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Fundamentos do Programa TEACCH O ENSINO ESTRUTURADO PARA PESSOAS COM AUTISMO Maria Elisa Granchi Fonseca | Juliana de Cassia Baptistella Ciola | Dados Internacionais de Cataloga¢ao na Publicagao (cr; |14-01288 (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Fonseca, Maria Elisa Granchi Vejo e aprendo : fundamentos do Programa TEACC: © ensino estruturadc para pessoas com autismo Maria Elisa Granchi Fonseca, Juliana de Cés: Baptistella Ciola. -- 1. ed. -- Ribeirdo Preto, sr Book Toy, 2014. Bibliografia. ISBN 978-85-65027-07-6 1. Alunos com autismo 2. Autismo 3. A Tratamento 4, Educacéo especial 1 de Cassia Bapt: r tella. IT, Titulo. cpp-371.94 tndic Para catélogo sistemético: 1. Programa TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Communication handicapped Children) : Ensino para pessoas com autismo : Educagdo especial 371.94 Agencia Brasileira do ISBN |sBN 978.83.65027.07.6 IN oMassestozzore Vejo e Aprendo Fuidamentos do Programa TEACCH O ENSINO ESTRUTURADO PARA PESSOAS COM AUTISMO. een] Juliana de Cassia Baptistella Ciola | o>! a NED) A 7 mes co DZ ae apresentar os principais objetivos do Programa, sua estrutura, adequagoes 2 realidade brat © modelos das atividades, atendendo as _necessidades © buscando preencher a lacuna deixada pola literatura a partir da nossa vivéncia © lexperiéncia. Todo contetido disponivel nesta publicagao est’ dentro das normas © organizagdo do modelo TEACCH, obedecendo aos critérios de estrutura do trabalho; as fotografias foram autorizadas para exibigao, os recursos apresentados: @ alividades so de nossa propriedade e foram criados e confeccionados a partir de um curriculo destinado. Nao temos a intencao de fazer um livro exclusive sobre (0 TEACH. Nossa ideia 6 apresentar os principios que nos guiam sobre os quais desenvolvemos o trabalho do CEDAP — Centro de Estudos © Desenvolvimento do ‘Autismo e Patologias Associadas — APAE unidade Il em PirassunungalSP, desde 1992. As autoras INTRODUGAO Qs Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) trazem por definiggio um ‘grupo de desordens que fazem com que 0 desenvolvimento do individuo siga por rotas diferentes das usuais e tipicamente esperadas, em especial nas éreas dde comunicagéo, interagao social e areas restritas de interesse, Esse grupo de {ranstomos doneurodesenvolvimento mostra sintomas centraisno comprometimento de habilidades sociais, déiits nas habilidades linguisticas e comunicativas (verbais, endo verbais) e presenca de comportamentos, interesses e/ou atividades re: repettvos e estereotipados (WHO, 2001). Outras condigdes © desordens podem tos, estar associadas a0 autism, como problemas comportamentais (que podem incluir agitagdo, agressividade, autoagressividade, foco excessivo em detalhes, negativismo, dentre outros) e desordens sensoriais, conforme colocam Newsom & Hovanitz (2006). Diante do exposto por Bailey, Philips & Rutter (1996) e Jacobsen & Mulick (1996), @ condicao que mais se associa com o autismo 6 a deficiéncia intelectual que se apresenta dentro do espectro em graus variados de severidade ‘6m aproximadamente 75% dos casos. Outros autores como Baron-Cohen (1995) © Grandin (2013) expl ‘colocam sobreopensamentoem ambiente que favorecam a nas diffculdades cogn ‘grupo de pessoas faz no nos parece produtivos e funcionais. Nao nos parace dificil tame uso de recursos altemativos e metodologias esp de pensar e se comportar. E o que 0 Progr ‘como a pessoa com autismo pensa, vive, aprende e responde ao ar promover aprendizagem com independénc! autonomia @ INTRODUGAO, CAPITULO! |. SOBRE AS ESTRATEGIAS DE ENSINO PARA ALUNOS COM AUTISMO NA PERSPECTIVA DO MODELO TEACCH E DO ENSINO ESTRUTURADO ......14 II ANALISANDO O ENSINO ESTRUTURADO. 18 CAPITULO II A ELABORACAO DE ATIVIDADES E CRITERIOS PARA A CONFECCAO DE MATERIAIS NA ABORDAGEM DO ENSINO ESTRUTURADO. 52 CAPITULO II 1. OS “NIVEIS” DE TRABALHO. II. POR QUE FALAR EM NiVEIS?. CAPITULO IV POR QUE USAR ESTRUTURA EM ATIVIDADES PEDAGOGICAS PARA PESSOAS COM AUTISMO? 74 CAPITULO V ‘ADAPTANDO ATIVIDADES DO CURRICULO COMUMAPARTIR DAESTRUTURA TEACH. 106 CONCLUINDO.. = 162 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS. 164 CAPITULO 1 Para nossos filhos Henrique e Matheus. ! 2. Colaboragao entre pais e profissionais Questées como avaliagao, planejamento, intervengao € replanejamento dentro do esquema de trabalho TEACCH so pensadas dentro do que propde 0 modelo generalist. Trata-se de uma visBo de homem em desenvolvimento que vai além da “doenca" e das especialidades ponto ‘de considerar 0 trabalho em equipe algo verdadeiramente transiscipina, © que Schwartzman (2003) também confirma sobre 0 papel da equipe. Os processos psicoeducacional e terapéutco sao analisados enquanto grupo e a pessoa é considerada sem intersecgSes, Assim, ao mesmo tempo, em um Unico momento, as varias éreas podem estar atuando em intersetoriaidade rio sendo necessérios, nesta abordagem, horérios marcados nem estratégias exclusivas desta ou daquela érea, Considera-se, aqui, a pessoa € néo autismo simplesmente. 