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História da Educação de Surdo

Um dos marcos históricos da educação de surdos no Brasil é o decreto


_________________ que regulamenta a inclusão do ensino da Língua Brasileira de
Sinais como disciplina curricular de acordo com a Lei 10.436 de 24 de abril de 2002.
Esse decreto garante os seguintes itens: formação de professores surdos e
bilíngues; formação do profissional intérprete de libras; garante a difusão da
LIBRAS e da língua portuguesa como direito de educação para os surdos; e ainda
garante o acesso à saúde pelo uso da Língua Brasileira de Sinais tanto de surdos
como de pessoas com deficiência auditiva. Assinale a alternativa que corresponde
ao número desse decreto.
E. 
Decreto 5.626 de 22 de dezembro de 2005.
O decreto 5.626 de 22 de dezembro de 2005 é primordial para a difusão da LIBRAS
no Brasil, pois com ele a comunidade surda e as pessoas com deficiência auditiva
têm plenos direitos à educação, à saúde e, principalmente, ao uso do seu idioma
como primeira língua.

Na história educacional dos surdos, há registro de diferentes vertentes de


metodologias educacionais aplicadas a pessoas com deficiência auditiva. A
trajetória histórica dos surdos foi difícil, sofrida e com muitos percalços. Até chegar
à metodologia atual para a educação de surdos, eles foram proibidos de sinalizar e
usar suas mãos para se comunicarem.Com isso em mente, marque a alternativa
que corresponda à metodologia de ensino para surdos que contempla a prática
educacional, que proporciona percepções mentais, cognitivas e visuais e
capacidade para analisar os conceitos de modo subjetivo e objetivo em relação às
informações recebidas, respeitando as caraterísticas e regras gramaticais do
idioma, conforme nos aponta Quadros em seu livro: Educação de Surdos: A
aquisição da linguagem p. 29 a 33.
B. 
Bilinguismo.
O Bilinguismo é visto como um sistema linguístico de estrutura gesto-visual, com
gramática própria e específica, capaz de expressar conceitos complexos, concretos
e abstratos. Ainda é capaz de aprimorar e desenvolver mais habilidades para
percepções mentais, cognitivas e visuais.

Sabe-se que, na trajetória educacional no Brasil e no mundo, a influência da igreja


teve uma forte presença. Sendo assim, não foi diferente na educação de surdos. Há
fatos que comprovam que frades, monges e padres entre os séculos XVI, XVII e
XVIII tiveram um grande papel no processo educativo de surdos e pessoas com
deficiência auditiva. Devido ao preconceito e desinformação da época sobre as
pessoas com deficiência auditiva e suas capacidades, eles eram considerados
incapazes de aprender e desprovidos da capacidade de pensar. Assim sendo, o
clero tinha o intuito de "salvar" ou curar a alma dessas pessoas. Para isso, eles
queriam adaptar os surdos à sociedade, de acordo com Salles (2004. p. 50).
Assinale a alternativa que corresponde corretamente à prática de intervenção usada
pelos frades, monges e padres no período do século XVI, XVII e XVIII.
D. 
Integração.
Nesse período histórico, as pessoas com deficiência auditiva começaram a se
integrar socialmente, graças ao trabalho árduo dos frades, monges e padres da
época, proporcionando oportunidade de trabalho e educação para os surdos.

A educação de surdos, de acordo com Quadros, 1997, p. 21, passou por três fases,
sendo que a última faz parte de um processo de transição. Nas alternativas a
seguir, assinale a alternativa que corresponde a elas na ordem que aconteceram.
C. 
A educação de surdos iniciou-se com oralismo, bimodalismo e bilinguismo.
É apresentado primeiro a proposta oralista, em seguida a bimodal e a última, de
transição, o bilinguismo.

A história da educação de surdos no Brasil iniciou-se com a criação do Instituto de


Surdos-Mudos, que hoje é o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). A
criação do INES contou com dois grandes personagens, no Brasil. Marque a
alternativa correta sobre quais foram os personagens principais da criação do
INES.
C. 
Eduard Hernest Huet e Dom Pedro II.
Huet e Dom Pedro II criaram o primeiro Instituto Nacional de Educação para surdos
no Brasil, no Rio de Janeiro, em 1857. O instituto começou a funcionar nessa
mesma época. Huet propôs as seguintes disciplinas: Língua Portuguesa, Aritmética,
Geografia, História do Brasil, Escrituração Mercantil, Linguagem Articulada, Doutrina
Cristã e Leitura sobre os Lábios.

Aquisição e desenvolvimento da linguagem para crianças surdas

No período Pré-linguístico, temos um fato interessante que ocorre igualmente com


todos os bebês (surdos e ouvintes). Que fato seria esse?

