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CIÊNCIAS SOCIAIS
SOCIOLOGIA DO TRABALHO
PROFESSORA: THAÍS DE SOUZA LAPA
ALUNA: LARISSA MIRANDA DOMINGOS
1.0 Apresentação: Neste texto, vemos a caracterização conceitual do que é ser um operário,
proletário e obter salário, parte da identidade social e de integração comunitária, desta forma,
o autor trabalhará com estes acontecimentos da condição global do assalariamento. As
condições proletárias promovem a exclusão social, pois se torna um elo indispensável na
produção industrial, onde a comparação de status entre burgueses e proletários não são iguais
entre si, falamos então sobre hierarquias e vulnerabilidade das massas. Temos então situações
complexas de adoecimentos e aposentadorias e a ação salarial a partir dessas complexidades,
essa oposição de dominantes e dominados esboça uma estratificação da classe operária que
vive de subordinação, consumo, instrução e lazer, não estabilizando as estruturas. (p. 415)
4.0 A força salarial: em 1936, a etapa significativa da condição salarial operária, como força
salarial determinante de extensão de direitos e tomada de consciência de poder, sancionando
particularismo operário da divisão do trabalho social e da sociedade global, a vitória eleitoral
da esquerda, ocupam as fábricas e avançam nos direitos sociais, uma ação que era
considerada indigna, toma significação simbólica: as férias remuneradas e a possibilidade de
reconhecer o trabalhador no seu imaginário. A redução da jornada de trabalho também foi
uma conquista em 1906, através do sindicalismo e a jornada de 8 horas, mais libertador do
que o acesso ao consumo, tendo uma remuneração do “tempo livre” e reconhecendo sua
dignidade e não sendo visto apenas como um tarefeiro, essa conquista social também trouxe a
revolução cultural, onde espaços ditos de outras classes foram também ocupadas pela classe
operária. Mas o antagonismo entre as classes ainda é alimentado pelo ódio à conquista das
férias pela classe burguesa, vista pela moralidade como desocupados que não trabalham
enquanto não saciam as preguiças e caprichos da classe burguesa, o lazer popular é visto
como um milagre necessário e tal qual organização do lazer, distinguindo dos parasitas
sociais. (p. 436-438)
O ano também 1936 é visto como a organização científica do trabalho, tal exigência não é só
vista através da tecnologia, divisão de tarefas e rapidez, mas a relação social de subordinação
e privação, destinado à tarefas de execução, trabalhos imaginativos e de reflexão não eram
considerados, até porque é uma relação social que exige consciência e o papel de produção de
riquezas em troca de reconhecimento coletivo, tal contradição é reconhecida nas formas de
trabalho e nas consciências dos papéis sociais de produção subordinada, sem ter alguma
dignidade social, vendo o operário como um sujeito não-pensante, a partir de 1840 e 50, os
operários começaram a reivindicar dignidade no trabalho e reconhecimento como produtor
das riquezas, consistindo a consciência da classe operária e dando ressalta a tal dependência,
marcando a exclusão de adquirir os frutos de seus trabalhos. (p. 440-443)
Destacamos os fatores como direitos do trabalho, acesso ao consumo, ganhos salariais e lazer
entre pertencimentos, diferindo bastante da primeira condição do trabalhador industrial, mas
ainda caracterizada como uma sociedade dualista, mas reconhecimento que o proletário não é
um domínio do empregador, tais controles fogem das mãos seus setores. A experiência
operária inclui o consumo, habitação, instrução e trabalho, as incidências de alimentação por
sobrevivência e de consumo para reprodução biológica, a habitação também entra em
problemática quanto à insalubridades, a instrução e inclusão no ensino gratuito é conquistado
em 1931, a dependência social dos trabalhadores em relação ao seu local de trabalho, sob
ameaça de demissão e sem cláusula segura de que isto não ocorra, caso tenha o encerramento
