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ye10212029 07:46, Evolugdo histérica do dteito penal - SEDEP Evolugdo histdrica do direito penal Maércio Falcdo Duarte analista judiciario da Justica Federal e aluno da FESMP/RN Intrdito Desde os primérdios da humanidade, o homem tem progredido em todos os sentidos. Através do desenvolvimento da razio, dom nao atribuido a nenhum outro animal, exceto & espécie humana, © homem tem sempre estado organizado em grupos ou sociedades. No entanto, a interagaio social nem sempre é harménica, pois nela o homem revela o seu lado institivo: a agressividade. Podemos afirmar que através dos tempos o homem tem aprendido a viver numa verdadeira "societas criminis". € ai que surge Direito Penal, com o intuito de defender a coletividade e promover uma sociedade mais pacifica. Se houvesse a certeza de que se respeitaria a vida, a honra, a integridade fisica e os demais bens Juridicos do cidadao, nao seria necessario a existéncia de um acervo normativo punitivo, garantindo por um aparelho coerutivo capaz de pé-lo em pratica. Sao haveria, assim, 0 “jus puniendi’, cujo titular exclusivo é o Estado. Por isso é que 0 Direito Penal tem evoluido junto com a humanidade, saindo dos primérdios até penetrar a sociedade hodierna. Diz-se, inclusive, que “ele surge como homem e o acompanha através dos tempos, isso porque o crime, qual sombra sinistra, nunca dele se afastou" (Magalhées Noronha). | -Periodos da Evolugao Historica do Direito Penal 1. Periodo da Vinganca ‘A SEDEP utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiéncia, de acordo com a nossa Politica de Privacidade e, ao continuar navegando, vocé concorda com estas condigées. Fenémenos naturais como a peste, a seca, e erupgoes vulcanicas eram considerados castigos divinos, pela pratica de fatos que exigiam reparacao, hitps:luwn-sedep.com brlatigasievolucac-historice-do-creto-penalit~te Vinganga Privada%s3A "Olho,como todo 0 seu grupo. wT ye10212029 07:46, Evolugdo histérica do dteito penal - SEDEP Pode-se distinguir as diversas fases de evolucao da vinganga penal, como a seguir: Fase da vinganga privada. Fase da vinganga divina. Fase da vinganga publica. Entretanto, essas fases nao se sucedem umas as outras com preciso matematica. Uma fase convive com a outro porlargo perfodo, até constituir orientacao prevalente, para, em seguida, passar a conviver com a que Ihe se segue. Assim, a divisdo cronolégica é meramente secundaria, J4 que a separacao ¢ feita por idéias. 2. Periodo Humanitario © periodo conhecido por Periodo Humanitério transcorre durante o lapso de tempo compreendido entre 1750 e 1850. Tendo seu inicio no decorrer do Huminismo, esse periodo foi marcado pela atuacao de pensadores que contestavam os ideiais absolutistas. Pregava-se a reforma das leis e da administragio da justiga penal no fim do século XVII Os povos estavam saturados de tanto barbarismo sob pretexto de aplicagao da lei. Por isso, 0 periodo humanitario surge como reacao a arbitraruiedade da administracao da justica penal e contra o carater atraz das penas. Os escritos de Monteguieu, Voltaire, Rosseau, D’Alembert e o Cristianismo foram de suma importancia para o humanismo, uma vez que constituiram o proprio alicerce do mesmo, © pensamento predominante neste perfodo ia de encontro a qualquer crueldade ¢ se rebelava contra qualquer arcaismo do tipo: “omens, resisti a dor, e sereis salvos". (Basileu Garcia). 3. Periodo Cientifico Também conhecida como periodo criminolégico, esta fase caracteriza-se por um notavel entusiasmo cientifico. Comeca a partir do século XIX, por volta do ano de 1850 e estende-se até 0s nossos dias. Inicia-se, neste periodo, a preocupacao com o homem que delinque e a razo pela qual delingie. ASEDEP utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiéncia, de acordo com a nossa Politica de Privacidade e, ao continuar navegando, vocé concorda com estas condigées. hitps:luwn-sedep.com brlatigasievolucac-histrice-do-crelto-penali~te Vinganga Privada%s3A "Olho,como todo 0 seu grupo. ane e1o27029 07-40 Evalugaohistviea do deta penal~ SEDEP O notavel médico italiano César Lombroso, revoluciona o campo penal na época. Ferri e Garéfalo também merecem destaque, além do determinismo e da Escola positivista que tiveram sua devida influéncia no periodo criminolégico. II - Abordagem dos Periodos: Suas fases, influéncias, evolugées. 