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CONCEITOS BASICOS Qualquer substaincia nos estados fisicos s6lido. I= quido ou gasoso possui massa, ocupa lugar no espace constantemente sofre transformacdes, que podem ser chamadas de: © Transformagées quimicas: quando existem altera- ges na natureza da matéria, isto €, na sua compo- iGo inicial, gerando novas substancias; © Transformacées fisicas: quando existem alteracoes, ra estrutura fisica da matéria sem alterar a sua na- tureza (composicao inicial). EVIDENCIA’ DE TRANSFORM QUIMICAS E Fi: As transformagées quimicas so, geralmente, evidenciadas por processos de precipitagao, decom- posi¢o, combustio, iberagao de gis, mudanca de cor, entre outros, J4 as transformaées fisicas so acompa- nhadas pela mudanga da forma, do tamanho, da apa- réncia efou do estado fisico da matéria. No cotidiano, & possivel observar diversas evidéncias de transfor- mages quimicas e fisicas da matéria, como: queimar ‘um papel (quimica); amassar um papel (fisica); a partir do leite, produzir queijo (quimic ‘agua (Fisica); derreter o gelo (fisica); enferrujamento de latas (quimica); amassar latas (Fisica); fotossintese realizada pelas plantas (quimica); amadurecimento das frutas (quimical, entre outros exemplos, INTERPRETANDO AS TRANSFORMACOES QUIMICAS As reacées (transformacées) quimicas so facil- mente reconhecidas porque reagentes formam novos produtos (substdncias), e, geralmente, essas transfor- mages so percebidas por alguma modificaco visual damatéria Exemplo: Pb(NOalsu + 2Klay —> Polat + 2KNOauy (incolor) —(incoler) (amarelo) _(incolor) Na mistura de solugdes de nitrato de chumbo (I!) (PbINO,),) com iodeto de patassio (KI), produzem-se o 18 + CIENCIASDANATUREZA Transformacées da matéria jodeto de chumbo( ll) (Pb). que é um precipitado sélido amarelo brilhante, e o nitrato de potdssio (KNO,). Essa reago é conhacida coma chuva de oure @ pode ser vi- sualizadaa seguir i ' mm _—— 4 Sneak / key Moc Formragéo de precpitade deiodetode cba, Entretanto, nem sempreastransformacées quimicas, damatéria soreconhecidas por simplesinspedo visual. Exemplo: HClpy + NOH py > NaChay + HO. (incolor) {incolor) —incolor) _(incolor) Na mistura de uma solugio de dcido cloridri- co (HCI) com uma solucio de hidréxido de sédio (NaOH), ocorre uma reacso quimica na qual é pro- duzido 0 cloreto de sédio (NaCI) mais a dgua (H;0). © produto dessa reacao no evidencia a formacao das novas substéncias (transformagéo quimica) pela mmudanga de cor, por exemplo, PROPRIEDADES GERAIS DA MATERIA S80 aquelas comuns a toda e qualquer porcao de matéria, no sendo suficientes para identificar uma substancia. Exemplo: ‘Lkgde arroze 1 kg de ferro possuem a mesma massa, mas ‘sd0 matérias diferentes. A seguir, s80 descritas, resumidamente, algumas propriedades gerais da matéria. Inércia E a propriedade da matéria de conservar seu es- tado de repouso ou de movimento, a menos que uma forca aja sobre ela. Massa E relacionada com a quantidade de matéria © possui unidade-padro de medida, segundo o Sistema Internacional de Medidas (SI), em quilogramas (kg). A massa ¢ a medida da inércia; portanto, quanto maior a ‘massa de um corpo, maior a sua inércia,e vice-versa. Extensio E 0 lugar que a matéria ocupa no espaco. O volu- me mede a extensdo de um corpo. Impenetrabilidade Duas ou mais porcdes de matéria nao podem ocu- paromesmo lugar no espaco ao mesmo tempo. Compressibilidade E a capacidade de um corpo material ou de uma substncia, sob aco de uma presséo externa, ter seu volume reduzido. Elasticidade E a propriedade que permite que os materiais se deformem ao serem submetidos a acdes externas ere tornem sua forma original quando a acao ¢ removida, Divisi idade E acapacidade da matéria de ser dividida em par- tes menores até certo