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Obras voltadas para o desenvolvimento da habilidade de produgao textual sao sempre bem- vindas, em especial quando abordam o problema de forma adequada e competente. E este o caso do livro do professor Antonio Carlos Xavier. Como se faz um texto, que ora vem a pubblico, no qual o autor se debruga sobre esse género de texto com o objetivo de apontar os principios que presidem & sua elaboragéo, suas caracteristicas mais relevantes, os tipos de raciocinio que envolve, os recursos coesivos e organizacionais que mobiliza Por combinar reflexes tedricas com propostas praticas muito bem elaboradas e, algumas delas até mesmo liidicas, a obra nao sé traz contribuigao relevante para o ensino de Lingua Portuguesa, como também devera motivar nossos estudantes para um trabalho mais prazeroso como texto Ingedore Koch eee Antonio C Como 6¢ fax wm texto A CONSTRUGAO DA DISSERTACAO ARGUMENTATIVA Pela eer Lileks. e Wiles Como ce ax wn texto COMO SE FAZ UM TEXTO A Construgio da dissertacao argumentativa Antonio Carlos dos Santos Xavier Dados internacionais de Catalogago na Publicagéo (CIP) (Camara Brasileira do Livro, $P, Bra: Xavier, Antonio Carlos dos Santos Como se faz um texto: a construed da dissertaco argumentativa / Antonio Carlos dos Santos Xavier. — Catanduva, SP ; Editora Respel, 2017, ISBN: 85-87069-14-4 Bibliograti 1, Argumentagdo 2. Dissertagdes académicas 3. Portugués - Estudo e ensino 4. Raciocinio 5. Textos | Titulo, 06-0360 Cbd - 469.8 indices para catélogo sistemético: 1. Dissertagdo argumentativa: Construgdo: Lingua portuguesa: Linguistica 2. Textos dissertativos-argumentativos: Construgdio: Lingua portuguesa: EDITORA RESPEL LTDA. Praga da Republica, n® 06 - Sala 41 - 4° Andar Centro - Catanduva - SP - CEP: 15800-000 e-mail: editorarespel@ecitorarespel.com.br Home Page: www.editorarespel.com br 7° Edic&o: 2017 Editoragéo, Fotolito, Impresso e Acabamento: Imprensa do Fé Impresso no Brasil / Printed in Brazil [ODOS OS DIREMTOS RESERVADOS —€ proibida a repradugao total ou parcial de quaiqver forma ou por qualquer meio, salvo com aulorizegée, por escrito, do Editor. AGRADECIMENTOS ro é fruto de um trabalho coletivo, porisso gostaria de agradecer calgumas pessoas que colaboraram diretamente comigo. Agrade¢o 0s estudantes que, mesmo semme conhecer, cederam os seus textos Para as andlises aquirealizadas. Alguns colegas professores também me gjudaram fazendo comentérios, sugestées, criticas para o aperfeicoa- mento deste trabalho. Um agradecimento especial vai para Fabiona Komesu e Henrique Romanos pelas cuidadosas revises que fizeramn. Lembro a todos que essa ndo é uma obra acabada e, por essa razao, estard sempre em processo de {re]construao. Pora contatar 0 autor, enviar mensagem para: fonix@uol.com.or COMO SE FAZ UM TEXTO A Construgao da dissertagio argumentativa Antonio Carlos dos Santos Xavier Professor do Depto. de Letras da UFPE Doutor em nguistice pela UNICAMP Sumi Apresentagao. u O Texto dissertativo 13 2. OsTipos de raciocinio. 25 3. A Construgdo da coeréncia. senna Al 4. AAsticu 1¢o da dissertagdo: coesdo textual 5A culagdo da dissertagao: coesdo textual Os Principios de textualidade A“Gramatica” da dissertagao. na dissertagao. Prefacio Obras voltadas para 0 desenvolvimento da habilidade de pro: dugdo textual so sempre bem-vindas, em especial quando abordam, © problema de forma adequada e competente. E este 0 caso do livio do professor Antonio Carlos dos Santos Xavier, do UFPE, “Como se faz um texto: a construgo da aissertacdo ‘argumentativa", que ora ven a pUblico, no qual autor se debruca sobre esse género de texto. com 0 objetivo de apontar os principios que presidem @ sua elaboracdo, suas caracteristicas mais relevantes, os ipos de raciocinio que envolve, os recursos coesivos e organizacionais ue mobilza. Cada capitulo se inicia com um texto real (efetivamente pro- duzido em determinada pratica social] para. a partir dele, proceder-se areflexdes de ordem teérica: em seguida, hd propostas de aplicacao desse instrumental teérico, por meio de blocos de exercicios; e, por fim encerra-se com a apresentacdo de questées constantes de provas veslibulares em que se propde a producdo de textos dissertativos, Por combinar refiexdes tedricas Com propostas praticas muito bem elaboradas e, aigumas delas até mesmo luidicas, a obra n&o s6 az contribvigdo relevante para o ensino de Lingua Portuguesa, como também deverd motivar nossos estudantes para um trabalho mais prazeroso com o texto Campinas, novembro de 2001 Ingedore G. Villaga Koch Apresentacao Caro leitor. Longe de ser um manual de macetes e truques sobre como escrever bem, este livro se consfifui em um sério material de apolo di datico e tem como objetivo pedagégico principal criar condicdes para desenvolver a compeléncia comunicativa do usuario da linguagem, no nivel de qualidade exigido, atuaimente, pelas bancas que elaboram concursos em geral no Brasil. Os capitulos que compdem este trabalho focalizam o texto dissertativo-argumentativo, por sero género textual mais solicitado em quase todas as instituigdes brasiieiras que avaliam a habilidade escrita dos candidates em processos de selecdo Cada capitulo ¢ iniciado com textos reais produzidos por es tudantes reais que 6 participaram efetivamente de algum exame seletivo, A partir destes textos, propomos um conjunto variado de exer cicios que buscam levar o usuario a refletir sobre o funcionamento da modalidade escrita neste género especifico. € provavel que a prati- ca de andiise linguistica dara ao estudante muito mais consciéncia dos mecanismos da linguagem envolvidos na produ¢do de um texto dissertativo-argumentativo e possibilitara que ele aprenda a escrever uma dissertagdo, brincando com a lingua. Buscando acompanhar a tendéncia atual para o ensino de lingua matema, especificamente a que se refere & produgdo de texto ara a vida cofidiana, e nao s6 é tarefa escolar. seguimos a maxima 4 s6cio-construtivista de que a aprendizagem real ocorre, quando o aprendiz constr6i o seu préprio conhecimento, refletindo sobre ele com a gjuda de alguém que jé 0 domina, no caso, o professor. Por isso, va- loizamos a necessidade de desenvolver a habilidade de raciocinio e do somente a capacidade de memoriza¢co dos aprendizes. Anossaideia, neste trabalho, é aproveitar todos os conhecimen- tos de lingua portuguesa nas modalidades oral e escrita, ja adquiridos pelos estudantes em suas interacdes sociais ¢ transformé-ios, mais ou menos intuitivamente, em estratégias linguisticas que os ajudem a construir efeitos de sentido mais eficazes em seus textos. esté baseado tedrica e metodologicamente no ita, o-estuck $60 20s difer opriedade e adequa cial estruturado em secdes que bus sar sobre os fendmenos da linguagem. Todos os cay Ponto de partida uma dissertagdo que introduz a secao A em uso. Em seguida, sGo apresentados alguns conceilos importantes ue dao inicio & segGo Reflexdo teérica sobre a fios feflexdo pratica sobre a linguagem com: tica, que consiste emretomar algumas mM que hé passagens raque possam idade de com- fundamentais e} Questéesde concursos an| A segao final lune colaque em prética o que foi discutido no dec Por meio do exercicio de escrita de uma dissertacao Para i'seu texto, outros textos de apoio sao col pa fendemos a ideia de que nao se pode separar a producdo escrita da atividade de leitura, Boa | Antonio Carlos dos Santos Xavier CAPITULO 1 O TEXTO DISSERTATIVO A LINGUAGEM EM USO © Jovervem sew tempo Oprimetro fator wser analisado- durante uma avalia~ cdo maiy profunda da jovem geracio brasileira, deve ser contextorhistirico, Haquemdigaquendosefagenvmaixjovens como-ovdeantigamente, comooyde 68, Nao-éjusto-comparar duay geraccer tao diferentes, w.comecar pelo periode-politico eeconémice que-crugaranu A de68 vivew numa épocevemquer Omercade de trabetho nao era tito competitive, pelo menoy no- Brasil, sobrando- tempo para pensar em outras questoes, polittcas, por exemplo. Além disso, ‘proprio ambiente restri- te de liberdade ¢ marcado pelo AI-5 alimentawa o espiriter lutador que movew aquela juventude. - Mawhoje é-diferente: A atual joven geracdo brasileira, crescew com liberdade: Certamente o-valor macs importante, paravesteperiodo: O sexo livre fay, a-cada dia que/passay mix tharey de vitimas de doencay como a AIDS que aumenta as- sustadoramente entre jovens mulheres. O consumo-dedrogas tem stuacdo semelhante no que se refere ao aumento: Aci~ denies de carro, envsua maioria envodvenrjovense-o nmimero de vittmas mortay & crescente. Mas, esse mesma liberdade- que mata varios jovers que impulsionae caracterizacvatual 0 contexte politico também teve participacto- de peso nav formacdo- dewey brasileiroy. Talvey menos politigados, Visto que-o governo néio-o-presiona macs como- nav soca dav ditadura militer, max certamente macy preocupado- com a economia, especificamente- coma questa deremprego? Esa pressio econémica acaba fagendo-o-papel deestinular ojovenvarseempenhar naformacac intelectual esperar ovobsticuloy que falha educacto, queo-governo impée, causa sa, of importante afirmar que esta geracio é conformistr, falta-the mate interesse e participacao politica, vontade do querer mudar oqueesti-errado, terar ocormupte eo cornuptivel. Iie estivligado w educacio néio 16a queo-governo oferece, max du queox pais, aquelerda geracao 68 dae. Estudante, REFLEXAO TEORICA SOBRE A LINGUAGEM Alguns cone: O que é dissertar? Euma otividade de uso da linguagem oral ou escrita pela qual alguém expde um problema, discute um tema, debate um assunto, tecendo comentarios opinativos baseados em suc propria interpretacdo de fatos, dados e informagées com o propésito de marcar uma posicao. @ defender um determinado ponto'de vista. O texto : O Jovem em seu tempo € um bom exemplo do ato de dissertar. O que é texto? E toda a¢Ge comunicativa (oral ou escrita) produzida por meio de recursos linguisticos, discursivos e através de conhecimentos sdcio culturais, por usuérios da lingua historicamente constituidos, cujos objetivos comunicativos estdo vinculados a situagées especificas de uso. © que é texto dissertativo 7 £ 0 tipo de texto que permite interpretar, analisar, relacionar fatos, informagdes e conceitos gerais, a fim de construir argumentos em favor de uma determinada tese. © texto dissertativo representa a Possiblidade de sintetizar as principais competéncias intelectuais idecis mum cidadéo mediamente letrado, e, mais especiticamente, em um aluno de nivel universitario. oe O que é dissertagdo argumentativa ? Trata-se de umgénero textual especttico que circula.em varias institvigdes sociois entre elas a escola e a universidade, cujas caracterisiicas formals @ funcionais permite ao seu usudrio demonstrar o dominio de certs habilidades linguisticas e intelectuais. Através de uma dissertagao argumentativa, o autor procura convencer seu leitor a adotar uma poxig&o (filoséfica, politica ou ideolégica), mudar um comportamento {estético, ético ou moral) ou a aceitar um principio cientifico ov néo como universal Ao produzir uma dissertacGo argumentativa, é sempre bom se lembrar de: Escrever de modo impessoal como se 0 autor do texto fosse © prépprio bom senso, arazdo, a légica ou, até mesmo, a verdade. Portanto, 6 aconselhavel evitar expresses como eu acho, na minha opiniao, do meu ponto de vista etc. que esvaziam a forga do argumento; Ditigi-se a um “leitor universal” ou a todos aqueles seres humanos alfabetizados, dotados de sensibiidade ¢ racionalidade. No se remeter a um leitor especifico ov a um grupo especifico deles. Os examinadores costumam encontrar muito frequ entemente textos que so verdadeiros manifestos politicos, panfietos partidérios, recados a autoridades, desabafos contra maus politicos, bilhetes destinados a aristas, entre outros géneros textucis diferentes do que deve ser uma dissertagdo argumentative. Nunca trazer & discussdio argumentos contrarios & tese defendida 1no texto, pois essa enumeracGo de contra-argumentos pode anular toda a argumentagéo montada na discusséo. Vamos, entao, estudar este género textual - dissertagdo-argumentativa = um pouco mais de perto tanto 0 seu aspecto formal quanto 0 seu contetido. As partes de um todo Quonto 4 forma, costuma-se caracterizar a dissertagao como: 4) escrita em prosa: b)_disiribuida em pardgrafos; ¢}_ composta por trés partes classicas: introdugdo, desenvolvimento e conclusai. 