A. 
Neste estágio, ambos os bebês apresentam a balbucio oral e manual.
Neste estágio, tanto o bebê surdo como o bebê ouvinte utilizam o balbucio oral e
manual. A partir do próximo estágio de aquisição, desaparece ou se reduz
consideravelmente o balbucio oral nos bebês surdos, enquanto que nos bebês
ouvintes ele se mantém. Já para o bebê ouvinte, o balbucio manual desaparece ou
se reduz consideravelmente, e para o bebê surdo continua, pois começa a fazer
parte da estrutura da língua de sinais que será base da sua L1. Perceba, que,
embora o output linguístico seja igual para ambos no primeiro ano de vida,
o input para o bebê ouvinte é favorecido, pois já vem em sua língua materna
(português oral), enquanto que para o surdo trata-se de sua L2, o que cria uma
desigualdade entre ambos já no nascimento, o que impacta culturalmente a criança
ouvinte, mas não favorece a criança surda (a qual, na maioria dos casos, não tem
contato precoce com sua língua materna (língua de sinais) nem com integrantes de
sua própria cultura surda) e, por último, a capacidade latente de qualquer criança
depende de características subjetivas ou talento nato para o aprendizado (próprias
de cada criança), assim como da quantidade e da qualidade do input linguístico
proporcionado a ela.

O processo de aquisição da língua sinais é semelhante ao das línguas orais e o


mesmo pode ser dividido em períodos ou estágios. Marque a alternativa que
contemple todos os períodos.
E. 
Período pré-linguístico, estágio de um sinal, estágio das primeiras combinações, estágio
das múltiplas combinações e estágio de aquisição da linguagem pela criança surda.
Quando a aquisição se desenvolve dentro do período esperado, existem alguns
estágios pelos quais a criança surda passa para adquirir e desenvolver a língua de
sinais. Neles, é característico, primeiramente, o período pré-início de aquisição da
linguagem, o período de produção de um vocábulo apenas, o período de arranjo de
mais de um vocábulo, o período de produção de vários vocábulos combinados e o
período de domínio da linguagem pela criança surda.

O período crítico para aquisição de linguagem segundo a teoria Gerativista se inicia


aos dois anos de idade e vai até a puberdade (aproximadamente 12 anos). Marque a
alternativa que complementa essa afirmação.
C. 
Na puberdade, seria o momento no qual a criança atingiria seu ápice, ou seja, a porta se
fecharia, tornando a aquisição de linguagem mais difícil, além de dificultar que a pessoa
atinja o nível linguístico de um nativo.
Esse período é considerado crítico, pois seria o momento de vida mais sensível
para à aquisição de linguagem pelo indivíduo. Período sensível é a definição
adotada pela teoria Conexionista. Ainda, é a teoria do Behaviorismo que defende o
aprendizado vindo unicamente de inputs exteriores, enquanto o Gerativismo
acredita no desenvolvimento por meio de ideias vindas de fora e de ideias inatas
(pré-determinadas pelo sistema biológico). Deve-se aproveitar ao máximo o período
crítico, pois, nessa fase, o processo associativo identificando regularidades e
extraindo padrões probabilísticos é mais forte na criança do que na fase da
adolescência ou na fase adulta. Busque aproveitar o período crítico visando ofertar
à criança um grande número de estímulos de qualidade e no tempo certo, e assim
alcançar o sucesso no desafio de proporcionar a aquisição e desenvolvimento da
linguagem para a uma criança surda.

A privação da língua pode ocasionar alguns sintomas clínicos na criança e,


posteriormente, no adulto que ela irá se tornar. Que tipo de sintomas seriam esses?
B. 
Isolamento, depressão, distúrbio de personalidade e sensação de inadequação ao meio
social.
A privação linguística proporciona à criança uma experiência negativa, o que
clinicamente a leva a apresentar problemas de interação e convívio social. Lembre-
se: a falta de estímulos é uma característica ou sintoma social externo, e a
pronúncia linguística ou a dificuldade em usar os recursos linguísticos que a língua
oferece é uma característica e não um sintoma propriamente dito.

No ensino e aprendizado do Português como L2 para crianças surdas, o que


podemos destacar como um conjunto de principais problemáticas?
D. 
Português escrito e língua de sinais são línguas de modalidades distintas, tornando o
ensino-aprendizado da escrita portuguesa com L2 um desafio, o qual poderia ser
facilitado se a criança surda aprendesse também a escrita de sinais para ser
utilizada como suporte ao aprendizado do português escrito com L2. Além disso, também
temos a falta de preparo dos professores e problemas na estratégia metodológica
adotada pelas escolas. 
Você deve assinalar a questão que demonstre um conjunto de principais problemas
(mais de um) no ensino e aprendizado do Português como L2 para crianças surdas.
Contudo, isso não significa que as outras problemáticas citadas de forma isolada
não sejam fatores a considerar. Perceba que a proposta que, segundo a LEI Nº
10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002. Art. 1º, a Língua Brasileira de Sinais - Libras e
outros recursos de expressão a ela associados são reconhecidos como meio legal
de comunicação e expressão dos sujeitos surdos. Parágrafo único. A Língua
Brasileira de Sinais - Libras não poderá substituir a modalidade escrita da língua
portuguesa. A escrita em língua portuguesa não pode deixar de ser ensinada a
crianças surdas (está na lei), entretanto nada impede que seja ensinado também a
escrita de sinais nas escolas, entretanto não é o que se percebe na prática, onde as
escolas não adaptam corretamente o currículo (inserindo o ensino da escrita de
sinais) e dificilmente cobram dos professores capacitações visando atender uma
criança surda com qualidade. Na opinião de Quadros, tratando-se do ensino da
língua portuguesa escrita para crianças surdas, considera que há dois recursos
importantes a serem usados em sala de aula: o relato de estórias e a produção de
literatura infantil em sinais, o que dará subsídios às crianças aprenderem a ler as
palavras escritas na língua portuguesa (QUADROS, 2006, p. 24).

