
servo (escravo) - δούλος, -ου (ό) sólido, -a - βέβαιος, -ά, -ον, στερεός, -ά, -άν
seta, flecha - βέλος, -ους (τό) solitariamente - μοναατικώς
solitário, -a (adj.) — μονήρης, -ες, έρη
ο arco e as flechas - τόξα, -ων (τα)
μος, -ον
sete —è πτά
seu, sua —αυτού, σφέτερος, -ά, -ον solitário, -a (subst.) — άναχωρητής,
sexo, natureza φύ οις, -εως (ή) -ού (ò), μοναστής, -ού (ό)
solteiro, -a, celibatário, -a — ά'γαμος,
ο belo sexo — θηλυκόν, -ού (τό), γυ
-ον(ό,ή)
ναίκες, -ών (α ί)
som —φθόγγος, -ου (ό)
sexta-feira — ή τής Αφροδίτης (su-
sombra —σκιά, -άς (ή )
bent. ημέρα)
sombrio, -a —σκοτεινός, -ή, -όν
Sicião —Σικυών, -ώνος (ό, ή)
somente —μόνον
Sicília —Σικελία, -ας (ή)
não só, mas também - ού μόνον,
sílaba - συλλαβή, -ής (ή)
άλλα καί, κ α ι............... τε
silêncio —σιγή, -ής (ή), σιωπή, -ής (ή)
sonhar - ό νειροπολείν (-έω)
sim - ναι, ναι'δ ή, μάλιστα
sonho (subst.) —δνειρος, -ου (d), δναρ,
sim, por Zeus —νή Δία, ναι μά τον Αία
ό νείρατος (το), è νύπνιον, -ου (το)
simples, ingênuo, -a —άπλοΰς, -οϋν sôno —ύπνος, -ου (ό)
simultaneamente - όμού, άμα soprar — πνειν (-έω) (fut. πνεύσομαι)
simultâneo, -a — σύγχρονος,-ον, όμό- (ν. irreg.), φυσάν (-άω)
χρονος, -ον sopro (subst.) - πνεύμα, -ατος (τό)
sintaxe - σύνταξις, -εως (ή) sorrir - μειδιάν (-άω), -γελάν (-άω)
só, sozinho, -a - μόνος, -η, -ον sorriso (riso) — μειδίαμα,-ατος (τό),-γέ
sob —ύπό (gen.) λασμα, -ατος (τό)
472 GUIÜ.V NIOUDA BARATA IWKItEIKAS HORTA
Γεωργός τις έμελλε καταλύειν το βίον καί έβούλετο τούς εαυτού παϊδας
εμπείρους ποιήοειν τής γεωργίας. Διό έκάλεαεν αύτούς καί έλεγες ότι που τής
ά,χπέλου κρυπτός θησαυρός είη, καί εί αυτοί πάσαν την τής 'αμπέλου Ύήν όρύτχςρε ν
αμελεί τον θησαυρόν αν εύρίσκοιεν. Μετά δέ τον τού ηεωρχού θάνατον ο'ι νεανίαι
6λην την άμπελον όρύττουαιν■ τον μεν θησαυρόν ούχ εύρίσκουσιν, ήδ' άμπελος
πολλούς καί καλούς καρπούς τοίς νεανίαις εφερεν.
Ό μύθος διδάσκει ότι ό πόνος θησαυρός εατι τοΐς 'ανθρώποις.
(Κατ' Αίσωπον )
Αύο δέ φίλοι την αύτήν οδόν εβάδιξον. θερμή μεσημβρίας ώρμ καλήν καί
σκιεράν δρύν έθεάσαντο. Ό δ ’ έτερος αυτώ ν < "Αλις δή μακράν ήδη όδον επορεύ
θημεν καθεξώμεθα ούν ύπό τή δρυϊ. ίνα μέν εν τή σκιξ. αύτής άναπαυσώμεθα
καί ύστερον δέ νέμ ίσχύϊ πόρρω πορευθώμεν. > Μετά δέ μικρόν, όθ’ ò κόπος
αύτων επαύθη, άναβλέπουοιν εις τούς τής δρυός καρπούς καί λέγοοσι ν < Τ2ς
άχρηστοι οι βάλανοί είαιν, τροφή συι, άλλ' οϋ γε ανθρώπου >. Ή δέ δρυς· < Ό
αχάριστοι, εφη, ετι της εμης ευεργεσίας απολαύετε καί ήδη μοι ονειδίζετε. >
Ό μύθος προς άδικους καίάχαρίστους εύκαιρός έατιν.
