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Robson Sturmer2
Rodrigo Bueno Gusso3
INTRODUÇÃO
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Artigo apresentado como requisito parcial para a conclusão do curso de Especialização em Gestão
da Segurança Pública e Investigação Criminal Aplicada da Academia da Polícia Civil de Santa
Catarina – ACADEPOL-IES.
2 Agente de Polícia Civil de Santa Catarina, Bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí –
estabelecido [...]. PASOLD, Cesar Luiz. Metodologia da pesquisa jurídica: teoria e prática. 11
ed. Florianópolis: Conceito Editorial; Millennium Editora, 2008. p. 83.
5 “[...] pesquisar e identificar as partes de um fenômeno e colecioná-las de modo a ter uma percepção
ou conclusão geral [...]”. PASOLD, Cesar Luiz. Metodologia da pesquisa jurídica: teoria e
prática. p. 86.
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Inicialmente, sabe-se que a Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso XI,
com o objetivo de proporcionar uma maior proteção ao lar, preconizou que a casa é
asilo inviolável só podendo ser penetrada em casos de flagrante delito ou desastre,
para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.
A vida privada está relacionada com outros direitos fundamentais, entre eles
a intimidade e a inviolabilidade do domicílio.
indivíduos alvo das buscas não sejam constrangidos por violação desnecessária de
sua intimidade.
Esse tipo de situação está cada vez mais disseminado em todo o Brasil,
há diversas noticiais de famílias que sofreram inúmeras represálias nesse tipo de
habitação por traficantes. As famílias que não forem coniventes com o tráfico são
expulsas de suas residências.
Cumpre ressalvar que não se trata de uma “carta branca” expedida pela
autoridade judiciaria e sim um instrumento jurídico previsto na legislação penal
brasileira, com uma nova interpretação jurídica, em face a realidade vivenciada pelos
brasileiros.
cidades, onde resiste a parcela da sociedade carente de condições para uma vida
digna, e que padece com a violência policial (LOPES JÚNIOR, 2012, p. 711).
Pois, entende-se que esse mandado iria propiciar aos policiais uma
“carta branca” para fazerem o que bem entender naquela determinada área
geográfica.
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Não se pode negar que abusos por parte dos policiais ocorram em todo
o Brasil, no entanto, tal argumento não se pode levar em consideração para o
deferimento de tal medida, pois, se assim fosse, nenhum mandado de busca e
apreensão seria expedido, com receio de abusos policiais.
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Juliano Baiocchi Villa-Verde de Carvalho: PARECER-32.218/2018-MARÇO-JV/SF
Processo: 154118/DF HC: Habeas corpus Impetrante(s): Wadih Nemer Damous Filho e outros
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tal direito, por sua vez, não é absoluto, podendo sofrer limitações,
conforme a própria Carta Magna dispõe, sendo uma dessas limitações a violação do
domicílio mediante autorização judicial, por meio de mandados de busca e
apreensão, o qual deve conter uma série de exigências legais, dentre elas a
especificação do local das buscas o mais precisamente o possível.
Impetrado(a)(s): Juízas, Juízes, Tribunais e Superior Tribunal de Justiça Paciente(s): Todo cidadão
brasileiro. Relator(a): Ministro(a) Gilmar Mendes-2ª T.
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Abstract: The purpose of this article is to investigate the legal feasibility of issuing
collective search and seizure warrants, as well as their fulfillment by the police
authority. In the course of the text the concepts, foundations and principles that
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govern the inviolability of the domicile through the execution of court orders are
discussed. It shows doctrinal and jurisprudential visions on the subject addressed, as
well as the difficulty encountered by public security agents in individualizing the
property or person being searched. Finally, it addresses the concepts of search
warrant and collective apprehension and feasibility of its application in the Brazilian
legal system. As for the Methodology used, it is recorded that in the Investigation
Phase the Inductive Method was used and the Results Report expressed in the
present Scientific Article is composed on the inductive logic basis.
REFERENCIAS
Bretas, Marcos Luiz. A Guerra nas Ruas: povo e polícia na cidade do Rio
de Janeiro. (Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1997);
LOPES JÚNIOR, Aury Celso Lima. Direito Processual Penal. 9. Ed. São
Paulo: Saraiva, 2012;
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 27. Ed. São Paulo: Atlas,
2011;