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Psicopatologias – Esquizofrenia
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PSICOPATOLOGIAS – ESQUIZOFRENIA
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SAÚDE MENTAL
Psicopatologias – Esquizofrenia
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No momento, não existe prevenção específica para o transtorno. Diversos estudos têm
sido realizados para identificação de indivíduos em alto risco e desenvolvimento de possíveis
intervenções para prevenção.
Ainda não é possível se afirmar que o indivíduo é esquizofrênico, ou será esquizofrênico,
ou terá uma tendência. É uma doença que requer muitos estudos e pesquisas ainda.
Destacando-se como forma de prevenção, tem-se o uso de antipsicóticos (APs) em baixa
dose e o ácido graxo ômega-3. Embora os dados sobre a prevenção ainda não sejam con-
clusivos, algumas intervenções têm mostrado resultados promissores.
Há alguns estudos que tratam o uso precoce de maconha como gatilho para o desenvol-
vimento de um quadro de esquizofrenia. Porém, ainda são estudos da área e necessitam de
mais desenvolvimento.
Após o início dos sintomas e o estabelecimento do diagnóstico, o foco do tratamento
deve ser a remissão dos sintomas e a reabilitação ativa do paciente. embora não curativas,
as substâncias neurolépticas (ou APs) se estabeleceram como o tratamento primário para
todos os estágios da doença.
Há uma discussão mundial quanto à dosagem e quanto à obrigatoriedade da manuten-
ção dos neurolépticos.
Sabe-se que há hoje grupos que trabalham com a condição da alucinação. No Brasil, um
exemplo é o grupo terapêutico “Ouvidores de vozes”. Esses grupos auxiliam o indivíduo por-
tador da esquizofrenia a lidar com a condição da alucinação. O indivíduo passa a manejar ou
identificar quando a situação é oriunda de uma alucinação ou de uma situação concreta. O
filme Uma Mente Brilhante aborda essa questão.
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É preciso tratar de forma personalizada e tentar entender cada paciente, em suas neces-
sidades, principalmente os que fazem usos de drogas antipsicóticas.
O uso continuado em doses ajustadas individualmente possibilita redução no tempo de
hospitalização. Entretanto, apesar de essas substâncias significarem um grande avanço no
tratamento da doença, sua taxa de resposta é de cerca de 70%. Ou seja, 30% dos indivíduos
que iniciam o tratamento com psicofármacos não alcançam o objetivo desejado. É necessá-
rio que haja mais estudos.
Esse fato tem estimulado a procura de novos APs e reafirmado a necessidade de asso-
ciação de outras intervenções à farmacoterapia, como, por exemplo, os tratamentos psi-
cossociais.
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Psicopatologias – Esquizofrenia
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Sintomas positivos:
Os sintomas positivos estão presentes com maior visibilidade na fase aguda da doença e
são as perturbações mentais “muito fora” do normal, como que “acrescentadas” às funções
psíquico-orgânicas do indivíduo.
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preparada e ministrada pelo professor Alexandre Sampaio Rodrigues Pereira.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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Psicopatologias – Esquizofrenia II
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PSICOPATOLOGIAS – ESQUIZOFRENIA II
SINTOMAS NEGATIVOS
TIPOS DE ESQUIZOFRENIA
Esquizofrenia Paranoide
É o tipo de esquizofrenia que, se acompanhado e tratado por profissionais experientes e
qualificados, o indivíduo consegue continuar exercendo suas atividades laborais, trabalhando,
consegue manter a questão da estrutura familiar ativa e funcional.
É o quadro de esquizofrenia que se manifesta, de forma geral, após os 21 anos. Muitos
quadros patológicos tiveram sua primeira manifestação clínica após os 27 anos. Isso faz
com que o indivíduo, com 27 anos ou mais, de forma geral, já tenha constituído família, se
especializado em determinado segmento profissional. Então ele possui uma estrutura social
a qual, muitas vezes, consegue dar um suporte extremamente satisfatório para a manutenção
dessas situações.
Predominam sintomas positivos como alucinações e enganos, com uma relativa
preservação do funcionamento cognitivo e do afeto. O início tende a ser mais tardio que o dos
outros tipos. É o tipo mais comum e de tratamento com melhor prognóstico, particularmente
com relação ao funcionamento ocupacional e à capacidade para a vida independente.
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Psicopatologias – Esquizofrenia II
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Esquizofrenia Catatônica
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Sintomas motores característicos são proeminentes, sendo os principais a atividade
motora excessiva, extremo negativismo (manutenção de uma postura rígida contra tentativas
de mobilização, ou resistência a toda e qualquer instrução), mutismo, cataplexia (paralisia
corporal momentânea), ecolalia (repetição patológica, tipo papagaio e aparentemente sem
sentido de uma palavra ou frase que outra pessoa acabou de falar) e ecopraxia (imitação
repetitiva dos movimentos de outra pessoa). Necessita cuidadosa observação, pois existem
riscos potenciais de desnutrição, exaustão, hiperpirexia ou ferimentos auto-infligidos. O
tratamento, portanto, é bem difícil.
Assim, é um indivíduo que requer cuidados absolutos.
Esquizofrenia Residual
As condições para este tipo de esquizofrenia são: ausência de delírios, alucinações e
comportamento amplamente desorganizado ou catatônico proeminentes; existência de
evidências contínuas da perturbação, indicadas pela presença de sintomas negativos ou
por dois ou mais sintomas positivos como comportamento excêntrico, discurso levemente
desorganizado ou crenças incomuns.
Dentro dessa condição, há os chamados “delírios místicos”. São aqueles indivíduos que
muitas vezes acabam se dedicando exclusivamente a uma condição de religiosidade.
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Esquizofrenia Infantil
É um tipo raro de esquizofrenia (0,5% dos casos), não incluso no DSM. Ocorre bem cedo
na vida do indivíduo (os primeiros problemas surgem entre os 6 e 7 anos de idade). É bastante
severa, tendo sintomas e disfunções mais intensas, além de um tratamento mais difícil. Ainda
não foi perfeitamente elucidado o mecanismo que determina a esquizofrenia infantil. Fatores
ambientais não exercem qualquer influência sobre o aparecimento da doença, o que leva
a crer que a base dela é puramente genética. Características psicológicas incluem falta de
interesse, fraco contato pelo olhar, ecopraxia, ecolalia, baixo QI e outras anormalidades.
Muitas vezes os pais negam e culpabilizam as escolas e profissionais da educação que os
alertam para a possibilidade de haver algum problema com seus filhos. Por isso, o tratamento
acaba sendo procurado tardiamente.
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Psicopatologias – Esquizofrenia II
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Esquizofrenia Hebefrênica
A esquizofrenia hebefrênica é uma forma de esquizofrenia caracterizada pela presença
proeminente de uma perturbação dos afetos. As ideias delirantes e as alucinações são fugazes
e fragmentárias, o comportamento é irresponsável e imprevisível; existem frequentemente
maneirismos. O afeto é superficial e inapropriado. O pensamento é desorganizado e o
discurso incoerente. Há uma tendência ao isolamento social. Geralmente o prognóstico é
desfavorável devido ao rápido desenvolvimento de sintomas “negativos”, particularmente um
embotamento do afeto e perda da volição. A hebefrenia deveria normalmente ser somente
diagnosticada em adolescentes e em adultos jovens.
Muitos pais de adolescentes acreditam que isso não seja uma doença, mas uma fase
da vida.
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