1. Fases da Vinganga Penal a) Vinganca Privada: “Olho por olho, dente por dente”. Na denominada fase da vinganca privada, cometido um crime, ocorria a reagao da vitima, dos parentes e até do grupo social (tribo), que agiam sem proporcao a ofensa, atingindo nao sé 0 ofensor, como todo o seu grupo. A inexisténcia de um limite (falta de proporcionalidade) no revide a agressao, bem como a vinganca de sangue foi um dos perfodos em que a vinganca privada constituiu-se a mais freqiiente forma de puni¢ao, adotada pelos povos primitivos. A vinganga privado constituia uma reacao natural e institiva, por isso, foi apenas uma realidade sociolégica, ndo uma instituigao juridica. Duas grandes regulamentagées, com o evolver dos tempos, encontrou a vinganga privada: 0 talido e a composigio. Apesar de se dizer comumente pena de talido, nao se tratava propriamente de uma pena, mas de um strumento moderador da pena. Consistia em aplicar no delinqiiente ou ofensor o mal que ele causou ao ofendido, na mesma proporsao Foi adotado no cédigo de Hamurabi “Art. 209 - Se alguém bate numa mulher livre e a faz abortar, devera pagar dez siclos pelo feto”. “Art. 210 - Se essa mulher morre, entao devera matar o filho dele” Também encontrado na Biblia Sagrada: “Levitico 24, 17 — Todo aquele que feri mortalmente um homem sera moro”. Assim como na Lei das XII Tabuas. ASEDEP utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiéncia, de acordo com a nossa Politica de Privacidade e, ao continuar navegando, vocé concorda com estas condigées. histuna wo Leno renal pur inal ¢ avrangencia ud ayav punuva. hitps:luwn-sedep.com brlatigasievolucac-histrice-do-crelto-penali~te Vinganga Privada%s3A "Olho,como todo 0 seu grupo. an7 e1o27029 07-40 Evalugaohistviea do deta penal~ SEDEP Posteriormente, surge a composicao, através do qual o ofensor comprava sua liberdade, com dinheiro, gado, armas, etc. Adotada, também, pelo Cédigo de Hamurabi (Babilénia), pelo pentateuco (Hebreus) e peloCédigo de Manu ({ndia), foi largamente aceita pelo Direito Germénico, sendo a origem remota das indenizagées civeis e das multas penais. b) Vinganga Divina: “A repressao ao crime é satisfagéo dos deuses" Aqui, a religido atinge influéncia decisiva na vida dos povos antigos. A repressao ao delingiiente nessa fase tinha por fim aplacar a “ira” da divindade ofendida pelo crime, bem como castigar ao infrator. A administracao da sancao penal ficava a cargo dos sacerdotes que, como mandatérios dos deuses, encarregavam-se da justiga. Aplicavam-se penas cruéis, severas, desumanas. A “vis corpolis” era usa como meio de intimidagao, No Antigo Oriente, pode-se afirmar que a religido confundia-se com 0 Direito, e, assim, os preceitos de cunho meramente religioso ou moral, tornavam-se leis em vigor. Legislacdo tipica dessa fase é 0 Cédigo de Manu, mas esses principios foram adotados na Babilénia, no Egito (Cinco Livros), na China (Livro das Cinco Penas), na Pérsia (Avesta) e pelo povo de Israel ©) Vinganga Publica: "Crimes ao Estado, 4 sociedade". Com uma maior organizacao social, especialmente com o desenvolvimento do poder politico, surge, no seio das comunidades, a figura do chefe ou da assembléia A pena, portanto, perde sua indole sacra para transformar-se em um sango imposta em nome de uma autoridade piiblica, representativa dos interesses da comunidade. Nao era mais 0 ofendido ou mesmo os sacredotes os agentes responsaveis pela punigo, mas o soberano (rei, principe, regente). Este exercia sua autoridade em nome de Deus e cometia indimeras arbitrariedades. ASEDEP utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiéncia, de acordo com a nossa Politica de