3. Avaliagao individualizada para a intervenga0 ‘Todo plano de trabalho dentro do modelo TEACCH sé & programado apos a avaliagdo das necessidades (atuais e futuras), levantamento do que & necessario aprender, do que esta em excesso, das habilidades emergentes @ do que se espera, tanto para a idade quanto para a seriagéio escolar (em se tratando da esfera escolar). Nao existe um “curriculo TEACCH” isolado e desconectado. Em nosso caso, 0 olhar que damos é associat © que jé existe e & exigido na realidade brasileira (com base no curriculo ferecer as estruturas do TEACCH para a pessoa dentro desta cultura @, congruent a isso, estimular as habllidades necessérias para @ vvida académica, social, comunicativa e adaptada ao meio. 4. Enfase na habilidade e reforco nas capacidades do aluno ‘elo Aprende | rican co Paya TEACH Ofkaho EMTAGO Pgh R048 OMAN |. Teoria cognitiva, .Ensino estruturado agindo como fator de organizagao e previ © TEACCH apoia-se no principio de que gostar de fazer e fazer com ‘motivagdo aumentam as chances de engajamento e sucesso nas tarefas @ na vida. Desta forma, considera o que @ pessoa sabe fazer, tem interesse «@ hablidade como condigbes para um trabalho efativo @ faz uso destas Condigées para gerar condutas apropriadas. comportamental, psicolinguistica e do desenvolvimento fundamentando a pratica Osprincipiostedricos que fundamentama pratica do TEACCH estao apoiados fas teorias que entendem © homem em constante desenvolvimento, O autismo que 0 TEACCH tem como objeto de estudo ¢ aquele considerado um transtomo do desenvolvimento, uma desorganizagao neurobiolégica ‘que faz com que 0 cérebro receba os estimulos e os organize de forma osestruturada ~ necessitando, portanto, de ESTRUTURA (Pierangelo & Giuliani, 2012). Também considera a importéncia da analise, da observagao © da associacdo entre comportamentos, ambiente @ aprendizagem na explicagao das condutas @ respostas humanas. Sendo assim, 03 profissionais que atuam na perspectiva TEACH propdem-se a serem ‘educadores, além do terapeutas, pois esto em um processo de ensino & aprendizagem constante e abrangente, como por exemplo, coloca Windholz (2002) Trabalhamos com 0 principio de ESTRUTURA. O ensino estruturado 6 uma intervengao na qual se baseia a flosofia TEACCH e que permite uma variedade de métodos instrucionais e aplicagSes no dia a dia, Envolve (dentre outras coisas) estratégias comportamentais, uso de apoio e prompts Maja Esa Grandi Fonseca | sana de Cassa Sepals Ca A (dicas) visuais, comunicagao alternativa, integragao sensorial € estimulos discriminativos consistentes que favorecem respostas mais apropriadas, a corganizagao como item oposto & desestrutura, combina com a antecipacag © 2 previsiblidade da rotina na proposta de dar & pessoa com autismo Clareza que precisa para se ajustar ao ambiente. Na perspectiva educacional, 0 foco do Programa TEACCH est no ensino de capacidades de comunicagéo, organizacao e partlha social. Assim, centra-se fas reas fortes, frequentemente encontradas nas criangas com perturbagdes do espectro do autismo: pracessamento visual, memorizagéo de rotinas € interesses especi © programa deve ser sempre adaptado a niveis de funcionamento diferentes e as necessidades de cada pessoa. © TEACCH 6 um modelo de intervencao que por meio de uma “est ura externa’, organizagao de espago, materiais e atvidades, permite criar mentalmente “estruturas internas" que devem ser transformadas pela prépria crianga em estratégias e, mais tarde, automatizadas de modo a funcionar fora da sala de aula em ambientes menos estruturados. Para Scott, Clark & Brad (2000), uma des abordagens mais recomendadas para ensinar pessoas com autismo é aquela que usa apoi visuais, Estes alunos frequentemente demonstram determinada forga no pensamento conereto, nas rotas de meméria e na compreensio das relagbes visoespaciais enquanto demonstram dificuldades no raciocinio simt comunicagao e atencao. Figuras, objetos e pistas escritas podem ajudar os alunos @ aprenderem a comunicar e a desenvolverem autocontrole e tudo isso os orientam 1a organizago e na previsibilidade. Ml ANALISANDO O ENSINO ESTRUTURADO, ‘Schopler (1994) demonstrou a importancia de recorrer a um ensino estruturado Velo © Aprende | renter Go Pyana TEACH oNBNOEsmuTAsorNa Nous comand Para alunos com perturbagdes do espectro do autismo, Prepara o ambiente para @ vida independente a partir das orientagdes visualmente mediadas e das estratégias de automonitoramento. Oensino estruturado inclui o uso de uma rotina de trabalho individualizada, Procurando compensar os déficits cognitivos, sensoriais, sociais, comunicativos & Comportamentais presentes no TEA e interferentes no desenvolvimento, a saber Cognitivos Atengéo Organizagéo ch, Generalizagao Ce / 7 Lo Z Sensoriais we SS Inconsisténcia Hiper € Hipossensibiidade Sociais Empatia Reciprocidade + Contato viuat Comunicatives + Compreenséo/expresséo Reciprocida: Mari sa Grane Foosece | Juana de + Interpretagao iteral Comportamentais + Previsibiidade + Medos e ansiedade + Compreensao Sala fe laa, © ambiente de ensino, nesta andlse, dever ser um espago com areas claramente definidas e separadas, em caso de necessidade, por fronteiras fisicas a (armaros, tapetes, méveis, biombos). A estrutura visual da sala ajuda a crianga ‘com autismo a focar a sua atencao nos aspectos mais relevantes das tarefas. O meio de aprendizagem deve ser desprovido de distratores (visuals ou sonoros) que diffcutem a identiicagao de pistas relevantes necessarias para as criancas realizarem as atividades. As aprendizagens das pessoas com autismo constroem- 82 em rotinas organizadas e necessitam de um ambiente estavel visando a corganizagao, ensinando a pessoa a ser flexivel, evitando a rigidez. € por isso que ‘0s espagos sdo visualmente demarcados, as atividades incorporam 0 conceito, 0 ambiente quia, orienta, clarifica e antecipa, evitando a dependéncia @ confuséo desnecesséria, uma vez que as referéncias s’o importantes para a pessoa autista ‘Téo importantes a ponto de orientarem na busca do foco atencioso e na captura do que ¢ relevante. Muitas vezes, alunos autistas se perdem em ambientes cua situagao misturam-se sons, imagens, barulhos, pessoas, odores e instrugées Verbais, gestuais provocando agitagso, perda do foco e condulas disruptivas. Veo © Aprendo | Furano Pan TEACH ObnenD ETRTUROO PNM ressoN cow Ams Uma das formas de evitar a distrablidade e promover o foco nos tens relevantes € deixar a mesa de frente para a parede, sendo esta