Você está na página 1de 99
@ FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO METODOLOGIA CIENTIFICA E expressamente proibida a reprodugdo total ou parcial, sem autorizagéo. 9 Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG & (20 2622-204. 2) 973998805 QFasouze © diretoria@tacukdadesouza.com.br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 1 de 99 Apresentapéo Caros alunos, bem-vindos a disciplina de Metodologia cientifica da Faculdade FaSouza. Esta disciplina é importantissima, pois seus fundamentos serviréo de base para toda sua vida académica. Além disso, os conceitos aqui apresentados também auxiliam em sua atuagdo profissional como pedagogo. A base da Metodologia cientifica 6 desenvolver a analise critica e reflexiva acerca do mundo, bem como fornece as ferramentas para 0 desenvolvimento da pesquisa e do trabalho académico. Trata-se, entdo, de um contetido organizado para facilitar a pesquisa e a produco de trabalhos conforme as normas cientificas. Assim, pense nessa disciplina como algo complementar as demais, afinal, os instrumentos aqui aprendidos auxiliaro na produco de todas as atividades de sua formacao. O contetido de Metodologia cientifica pode, entéo, servir de apoio para consultas € esclarecimentos quanto as normas cientificas, desenvolvimento de trabalhos e pesquisas. Esta apostila foi dividida em cinco unidades, visando uma aprendizagem auténoma, com contetido cuidadosamente selecionados para facilitar 0 estudo & distancia. Mas lembre-se de que vocé nao esta sozinho, podendo sempre contar com © auxilio do professor-tutor. Bons estudos! Muito sucesso nesta disciplina e em todo curso! E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFasouza & diretoria@faculdadesouza.com br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 2 de 99 ‘Sumério, Unidade 1 - Ciéncia 6 conhecimento cientifico .1- O que é ciéncia .2- Tipos de conhecimento .3- A origem dos tipos de conhecimento Unidade 2 - Leitura, dacumentagio e estudo no Ensino Superior 2.1- Participagao nas aulas 2.2 Aproveitamento da leitura 2.3- Registros e documentacao 2.4- Mapa conceitual Unidade 3 - Normatizag8o dos trabalhos académicos 3.1- ABNT - Métodos de pesquisa + Modalidades de pesquisa - Técnicas de pesquisa - Estudo de caso (ou métodos monogréficos) ay 3 3. 3 Unidade 4 - Modalidades dos trabalhos cientificos-académicos 4.1- Tipos de documentos cientificos 42 Projeto de pesquisa 43- Trabalho de conclusao de curso (TCC) Unidade 5 - Formatagéo dos trabalhos académicos 5.1- Normas gerais para a formatagao dos trabalhos cientificos 5.2- Citagdes 5.3 - Referéncias bibliograticas Conclusdo Referéncias bibliogréficas E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFesouza & diretoria@faculdadesouza.com.br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 3 de 99 Unidade 1 - Ciéncia e conhecimento cientifico Metodologia Cientifica é a disciplina que "estuda os caminhos do saber", entendendo que "método” representa caminho, "logia” significa estudo e "ciéncia’, saber e conhecimento. O objetivo desta primeira unidade 6 analisar 0 conhecimento cientifico, como um instrumento que ajuda a compreender a explicar os fenémenos que ocorrem & nossa volta. Todo o conhecimento acumulado até hoje é resultado das experiéncias cientificas. A medida que se descobrem as respostas para as indagagées que inquietavam 0 passado, novos questionamentos vao surgindo e novas experiéncias vao ocorrendo. Exemplo disso, so os mais variados tipos de remédios que existem no mercado e a cura doencas, que no inicio do século XX eram fatais. Se pensarmos no desenvolvimento da tecnologia, confirmaremos ainda mais na evolucao do conhecimento e na necessidade da cientificidade. Mas, nem todos os tipos de conhecimento pertencem a ciéncia, como 0 conhecimento do senso comum entre outros. E importante saber identifica-los e reconhecé-los. 1.1-O que 6a ciéncia Desde a sua origem, o ser humano interage com a natureza e os objetos ao seu alcance, observando as relagdes sociais e culturais no meio em que vive. Através dessa observagao e da sua interagao com as pessoas e os objetos, que o homem adquire conhecimento. O conhecimento pode ser adquirido de diversas formas: sensacao, percepcao, imaginagao, memoria, linguagem, raciocinio e intuigao. Assim, © ato de conhecer significa adquirir um conceito novo sobre um fendmeno, fato ou situagao, 0 qual pode nascer da experiéncia acumulada em nosso dia-a-dia. A ncia é uma forma de conhecimento desenvolvida pelo ser humano. A palavra ciéncia vem do latim scientia, que significa ‘conhecimento’, e da palavra scire, que significa ‘conhecer’ ou ‘saber’ Segundo Marconi e Lakatos (2008, p. 22), a ciéncia “é um conjunto de atitudes @ atividades racionais, dirigidas ao sistemdtico conhecimento com objeto limitado, capaz de ser submetido a verificagao”. Isso significa que se um dado fendmeno, objeto ou fato é analisado de forma sistemdtica, com instrumentos e técnicas conhecidas e aprovadas, entado, tal objeto passa a ter os requisitos necessarios para E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFesouza & diretoria@faculdadesouza.com.br FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 4 de 99 ser avaliado cientificamente. A ciéncia pode ser considerada como um modo de compreender a analise do mundo empirico, envolvendo um conjunto de procedimentos, através do uso da consciéncia critica. Dessa forma, a ciéncia 6 uma forma de entender e compreender os fenémenos que ocorrem, por meio de métodos pré-estabelecidos. Quando faz referéncia a ciéncia, Oliveira (2002, p. 47) afirma que: Trata-se do estudo, com critérios metodolégicos, das relacdes existentes entre causa e efeito de um fendmeno qualquer no qual 0 estudioso se propée a demonstrar a verdade dos fatos e suas aplicagées priticas. E uma forma de conhecimento sistemético, dos fendmenos da natureza, dos fendmenos sociais, des fendmenos biolégicas, mateméticas, fisicas e quimices, para se chegar a um conjunto de conclusées verdadeires, ldgicas, exates, demonstraveis ‘por meio da pesquisa e dos testes. Isso significa que 0 conhecimento cientifico deriva de estudos a partir de critérios metodolégicos, de forma objetiva, racional, sistemética, verificavel e falivel. A falibilidade da ciéncia € considerada, uma vez que as pesquisas sempre sao atualizadas de forma progressiva, ou seja, 0 que foi considerado ciéncia em outrora, pode ser reavaliado pelos cientistas do futuro. Para compreender melhor a ciéncia, utilizamos as caracteristicas determinadas por Vianetto (2011): |, Objetividade: descrigao da realidade investigada independentemente dos desejos do pesquisador.de forma clara e precisa; Il, Racionalidade: a razo 6 utilizada durante todo o processo de pesquisa, desde 0 esbogo do estudo, a coleta dos dados, até sua andlise; IIL. Sistematicidade: @ 0 saber ordenado de forma légica, construido através de sistema de idelas e teorias, portanto, nao ha espaco para conhecimentos desconexos; IV, Generalidade: 0 conhecimento gerado deve ser analisado sob a possibilidade de ser ou no aplicado a outros contextos, explicados fenémenos em diferentes situagdes; V. Vorificabilidade: quando as hipdteses so examinadas através da observagao e da experimentagao para serem comprovadas ou refutadas; E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. © Av. Santa Helena, 1140 Novo Cruze Ipatinga MG © (2 3822-2104 (3) 97338-8505 Q Fasouza ie cede cece @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 5 de 99 VI. Falibilidade: 0 conhecimento nao é algo definitive, absoluto ou final, podendo ser negado ou contirmado; Vil. Conhecimento aproximadamente exato: porque novas proposicées podem reformular uma teoria ja existente. Assim, 6 importante notar que um conhecimento téo pragmatico e racional como a ciéncia, difere-se do conhecimento do dia-a-dia, este chamado de senso comum. O senso comum é uma forma de conhecimento que se desenvolve a partir do cotidiano, da necessidade e da experiénoia. E uma forma de conhecimento que permanece no nivel das crencas vividas, segundo uma interpretagao previamente estabelecida e adotada por um grupo de individuos. Ao contrario do conhecimento cientifico, o senso comum leva a pensar de forma assistematica, sensitiva e subjetiva, sem atribuir 0 rigor e a utilizagéo do método cientifico. E importante saber que ambos conhecimentos sao validos, porém, suas abordagens sao muito diferentes. E ainda, que em algumas situagdes, 0 conhecimento do senso comum pode desenvolver 0 conhecimento cientifico, pois ditos populares podem gerar questées que, as vezes, levam a pesquisa e & investigacéo cientifica. Um exemplo interessante desse caso, sao os tratamentos médicos. Afinal, muitos remédios que foram utilizados pelas avés e por populagées indigenas, e que por isso, vinham de uma sabedoria popular considerada vulgar e do senso comum, foram submetidos a critérios cientificos, e entéo, passaram a ter uma comprovagao cientifica. Antes disso, nao era valida a comprovagao do senso comum, mesmo que ja tivesse curado diversas doengas, porque nao havia passado pelo crivo do método cientifico. Através desse exemplo, pode-se associar a vida académica. Pois na realizagéo de um trabalho de estudos, com a investigagéo de um problema, é necessério aplicar os métodos cientificos para chegar a um resultado comprovado, saindo dos “achismos” ou da superficialidade. Esta é a importdncia da utilizacéo dos métodos cientificos na vida académica. E para compreender com mais profundidade © conhecimento cientifico, é necessario diferencia-lo dos demais tipos. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFasouza & diretoria@faculdadesouza.com br @ FaSouza 1.2-Tipos de conhecimento ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 6 de 99 O conhecimento ou o ato de conhecer, existe como forma de solucionar problemas especificos e/ou comuns a vida. Segundo Tartuce (2006, p. 5): O conhecimento & um processo dindmico e inacabado, serve como referencial para a pesquisa tanto qualitativa como quantitativa das relagdes sociais, como forma de busca de conhecimentos prdprios das ciéncias exatas e experimentais. Portanto, 0 conhecimento e 0 saber so essenciais e existenciais no homem, ocorre entre todos ‘08 poves, independentemente de raca, crenga, porquanto no homem 0 desejo de saber é inato. As diversificacdes na busca do saber e do conhecimento, segundo caracteres e potenciais humanos, originaram contingentes tedricos e praticos diferentes a serem destacados em niveis e espécies. 0 homem, em seu ato de conhecer, conhece 2 realidade vivencial porque se os fenémenos agem sobre os seus sentidos, ele também pode agir sobre os fatos, adquitindo uma experiéncia pluridimensional do universo. De acordo com 0 movimento que orienta @ organiza a atividade humane, conhecer, agir, aprender e outros conhecimentos, se do em niveis diferenciades de apreenséo da realidade, embora estejam inter- relacionados. © conhecimento orienta 0 desenvolvimento humano, implicando em acées e formas de organizagao. Como foi dito, a ciéncia 6 uma forma de conhecimento, bem como 0 senso comum. Porém, existem outros tipos de conhecimento, que implicam de outras maneiras 0 ser humano e sua forma de apreender a realidade. E importante saber distingui-los, e ainda, compreender que nao existe um mais importante do que © outro, ocupando lugares diferentes na vida de cada um. Sao eles: ‘© Senso comum: também chamado de conhecimento empiico, vulgar ou popular. E aquele que se origina através da convivéncia familiar e social, se desenvolve por meio de acdes ndo planejadas. As intormagées obtidas sao impregnadas pela percepedo do individuo, ou seja, nao é sistematica e pode ter bases fora da racionalidade e da critica, baseando-se em antigas tradigdes e crengas E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. 