Privacidade e, ao continuar navegando, vocé concorda com estas condicées. tinvord @ Craturd Humana Vivesse aterrUrizdud Nessa EpOCa, UEVIUY ¢ alta UE SeguTAIga JUFTUICS, verifica-se avanco no fato de a pena nao ser mais aplicada por terceiros, e sim pelo Estado. hitps:luwn-sedep.com brlatigasievolucac-histrice-do-crelto-penali~te Vinganga Privada%s3A "Olho,como todo 0 seu grupo. an e1o27029 07-40 Evalugaohistviea do deta penal~ SEDEP Tempo de desespero, noite de trevas para a humanidade, idade média do Direito Penal... Vai raiar 0 sol do Humanismo. En\ 2. Perioda Humanitario: “O homem deve conhecer a justica”. 2.1 - 0 Direito Penal e a “Filosofia das Luzes”. Os séculos XVII e XVIII foram marcados pela crescente importancia da burguesia, classe social que comandava 0 desenvolvimento do capitalismo, Mas nem tudo era belo e trangiiilo: havia um grave conflito de interesses entre os burgueses e a nobreza. Surgiu, entao, um sistema de idéias que deu origem ao liberalismo burgués. Essas idéias ganharam destaque através do movimento cultural conhecido como Iluminismo ou Filosofia das Luzes. Os pensadores iluministas, em geral, defendiam uma ampla reforma do ensino, criticavam duramente a intervencao do Estado na economia e achincalhavam a Igreja e os poderosos. Nem mesmo Deus escapou as discusses da época. © Deus iluminista, racional, era o "grande relojoeiro” nas palavras de Voltaire. Deus foi encarado como expresso maxima da razo, legislador do Universo, respeitador dos direitos universais do homem, da liberdade de pensar e se exprimir. Era também o criador da "lei, € lei no sentido expresso pelo filésofo iluminista Montesquieu: “relacao necessaria que decorre da natureza das coisas” Foi, evidentemente, os escritos de Montesquieu, Voltaire, Russeau e D’Alembert que prepararam o advento do humanismo e 0 inicio da radical transformagao liberal e humanista do Direito Penal Locke, filésofo inglés, considerado o pai do iluminismo, escreveu o “Ensaio sobre o entendimento humano. Montesquieu, jurista francés, escreveu “O espirito das Leis’, defendendo a separacdo dos trés poderes do Estado. Voltaire, pensador francés, tornou-se famoso pelas criticas ao clero catélico, a intolerancia religiosa e 8 prepoténcia dos poderosos. Rousseau, fildsofo francés, célebre defensor da pequena burguesia e inspirador dos ideais da revolucao Francesa, foi autor de “O Contrato Social” e "Discurso sobre a origem da desigualdade entre os hoemns. Por fim, Diderot e D’Alembert foram os principais organizadores da “Enciclopédia”, obra que resumia os principais conhecimentos artisticos, cientificos e filoséficas da época. ASEDEP utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiéncia, de acordo com a nossa Politica de Privacidade e, ao continuar navegando, vocé concorda com estas condigées. conuutas uentuvas © Uae perias. hitps:luwn-sedep.com brlatigasievolucac-histrice-do-crelto-penali~te Vinganga Privada%s3A "Olho,como todo 0 seu grupo. sn7 ye10212029 07:46, Evolugdo histérica do dteito penal - SEDEP Os povos clamavam pelo fim de tanto barbalarismo disfarcado. 2.2 — Beccaria: “filho espiritual dos enciclopedistas franceses"” Em 1764, imbuido dos principios iluministas, Cesar Bonesana, Marqués de Beccaria, faz publicar a obra “Dei Delitti e Delle Pene”, que, posteriormente, foi chamado de “pequeno grande livro", por Ter se tornado o simbolo da reagao liberal ao desumano panorama penal entao vigente. Os principios basicos pregados pelo jovem aristocrata de Mildo firmaram o alicerce do Direito Penal moderno, e muitos desses principios foram, até mesmo, adotados pela declaracao dos Direitos do homem, da revolucao Francesa. Segundo ele, deveria ser vedado ao magistrado aplicar penas nao previstas em lei. A lei seria obra exclusiva do legistador ordindrio, que “representa toda a sociedade ligada por um contrato social” Quanto a crueldade das penas afirmava que era de todo inutil, odiosa e contraria a justica. Sobre as prisées de seu tempo dizia que “eram a horrivel mansdo do desespero