limite. Descontinuidade F aexisténcia de espacos vazios entre as particu- las que caracterizam a materia, PROPRIEDADES ESPECIFICAS DA MATERIA ‘Sdo as propriedades exclusivas e particulares de cada substancia pura, simples ou composta, iteis para sua identificacao. A seguir, S80 descritas, resumidamente, algumas propriedades especificas da matéria. Ponto de fusdo (PF) ou temperatura de fusao (TF) Ea temperatura na qual um sélido se transforma em Um lquido, expressa, geralment, enn °C. ‘Sutera snr Ponto de ebulicao (PE) ou temperatura de ebulicao (TE) Ea temperatura na qual um liquido passa para o estado gasoso, expressa, geralmente, em °C. Densidade (d) Também chamada de massa especifica, consiste na razéo entre a massa (m) eo volume (v) de uma subs- tancia, expressa, geralmente, em g/cm ou g/. Calor especifico (c) £ a quantidade de calor necessdria para elevar a um grau Celsius a temperatura de um grama da subs- tancia, expressa em J/(Kg- K) ou cal/(g-°C). ESTADOS FISICOS DA MATERIA Amatéria se apresenta em trés estados fisicos: '* Slide: com formae volume fixos. ‘* Liquido: com forma variavel e volume fxo, ‘© Gasoso: com forma e volume variaveis. CIENCIAS DANATUREZA + 15 Vela Ve => coengomanyn ABN damatéria chamado de plasma. e E possivel atingiro piasma quando uma subs- ‘2ncia jd se encontra no estado gasoso e sua temperatura é ainda mais elevada, fazendo com que a agitacdo térmica das moléculas supere a energia de ligacdo: Energia de ligacio: Energia absorvida na quebra de 1 mol de li- gacao de uma substéncia no estado gasoso € em condicdes padrées de temperatura € pressdo (CNTP). MUDANCAS DE ESTADO FiSICO ‘As passagens entre 0s trés estados fisicos tém 0 nome de mudancas de estado fisico e esto represen tadas pela figura a seguir. ee ERs ——. —- <«— ese SOLIDO Sehutease LIQUIDO ” Harlage GASOSO Fusio SubTiTaGaO wesw) —— iminuicaod temperate Mudangasde estado damatéria Sublimacao E 2 passagem direta do estado sdlido para o gaso- s0 ou do estado gasoso para o sélido (ressublimacao). Exemplo: gelo-seco. Fusao E apassagem do estado sélido para o liquide. Exemplo: derretimento do gelo. Vaporizacao E a passagem do estado liquido para 0 gasoso. Pode ocorrer de trés maneiras: ‘© Evaporagao: processo lento que ocorre esponta- neamente a temperatura ambiente. Exemplo: oupas que secam no varal ‘© Ebuliggo: mudanga de estado que ocorre de modo, répido e com grande agitacgo molecular e formago de bothas. Exemplo: ebulicdo da dgua, 20 + CIENCIASDANATUREZA = Calefagao: passagem répida e brusca, Quando 0 li- quido ¢ atirado em uma chapa com temperatura de ebuligéo superior & do liquido, corre a evaporacso, mesmo sem o contato do liquide com a chapa Exemplo: uma gota de dgua em contato com uma su- perficie extrernamente quente. e A sublimacdo, a fusao ¢ 2 va- porizacao ocorrem pelo au- © inentoda temperatura e/ou pela diminuigao dapressao. Solidificacéo £ a passagem do estado liquido parao sélido. Exemplo: formagdo de geleiras. Liquefacao E apassagem do estado gasoso parao liquido. Exemplo: liguido de um isqueiro (gés comprimido). Também € chamada de condensagao quando ‘corre a passagem do vapor para o liquido. GLossARIO @) * Gés: substéncia naturalmente gasosa, Exem- plo: oxigénio, + Vapor: estado gasoso instvel que a0 na- tural pode ser sélido ou liquide. Exemplo: vapor de Agua. ) . A solidificacao, a liquefago a @ © 2 fessublimagao ocorrem e pela diminui¢ao da temperatura e/ou pelo aumento da pressao. CTO cain) Muitos monumentos histéricos, como estatuas e patrimd- nios da humanidade, si0 feitos pensando-se que eles rao permanecer por séculos. Porém, devido & ocorréncia de chuva cida, esses objetos vo sendo corroidos e destru- cdos em menor tempo que 0 previsto. A chuva dcida é um dos principais problemas ambientaisnos