( Κατ ’ Αίοωπον. )
Νεβρός ποτέ προς τον έλαφον ελεχεν- < Πάτερ, συ καί μείξων καί ταχύτερος
κυνών εί, καί κέρατα προς τούτοις ύπερφυά φέρεις εις άμυναν. Τι δή ποτ' ούν
οϋτω τούτους φοβή: > Κάκεϊνος γελώυ εφη- < 'Αληθή μέν λέγεις, τέκνον μόνον
δ' έπίστεμαι τούτο, δτι έπειδάν κυνός υλακήν άκούοω, αύτίκα πρός φυ',ην έκφέ
ρομαι. >
Ό μύθος δηλοϊότιτούς ^ύσει δειλούς ούδεμία παραίνεσις θαρρύνει.
( Κατ' Αίσωπον. )
478 ( Ί IDA NT.DDA BARATA PARRFIRAS HORTA
Ό Σωκράτης ■ < Ή γυναικεία ψύσις, έφη, ούδέν χείρων τής τον άνδρός
εστι, -γνώμης δε καί ισχύος δείται ■ ώστε, εί τις ύμών -γυναίκα έχει, παιδευέτω
αυτήν. > Καί ό δ ’ Αντισθένης' < Πώς ούν, εφη, ώ Σώκρατες, οϋτω γι-γνώοκων,
ού καί σι) παιδεύεις Σανθί’ππην, άλλα χρή γυναικί τών ούσών καί τών έαομένων
χαλεπωτάτχΐ', > - < Ότι, εφη, όρώ καί τούς ιππικούς βουλομένους γίγνεσθαι, ού
τούς είητειθεστάτους άλλά τούς θυμοειδείς ίππους κτωμένους ■νομίξουσι γάρ, έάν
τούς τοιούτους δύνωνται κατέχειν, ήμδ ίως τοίς αλλοις ίπποις χρήσεσθαι. Κάγώ δή,
βουλόμενος άνθράιποις χρήσθαι καί όμιλεϊν, ταύτην κέκτημαι, εύ -γι-γνώοκων
ότι ταύτην ψτοφέρων. ραδ ιως τοίς αλλοις άπασιν άνθρώποις όμιλήσω. >
( Κατά Σενοφώντα. )
Λύο φίλοι τήν αύτήν οδόν έβάδιξον. 'Αρκτου δέ αύτοίς έπιφανείσης, ò μέν
έτερος ι"Οάσας άνέβη έπί τι δένδρον καί ένταΰθα έκο'πτετο, ò δέ έτερος μέλλων
περικαη ληπτος γίγνεσθαι, όλισθανών χάροι τον νεκρόν προοεποιεΐτο. Τής δε
άρκτου πμ σπελαξούσης αύτιρ τό ρόγχος και περιασφραινομένης τάς άναπνοό.ς
συνέχει · λέγουσι γάρ νεκρού μή άπτεσθαι τό ξιρον. Ύποχωρηοάσης δέ τής
άρκτου, ό άπό τού δένδρου καταβάς έπυνθάνετο αύτού τί ή άρκτος πρός τό ούς
είρηκεν. Ό δέ είπε' " Τού λοιπού τοιούτοις μη συνοδοιπορεΐν φίλοις οί έν κινδύ
νοις ού παραμένουσιν. "
Ό λόγος δηλοί ότι τους γνησίους τών φίλων αί συμφοραί δοκιμάξουοιν.