16 1. Introdugao - apresenta o tema a ser discutido, criando condicdes Para que leitor acompanhe a evolugdo do texto de maneira gradual e ordenade. 2. Desenvolvimento - expée progressiva e encadeadamente o tema através de dados, fatos e informagées que vao alimentar os argumentos usados para defender o ponto de vista do aulor da dissertacao. Conclusde ~ fecha a sequéncia de ideias e opinides desenvolvidas no corpo do texto, apresentando uma proposta de interven¢ao para a solucdo do problema discutide ou repetindo (com outra formulagGo linguistica) a tese proposta na introdugao. Lembrete 1: Nao é obrigatério, mas muito aconselhavel que. nas dissertacdes argumentativas, a fese do autor venha esbocada introdu¢ao, ratificada no desenvolvimento e reafirmada no parégrafo do texto, Um projeto de texto Quanto ao contedde, o aluno deve demonstrar, na dissertagdo, capacidade de: Expressar-se verbalmente com clareza: Interpretar fatos, dados e informacdes: Organizar ideias, conceitos € opinides: Relacionar acontecimentos histéricos; Selecionar e articular diferentes perspectivas sobre um tema: Elaborar hipsteses; Propor uma tese, defender um ponto de vista: Rena Para isso, 0 aluno precisa tragar um projeto de texto. Ou seja, deve Planejar paso a passo tude 0 que vai constar em sua dissertacdo, pois 6 normal, antes de comecar a constru¢do de uma casa, por exemplo, fazer uma planta arquiteténica ou. antes de viajar, tracar um roteiro inda que mentaimente} do caminho a ser percorrido até o lugar esejado. Assim também antes de comecar a escrever um texto, é bom projetar, planejar o que seré escrito. Esse planejamento determinard como iniciar, desenvolver e fechar uma dissertacao. DEZ procedimentos necessarios para a elaboracGo de um projeto de texto dissertativo: 1. Lere interpretar 0 tema proposto com muita atengéo: 17 2. Checare aproveitar todas as informagdes de apoio veicuiadas em textos verbais sobre © tema, além das expostas em textos visuals (fotografias, desenhos, quadrinhos, charges. icones, simbolos), quadros e gréticos estatisticos etc Identificar e determinar todas as posit questao tematizadar 4. Optar por uma via de andiise, de preferéncia a que mais 0 usuario dominar: 5. Retomar asinformacées disponiveis, jé devidamente interpretadas, que poderdo ajudar a desenvolver a via de andlise escolhida; 6. Integrar as j& disponiveis outras informagdes & conhecimentos armazenades na enciclopédia mental e repertério cultural do usuario que estejam relacionados 4 andiise que pretende fazer; Eslabelecer com clareza de que ponto de vista sera abordado 0 tema e qual fese sera defendida no texto: Elaborar hipéteses que sejam favordveis & tese a ser defendida: Esbogar, no papel, as ideias e argumentos que vierem & mente, registrando-os todos esquematicamente 10. iniciar e escrever 0 rascunho de acordo com a sequéncia estabelecida nos pasos anteriore: idades de andlise da Aobediéncia aos procedimentos metodolégicos para a elaboracéo de um projeto de texto sugerido acima pode, com 0 exercicio constante, gorantirboas chances de produzir uma dissertagée que seja informativa, consistente, eficiente e, sobretudo, que mostre “indicios de autoria’ O indicio de autoria é um das qualidades mais valorizadas em uma disserlagdo, por isso é literalmente cagada pelos examinadores nas producées textuais de estudantes em siluacdio de concurso. Eele que distingue uma dissertagGo surpreendente de uma comum. Lembrete 2: Escrita é trabalho, logo exige de vocé método, aplicago € pritica. Mas, cerlamente, ha aqueles que escrevem muito bem sem fazer qualquer projeto de texto. So casos raros, mas existem. Se vocé nao for um deles, planejar como vai ser o texto ainda é uma boa aiternativa 18 REFLEXAO PRATICA SOBRE A LINGUAGEM. Aplicando a teoria na prética Responda és questdes a seguir, recorrendo ao Texto (1). 1. A dissertacdo O Jovem e seu tempo" pode ser considerada um texto? Por qué? Justifique. 19 Podemos observar que E2 diz tudo que o enunciado 1 quer significar, mas de forma diferente (reclamar = dizer; ousados e conscientes = os de ontigamente). Ou seja, em 2, a comparagGo entre as duas geragées ila, enquanto que em 1, muita Faga o mesmo com as frases abaixo retiradas do Texto (1), isto é, acrescente informagées que, na sua opinido, ficaram im 1. "A atual jovem geragdo brasileira cresceu com liberdade”. 2. O que caracteriza esse texto como uma dissertacao- ‘argumentativa? 2."O contexto poillica também feve participacdo de peso na forma¢ao desses brasileiros 3. Qual a tese central defendida pelo autor? Reescreva-a com suas palavras. 3, “E importante afirmar que esta geragGo é conformista’ 4. Os pardgrafos 2 e 3 apresentam argumentos distintos e quase contradit6rios entre si, Sintetize-os nas linhas abaixo, Is0 esta ligado & educa¢do nao s6 a que o goveme oferece, mas & que os pais, aqueles da geragdo 68 dao 5. Essa dissertagdo apresenta indicios de autoria? Aponte, pelos menos, duas passagens do texto que demonstram a tao desejada originalidade na abordagem de um tema. Brincando com o texto El. "Ha quem diga que nao se fazem mais jovens como os de ntigamente, como os de 68" £2. Algumas pessoas reclamam que os jovens atuais néo sGo téo ousados e conscientes como aqueles que viveram durante o regime militar principaimente depois do A-S de 1968, Lapidando “pérolas" de dissertacdes Reescreva os fragmentos aba, eliminando os equivacos lingy gramatica normativa: sintaxe de concordancia, regéncia, colocagao pronominal; flexdo; pontuagdo: grafia; acentuagao elc.} € inadequagdes discursivas ¢ conceitucis, tendo em vista terem ocorido em ume dissertacdo- ‘argumentative, género textual que exige 0 padrao formal da lingua esctfa, 1, O joven da atualidade de hoje é insolidério, incosiente e Inrresponsdvel, s6 pensa emsi mesmo e em conseguir seu éxodo proficional. Ele esta poco silichando pra os problemas que acontece a0 seu redo, 20 2. Hoge. nos dias em que vivemos, 0 jovem 6 muito egoista, s6 que- Tendo cuidé de sua ascendéncia maioral emsima do proximo. Essa cituagao € incomoddvel e assim nos néo podemos continud mas. 3. Uma opiniéo certa arespeito desta questdo é dificil de ser exposta. Mas vé dizer o que penso: sou contraditério aos interesses econd- micos dos mais rico, pois a economia do jeite que 16 56 tem cido vantagioso para quem jé naceu em be¢o de oro. Todos seresumanos podem e devem serem livres feito um passaro, @ vora pelo infinito, sem encontrarmos, obstaculos: visuais, nascis. desamor ou vingancas, contudo somos todos iguais ¢ inteligentes, Go deveremos viver como homens inracionais ou bestas feras, Divertindo-se com a linguagem voce rem FSP 21/02/01 Descreva o ambiente fisico e social em que se dé ainteragdo entre {as personagens da tira de jomal 2. Oque querdizer “retiraro dito" tal como aparece no terceiro quadro da tira acima? a 3. Por que razdo @ personagem, no quadrinhe 3, retirari acabara de dizer? o que Questées de vestibular 1. (UFPR) Leia © texto abaixo extraido do Editorial da Folha de S Paulo! © massacre dos pedestres Em diversos paises europeus, os motoristas Iem como certo & Inquestionével 0 dever de dar absoluta preferéncia aos pedestres que monifestam 0 desejo de afravessar uma ua (quando nGo est ne local um sematoro que jé disciplina a travessia) Contribuem para esse respello aos pedestres tanto a consciéncia destes em relac&o a0s miles a que devem obedecer, quanto a existéncia de punigdes drdslicas dos motodistas que nao respeitam @ nome. Escreva um pardgrafo de até dez iinhas, comegando com a expresso No Brasil, que dé sequéncia ao texto. 2. (UFPR) A campanha publicitaria que divulgou a exposicao de Camille Claudel, uma das maiores escultoras de todos 0s tempos, frazia a seguinte chamada Ela fez isso com quatro bilhes de neurénios a menos” Essa sentenca faz uma clare olusdo a recente revelagao feita por um. grupo de pesquisadores sobre a quantidade de neurdnios a menos que as mulheres teriam. Escreva um texto de até dez linhas, explicande aual o ponto de vista dos autores da chamada sobre 0 assunto. CAPITULO 2 2. OS TIPOS DE RACIOCINIOS ALINGUAGEM EM USO Unwersidade publica: paga owgratuita? Fir um debate que jé dura décadas: w universidade publica no Brasil existe, contraditoriamente, parav o que podem pagar por ela? E oy filhoy doy trabalhadores como ficam? Independentemente da clawse social, a universidade deve ser vista como o lugar dw refleric, dav competéncia intelectual, oespacoparaiepensar wresolucdo doyprovlemas 26 de16 salavioy minimos. A cobrancay de mensolidadey poderia expulsar esse contingente para fora dox “campi” uninersitirioy e também néo daria para cobrir today ox custoy de uma universidade- publica, que-muito-gasta compesquisen. Hivestudosindicando queasy mensalidader ss custeariam 10% do-orcamento dessax Também ndc-devemos esquecer que é-resporsabilidade dotstade manter weducacaopiiblicare gratuitaem todos ox niveis, pois isso- esti nov Constituicao brasileira A cobranca de mensalidade, além de ferir a nossa Carte Magna, signi ficarin cobrar ducw veger pelor mesmoy servico; poiy elo ja page pela sociedade akravéy dor impoxtox. Nesta sociedade dainformacdo; oconhecimento-éfator relevante parce desenvolvimento do pais, procewo no qualay universidader desempenhan um papel estratigico € la nay universidader piiblicas © privadas que se pense e se criaunv soluccerpara ax questoer fundamentnix do ser humano; ndic- importande- a ortgem social, credo ow cor dev pele dow que, nelaw ingressour. Extudante REFLEXAO TEORICA SOBRE A LINGUAGEM Alguns conceitos Toda dissertagdo argumentativa implica em irés elementos: um tema, um problema e umatese a ser defendida. Porisso, 6 importante enten- der bem o tema, identificar com exatiddo o problema e, sobretudo, esbogar um ponto de vista, que seja de preferéncia uma proposta de intervengGo - uma sugestao de saida ou solugdo para resolver o pro- blema incluso no tema. Nem toda dissertagéo argumentativa tem que trazer uma proposta de intervengGo como tese. Na dissertagdo, 0 importante é discutir bem © tema € apresentar com convic¢do e clareza 0 ponto de vista do autor. ar Antes de escolher a tese a ser defendida, 0 autor deve cogitar varias oviras hipéteses para a questéo levantada pelo tema, Tomemos o Texto (2} como exemplo: Tema: Universidade publica: paga ou gratuita? Problema: discutirse a universidade financiada pelo poder pubiico deve continuar sem cobrar mensalidades dos alunos. Hipéteses: ideias bésicas que podem ser defendidas no texto. Hipstese |: Nao, pois “s6 0s ricos 1m acesso, porque podem pagar @scolas privadas e cursinhos que hoje tm melhor qualidade de ensino em relagGo ds escolas do governo”, Hipdtese 2: Sim, pois “a universidade, por ser um espaco para reflexéo, 56 deve abrigar os que demonstrem competéncia intelectual para ingressar nela, independentemente da sua classe social" Hiodtese 3: Sim, pois “o Estado deveriaiinvestir mais no ensino fundamental e médio, para dar condicSes de os alunos da rede publica concorrer em pé de igualdade com os da rede privada. Hlipdtese 4: Nao, pois a obrigacdo do Estado é manter a educacgéo publica e gratuita para o ensino fundamental e médio. Tese: depois de selecionar a hipdiese que se tomard a tese central do texto, todos os argumentos devem ser apresentados em favor daquele ponto de vista escolhido. No caso do Texto (2), 0 autor