livre de estimulos visuais (conforme demonstra a Fig. 1), Nao é uma pratica obrigatéria na do TEACCH. Muitas pessoas nos perguntam se 6 “obrigatério” colocar a de frente para a parede. Queremos esclarecer que nao é a parede nem a mesa ue interessam. Muito menos a posigao da pessoa. © que importa, neste caso, & a construgao de uma area sem estimulos concorrentes. Se de frente, de lado, de Ccostas, a pessoa conseguir um foco visual desprovido de estimulos concor ipalmente se for uma pessoa com alta di uma caracteristica muito comum nestes quadros. © TEACCH nao quer e: enhuma de suas préticas. Por isso, nao tem uma forma fixa de se mostrar. NBo Maa Eis Grane Fonseca. | lana ce Casta Bap Cita tem que. Pode ser que é uma forma muito melhor de expressar 88 praticas TEACH. © que aconteceu no Brasil 6 que, por muitos anos, praticas do TEACH foram engessadas em conceitos e aplicadas como sendo rigorosas € rigid desconsiderando a necessidade da pessoa, Fonseca (2011) aponta esta realidacc ‘20 colocar sobre a aplicabilidade do TEACCH na realidade brasileira sendo « reforga a importancia da avaliaglio, da necessidade, do lugar, da cultura, do ‘momento e das condigdes do ensino ao apresentar as questbes sobre 0 TEACCH, Ninguém @ obrigado a ter uma mesa de frente para a parede, trabalhar dentro do uma “cabine” ou ter uma sala com x metros quadrados, como se isso fosse uma regra imposta sem flexibllidade. Essa ideia de ‘rigidez” fez com que 0s conceitos fossem distorcidos e o TEACCH fosse mal visto por muitos e mal aplicad ao longo {60 muitos anos no Brasil. A intengao de estar com @ mesa posicionada daquela forma ou de separar os ambientes de trabalho em “estagdes’ ou paredes seria inicialmente, neutralizar os estimulos,evitar a concorréncia visual e ajudar no foco da atengéo fazendo com que a pessoa focasse no que fosse realmente necessario «importante enquanto aprendesse algo. Entretanto, essa funcao perdeu-se em algumas situagdes e em muitos lugares essa estrutura fsica 6 usada sem razao, de forma que ndo existe regra para seu uso. A pessoa esta li, de frente para a parede sem necessidade ou sbalhando “Yfechada” em uma estagéo de trabalho, sendo que ‘0 seu controle de atencao é suficiente forte para suportar outra configuragao fisica dentro da sala de aula. A organizacao da sala é fundamental, mas isso depende da pessoa que Ié estard © das necessidades e tipo de apoio que ela necessitard om dado momento da vida. Fig. 2:Aluno em atwicade insu 5 Velo’ Aprend | runsinanarcs Pans TEACCH oenand ethnics narasoa comune ‘Segundo Schopler & Mesibov (1995), os alunos autistas respondem bem 20s “pts erat o, or xa ano pltstrgaa deve eon 9 52 / sala de aula para efetivamente conseguir ensinar os alunos. Do contrario, muitos 187 estimulos podem “entrar” ao mesmo tempo, contrbuindo para a desorganizavéo & onfusdo interna, fazendo com que o aluno nao saiba o que fazer, aonde ir, por ond? “comecar, onde colocar 0 material, como mostrar que terminou etc. Para justifies! 2 importancia da organizagao na sala de aula, é it entender as dificuldades 4 pessoa autsta e como elas apontam para a necessidade de uma ordem quand? ‘3 busca sucesso no ensino. A dificuldade de linquagem receptiva (compreens@? das mensagens ouvidas) é caractorstica do autismo e faz parte do quadro. Muitos Moe rrento | hanes Poren THO come mcs amncnotntt vvezes, 0 aluno pode inder a men professor esté acred! de agressividade ov ‘ndo possua dominio as respostas do autismo e que pr ‘comportamentos. ‘A pessoa com TEA pode ter uma mer ‘sequéncias dos fatos, sons etc.) néio conseguir manter a se ‘mesmo que 08 cotidianos, ou nao ter certeza quando algo diferente ira acont Geralmente se sente mais confortavel, permanecendo em al costume" resistindo assim a aprender as novas. Multas vezes, ele tem de se organizar ou impor limites ao seu proprio comportamento e uso das regras socias. outros de forma inapropriada ou de preferir de relacionamento interpessoal e entendimento das regras soc motivagao para agradar aos outros ou nao ser sensi a elogios, podendo assim parecer que ha resistoncia ao aprendlizado, Hipersensibidade sensorial pode levar com frequéncia, a dstirbios de comportamentos @ a0 mal uso de materials, além da confusdo com as instrugdes das tarefas. Adistragdo e falta de nocio e organizagao, da temporalidade podem também causar comportamentos que interferem na aprendizager, o que inclul a dificuldade com a nogao de t po € a percepcao de _FIM, Porisso, organizara sala de aula ou qualquer outro ambiente de en de compreensao do aluno, preparar materiais com instrugSes visuals e dar rotinas, ee aS pert sor estratgias tes para ciminuir mutas das dicuiedes epresent: resuitando assim numa otimizagdo do aprendizado. ‘Aiguns aspectos relacionados a organizagao vém send utes em sal. aula para pessoas com TEA, independentemente da idade. Tals aspectos s: igdo das tarefas,b) organizacao fisica (mobiliario, posicionamento, dist , atividades sequencia, _ <@ imtadores) a programagdo das atvidades (0 Yi rmseoiozo os sistemas de trabalho (oqueval acontecere om qua orga y 08 métodos de ensino baseados na Psicologia comportamental (como a at Jnada, quails meios de ensino serao apresentados, como a ajuda vai a oe ens Asfiguras 46 sada pelo TEACCH para dois exemplos de estacao de trabalho (Work: idades individuais: neste espaco, 0 aluno ‘ave precisa para se engajar na tarefa: seu lugar, sua agenda de f rea de transigao, seu espaco de realizacao (neste caso, a mesa) com indicagao da area de FIM area de armazenamento das atividades, sendo que ele pr monitora fazendo a busca destas atividaces, A chave para se usar cada um dos pressupos nderos ora TEAC © temo ERIN baa = consideradas na fase de planejamento apés avaliagao. Uma sala fisicamente corganizada s6 serd itl