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fémur tratado
pelo método
Ilizarov
Discente: Gonçalo Pereira; Maria Maia; Maria Silva;
Rafael Reis
Docente: Ft. Ana Moreira
1
Introdução
Enquadramento acerca do desenvolvimento intrauterino:
Etapas:
Malformações
Fatores de risco:
O facto do desenvolvimento ósseo embrionário ocorrer numa fase precoce, ou seja, pode
ainda não ter sido descoberta a gravidez, o que leva à continuação da exposição a alguns
fatores de risco.
Prevalência:
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Ocorrem durante o desenvolvimento do feto e podem se transversais ou longitudinais,
completas ou incompletas, bilaterais ou unilaterais e podem estar presentes em um ou mais
ossos. Dentro destas malformações, encontramos descrito o encurtamento congénito do
fémur. Este é um tipo raro de malformação congênita, que ocorre durante o desenvolvimento
intrauterino e condiciona o desenvolvimento do fêmur(7). É comum serem encontrados os
seguintes achados físicos a acompanhar esta patologia(8):
Tratamento:
O método de Ilizarov é composto por um fixador que consiste em cabos em tensão presos a
uma série de anéis que circulam o membro e estão juntos com barras metálicas aparafusadas.
É baseado no princípio de distração osteogênica e nos processos de regeneração óssea. O
procedimento consiste em uma cirurgia inicial, durante a qual o osso é cirurgicamente
fraturado e o fixador externo circular é colocado. Enquanto o osso novo se regenera, os anéis
são ajustados girando as porcas, aumentando assim o espaço entre dois anéis. Este ajuste
pode ser feito 4 vezes ao dia, havendo um aumento de 1 mm por dia. No fim do processo de
alongamento, o fixador continua no membro até que haja consolidação óssea completa(13, 14).
Existem várias complicações, tais como(13):
• Infeções;
• Consolidação prematura;
• Subluxação/ luxação articular;
• Aumento do risco de fratura aquando da retirada(15).
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Protocolo de Reabilitação (Benioff Children’s Hospital em Oakland):
Fase I: Fase de Pós- Fase II: Fase de Fase III: Fase de Fase IV: Fase Fase V: Fase Final
de Proteção
Operatório Alongamento Consolidação
Imediato
Fisioterapia diária Fisioterapia pelo O processo de Durante esta Após remoção do gesso
no período de menos 3 vezes por alongamento está fase, o fixador
internamento semana concluído externo é
removido pelo
que o osso
necessita de
proteção
Ensino da marcha Foco na prevenção de Foco na Aplicação de Foco no fortalecimento
com canadianas contraturas em flexão consolidação óssea gesso nesta muscular do membro
do joelho e subluxação fase inferior (cadeia fechada
do joelho → cadeia aberta)
Exame Subjetivo
Dados Gestacionais e relativos ao momento do parto: 38 semanas de gestação, sem
complicações, contudo a mãe possuía hábitos tabágicos da mãe. Foi efetuada uma Ecografia
do 2º trimestre revelou uma alteração no comprimento do fémur direito (3.2 abaixo do
percentil estimado). Parto normal sem complicações reportadas, com uma escala APGAR: 9 ao
1º minuto e 10 ao 5º minuto. Foi confirmado o diagnóstico de encurtamento do fémur sem
outras patologias associadas. Foi encaminhada para a consulta de ortopedia pediátrica.
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Consulta de Ortopedia Pediátrica: Realizada após completados 2 meses de idade. Foi
Verificada a existência de uma dismetria de 6 cm. Verificou-se ainda a exacerbação do padrão
combinado de flexão e rotação externa, acompanhado por coxa vara e valgus femoral distal
(típico desta patologia).
Dor: DL, DD e DV – EVA 2, Sentada – EVA 4, Em carga – EVA 4. Dor localizada no local da secção
óssea
Exame objetivo
Análise da marcha
Fase de Apoio: Redução do tempo de apoio sobre o membro direito por dor, que conduz a um
aumento do suporte sobre as canadianas. Recrutamento do quadrado lombar direito durante
a fase inicial por falta de força dos flexores da anca.
Fase de Oscilação: Flexão da anca limitada e não realiza flexão do joelho direito por medo da
dor
Avaliação do controlo postural: Controlo postural deficitário à direita devido à dor e ao peso
dos anéis
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Principais problemas
Assimetria no comprimento dos passos Não conseguir brincar com as suas amigas na
escola
Objetivos
Curto prazo Médio longo prazo
Intervenção
Fase 3.1
• Aumento da força muscular, reintegração do pé no esquema corporal e aumentar a
tolerância à carga;
• Exercícios de fortalecimento muscular (Exercícios Isométricos → Exercícios Isotónicos
em Cadeia Cinética Fechada);
• Exercícios de mobilidade e flexibilidade;
• Através do input sensorial, estimular as vias aferentes de modo a melhorar a
integração do segmento (pé) na representação corporal;
• Treino de proprioceção e aumento de carga progressiva sobre o membro inferior
direito;
• Ativação da core
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Fase 3.2
Melhoria do padrão de marcha
3.2.1 Nesta fase a utente deambula com apoio de uma canadiana do lado contralesional.
Inicialmente nas barras paralelas, criar circuitos de marcha com atividades funcionais afim de
melhorar o padrão de marcha. Nesta fase o terapeuta estará com a utente dentro das barras
servindo estas apenas para segurança e confiança da utente.
3.2.2 De seguida, quando a confiança da utente assim o permitir, sair das barras paralelas e
trabalhar a marcha como atividade funcional e atividade do dia-a-dia. Inserindo neste
trabalho:
O trabalho realizado na sessão deve sempre ser continuado em casa de modo a atingir uma
recuperação mais célere e eficaz. Para tal, é necessário que:
7
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