optou por defender a Hipétese 2, transformando-a em tese que foi colocade na introdugao e retomada na conclusdo do texto. (Oprocesso de construcdo de uma tese com vistas 4 produgao de uma dissertagdo exige sempre um tipo fundamental de raciocinio que é 0 Hipotético. Raciocinio Hipotético ~ exprime uma relagdo entre um fato antecedente e um consequent, do tipo SE... ENTAO. "Se é noite, entaio ha trevas; é noite, portanto hé trevas" Entretanto, ha outros tipos de raciocinios que podem ser utilizados na defesa de um ponto de vista na construcdo de uma dissertacGo- ‘argumentativa. Sao eles: |. Raciocinio Conjuntive — apenas justapde acontecimentos um ao ido do outro. dia, esté clar Racios somente um dos citados seja verdadeiro. "Ou 6 dia ou noite ": Raciocinio Causal - indica a causa de um acontecimenio. to que esta claro, é dia”; "E dia e esta claro"; Disjuntivo — separa 0s acontecimentos para que 28 WV. Ra menor). “Est menos escuro quando é mais dia’ cinio Relative - indica o mais (ov maior) e 0 menos (ou Para desenvolver uma dissertagdo argumentativa, o autor deve apresentar capacidade de analisarlogica criticamente um problema apontado pelo tema. Para isso, ele deve utilizar preferencialmente os raciocinios hipotéticos, causais e relativos. Raciocinar € uma operacéo do pensamento realizada por meio de juizos enunciados linguistica e logicamente pelas proposigées enca: deadas, formando um silogismo, Todos 0s homens so mortais. (premissa maior) Sécrafes é homem. (premissa menor) Sécrates é mortal, (conclusdo) Os silogismos so compostos por trés proposicdes que so as premissas ‘maior e menor que permitem inferir uma conclusao. © esquema geral da dedugdo ou da inferéncia silo A 6 verdade de B. Bé verdade de C. Logo. A é verdade de c. Faldcias Argumentativas - sGo silogismos que partem de premissas su- Postamente verdadeiras para chegar a uma conclusdo duvidosa: $6 ingressa em universidade publica quem estuda em escola paga. [premissa maior} Na universicade pdblica s6 hd estudantes que podem pagar. (premissa me- nor} Logo, a universidade publica deve cobrar mensalidades, (conclusdo} O problema esta na premissa maior que € falsa ($6 entra na universidacie pdblica quem estudou em escals paga). Esse fato certamente compromete todo 0 silogismo e consequentemente toda a argumentacao. Hd também estratégias linguisticas por meio das quais possivel o autor esconder informagées € raciocinios em enunciados sem se comprome- nte inferidos pelos ter diretamente com eles. $0 os implicitos ger leitores que devem ler também os entrelinhas do texto. 29 Pressuposi¢do- 6 a informacGo no expressa no enunciado que deve seraceita indiscutivelmente como verdadeira pelo leitor, para que haja continuidade na leitura ou na discussao de um tema. El: As Universidades pararam de pesquisar por falta de verbos. Pora dar prosseguimento a leitura, oleitor deve aceltar como verdadeiro © pressuposto: as universidades pesquisavam antes. £2: As universidades pblicas née pararam de pesquisar por falta de verbas. Mesmo com 0 enunciado negado, o pressuposto esté garantido, ou seja: os universidades publicas pesquisavam antes. Ha mecanismos linguisticos que marcam informagdes pressupostas, tals como: ©) Alguns advérbios £3: As universidades publicas ainda so as melhores do pais, segundo o uimo Provao. b) Alguns verbos - 4: As universidades poblicos centinuam as melhores do pais, segundo o ultimo Provan, ¢) Oragées adjetivas explicativas e restriivas - 5a: As universidades, que s6 querem garantir mensalidades, néio fazem pesquisa. faturamento. Pressupée-se que: todas as universiades querem garant ES: As universidades que s6 querem garantir mesalidades ndio fozem pesquisa Pressupée-se que: nem todas as universidades querem garantir faturamento. Em ESa, ternos uma explicativa que pressupée que o que diz refere-se a todos os elementos de um certo conjunto. J4 E5b, temos uma restritiva que pressupde que 0 que expressa remete-se a apenas parte dos elementos de um certo conjunto. d) Adjetivos - E6: As universidades federais apresentam os methores resultados no Provéo. 30 Pressupde-se que: Ha universiciades financiadas pela Unido. Subentendidos ~ sao insinuagdes escondidas em afirmacdes. Geralmente autores inteligentes utiizam essa manobra linguistica para evitar dizer algo diretamente, §7: Voce tem relogio? Na verdade, 0 que se quer saber sdo as horas e ndo se 0 outro possui mesmo um rel6gio. EB: O que vocé vai fazer hoje & noite? Um pergunta como essa, geralmente, ndo objetiva saber as atividades agendadas pelo outro para aquela noite, mas trata-se de um convite Para fazer um programa, £7 @ £8 sGo enunciados que ndo devem ser entendidos iteralmente, mas “sacados” pelo leitor, sendo, portanto, de sua inteira responsabilidade. Através dos subentendidos, o autorse descompromete totalmente com @ informagdio que estaria subentendida, resguardando-se, no sentido literal do enunciado, de quaisquer consequéncias mais graves. REFLEXAO PRATICA SOBRE A LINGUAGEM. Aplicando a teoria na pratica 1. Como vimos, a tese do Texto (2) foi colocada na introducao e a concluso. Por que ela deve aparecer nessas duas partes da dissertagdo ou pelo menos em uma delas? 34 3. Que tipo de raciocinio contém o fragmento abaixo? “Hoje, com as escolas estaduais e municipais em peticdo de miséria, aconquista por uma vaga em universidade publica se toma cada vez mais um sonho distante para aqueles estudantes que ndo tm como pagar uma escola privada ou cursinho que 0 valha. 4, No period abaixo, hé uma linha de raciocinio embutida. Que tipo de raciocinio ele embute? Para responder essa questo, vocé deve desdobrar 0 periodo, que é simples, em composto. “Acobranca de mensalidades poderia expulsar esse contingente para fora dos campi universitarios. 5. Em um silogismo, Gs vezes, uma conclusdo deriva de uma série de premissas. Aponte duas premissas possiveis para cada uma das conclusdes abaixo. a) As questées de mUllipla escolha devem ser extintas dos concursos, b}_© Brasil deve investir mais em pesquisas cien| 2. Que tipo de raciocinio esta inscrito no titulo do Texto (2)? Bxpiicite-o, ¢]_Devemos sempre lutar por uma universidade pi qualidade. ica, gratuita e de qd) O MEC deve melhorar a qualidade das escolas de ensino médio brasi 32 6. Geralmente os raciocinios sGo inspirados em: Fatos (F), Juigamentos (J) ou Discursos/opiniées de autoridades (D) Classifique as premissas dos argumentos abaixo, colocando 0 cédigo equivalente nos espacos a) As universidades pUblicas tém mantido as melhores notas no Provo, porisso 0 governo federal deve continvar financiando essas instituigoes. (_) b) Uma pesquisa da UFPE dernonstrou que o Rio Capibaribe é insalubre: para pesca e banho, por isso devemos evitar 0 contato com as guas desse rio pemambucano {_) ¢} Milton Friedman, prémio Nobel de economia, escreveu que “néo é almo¢o gratis", por essa razdo devemos sempre descontiar de propagandas com promessas mirabolantes € propostas ou convites imperdiveis". ( } d} © libope indica que © candidate X tard mais de 50% dos votos de todos 0s eleitores, por isso & perda de tempo votar em qualquer outo. (_ } €}, Muitos politicos so comuptos, por isso precisamos conhecer bem ‘os candidatos antes de votar. (_ }. Parece muito mais seguro moror em prédio do que em Casa, por isso & procura por apartamentos tem aumentado ulimamente.(_) @} Pelé, 0 atleta do século, disse que a vitamina x 6 muito boa para dar energia, entao devemos té-la sempre 4 mo, para quando nos sentitmos desanimados. (_ } 7. Aponte, entre 0s argumentos a seguir, aqueles que se apresentam falaciosos, isto 6, com problemas para serem aceitos, 6 que a conclusdio néo é valida, porque: (1) a premissa nao é verdadeira (2) aconcluséo néo é uma decoréncia légica da premissa (3) a premissa nao suficiente para a conclusao Escreva nos parénteses 0 nmero comrespondente a cada caso. } Algumas faculdades particulares cobram mensalidades mais baratas. Devemos permitir que mais dessas faculdades sejam abertas no Brasil. (_ ) b) A mini-saia é um traje indecente. As alunas deveriam ser proibidas de usarem mini-scia na sala-de-aula. (_ } <)]_ OPXY 6 0 Gnico partido que protege o povo contra a exploragao, © povo deve votar no PXY. (_ d}_ O.govemo ltamar construiu muitas universidades federais. A pesquisa Cientiica cresceu depois do governo Itamar. (_} 33 Os estudantes néo gostam de fazer prove. As provas devem ser abolidas dos cursos universitarios. ( ) f)_ Tudo o que & bom para a Argentina é bom para 0 Brasil. Devemos copiar ¢ politica econémica argentina. {_ } Brincando com o texto Explicite, pelo menos, duas afirmagées que ficaram pressupostas nos fragmentos abaixo: 1, "Ha cerca de 30 ov 40 anos, as melhores escolas de nivel médio eram as publicas, onde estudavam ricos e pobres. Preparados da mesma maneira, todos tinham possibilidades cle ingressarno ensino superior." “Mas no seria 0 caso de 0 governo melhorar as condi¢ées de ensino das escolas publicas de nivel fundamental e médio para poder garantir compefitividade e igualdade de participagdo aos alunos que vém dessas instituicdes?” 3. “Acobranca de mensalidade, além de ferira nossa Carla Magna, significoria cobrar duas vezes pelo mesmos servico, pois ela jé é poga pela sociedade através dos impostos.” 4s dos termos sut 4. Qual o subentendido que estaria por inhados abaixo: “Por essa razdo, muitos defendem que as universidades pUblicas, alvalmente gratuitas, deveriam cobrar mensalidades de seus alunos, na maioria deles, ricos 5. O que se pode subentender lendo o seguinte enunciado? Ha estudos indicando que as mensalidades s6 custeariam 10% do orgamento das universidades publicas." 6 Qual 0 subentendide que ecoa quando alguém argumenta, utiizando a expressdo: . Iss0 est na Consfituicdo brasileira.” 35, 4, “Tudo que se consiréi se destréi e 0 pessimismo toma conta do oimismo, por isso no devemos nos deixar abater. Temos que lutar ora preservar a publicidade das universidades. © problema 6 que os govemantes nao esiGo mexendo os pauzinhos deles para resolver 0 problema da falta de verbas e recursos financetros para as faculdades federais Lapidando “pérolas” de dissertacdes Reescreva os fragmentos abaixo, eliminando os eauivoces linguisticos (de gramética normativa: sintaxe de concordancia, regéncic, colocagao pronominal; flexdo; pontuagao: grafia; acentuacao etc.) € inadequacdes discursivas e conceituais, tendo em visia terem ocorrido em uma dissertacao- gigumentativa, género textual que exige o padrdo formal da lingua escrta. 1. *No alvorecer do crepisculo matutino de um novo dia, homens mulheres abram a janela e vejem o que esté acontecendo com nossa educacao universitéria publica: falta de condicdes fisicas, auséncia de professores bem remunerados ¢ o que 6 pior nem bebedouro com filtro tem para os alunos néo pegarem verme. 2. "E cerlo que nossa economia nao é la um caviar, mas 0 governo ciuda a acabar mais ainda 0 pouco de coisas boas que nos resta: as universidades pUblicas pagas pelo govemo. Mas do que adianta eu ctiticar se eu ndo tenho capacidade de fazer nada.” 3. "Somente 0 desenvolvimento sustentavel que 6 a moda do momento assim como as calcas “boca de sino” foram na década de setenta, poderd erguer nosso ensino superior. Quem sabe o nosso pais, valorizando as universidades pUblicas ndo passe a ser um pais mais subdesenvolvido no futuro bem préximo. Divertindo-se com a linguagem yw cartamaion combs icite, a partir dos recursos verbais € visuais, quais as afirmagées subentendidas na charge acima. 2. Voc8 acha que o chargista é contra ou a favor da privatiza¢ao das empresas estatais? Por qué? 36 “COMEMORACAO" Um senador pelo Distrito Federal, ds vésperas de ser cassado, e um exjuiz de Sd Paulo, amigos intimos, se encontram em Brastla: = Eentdo Meritisimo, vamos tomar alguma coise pare comemorar? O jiz prontamente responde: = Vamos! De quem agora? 