do contrato, é aplicado então o seguro obrigatório afastando a vulnerabilidade operária, tanto
a aposentadoria é vista como irrisórias, recorrendo à assistências para sobreviver, o nível de
vida, instrução, relação com o trabalho e outros marcam as condições dos trabalhadores e a
classe social, marcado pela participação da nação e de acordo com seus interesses, fazendo
discussões sobre reformas e revoluções durantes os anos até a década de 50, tendo
ocorrências de perseguições e de retomadas dessas discussões. (p. 440-449)
5.0 A destituição: A classe operária não foi vencida, através de lutas contra o imperialismo
americano que iniciaram na década de 30 e incendiaram a postura revolucionária até 1960,
apesar das discussões políticas, o caráter sociológico da condição do assalariado no processo
de constituição da sociedade industrial, o salário teve sua análise histórica e deu luz a tal
subordinação societária, o trabalho braçal ainda é recorrente e tópico de discussão sobre seu
valor e tal processo da diferenciação salarial já havia sido discutida e estabelecida
anteriormente, tal peso e organização são evidenciadas. O número de trabalhadores braçais
extrapola caiu de 9 milhões para 600 mil, e o trabalho não-agrícola aumentou para 8 milhões,
aproximadamente, mas a transformação desta composição, significando o aumento de
assalariados não-operários de 3 milhões para 8 milhões, sendo estes, pequenos empregados
dos setores público e privado, tais simples empregados contabilizavam mais de 3 milhões em
médio e 1,5 no superior, fazendo tal transformação significativa na estrutura salarial, a
condição operária se degradou em termos salariais, tais operários agrícolas eram poucos e em
torno de 40 anos, desapareceram. (p 449-452)
A leitura da fabricação segue dois caminhos, o primeiro tem seu caráter limitado enquanto
isolado naturalmente por meio de matérias e forças inanimadas, mecanizando e paralisando o
operário, para Marx (1867), a transformação da natureza é a do próprio homem, atribuindo o
papel de demiurgo, o trabalho operário deixa de ser a produção de “obras”, tal transformação
do operário e sua condição abala tal concepção dada na sociedade industrial, refletindo sobre
sua centralidade e papel revolucionário que modificam a ordem social, unificando o
proletariado. Contudo, tais transformações podem gerar interpretações diametralmente
opostas, tal discurso oposto fala sobre a nebulosidade da classe operária burguesa, semeando
discussões do sindicalismo e marcando fim das ideologias, consumo da classe operária e
investimentos políticos e sindicais, existindo algumas melhorias das condições, através dos
anos 50 e 60 para a persistências dessas ideias, as dependências mudaram dos que estavam
marginalizado ou “socialmente abaixo”. Os hábitos comuns e estilos de vida, urbanismo e as
estatísticas são manifestada para mostrar o índice dos que estavam mais escolarizados ou
tiravam suas férias, essas transformações assumem seu caráter social, por volta dos anos 70,
um homem de estado tem seu poder de consumo maior na idade adulta ou até mesmo
aposentado, sendo uma referência para o Estado, tal maturidade é decisiva na alternativa
revolucionária que marcou a “nova classe operária” e distribuição do novo modelo de
sociedade salarial, a realidade histórica é redutível a modos de vida que se comparam a
curvas de salários, tendo seus altos e baixos como organização alternativa da sociedade, tal
fase rigorosa do trabalhador sustentado por seus momentos de glória, tinha poucos adeptos e
ressurgia em declarar greves e esperar ser institucionalizada. Revolução e reforma divergem
entre alimentar um imaginário da mudança radical e o desencanto do mundo social, as
transformações sociais passam a ser consideradas arbitrárias, tendo tal consciência de classe e
sendo subordinados por reformistas, os imigrantes sendo abandonados e esperavam ser
integrados ao sistema. (p. 457-459).