Surdez: conceitos, causas e políticas de prevenção

A surdez é uma deficiência na audição que pode ocorrer em pessoas de todas as


idades. Contudo, existem crianças que já nascem com restrição auditiva ou perda
gradual da audição, e essa restrição ou perda pode variar em grau e intensidade. O
fator que causa perda auditiva e se contrapõe às causas de surdez adquirida pode
ser definido como:

E. 
Causa genética.
As predisposições genéticas que levam o bebê a nascer com surdez é um fator
hereditário que dificilmente pode ser mapeado, visto que existem diversas
possibilidades de surdez congênita levando à má formação de células e do próprio
aparelho auditivo. Já as causas de surdez adquirida são originadas por fatores
externos, como: doenças adquiridas pela mãe, uso de drogas, a má formação ou a
prematuridade do feto, meningite (que é uma inflamação das meninges que são as
membranas que envolvem o cérebro da criança), rubéola (que é uma doença
contagiosa e transmitida por um vírus), doenças autoimunes (que são aquelas em
que o sistema imunológico afeta o organismo do próprio paciente e pode causar a
surdez), entre outras.

A partir do ano de 2010, por meio da LEI Nº 12.303, em todos os hospitais e


maternidades, é obrigatória a realização gratuita do exame, denominado “Emissões
Otoacústicas Evocadas” nas crianças recém-nascidas, que também é conhecido
por?
B. 
Teste da orelhinha.
Exames que avaliam a capacidade de compreensão da fala humana, que verificam
a presença de alteração motora e falta de compreensão dos fonemas durante a fala
e que avaliam as respostas do paciente a sons emitidos em diversas
frequências são testes aplicados em crianças um bom tempo depois do nascimento.
O teste do pezinho também é obrigatório por Lei em todo o Brasil, e sua realização
faz com que doenças que podem causar sequelas irreparáveis no desenvolvimento
mental e físico da criança sejam detectadas e tratadas mesmo antes do
aparecimento dos sintomas. Já o Teste da orelhinha é um teste indolor e de rápida
aplicação. É colocado um fone, na orelha do bebê recém-nascido, que produz certo
estímulo sonoro e registra o retorno desse estímulo (eco), verificando se a cóclea
(parte interna da o

Para diagnosticar a surdez, especificando o grau de perda auditiva (seja ela leve,
moderada ou severa “profunda”), o tipo de perda (unilateral ou bilateral) e o nível de
condução do estímulo e maturidade neurológica, é feito um exame chamado de
______________. Marque a alternativa que corresponde ao nome deste exame que
comprova com mais detalhes o grau, o tipo e o nível de condução do
estímulo/maturidade neurológica do bebê com suspeitas de surdez.
D. 
Exame de audiometria.
Os decibéis são uma escala de som que a audição humana é capaz de escutar e
suportar sem desenvolver sequelas ao aparelho auditivo. Sim, o exame é solicitado
por um profissional da área da saúde, que pode ser um otorrinolaringologista ou um
fonoaudiólogo. No entanto, a questão refere-se ao nome do exame e não ao
profissional que o solicita. No caso de perda Auditiva ou surdez, o exame a ser
realizado é no aparelho auditivo e não nas cordas vocais. Esse exame é indicado
para averiguar o funcionamento do aparelho auditivo. No entanto, a questão refere-
se ao exame capaz de diagnosticar a surdez e perda auditiva e classificá-la como
leve, moderada ou severa, o Exame de audiometria. A Eletrococleografia
(ECoG) busca medir os potenciais elétricos gerados no ouvido interno como
resultado de um estímulo sonoro. Esse teste é mais frequentemente solicitado para
determinar se nosso ouvido tem uma quantidade excessiva de pressão dos fluidos.
A presença de pressão excessiva no interior da cóclea pode causar sintomas como:
perda de audição, plenitude auricular, tontura e zumbido; o que caracteriza o bebê
ou a criança como tendo a doença Ménière.