1. Em que expresso exatamente se encontra a graca da piada acima? Por qué? 2. Qualosubentendido que se esconde por trés da expressdo principal dessa piada® 3. Qual o subentendido contido no titulo dessa piade e também na expresso "de quem agora”? Questdes de vestibular 1. {UFES) Complete os conjuntos de raciocinios slogisticos abaixo e depois aponte aquele ue possui um equivoce inferencial, explicando-o: 4G) Toda virtude é elogiave! «@ caridade 6 uma virtude: logo. b] Quaiquer ato de violencia é abomindvet © sequestro 6 um ato de violencia: portanto, ¢) Todo bainedrio tem supermercado; «as cidades tm supermercadios; loge, d) Quaiquer conquista social demanda tempo: ‘a emancipagao feminina é uma conavista social portanto, 37 2. (FUVEST) Um material modemo, de abordagem Inovadora, que ensina de maneira cativante e acima de tudo, eficiente, Mais do que isso, um material pautado por um método de ensino atual, que pensa em uma formagdo integral para o aluno, ‘com valores que respeitam 0 seu crescimento e preparam para a vida. O texto acima, extraido de um texto pubiicitério, procura convencero leitor por meio de juizos categéricos, sto &, juizos que. sem apresentar razdes Ou provas evidentes, nao admitem contestagéo. a) Transcreva duas expresses ou palavras que comprovam esse fato. b)_Justifique sua escolha. (© USO DA LINGUAGEM Proposta de produgdo textual A seg Tendéncias e Debates do jomal Foiha de S. Paulo 01/09/01 trouxe dois artigos defendendo pontos de visto diferentes sobre a erage de cotas para alunos negros no ensino superior, Loic alentamente os ariigos com as duas opinides divergentes. sim Acées afirmativas © documento oficial que seré apresentado pelo Brasil Conferéncio da ONU contra o Racismo, ne Atica do Sul, defende a adogao de medidas afimativas pare o populace negra nos éreas da educagd e do trabalho. Comsiderando as especiiicidades do Brasil, que é 0 segundo pais do. mundo com 0 maior contingente populacionel negro (45% da populacéo] € 0 Uitime pais ¢ abolirc escravidéo, como entrentar¢ discriminagdo racial# Quais seriom os medides eficazes para romper com olegado de excluséo étnico-racial que compromete os direitos humanos ¢ a democracia no pais? ‘AConvenc&o sobre 6 EiminacGo de Todos as Formas de Discriminacdo Racial aponte a uma dupla verienie: a repressiva-punitiva, concemente & proibigdo © & eliminagdo do discriminacao racial, e @ promocional, concemente & promoc&o da igualdade. Os Estados-partes assumem 0 dever de adotar medidas que prolbam a discriminagdo racial e de promover a igualdade. mediante a implementacéo de medidas especiais e temporérias ‘Que acelerem 0 processo de construgSo da igualdade racial - so as citas agées afrmativas. 38 A mera proibigdo do exclusdio ndo necessariamente importaré em inclusGo de grupos socialmente vulnerdveis, Na experiéncia brasileira, constata- Se que a Lei Afonso Arinos, de 1951, foi c primeira a tipifcar 0 racisme como. Contravengao penal. Somente com a Constituicdo de 1988 0 racismo fol elevado a crime, inoflancavel, imprescritivel e sujeito & pena de reclusdo. A lei n° 7.716/89, denominada Lei Ca6, velo c disciplinar os crimes resuitontes de. Breconceito de racae cor, senco alterada em 1997, para também contempiar Giinjéria baseada em discriminagéo racial Contudo 0 eparete repressivo-punitive, embora relevante enecessério, tem se mostraco insuficiente para enitenter a discriminag&o racial. Passados mais de dez anos de vigéncia da lel, as condenagées criminais por racismo No chegam a uma dezena no pais. Na Bahia, parliculermente em Salvador, quatro anos apés c instalagéo, no mbito do Ministério PUbbico Estadual, da Primeira Promotoria de Justica da Cidadania no Combate ao Racismo, 36 hd duas sentencas criminals proiatadas. As indenizacdes por danos morals, no estera civel, tém sido uma via mais exitosa. Fazse necessério fomentar a capacitagéo juridica para que os diversos ores juridico-sociais possam, com maior eficdcia, responder & gravidade do racismo. No mesmo sentido, cabe aprimorar e fortalecer © aparato repressive, Por outro lado, néo basta o mero reforgo do vertente repressiva, como comprova a prépria experiéncia brasileira, E necessario transcender a Perspective puritiva, cm de que seja aliada é perspectiva promocional. Fazse, ‘assim, emergencial a adogdo de agbes afimativas, que promovam medidas compensatérias voltados & concretizagao da igualdade racial. A respeito, © documento propde a adacdo de ages para garantiro maior acesso de negros 8 universidades pubiicas, bem come a villizagGo, em licitagdes pUbicas. de Um ctitério de desempote que considere a presenga de negros, homossexuois @ mulheres no quadko funcional das empresas concorrentes, Em um pais em que 0s negros sao 64% dos pobres e 69% dos indigentes (ipe0), que figura no 69° lugarne IDH geral, mas que, sob orecorte étnico-racial ficano 108° lugar, segundo 0 IDH relative 4 populagGo negra, faz-se necesséria G.ado¢do de ages afimativas, em especial nos éreas da educagao, inclusive mediante fxagdo de cotas em universidades publicos. Quanto ao trabalho, "Mapa da Populacéo Negra no Mercado de Trabaino”, documento elaborado pelo Inspir linsttuto Sindical interameticano Bela Igualdade Racial), em convénio com o Dieese, em 1999, demonstra que 9 trabolhadior negro convive mais intensamente com o desemprego: occupa 95 postos de trabalho mais precérios ou vulnerdvels; tem mais instabilidade no emprego: esté mais presente no chéo de fébrica ou na base de produgco: temniveis de instrucdo inferiores aos dos trabalhadores néo-negros: e tem uma Jjomada de trabalho maior do que estes. Nesse cendrio. as agdes afimativas surgem como medida urgente e Necesséria. Tals ages encontram amplo respaldo juridico, seja na Consiituicdo, soja nos tratados internacionais ratificados pelo Bra: 39 Que a conferéncia da ONY possa reafirmar a uigéncia na ado¢ao dos acées afimativas como um imperativo ético, politico e social capaz de romper com legado discriminatério que tem negado, & metade dapopula¢ao brasileira, o pleno exercicio de seus direitos e liderdades fundamentas. Havla Piovesan, 22, profes:ora-doutora de dieito consifucional e direitos humanos da PUCSP. & procuradora do Estado e membro do Conseiho Nacional dos Direitos da Pesioa Humane. , Mércia Regina Virgens, 40, cwradora de aciclentes do trabalho, & promotora substituie na Segunda Promotoria de Justica de Combate ao Racismo do ministre PObiic. NAO Cotas, proves e vestibulares E educacional fazer um posseio pelos sogudes da velha Faculdade de Medicine, na avenida Dr. Amado. Parte dos quadkos de formature enche os Coredores © 36 exile uma fotograria de um médico muloie...iscriminacdo® Em minha turma [formada em 1960}, ente 80, havia 10 judeus, cutto ‘onto de descondentes de arabes ¢ de japaneses e algumas mulheres. Em 1964, enfrentei preconceitos ao me tornar (depois de um “estagio" no quartel do Exércite} 0 primero judeu @ chogor Go nivel de catodratico. Hole, cerca dle um quarto dos professors s80 semitas! rabes ou judevs. Conlinuam & nO exis negros. Guando cre’ o vestibular uniicado (1967), garantimos um jlgomento abjetvo, que analiove de forma mulo ampia os conhecimentos.e a formacGo dos candidates. Ndo erom apenas ciéncias, mos testes indrelos de inteligéncic, capacidade de entender lextos. connecimento néo da istérie morta, mas dos eventos cotidianos. As vagas de uma univesidade paga pela sociedade deviom erzeservadas dos que tem maior potencial porase tomar os profisionais que ela demanda Ao ceriar © cuso experimental de medicina. no campus. tentamas inovar 0 ensino médico ¢ integra0 6 universidade. para produzr um médico preparado cieniiicamente e psicologicamenie para servi a sociedade ‘Como "prémio". ui"promovide" a professor na Harvard School of Pubic Health, de onde fuirecrulad pare a formagdo de um novo curso mécico, do Cily College de Nova York (escola pdbica de aito prestigia pelo nimero de seus estudiantes que ganharam Prémio Nobel). ue iio criar o mécico voltado Gos mais necessitados. No primeio ano, escolhiemos, por enlvistes, os ovens que te comprometiam a ser o: médicos das familias de Bronx. Brooklyn e do Lower Eas Side. Obviomente foram escohidos fhos ce familias negras, chinescs e latino-americanas, Depo's de auto anos, 0 estudante era transferido pora uma escola médica de presigio. mas como as escolas tinham dvidas sobre o preparo dos Glunos, eles eram submetidos a um extenso exame orgonizado pelo American Medical Assacialion. Foram lodos reprovades. Esicaram (conira meu voto} © cusso de 4 pora 5 @ 6 anos: continyavam a ser reprovados. Foi quando um grupo dessesjovens descobriv © Kapian (um “cusinho" em Nova York] e em vas semanas se "preparou", passando no exame. CAPITULO 3 A CONSTRUGAO DA COERENCIA A LINGUAGEM EM USO Pré-conceito- A Politica de ingresso nas universidades piblicas brasileiras por melo de cotas deve ser adotada? 42 degrauy dav injusticn. Entretanto; nao se sabe, ainda, vover senveadescada. Contudo; 0 mesmo-que-reverenctow Hitler eabencoow Musoline nao pode se orgulhar do pasado que ostenta. Olhaw para o espelho-representix, ainda, tarefa drduc para yoctedader maculadas. © enfrentumento; entretanto; ha de setornar macrfacd, seo-reflenose mostrar raiy dapromorosa. devore Cres tae necordetn quanto wiperadia dav eyeniadas Extudante: REFLEXAO TEORICA SOBRE A LINGUAGEM. Alguns conceitos E consenso entre os teéricos da Linguistica Textual a ideia de que a coeréncia nao esta no texto, mas é construida pelo leitor durante a leitura. Em se tratando do género textual dissertativo-orgumentativo, € necessdrio utilizar todos os recursos linguisticos e discursivos cisponivel para tomar mais claros os orgumentos apresentados e a tese defendida pelo autor. Alguém ja disse: “O homem é, por natureza, um cagador de sentido’ ‘© que é mesmo COERENCIA TEXTUAL? Ea possibilidade de se estabelecer um sentido para o texto. Ou seja, & a compatibiidade enite ideias e conceitos que permite ao leitor acompanhar c continuidade de um raciacinio em desenvolvimento Quando encontramos enunciades contraditérios, que geram dificuidades a nossa compreensdo, dizemos que houve incoeréncia, como corre no exemplo abaixo: |, no hé preconceito; hé apenas discriminagdo de cor e classe DIMENSOES DA COERENCIA: a) Em algumas dissertacdes argumentativas, ocorrem momentos de incoeréncias locais, isto 6, incompatibilidaces que acontecem em pontos especificos do texto, como os encontrados em enunciados localizados no interior de periodos e de pardgratos. 43, b) A incoeréncia global - é aquela em que 0 leitor ndo consegue relacionar os enunciados de um texto inteiro. Ela ocorre muito raramente, exceto em se tratando de autores com patologias psicolégicas graves. H casos em que os estudantes trocam o tema proposto por um outro qualquer ou desviom parcialmente a discussGo para um aspect inusitado, sem, no entanto, retornar ao tema. Veja, pelos fifuios, sobre quais temas aiguns alunos escreveram, quando deveriam dissertor sobre: “Preconceito” Minhas férias As Noitadas de sbado Tardes de domingo A Violéncia urbana Brasil: 0 pais do futuro ‘As Drogas © Apagao © Vestibular © Desemprego no Bras! Quando isso acontece, ndo podemos dizer que houve uma incoeréncia global, mas uma recusa deliberada do aluno a ndo escrever sobre © tema proposto. Também pode acontecer de o aluno nao ter lido a proposta de producGo textual ou ter lide e no ter entendide ou dinda j4 ter trazido na meméria um texto pronto, decorado, para ser simplesmente transcrito para a folha-padrao, Com certeza, ele sofrers as consequéncias dessa sua infeliz decisao. FATORES DE COERENCIA Ha um conjunto de fatores que colaboram para dar uma certa l6gica Go desenvolvimento do raciocinio do autor. $Go eles: 4] Elementos Linguisticos — as palavras usadas no texto, ciém de acionar conhecimentos arquivades na meméria do leitor, funcionam como pistas da lingua que cjudam o leitor a pescar o sentido pretendido pelo autor, a suc linha argumentativa e as conclusdes &s auais gostaria que chegasse. Assim, arfifcios linguisticos como: 0 uso de palavras do mesmo campo seméntico © a posigéo dels no enunciado podem gerar interpretagées curiosas, (mesmo campo seméntico} (posigdes do adjetivo} Pa a" a a £2: Tamita na comara um projelo sobre preconceito da ban deputada (200 Rita Camata. . ‘ (mesmo campo seméntico) _(posicges do agietivo) “ — ~~ By a ‘a & ° Congreso bras leifo precisa de novos parlamentares (novos) que legis- lemhonestamente b) Conhecimento de Mundo - todas as experiéncias vividas sG0 guardadas na nossa meméria, de maneira que. quando lemos um texto, s6 conseguimos entendé-lo infeiramente, se reconhecermos as informagées ali acionadas e estabelecermos uma relacdo com o que JG sabemos sobre o tema. Em geral, é dificil para um Camponés, por exemplo, entender um artigo cieniifico de antropologia, cuja tematica seja “os raizes da discriminag&e racial, social e sexual no Brasil colonia por exemplo. Go romanos, incivilzados sem fé crista t + E4: “O reptidio aos bérbares, bem come © escérnio aos mouros génese dos sentimentos que hoje explodem em “skinheads”...” 