8.0 A Condição Salarial: pode ser discutida a partir dos anos 50 pela sociedade francesa
para evidenciar a modernização, crescimento do progresso que contextualiza novas condições
salariais, representando o homem e consequentemente a mulher em suas jornadas de trabalho
cultuando o patrimonialismo e costumes conservadores através de publicidades que
cultuavam essa imagem como “segunda revolução francesa”, valorizando o núcleo de
prestadores de serviço como progressivas e de sucesso com bons salários e posições de
prestígio, modos de vida e cultura que dependiam de suas posições trabalhistas, o
desenvolvimento de setores profissionais a partir de seus diplomas e cursos, capitalizando a
educação e originando na constituição de um patrimônio e relações de propriedade, tal
questão de acesso à propriedade se dava após longos anos dedicados ao trabalho, tais
condições quando juntas, aumentavam seus acessos, compondo o núcleo das classes
dominantes. (p. 467-469).
O capital econômico, cultural e social, o Estado e as empresas constituem esse capital
econômico, assim como as publicidades e profissionais da área de comunicação reconhece
seus financiamentos, a condição do assalariado de sua profissionalização e competência
técnica pertencendo ao mundo dos negócios, os assalariados de alto grau e a dominância
tradicional inserindo-os nas discussões sobre a representação da sociedade salarial, trazendo a
questão dos patrimônios, propriedades e os marginalizados destas condições de vida que
foram sendo substituídas desde a sociedade industrial, esse dinamismo que se passou na
França quando é retratado os trabalhadores de mínimas rendas e que promoviam os acessos
ao lazer e proteção social, tais atrações de suas condições gerou um sentimento de
desigualdade trazendo revoltas e necessidade de homogeneização, adicionando novas
camadas na análise social do trabalho, dando integração a tais condições de lazer, cultura,
educação, etc. Fazendo tais comparações e princípios de diferenciação para identificar tais
identidades sociais e de classificação, mostrando a integração salarial dos trabalhadores e seu
salário mensal, como um dos marcadores de trabalhadores marginalizados e os periféricos,
mulheres e jovens sem qualificação, posições penosas sem muita assistência social, ainda
pautando o trabalho braçal como essa vulnerabilidade que atrasaria o processo social e
econômico, permanecendo como exploradas enquanto classe operária. (p. 470-476)
9.0 O Estado Social: surge do equilíbrio da situação salarial, uma sociedade de classes que
estava ameaçada mediou uma nova formação social e proteção generalizada, a seguridade
social de 1945 trabalhou em finalizar as vulnerabilidades das classes populares através da
Seguridade Social e a mediação das situações familiares, necessidades de afastamento, e
também a realização da justiça social como melhoramento das condições das classes
trabalhadoras que eram maltratadas e propiciavam sua libertação, evidenciando tal lógica da
transformação social e salarial, a subordinação à hierarquia da dimensão salarial nos trouxe
evidências da construção da condição salarial e também de alguns casos de salário indireto
como vulnerabilidades e outra discussão do patrimônio e trabalho, seguridades,
aposentadorias e as relações entre empregador e empregados. (p. 482-485)
O Estado mantém o papel de ator social e econômico, inovador e regulamentador,
reconstruindo economias que estavam devastadas e injetando nos setores públicos e privados,
aplicando os princípios keynesianos, dirigindo os objetivos políticos, sociais e econômicos e
do desenvolvimento da propriedade social e dos serviços públicos, em 1962, o Plano de
Desenvolvimento Econômico e Social, fundamentado no aumento dos empregos e benefícios,
aumentando os serviços públicos e com isso a regulamentação keynesiana como forças de
parâmetro em incentivar seus parceiros sociais e negociações que fazem parte da história das
relações de trabalho e a consolidação da condição salarial. O SMIG, Salário Mínimo
Interprofissional Garantido, progrediu o crescimento, tais condições históricas permitiam o
acesso ao programa de remuneração, inserindo as classes no desenvolvimento econômico e
social, estabelecendo políticas contratuais que contribuíram para a progressão de salários e
rendas como para reduzir a desigualdade, tal política de renda é introduzida durante as
décadas de 50 a 70, a evolução dos salários acompanhou o de produtividade, mas também
criou estruturas de regulação jurídica, acessos a propriedade e moradia decente, seguridades
sociais e maiores participações das culturas e lazer. (p. 486-493).