Os fatores mais frequentes de surdez são as causas adquiridas no decorrer da vida,


tais como: as otites, fratura dos ossículos do ouvido, perfuração da membrana
timpânica e bloqueio da orelha externa por rolhas de cerume ou por corpos
estranhos introduzidos no ouvido. Um bom exemplo de má formação e/ou infecção
do ouvido que causa problema de surdez em nível de condução do estímulo seria?
C. 
Otosclerose da cóclea.
Otites externas, geralmente, são causadas por traumas ocasionados por objetos
como cotonetes ou por entrada de água contaminada. Já a Otite média é uma
doença que ocorre quando uma secreção permanece dentro do ouvido médio. Já a
Otite média aguda é a inflamação do ouvido médio que ocorre a partir de uma
infecção por um período mais longo, podendo atingir um ou os dois ouvidos. A Otite
média crônica ocorre, geralmente, da perfuração da membrana timpânica por um
trauma causado por objeto ou por pressão no canal do ouvido (tapa, mergulho ou
até mesmo um forte barulho). A Otosclerose da cóclea é uma má formação e/ou
infecção do ouvido que causa problema de surdez em nível de condução do
estímulo.

Existem várias alternativas ou estratégias que a pessoa com surdez pode utilizar
para conseguir se comunicar com pessoas ouvintes, que desconhecem sobre a
cultura surda e suas particularidades. Um exemplo de estratégia comunicacional
que dificilmente um sujeito autodeclarado surdo utilizaria, para se comunicar com
pessoas ouvintes de fora da comunidade surda seria?
A. 
Língua de Sinais e Escrita de Sinais.
A pessoa com surdez que se reconhece como sujeito surdo usa a língua de sinais
como sua L1 (Língua 1), isto é, sua língua natural. Ela é usada para a comunicação
surdo com surdo e surdo com ouvintes, desde que este último grupo tenha
conhecimento sobre a cultura surda (o que contempla conhecer a língua de sinais).
Visto isso, para se comunicar com pessoas ouvintes, nesse caso, o ideal seria usar
as seguintes estratégias/alternativas: Leitura Labial, Oralização, Português Escrito e
o uso de Aparelho Auditivo (para ampliar a capacidade de entendimento na
recepção sonora quando existir resquício auditivo no sujeito surdo).
Comunidade, Cultura e Identidade Surda
O pertencimento a um grupo é de grande importância para o pleno viver de um
indivíduo surdo.
Selecione a alternativa que apresenta corretamente o conceito de comunidade
surda.
Você acertou!
A. 
Um lugar onde convivem surdos e ouvintes conversando, interagindo e discutindo sobre
diversos assuntos por intermédio da Libras. Sendo assim, as comunidades surdas são os
locais onde ocorre a interação com outros surdos e com ouvintes que ali frequentam,
recriando-se as identidades surdas, as narrativas pessoais, os marcadores culturais, as
lutas e os discursos que permeiam os grupos surdos.
As comunidades surdas acolhem também pessoas que não são surdas, como
familiares, intérpretes e pessoas interessadas na comunidade e na cultura surda, ou
seja, que possuem os mesmos objetivos.

A cultura surda possui semelhanças em relação a cultura ouvinte, no entanto, a


cultura surda também tem algumas peculiaridades que a caracterizam. Marque a
alternativa correta sobre o conceito de cultura surda.
B. 
Por intermédio da cultura, os surdos constituem sua comunidade, valores, crenças,
costumes, hábitos e identidade, que são passados de geração para geração, valorizando
as experiências visuais e a Libras como meio de comunicação e interação com o outro e
com o mundo.
A cultura surda se manifesta como qualquer outra cultura, destacando seus valores,
crenças, língua, lutas e conquistas da comunidade,  e as transmitindo de geração
em geração.

Assinale a alternativa correta sobre a identidade surda.

O fator cultural está estritamente ligado à construção da identidade surda, isto é, o sujeito
precisa ter contato e conhecer a comunidade e sua cultura para, então, poder tomar a
decisão de se integrar a ela (assumindo sua identidade como surdo) ou não.
O sujeito surdo tem de vivenciar a cultura surda e interagir com outros surdos para
poder construir a sua própria identidade surda.

A Libras é a língua utilizada para a comunicação surdo com surdo ou entre surdos e os
ouvintes que saibem Língua de Sinais. Analise as sentenças a seguir e marque a
alternativa correta sobre a língua natural dos surdos (Libras).
B. 
A Libras é uma língua natural criada pela comunidade surda para se comunicar.
O ponto essencial para a construção da Identidade Surda é usar a língua natural da
Comunidade Surda (Libras) na comunicação e na interação com o outro, seguindo
as regras e as estruturas gramaticais próprias das línguas de sinas, que conseguem
inclusive expressar conceitos abstratos e sem limitações.

Dos itens apresentados a seguir, qual deles se adapta aos fatores de constituição
da identidade surda?
Você acertou!
A. 
Usar a língua da comunidade surda, importar-se com a busca por direitos e conquistas
que beneficiem a comunidade e fortaleçam a cultura surda. Mas não basta usar a língua
natural da comunidade surda e se importar com a manutenção da cultura, é essencial
também se considerar um integrante dela e ter orgulho de ser surdo.
No desenvolvimento da identidade surda, é importante saber de onde vem o sujeito
surdo, qual a sua trajetória, lutas e conquistas, seus conhecimentos de vida e de
mundo, para que, assim, ele possa assumir a sua identidade surda, partindo de
suas experiências visuais e da sua língua natural e podendo assim se enxergar
dentro da sociedade. Infelizmente, em alguns casos, a transição da cultura ouvinte
para a cultura surda não é nada tranquila, visto que a pressão de familiares é muito
grande.