e da fome’, faltando dentro delas a piedade e a humanidade. Nao foi a toa que alguns autores o chamaram apéstolo do Direito: O jovem marqués de Beccaria revolucionou o Direito Penal e sua obra significou um largo passo na evolugao do regime pu 2.3 — O Direito Natural e sua influéncia, Entre os séculos XVI e XVIII, na chamada fase racionalista surgia a chamada Escola do Direito Natural, de Hugo Grécio, Hobbes, Spinoza, Puffendorf, Wolf, Rousseau e Kant. Sua doutrina apresentava os seguintes pontos basicos: a natureza humana como fundamento do Direito; 0 estado de natureza como suposto racional para explicar a sociedade; 0 contrato social e os direitos naturais inatos. De contetido humanitario e influenciada pela filosofia racionalista, a Escola concebeu o Direito Natural como eterno, imutavel e universal. Se por um lado a Escola do Direito Natural teve uma certa duracao, a corrente que se formou, ou seja, 0 jusnaturatismo prolongou-se até a atualidade. ASEDEP utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiéncia, de acordo com a nossa Politica de Privacidade e, ao continuar navegando, vocé concorda com estas condigées. hitps:luwn-sedep.com brlatigasievolucac-histrice-do-crelto-penali~te Vinganga Privada%s3A "Olho,como todo 0 seu grupo. ant e1o27029 07-40 Evalugaohistviea do deta penal~ SEDEP Embora ainda sob uma pseudo-compreensao de alguns juristas, 0 Direito Natural tem sobrevivido e mostrado que nao se trata de idéia metaf a ou principio de fundo simplesmente religioso. © jusnaturalismo atual constitui um conjunto de amplos principios, a partir dos quais o legislador deveré compor a ordem juridica. Os principios mais apontados referem-se ao direito a vida, & liberdade, 8 participacao na vida social, 8 seguranca, etc E evidente a correlagao que existiu e ainda existe entre Direito Natural e Direito Penal: os principios abordados pelo jusnaturalismo, especialmente os correspondentes aos direitos naturais inativos, estéo devidamente enquadrados no roldos bens juridicos do assegurados pelo Direito Penal. Assim, o jusnaturalismo e seus principios no deixaram de influenciar o periodo Humanitario, no qual buscava-se individuais a valorizagao dos direitos intocaveis e dos delingiientes e a consequente dulcificacao das sangées criminais. 2.4 — Escola Classica: "A denominacao pejorativa criada pelos positivistas’, Denomina-se Escola Classica 0 conjunto de escritores, pensadores, filésofos ¢ doutrinadores que adotaram as teses ideolégicas basicas do iluminismo, que foram expostas magistralmente por Beccaria Trés grandes jurisconsultos podem ser considerados como iniciadores da Escola Classica: Gian Domenico Romagnosi, na Italia. Jeremias Bentham, na Inglaterra e Anselmo Von Feuerbach na Alemanha Romagnosi concebe o Direito Penal como um direito natural, imutavel e anterior as convengdes humanas, que deve ser exercido mediante a punicao dos delitos passados para impedir 0 perigo dos crimes futuros. Jeremias Bentham considerava que a pena se justificava por sua utilidade: impedir que o réu cometa novos crimes, emendé-lo, intimidé-lo, protegendo, assim a coletividade. Anselmo Von Feuerbach opina que o fim do Estado é a convivéncia dos homens conforme as leis Juridicas. A pena, segundo ele, coagiria fisica e psicologicamente para punir e evitar o crime. No que tange & finalmente da pena, havia no amago da Escola Classica, trés teorias: ASEDEP utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiéncia, de acordo com a nossa Politica de Privacidade e, ao continuar navegando, vocé concorda com estas condigées. hitps:luwn-sedep.com brlatigasievolucac-histrice-do-crelto-penali~te Vinganga Privada%s3A "Olho,como todo 0 seu grupo. m7 e1o27029 07-40 Evalugaohistviea do deta penal~ SEDEP 3. Mista — que, resultando da fusao de ambas, mostrava a pena como utilidade e ao mesmo tempo como exigéncia de justica Na Escola Classica, dois grandes periodos se distinguiram: o filésofo ou tedrico e 0 juridico ou pratico. No primeiro destaca-se a incontestavel figura de Beccaria, JA no segundo, aparece 0 mestre de Pisa, Francisco Carrara, que tornou-se 0 maior vulto da Escola Classica. Carrara defende a concepcao do delito como ente juridico, constituido por duas forgas: a fisica (movimento corpéreo e dano causado pelo crime) e a moral (vontade livre e consciente do delinguiente). Define o crime como sendo “a infragao da lei do Estado, promulgada para proteger a seguranca dos cidadaos, resultante de um ato externo do homem, positive ou negativo, moralmente imputavel e politicamente danoso". 