4 grupo de neonazistos s60a Esses termos destacados devem fazer parte do conhecimento de mundo do leitor (medianamente escolarizado e/ou relativamente informado pelos meios de comunicagdo) ao qual se dirige uma dissertagéo argumentativa, c} Conhecimento Partilhado — cada individuo constréi a sua prépria enciclopédia de conhecimentos ao longo da vida, mais ou menos igual & daqueles que vivem em um mesmo ambiente social, politico, econémico e cultural. Para que haja compreenséo entre dois, 48 Jerlocutores, por meio de um texto, 6 necessario que ambos partilhem de alguns desses conhecimentos. £ importante o autor saber equilibrar as informagées partilhadas com as informagées novas, c fim de evitar que texto se tame repetitive e circular ou, até mesmo, incompreensivel. As palavras destacadas em E4 ndo sao explicadas pelo autor, logo ele pressupée j@ serem conhecidas ou parlilhadas pelo seu suposto leilor por causa do tema, do contexto e do seu provavel nivel cuttural. Conludo, se as mesmas palavras de E4 fossem dirigidas a criangas ou a camooneses que nunca frequentaram escola ov nunca tiveram acesso aos meios de comunicagao, seria muito dificil entenderem o sentido do enunciado e do Texto (3) inteiro, js que possuem outras preocupagdes fundamentais na vida d) Inferéncias - é um processo de raciocinio através do qual se estabelece uma relacao nao expiicita entre dois enunciados e deles se chega a uma conclusdo. E um dos tipos de raciocinio mais utilzados no processo de interpretagGo, jd que o texto, por ser um mecanismo de economia linguistica, nao pode nem deve dizer tudo. Como disse © escritor italiano Umberto Eco, 0 texto é uma “maquina preguicosa” ©, por isso, sempre ha lacunas a serem preenchidas pelos leitores com seu conhecimento de mundo e sua capacidade de inferi. 5: Apesar das severas leis brasileiras contra manifestagées de preconceito, ele continua ocorrendo de forma velada, Inferéncias: Ha preconceito no Bras 2. Halleis brasileiras que punem manifestagdes de preconceito 3. As leis nGo sGo suficientes para acabar com o preconceito velado, 4, Para eliminar totalmente com o preconceito, devem-se criar maneiras de punir também 0 preconceito velado, {inferéncia possivel, mas ndo necesséria) REFLEXAO PRATICA SOBRE A LINGUAGEM. Aplicando a teoria na pratica 1. Defina com suas palavras © que é coeréncia textual, 2. Quai os fatores que coniribuem para estabelecer a coeréncia em um texto? 3. A correta utiizagao dos fatores de coeréncia garante a eficdcia da coeréncia de um texto? Por qué? Brincando com o texto Identifique, no fragmento abaixo, o termo aue esteja provocando uma incoeréncia local e, em seguida, substitua-o por um outro que resolva o problema. nao € de hoje que se convive com a discriminago, sem que, no entanto, medidas eficazes de implementagdo de tal p: sido encontradas"’ Fagao mesmo como seguinte enunciado: "De um lado, 0 discurso disseminado da necessidade de ajuste ao preconceito, de outro, ©. comodismo, a conivéncia diante das injustigas sociais.” 4, Qual a tese defendida no Texto (3)? 5. Essa tese € coerente como titulo do texto? Justifique. 6 © que vocé entende da frase: “O homem 6, por natureza, um cagador de sentido"? Sublinhe todos os lermos [substantivos} que estejam ligados diretamente ao campo semantico do preconceito, no fragmento abaixo: “Oreptdio gos bérbaros, bem como o escdmio aos mouros “infié 1 génese dos sentimentos que hoje explodem em “skinheads”, com promessas de morte a negros, judeus, homossexuais outras minorias. Ademais, do mercantiismo ao capitalsmo neoliberalista constitui-se ‘@ necessidade da pobreza para untar a forma que se criou para 0 lucro." Explicite, com suas palavras, os termos sublinhados, imaginando a necessidade de explicd-los a alguém que nao 0s conheca. “Antes mesmo do expansdo ullramaring, c qual empurroria o mundo para ificacd équir ora indigena, ora negra, jd se podia encontrar discriminacéo nas entrelinhas da hist6ria.” Reescreva 0 fragmento abaixo, acrescentando as informagées que achar relevantes aos termos destacados, através de apostos, a fim de esclarecer um pouco mais os conhecimentos que foram pressupostos pelo autor. 48 “Da pregacdo da “auséncia de alma” dos negros pelc Jarela Catélica G eleic¢Go de Nelson Mandela para governar a Africa do Sul, passando por paliticas vergonhosas como 0 4 humanidade conheceu amadurecimento considerdvel. 6. Comparando o fragmento acima com a nova verstio que vocé produziu a partir dele, com os devidos apostos, responda: qual delas ficou mais concisa? Justifique. 7. Aponte, pelo menos, duas inferéncias que podem ser feitas a par dos contevdos do fragmento abaixo: "Da “salvagGo" que o Cristianismo supostamente representaria, impulsionando cruzadas e jesuitas, & liberdade de culto e d, ao menos tedrica, demarcacdo de ferras indigenas, esbougou-se a decéncia.” 8. Apresente duas inferéncias que possam ser tiradas do seguinte trecho “Descobriu-se a importancia da diferenga e ministrou-se a reducco dos degraus da injustica. Entretanto, néo se sabe, ainda, viver sem fol escada. 49 lopidando “pérolas" de disserlacdes Reescreva os fragmentos abaixo, eliminando os equivocos linguisticos (de gramética normativa: sintaxe de concordancia, regéncia, colocacao pronominal: flexGo: pontuacao: grafia: acentuagao etc} € inadequacées discursivas e conceituais, tendo em vista terem ocorrido em uma dissertacao- argumentativa, género textual que exige o padide formal da lingua escrta, 1. QBrasilé um dos paises que ndio é desenvolvido é subdesenvolvido pela falta de consideracdo cultural de seus govematis quando ndo olla para o problema da descriminagao racial e sexual dos negros @ pessoas de cor. 2. O problema da questéo do preconceito e da discriminagéo das pessoas injusti¢adas raciaimente, finaceiramente, sexualmente e ctomaticamente acontecem dez de cedo no Brasil republicano & no momento atual da sua histéria contemporanic. 3. Jando é mais inadmissivel que um pais como 0 Brasil abastardo & com um futuro promissétio nao consiga tirar as fendas dos othas enchergar clarezamente o sem numero de pessoas, inclusive velhos, mulheres e criangas, que sGo desctiminados. 4, © governo precisa pensar mas no bem star dos abtantes endependente de roca, religidio, sexo e vegetariano. Este é um poblema que star nos preocupando-nes, pois é preciso melhorar {s indiferengas sociais para promover o saneamentos de muitas pessoas que sofre de preconceito. 50 Divertindo-se com a linguagem Aluno inteligente. ‘juquinha é um ciuno inteligente do primetro ano. que todo dia pede o sua protessora pore passa’ para 0 ferceko. ApOs muita inssténcic, © professora fesolve mangor © problema para diretor resolver. Lé 0 diretor he faz uma série de perguntes Stuca, quanto & 3 vezes 3? 3, dictor ~ Ebvexes 6 = Essa fect 36! E 0 ditelor continua com a beteria de questdes, mas Juquinha responde a todas. A professora, ento, pede aa ciretor para perguntar também. O dretor fe Juquinha concordam, Ela, ent6o, comeca Wo que & que o vaca tem quatro € 6u s6 fenho dois? Juguinha pensa um instante e responde: Paros = O.que hé nas 0s coigas que néo hd nas minhas® © diretor aregola os alhos, mas née tem lempo de interromper, © “bolsos, responce Jucuinha © que 8 quo enira na frente da muher © que s6 pode entrar ats do homem@ Estupefato com 0: questionamentos, o diretor prende « respiracdo. ~Aletra "ht" responde 0 goroto © diretor respira alviado e oz pars a professora: 0 ponha o uauinha no ferceira ano. Eu mesmo teria entado as tes perguntas, Por que o diretor die que erraria os tréstilimas perguntas? 2. Qual seria uma outra resposta possivel a primeira pergunta da professora? 3. Qual teria sido a inferéncia de Jug “corretamente” & ha, para responder jima questo da professora? 51 4. Teste os seus conhecimentos cinematogratices, escrevendo ao lado 05 reais titulos dos fimes sugeridos nos trocadilhos com os termos da informatica: a) Eo virus levou b]_ Apertem os cintos, 0 sistema caiu: Cc} Desejo de formator 4: d) OPC de Rosemary: e] Amdo que balanga 0 mouse: f) Duro de deletar: g) Querida, formatei o winchester: fh) Se o meu Windows funcionasse: 5. Entre os fatores de coeréncia, qual deles pode justificar as respostas a05 trocadilhos feitos com os titulos dos flmes acima? Por qué? 52 Questdes de vestibular 1 (FUVEST) “Um jomal efo sso, 0 sobressalo da novidade e a garantia de que 0 nossa roling continuave, Simuttoneomente um espahofaio ~ um espaiha fatos ~ e Um repetidor dos nosius confortve banaidadies municipais” LF Verisimo, © Estado Ge S. Paulo, 1870/96. a) Interprete o jogo de palavras entre espalhafatos e espatha fatos considerando-o na contexto do trecho acima. 6) Aqual dos termos se refere & expressdo "confortaveis banalidades municipais"? 3. (UNICAMP] a) A histéria contém cinco falas no total. Transcreva aquela que Instaura o impasse do didlogo. b)_O dono do bar propée-se a satistazer qualquer desejo dos clientes Transcreva a frase que indica essa disponibiidade. €) Oraciocinio que leva Eddie Sortudo a responder "OK. Vou querer isso", no segundo quadro, ndo é totalmente insensato. Por qué? 53 © USO DA LINGUAGEM Proposta de producao textual Pare produzir sua disserta¢do, considere as idéias levantadas no texto aba. Simplificagao gera guerra santa Um dos valores sobre os quais a civilzacdo ocidental fola muito 6 da aceitagdo das diferengas. Teoricamente, estamos todos de acordo: € polticamente correto dizer em publico que aiguém 6 gay, mas, depois. em asa, se diz, findo, que 6 um viado, Come se faz para ensinar a aceitacao da diferenga? A Academie Universelle des Cultures colocou no ar um site onde esto sendo elaborados materiais sobre diversos temas (cor, religiao, usos © costumes e assim por diante] para os educadores de qualaver pais que queiram ensinar a seus alunos como aceitar aqueles que sao diferentes deles. Acima de tudo. decidiu-se nao dizer mentiras ds criancas, afrmando que todos somos iguais, As criangas percebem muito bem que alguns vizinhos de caso ou colegas de escola nao sd0 iguais a eles, tém uma pele de cor diferente, os alhos puxados, os cabelos mais crespos ou mais lsos, comem coisas esiranhas, do fazem a primeira comunhdo. Nem basta dizer que sao todos fthos de Deus, porque os animais também sGo filhos de Deus e ainda assim os garotos nunca Vea uma cabra na frente da sala de aula ensinando ortografic. Por isso & preciso dizer és criangas que os seres humanos so muito diferentes entre sie expicar bem em que sao diferentes, pata depois mostrar que essa diversidace pode ser uma fonte de fiqueza. O professor de uma cidade italiane deveria djudar suas criangas itafanas @ entender por que outros garotos pregam uma Givindade diferente ou tocam uma misica que néo parece rack. Naturalmente, lomesmo deve fazer um educador chinés com as criangas chinesas que vivern a0 lado de uma comunidade ctislé. © passo seguinte ser mostrar que hé ‘algo em comum entre a nossa € a sua musica, e que também 0 Deus deles fecomenda algumas coisas boas. ‘A verdadeira licGo que se deve fier da antropologia cultural é que, para dizer se uma cultura é superior a outta, preciso fixor parémetros. Uma. cola é dizer o que é uma cultura, outra é dizer com base em quais parametros a juigamos. Uma cultura pode ser descrita de forma aceitavelmente objetiva: 28805 pessoas comporlor-se assim, cféem nos espiflos ov numa nica divindade que deriva de si toda a natureza, unem-se em clés de parentesco segundo essasregras, consideram que seja bonito transpassar o narizcom anéis (poderia ser uma descric@o ca cultura jovem no Ocidente), consideram impura a carne de porce, circuncidam-se, criam cées para colocé-os na panela em dis festivos ou, como ainda dizem os americanos sobre os franceses. comem, 18s, © antroplogo obviamente sabe que a objetividade é sempre posta em crise por tantos fatores. No ano pas sade, estive em Dogon |Camarées) perguntel a um garotinho se ele era mucuimano. Ele respondeu em francés: *NGo, sou animista” CAPITULO 4 1 A ARTICULAGAO DA DISSERTAGAO: CoesGo Textual (I) ‘A LINGUAGEM EM USO Infiincia Furtade © trabalho infantil repreventavo-furte- da perspectinade progremo- e da infincia no Brasil. Sdo condicaey miseravets, sobreviver. A infasnciw furtadw pelo trabalho precoce retarda, 0 desenvolvimento do- pai & a esperancar de um progresso” iqualitirio. 