se levar em conta os motives para a sua estrulura, @ pessoa que Id estard @ 0 que sera feito Qualquer coisa diferente disso nos levaré para o “estilo TEACCH’, ou seja, um ambiente meramente reproduzide sem nenhuma fungao. Temos que responder as questdes: 6 necesséria esta mesa? Qual 0 tamanho desta mesa? recisa? Quais itens ‘Onde vou colocar esta mesa? Quais as reas que esta s40 importantes nessa sala? O que no & necessério? Uma discusstio mais ampla do uso de cada um destes aspectos seré visto 2 seguir, analisada a luz do Programa TEACCH. |. Organizagao da area fisica A disposigao fisica do ambiente de ensino 6 importante quando se planeja o curriculo para alunos com TEA. Até a disposigo dos méveis da sala pode ajudar ou atrapalhar o funcionamento independente do aluno, oreconhecimento e respeito Idades de organizago, ndo sabendo pelas regras@ limites. Muites alunos tém ‘onde ire como chegar, perdendo-se no ambiente quando este nao he oferece dices « referéncias. Devido as diffculdades de recepgdo da linguagem eles geralmente no entendem direges ou regras. A organizacao do melo ambiente, entéo, Ihe dé pistas visuais que 0 ajuda a entender, evita @ distraglo, promove 0 foco e tenta garantir que cada area informe @ sua funcéo. No planejamento da organizagéo fisica na estrutura TEACCH, o professor precisa avaliar o meio de modo geral. Uma boa organizagao nao sera téo eficaz se existirem outros problemas. Muitas vezes, © professor néo tem escolha sobre qual sala Ihe seré destinada nem tem controle sobre 0s estimulos existentes (em'se tratando de-uma sala de aula em escola ‘comum). Mas, se houver, ha alguns aspectos a serem considerados, como: ‘ojo Aprendo | rusannse soPogore TEACH otmnc emanoo is san couamaun + 0 tamanho da sala uals as outras salas que estdo préximas,; + _nimero e acesso a pontos de luz,; + localizagdo do banheiro mais préximo: elementos distratores;méveis disponiveis, ‘Alguns aspectos indesejéveis podem ser desprezados ou mesmo ‘modiicados, mas existem algumas situagées que podem indicar uma mudanga na sala, principalmente na escola comum. Colocar uma mesa pequena para um aluno grande ou vice-versa 6 uma situagio. Outro ponto é deixar a crianga sentada no fundo da sala, de onde pode visualizar todo 0 grupo e part para a desorganizagao. Elementos visuals disponiveis podem favorecer a agitagao (muitos quadros, papeis olados, mébiles) © néo posicionar da crianga muito préxima & porta de entrada também pode ser fator de seguranga, Asseguir s80 citados mais alguns exemplos. 1. Uma sala com muitas saidas no @ indicada quando se tem alunos que t8m 0 habito de correr, 2. Adequar sempre'o tamanho dos méveis ao tamanho das criangas e faixa etaria, 3, Uma sala muito pequena ou sem espaco adequado para guardar objetos pode criar uma atmosfera desconfortavel e desorganizada, 4. Um aspecto de alta prioridade é a localizacao do banheiro. Quanto mais préximo da sala, melhor, Mana Else Gronch Foneosa | Juana de Gita Baptista Ci A jto amples. Precis FE Risioe muito agitados nda sa benefice de salasimuke amples, Fro 48 menores par de limites fisicos reais mais determinados e, portato, sel Parecem funcionar melhor. ‘Uma vez definides 0 espago e as condigbes da sala, 0 professoriterapeuia esta pronto para comecar a estruturar as areas de aprendizado € treinamen reas esper {que concerne ao contetido da tematica de aprendizado, Def para tarefas de aprendizado especificas, identficar com clareza os limites ¢ rmateriaisfacilmente acessiveis ajudam os alunos a saberem de forma independents conde devem estar e onde obter seus proprios materials. Desta forma, os professores nao tém de estar constantemente repetindo instrugées verbais ou lembrando as instrugées repetidamente, causando menos confuse de informagdes. Lembrar sempre que salas e alunos diferentes exigrdo estruturas e organizagbes diferentes ‘Alunos mais comprometidos e os com autocontrole menos desenvolvido precisaréo de uma estrutura mais organizada, como mals. definidos, firmes, controlados e mais dicas que os menos comprometidos. Um professor de ctiangas poderia organizar as éreas de aprendizado para jogos, trabalho individual @ independente, lanches e desenvolvimento de autoajuda, Para os adolescentes jovens pode também haver um grupo e uma érea especifica para tarefas pré- vocacionais ou habilidades artesanais, Uma sala para alunos mais velhos poder, além disso, oferecer area social, oficina, aptidées domésticas (AVD), autoajuda ‘cuidados pessoals etc, Muitas salas precisam utilizar a érea extema como local para que igunsalunos se distanciemde distragoeseexcessodeestimulosem determinado momento @ assim recuperem o autocontrole. As salas devem ter um espaco definido ara que os alunos coloquem seus objetos pessoais. Podem ser escaninhos. armarios, ganchos ou calas especiais: A mesa do professor, ou sell 650300, d@°° fs#ar separada re sale para qua ‘os alunos selbarn onda rscarer quando precisé" a ej © Aprende rns pan ‘MOELTRUNMABOARAPERSORS cou nUTSHO eet Figs. 6 6 7: Aprender - momento quanée hablidades novas s8o ensinadas com a ajuda do professor Neste momento, e necesséra, a ajuda fsea 6 oferecida até que a habiidade soja istalada. Com 0 tempo & feta aretradaoradual da ajuda Importante ainda € reafirmar que a mobiia seja apropriada para a idade » 4 tamanho dos alunos. As éreas onde os alunos passam algum femPo em atividades indopendentes, como jogos e lazer, ficarao melhores se estiverem localizadas Jonge das saidas, elimina-se a preocupagao com a fuge de algum aliuno, Tapas estantes, divisérias, a disposigao das mesas, tudo pode ser utlizado para marca, rmethor os limites, Os materiais deverdo ser claramente marcados © organizados dentro do nivel de compreensio do aluno. Alguns materiais S80 apenas para © professor, alguns nao podem ser usados durante 0 tempo de jogos oy lazer. A utiizagao de figuras, cbdigos de cores, simbolos numéricos, fotos, podem ajudar os alunos a marcar, buscar ou guardar os materiais de forma independente, sabendo exatamente ONDE estéo ¢ PARA QUE serdo usados. ‘A seguir citamos algumas perguntas que devem ser consideradas quando (8 professores organizam suas sales, 4. Hé espago para o trabalho individual e em grupo? 