9 Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG @ Fasouza & (31 3822-2194 - (3) 9 7339-8505 '® diretoria@faculdadesouza.com.br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 7 de 99 populares. Muitas vezes, 6 um conhecimento aprendido pela observacao, a partir da experiéncia do outro e passado de geragao em geracao. ‘© Filoséfico: 6 aquele resultante da capacidade humana de raciocinar e refletir sobre fatos e fendmenos, gerando conceitos subjetivos, os quais buscam dar sentido & vida e ao universo, ultrapassando os limites formais da ciéncia. Basela-se em hipéteses nao verificdveis e nem observaveis. Ou seja, 6 um conhecimento que utiliza da raz&o, porém nao utiliza a experiéncia para sua comprovacao. Utiliza-se, também, a dedugdo e a coeréncia ldgica para suas conclusées. A principal tarefa da filosofia 6 a reflexao acerca do mundo. © Teoldgico: € aquele resultante das crengas religiosas. Portanto, nao se tem como confirmar ou negar esse tipo de conhecimento, afinal ele 6 um ato de 16 Esse tipo de conhecimento nao é verificével, pois nao utiliza nenhuma coeréncia légica ou racional. Esse conhecimento esta intimamente relacionado a crenga em um Deus, seja este Jesus Cristo, Oxalé, Buda, Maomé, ou qualquer outra entidade compreendida como ser supremo. © Cientifico: 6 aquele proveniente da racionalidade, da objetividade e da sistematizagao. Portanto, 6 verificdvel e explicativo, utilzando métodos previamente estabelecidos e testados, que apontam a verdade dos fatos experimentados e sua aplicagao pratica. Este é 0 conhecimento que trabalhamos no Ensino Superior, por isso a necessidade de uma disciplina como essa, para se aprender os métodos que a ciéncia exige. Oliveira (2003) contribui sobre o assunto, sintetizando os tipos de conhecimento, conforme o quadro abaixo: E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFasouza & diretoria@faculdadesouza.com br 9 FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 8 de 99 Vulgar Cientifico Filos6fico Religioso/Teol6gico valorativo real valorativo valorativo reflexivo contingente racional inspiracional falivel falivel infalivel infalivel assistematico sistematico sistematico sistematico veriticavel verificdvel nao-verificavel nao-verificdvel inexato exato exato exato ‘Apés conhecer os tipos de conhecimento, iremos abordar um pouco da histria de cada um deles, suas relacées e, principalmente, 0 surgimento da ciéncia. 1.3- Acrigem dos tipos de conhecimento O senso comum, associado ao conhecimento filoséfico e & questo teolégica, orientou as preocupagées do homem com o universo. Desde a Pré-histéria', os seres humanos utilizaram a experiéncia e a observa¢ao para o desenvolvimento de conhecimentos. Assim, a primeira forma de troca de aprendizagens foi através do senso comum, do conhecimento popular. Quando a humanidade em sua fase pré- hist6rica, antes da escrita ou de formas mais complexas de transmissao de saberes, desenvolveu a primeira forma de transmisséo de saberes com o conhecimento empirico, através da observacao do outro. A partir da Antiguidade? e suas grandes civilizagdes, vemos 0 aprimoramento dos conhecimentos filoséficos e teolégicos. O primeiro deles foi 0 teolégico, com 0 surgimento das primeiras religides, fortemente atreladas aos sistemas politicos, como 6 0 caso dos faraés no Egito antigo, que eram vistos como um rei e como um deus. Nessa época, ainda se desenvolveu as primeiras historias mitologicas, que consistem em narrativas que contavam a histéria do universo, da natureza e da humanidade, segundo a vontade dos deuses. Tais mitos serviam como fonte de conhecimento para * Periodo da historia da humanidade datado entre, aproximadamente, 2,5 milhdes de anos até 4 mil a0. € 0 periodo caracterizado pelo desenvolvimento da caga e da coleta, para 2 agriculture e domesticacdo de animais, do nomadisma para a sedentarizarao, da invencao do fogo e da arte rupestre ® fldade Antiga ou Antiguidade fol o perlado histérico datado classicamente entre 4 mil aC. com a invengao da escrita, até 0 ano de 476 com a queda do império Romano. Este periodo fol marcado pelas primeiras grandes civilizagGes da hhumanidade como a Mesopotamia, o Egito antigo e a Grécia antiga E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. 9 Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro -Ipatinga-MG & (31 3822-2194 - (3) 9 7339-8505 '® diretoria@faculdadesouza.com.br @ Fasouza @ FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 9 de 99 esses povos, que acreditavam através da fé e das crencas nas historias e nas explicagées a partir dos mitos e da palavra dos sacerdotes. Apreocupacdo em descobrire explicar a natureza vem desde os mais remotos tempos da humanidade, que colocava ohomem amercé das forcas da natureza e da morte, enquanto que 0 conhecimento mitico atribuia um caréter sobrenatural. Jé 0 conhecimento religioso explicava os fendmenos da natureza e o caréter transcendental da morte como se fossem revelapGes da divindade. 0 conhecimento filesético para captar a esséncia imutével do real, partiv para a ‘investigaeao racional da forma e das leis da natureza. (SILVA, 2017, p. 110) (© conhecimento filoséfico veio posteriormente ao teolégico quando, por volta de 500 a.C., alguns pensadores gregos comecaram a buscar através de suas préprias capacidades de raciocinio e de légica, explicagdes sobre as grandes questées da humanidade como “de onde viemos?” e “para que serve o mundo?”. Esses pensadores foram chamadbs de filésofos, que significa “o amigo da sabedoria”. Vale notar que o surgimento da filosofia nao excluiu o conhecimento teologico, na verdade, tais saberes se associam de formas complementares pois apesar de buscarem a mesma coisa (no caso, 0 conhecimento) utilizam caminhos diferentes para tal. Com 0 conhecimento cientifico foi a mesma coisa, pois quando este surgiu, nao excluiu a existéncia dos demais. Vamos agora ver quando este tipo de conhecimento surgiu. Foi somente por volta do século XIV que se iniciou uma linha de pensamento que propunha encontrar o conhecimento embasado na légica, com melhores garantias, e na procura do real aliada ao raciocinio. Nicolau Copérnico viveu na Pol6nia entre 1473 e 1543, e foi um destaque na sua geracéo nos estudos da matematica e da astronomia. Ele desenvolveu a teoria Heliocéntrica no inicio do ‘século XVI, defendendo que o Sol era o centro do Sistema Solar, e nao a Terra, como se pensava anteriormente. A este evento damos o nome de "Revolugao Copérnica”, um dos principais marcos no desenvolvimento da ciéncia. A partir de entao, outros E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. 9 Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG © (2 3822-2104 (3) 97338-8505 Q Fasouza ie cede cece @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 10 de 99 pesquisadores surgiram, contribuindo ainda mais para o desenvolvimento da ciéncia como se conhece hoje, este evento ficou conhecido como Renascimento cientifico. Podemos citar Galileu Galilei (1564-1642), Giordano Bruno (1548-1600) e Johannes Kepler (1571-1630), como grandes contribuidores para os estudos da astronomia e da fisica, inclusive no desenvolvimento de aparelhos de observacao como o telescépio. 0 pioneiro 2 trater do assunto, no émbito do conhecimento cientifico, foi Galileu Galilei, primeiro teérico do método experimental. As ciéncias, para Galileu, ndo tém, come principal foco de preocupacées, a qualidade, mas as relacées quantitativas. Seu ‘método pode ser descrito como indupéo experimental, chegando-se 2 uma lei geral através da observagao de certo numero de casos particulares. Os principais passes de seu método podem ser assim expostos: observagéo des fendmenos; anélise dos elementos constitutivas desses fenémenos, com a finalidade de estabelecer relacées quantitativas entre eles; indugao de certo numero de hipoteses; verificapao des hipdteses aventadas por intermédio de experiéncias; generalizecao do resultado das experiéncias para casos similares: confirmacao des hipéteses, obtendo-se, a partir deelas, leis gerais. (LAKATOS e MARCONI, 1991, p. 42) Um dos contemporaneos de Galileu foi Francis Bacon (1561-1626), que partiu da suposicao de que o conhecimento cientifico € a Unica forma de chegar & verdade dos fatos, e para isso devemos seguir as etapas: experimentagao; formulacao de hipéteses; repeticao; testagem das hipéteses, formulagdo de generalizagées e leis (SILVA, 2017). A partir de Bacon, inicia-se 0 aprimoramento do método cientifico, porém, foi com 0 filésofo e matematico francés René Descartes (1596-1650), que a ciéncia teria sua consagraco com a elaboragao do que conhecemos como método cientifico. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. 9 Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG © (2 3822-2104 (3) 97338-8505 Q Fasouza ie cede cece @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 11 de 99 Em 1637, Descartes publica o livro “Discurso sobre 0 Método”, obra em que fornece os meios para se alcangar um método dedutivo, ou seja, o autor elabora um modelo ou um sistema racional para se chegar ao conhecimento. Descartes propée quatro regras: (1) a evidencia: para nao acolher jamais como verdadeira uma coisa que no se reconheca evidentemente como tal; (2) aanélise: que consiste em dividir cada uma das dificuldades em tantas partes quantas necessdrias para melhor resolvé-las; (3) a sintese: entendida como o processo que leva a reconstituigéo do todo, previamente decomposto pela andllise, consistindo em conduzir ordenadamente os pensamentos; (4) 2 enumeracéo: que consiste em realizar sempre enumerages t40 cuidadosas e revisdes tao gerais que se possa ter certeza de nada haver omitido. (LAKATOS e MARCONI, 1991) A importancia de Descartes na estruturacéio do método cientifico é indiscutivel @, mesmo apés todos esses anos € o surgimento de outras ideias que foram sendo adaptadas ao seu método, nota-se que a base ainda remonta a ele. Nos dias atuais, a definigao de método cientifico ou a teoria da investigagéo que alcanga seus objetivos de forma cientifica, sé aquelas que cumprem as seguintes etapas: (SILVA, 2017) — Descobrimento do problema: ou uma lacuna num conjunto de acontecimentos. Se 0 problema nao estiver enunciado com clareza, passa-se a etapa seguinte; se estiver, passa-se & subsequente; — Colocacdo precisa do problema: ou ainda, a recolocagao de um velho problema & luz de novos conhecimentos (empiricos ou tedricos, substantivos e metodolégicos); — Procura de conhecimentos ou instrumentos relevantes ao problema: 0 exame do que ja é conhecido para tentar resolver o problema; ~ Tentativa de solucdo do problema com auxilio dos meios identificados: se a tentativa resultar como sendo initil, passa-se para a etapa seguinte, em caso contrério, a subsequente; E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFesouza & diretoria@faculdadesouza.com.br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 12 de 99 Invencdo de novas ideias: hipsteses, teorias ou técnicas ou produgao de novos dados empiricos que prometam resolver o problema: — Obtencao de uma solucdo: exata ou aproximada do problema, com o auxilio do instrumental conceitual ou empirico disponivel; — Investigacéo das consequéncias da solucdo obtida: em se tratando de uma teoria, 6 a busca de prognésticos que possam ser feitos com seu auxilio. Em se tratando de novos dados, é 0 exame das consequéncias que possam ter para as teorias relevantes; — Prova ou comprovacio da solucdo: confronto da solugao com a totalidade das teorias e da informacéo empirica pertinente. Se o resultado é satisfatorio, a pesquisa 6 dada como conclufda, até novo aviso. Do contrério, passa-se para a etapa seguinte; — Corre hi rocedimentos ou da mpre ni ni da_soluco incorreta: esse é, naturalmente, 0 comego de um novo ciclo de investigagao. Dessa forma, para ser considerado ciéncia, 0 objeto deve ser colocado a prova das regras supracitadas. O método cientifico parte da observagao organizada de fatos, da realizagéo de experiéncias, das dedugdes ldgicas e da comprovacdo cientifica dos resultados obtidos. Para muitos autores, 0 método cientifico é a logica aplicada a ciéncia. Existem diversos métodos, e cabe ao pesquisador, dependendo da natureza de seu objeto, bem como da natureza de sua pesquisa, selecionar o método de abordagem que entender mais adequado para a sua investigacdo cientifica. Conheceremos mais desses métodos nas préximas unidades. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFasouza & diretoria@faculdadesouza.com br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 13 de 99 Unidade 2 - Leitura, documentago e o estudo no Ensino Superior O objetivo desta unidade é estruturar os estudos e todas suas modalidades no Ensino Superior. O estudo € importante, pois 6 com ele que adquirimos conhecimentos, cultura, e tragamos objetivos na vida. Através dos estudos convivemos com pessoas diferentes, e educacao diferente das quais estamos habituados. Sair da zona de conforto nos auxilia a vermos por outras lentes 0 mundo @ anés mesmos. No Ensino Superior, essa experiéncia se amplia exponencialmente, e & preciso adquirir técnicas de estudo, de leitura e documentagao das informaces de maneira eficaz para o bom aproveitamento. Esta unidade é dedicada ao aprimoramento dessas técnicas. 2.1 - Participagdo nas aulas Assistir aulas, apesar de usarmos a mesma palavra “assistir” tanto para aulas, quanto para TV e cinema, o comportamento em cada uma dessas situagdes é bastante diferenciado. Enquanto assistir TV e cinema pode ser um comportamento passivo, que independe de uma interacdo efetiva das partes envolvidas, por isso, “assistir’ aulas seria melhor expresso pelo termo “participar” das aulas. Pois esta 6 uma situagdo de interagao entre professor, aluno e um conjunto de dados, informagées e conhecimentos, ou seja, a aula 6 um processo coletivo. Dessa forma, ninguém assiste ou da aula, todos participam da aula. Participar da aula implica em: |. Disposigao para essa situagao specifica de interacao; Il. Preparo anterior e posterior dos assuntos tratados; lll. Contextualizagao do conteUdo da disciplina para a realidade do aluno. Em sintese, 0 envolvimento integral de estudantes e professores em torno da situagdo de ensino-aprendizagem 6 necessario para o bom rendimento das disciplinas. Importante lembrar de que 0 curso a distancia exige ainda mais dos E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFasouza & diretoria@faculdadesouza.com br 14de 99 @ FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO alunos, de sua capacidade de organizago e comprometimento frente aos desafios académicos. 2.2 - Aproveitamento da leltura Tanto a leitura, quanto a escrita sao praticas imprescindiveis para o desenvolvimento da cognigéo humana. Ambas proporcionam 0 desenvolvimento do intelecto e da imaginacao, além de promoverem a aquisicao de conhecimentos. Quando lemos ocorrem diversas ligagdes no cérebro que nos permitem desenvolver © raciocinio. Além disso, com essa atividade agugamos nosso senso critico por meio da capacidade de interpretagao, que 6 uma das chaves essenciais da leitura. Afinal, no basta ler ou decodificar os cédigos lingulsticos, faz-se necessario compreender essa leitura. Com a leitura exercitamos nosso cérebro, ampliamos nosso vocabulério e desenvolvemos uma maior habilidade na escrita. Segundo o escritor brasileiro Monteiro Lobato: "Um pais se faz com homens e livros". Ou seja, a leitura & tao importante no apenas para o individuo, mas para a evolugao de toda uma sociedade através de seu conhecimento e senso critico e educacao. Durante 0 curso de Graduagéo somos convidados 0 tempo todo a nos aventurar em uma série de leituras, e por isso, precisamos reservar um tempo para tal, pois o ato de ler constitui-se numa atitude fundamental para a formagao superior. © sucesso nos estudos e, consequentemente, na vida profissional, depende da capacidade do aluno de ir em frente. Afinal, como foi falado na unidade anterior, o conhecimento cientifico se da em ambientes muito especificos, como na Faculdade. Portanto, as leituras propostas ao longo do curso dardo as ferramentas fundamentais para o desenvolvimento formal na area de Pedagogia. Para despertar o gosto pela leitura e oportuniza-lo a fazer melhor proveito dela, deve-se estar atento a alguns fatores, como fazer uma leitura de reconhecimento: olhar a capa e contracapa, o autor, as orelhas, o sumario (neste, observe os titulos e subtitulos), as referéncias indicadas pelo autor (para ter uma nogéo mais precisa sobre as bases em que 0 autor se apoiou), a introducao e o prefacio dos livros, para depois ler. Esses elementos j4 podem dar uma ideia geral sobre o tema, e vocé E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. 9 Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG © (2 3822-2104 (3) 97338-8505 Q Fasouza ie cede cece @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 15 de 99 poderd identificar a tematica, e ainda, se ser util para o objetivo que pretende alcangar no seu estudo. Quando fizer uma leitura académica, anote os pontos principais em fichas de leitura e/ou grife o texto, marque as referéncias e suas paginas. Essas marcacées so muito importantes pois se nao tiver & mao a referéncia do material utilizado, nao podera utilizar daquele contetido num eventual texto que for produzir. Nos livros, os dados como ano de publicagao e a editora estao contemplados, em uma ficha catalografica, na segunda ou terceira folha. Ja nas revistas, tais dados estao na capa ou na ultima pagina apés a bibliografia. E importante anotar esses dados pois, na produgdo de um texto proprio, terd que referenciar todos os livros e artigos analisados e que serviram de auxilio para o desenvolvimento de suas ideias. E preciso levar em consideragdo trés regras basicas para facilitar a aprendizagem: + Atengo: capacidade de concentracdo em um s6 objeto, sabendo que, a atengao nao pode se manter fixa por longos perfodos, sem perder sua eficdcia, por isso um periodo de atengdo requer outro de descanso. Para prender a atencdo, ¢ ideal criar o maximo de interesse pelo assunto estudado; + Moméria: memorizar 6 reter ou compreender 0 que 6 mais signiticativo de um contetido, ao invés de ter decorado, 0 que sé permite repeticéio. A memorizacdo & possivel a partir da observagao dos seguintes pontos: repetic¢ao, atengao, emogao, interesse e relacionamento dos fatos com outros contetidos, ja retidos na meméria; + Assoviagdo de ideias: capacidade que possibilita ao individuo relacionar e evocar fatos e idéias. E facil observar quantos assuntos vém a tona, por fatos e idéias relacionadas com experiéncias anteriores dos interlocutores, na troca de palavras em uma conversa. Para melhor aprendizagem, podemos usar dessa técnica, para associar 0 contetido. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFasouza & diretoria@faculdadesouza.com br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 16 de 99 Para ter o melhor aproveitamento da leitura, deve-se reservar um tempo diario para ler, selecionar o material e ter um local apropriado. Segundo Cervo e Bervian (2002), as etapas para se realizar uma boa leitura sao: + Présleitura: é a leitura de reconhecimento que examina a folha de rosto, os indices, a bibliografia, as citages ao pé da pagina, o prefécio, a introdugaio e a conclusao. Tratando-se de livro, a dica 6 percorrer 0 capitulo introdutério e o final; no caso de leitura de um capitulo, ler 0 primeiro pardgrafo. Quando for um artigo de revista ou jornal, geralmente, a ideia est contida no titulo do artigo e subtitulos, que se apresentarem. Lembre-se que os primeiros paragrafos, em geral, tratam dos dados mais importantes; + Leitura_seletiva: selecionar 6 eliminar o dispensavel para nos fixarmos no que realmente nos interessa; para tanto, 6 necessario definir critérios, ou seja, os objetivos do trabalho, pois somente os dados que fornegam algum contetido sobre o problema da pesquisa que possam trazer uma resposta é que devem ser selecionados; + Leitura crit ica ou reflexiva: supde a capacidade de escolher as ideias principais e de diferencié-las entre si das secundérias. Dessa forma, diante da problematica de uma pesquisa, o estudante precisa fazer uma reflexdo por meio da analise, comparagao, diferenciagdo, sintese e do julgamento, levantando similaridades ou nao, para formar sua ideia sobre 0 assunto. Nessa fase, também, deve-se ter uma visdo global do assunto, passando para a andlise das partes e chegando a sintese; + Leitura interpretativa: nessa fase, o pesquisador procura saber o que realmente o autor afirmar e que informagées transmite para a solugdo dos problemas formulados na pesquisa. Chegando a essa etapa, é 0 momento de procedermos a integragao dos dados descobertos durante a leitura na redagao do trabalho de pesquisa. Algumas dicas finais para uma boa leitura: lembre-se de sempre procurar em um dicionario as palavras desconhecidas que, eventualmente, aparecerem no texto. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFesouza & diretoria@faculdadesouza.com.br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 17 de 99 Essa pratica ira auxiliar no aproveitamento maximo do texto trabalhado. E ainda, esteja atento ao ano em que foi escrito 0 texto, dependendo da época, algumas ideias podem ser ultrapassadas e até inadequadas. 2.3 Registros e documentago Para obter resultados eficazes nos estudos, além de muita leitura, é necessdrio compreensao e assimilagao dos contetidos. Um recurso que poderd the auxiliar nesse processo é a pratica dos registros e da documentacdo. Isto 6, na organizacéo das informag6es adquiridas através das leituras. Como jé foi dito, a ciéncia tem um método bem definido e, portanto, o registro e a documentacdo de textos académicos também tém formatos pré-estabelecidos. Vamos estudar, a seguir, seus principais formatos de organizacdo e registro de informacao, a fim de facilitar os estudos. Séo duas as formas de documentacao: + Documentagao geral: é a conservacao de materiais por temas. Os materiais geralmente conservados sao textos, apostilas, artigos de jornais e outros. Lembrando que, nos dias atuais, essa documentagao pode ser organizada em seu computador através de uma pasta em locais como Documentos, Google Drive ou em alguma nuvem (ferramenta virtual para o armazenamento de informagées). + Documentacéo biblingrafica: € a organizagéo dos materiais lidos. As formas de organizagao e armazenamento podem variar, como, por exemplo, a organizacao por intermédio de citagées, resumos, comentarios, entre outros. Além deste tipo de documentacdo armazenar o texto em si, registra também as informagdes da obra, tornando-a uma referéncia para os estudos. © fichamento é um dos principais procedimentos utilizados na organizacao de dados da pesquisa de documentos. E pode ser utilizado na hora de fazer a documentacao bibliografica. Sua finalidade é arquivar as principais informagées das leituras feitas e auxiliar na identificagdo da obra. Essas fichas de resumo consistem em um valioso recurso de estudo e pesquisa, por isso, 6 importante utilizar critérios E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFesouza & diretoria@faculdadesouza.com.br @ FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 18 de 99 formais e cientificos. Inclusive, pode-se seguir as chamadas normas ABNT que sero trabalhadas na préxima unidade desta apostila. Resumindo, fazendo um bom fichamento, 0 aluno tera as anotagdes necessdrias, no momento em que precisar escrever sobre determinado assunto. Antigamente, eram utilizadas fichas de papel para esse tipo de registro. Hoje em dia, usamos também os recursos de programas de computador como o Word ou © Excel. A escolha entre o papel ou o computador deverd ser inteiramente do aluno, através do que se sente mais confortével. Temos quatro tipos fundamentais de fichamento, sao eles: ‘© Fichamento de citagdo: consiste na reunido das frases mais importantes citadas em um texto. Por isso devem ser transcritas entre aspas. E preciso ter especial atengao para que as citagdes fagam sentido, pois existem dois tipos de citagdes: - citagdes diretas, com texto na integra; - citagdes com omissées de palavras, isto 6, supressdes de texto que nao interessam no contexto, indicadas com trés pontos entre colchetes [...] ou parénteses (...).; ‘© Fichamento textual ou de resumo: neste tipo so inseridas as ideias principais, mas com as suas préprias palavras, embora também possam ser usadas citagdes. As ideias devem estar organizadas de acordo com a ordem em que aparecem no texto. Vocé deve expressar sua opiniao e, inclusive, fazer os seus préprios esquemas. Esse tipo de fichamento também 6 chamado de fichamento de leitura ou de contetido. © Fichamento bibliografico: nesta modalidade as ideias selecionadas, e que expressam opiniao pessoal, so inseridas por temas com a devida indicagao da sua localizagao no texto. Ou seja, 6 uma espécie de comentario ou resenha que dé ideia do que se trata a obra. Pode ser feita por capitulos ou em geral sobre a obra inteira. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. 9 Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG © (2 3822-2104 (3) 97338-8505 Q Fasouza ie cede cece @ FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 19 de 99 © Fichamento temético: é uma mistura do fichamento textual e de citacéo. Ou seja, nesta modalidade retinem-se os elementos mais importantes da obra (como conceitos, fatos, idelas e informagdes), juntamente com trechos transcritos da propria obra. Lembrando que as citagbes sempre devem vir entre aspas e com a referéncia a pagina retirada. A estrutura minima sugerida para um fichamento é composta de: 1- Cabegalho: iniciar com a elaboracao do cabecalho, que pode ser dividido em apenas dois campos: o primeiro deve ser 0 titulo geral e 0 segundo, 0 titulo especifico. 2 mais de um autor, em ordem alfabética), 0 titulo da obra (em negrito ou sublinhado), local de publicagao, editora e ano de publicagao. Se necessario, acrescentar também a paginagao. A formatagao correta e os tipos de referéncias serdio abordadas na unidade 5 desta apostila. deve contemplar a autoria (com sobrenomes em caixa alta e, se forem eferénci 3- Corpo ou texto da ficha: onde o contetido é desenvolvido, por meio de resumo ou citagao. O corpo ou texto da ficha pode mudar, dependendo do tipo de fichamento. Acompanhe, abaixo, alguns exemplos de fichamentos. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. 9 Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG © (2 3822-2104 (3) 97338-8505 Q Fasouza ie cede cece @ FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 20 de 99 Dead tetera MARTINS, Carlos Estevam. A Questo da Cultura Popular. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1963. + Conceito de cultura: é complexo, porque é muito abrangente e se origina de muito trabalho. 0 seu objetivo é fazer com que o homem se realize. (p. 38) + Cultura popular: reflete um papel de consciéncia que expressa cardter revolucionario. (p. 38) + Problematica central: necessidade de dar a conhecer ao povo a cultura que existe fora do Ambito popular, nao sem antes entender o que é cultura popular. (p.47) E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagao. 9 Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG © (@) 3622-2194 -(2) 9 7339-8808 Q Fasouza ie cede cece @ FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 21 de 99 Groce CANCLINI, Néstor Garcia. Consumidores e cidados: conflitos multiculturais da globalizagdo. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2006. Para o argentino Néstor Garcia Canclini, consumir esta longe de ser uma aco alienante apenas; é também um objeto de estudos, pois “o consumo serve para pensar”. Esta relacdo surge no momento no qual consumimos algo, combinando o pragmatico e o aprazivel. Desta maneira, estamos realmente “pensando”, pois atribuimos valores e qualidades aos nossos produtos na hora de consumi-los. Assim, é capital estudar 0 consumo e a cidadania no cenério vigente de diversidade e processos culturais, para assegurar a todos, as iguais possibilidades de acesso aos bens da globalizagao. Por fim, o autor afirma que a cidadania deve estar em conexdo com 0 consumo e também como estratégia politica, pois hoje com os meios de comunicagao a articulagao entre o piiblico e o privado se facilita, de modo que os velhos agentes, ou seja, os partidos, sindicatos, intelectuais, vao paulatinamente sendo substituidos pela comunicagao de massa, gerando um novo cenario sécio-cultural vigente. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagao. 9 Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG & (2p 3822.2104- (2) 97329-8505 @ Fasouza & retovactocutdadesoura comb @ FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 22 de 99 CR eects} MARTINS, Carlos Estevam. A Questo da Cultura Popular. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1963. “(_) todo um complexo universo criado pelo trabalho e que tem por finalidade garantir, a um nivel cada vez mais integral, a realizag&o do ser do homem no mundo."(p. 38). “(..) de um lado precisamos infundir no povo uma cultura que ele nao tem e que lhes faz falta, mas a qual ele ndo consegue chegar sozinho, pois ela é produzida e cultivada fora do povo: ele encontra-se a margem do processo que produz e cultiva essa cultura. De outro lado, nado podemos entregar ao povo essa nova cultura sem que primeiro nés préprios nos apossemos da velha cultura do povo."(p. 47) 2.4 - Mapa conceitual Mapa conceitual consiste em uma estrutura gréfica que auxilia na organizagao de ideias, conceitos e informagdes de modo esquematizado. E uma ferramenta de estudo e aprendizagem, onde 0 contetido é classificado e hierarquizado de modo a auxiliar na compreensdo do individuo que o analisa. A idealizacéo do mapa conceitual, como um método de organizacao de contetidos, surgiu na década de 1970, nos Estados Unidos, através do professor David Ausubel. A construgao de um mapa conceitual comega a partir de um conceito principal que € escrito no interior de um retangulo. Os conceitos podem ser objetos, ideias, sentimentos ou fatos existentes no mundo, e que s4o compostos por duas partes: um rétulo e um contetido. A elaboracdo ¢ livre, e duas pessoas diferentes certamente construiram mapas diferentes expondo os conceitos presentes em sua mente. A § David Ausubel (1918 - 2008), fiho de familia judia e pobre, imigrantes da Europa Central, cresceu insatisfeito com a educagdo que recebera. Formado em Psiquiatria, dedicou-se 8 Psicologia Educscional, foi Professor Emérito da Universidade de Columbia ¢ teve muitas dificuldades em desenvolver sua teoria da Aprendizagem Signficativa, devido {20 grande prestigio do Behaviorismo na Educagao naqueta époce. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. 9 Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG © (@) 3622-2194 -(2) 9 7339-8808 Q Fasouza ie cede cece @ FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 23 de 99 quantidade de conceitos define o campo conceitual e quanto maior a quantidade de conceitos, mais rico 6 0 mapa conceitual e pode-se dizer que tem um maior dominio conceitual. Um mapa conceitual é constituido por conceitos e relagdes. As relagdes so importantes para unir conceitos e subconceitos. Elas so representadas por meio de setas. Uma seta sai de um conceito principal, é interrompida por uma palavra de ligaco que estabelece a relacdo e a seguir a seta prossegue até que a cabega da seta toque seu subconceito. €composto de a € composto de el = Ha mapas conceituais que nao consideram as relagdes, e colocam direto conceitos unidos por meio de setas a outros conceitos. E atencdo: a falta das relagdes entre os conceitos pode dificultar o entendimento. As setas, contendo relacées, so partes importantes de um mapa conceitual, uma vez que elas fornecem um significado ou sentido que unem conceitos ou seus subconceitos. Torna-se interessante mencionar que a medida que um mapa conceitual cresce, na quantidade de conceitos, pode-se tornar inviavel desenha-lo numa tnica folha e pode ser preciso 0 uso de ligantes e a continuacéo do desenvolvimento em outras folhas. Observa-se também que os mapas podem ser desenvolvidos com a E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. 9 Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG © (@) 3622-2194 -(2) 9 7339-8808 Q Fasouza '® diretoria@faculdadesouza.com.br @ FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 24 de 99 ajuda de recursos computacionais e um deles é por meio do software CMapTools, ou mesmo por aplicativos como 0 Canva. Para fazer a elaboragdo de um mapa conceitual é necessdrio seguir trés etapas: 1-Dominar o tema: que o seu idealizador j4 tenha adquirido o conhecimento sobre © respectivo assunto a ser organizado. 2. Definir a estrutura: a segunda etapa na confeccdo de um mapa conceitual ¢ a escolha da estruturacao que este tera. Os trés tipos de estrutura sao: - Hierarquico: Este tipo de mapa conceitual é util quando a pessoa deseja ter uma melhor visualizagdo sobre a ordem cronolégica de um processo ou ideia, assim como classificar os diferentes graus de importancia. Entre as linhas que ligam os diferentes termos, 0 idealizador deste tipo de mapa conceitual pode explicar, resumidamente, qual a relagéo que conecta ambos. - “Tela de arenha" Este tipo de mapa conceitual é util para visualizar a ramificagao de ideias ou assuntos que s40 muito amplos. Deste modo E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. 9 Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG & (2p 3822.2104- (2) 97329-8505 @ Fasouza & retovactocutdadesoura comb @ FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 25 de 99 possivel identificar os sub-temas presentes em cada tdpico e “disseca- los" em diversas camadas. 7 Fluxograma: Neste tipo de mapa conceitual, é possivel identificar as diversas opg6es légicas para a resolucao de um determinado processo. Assim, 0 individuo consegue ter uma visdo geral sobre todas as alternativas e as suas provavels consequéncias, tracando o melhor modo de chegar & solugaio / conclusao. 3. Mantar 0 mapa conceitual E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autoriza @ Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG %& (31) 3822-2194 - (31) 9 7339-8505 ® ditetoria@faculdadesouza.com.br 26 de 99 @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Para a montagem do mapa conceitual, é necessario partir do conceito central que ir organizar 0 mapa. Relacionar as ideias a partir do conceito que se quer explicar, seguindo a forma escolhida para a estrutura. Os mapas conceituais podem ser utilizados em varias situagdes, uma vez que ela ajuda a organizar os conceitos @ suas relagdes na mente da pessoa que a desenvolve ou que a utiliza. Suas principais aplicagdes na vida académica sao: Apresentagiio de trabalho: uma pessoa que vai fazer uma apresentagao de um trabalho em um congresso, ou de um trabalho de conclusdo de curso, ou um seminario, pode construir um mapa conceitual sobre sua apresentacao e, desta forma, pode estudar a apresentacao nesta ferramenta. © Estudo de matéria escolar: quando uma matéria nova 6 apresentada ao aluno, apés a aula, ele pode construir individualmente ou coletivamente um mapa conceitual que pode ajudar a entender a disciplina. ‘© Avaliag3o: um professor pode utilizar a elaborago de mapas conceituais durante uma prova, como forma de saber os conceitos presentes na mente do aluno e desta forma, pode estabelecer, por exemplo, uma quantidade minima de conceitos a serem explicitados pelo aluno na avaliagao. © Leitura de um livro: ao ler um livro, muitas vezes as pessoas sentem-se perdidas € em especial se terao que utilizar o livro em alguma avaliagao escolar. Torna- se interessante que 0 leitor construa um mapa coneeitual e esse nao precisa ser feito isoladamente, mas preferencialmente, com a ajuda de alguém que ja leu o livro e j4 passou pela avaliacao e que se disponha a ajudar, de modo a se concentrar em conceitos e relagées que podem ser pedidos numa avaliagao. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFasouza & diretoria@faculdadesouza.com br FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO 27 de 99 © Leitura de artigos cientificos: quando um leitor se defronta com um assunto novo, muitas vezes a leitura pode ser dificultada e a assimilagéo dos conceitos presentes nem sempre é facil. Se 0 leitor comeca colocando como conceito principal 0 titulo do artigo, a seguir, as relagdes do tipo, quem escreveu e coloca com subconceito o nome do autor ou dos autores. A seguir vém os outros conceitos como é 0 caso de quais sao as palavras-chave, quais S40 as partes do artigo, 0 que se fala em cada parte, quais séo os autores referenciados no artigo e sobre o que fala cada autor. © Elaboracao de projetos: quando um projeto precisa ser construido, um mapa conceitual pode ser feito em conjunto com sua equipe, tornando-se mais facil a compreensao do que precisa ser feito, como deve ser feito, quais as partes, pessoas e atividades que s4o necessérias. Desta forma, o projeto fica mais claro e com mais condigdes de ser realizado e implementado com sucesso. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. 9 Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG © (2 3822-2104 (3) 97338-8505 Q Fasouza ie cede cece @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 28 de 99 Unidade 3 - Normatizagao dos trabalhos académicos Normas so regras para serem respeitadas dentro de um ambito ou limite que pode ser uma familia, empresa, organizagao, universidade, ou algum segmento da sociedade. Desta forma ha normas locais, regionais, nacionais e até internacionais. Uma norma representa a forma mais simples, econémica, racional e acordada por todos ou pelos segmentos interessados de modo a ser util a todos. A palavra “normatizagao", ctiada por meio do senso comum, esta relacionada a estabelecer normas. A ciéncia, possuidora de um método rigoroso, possui agéncias reguladoras nacionais e internacionais que elaboram as normas, tanto dos métodos aceitos para a pesquisa, quanto para os métodos permitidos para a apresentacao do resultado da pesquisa. Nesta unidade iremos compreender quais so as agéncias reguladoras e os tipos de métodos e de pesquisa reconhecidos por tais. 3.1- ABNT ABNT 6 a sigla da Associagdo Brasileira de Normas Técnicas, um 6rga0 fundado em 1940 cuja fungao é administrar a normalizacao técnica no Brasil, em diversos setores. A entidade 6 membro fundador da Organizaco Internacional de Normalizaco (ISO), entidade que agrega todos os érgaos de normas técnicas do mundo. Uma norma técnica 6 um documento publicado por um érgo credenciado reconhecido pela ISO (no caso do Brasil, a ABNT) que determina regras, padrées, medidas, diretrizes ou procedimentos para um produto, servigo, documento ou material. No Brasil, a obediéncia a uma norma técnica 6 opcional (em alguns paises & obrigatéria), mas 0 nao cumprimento implica em dificuldades de implementagao de um servigo ou a recusa do documento por parte do destinatario, por estar “fora dos padrées técnicos”. As normas para os trabalhos académicos, toda sua formatagdo e regras so estipuladas pela ABNT. E no Ensino Superior, utilizamos tais regras sempre que E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFesouza & diretoria@faculdadesouza.com.br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 29 de 99 queremos pesquisar, redigir ou apresentar algum trabalho. Afinal a utilizagao de tais regras 6 0 que transforma um pesquisa qualquer em um documento cientifico. Como curiosidade, é importante saber que o érgao rege milhares de normas técnicas que atingem diversos outros setores além do académico. Por exemplo, 0 grupo de normas ABNT NBR ISO 9000 determina regras para a gestdo da qualidade em diversos setores, do industrial ao alimenticio. Um produto ou servigo que tenha essa certiicagéo passou por diversos testes, tendo sua eficécia e qualidade comprovados por ISO e ABNT e obtendo determinadas vantagens no seu mercado. 3.2 - Métodos de pesquisa Método é 0 caminho para se realizar alguma coisa e quando se tem o caminho, torna-se mais facil realizar viagens sabendo onde se esta, aonde se quer chegar e como fazé-lo. © método de pesquisa refere-se a forma como aborda-se 0 objeto de estudo, e em como escolher procedimentos sistematicos para obter a explicacdo dos fendmenos. Segundo Gil (1999, p. 30) “a escolha de um método vai depender da caracteristica do objeto de pesquisa; dos recursos materiais disponiveis; do nivel de abrangéncia do estudo; e do interesse do pesquisador’. Pesquisar algo de nosso interesse é sempre um trunfo para o desenvolvimento da pesquisa. Os principais métodos de pesquisa utilizados sao: ‘¢ Método Dedutivo: é um método racionalista, pois considera que a razao é a unica forma de alcangar 0 conhecimento verdadeiro, sendo o mais utilizado dos cinco métodos existentes. Utiliza 0 silogismo, ou seja, de duas premissas se conclu uma terceira. Como mostra o exemplo: Todo hamem é mortal (premissa maior) Pedro é homem (premissa menor). Logo, Pedro é mortal (concluséo). E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFesouza & diretoria@faculdadesouza.com.br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 30 de 99 © Método Indutivo: 6 0 método em que o pesquisador, a partir de uma amostra da populagao, chega a conclusées aplicaveis a toda populacdo. Ou seja, o conhecimento é baseado na experiéncia, sendo que as generalizagdes so resultantes da observacdo de casos reais e concretos elaborados a partir de casos individuais. Por exemplo, esse é 0 método utilizado quando o IBOPE ouve cinco mil consumidores e projeta qual seré 0 comportamento de cem milhdes de pessoas. © Método Hipotético-dedutivo: esse método consiste na construgaéo baseada em hipéteses, ou seja, caso uma parte ou a totalidade das hipoteses sejam comprovadas como falsas, o restante também o sera. Para isso 6 necessério que as hipéteses sejam submetidas ao maximo possivel de testes, criticas, comparagées e ao confronto com os fatos. Assim, verifica-se quais as hipoteses serdo refutadas e, consequentemente, quais permaneceram como validas. Segundo Gil (1994,p.28) "[...] enquanto 0 método dedutivo procura confirmar a hipétese, o hipotético-dedutivo procura evidéncias empiricas para derrubé-las". Assim, a abordagem do método hipotético-dedutivo é a verdade, eliminando tudo que ¢ falso. étodo dialético: esse método ¢ utilizado quando se faz uma investigagao através da contraposigao de elementos conflitantes, buscando compreender 0 papel desses elementos no fendmeno observado. Dessa forma, o pesquisador deve confrontar qualquer conceito tomado como verdadeiro, buscando novas conclusées. Portanto, 0 método dialético nao analisa um fendmeno estatico, pelo contrério, busca contextualizar 0 objeto ou fendmeno de acordo com uma dindmica histérica, cultural e social (contexto social). ‘© Método fenomenolégico: esse método consiste na descricao direta do fenémeno ou da experiéncia tal como ela ocorre. Busca-se fazer a descrigéo mais fidedigna possivel do fato, nao pressupondo nada. Assim, 0 pesquisador, ao E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFasouza & diretoria@faculdadesouza.com br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 31 de 99 explorar 0 dado, nao se deixa influenciar por crencas, costumes e nem faz juizo de valor sobre o mesmo, buscando realizar uma descrigao pura da realidade’. Método histérico: através desse método ocorre o estudo dos fatos ocorridos no passado, os quais permitem realizar varios tipos de andlises como, por exemplo, a identificagdo ou explicagdo de como algum fato influencia no presente, ou buscando identificar e explicar sua origem. ‘© Método comparativo: esse método tem por objetivo estudar os individuos, classes € grupos sociais, em relagao aos fatos e fendmenos sociais que ocorrem, ou ocorreram no ambiente onde estao inseridos. O objetivo 6 estabelecer leis e correlacdes entre eles, estabelecendo suas semelhangas e diferengas. Para tanto, 0 pesquisador deve definir o nimero de grupos com os quais iré trabalhar as varlaveis que serao adotadas. ‘© Método estatistico: esse método apoia-se na teoria estatistica da probabilidade, sendo bastante utiizado, pois, permite ao pesquisador transformar uma quantidade grande de fatos e dados em um numero menor, estabelecendo relagdes e correlacées entre eles. Assim, esse método é utilizado quando o fato ou fenémeno analisado apresenta um grande numero de ocorréncias complexidade, necessitando quantifica-lo para que possa analisé-lo. 3.3 - Modalidades de pesquisa As modalidades da pesquisa referem-se a forma como deve-se proceder na execugao da pesquisa, ou seja, como realiz4-la. Sao varios os tipos de pesquisa, abaixo, sero listados os principais: * Quanto & natureza pura (Bésica): tem por objetivo a produgao de novos conhecimentos, os quais envolvem verdades e interesses universal sem, no entanto, ter inicialmente uma aplicagao pratica para os resultados previstos. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFesouza & diretoria@faculdadesouza.com.br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 32 de 99 Quanto 4 natureza aplicada: tem por objetivo a busca de novos conhecimentos, os quais envolvem interesses locais. Ao contrario da pesquisa pura, a aplicada busca a produgao de conhecimento que tenha aplicacdo pratica para resolver problemas ou situagGes reais e especificas. © Quanto a forma de abordagem: existem dois tipos de pesquisa em relagao a abordagem: o quantitativo e o qualitativo, os quais esto relacionados ao modo como 0 pesquisador ira determinar o método para levantar dados e obter informagGes, ou seja, para chegar as causas do problema. - Pesquisa quantitativa: nesta modalidade, sao utllizadas técnicas estatisticas para transformar dados em ntimeros e, posteriormente, em informag6es, analisando-as para tirar as devidas conclusées. Para desenvolver uma pesquisa baseada nesse método 6 necessario ter variaveis bem defi no ha o envolvimento direto do pesquisador, pois ele apenas observa a situagéo e anota dados, n&o havendo interac4o com o objeto da pesquisa. Esse método utiliza a estatistica como base, portanto, requer © uso de recursos como porcentagem, média, moda, mediana, variancia, desvio, padrao, coeficiente de correlagao, entre outros. Um idas e utilizar cdlculos estatisticos. Além disso, nela dos instrumentos de levantamento de dados mais utilizados nesse tipo de pesquisa é o questionario. - Pesquisa qualitativa: esta modalidade é baseada em uma pesquisa descritiva, onde entrevistados do sua opinido sobre um fato ou uma realidade, ou seja, so exploradas as particularidades e os tragos subjetivos (significados, motivos, aspiragées, crencas, valores & atitudes) do objeto pesquisado. Nessa pesquisa ocorrem classificagdes e andlises dissertativas sobre certas situacées ou fatos. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFasouza & diretoria@faculdadesouza.com br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 33 de 99 - Pesquisa quali-quanti: esta modalidade é uma mescla entre a qualitativa e a quantitativa. E recomendado iniciar pela fase qualitativa, a fim de coletar informagées em fontes confiaveis e compreender o fenémeno estudado. Na sequéncia vem a parte quantitativa do estudo, que geralmente requer a aplicacao de questionario e andlise dos dados coletados. © Pesquisa em relacao a um objetivo geral: antes de realizar uma pesquisa como essa, deve-se definir 0(s) objetivo(s). Apés essa primeira etapa, 6 estabelecido os procedimentos metodolégicos seguintes, ou seja, partindo do problema a ser pesquisado, essa classificacéo permite determinar quais os procedimentos que serao empregados na investigagao cientifica. Sao eles (Gil, 2006): - Pesquisa exploratoria: suas hipéteses nao esto ainda claras, 0 que necesita de um maior envolvimento do pesquisador como objeto da pesquisa (tema), tendo por finalidade buscar informagées sobre ele e, assim, poder delined-lo utiizada quando um problema 6 pouco conhecido e methor e torna-lo mais claro. Normalmente, € utilzado um estudo de casos embasado por pesquisa bibliogréfica, entrevistas e andlise de exemplos. ~ Pesquisa descritiva: tem por finalidade descrever as caracteristicas de um objeto ou fendmeno ou de uma experiéncia. Para isso, 0 pesquisador descreve, classifica e a observa. A coleta de dados sobre o objeto ¢ feita através de técnicas padronizadas, como o questionario ou a observagao sistematica. Esta modalidade de pesquisa tem por finalidade observar, analisar e registrar um dado fenémeno sem que o pesquisador se envolva, de alguma forma, na mesma. Portanto, é proibido a ele emitir opiniao, interferir na pesquisa, omitir ou alterar dados, entre outras atitudes que possam virar alterar a situagao. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFasouza & diretoria@faculdadesouza.com br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 34 de 99 - Pesquisa explicativa au analitica: utilizada para descobrir o modo as causas do fenémeno, ou seja, o que leva o fendmeno a ocorrer e quais sao as suas causas. O método utilizado nesta pesquisa vai depender do campo. onde esta se realizando a pesquisa. Devido as suas caracteristicas,a pesquisa explicativa é bastante presente durante a realizacdo de pesquisas experimentais, pois durante o experimento com varidveis, busca-se saber 0 porqué do resultado. ¢ Pesquisa de procedimentos técnicas para coleta de dados: a partir da escolha do objeto de pesquisa, segue-se para a fase seguinte que 6 a de planejar como vamos desenvolver a pesquisa, ou seja, a fase escolher os procedimentos técnicos e/ou metodolégicos adotados para dar prosseguimento a pesquisa. Segundo Gil (2006), existem dois grupos de delineamentos, sao eles: - Pesquisa bibliogréfica: tem por objetivo conhecer as diferentes contribuig6es cientiticas disponiveis sobre o tema pesquisado. Envolve leitura, andlise e interpretagao de livros, jornais e revistas académicas, periddicos, manuscritos e sites cientificos. Isso significa que qualquer informagao publicada (impressa ou eletrénica) 6 passivel de se tornar uma fonte de consulta. O primeiro passo a ser dado nesse tipo de pesquisa é selecionar, do material recolhido, o que tem importancia real para o tema a ser desenvolvido, 0 que chamamos de triagem. Apés, deve-se fazer a leitura sistematica do material selecionado, realizando anotagées e fichamentos, os quais iro formar 0 banco de dados utilizado na fundamentacao teérica do estudo. A pesquisa bibliogrdfica € utilizada para todos os outros tipos de pesquisa, dando suporte a elas e auxiliando na determinagao do problema, objetivos, na construgao de hipéteses, na fundamentacdo da justificativa da escolha do tema e na elaboragao do relatério final. Dessa forma, podemos perceber que ndo existe pesquisa sem que bibliografica esteja envolvida, portanto, ela deve se tornar rotina entre os pesquisadores e estudantes. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFasouza & diretoria@faculdadesouza.com br @ FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO. Pagina 35 de 99 - Pesquisa_documental: esta modalidade é bastante parecida com a bibliografica, sendo que a diferenga entre elas reside na natureza da fonte. A fonte da pesquisa documental sao documentos conservados em arquivos de 6rgaos publicos e privados, sindicatos, igrejas, instituigses e em acervos particulares, tais como fotogratias, filmes, diarios, memorandos, atas de reuniao, boletins, cartas pessoais, relatérios, entre outros documentos. Na pesquisa documental, a fonte pode ja ter sido ou nao utilizada em pesquisas anteriores. Caso jd tenha sido analisada, normalmente, a pesquisa tem objetivo diferenciado entre outras interpretagdes. ~ Pesquisa empirica ou experimental: 0 objetivo desta modalidade é testar hipéteses que dizem respeito a relagdes de causa @ efeito, podendo ser realizada em qualquer ambiente. Esse tipo de pesquisa envolve hipéteses que podem ser confirmadas ou nao, em um processo de tentativa e erro. Para que se possa realizar esse tipo de pesquisa & necessério selecionar variaveis dependentes, estabelecer grupos de controle e a manipulagao de variéveis independentes, tudo sobre o rigor de técnicas estatisticas e por amostragem, buscando verificar se 0 resultado obtido em um dado nimero manipulaco de variéveis pode ser generalizado. ~ Pesquisa de levantamento: utiiza-se um questionario para, de forma direta, levantar informagdes das pessoas acerca do problema estudado. Quando © levantamento envolve toda a populagdo (univers) & chamado de censitai , podendo ser feito com apenas uma parte da populagao (amostragem). Apés 0 levantamento dos dados, estes sao transformados em numeros e analisados através de métodos estatisticos, os quais geraro informagées que permitirao chegar a conclusées que serao generalizadas para toda a populacao. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFasouza & diretoria@faculdadesouza.com br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 36 de 99 - Pesquisa de campo: esta modalidade esta relacionada a observagao de um fato ou fenémeno, coletando dados sobre o mesmo da forma mais fiel possivel e sem alterar nada do observado. Apés a observagao inicial, passa-se a andlise ¢ a interpretacaio desses dados com base em uma fundamentac&o teérica (pesquisa bibliogréfica) consistente, com o intuito de compreender e explicar 0 problema pesquisado. Nesse tipo de pesquisa, dependendo do tema, é necessdrio determinar técnicas de coleta de dados mais apropriadas a natureza do tema, definindo também técnicas para registro e andlise, podendo ser utllizada a abordagem predominantemente qualitativa ou quantitativa. ~ Pesquisa-acdo: esta modalidade implica em uma pesquisa feita por mais de um participante. Isso porque os pesquisadores devem agir em conjunto para resolver um problema comum ou uma situagao real (coletiva), portanto devem trabalhar de forma cooperativa ou participativa. A pesquisa-agaio 6 uma metodologia apropriada para o trabalho em equipe, em que 0 objeto de estudo é analisado por todos 0s participantes da equipe, favorecendo as discusses na geracéo de conhecimentos sobre a realidade vivenciada. ~ Pesquisa er-post-facto (a partir do fato_passado): nesta modalidade de pesquisa o fato jé ocorreu, ou seja, est no passado, o que impossibilita pesquisador de ter qualquer tipo de controle ou de manipulagao dos mesmos. Portanto, seu objetivo é levantar e testar hipéteses, mas que devem ser comprovadas pelos fatos do passado. ~ Pesquisa laboratorial: este tipo de pesquisa ocorre em situagdes controladas, utilizando-se de instrumentos especificos e precisos. So realizadas em um ambiente adequado, previamente estabelecido e conforme 0 estudo a ser feito. Esse tipo de pesquisa é comumente confundido com a pesquisa experimental. Mesmo que a maioria das E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFasouza & diretoria@faculdadesouza.com br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 37 de 99 pesquisas laboratoriais seja experimental, o que a diferencia deste fato dela ocorrer em situagées controladas, com a escolha dos instrumentos a serem utilizados (especificos e precisos). Assim, eles possuem um ambiente totalmente apropriado a essa pesquisa maximo de controle possivel para evitar que haja qualquer tipo de contaminacéo do ambiente das pessoas. 3.4 - Técnicas de pesquisa Apés verificar os principais tipos e modalidades da pesquisa cientifica, 6 importante analisar as técnicas por tras de cada uma delas. Ou seja, os procedimentos gerais que auxiliam no desenvolvimento da pesquisa. Como afirma Gil (2006), para a realizacéo da pesquisa, ¢ necessario 0 emprego de técnicas de pesquisa. As técnicas s4o procedimentos que operacionalizam os métodos. Para todo método de pesquisa, correspondem uma ou mais técnicas. Estas estdo relacionadas, principalmente, com a coleta de dados, isto é, a parte pratica da pesquisa. A coleta de dados envolve a determinacao da populagao a ser pesquisada, a elaboragéo dos instrumentos de coleta e a programagao da coleta. Os instrumentos de coleta de dados mais utilizados sac © Observagio: geralmente utilizada_ como uma parte importante no desenvolvimento da pesquisa, 6 organizada para registrar as informagées obtidas durante a sua execucdo. A vantagem de usar a técnica é que os fatos s&0 percebidos diretamente, sem qualquer intermediagao. A desvantagem 6 que a presenga do pesquisador pode alterar as atividades normais executadas pelas pessoas que esto sendo observadas. A observacdo pode ser simples, participante e pode ser aplicada em um periodo de tempo. © Entrevista: A entrevista é uma técnica que utiliza perguntas ao entrevistado como forma de aquisigao de informagées especificas. Na entrevista se faz a coleta de dados, diagnéstico e orientagdo. As vantagens da entrevista so: E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFesouza & diretoria@faculdadesouza.com.br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 38 de 99 possibilita a obtengéo de dados referentes aos mais diversos aspectos envolvidos na pesquisa; obtengéo de dados acerca do comportamento; os dados coletados podem ser clasificados: o entrevistado nao necessita saber ler e escrever; oferece a possibilidade de esclarecimentos; permite observar algumas expressdes durante a sua execugdo, através de gestos e voz do entrevistado. Entre as limitagdes, podemos cits entrevistado; a falta de compreenséo do significado das perguntas; fornecimento de respostas falsas; incapacidade do entrevistado para responder a entrevista; influéncias das opinides pessoais do entrevistador. Segundo Gil (2006, p. 118), os tipos de entrevistas sao: : a falta de motivagéo do 1) Entrevista informal: expresso livre do entrevistado sobre o assunto pesquisado. 2) Entrevista focalizada: enfoca tema especifico e procura manter o entrevistado no assunto. 3) Entrevista por pautas: tem certo grau de estruturagao, guiando-se por uma relacao de pontos. 4) Entrevista estruturada: relagdo fixa de perguntas, possibilitando tratamento quantitativo dos dados. ‘© Questionario: Um questionario deve ser composto por questées bem apresentadas, as quais sero enviadas aos entrevistados na forma impressa ou virtual. Importante é construir esse questionario com o auxilio de um orientador, ou basear-se em algum modelo ja validado. Como vantagens, na utilizago do questionario, podemos citar a possibilidade de alcangarmos um grande numero de participantes e desta forma podemos garantir 0 anonimato das respostas e sem a influéncia de opinides de quem esta fazendo a entrevista. Algumas limitagdes no uso do questionario so a exclusdo daqueles E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFasouza & diretoria@faculdadesouza.com br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 39 de 99 que nao sabem ler e escrever; os entrevistados ndo possuem auxilio quando no entendem alguma pergunta; ndo garantem um retorno; geralmente o nmero de perguntas nao 6 expressivo. Na elaboracéo do questiondrio as perguntas podem ser abertas ou fechadas. © Teste: Testar é€ fazer uma prova, envolve sentido de medida (precisao). E necessério realizar uma comparagao com base em critérios definidos. Tem como requisitos: 1) Medir a validagao de um contetido; 2) Qualidade de medir com exatidao; 3) Padronizar a aplicagao, a andlise e a interpretagao dos resultados; 4) Estabelecer normas para avaliar e interpretar os resultados do teste. © Documento: 6 a busca por documentos como: arquivos, registros estatisticos, diérios, biografias, jornais, revistas, entre outros, que possam ajudar na pesquisa. Documentos podem ser registros estatisticos: IBGE, Departamento Intersindical de Estatfstica e Estudos Socicecondmicos, Organizacbes Voluntarias, Institutos de Pesquisa e Orgaos Publicos. Podemos utilizar também os documentos pessoais, como: cartas, didrios, memédrias, autobiografias. Também so exemplos de documentos, os registros em comunicagéo, como: jornais, revistas, programas de radio e televisao, panfletos, boletins e outros. 