Políticas de Inclusão versus Educação Bilíngue


Sobre a proposta educacional para alunos surdos, cite três fatores relevantes na
educação bilíngue.
Você acertou!
A. 
- Considera os fatores socioculturais da comunidade surda.
- Considera a Língua de Sinais como parte primordial do processo de educação bilíngue.
- Propõe um contexto escolar acessível para o aluno, em que ele tenha os dois idiomas,
sendo o português de forma escrita.
Os três itens atendem aos conceitos básicos para a educação bilíngue, pois
contemplam as necessidades linguísticas, ou seja, o acesso ao idioma materno do
aluno, respeitando o seu contexto sociocultural e dispondo da íngua portuguesa na
forma escrita.

De acordo com as ideias da autora Smith, marque a alternativa que contemple


todos os conceitos que definem a educação especial multicultural e bilíngue.

B. 
Usa e promove a língua nativa para desenvolver a competência na língua portuguesa;
fornece educação individualizada; apoia e amplia a cultura, justiça e democracia.
Os dois primeiros itens contemplam as necessidades básicas para a educação
bilíngue, mas o último refere-se apenas a uma via de comunicação (oral), sendo
que, para educação bilíngue, tem de contemplar a comunicação gesto-visual e do
português apenas na forma escrita.
A Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, é regulamentada pelo Decreto 5.626, de 22 de
dezembro de 2005. Trata da inclusão da Libras como disciplina curricular nos cursos de
formação de algumas áreas profissionais distintas. A partir do reconhecimento da Libras
em território nacional, são vários os profissionais especializados que participam do
processo educacional da educação dos surdos, tais como: C. 
Professores, tradutor intérprete e instrutores de Libras e instituições especializadas com
serviço diferenciado que ofereça atendimento educacional e/ou de natureza terapêutica,
como psicologia e fonoaudiologia para alunos surdos matriculados na Educação Básica.
Todos os profissionais citados são importantes para o processo educacional do
aluno surdo, pois cada área é de extrema importância para o desenvolvimento do
indivíduo. Faltando uma dessas áreas, há déficit no desenvolvimento do sujeito,
pois cada profissional tem o seu papel dentro das etapas a serem percorridas pelo
aluno surdo.

Assinale a alternativa correta sobre os três pilares da proposta bilíngue na


educação de surdos.
E. 
- Contrapõe-se ao modelo oralista, considerando apenas o canal gesto-visual para a
aquisição de linguagem da pessoa surda.
- Contrapõe-se à comunicação total, pois defende o uso exclusivo da língua de sinais no
espaço educacional para a aquisição da Libras, respeitando tanto a Libras quanto o
português na forma escrita.
- Propõe o ensino de dois idiomas: a Libras como língua principal e a língua portuguesa
como segundo idioma, na versão escrita.
Estes são os três pilares da proposta bilíngue na educação de surdos.

Smith destaca duas características muito importantes que definem a educação


especial. Quais são elas?
C. 
- Educação pública adequada e gratuita (EPAG)
- Ambiente menos restrito (AMR)
As siglas EPAG e AMR e suas referências estão de acordo com a proposta de
Deborah Smith. Segundo ela, estes são os itens que definem a educação especial.

Língua Brasileira de Sinais: uma conquista histórica

O Decreto n.º 5.626/2005, em seu Art. 13, postula que o ensino da Língua
Portuguesa como segunda língua deve ser incluído na grade curricular dos cursos
de formação de professores que atuarão desde a educação infantil até o ensino
superior, assim como nos cursos de licenciatura em Letras com habilitação em
Língua Portuguesa. Dessa forma, assinale a alternativa que condiz com o método
que é utilizado na educação de surdos para o ensino da Língua de Sinais como
primeira língua (L1) e a Língua Portuguesa como segunda (L2).
Você acertou!
A. 
Bilíngue.
A proposta de ensino bilíngue foca a LIBRAS como língua natural do sujeito surdo e
o português como língua adicional. O método Oralista tem como foco apenas
estimular a fala na criança surda. Já o método Bimodalista não existe, apenas nos
referimos à bimodalidade quando analisamos a troca de código que acontece entre
Língua de Sinais com outra língua oral (Tipo, uma tradução/interpretação
Português – LIBRAS ou LIBRAS – Português). A Comunicação total representa a
metodologia de ensino que fez uso da Língua de Sinais para ensinar o português
como L1 para as crianças surdas. A pedagogia surda foca o ensino bilíngue
(LIBRAS e Português), mas também se preocupa com questões culturais que fazem
parte da comunidade surda e que ajudam a construir a identidade das crianças a
partir de uma pedagogia focada no ser surdo.