3. Periodo Cientifico ou Criminolégico: “A justiga deve conhecer o homem". 3.1-O Determinismo: "Para cada fato, hd razées que o determinaram”, Durante 0 chamado periodo cientifico surge uma doutrina que vai influenciar © pensamento da época, repercutindo, inclusive no Ambito criminal: a filosofia determinista Segundo a mesma, todos os fenémenos do universo, abrangendo a natureza, a sociedade e a histéria sdo subordinadas a leis e causas necessarias Coube a Laplace a formulacao conceitual mais ampla do determinismo, corrente esta que, Segunda a visdo “Laplaciana’, corresponde ao “carter de uma ordem de fatos na qual cada elemento depende de outros, de tal modo que se pode prevé-lo, provocalo ou controlé-lo segundo se conhece, provoque ou controle a ocorréncia desses outros’ Assim, 0 delito, como fato juridico, deveria também obedecer esta correlacdo determinista, j& que por tras do crime haveria sempre razées suficientes que o determinaram Para certa corrente filoséfica, a nogéo de determinismo é central na conceituago do conhecimento cienttfico, tanto na esfera das ciGencias fisico-naturais, quanto na das ciéncias do A SEDEP utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiéncia, de acordo com a nossa Politica de Privacidade e, ao continuar navegando, vocé concorda com estas condigées. d.6— Uy Evanyenstas - LUImUTOsY, Ferre GaruIaIU: hitps:luwn-sedep.com brlatigasievolucac-histrice-do-crelto-penali~te Vinganga Privada%s3A "Olho,como todo 0 seu grupo. an7 110272028 07:48 Evolugio histxica do dito penal ~ SEDEP Foi César Lombroso, autor do livro L'uomo Delinquente, quem apontou os novos rumos do Direito Penal apés o periodo humanitario, através do estudo do delingiiente e a explicagao causal do delito. © ponto nuclear de Lombroso é a consideragao do delito como fendmeno biolégico ¢ 0 uso do método experimental para estudé-lo. Foi o criador da “Antropologia Criminal". A seu lado surgem Ferri, com a “Sociologia Criminal”, e Garofalo, no campo juridico, com sua obra “Criminologia’, podendo os trés ser considerados os fundadores da Escola positiva, Lombroso afirmava a existéncia de um criminosos nato, caracterizado por determinados estigmas somato-psiquicos € cujo destino indeclinavel era delingiiir, sempre que determinadas condicées ambientais se apresentassem. Discipulo dissidente de Lombroso, Henrique Ferri, ressaltou a importancia de um trinémio causal do delito: os fatores antropolégicos, sociais e fisicos. Dividiu os criminosos em cinco categorias: 0 nato, 0 louco, o habitual, o ocasional o passional. Dividiu, ainda, as paixées em: sociais (amor, piedade, nacionalismo, etc) e anti-sociais (6dio, inveja, avareza, etc) Outro vulto da triade é Rafael Garofalo, o primeiro a usar a denominagao “Criminologia” para as Ciéncias Penais. Fez estudos sobre o delito, o delingiiente e a pena, Afirmava essa triade de vigorosos pensadores que a pena nao tem um fim puramente retributivo, mas também uma finalidade de protegdo social que se realiza através dos meios de corre¢ao, intimidago ou eliminagao. 