0 “pairdo-futuro” extermina sewprépric amanhé, Estudante, 56 REFLEXAO TEORICA SOBRE A LINGUAGEM Alguns conceitos Os estudosrecentes no campo da Linguistica Textual tm nos mostrado que a coesdo nao 6 uma condi¢do necessdria nem suficiente para que uma producdo oral ou escrita seja considerada um texto. Ha textos sem qualquer elemento explicilo de coesdio e nem por isso deixam de fazer sentido. Mas hé certos géneros textuais que se coracterizam por apresentar elementos linguisticos que articulam frases e perfodos entre si, além de organizar sua superficie global (paragrafos, sequéncias texiuais e capitulos entre si). Esses elementos linguisticos sGo geralmente utilzados para dar mais expressividade as ideias do autor e pare possibiitar uma maior compreensdo por parte do leitor. A dissertagdo argumentativa é um género que pede a presenca de um sistema de “amarragao textual” com elos e nés que operam no interior do texto, costurando o sentido e, dessa forma, permitindo 0 transito facil do leitor pelos termos e conceitos é referidos ou por referir sem perder o flo da meada. Este sistema de amaragdo seméntica tem sido tecnicamente chamado de coesdo textual. Sendo assim El: Muitas criangas brasileitas trabaiham, quando elas deveriam apenas estudar. £2; Muitas criangas brasileitas trabalnam, quando ® deveriam apenas estudar, Em El, 0 pronome (elas) se refere & expresso nominal inteira (muitas criangas brasileiras). evitando, desse modo, que se repita toda a expressdo. J4 em E2, c economia linguislica é maior ainda. A coesdo é feita pela BLIPSE (®), ou seja, pela auséncia do elemento linguistico. Acoesio funciona na superficie do texto para construir linguisticamente a.argumentagdo, encadeando cada um de seus elementos. Ela opera, basicamente, de dois modos: referencial © sequencialmente. 87 ), COESAO REFERENCIAL Relaciona dois termos entre si, como observamos em Ei e podemos constatar novamente em E3: £3: O trabalho infantil é uma atrocidade. Esse crime tem que ser eliminado do Bras 1.2) No exemplo acima, temos um caso de ANAFORA, em que a expresso definida (esse crime) remete & expressdo jG posta (0 trabalho infantil), evando o leltor a fazer um movimento referencialretrospectivo, ou seja, para tras 1.b} Mas, hé um outro fendmeno na linguagem em que oleitor é levado a fazer um movimento referencial prospective. isto &, para frente buscando o elemento suposto no fim do enunciads. A isto chamamos CATAFORA, como podemnos verificar nos casos abaixo: Fo £4: Ele deveria ser erradicado do nosso pais imediatamente, o trabalho Infanti lc} € comum também se colocar um termo com fungae coesiva no lugar de outro ou de um enunciado inteiro ja posto na cadeia textual Da-se 0 nome de SUBSTITUIGAO a este mecanismo de articulagdo textual. Vejamos os exemplos abaixo: 5: | Estudar deve ser uma das atividades primordiais de toda crianga; brincar £6: | Cortas ONGs lutam contra 0 trabalho infant mesmo, E7: A explorag&o do trabalho infantil é crime. A inagdo do govemo, também: © govemo deveria fazer o 58 Perceba que, no caso de E5, 0 pronome outra substitui toda a expresso (uma das atividades primordiais) posta no enunciado anterior. Em £6, um Unico pronome (mesmo) substitui um enunciado inteiro (lutam contra 0 trabalho infantil). Em £7, 0 advérbio (também) toma o lugar de uma frase nominal (é crime) Portanto, a substituicao funciona tanto como um recurso coesivo quanto como um mecanismo de economia inguistica que garante a “amarragao seméntica” entre as partes intemas do texto. Hd outras maneiras de fazer a coesdo referencial, como as que sdo feitas através do uso de: ¥__ARTIGOS definidos ¢ indefinidos: FB: Devernos tomar uma atitude conira 0 trabalho infantil. A altitude imediata deve ser denunciar judicialmente as empresas que exploram as criangas. ¥__NUMERAIS cardinais, ordinais, multiplicativos, fraciondrios: £9: Medidas urgentes devem ser tomadas @ favor das criancas. A primeira medida é eliminar o trabalho infant ¥ PRONOMES pessoais, relativos, demonstrativos, possessivos, indefinidos, interrogativos: E10: Criangas nao devem trabalhor. Seus compromissos deve ser com estudo @ o lazer. ¥_ ADVERBIOS com fun¢do pronominal. isto é, substituindo nomes (aqui, 6, onde); E11: 0 statute da Crianga é claro, Lé esté escrito: “E proibido qualquer trabalho amenores de 14 anos, salvo na condigo de aprendiz” (Capitulo V. Art.60,) EXPRESSES ADVERBIAIS (cima, abaxo, assim, desse modo, « seguir etc) £12: © trabalho infant Crianga. deve acabar. Cumpriremos, assim, o Estatuto da: ¥_ EXPRESSOES NOMINAIS E13: O trabalho infantil é um atentado as criancas. Hoje essa exploracéo puer indo acontece em varias regides do mundo. ¥_ NOMINALIZAGOES - Proceso linguistico que transforma geralmente uma aco verbal em um nome. E14: Usaro trabatho das criangas tem sido comum em muitos lugares. © uso da méo-de-obra infantil deve ser denunciado imediatamente. 59 ¥_ SINONIMOS - Por ndo existirem sindnimos perfeitos, usam-se, entao, termos equivalentes. EIS: As erlangas cabe a brincadeira. Nao se deve reservar o trabalho aos infantes. ¥_HIPERONIMOS - Termo de contetido geral que indica uma classe; geralmente usado como sinénimo na segunda posi¢ao de um iexto. E16: O Estatuto da Crianga vigora desde 1990. Basta que se aplique a lei aos infrotores, ¥_NOMES GENERICOS (coisa, negécio, trem, problema, pessoa, fato, fendmeno etc.) E17: 0 trabalho na infancia preocupa-nos. A coisa | passou dos limites. Importante: Alravés da retomada de um referente por expresses nominais, nominalizagées, sinénimos, hiperdnimos, nomes genéricos eic., podemos embufir a nossa opinido (apreciativa ou depreciativa} sobre 0 fato ou objeto, E18: NGo podemos mais tolerar trabalho infantil, Temos que acabar com esse absurdo. Lembrete: Vocé ndo deve se preocupar com os nomes dos fenémenos linguisticos: procure apenas compreender 0 processo de relacdo seméntica que eles produzem no encadeamento textual. Basta aprender a usé-los com perspicdcia no seu texto. REFLEXAO PRATICA SOBRE A LINGUAGEM. Aplicando a teoria na pratica Leia 0 Texto (4), antes de responder ds questdes a seguir: 1. Qual é © ponto de vista principal defendide pela autora nesta dissertagao? 2. Quantas vezes a tese aparece no texto e em que pardgrato(s)? 60 3. A dissertagéo Infancia Furtada € um texto com coesdo. Explique com suas palavras 0 que vocé entende por coesdo textual. 61 9. No 3° parégrafo do texto, a autora escreve: “Enquanto esperam Por esie milagre". A que estaria se referindo este milagre? Essa expresséio definida carrega uma opiniéo positiva ou negative do fato® Explique. 4, Noenunciado: “O trabalho infantilrepresenta o furfo da perspectiva de progresso ¢ da Infancia no Brasil", existe um termo que ficou eliptico, ou seja, que foi apagado propositadamente para tomar © texio coeso. Qual foi este termo? 5. "Essa explora¢ao pueril cniquila a educa¢do e, por consegu a oportunidade de progredir”. A que se refere o termo em negrito, considerando outras partes da dissertacao? &. “So condigées miserdveis, consequéncia de fortes desigualdades socials, que propiciam a migragdo de criancas da escola para o frabalho.” Considerando 0 enunciado anterior, responda: a} as palavras destacadas sdio retomadas por que termo(s}# b) substitua @ palavra migragéo por dois sinénimos equivalentes, 7. Considere 0 enunciado: “rouba o presente e o futuro de criangas que se véem fadadas & mesma vida miserdvel de seus pais, causando ndo s6 um grave ciclo de inforttinios, mas também problemas no desenvolvimento fisico e social desses adultos precoces." Nele, hd tts elementos que se remetem ao referente criangas. Quais so eles? 8 "5d um real erescimento econémico, aliado & dignificagéo das condigdes trabalhistas e do saldrio-minimo, seria capaz de suprimir ufllza¢do criminosa de mao de obra infantil." Substitua os termos destacados por correspondentes. 10. Para mostrar que compreendeu a bela metéfora coma qual o autor fecha 0 seu texto: “O pais do futuro” extermina seu préprio amanha, G0 fechar os olhos para o presente de suas criancos", reescreva 0 trecho, substituindo os palavras destacadas por sinénimos, ainda que precise fazer adaptacées. Brincando com o texto Dé continuidade aos fragmentos refirados do texto, tentando produzir nominalizagSes com os verbos destacados, ou seja, transtormando os verbos em nomes, como, por exemplo: Pedro conseguiu se eleger. Essa elei¢do fol ideal para dar inicio a sua careira politica 1, “Essa exploragéo pueril aniqui oportunicade de progredir” a educacao e, por conseguinte, a 2. “Essa exploragdo pueril rouba o presente e 0 futuro de criangas." 3. “AS familias mais carentes parlicipam de programas como 0 "Bolsa- escol 4 “Ainféncia furtada pelo rabolho precoceretardao desenvolvimento 10 pais.” 62 5. "O pais do futuro” extermina seu préprio amanha 63 Lapidando “pérolas” de dissertagées Reescreva os fragmentos abaixo, eliminando os equivocos icos (de gramatice normative: sintaxe de concordéncia, regéncia, colocagao pronominal; flexdc; pontuag&o; gratia; acenlvag&e etc.) ¢ inadequagées discursives ¢ conceilUcis, tendo em vista terem ocorrido em uma dissertacao- argumentativa, género textual que exige o padiGo formal da lingua escrifa, 1. Emborao govemu nao sicoicientize de sua cupa pelo crescimento do trabalho infantiu, pois o mesmo nao esté dando o devido val {as criangas do Brasil, Além disso ele nao imagina que o mesmo é prejudicado, pois 6 através de impostos que o mesmo depende a sua arrecadagGo, pois é as impresas que produzem verbas que o mesmo necessita para pagé seus gastus esorbitantes. 2. O interesse e a gandncia de atingir o seu sucego faz com que os homens esquessam os outros fatores pendentes que nds dependemos também para 0 progresso conjunto do nosso pais, chamado Brasi Juntando come problema do trabalho infantil, o Brasil esté passando por outro momento dificil, cujo € © apagao. Para ambas as duas dificuidades a incapacitancia das autoridades 6 gerau, pois eles Go conseguem um solucionamento rapido e racionau, Tudo qué indicé que o verdadero dono da terra, 6 as crianga de fodas as ragas, brancos, negtus. ruivus e etc que viven em todas as parte do mundo e do planeta terra. as wwewuol.combr/bumer 1, Em qual dos termos utlizados nos baldes recai a ambiguidade, cuja mé interpretacdio de uma das personagens desencadeia todo 0 efeito de humor dessa tira? 2. Haveria alguma diferenca de sentido, se o primeiro falante dissesse “Yemos que sequestrar d midia de todo mundo” e nao "de todo 0 mundo" como 0 fez? Qual? Ha duos expressdes no quadrinhos que tém quase o mesmo efeito de sentido. identifique-as e explique o efeito de sentido geralmente pretendido por aqueles que as utiliza, 4. Quais os termos que sao retomados com os pronomes Isso, no 2 quadrinho, e minha, no 3°segmento da tiinha? 