Na Lei n.º10.436/2002, em seu Art. 1º, diz o seguinte: É reconhecida como meio legal
de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS – e outros
recursos de expressão a ela associados. Que recursos seriam esses?
C. 
SignWriting.
A leitura labial não é considerada como um recurso associado a LIBRAS, embora
possa ser utilizada como uma estratégia para facilitar a comunicação do sujeito
surdo. O uso de aparelho auditivo, assim como a leitura labial, é considerado como
uma estratégia para facilitar a comunicação e, ambas, estão atreladas ao português
falado. A terapia da fala tem total associação à comunicação falada, e não à
LIBRAS, pois visa construir um surdo que oralize. O português escrito tem relação
direta com a Língua Portuguesa oral, entretanto ele também pertence à LIBRAS
quando precisamos fazer empréstimos linguísticos de palavras. Contudo, apesar
dessa relação existente, não podemos associar o português escrito como um
recurso de expressão sob o domínio da LIBRAS, visto que ele também está ligado à
língua oral. O SignWriting é um recurso de expressão associado somente à LIBRAS
e à sua modalidade gesto-visual ímpar.

A Língua de Sinais foi oferecida pela primeira vez na modalidade em vídeo, no


Exame Nacional de Ensino Médio – ENEM – do ano de 2017. Que vantagem essa
conquista tem para o sujeito surdo?

Possibilita que o sujeito surdo consiga assistir às questões da prova sinalizadas em


LIBRAS, que seguem o mesmo padrão de qualidade para todos os candidatos surdos que
optarem pelo recurso em vídeo.
O fato de usar o recurso da prova em vídeo não significa necessariamente que o
candidato terá mais tempo para fazer a prova (cada pessoa tem o seu ritmo). O
candidato pode assistir à pergunta quantas vezes desejar, assim como, um
candidato ouvinte que pode ler a questão inúmeras vezes. A opção de assistir à
prova em vídeo não permite que o candidato surdo interaja com a pessoa do vídeo,
visto que se trata de uma gravação (a única coisa que ele pode fazer é voltar e
assisti-la novamente). Não é possível que a prova de redação seja sinalizada por
meio de vídeo, pois a prova é “em Língua Portuguesa”, e o intuito dela ser realizada
na modalidade escrita é exclusivamente para testar o nível de proficiência do
candidato, o que não seria possível se ele gravasse um vídeo. Uma das maiores
vantagens dessa acessibilidade durante a realização da prova é poder oferecer ao
candidato surdo uma sinalização de excelência que não gere ambiguidades por ter
sido sinalizada de um jeito da primeira vez e depois de outra forma da segunda vez.

O que significa corpus e por que ele é tão importante para a LIBRAS?

Representa todas palavras de uma língua. Ou seja, quanto mais palavras existirem dentro
de diferentes áreas de conhecimento humano, melhor e mais forte será a língua. Para a
LIBRAS, quanto mais corpus for gerado melhor, pois ela está em um estágio em que a
quantidade de sinais existentes é pouca se comparada a outras línguas orais.
O reconhecimento de um idioma perante a sociedade ocorre por meio
de status linguístico, que é conquistado ou aceito naturalmente pelo uso de uma
língua ou pela lei que oficializa o uso. O corpus representa todos os vocábulos de
uma língua. Ou seja, quanto mais ela produz novos vocábulos, maiores são as
chances de ela conquistar mais status diante da comunidade. Por mais que a
LIBRAS seja uma língua amplamente utilizada pela comunidade surda e que, muito
em breve, aumente consideravelmente seu corpus linguístico, ainda assim, não será
possível ela se tornar uma das línguas oficiais do nosso país, a não ser que a
Constituição Federal de 1988 seja alterada. Nesse contexto, o objetivo da
comunidade surda é que o maior número de pessoas aprenda LIBRAS, contudo
seria muito difícil que isso acontecesse (com ou sem lei), pois isso geraria margem
para outras línguas pedirem o mesmo (as diversas tribos indígenas que vivem no
país poderiam fazer a mesma reivindicação). Perceba que a criação de
mais corpus é essencial para uma língua ser mais reconhecida. No caso da
LIBRAS, sua força está no movimento surdo e na sua comunidade, porém a falta
de corpus em determinadas áreas do saber é uma carência a ser diminuída com o
tempo.

O estudo linguístico que foi o começo ou o pontapé inicial para que a Língua de
Sinais fosse considerada uma língua e não uma linguagem, pertence a qual
pesquisador?
Você acertou!
A. 
William Stokoe.
Ponce de Léon foi um dos primeiros professores para surdos do século XVII, e sua
metodologia tinha como foco basicamente a datilologia, a escrita e a oralização, isto
é, tinha mais associação com o modelo oralista de educação. Outros educadores
defendem o uso da Língua de Sinais, sendo um deles Charles-Michel de l’Épée,
considerado um dos primeiros defensores dessa língua. Ele desenvolveu várias
pesquisas a respeito da Língua de Sinais, entretanto nenhuma delas tratava da
verificação e do reconhecimento dela como uma língua e não como uma linguagem.
Já Thomas Gallaudet, juntamente com seu colega, Laurent Clerk, fundou a primeira
escola americana para surdos, mas não desenvolveu pesquisas para descobrir se a
Língua de Sinais era mesmo uma língua. Para Alexander Graham Bell, que era
defensor do oralismo, o surdo não deveria se reunir em uma sociedade de surdos,
pois isso impediria que eles se integrassem à sociedade de ouvintes. A pesquisa
que William Stokoe fez ao observar a Língua de Sinais utilizada nos Estados Unidos
(American Sign Language  – ASL), na década de 1960, é considerada um divisor de
águas para os linguistas que estudam Línguas de Sinais.