( Κατ' Αίσωπον )
θυχάτηρ. τού δ.ήδων βασιλέως. "Ερχεται δέ αύτή ή \'.ανδάνη προς τον πατέρα,
τον Κόρον τον υιόν εχουσα, δωδεκαετή όντα. Ώ ς τάχιστα έχνω ò Κύρος τον
Άστυάχην τής μητρός πατέρα δντα, ευθύς ola δή παϊς ών φύσει φιλόστορχος
ήαπάξετό τε αύτόν, ώσπερ άν εί τις πάλαι συντεΰραμμένος και πάλαι φιλών άσπά
ξοιτο. Καί ορών αυτόν δή κεκοσμημένον, καί οφθαλμών ύποχραφή καί χρώματος
έντρίφει καί κόμαις προαθέτοις, ά δή νόμιμα ήν èv Ν'ήδοις, έμβλέπων τώ πάππψ
έλεχεν- " Ώ μήτερ. ώς καλός μοι ò πάππος."
Ή δε μήτηρ έρωτα αύτόν ■ "Πότερός σοι δοκεϊ καλλιών είναι, ò πατήρ
σου ή ούτος: ” Ό δέ παϊς άπεκρίνατο ■" Ώ μήτερ. τών Περσώνμέν ό κάλλιστος ό
έμός πατήρ ■ λ.ήδων δέ πολύ ούτος ό έμός πάππος κάλλιστος. " Ήσπάξετο δέ ό
παππος αύτόν μυριάκις άεί.
( Κατά Σενοφώντα. Κύρου Παιδεία, Α', γ ' )
8.1. Comentários:
1 - άφιικοντο - aor. 1] Ind. v. έιφικνούμαι ( έομαι)
2 ■ απέδειξαν —aor. Ind. v. άποδείκνυμi (atem.)
3 - ίδεΐν —aor. II Inf. v. όρώ (·άω) (irreg.)
4 - άπέκειντο — pret. imperf. v. άπόκειμαι (atem.)
5 - άπετίθησαν - pret. imperf. v. άποτίθημι (atem.)
6 - έφαχον —aor. II Ind. v. έσθίω (irreg.)
(cf. 2? tomo).
τών μέν μαχεσαμένων ύπέρ τής 'Ελλάδος πόλεων ούδεμίαν άνάστατον ποιήσω,
τάς δέ τά τον Βαρβάρου προελομένας άπάοας δεκατεύσω- καί τών ιερών έμπρηυ-
θέντων καί καταβληθέντων ύπό τών Βαρβάρων ούδέν ανοικοδομήσω παντάπασιν.
άλλ' υπόμνημα τοίς έπιγιγνομένοις έάσω καταλείπεσΰαι τής τών Βαρβάρων
άσεβείας."
( Κατά Λυκούργον )
9.1. Comentários:
1 ■ Τά τού Βαρβάρου - os interesses ou ο partido do Bárbaro.
2- προελομένας - part. aor. 11m. de προαιρούμαι ( έομαι).
3 - έμπρησθέντων - part. aor. pass. de έμπίπρημi.
4 - καταβληθέντων - part. aor. pass. de καταβέιλλω.
5 - έπιγιγνομένοις - part. pres. médio de έπιγίγνομαι.
Ai δ ' οίκ ίαι ήοαν κατάγειοι, τό μέν στόμα ώσπερ φρέατος, κάτω δ ' εύρεΐαι ·
ai δε είσοδοι τοϊς μέν ύποσυγίοις όρυκταί, οί δέ άνθρωποι κατέβαιναν έπί κλίμα
κος. Έν δέ ταις οίκίαις ήσαν αίγες, οίες, βόες, όρνιθες, καί τά έκγονα τούτω ν
τά δέ κτήνη πάντα χιλιή ένδον έτρέφοντο.Ύ\\ααν δέ καί πυροί καί κριθαί καί
όσπρια καί οίνος κρίθινος έν κρατήρσιν. Ένήσαν δέ καί αύται ai κριθαί ίσοχειλεΐς,
καί πάλάμοι ένέκειντο, οί μέν με ιξούς, οί δέ έλάττους, γόνατα ούκ έχοντες. Τού
τους έδει όπότε τις διφφη λαβόντα εις τό στόμα μύξειν. Καί πάνυ άκρατος ήν,
είμή τις ύδωρ έπιχέοι■καί πάνυ ήδύ συμμαθόντι τό πώμα ήν.