3.5 - Estudo de caso (ou método monogréfico) Esse método estuda casos especificos ou que envolvem pequenos grupos, buscando entender como determinados fatos ocorrem. Tem por principio que o estudo de um caso em profundidade pode ser representative de varios outros de todos os casos semelhantes. O objeto de estudo podem ser os individuos, as comunidades, as instituig6es, entre outros. O estudo de caso inicia-se com uma E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFesouza & diretoria@faculdadesouza.com.br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 40 de 99 metodologia qualitativa, que se expande para investigacdes quantitativas e, como ja se mencionou anteriormente, os estudos quantitativos e os qualitativos podem ser complementar de modo a fornecer um melhor entendimento sobre um fenémeno em estudo. Um caso, para ser chamado de "caso", tem que ter alguma particularidade que 0 diferencie, tem que ser especial. Em geral, faz-se o estudo de um caso, e nao de varios casos. O caso tem que ser descrito e analisado do modo mais detalhado e completo possivel. Nos estudos de caso oldssicos, 0 pesquisador nao esta envolvido diretamente no caso, porém este fato depende do fenémeno que esta sendo analisado uma vez que o pesquisador possa analisar o individuo ou grupo envolvido. Para realizar um estudo de caso, torna-se importante inicialmente verificar se existe 0 caso, isto 6, se ha algum fenémeno relevante, que apresente interesse para algum grupo ou para a sociedade. importancia tornam o estudo um caso. Essa identificagao inclui a definigéio de um problema a ser estudado. Este problema ou questao fundamental dara origem ao objetivo do trabalho. Um objetivo é um alvo a ser perseguido ao longo da realizaciio preciso entdo identificar, que caracteristicas e/ou do trabalho. Qual € 0 objetivo do estudo de caso em foco? Com 0 objetivo definido, pode-se buscar subsidios bibliograficos: encontrar estudos semelhantes ou mesmo diferentes, mas centrados na tematica em estudo & que possam complementar o saber necessério para a realizado do estudo de caso. Em seguida, é preciso realizar um planejamento prévio do que sera feito, como, quando e 0 responsdvel para cada aco. Isso pode ser feito por meio de um cronograma de atividades. Torna-se interessante planejar que técnica sera utilizada, qual questionrio, quais perguntas serdo feitas etc. A partir dessa definico pode-se seguir para as etapas nas quais se realizara o levantamento de dados. Nos levantamentos de dados, o inicio ocorre por meio de observacao dos fendmenos. O passo seguinte ocorre através da aplicagéo dos questiondrios e/ou por meio da realizacéo de entrevistas que podem ser gravadas e com posterior transcrigdo (escrevendo 0 que foi levantando oralmente), por meio de questdes abertas (de resposta livre). Estas podem ser analisadas por meio de outras técnicas, como é 0 caso da analise do contetdo e/ou andlise do discurso. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFesouza & diretoria@faculdadesouza.com.br FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 41 de 99 Enquanto a analise do contetido pode ser realizada de modo qualitativo e quantitativo; a andlise do discurso pega os sentidos das enunciagdes de modo qualitativo, e, por meio de questées fechadas miltipla escolha e uma alternativa como 0 caso das questées previamente formuladas. Verifica-se que a metodologia do estudo de caso para ser implementada pode fazer uso de técnicas de levantamento de dados, dos questionarios e entrevistas e também técnicas de andlise que podem envolver técnicas estatisticas para o caso de dados numéricos e, técnicas de andlise do discurso e/ou andlise do contetido para os estudos qualitativos. Além disso, é importante fazer a descrigao e a analise do caso de modo mais detalhado possivel. A andlise pode ser realizada em relagao a outros estudos de caso e nos autores citados na bibliografia. Quanto mais detalhado for o estudo do caso, mais aprofundado seus resultados. Afinal, 0 conjunto de técnicas forma um estudo complexo, o que mais pode ser titil A sociedade e a ciéncia em si. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFasouza & diretoria@faculdadesouza.com br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 42 de 99 Unidade 4 - Modalidades dos trabalhos cientifico-académicos A principal raz&o que leva o pesquisador a escrever 6 a necessidade de expressar os resultados de pesquisas, reflexdes e estudos que realizou, em determinado perfodo, por solicitagao dos professores ou espontaneamente, por isso deve pensar em comunicar de forma clara, precisa e objetiva. Segundo Lakatos e Marconi (2003, P. 234), os trabalhos cientificos: [.] devem ser eleboredos de acordo com 3s nomes preestabelecidas e com os fins a que se destinam. Serem inéuitas ‘ou originais e contribuirem néo sé para ampliagao de conhecimentos ‘ou compreenséo de certos problemas, mas também servirem de modelo ou oferecer subsidio para outros trabalhos. A presente unidade tem como objetivo diferenciar as caracteristicas quanto & estrutura, a0 contetido ou a forma de apresentacao inerentes de cada tipo de trabalho cientifico-académico. Dessa forma, sero apresentadas as caracteristicas dos principais tipos de trabalhos cientificos académicos e seus pré-requisitos. 4.1 -Tipos de documentos cientificos Considera-se como documentos cientificos, uma gama enorme de documentos que incluem: monografias, trabalhos de conclusao de curso, relatérios, teses, dissertacdes, artigos cientificos, resumos, resenhas, livros, capitulos de livros, projetos e muitos outros. A escrita dos documentos cientificos deve ser, 0 mais possivel: clara, precisa, evitando-se 0 uso de muitos adjetivos e procurando focar no tema e/ou objetivo do estudo. Abaixo, sAo descritos os principais tipos de trabalhos cientificos. © Monografia Monografias sao documentos escritos por meio mecanico ou eletrénico, e que se concentram em um Unico tema, por isso so monografias. Elas podem ser escritas, E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFasouza & diretoria@faculdadesouza.com br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 43 de 99 por varios autores (ou autor e co-autores) e sao utilizadas principalmente como uma das atividades finais de um curso do Ensino Superior. Na elaboragéo de uma monografia 6 importante a existéncia de um orientador para que o estudante possa discutir seu tema e recortes do tema, de modo a tomd-lo mais especttico e administrével. Uma monografia é uma sucesséo de argumentos que vo se encadeando de forma légica (e nao um conjunto de frases desconexas). Os argumentos devem ser abordados gradativamente, de modo a fazer sentido e se chegar ao titimo que é a conclusao do trabalho. Por meio das monografias que sdo realizadas de modo auténomo pelo estudante, pode-se atualizar, organizar e sintetizar o saber sobre 0 assunto em foco, de modo que o estudante adquira o dominio sobre o tema, os autores principais sobre © assunto e suas falas, bem como o trabalho pratico, seus resultados e discussées em relagao aos autores considerados no trabalho. © Tese A tese 6 um tipo de monografia escrita por um autor, com temas e contetidos originais, e com um nivel de aprofundamento elevado e abrindo novos caminhos para © saber. Normalmente, as Teses sao cobradas para a finalizagao de cursos de doutoramento. Os doutorados, normalmente, tém duracéo de quatro anos. Eles constam de um momento inicial no qual os estudantes cursam disciplinas que vo fornecer subsidios para a elaboracao de suas teses e outro momento posterior no qual vo trabalhar, prioritariamente, com seus orientadores realizando pesquisas e escrevendo suas monografias. A escrita das teses no Brasil, ocorre seguindo as normas ABNT mencionadas anteriormente. As teses devem ser apresentadas e defendidas diante de uma banca, composta por pelo menos 5 membros que so professores doutores, sendo que um deles ¢ 0 presidente da banca e é 0 orientador do candidato a obter 0 titulo de doutor. Alguns dos membros devem ser externos, de outras instituicdes, mas todos devem ser especializados na area da defesa. Na defesa da tese, apés a apresentacdo realizada pelo candidato, ha o momento da arguigéo no qual os membros da banca fazem questionamentos para verificar se 0 candidato tem o saber e a explicagéo em relacéo as dividas E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFesouza & diretoria@faculdadesouza.com.br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 44 de 99 apresentadas. Apés a arguicao por todos os membros da banca, ha a nota final dos membros ¢ a informacao se 0 candidato esta aprovado ou nao. © Dissortag: A dissertagao, normalmente, 6 menos aprofundada em relag&o a tese, pode tratar de temas mais comuns, mas com contetdo original, e é utilizada normalmente em cursos de mestrado. Nas dissertacées os estudantes mestrandos podem abordar temas j& desenvolvidos anteriormente e prosseguir na pesquisa sobre o saber, buscando novos elementos e dpticas que enriquegam 0 conhecimento sobre o tema. Os mestrados, normalmente, possuem duragao menor que os doutorados em termos de duraedo, variando de um a trés anos. No momento inicial do mestrado, o aluno cursa as disciplinas necessérias para que possa desenvolver o tema e seu recorte na linha de pesquisa que escolher. No segundo momento, o aluno desenvolverd 0 trabalho de sua pesquisa em conjunto com seu orientador. Como resultado, o aluno tem que escrever a monografia que é a dissertacdo. Esta deveré ser apresentada e defendida diante de uma banca examinadora, composta por no minimo trés professores doutores, da area de estudos em foco. Ao ser aprovado, o aluno recebe o titulo de mestre na area especifica do saber que estudou e poder& prosseguir seus estudos em cursos de doutorado. @ = Artigos cientificos Os artigos cientificos s4o documentos que apresentam textos atuais sobre experiéncias realizadas, relatos de casos, revisdes de literatura etc. Eles séio menores que as monogratias e, em geral, tém de 10 a 20 paginas. Artigos sao semelhantes as monografias, uma vez que sao também sucessdes de argumentos, mas de modo mais simplificado © contendo somente as informagées necessarias ao bom entendimento, mas de modo menos volumoso e adaptado as normas que s4o exigidas em cada revista ou periédico cientifico para que possam ser publicadas. A apresentacao de artigos pode ocorrer em eventos como é 0 caso de Congressos, Semindrios, Encontros cientificos ou semelhantes. Nestes eventos, muitas vezes ha a publicagao na integra do artigo em volumes dos anais do evento. E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFesouza & diretoria@faculdadesouza.com.br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 45 de 99 No entanto, a forma mais comum de publicacao de artigos é por meio de periédicos ou revistas cientificas. As revistas, normalmente, tém periodos de submissao que s4o as épocas nas quais a revista aceita artigos. Geralmente, para uma revista aceitar um artigo ele tem que atender uma série de quesitos, entre os quais: 0 contetido do texto deve ser coerente com a area e o tema da revista. Os artigos cientificos permitem que os leitores se atualizem e construam o conhecimento de modo auténomo e informal. As revistas cientificas colaboram com a educacao informal, e essa, contribui para que a educagao formal alcance sucessos maiores uma vez que podem fornecer informagées e subsidios para as pessoas que estéo estudando no ensino formal, em alguma determinada area do saber. Para a pesquisa cientifica, este tema 6 de grande importancia, pois os artigos apresentam todo o desenvolvimento de uma pesquisa e os resultados alcangados. © Resumo O resumo é a condensagao do texto, tendo 0 cuidado de manter a intengao do autor. Ndo cabem, no resumo, comentarios ou avaliagbes do material que esté sendo condensado. Resumir nao é reproduzir frases do texto original, fazendo uma colagem de pedacos do texto; devemos exprimir, com as préprias palavras, as idéias do texto. Para isso, 6 necessdrio compreender, antecipadamente, o contetido de todo o material, assim, nao 6 possivel resumir & medida que vamos lendo pela primeira vez. Deve-se proceder a primeira leitura de reconhecimento do texto. Na segunda leitura, por meio de anotagées, apontando ideias importantes e buscando no dicionatio 0 sentido de palavras mais complexas. Existem trés tipos de resumo: 1- Resumo informativo: neste tipo apresentam-se as ideias principais contidas no texto original, redigindo de forma clara e objetiva, e respeitando o ponto de vista do autor. Normalmente, a cada paragrafo sintetiza-se uma ideia principal do texto. 