Apos P1

1. 
Ao analisar o processo de aquisição de linguagem, nota-se que esse processo é natural. Os ouvintes aprendem a falar ouvindo e
observando seus pares (pais, irmãos, amigos, etc.). Partindo desse pressuposto, marque a alternativa que corresponde ao
processo que aquisição da Libras (L1) para a criança surda.
C. 
A aquisição da L1 acontece naturalmente para a criança surda quando ela passa a ter contato com mais crianças surdas e com
professores surdos ou bilíngues, que é quando ela começa a ampliar seu vocabulário, de acordo com as suas vivências e
experiências visuais.
O processo de aquisição da L1 é uma condição natural de qualquer ser humano, seja ele ouvinte ou surdo. Além disso, o
processo de aquisição da Libras pela criança surda acontece independentemente de seus pais serem surdos ou ouvintes.
Contudo, nas escolas regulares, o ensino não é ministrado em Libras, mas, sim, em língua oral portuguesa, o que não
favorece o desenvolvimento da Libras com L1 pelo Sujeito Surdo. A única opção que ofertam para a criança surda é a sala
de AEE, em que o ensino é ministrado por um(a) professor(a) que, geralmente, tem pouco domínio da Libras. Durante as
aulas ministradas em língua portuguesa, existe o suporte do Intérprete de Libras, mas  que não se equipara a um professor
bilíngue (surdo ou ouvinte com fluência). Por fim, a crianças surda não precisa dominar o Português para desenvolver sua
L1 – Libras. É recomendável o contrário: que a aquisição da L1 (Libras) auxilie no aprendizado da L2 (Português).
2. 
De acordo com o que você estudou até agora sobre a educação de pessoas surdas, marque a alternativa que corresponde ao
objetivo do ensino da L2 (Português) para pessoas surdas.
A. 
O objetivo é focado somente na leitura e na escrita da Língua Portuguesa.
O ensino do Português para o Sujeito Surdo é com o único intuito de desenvolver a capacidade de leitura e escrita na
pessoa, mas não ao ponto de se equiparar ao nível de um Ouvinte, o que é algo extremamente difícil de acontecer,
mas que não é impossível (somente improvável). Além disso, não tem como foco a oralidade do Sujeito Surdo, mas  é bom
lembrar que a oralidade é uma opção, desde que o surdo deseje desenvolver essa aptidão. O foco em desenvolver recursos
para fazer a leitura labial não é o objetivo principal do ensino da L2, embora, por meio do acompanhamento com um
fonoaudiólogo, essa habilidade possa ser desenvolvida.
3. 
No que se refere a vivenciar experiências visuais, podemos dizer que, para o Sujeito Surdo, isso significa?
E. 
Contar com recursos não somente visuais, mas que também estejam enraizados em uma cultura surda, como, por exemplo: teatro
surdo, webtv inteiramente em libras, etc.
O acesso ao recurso de Closed Caption não proporciona a experiência visual que o sujeito surdo almeja, pois trata-se de
um recurso que se baseia na Língua Portuguesa. O intérprete de Libras, na escola regular, apesar de utilizar a Libras como
meio de comunicação para com o Sujeito Surdo, não é um bom exemplo de vivência por meio da experiência visual, pois o
ensino na escola regular é todo em língua oral, o que diminui a experiência visual vivenciada pelo surdo. Quando um sujeito
surdo entra em um site qualquer, o recurso de acessibilidade ofertado (quando ele existe), geralmente, é um avatar que
sinaliza as informações que constam no site, o que não é aceito como uma experiência visual aceitável, visto que o
programa que dá vida ao avatar não se equipara à interpretação de um intérprete de libras.  Por último, a legenda em
vídeos no Youtube, assim como o recurso de Closed Caption,não faz parte da cultura surda, mas, sim, da cultura ouvinte. O
mais adequado seria, por exemplo: teatro surdo, webtv inteiramente em libras, etc.
4. 
Considerando a Libras como Língua Natural e o Português como segunda língua é possível dizer que:

D. 

O Português como segunda língua é caracterizado como uma forma de aprendizado, enquanto a Libras, como primeira língua, é
considerada uma aquisição natural.
Somente a Libras é considerada uma aquisição de língua pelo Sujeito Surdo, visto que aquisição remete a adquirir
naturalmente, enquanto que aprendizado remete ao desenvolvimento não natural, isto é, geralmente, em sala de aula e
bem longe de seus pares ou nativos da língua que se está propondo a aprender. Embora a Libras tenha sido reconhecida
como meio de comunicação e expressão da comunidade surda brasileira, ela não é uma língua oficial do Brasil, sendo o
Português a única língua oficial do país.