2. Cada aluno tem a sua mesa, sua cadeira @ espaco para as atividades? 3, As dreas de trabalho esto localizadas em ponto de menor distragao? 4, As dreas de trabalho esto identificadas para que 0 aluno encontre seu proprio ‘caminho? ‘5. Existem éreas de trabalho consistentes e funcionais para aqueles que precisam? 6. O professor/terapeuta tem facil acesso visual a todas as dreas de trabalho? 7. Ha lugar para os alunos colocarem os trabalhos concluidos? 8. Os materiais de trabalho estéo organizados e proximos as reas de trabalho? 8. Osmateriais estéo claramente marcados com instrugdes visualmente definidas? 10. As areas de lazer ou jogos esto disponiveis? 11, As areas estao distantes das saidas? as 4reas esto claros? 19. AS areas de armazenamento de materais,atvidades e jogos da estéo cheias de brinquedos ou jogos quebrades que ninguém usa? . Programagao diéria e o uso das rotinas incorporadas em AGENDAS. Programagao ¢ parte da organizaglo das atvidades que os alunos com TEA Necessitam. Muitos tém problemas com meméria sequencial e organizagso nosdo ‘tempo, Dificuldades de inguagem receptiva também podem tornar dificil aos alunos Compreender 0 que eles deveriam estar fazendo, Além de dar orientacdo a todos sobre determinados periodos, @ programagao das atividades os ajuda a prever ‘contecimentos diérios e semanais, Isto diminui a ansiedade sobre o nao saber 0 ‘ue ocorreré em seguida. Além de prever qual idade ocorerd depois, a rotina programada auxila os alunos se conduzirem de forma independente entre as atividades (transig6es), dizendo onde devem ir em seguida. Além disso, alunos com Pouca iniciatva e espontaneidade podem ser motivados a completar uma tarefa considerada ‘se perceberem pelo esquema guiado (programagao) que esta sera seguida de uma atividade ou tarefa mais agradavel ou que ja faz parte de seu repertrio independent. Geraimente ha dois tipos de programagao utlizados simultaneamente nas salas. O primeito tipo € a programagao geral da classe @ 0 segundo tipo s80 os ‘esquemas individuais denominados “sistemas de trabalho". A programagao global dolineia os eventos d . porém nao especifica atvidades de trabalho para os alunos, mas mostra os horéos, intevalos, sequéncias etc. Porexemplo: 7:40 ~ chegada dos alunos, quarda de objetos 7:48 ~ bom dia, chamada, cumprimentos 7:46 ~ trabalhar com o professor na area do aprender (sessao de trabalho 1) Masa Elen GranchiFonseca. | Juans ¢o Chie Bapinella Cia, 8:15 ~ Informatica a5 ~ Artes 9:30 - Lanche 9:45 - Escovar os dentes. 10:00 ~trabathar independent (sessto de trabalho 2) 10:30 ~ Educagao fsica (caminhada) 11:00- Banho “ :30-Almogo 7 11:50 — Voltar para casa Este esquema mostra quando os alunos estéo trabalhando com a ajuda do professor e quando esto desenvolvendo outras atividades " individuais ou néo. Durante as sessbes de trabalho, alunos e professores podem estar envolvidos em uma série de atividades, desde o trabalho pré-vocacional independente, treinamento individual sobre autoajuda, até sobre tarefas na escola. Estas atividades se refletem ‘na programagao individual. Uma rotina ndo precisa ser igual a outra de modo que um ‘aluno tem a sua propria agenda de rotina programada a partir de sua necessidade « interesse. ‘A programacao individual por aluno (agenda) pode ser indicada visualmente de varias formas, a depender de como 6 0 sistema comunicativo @ 0 nivel de compreensao. Uma agenda pode ser ilustrada com fotos, pode ser concreta com objetos, pode ser com pictogramas, escrita, feta com listagem de atividades por checklist ete. Por exemplo: a figura de uma cartira ou mesa pode ser usada no lugar de “sesso de trabalho". Os tipos de agenda deverdo ser particulares, OU seja, cada aluno deverd ser avaiiado para o levantamento dos requisitos para © reconhecimento de imagens, tos, escrita, pictogramas ou objetos. Pode se ‘ixada em algum lugar da sala onde possa ver e manusear eomo pode ser mével fem albuns, escrita em pranchelas, em cadernos ou em agendas comuns do dia @ “9 Velow Aprende | renee ens ec 2% See mas arta ona dia, Esta é geralmente revisada quando da chegada dos alunos ou durante uma sse8880 matinal de grupo, Nao basta colocar um cart8o com uma imagem esperando {que 0 aluno reconhega e passe a cumprir a sequéncia. Se for um aluno de Baixo funcionamento que nao entende o significado do simbolo, aquele cartéo nao passaré de um pedago de papel com um borrao sem significado. Este 6 outro aspecto que {| mal nterpretado quando da ulizagdo dos recursos do TEACCH no Brasil. Muitas pessoas associam 0 TEACCH como um “método" dos cartbes ou das figuras. E no 6.0 uso das imagens ¢ a parte “vsivel"@ um dos retlexos do conceito da estrutura uigoes {que padronizam todas as agendas com pictogramas na crenga de que este é um que 0 TEACH preza. E muito comum ainda encontrarmos escolas € in sistema de uso comum a todas as pessoas com TEA, ‘A programago da rotina com gravuras, fotos, pictogramas ou objetos pode ser disposta sequencialmente de cima para baixo, da esquerda para @ direita ou ‘apresentada item a item como cbdigos representatives. Usando esta tabela global 108 professores podem organizar melhor as responsabilidades diarias ou semanais, Um quadro de horario e atividades com a tabela anexa para cada professor & {écil de manusear e consultar. Para dividir 2s responsabilidades dos professores devern-se considerar quais