( Κατά Σ,ενοφώντα, Άνάβασις, Δ ’, ε' 25 - 26 )
10.1. Comentários:
πως. Καί άνέκραγον oi ίΐαφλαγόνες. Kai δ μέν σκυλεύσας τά όπλα τού έτερον
έξήει ζώων τον Σιτάλκαν · άλλοι δέ τών Θρμκών τον έτερον έξέφερον ώς τεθνη
κότα ήν δè ούδέν πεπονθώς .
Μετά τούτο Λίνιάνες καί Μάγνητες άνέστησαν, οι ώρχούντο την καρπαίαν
καλουμένην èv τοϊς όπληις. Ό δβ τρόπος τής όρχήσεως ήν, ά μεν παραθέμενος
τά όπλα σπείρει καί ξευγηλατεΐ. πνκνά δέ στρεφόμενος ώς φοβούμενος, ληστής
δέ προσέρχεται ' 6 δ' έπειδάν προιδηται, άπαντςι εφπέισας τά όπλα καί μάχεται
προ τον ζεύγους ' καί οντοι ταύτ' έποίονν έν ρνθμώ προς τον ανλόν ■καί τέλος ò
ληστής δήσας τον άνδρα καί τό ζεύγος άπάγει ■ ενίοτε δέ καί ò ζευγηλάτης τον
ληστήν · είτα παρά τούς βούς ζεύξας όπίσω τώ χεΐρε δεδεμένον ελαύνει.
Μετά τούτο λ.υσός είσήλθεν έν έκατέρα τή χειρί έχων πέλτην, καί τοτέ
,.έν ώς δύο άντιταττομένων μιμούμενος ώρχεΐτο, τοτέ δέ ώς προς ένα έχρήτο
ταΐς πέλταις, τοτέ δ ' έδινεϊτο καί έξεκυβίστα έχων τάς πέλτας. ώστε όφιν καλήν
ίΰαίνεσθαι. Τέλος δέ τό περσικόν ώρχεΐτο κρούων τάς πέλτας καί ώκλάδε καί
έξανίστατο ■καί τούτα πάντα έν ρνΟμφ έποίει πρός τόν ανλόν.
Έ πί δέ τούτιο έπιόντες οι Μαντινεΐς καί άλλοι τινές τών 'Αρκάδων αέναα
ταντες έξοπλισάμενοι ώς έδύναντο κάλλιστα ήσάν τε έν ρνθμφ πρός τόν ένοπλων
ρυθμόν αύλούμενοι καί έπαιάνισαν και ώρχήσαντο ώσπερ έν ταϊς πρός τούς θεούς
προσόδοις. Ορώντες δε οι ΙΙα^λαγόοβς δεινά έποιούντο πάσας τάς ορχήσεις έν άπλοις
είναι. Έπί τούτοις ορών ò Νίυσός έκπεπληγμένονς αυτούς, πείσας τών Αρκάδων
τινά πεπαμένον όρχηστρίδα εισάγει σκευάσας ώς έδύνατο κάλλιστα καί άσπίδα
δονς κούφην αυτή. Η δέ ώρχήσατο πυρρίχην έλαφρώς■Ενταύθα κρότος ήν πολύς,
καί οί Πα^λαγό^ες ήροντο εί καί γυναίκες συνεμάχοντο αύτοϊς. Οι δ ' έλεγον οτι
αυται καί αί τρεφάμεναι είεν βασιλέα έκ τού στρατοπέδου. Τ ή μέν νυκτί τούτη
τούτο τό τέλος έγένετο.
( Κατά Ζενοφώντα, ς',α ' 2 - 13 )