64 Questdes de vestibular 1. (COVEST-PE) Faga ajuncao dos enunciados abaixo, usando 0 tnico pronome relativo que, nese caso, ao concordar com o seu antecedente, dispensa 0 uso da preposi¢ao = O vestibular poderé ser modificado. - Os personagens principais sdo os alunos do 2° grav. 2. (UNICAMP) libanés Manwéin Al Safadi, suspeito do atentado ocontide no World Trade Center em Nova York (EVA). em 1993, foi preso no Gltimo dia 6 em Assungdo (Paraguai), ap6s ser localizado pela “PF prende acusado de terrorismo nos EUA a) Transcreva, do texto, as expressdes que indicam as circunstancias de lugar e tempo da prisdo do suposto terorista, b) A que fato mencionado no titulo refere-se a expresso “nos EUA’ considerando 0 sentido geral da noticia? ¢} 0 titulo da noticia se presta a interpretagées distintas. Quais so essas interpretagées? 3. (UNICAMP) \caba de chegar ao Brasil um meaicamento contra finite. O ant em spray Nasonex de outros medicamentos, ¢ aplicado uma ver por da, e em doses pequenas. Estudos realizados pela Schering-Plough, laboratério responsdvel pelo remédio, mostram que ele ndo apresenta efeitos colaterais, comuns em outres medicamentos, como o sangramento nasal. "O produto é indicado para adultes e criangas maiores de2 anos, mas estudo-se a possiblidade de ele ser usaco diz o alergista Wilson Aun, de SGo Paulo. em criangas pequenas 65 9} © objeto de que trata este texto 6 chamado, sucessivamente, de “medicamento”, “anti-inflamatério", “remédio” e “produto’ Qual desses termos € o que tem 0 sentido mais geral, e qual o mais especifico? b) Duas das palavras indicadas em a podem ser consideradas sindnimas. Quais sdo elas? (© USO DA LINGUAGEM Proposta de produgdo textual Redija uma dissertagdo argumentativa sobre o tema central abordodo: no texto e na charge abaixo. Uilize as informa¢des aqui apresentadas de modo honesto, ou seja, sem copiar, transcrever nem parafrasear groseramente o autor. ire 0s que lamentam a inexisténcia de combate efetive & compgdo, muito poucos chegariam a considerar que esta deve ser prioridade no entanto, & assim: s6 0 exterminio da comrup¢Go ucionem 08 problemas que mantém o Brasit amarrado és is, falta de emprego, de sauide, de educacéo, de saneamento € de futuro. Uma tese que nada tem a ver com moralsmos. Moraiismo, denuncismo, udenismo, no sentido mais pejorativo destas & de palavras equivaientes, é a quaiticagao trequentemente aplicada aos que se dispdem, er variados graus e modos, a se oper & comupgGe, facam-no muito ocasionalmente, na adminisiragae publica Tal é 0 panorama brasileiro, considerando-se a comup¢do a BX ética moral, ética, politica ou, para quem precise de outras palawras, étic moraiista, denuncista ou lé 0 que interesse. E indissociavel de todos esses aspectos, porém, a sua implicacdo social em paises carcomidos pela pobreza parolela 6: insuficiéncia de recursos governamentais. Caso em que © Brosil 6 muticampedo mundial. CAPITULO 5 A ARTICULAGAO DA DISSERTACAO: CoesGo Textual (Il) A LINGUAGEM EM USO. © valor dav dgua 70 ¢] CAUSA -apresenta um dos enunciados como a causa ou expiicagao Para a oconéncia de um ouiro. Os principais operadores que introduzem Gideia de causa séo: c.1) conjuncées ou locugdes conjuntivas: perque, pois, come, por isso que, J que, visto que, uma vez que etc. 6: Devemos racionar 0 uso da &gua, porque ela é um recurso em extincdo, je que Visto que ... Importante 3: Na relagGo causal, os enunciados podem se inverter sem modificar a relagGo de causa estabelecida entre eles. Eo que acontece em £7: E746 que a dgua é um recurso em extingdo, devemos racionar seu uso. Entretanto, o operador como sé tera valor de causa, se abrir a seqdéncio dos enunciados implicados na relagao £8: Como a agua é um recurso em extingdio, devemos racionar seu uso. O contrério ocorre com o operador pols, que s6 conservard 0 seu valor causal se ndo abrira sequéncia dos enunciados implicados na relagao. Observe como a formulagao do enunciado ficaria estranha: E9a: Pois a dgua é um recurso em extingdc, devemos racioné-la Em geral. 0 enunciado assume a seguinte formulagdo: 9: Devemos racionar 0 uso do égua, pols ela é um recurso em extingdo. C.2) preposigdes ou locugées prepositivas: por, por causa de, por motivo de, por razées de, em virlude de, em vista de, devido a, em conseqiiéncia de etc. itude de ela ser um recurso em E10: Devemes racionar 0 uso da égua, em oxtingdo, Importante 4: A inversao dos enunciados também pode ocorrer sem prejudicar a relacdo de causalidade estabelecida entre eles, Note apenas que, ao utilizar esses operadores argumentativos, o verbo deve ficar no infinitivo. nm 1: Em virtude de a gua ser um recurso em extingéo, devemos racionar © Em razéo de... Devide a ¢) CONDIGAO —introduz um enunciado como sendo a condigdo para @ ocoréncia de um outro, constituindo a relagao légica se-entao. 0s operadores com essa fungdo sdo: se, caso, desde que, contanto que, a menos que, a nao ser que. E12: $e vocé economizar, a dgua nao vai altar. E13: Amenos que vocé economize, a Agua néo voi falta. Desde que .. Caso. importante: Observe que, exceto o se, todos os outros operadores argumentativos de condicionalidade levam o verbo para o subjuntivo, 2] COMPARACAO - estabelece umarelagdo comparativa de igualdade. supetioridade e inferioridade entre elementos dos enunciados. Usam-se os seguintes operadores para indicar esta comparacao: 189... quanto, Ge menos ... quanto, tao mais ... quanto, tanto quanto, menos ... (do) que, mais ... (do) que. El4: A agua 6 tao importante para a vide quanto 0 oxigénio 0 6, EIS: Preservar a natureza & mais importante do que obter progresso desordenado, {] FINALIDADE — explicita o propdsito da ocorréncia de um dos enunciados, geralmente do primeiro colocado na sequéncia, Seus principais operadores séo: para, a fim de, com 0 objetivo de, com 0 intuito de, com o propésito de, com a intencao de etc. £16: A gua existe para que haja vida na terra, £17: A fim de que hoja vida na terra, a agua existe. g) CONCLUSAO - anuncia o fechamento de ponto da questao ou da discussdo inteira, supondo a aceitagdo total da premissa posta anteriormente. Os operadores usados para esse tipo de relagao argumentativa sao: portanto, logo, entao, assim, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, pois (depois do verbo). 72 E18: Agua é vida, portanto, racion logo enlao la 6 preservar a propria existéncia, Lembrete: Certamente, hé outros operadores argumentativos que introduzem relagées retéricas diversas que também sdo importantes 73 Reescreva o enunciado anterior, substituindo 0 operador ‘argumentative destacado pelo Unico operador de mesmo valor semantico que sempre deve ocupar a posicaa inicial da ora¢ao. ‘essa importancia inexplicdvel da agua contribulu para que ela cdquirsse uma conotagae aivina para os povos da Antiguidade. Que tipo de relacdo argumentativa hé entre esas duas oragdo retiradas do texto? Apés cidentificag&o, rogue o conector entre as rages por um outro equivalente, conservando a mesma relagGo de sentido © parigrato 26 introduzido por um operador argumentativo. Indique com que ofa¢Go ou parte do texto ele se relaciona e explicite o tipo de relagdo seméntica que ele introduz, reescrevendo todo o periodo com outro operador de mesmo valor retérico. para a construcdo da dissertacdo. Queremos, lodavia, que vocé por 6 si mesmo descubra outras formas de arficular enunciados & produzit raciocinios validos para convencer seus leitores a aceitarem suas idéias © propostas, REFLEXAO PRATICA SOBRE A LINGUAGEM Aplicando a teoria na prética 1. O que so relagées argumentativas entre enunciados? 7. 2. Qual a tese defendida no texto? Transcreva-a nas li 3. No primeiro parégrafo, aparece a expresso “Desde 8 civilizaga0”; no segundo, o autor utiliza 0 adjunto adverbial do século XIX” € no terceiro paragrafo, usa-se o advérbio “hoje’ Essas expresses em negrito desempenham fungdes circunstanciais ou argumentativas nessa disserlagao? | 4, No fragmento “Desde o inicio da civilizagao, 0 homem tem consciéncia de quanto ele depende da dgua para viver. Essa) consciéncia, no entanto, nem sempre foi quaiitativa — ndo se sabi exatamente por que a dgua era IGo imprescindivel”, o operador | argumentative destacado orienta o leitor para que tipo de relacao seméntica? Nas civilzagdes da Antiguidade, a dgua era respeitada por seu poder de criagdo e de destruicao. Hoje, o conhecimento de que @ vida surgiv na dgua e a ameaga do deretimento das calotas polaresnéo sao suficientes para provocar o respeito que as crendices provocavam no passado”. Na passagem acima, o termo em negrito 6 um advérbio que. além da sua fung&o circunstancial, também estabelece uma relagao semantica com o enunciado anterior. Que tipo de relagdo seria essa? SubstituG a palavra grifada por um operador equivalente para ter certeza da relacdo estabelecida, 74 Brincando com o texto 1, Reformule © periodo abaixo, iniciando 0 enunciado com a ideia de oposigao pelo processo de subordinagdo concessiva. Faca as adaptacées necessérias. “Havia apenas uma necessidade orgénica de bebé-la, de se banhar nela e de erguer as cidades perto dela, e essa importéncia inexplicdvel da dgua contribuiy para que ela adauirsse uma conota¢éo aivina para os povos da Antiguidade”” 2 Reconstua o periodo abaixo, estabelecendo uma relagdo de conclusdo entre a oracéo sublinhada e a no subiinhada. Comece pelo trecho sublinhado. “Este & um dos grandes paradoxes da humanidade: 9 conhecimento Considere 0 fragmento abaixo para responder as duas questées a seguir: “Hoje, a Ggua é vista como um mero recurso natural aisponivel para suprir as necessidades humanas. Essa visdo maferialista muitas vezes incentiva atitudes predatérias e despreocupacdo com o futuro: as reservas de dgua so destruidas diretamente - pel icGo, ou indiretamente, com a devastacao do meio ambiente” 3. A expresso nominal Essa viséo materialista incorpora uma opiniao Positiva ou negativa em relagdo 4 conslatagGo do periodo anierior? Aponte outras expressdes que ratifiquem a sua resposta. 4, Estabelega, através da incluséo de um operador argumentative no lugar dos dois pontos, uma telagdio causal entre os enunciados do segundo periodo do fragmento, inclusive substituindo os dois pontos por conectores. 75 8. Transforme a relagde de oposicdo implicada nas oragdes abaixo do processo de coordenacao adversativa para 0 processo de subordina¢Go concessiva. Fa¢a asinversées e adaptagées necessérias para tal “A visdo que se tem da dgua pode mudar, mas sua importéncia seré sempre a mesm lapidando “pérolas” de dissertacdes Reescteva os fragmentos absixo, eliminando 0s equivocos linguisticos (de gramética normative: sintaxe de concordancie, regéncia, colocagéo pronominal: flexGo: pontuagdo; grafia; acentuagdo efc.| e inadequagdes discussivas € conceituais, tendo em vista terem ocorrido em uma dissertaco- ‘orgumentativa, género texlual que exige 0 padrao formal da lingua escrito 1. Para cutivar a bea qualidade dos tios temos que tomar providencias contra 0 meio ambiente intero, por que esta haveno muita defloragdo da falna em lugares prochimos as nacente pluvial. Opreservamento de équa potaveu importanticimo, poishé casos de morte de serumanos casuadas pela poluicGo que esta propria «2 causa neles. Assim, muitos represesas esta0 desidratadas, isto 6 sem ockigénio para os peixes respira, matanu toda vida marinha dos rius. 3. Quando poluimos um rio estamos autocedestruindo por causa dos intdlio se agromeram nas margens sufocando a sobrevivencia dos peixes repleis que Id moram. E isso ndo € sé no Brasil 6 em todo tertitério nacional. 