os alunos trabalham bem em pequenos grupos, quais conseguem exercer atvidades de forma independente, qual atividade necessita do professor fora da sala e quais alunos t8m comportamento de dificil controle, Ambos 08 professores (e outros profissionais que usem a programagso) devem saber quais 80 @ a quem acomete suas responsabilidades. Também ¢ importante que todos Lusem o mesmo sistema representativo para ndo gerar confusdo, Para ajudar aos alunos @ compreender 0 que fazer durante as atividades constantes na programaggo geral, usem-se as agendar/murais indviduais. Elas podem ter formas varadas, mas devem ser invidualizadas, adequadas @ dade, 3s @faceis e baseadas na capacidade funcionaise balanceadas entre atividades Nia Elea Grants Fonseca | lana ée Cssia apts Cle FE to reforgo ou mudanca de ativida, de compreenstio e execugao de cada um (quar pode ser necesséria). ‘Aiguns exemplos de agendas podem ser Asequir, citamos alguns exemplos. 4. Quando uma atividade sinalizada 6 concuida, 0 eleme sinalizador ¢retirado da agendalmural ecolocado na area dest ‘20 FIM. Pela sequéncia, a propria agenda mostra o item da pr atividade, que é retirada daquela area e transitada até 0 local seu destino (check in) via pareamento. Vojo.e Aprendo | Fionn vara TEAC. Ono ETUTMABO reson cowALTSNO 2, Sobre a mesa do aluno esta um mural onde esto fixados e: ser elo, onde, por quanto fEmPO © O quo fa, indicando o que devers SISTEMAS DE TRABALHC soguida, € 0 que 0 TEACCH chame de ‘adiante) 0 aluno aprende a retrar op serdio mais descritos: ‘compro a outro igual emparahamento) possive. le leva a avidade para a mesa, com ) buscando a atividade da mais independente trabaiho © a0 terminar, deposta a atividadk tina assim até que todos os estimulos tenham sidc fe concluida em espago para isso. Ele cor depois”. A atividade 6 sinalizada de forma que o alut ‘em termos temporais sendo que PRIMEIRO ele ex: ‘em seguida, 0 que esta a direita, conforme o modelo a 3. 0 professor pode também oferecer ao aluno um ‘ou seja, um item que serviré de apoio para a veriicagao do que a agenda sdor em maos, a referéncia do indicando. Com o ve forma que ele serd ensinado a checar em sua lista de at ‘etapa a partir do momento em que Ihe é entregue e: de sorvete, um cartdo para emparelhar com o igual fac ‘Volo © Aprendo | Fina Pag mimo BeTAUTURADO Rana pussous CoM AUTIMO en Todos estes exemplos mostram o trabalho por melo da individualizagao e da estrutura, Para os alunos que no sabiam ler ou entender as figuras, podem-se usar Cores, cédigos ou objetos para ajudé-los nas atividades diarias. Alguns programas ‘tem 2 ou 3 atividades a serem completadas em determinado periodo, enquanto ‘outros tém apenas 1 antes do intervalo ou do reforgo, cada esquema individual também reflete a preferéncia do aluno pelas atividades com alternancia das mais ‘Com as menos agradéveis. © uso de programas claros e consistentes facta o funcionamento ‘rganizado da sala deixa mais tempo para o ensino e aprendizado em si, a0 inves Ge canstantes reorganizagées e planejamentos durante o horéro de aula. A medid@ Peis tetra) 120 8 1%e0 de 6 observa os horas sles desenvolvem 002 capacidade de trabalho independente « “706M seguir instrugdes, que 4° Vio Apron | fo “TOCSY. ems rm rast con sureso ‘muito importantes para o sucesso em situagées futuras (seja de ordem vocacional ‘ou doméstica) A seguir, estéo algumas questées que os educadores devem considerar no planejamento da programagao da classe ou dos alunos i * A programagao esta clarament res saibam todas as respons * Ha equilibrio das atividades individuals, em grupos independer le lazer diariamente? * Aprogramagao individual leva em conta as necessidades do aluno quanto a intervalos,reforg, aividades indesejadas, link funcional e atvidades preferidas? * 0 programa ajuda o aluno nas transig6es aonde ir © onde fazer? * 0 programa auxilia 0 aluno a saber, onde © quando comecar @ terminar uma tarefa? * Como séo assinaladas as transicbes © mudancas de atividade? Por sinais? Por orientagao do professor? Pelo relagio? * A programagao é representada de forma facilmente com Ill, Método de Ensino © professor deve sist i @ organizar os métodos de finalidade de ensinar de forma eficaz. Outram era de usar a organi ajudar os alunos a um desempenho bem-sucedido é na montagem das professores. Aqui também as dificuldades de recepgao da linguagem pr ‘a compreensdo dos alunos no que @ esperado deles. Instrugdes para as t @ 0 uso de dicas e reforgos devem ser organizadas e sistematizadas a propiciar expe fancies ide sucesso. lao toma aa ettuantes de eprendizaco m rar a distracdo, a resist previsiveis (e, portanto, mais fécels) ¢ ajuda-os @ superar a distracBo, a resis ‘a mudangas e a falta de motivagso, As instugses podem ser dadas verbal 1s visuais. Em qualquer caso, as ins ‘mas sempre com o apoio de instrug6 devem ser dadas no nivel de compreensdo do aluno, preferencialmente usar regras claras, palavras simples e associando a gestos.ou imagens. No caso «i: significa usar a quantidade minima de linquagem necesséii instrugao verbal Por exemplo, ao invés de ‘quero que vocé termine de colar todas estas figuras formas geométricas de cores iquals e quando terminar voce pode ir para a de lazer e escolher um brinquedo para brincar’ ~ prefia dizer “primeiro termine 2 ccolagem e depois brinque”. Quem estara dizendo que é uma atividade de formas geomeétrcas coloridas ¢ o préprio material. Desnecesssrio repetiro dbvio.A segunda forma de emissao transmite a mesma esséncia de mensagem. Instrugdes verbais, também podem ser acompanhadas de gestos, para ajudar a compreenséo. No exemplo anterior, © professor pode apontar para todas as formas e depois para a {rea de lazer enquanto da as instrugdes sempre obtendo a atengdo do aluno antes 4ée comegar as