3.3 -O movimento positivista no Direito Penal © movimento naturalista do século XVIII, que pregava a supremacia da investigacao experimental em oposigao a indagacdo puramente racional, influenciou o Direito Penal. Numa época de franco dominio do pensamento positivista no campo da filosofia (Augusto Comte) e das teorias evolucionistas de Darwin e Lamark, das idéias de John Stuart e Spencer, surgiu a chamada Escola Positiva. A nova Escola proclamava outra concepcao do Direito. Enquanto para a Classica ele preexistia ao Homem (era transcendental, visto que Ihe fora dado pelo criador, para poder cumprir seus destinos), para osd positivistas, ele é 0 resultado da vida em sociedade e sujeito a variacdes no tempo e no espaco, consoante a lei da evolucdo ASEDEP utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiéncia, de acordo com a nossa Politica de Privacidade e, ao continuar navegando, vocé concorda com estas condigées. Eve Lumprusy @ descrgay WO CrITTITUSE Taw. EI-ta hitps:luwn-sedep.com brlatigasievolucac-histrice-do-crelto-penali~te Vinganga Privada%s3A "Olho,como todo 0 seu grupo. on7 1022008 o7t6 Eval histrca do dito pera ~ SEDEP assimetria craniana, fronte fugida, zigomas salientes, face ampla e larga, cabelos abundantes e barba escassa. © criminoso nato é insensivel fisicamente, resistente ao traumatismo, canhoto ou ambidestro, moralmente impulsivo, insensivel, vaidoso e preguicoso. Embora tenha cometido alguns exageros na definicao do criminosos nato, a idéia de uma tendéncia para o crime nao foi sepultada com Lombroso. Estudos feitos por geneticistas tem levado & conclusdo de que elementos recebidos por herangabiolégica, embora possam nao condicionar um "modus vivendi no sentido de tornar 0 homem predestinado em qualquer dirego, influem no modo ser do individuo. Ill = 0 Direito Penal no Brasil. 1."1603": Nasce o Livro V do Rei Filipe II No Brasil Colonial estiveram em vigor as ordenacées Afonsinas (até 1512) e Manuelinas (até 1569), substituidas estas tiltimas pelo codigo de D. Sebastido (até 1603). Passou-se, entao, para as Ordenagées Filipinas, que refletiam o Direito Penal dos tempos medievais. Foi, entao, o Livro V das Ordenacées do Rei Filipe Il (compiladas, alias, por Filipe |, e que aquele, em 11 de janeiro de 1603, mandava que fossem observadas), 0 nosso primeiro Cédigo Penal. £ 0 Cédigo Filipino. Fundamentava-se largamente nos preceitos religiosos. O crime era confundido com o pecado e com a ofensa moral, punindo-se severamente os hereges, apéstatas, feiticeiros e benzedores. As penas severas e cruéis (acoites, degredo, mutilagao, queimaduras etc) visavam infundir 0 temor pelo castigo. Além da larga cominagao da pena de morte, executada pela forca, com torturas, pelo fogo etc,, eram comuns as penas infamantes, o confisco e os galés. Aplicava-se, até mesmo, a chamada “morte para sempre", em que o corpo do condenado ficava suspenso e, putrefazendo-se, vinha ao solo, assim ficando, até que a ossamenta fosse recolhida pela Confraria da Misericérdia, 0 que se dava uma vez por ano. Além de tudo isso, as penas eram desproporcionadas a falta praticada, nao sendo fixadas antecipadamente. Eram desiguais e aplicadas com extrema perversidade 2. "1830": € sancionado 0 Cédigo Criminal do Império do Brasil ASEDEP utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiéncia, de acordo com a nossa Politica de Privacidade e, ao continuar navegando, vocé concorda com estas condicées. De muvre vera, imspirava-se na UoULTINE UUTatIg UE Detar, BEIT COI NY LouIgY Irances Ge 1810 e o Napolitano de 1819. Fixava-se na nova lei um esboco de individualizagao da pena, hitps:luwn-sedep.com brlatigasievolucac-histrice-do-crelto-penali~te Vinganga Privada%s3A "Olho,como todo 0 seu grupo. 10117 1022008 o7t6 Eval histrca do dito pera ~ SEDEP previa-se a existéncia de atenuantes e agravantes, e estabelecia-se um julgamento especial para os menores de 14 anos. A pena de morte, a ser executada pela forca, sé foi aceita apés acalorados debates entre liberais e conservadores no congresso € sava colbir a pratica de crimes pelos escravos. Nao separada a Igreja do Estado, continha diversas figuras delituosas, representando ofensas & religido estatal Apesar de suas inegaveis qualidades, tais como, indeterminacao relativa e individualizacao da pena, previsio da menoridade como atenuante, a indenizacao do dano “ex delicto”, apresentava defeitos que eram comuns & época: nao definira a culpa, aludindo apenas ao dolo, havia desigualdade no tratamento das pessoas, mormente os escravos. 