76 4. Ese assunto da falta de agua é um assunto pouco falado, pois quando falado ele gera muita polémica por exemplo algumas Perguntas como e porque disto (introdugao). Divertindo-se com a linguagem “Observador’ Opatde, ao selecionar um empregado, procurou ser criterioso nas entrevistas. Queria achar © mais observador possivel. Como, devide a um acidente de Infoncia, ele nao tinha os orelhas, a cada candidate perguntavarthe se via em si algo diferente eo que era. O candidato. entao, ihe respondia: - Desculpe-me, senhor, em dizer isso, mas 0 senhor nao tem as duas corelhas, E assim foi com inumeros candidates, até que entao surgiv um que. ao ser indagado com a mesma pergunia, Ihe respondeu de forma surpreendente: O senhor usa lentes de contato. - Meus parabéns, 0 senhor é realmente um bom observader. Mas como & que descobriu? = Esidina cara, pois estoria ferrado, se tivesse que usar éculosl!! 1. Qual a relagdo entre as orelhas e as lentes de contato do patrao? 2. Quais 0s sentidos possiveis da expressdo "est na cara” dita porum dos candidatos? 3. Os operadores como e devido a implicam, no contexto da piada, uma mesma orientagdo argumentativa. Expiicite qual seria ela Questdes de vestibular 1, (FUVEST) ‘Ao se discuti as idelas expostas na assembiéia, chegou-se @ seguinte conclusbo: Porem confronto essasidaias com oulras menos polémicas seria avaliar melhor © peso dessa Idelas 4 luz do principio geral que vem regendo as mesmas i 6} Transcreva © texto, substituindo as expressées sublinhadas por pronomes pessoais que Ihes sejam correspondentes e efetuando Qs alteragdes necessérias, b) Reescreva a oragao ao se discutirem as ideias expostas na assembiéia, introduzindo-a pela conjun¢ao adequada e mantendo a comelagdo entre os tempos verb 2. (UNICAMP) 'NGo se pode aizer que a medida é ruim porque foi feita pelo presidente. ‘Ao contre, temos que dizer que é boa e forcer para que ele tome outs medidas boas.” (Declaragao de Luie Inacio Lula da Siva, der do PT, sobre a iniciafiva do presicente Femando Henrique Cardoso de teduziosimposios para amicroempresa. - Folha de $.Paulo, 8 de novembro de 1996). a) Tal como foi formulado, o primeiro periodo da declara¢ao de Lula poderia significar "Nés ndo temos 0 direilo de dizer que a medica & tuim, pois foo Presidente quem a fomou". Este segundo sentido é certamente involuntario por parte do parlamentar. Reformule a declaragao de Lula de modo a eliminar este segundo sentido. 4. Quaisos fipos de relagdes seménticas os operadores argumentativos {pois € se}, que aparecem na Ultima fala da piada, estabelecem entre os enunciados? b] Preservando o sentido que Lula quis atribuir & firmagGo, reformule ‘© periodo usando a conjungao mas. ¢)_ Escreva uma confinuagGo apropriada a primeira afrmacéo de Lula, supondo que ela tivesse o sentido apontado no item a. 78 3. (FUVEST) ‘Ouvir ciguém falar néo como tomar a ouvitio através de uma méquina: 0 que ‘ouvimos, quando temos um roso diante de nés, nunca é o que ouvimos, quando, diante de nés. hé uma fita que gira. Um reluzir de olhos, um agitar de mds, és veres, tona aceitével a frase mais idfofa. Mas sem aquelas maos, sem aqueles colhos, a frase se desnuda em foda a sai desconcertante idiotice." a} Complete, mantendo o sentido do texto, o segmento A frase mais idiota tomarse, ds vezes, aceildvel, ¢ no ser que b) Termine a frase A presenga fisica de nosso interlocutor. conciusdo que sintetize texto. ‘comuma © USO DA LINGUAGEM Proposta de produ¢ao textual 1. Leia 0s textos abaixo com bastante atengao, antes de escrever a sua disserta¢Go.Lei reforca vigilancia na intemet Uma coixa literaimente preta, que pode ser instalada pelo FBI em provedores de internet, esté no centro de uma polémica entre defensores de iberdades individuats ¢ autoridades americanas. A caixc se chama Camivore €, segundo sev inventor, a policia federal dos EUA, 6 apenas uma “feramenta de diagnéstico". Mas, para seus inimigos, o Camivore significa vigiancia indiscriminada e potenciaimente iresponsdvel do tréfego de informagaes na internet, Pelailei atual americana, "grampos" de intemet sGo permitidos sé com cordem judicial que expicite os limites da espionagem. Além disso, cada vez que se Usa 0 Camivore, um novo mandado € necessério. "O Camivore como um fiiro gigantesco, que, segundo o FBI, deixe assar algumas informagdes e retém outras, que ficam guardadas num arquivo Para serem analisadas", disse & Folha a professor de informética Coralee Whitcomb. presidente da organizacde Profissionais da Computacdo pela Responsabilidade Social Com sede no Vaie do Sticio (Califémia), centro nervoso da indistria de informdtica, a PCRS combate com vigor o controle oficial sobre a comunicagdo. ‘SOU contra espionar informagdes na internet. Nao & assim que iremos caplurar {etroristas. No futuro, 0 Unico resultado disso vai sero uso de nossas comunicacées privadas contra nés mesmos." 79 Aeristéncia do Camivore foirevelada em julho de 2000 pelo jornal nova- ‘orquino “The Wali Street Journal”. O caso chegou & imprensa devido é recusa de um dos maiores provedores de intemet dos EUA, a Earthink, a colaborar com (0 FBI numa investigagGo que usaria o Camivore.mediatamente, o Centro de informagSes sobre Privacidade Eletrénica (Epic, sigla em inglés}, entidade dos EUA de defesc de cloeriberdades, entrou na Justica exiginde que 0 FB! fonasse pUblicas todas asinformagées sobre o Camnivore. "No nos opomos & vigiléncia na internet. O problema & que faltam ao Carnivore protecdes és liberdacies individuals", disse 6 Folna Mare Rotenberg, diretor-executivo de Epic. Escuta em satélite opera & margem da lel Mais invasivo do que © grampo eletrénico Carnivore, um sistema de \igiéncia planetéria, criado é margem dalei, esté em plena operagéo. Chama se Echelon Tratase de uma colaboragdo entre EUA, Reino Unido, Canada, Ausirdlia e Nova Ze'@ndio. Esses paises dizem, oficialmente, que o Echelon ndo existe. Mas invesligagdo do Porlamento Europeu. concluida em maio, diz que “ndo hé divida” de que a super-rede esta ativa. Fla 6 adminisrada pela Agéncia Nacional de Seguran¢a dos EUA - inslituicéo militar tao secreta que, fundada em 1952, passou anos negando « propria existéncia, (© Echelon espiona tréfego via satéiite -sinais de rédio e TV, Iigagdes telefonicas € de fax e e-mail. Diferentemente do Camivore, que visc usuarios especiiicos, o Echelon usa um imenso poder tecnolégice para procurar palvras- chave. *Piutonio", "bomba" e "crogas”. por exemplo. ‘© Echelon 6 um sistema que néo presta contas a ninguém", disse & Folha Yaman Akdeniz, professor da Faculdade de Direito da Universidade de Leeds (Reino Unido) e diretor da Cyber-Rights and Cyber-Liberties, enlidade de defesa de liberdades civs. Segundo 0 especialista, “ninguém é contra a interceptagdo de informagao, mas ela deve ser feita com alvos especificos, e nao simplesmente. de forma genérica”. A comissdo do Parlamento Europeu jé investigou, sem sucesso, denéncia de um ex-diretor da CIA, 0 servigo de intelgéncia americano, de que 0 Echelon estava sendo usado em espionagem industrial, para beneficiar ‘companhias dos EUA. (O Pattamento Europeu recomendou que fossem criades novos sistemas de codifica¢do de e-mails pelaintemet. Para a comisséo, como Echelon, enviar um e-mail comum "6 como mandar uma carla sem envelope” Fotha de S. Paulo (07/10/01) Com base na leitura dos textos acima, escreva uma cissertagdo- argumentativa sobre o seguinte tema: Liberdade vigiada: necessidade ou ameaga & democracia? CAPITULO 6 OS PRINCIPIOS DE TEXTUALIDADE ‘A LINGUAGEM EM USO Seca escassey de agua owde decoro politico? Néo- sdo- ay chuvay escousay o- principal problema dox quevovenuno Sertiio: O maior emp éafaltade interesse Polittens haja vista a conweniéncia de existiven eleitorey vesas faicois ay Unido: A regio do Vale-do Rio Sao Fr ‘rancisco, envPetrolinae Juageiro; 6o-melhor exemplo-de desenvolvimento, aplicando- se métodos simples de wrigacao: Avacéey emergenciaiscomo as frentes de trabalho ew pelo politicos; principalmenite, env anoy eleitoraus. Projetoy como: 0 “Dnocs” (implantacdo de acudey no Sertio), w transposicao do- Rio Sdo- Francisco-e tantoy outroy que visany w um regularigacto dw ytuacde- no “poligono das secas”, sto barradoy, devide a siperfaturamentos e desfalques nay ewes tantos"severinos’, Estudante, 82 REFLEXAO TEORICA SOBRE A LINGUAGEM Alguns conceitos TEXTUALIDADE Trata-se de um conjunto de principios que, juntamente com a COESAO © a COERENCIA, pode conttibuir para tomar uma issertacao inguisticamente melhor organizada e argumentativamente mais convincente, Sabemos que a eficdcia de uma dissertagao argumentativa nao depende sé de sua estrutura linguistica e textual nem apenas dos processos de raciocinios bem construidos pelo autor. mas depende também de outros fatores que tm a ver com o leitor, tals como: suas inten¢des [projetos) de leitura: seus conhecimentos prévios sobre o tema; sua relagdio com 0 autor: 5 posigGo social em relagdo 4 do autor; sua percep¢ao do jogo politico e ideo! seus conhecimentos das regras sécio-culturais em vigor seu dominio dos recursos da lingua e do género textual ido. < SAKK KS Lembrete: Pelas razées acima, os elementos de textualidade so considerados muito mais formas reguladoras de acesso ao sentido do que propriamente principios de boa formagao textual, Os Principios de textualidade aconselhaveisemum texto, especificamente do género dissertativo-argumentativo, sao: 1. INTENCIONALIDADE - 0 objetivo central do texto deve ficar bem claro para 0 leitor. Este objetivo se mostra, na dissertacdo, por meio da argumentagdo fundamentada em provas, exemplos ¢ iustragdes utilizadas para convencer o leitor da tese defen: pelo autor; 2. ACEITABILIDADE - 0s fatos e opinides presentes & dlssertacdo devem serracionais, verossimeis e, preferenciaimente, inquestionévels, a fim de que o convencimento e/ou a adesdo & tese ocorra sem muita resisténcia pelo leitor, o qual normalmente concede um “crédito de confianga” ao autor, até que se prove 0 contratio, isto é, até afime algo completamente inaceitével no texto. (A Tera é quadrada, por exemplo} 83 3, SITUACIONALIDADE - refere-se 4 pertinéncia e adequagao ao contexto em que um texto deve ser produzido. No caso da dissertagéo, a situacionatidade tem a ver com 0 modo como o tema deve ser abordado (com graga e seriedade}, com o grau de formalidade da linguagem (nivel culto da lingua) a ser usada, com a variante (padrao da escrita) exigida pelo contexto de avaliagéo € co registro (boa elabora¢Go estilstica} a ser adotado pelo autor na construcéo do texto. 4, INFORMATIVIDADE — tem a ver com a quantidade das informacées mobilzadas e distribuicas ao longo do texto. Um texto sera mais informative, quanto mais imprevisivel for para o leitor. Do mesmo modo, ele sera menos informative, quanto mais conhecido se mostrar ao leitor. Por essa razdo, convém sempre balancear informagées velhas (conhecidas) com informacdes novas para a elaboracao do texto 5. INTERTEXTUALIDADE ~ € a relacdo explicita, pressuposta ou subentendida, que um texto estabelece com outros textos (classicos e de dominio publico) que trataram do mesmo tema. Esse diélogo com textos conhecidos e consagrados forlalece a construcao da argumentacao, garantindo consisténcia ao ponto de vista do autor. REFLEXAO PRATICA SOBRE A LINGUAGEM. Aplicando a teoria na pratica 1. Qual a tese do texto? Transcreva o enunciado que a sintetiza melhor. 2. Aque principio de textualidade a elaboragao de uma tese dentro de uma dissertagGo argumentativa se vincula?

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