pafsesindustriali- zzados. Fla & formada a partir de uma grande concentrago de poluentes quimicos, que s3o despeiados na atmosfera diariamente. Estes poluentes, originados principalmente da queima de combustiveis fésseis, formam nuvens, ne- blinas e até mesmo neve. Os dois maiores vlées da chuva cida s0 05 éxidos de nitrogério, principalmente 0 NO €.05 dxidos de ervofre (SO; © SOs). Os éxidos de itroge- nioreagem coma dgua da chuva, formando. acido nitrico (HNO,) eo dcido nitroso(HNO.). Disponivel em: mundoeducacao bol ol com brquimicalpor-que- chuva-acid-corr0-05monumentos-historicas him (adaptaco) Acesso em: 18 set, 2019 ‘Segundo o exposto, a situaczo que apresenta um fend- ‘meno quimico © Evaporacdo de gasolina © Precipitacio da chuva @ Agua éaquecida até a ebulicao. © Odbtencao de oxigénio lfquido a partir do ar at- mosférico, @ Transformacio do marmare das estétuasem gesso cocasionada pela erosio da chuva. Grace) Uma dona de casa, para preparar um bolo de chocola- te, utilizou o seguinte procedimento: Considere a seguinte receita caseira para preparo de um bolo de fubé: 4. Emuma vasitha adicione 4 ovas, 6 colheres (sopa) de agiicar, 200 g de chocolate, 5 colheres de margarina, 200 mL de leite e 1 colher de fermento quimico; 2. Bater bem amisturadaetapa 1 como auxiliode uma batedeira até ficar bem homogéne: 3. Despejar a mistura homogénea em uma forma no formato retangular; caso ndo tenha com esse formato, coloque em outra qualquer: 4. Leve ao forno e deixe assar a uma temperatura de 180° durante 15 minutos. Astransformacoes ocorridas em 1, 2,340, respec- tivamente, fisico, quimico. isico, quimico, fisico, quimico, quimico, fisico. © auimico.tisico,fisico, quimico, © auimico, quimico, fisico fisico @ fisico, tisico, fisico, quimico. Ca —____- ‘Além de ser uma prética ilegal, a adulteragdo de com- bustiveis € prejudicial ao meio ambiente, ao governo ¢, especialmente, a0 consumidor final. Em geral, essa adulteracao € feita utilizando compostos com proprie~ dades fisicas semelhantes as do combustivel, mas de menor valor agregado. Considerando um combustivel com 20% de adulte- rante, a mistura em que a adulteracao seria identifica davisualmente é © etanole agua. © ctanole acetona, © sasolinae dgua, © gasolinae benzeno. @ gasolinae querosene. SEED + ciclo da agua € fundamental para a preservacao da vida no planeta. As condigées climaticas da Terra per- mmitem que a Agua softa mudancas de fase ea com preensdo dessas transformacées ¢ fundamental para se entender 0 ciclo hidrolégico. Numa dessas mudangas, ‘a dgua ou a umidade da terra absorve 0 calor do Sal e dos arredores. Quando jé foi absorvido calor suficiente, algumas das moléculas do liquide podem ter energia necesséria para comecar a subir paraa atmosfera. Disponivel em: wakeraaguablogspot com. ‘Acesso em: 30 mar. 2007 (adaptado). ‘A transformag3o mencionada no texto a @ fusso. © liguetacao. @ eveporacdo. © soliciticagao. @ condensacao. CIENCIAS DANATUREZA + 21 Vela Ve QUESTAO 5 (INEDITA) Em um funil de decantagao foram misturados 30,0 mL. de benzeno (0,89 g/m*), 300 mL de agua (0,998 gf cm’) e 1,0 g de NaC. A situacdo que ocorrera apés al- gum tempo & a: Nata: O benzeno é imiscivel em Agua. fe 8 ss 22 + CIENCIASDANATUREZA tcc) Primeiro, em relaco aquilo a que chamamos gua, quan- do congela, parece-nos estar a olhar para algo que se tornou pedra ou terra, mas quando derrete e se disper- sa, esta torna-se bafoe ar: oar, quando équeimado, tor- na-se fog0;€,inversamente, 0 fogo, quando se contrai € ‘se extingue, regressa aforma doar; oar, novamente con- centrado e contraido, torna-se nuvem @ nevoeiro, mas, ‘a partir destes estados, se for ainda mais comprimido, torna-se agua corrente, ¢ de agua torna-se novamente terra e pedras; e deste modo, como nos parece, do ge ragao.uns aos