2- Resumo critico: como a propria denominagao estabelece, esse tipo de resumo, além de cumprir os passos do informativo, acrescenta a manifestagao da opiniao, ou E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFesouza & diretoria@faculdadesouza.com.br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 46 de 99 implica perante 0 assunto estudado, por parte do autor do resumo. Desse modo, sempre, apds 0 resumo, acrescentam-se opinides e apreciagdes pessoai 3- Resumo académico cientifico: segundo a ABNT, a extensdo desta modalidade de texto deve conter cerca de 250 palavras. O resumo 6 constituido de uma sequéncia de frases concisas e objetivas, contendo palavras-chave do texto original, e deve ser feito em apenas um paragrafo. De maneira geral, a producdo de um resumo deve destacar: |. A primeira frase deve ser significativa, expondo a ideia principal, isto é, identificando 0 objetivo do autor quando escreveu o texto; Il. Aarticulacao das ideias deve seguir a légica dada as ideias pelo autor, incluir todas as divisdes importantes, dando igual proporgao a cada uma delas e sempre observando o tema principal do documento; lll. As conclusdes do autor do texto devem ser objeto do resumo; IV. _ Dar preferéncia ao uso da terceira pessoa do singular e o verbo na voz ativa (como: descreve, aborda, estuda etc.); V. _Evitar a repetigao de frases inteiras do original; VI. Respeitar a ordem em que as idéias ou fatos sao apresentados; VII. Nao deve apresentar juizo valorativo ou critico; VIII. Deve ser compreensivel por si mesmo, dispensando a consulta ao original; IX. Evitar o uso de pardgrafos ou frases longas, citagdes e descri explicagdes detalhadas, expressées como: o “autor trata", no “texto do E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFasouza & diretoria@faculdadesouza.com br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 47 de 99 autor’ o “artigo trata” e similares, figuras, tabelas, graficos, formulas, equagées e diagramas. © Resenha ‘A resenha 6 uma espécie de resumo critico, constitui-se em um texto que estabelece comparacao com mais obras da mesma rea, permite comentarios e juizo de valor e exige um profundo conhecimento do assunto, bem como capacidade critica para discutir as ideias nele contidas. A estrutura da resenha descreve as propriedades da obra (descrigdo fisica da obra), relata credenciais do autor, resume a obra, apresenta ainda as conclusdes e metodologia utilizada, expde o quadro de referéncias em que o autor se baseou (narracao), apresenta uma avaliacéo da obra menciona a quem se destina (dissertagao). ‘A resenha pode ser descritiva, quando dispensa a apreciagao daquele que a elabora, ou critica, quando exige apreciago de forma justificada; a opiniéo pode ser concordante, convergente ou divergente, parcial ou totalmente. Como norma geral, a resenha nao deve ultrapassar quatro folhas, em espago duplo. A resenha pressupée que o aluno: leia, resuma, faga uma critica do assunto. De modo geral, 6 uma forma de estudo que aprofunda um assunto, esclarece sobre a vida do escritor, apresenta 0 contetido e qual o método utilizado para escrever, dentre outras informagées. Para elaborar uma resenha, devemos observar 0 seguinte roteiro: 1- Referéncias; 2. Informagées gerais sobre o autor: 3- Sintese dos principais elementos da obra; 4- Conclusao do autor; 5- ainda se indicaria a obra). Apreciacao critica (andlise do estilo, forma, contribuigao que a leitura trouxe, € E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFasouza & diretoria@faculdadesouza.com br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 48 de 99 © Paper O paper trata-se de um instrumento de contestacéo ou complementagao de uma ideia ou obra, mediante julgamento préprio, avaliacdo e interpretacdo de fatos e informagdes que foram recolhidas. E baseado em pesquisa bibliogrdtica e em descobertas pessoais. Se apenas compilar informagées, sem fazer avaliacdes ou interpretagées sobre elas, 0 resultado sera um relatorio e nao um paper. Neste, o pesquisador desenvolve seu ponto de vista sobre determinado tema, uma tomada de posig&o e a expressdo dos pensamentos, de forma original. E impessoal e escrito com imparcialidade, nao deixando transparecer as crengas e preferéncias do escritor. © tamanho do paper depende da complexidade do tema e da motivagéo do pesquisador para o trabalho. Para realizar um paper, deve-se: 1- Escolher o assunto; 2- Reunir informagoes; 3- Avaliar o material; 4- Organizar as ideias; 5- Redigir o paper. © Sominério © semindrio tem por objetivo “[...] levar todos os participantes a uma reflexao aprofundada de determinado problema, a partir de textos, em equipe”. (SEVERINO, 2016, p.63). Vem sendo amplamente utilizado nos cursos superiores como recurso de aprofundamento de discussées e estudos. E um procedimento metodolégico, que sup6e 0 uso de técnicas (uma dinamica de grupo) para o estudo e pesquisa em grupo sobre um assunto predeterminado. O semin © objetivo 6 um so: a leitura, a an apresentaco de fenémenos e/ou dados quantitativos vistos sob o Angulo das io pode assumir diversas formas, mas. ise @ a interpretagdo de textos dados sobre expressées cientificas-positivas, experimentais e humanas. De qualquer maneira, um grupo que se propde a desenvolver um semindrio precisa estar ciente da necessidade de cumprir alguns passos: 1. Determinar um problema a ser trabalhad E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFesouza & diretoria@faculdadesouza.com.br @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Definir a origem do problema e da hipotese; Estabelecer o tema; Compreender e explicitar 0 tema- problema; Elaborar um plano de investigagao (pesquisa); Definir fontes bibliograficas, observando alguns critérios; Andlise da documentagao e critica bibliograficas; Realizacao da pesquisa; Elaboracao de um texto, roteiro, didatico, bibliografico ou interpretative. © PNOAAYN 4.2 - Projeto de pesquisa Ao iniciar uma pesquisa cientifica, seja um artigo, uma dissertagéo ou uma monogratia, 6 necessério desenvolver um projeto (ou plano) de pesquisa. Este projeto tem como finalidade apontar o caminho pelo qual a pesquisa deverd passar. Segundo Vianetto (2011), a elaboracao de um projeto deve contemplar trés fases: a) Fase devis6ria: énfase em que o tema e o problema sao definidos; b) Fase construtiva: refere-se A construgao e a execugao do projeto de pesquisa; c) Fase redacional: relativa a andlise dos dados e a organizagao das idéias. Essas fases devem ser bem planejadas, desenvolvendo-se um estudo analitico e critico sobre 0 tema escolhido e as problematicas levantadas. O projeto de pesquisa tem por objetivo servir de roteiro para elaboragao do trabalho cientifico. E através dele que organiza-se 0 pensamento, escolhendo o tema e levantando o(s) problema(s)a ser(em)resolvido(s)ou elucidado(s). Verifica-se também o melhor tipo de pesquisa que deve-se adotar, bem como os materiais necessarios para realizé-la. A pesquisa bibliografica é outra parte fundamental para o desenvolvimento do projeto, e para o aprofundamento da pesquisa. O projeto também é composto por duas partes: 1. Externa: E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Av Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga- MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFasouza & diretoria@faculdadesouza.com br FaSouza ‘TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 50 de 99 a) Capa (obrigatério) b) Lombada (opcional) 2. Interna: |. ELEMENTOS PI a) Folha de rosto (obrigatério) b) Folha de aprovagao (obrigatério) Lista de ilustragdes (opcional) Lista de tabelas (opcional) Lista de abreviaturas e siglas (opcional) Lista de simbolos (opcional) ‘Sumério(obrigatério) XTUAIS: ©) d) @) 9) Il, ELEMENTOS TEXTUAIS: a) Tema e problema de pesquisa (obrigatério) b) Hipéteses (obrigatério) c) Objetivos: gerais e especiticos (obrigatério) d) Justificativas (obrigatorio) €) Referencial tebrico (obrigatério) Metodologia (obrigatério) Cronograma (obrigatério) 9) IIL ELEMENTOS PO: EXTUAI a) Reteréncias (obrigatorio) b) Glossério (opcional) c) Apéndice (opcional) 4d) Anexo (opcional) e) {indice (opcional) E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. 9 Av. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro -Ipatinga-MG & (31 3822-2194 - (3) 9 7339-8505 '® diretoria@faculdadesouza.com.br @ Fasouza @ FaSouza TRANSFORME SEU FUTURO EM SUCESSO Pagina 51 de 99 Como pode-se perceber, 0 projeto de pesquisa ¢ 0 roteiro necessario para que se possa, posteriormente, escrever o trabalho cientifico. A seguir, aprofunda-se nas principais etapas que um projeto de pesquisa deve, obrigatoriamente, ter: ‘© Tema da pesquisa: deve-se ser bastante criterioso em relagao ao tema, pois 0 sucesso do trabalho dependera da importancia que ele tem para a sociedade e para a area de trabalho, Na escolha do tema deve-se levar em consideracao a vivéncia académica, baseando-se nas matérias que mais gostou ou que mais achou interessante ou naquelas que gostaria de aprofundar. A ideia inicial também pode partir da sua atividade profissional, o que pode possibilitar 0 desenvolvimento de um projeto relacionado ao ambiente escolar. E importante lembrar que todo trabalho cientifico deve acrescentar algo ao conhecimento j4 existente sobre o tema selecionado. Deve-se levar em conta também a facilidade ou nao de se ter acesso aos dados necessérios para o desenvolvimento do projeto, portanto, é imprescindivel realizar um levantamento prévio das possibilidades de encontrar fontes de dados, além de levar em consideragao 0 tempo disponivel para realizar o trabalho. © Problema: este deve ser apresentado na forma de interrogagao e estar relacionado ao tema, devendo ser objetivo, claro, compreensivel, explicito operacional (passivel de aplicabilidade), evitando formulagées genéricas. A formulacéo do problema é de extrema importancia, pois 6 a questao ndo resolvida para qual o pesquisador ira buscar respostas através da sua pesquisa. Portanto, é 0 motivo pelo qual o trabalho académico é feito, podendo ser levantado em relagao a sustentacao de uma afirmativa geralmente aceita; ou a necessidade de contestar uma suposigao, colocando-a & prova; ou & necessidade de compreender explicar uma situagao nova ou do dia- metodolégica; ou em relacdo a afirmativa geralmente aceita, mas que a sua sustentacao cria incertezas quanto a sua veracidade. A escolha do problema 6 influenciada por fatores internos relacionados ao pesquisador (experiéncia, filosofia de vida, imaginagao e curiosidade) e por fatores externos (0 contexto onde ele est inserido, a realidade por ele percebida, ou pela Instituigao onde trabalha). Assim, apos ‘ou alguma lacuna (falha,irregularidade ou brecha) E expressamente proibida a reprodugéo total ou parcial, sem autorizagéo. @ Ay. Santa Helena, 1140 - Novo Cruzeiro - Ipatinga-MG & Gy 3822-2104 (29 97339-8505 QFesouza & diretoria@faculdadesouza.com.br

Você também pode gostar