5. 

Sobre o processo de aquisição e desenvolvimento de linguagem por crianças surdas, o que é possível afirmar?
B. 
Crianças que são ensinadas desde cedo a se comunicar por meio de Língua de Sinais tendem a apresentar melhor desenvolvimento
socioemocional, assim como têm um vocabulário maior com dois anos de idade se comparadas às crianças monolíngues.
Tanto crianças surdas como crianças ouvintes (geralmente filhas de pais surdos) começam a fazer os primeiros sinais entre
o oitavo mês e o décimo primeiro mês de vida. O Bilinguismo proporciona memória superior ao sujeito se comparado a
outras pessoas monolíngues. As crianças choram e sempre irão chorar, independentemente de saberem se comunicar por
meio de sinais ou gestos. Contudo, ao aprenderem sinais, a frustração dos bebês pode diminuir, não sendo necessário mais
chorar para, por exemplo, conseguir alimento ou outra coisa. O processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem por
crianças surdas é completo quando a criança é apresentada à Língua de Sinais e passa por todos os estágios de aquisição
dessa Língua Natural, de preferência, dentro do tempo esperado.

Quais são as cinco propriedades gramaticais da Língua Brasileira de Sinais?

Você acertou!
A. 
Arbitrariedade, sinais icônicos, composição dos sinais, concordância dos sinais e semântica.
A concordância de gênero faz parte das propriedades gramaticais da Libras, no entanto não contempla sozinha todas as
formas de concordância. Observe que os sinais compostos se referem a um tipo de composição dos sinais da Libras. Nesse
sentido, eles são definidos pela sua composição em simples e compostos. Já os sinais polissêmicos fazem parte da
propriedade gramatical da Libras, mas sozinhos não são considerados um dos cinco elementos citados. Por fim, os sinais
tautológicos fazem parte da propriedade gramatical da Libras, mas não são considerados de forma isolada como um dos
cinco elementos citados.

2. 
Especifique quantas configurações de mãos (CM) tem a Libras?
C. 
Total de 61 CM.
O número certo de configurações de mãos varia de autor para autor. Contudo, a tabela mais conhecida por ter sido uma
das primeiras a ser mapeada e com grande abrangência de configurações é a de 61 CM. Existem outras tabelas que
apresentam mais de 80 configurações de mãos, porém, analisando mais detalhadamente, elas exibem as mesmas
configurações da tabela de 61 CM, mudando apenas a orientação da palma da mão, o que não chega a ser considerado
como outras configurações de mãos, pois só muda o ângulo de visão de uma configuração existente.

3. 
Sabe-se que a Língua Brasileira de Sinais e a Língua Portuguesa são muito diferentes uma da outra, cada qual com suas
particularidades e estruturas gramaticais. Sendo assim, uma das diferenças entre elas é que o português é um idioma de
modalidade oral-auditivo, e a Libras é um idioma de modalidade ______________.
E. 
gesto-visual.
As Línguas de Sinais têm uma forte característica que é a visualidade. Nesse sentido, as Línguas de Sinais usam o espaço
para criar ou produzir sinais com estrutura gramatical própria, que, muitas vezes, são confundidos com mímicas ou gestos
soltos no ar, só que não! Ao usar os parâmetros linguísticos próprios, as Línguas de Sinais tornam-se algo totalmente
diferente de gestos no ar. Nesse contexto, sua modalidade é baseada no uso do espaço e da visualidade como forma de
comunicação e expressão.

4. 
Os Classificadores em Línguas de Sinais são divididos em:
D. 
descritivos, especificadores, plural, instrumental e de corpo.
Os parâmetros nas Línguas de Sinais são divididos em manuais e não manuais (Manuais = configuração de mãos,
localização, movimento e orientação das mãos. Não manuais = Expressões faciais e corporais, plural, intensidade, etc.).
Nessa questão, está sendo solicitada a divisão dos classificadores, e não dos parâmetros. Arbitrariedade e iconicidade são
características linguísticas entre o signo e o ícone ao qual ele se refere. Já  a linearidade e sequencialidade são formas de
construir sintaticamente as frases, tanto em Línguas Orais como em Língua de Sinais, e não tipos de classificadores.
Embora a mímica seja parte integrante de um classificador na maioria dos casos, ela por si só não é um tipo de
classificador. O movimento é um parâmetro e não um tipo de classificador, assim como a datilologia é um recurso de
empréstimo linguístico e não um classificador.

Com base nos dois sinais expostos abaixo e quanto à função dos parâmetros em Línguas de Sinais, podemos afirmar que:  

E. 
Existe diferença na orientação da mão e na expressão facial utilizada.
A configuração de mão é um dos parâmetros que não é alterado, mas a orientação da configuração utilizada sim. Perceba
que temos dois parâmetros alterados comparando os dois sinais realizados.

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