instrugdes. Isto ndo quer dizer necessariamente ter contato vist. ‘Alguns alunos podem expressar ateneo pela orientagéo corporal, reacdo verbal ou pela paralisacao de outras atvidades. Ao dar instrugdes, o professor precisa estar certo de que as expectativas e consequéncias estao organizadas e claras para o aluno, Se um aluno nao sabe onde esto os materiais, como iniciar a tarefa ou 0 ‘que fazer quando minar, entdo é provavel que ele nao execute a tarefa de acordo om a expectativa do professor. Além de usar gestos, as istrugSes podem também ser dadas por meio de dicas visuals, tais como apresentar e posicionar materiais de forma sistemética, em uma sequéncia assim como utiizar desenhos ¢ instrugses escttas. oj eAprendo | ries Mora lea Grane Fonseca | Juana de Cssa Baptista Cita rganizaro trabalho de maneira unforme da esquerda para 8 dieita oy cima pra batro thes forece uma sistemética para completar as tarefas de for Ts iis pardons sem pecasekdado de txmss meucoes ¥erbels, Principalments quando esté aprendendo uma rotina, O material e 2s aividades 6 estardo naquei. forma de apresentagioe garantré um padrao. O foecimento apenas dos ma 1s serd menos confuso para ol que 0 aluno precisaré para as tarefas especifica colocagéio dos materais no ambiente onde serdo usados também pode ajuds-o ‘seguir as orientagdes e a completar as tarefas com maior sucesso. Para isso, deixar a vista os materiais que no sero usados, apresentar elementos adicionais {que podem confundir, gerar confitos nas atividades, oferecer atividades de sentido ou que possam gerar divida sobre o que fazer. Nos sistemas de trabalho, instrugdes que orientam visualmente também podem ajudé-los a se tomarem mais auténomos e a permanecerem mais organizados enquanto trabalham. Os professores podem usar amostras ou figuras de produtos acabados para mostrar aos alunos o que deve ser feito como modelos. Figuras e instrugbes escrtas (similares a uma receita) podem ser usadas para ios a compreenderem uma trefa na sequéncia coreta (analise de taretas). © professor deve ter cuidado para no dar dicas que causem distraco ou usar materiais desnecessérios. Varias plstas organizadoras podem ser usadas pata quiar 0s alunos na execucdo do que se espera deles em uma atividade, reduzindo 2 dependéncia do aduto, ‘Ao ensinar novas tarefas, os professores usam dicas e niveis de ajuda para ajudar os alunos a terem sucesso no que esto aprendendo e fazendo. Existem tipos diferentes de dicas utlizadas para ajudé-los ou dar-Ihes lembretes. Uma ajud? fisica 6 usada quando 0 professor guia as méos do aluno para levar a colher alé @ bboca ou levantar a calga apés ir ao banheiro, por exemplo, ou quando acompanh? ‘© movimento das mos fazendo uma atividade junto com o aluno. Uma dica verbal Vejo © Aprendo | wma Prana TEACEM OEM ETRTIRADO HRA essoAS COM TD uma caixa de trabalho pa a dica. a7 | Para se usar dicas de forma eficaz 0 professor deve ser sistematico na sua ‘apresentagao. Isto quer dizer que a dica deve ser clara consistente e direcionada 20 aluno antes que ele responda incorretamente. E 0 que chamamos de “aprendizagem ‘sem erro". Pode oferecer desde ajuda total usando seu apoio de mao, até que poss? inuindo seu nivel de oientagao a ponto de o aluno fazer a tarefa sem ajuda, d° forma independente, Sendo assim, a ajuda ¢ gradativamente retirada passando J ica total a independéncia, Os professores também precisam estar atentos ao utilizar dicas e pistes quando assim nao o desejarem. muito importante aqui o posicionamento 4° professor e do aluno para o aprendizado, Muitas vezes, as resposta corretss podem ser trnemitdas 20s alunos pelo simples movimento da cabega ou olhos &° | ‘Wejo © Aprendo | Funisnems dom, Ft oes TEACH oan Bree professor a resposta cor balhar sem olhar para o professor apés desempenho. Em tals situagves, o p fo aluno a0 Invés de ficar na sua is serdio transmitidas visando a m: ‘Amaior parte das pessoas binagao de elogios de ot motivam assim ensiné-los como um Os pais podem ser ques estimula e reforca cada tum professor descobre que ha (apaipar) e usar lixa (sensorial) Assim, varias tarefas com ot inados podem ser feitas usando tipos de texturas di ixas. O reforgo pode incluir uma gama de itens ‘ou atividades. Muitos alunos 80 motivados por inquedos que realmente gostam. Outros podem ser motivados por uma atividade preferida, Assim, ‘se outro aluno tem resse por carros, as tarefas @ os sistemas de ser organizados usando uma ampla variedade de carros dentro dos ot levantados para ele: cores, formas, tamanho, letras, algarismos, posiedo, figura x fundo, emparelhamento, transferéncia etc. ‘A seguir, algumas perguntas que os professores devem considerar ao planejar (05 métados de ensino. 41. 0 professor tem a atengao do aluno antes de serem dadas as instrugées? de compreensao dos alunos? 2. Alinguagem verbal utlizada 6 especifica para 1 acrrpertaoa do uroes verbels PETS Slucar 0 3, Os gestos estat fe de compreensio? entender quando ele esté com acudadt Be secote iformsescimmtceme peimserceez do completar ume mais independents possivel? 5. A disposigdio e organizacao do: 1s materials ajudam a transmitrinstrugdes ra 08, alunos? 6. 0s matoriais sto apresentados de maneit leriais apresentados em determinada hora? ira organizada? 7. Ha excesso de mat £8, alunoesta recebendo a ajuda que precisa para completar a tarefa com icas ao estilo e nivel de aprendizado do 9..As dicas escolhidas séo especii retamente? 410. As dicas sao dadas antes que © ano respond in 11,0 nivel de ajuda esté sendo retirado a fim de proporcionar a independéncia? 42, O aluno esta recebendo feedback claro sobre as respostas ou sobre sey ‘comportamento (conduta) adequado ou incoreto? 48, As consequéncias e reforgas sto tornados claros para 0 aluno? Elas seguem de imediato o comportamento trabalhado? O tipo de reforco usado é forte para pprovocar mudanga no comportamento? 