outros de forma ciclica, PLATAO. Timeu-Crtis Coimbra: CECH, 201, Do ponto de vista da ciéncia moderna, os “quatro ele- mentos" descritos por Platao correspondem, na verda- de, 8s fases sdlida, liquida, gasosae plasma da materia. ‘As transigdes entre elas so, hoje, entendidas como consequencias macroscépicas de transformagies so- fridas pela matéria em escala microscépica. Excetuando-se a fase de plasma, essas transformagGes softidas pela matéria, em nivel micrascépico, esto as- sociadas a uma @ ‘roca de dtomos entre as diferentes moléculas do material. @ transmutacdo nuclear dos elementos quimicos do material. © ‘ecistribuicdo de prétons entre os diferentes dto- mos do material. © mudanca na estrutura espacial formada pelos di- ferentes constituintes do material. @ alteracdo nas proporedes dos diferentes isdtopos de cada elemento presente no material. (QUESTAO 7 (INEDITA) ‘A dgua é uma substancia pura composta (H.O), essencial para. vida da maior parte dos organismos vives eexcelen- te solvente para muitas outras substancias. A guia possul varias propriedades gerais, comuns a diversas substn- cas diferentes, porém possui propriedades especificas que viabiliza a suaidentificacdo precisa e diferenciagdode ‘outras substAncias, sobretudo, dosiiquidos incolores. Das propriedades listadas a seguir, quais podem carac- terizar adgua? @ Inércia, densidade, ponto de ebulicao, calor es- pecifico. © Ponto de fusio, impenetrabilidade, densidade e ex- tensdo. @ Temperatura de ebuligao, calor especifico, densida- dee ponte de fusdo. © Massa molar, densidade, ponto de ebulicao, volume. @ Ponto de fustio, massa especitica, densidade elas ticidade, Greraes) Para aquecer sua casa de forma sustentavel, Sr. Jo30 aproveitou 0 calor produzido pela decomposicao do lixo, como mostraa figura a seguir. LEGEN, Johan Van Manual aruitete descaeo. Ed. Empériodolivra, O ar frio que esta mais proximo do piso é do que 0 ar quente, ¢ entra pela abertura (1) do cano, ‘seguindo para a serpentina (5) onde recebe o calor do lixo. O ar aquecido se torna € sobe até a saida (2) do cano, por onde entra na casa. Paradetalhar esse processo, a opcao cujas palavrascom- pletam, correta erespectivamente, o texto acima, s30 © Mais denso.. menos denso. © menos volatil.. mais denso. @ Mais denso... menos voll © mais volatil.. menos vola @ Mais condutor .. menos condutor, QUESTAO 9 (ENEM) Um estudante construiu um densimetro, esquemati- zado na figura, utilizando um canudinho e massa de modelar. O instrumento foi calibrado com duas mar- as de flutuacéo, utilizando agua (marca A) e etanol (marca B) como referéncias. Em seguida, 0 densimetra foi usada para avaliar cinco amostras: vinagre, leite integral, gasolina (sem dlcoal), soro fisiolégica e éloool comercial (92,8°GL).. Que amostra apresentaré marca de flutuacao entre os limites Ae B? © Vinagre. © Gasolina. @ Leite integral © Soro fisiolsgico. @ Arcool comercial ‘QUESTAO 10 (INEDITA) 0 inseto coleobroca, Rhynchophorus palmarum L., é a mais importante praga da cultura do coqueiro, pois, sua larva se alimenta dos tecidos da planta ¢ 0 adulto €0 principal vetor de doencas letais para o coqueiro, Os odores de compostos produzidos pela fermenta- 40 de plantas infestadas ou estressadas, devido aos ferimentos causados durante a colheita, atraem os insetos que ovipositam nas cicatrizes recém-abertas, fazendo com que, nos estagios mais avangados da doenca, as plantas morram. DUARTE, A.G:LIMA LS. Ecologia, Comportamento ¢ Bionomia, Neotropicl Entomology. 0.v 2,200. Segundo 0 texto, a propriedade da matéria associada 2 produco dos compostos responséveis pela atracao dos insetos €do tipo © eeral O fisica © auimica. © periddica © orzanoléptica, CIENCIAS DANATUREZA + 23 Vela

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