14.0 reforgo & dado com a frequéncia necesséria? 16. Os reforgos so baseados no nivel de compreensao e motivagao do aluno? Desta forma a forma, alunos com autismo podem aprender de forma intensiva @ fica? and : ‘quando 0 professor organizar todos os sistemas de sua metodologia: adequar 0 ambiente, pre Preparar o material, adequar o material as tarefas, selecionar objetivos adequados e funcion: integrar 0 trabalho da escola com a familia, favore’ comuni icagao alternativa ¢ registrar todas as evolugdes e dificuldades. pe f AELABORAGAO DE ATIVIDADES E CRITERIOS pan rene ee DE MATERIAIS NA ABORDAGEM DO ENSINO ESTRU o 1. Os sistemas de trabalho Os sistemas de trabalho s80 formas sistematicas de apresentacéo das instrugoes, arefas e matriais para que 0s alunos trabalhem de forma independent ‘sem a ajuda ou drecionamento de adultos (ou com a minima ajuda). Fundamentam. se no direcionamento que o ambiente oferece guiando @ pessoa para a resposta Para a elaboracao de atividades, é preciso considerar 0 nivel de desenvolvimento dos alunos e 08 interesses individuals. € importante adequar 0 tipo de atividade ‘com a idade cronologica, mesmo tendo o aluno uma possivel deficiéncia intelectual ‘associada, Mas nao & sb isso. A importancia de adeptar 0 sistema individual de trabalho se dé para que 0 aluno receba e compreenda a informagtio advinda a0 meio e que entenda o que para fazer. Seguindo e obedecendo a um sistema de trabalho, 0 aluno é capaz de trabalhar de forma independente ja que qualquer forma ue indique onde ir buscar, 0 que fazer e como executar a tarefa 6, por definigao, um sistema de trabalho. € um sistema que a pessoa usa para ser independente: olhar, buscar, engajar, executar e termina. (sistema individual de trabalho deve responder quatro questdes principals. 1) Qual trabalho fazer? 2) Quanto trabalho ha por fazer? 3) Como saber que terminou? 4) O que vird em seguida? s sistemas de trabalho podem ser organizados em varios esquems. podendo citar: 2) Apresentagdo dos materiais na ordem da esquerda para direita ou de cima a para baixo com apre 1780 da Caixa PRONTO, FIM, ACABOU, concluida) b)_Pareamento de cores, formas, alfaboto, numeros: ao dirgi-se a uma mesa de trabalho, 0 aluno tem uma orientagao sobre © QUE FAZER, O seu Sistema de trabalho individual rd dino inicio da atividade e qual atvidade deverd ser feita, Ele iré parear a orientagéo que esté em seu sistema de trabalho com a indicagio que esté na atvidade, Assim, o aluno saber’ que o.carlao verde que esta sobre a sua mesa combina com 0 cartéo verde que festé anexado em determinada atvidade. Mediante © pareamento (verde- verde) ia 0 trabalho. ©) Orientagao eser ‘em alguns casos, ha necessidade de oferecerinstrugtes. escritas para os alunos que ja so alfabetizados. Assim, deixamos as orientagSes sequenciadas para o aluno que apés leitura das ordens deverd realizé-las da melhor maneira possivel A experiéncia do TEACCH mostra que, quanto mais © aluno compreende © que deve ser feito, quanto trabalho vai ser realizado, o que vem em soguida e 0 Conceito de fim a sua produtvidade aumenta satistatoriamente, ja que o sistema de trabalho clariica a compreensto de toda a atidade (Mesibov, Schopler & Hearsay, 1994), Um dos ponitos principals referents & clareza visual 6 a apresentago dos exercicios, mat is © jogos para os alunos. A maioria deles deve ser reformulada @ reformada, antes de serem apresentadas ao individuo autista. Apremissa basica 6 questionar a todo o momento © em cada atividade: serd que este material estéfornecendo todas as informagées que © individuo precisa para obter sucesso? Seré que ele est compreendendo © que eu quero que ele faca? Sera que ele sabe quantas vezes eu quero que ele faga isso? Como eu sinalizarel 0 que fazer em seguida? Como ele entender que Mra Elsa Grech Foneoce | Julene d Ciel Bptaa Cita | a atividade jé acabou? Como ele pode entender a atividade sem que eu tenha q), fazer a “natragaio” ou a “tradugio” do enunciado para ele? ‘Assim, no basta oferecer atividades pedagégicas ou brinquedos ser citérios para alunos com TEA apenas para “matar 0 tempo" ou pensando que aprenderdo aleatoriamente, Se estes materials nao forem sinalizadores de todas essas questées, certamente a atividade nao terd fungdo e poderd gerar problemas de comportamento, difculdades na compreenséo das ordens, desvio na atencao, estereotipias, tentativas de fuga, desengajamento das atividades, dentre outras coisa. Ensinar alunos autistas usando sinais visuais & uma das formas de estimulay ‘suas aptidées visuais e potenciais e tomar a aprendizagem menos custosa, demorada e dificil. 16 Com base nestas premissas, o TEACCH enfatiza os pontos relacionados em seguida. ® 2A) tnstrugses Visuals: 2 vavlaes0“s" para os anos soquinca 28 ona pera completa as areas. As tara @avdades “conversa” Auda © alino @ combinar © omerizar una série do elomontos pars ‘conseguir o resultado final desejado, pois a estrutura altamente visual torna ‘© ambiente previsivel, reduz 0 stress, confuséo, ansiedade e problemas de Smee ‘Veja Aprendo | runners de Pega TECCH, Peano exTR spp sess... G@ orgarizasdo Visual: a orgenizagéo do materiale do espago auxiia na caplagaoe assimlacto dos informacses lareza Vis sistemas visuais relatam sobre informagses que séo importantes; enfatizam partes especificas e iteis da instrucao. [Na apresentacao do material evitar oferecer os elementos muito “soltos” © separados das reas de armazenamento e execugso, pois as pegas podem se de um velero para cada parte da imagem. ‘de EVA azul, velroautcadesivo caneta de retroprojetor peta, olha plastica fa adesiva azul © pasta classiicadora de papelao

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