3. "1890" : A Reptiblica traz seu Codigo Penal. Com a Reptiblica foi editado, em 11 de outubro de 1890, 0 Cédigo Criminal da Repiiblica, logo alvo de duras criticas pelas falhas que apresentava que decorriam, evidentemente, da pressa com que fora elaborado. Em virtude de a Constituicao de 1891 haver abolido a pena de morte, a de galés e a de banimento judicial, © Cédigo Republicano de 1890 contemplou as seguintes sangdes: prisio; banimento (0 que a Carta Magna punia era o banimento judicial que consistia em pena perpétua, diversa, portanto, desse, que importava apenas em privacao temporaria); interdicdo (suspensao dos direitos politicos, etc); suspensdo e perda de emprego publico e multa. © Cédigo era de orientacao classica, muito embora aceitasse postulados positivistas, o que gerou criticas , da mesma forma. Apesar de Ter sido mal sistematizado, dentre outros defeitos, o Codigo Criminal da Republica, constituiu um avango na legislagao penal da epéca, uma vez que, além de abi instalou o regime penitenciario de carater correcional. a pena de morte, 4, "1932" : A Consolidacao de Piragibe. Costuma-se dizer que com 0 Cédigo de 1890 nasceu a necessidade de modifica-lo. Uma vez que ASEDEP utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiéncia, de acordo com a nossa Politica de Privacidade e, ao continuar navegando, vocé concorda com estas condigées. Suryia, portant, dtraves UO DecIew Im 22.219, Ue 14 Ue UEZEIUTY UE 1992, 4 ENUF Consolidagao das Leis Penais de Piragibe, que vigorariam até 1940. Hie hitps:luwn-sedep.com brlatigasievolucac-histrice-do-crelto-penali~te Vinganga Privada%s3A "Olho,como todo 0 seu grupo. wT ye10212029 07:46, Evolugdo histérica do dteito penal - SEDEP Composta de quatro livros e quatrocentos e dez artigos, a Consolidacao das Leis Penais realizada pelo Desembargador Vicente Piragibe, passou a ser, de maneira precaria, o Estatuto Penal Brasileiro, 5. O Cédigo Penal de 1940. Embora promulgado em dezembro de 1940, o novo Cédigo Penal somente passou a vigorar em 1° de Janeiro de 1942, nao sé para que se pudesse melhor conhecé-lo, como também para coincidir sua vigéncia com a do Cédigo de Processo Penal Ainda sendo nossa legislacao penal fundamental, 0 Cédigo de 1940 teve origem em projeto de Alcantara Machado, submetido ao trabalho de uma comissao revisora composta de Nelson Hungria, Vieira Braga, Marcélio de Queiroz e Roberto Lira. E uma legislacao eclética, que néo assumiu compromisso com qualquer das escolas ou correntes que disputavam 0 acerto na solugio dos problemas penais. Fazia uma conciliagao entre os postulados das Escolas Classicas e Positiva, aproveitando o que de melhor havia nas legislagées modernas de orientagao liberal, em especial nos cédigos italiano e Suico, Magalhdes Noronha comenta que "6 0 Cédigo obra harménica: soube valer-se das mais modernas idéias doutrinarias e aproveitar o que de aconselhavel indicavam as legislagdes dos Ultimos anos’, Apesar de suas imperfeicdes, ou “pecados" (como assinala o autor supra citado), o Congresso de Santiago do Chile, em 1941, declarou que ele representa “um notavel progresso juridico, tanto por sua estrutura, quanto por sua técnica e avancadas instituicdes que contém". 6. 0 Cédigo Penal de 1969, Varias foram as tentativas de mudanga da nossa legislacao penal. Em 1963, por incubéncia do governo federal, o professor ~ ministro Nelson Hungria, apresentou anteprojeto de sua autoria, Apés submetido a varias comiss6es revisoras, 0 anteprojeto Hungria foi finalmente convertido em lei pelo Decreto-Lei N° 1004, de 21 de outubro de 1969, Avigéncia do cédigo de 1969 foi, porém, adiada sucessivamente. Criticas acerbadas se Ihe fez, tanto que foi modificado substancialmente pela Lei N° 6.016, de 31 de Dezembro de 1973. ASEDEP utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiéncia, de acordo com a nossa Politica de Privacidade e, ao continuar navegando, vocé concorda com estas condigées. hitps:lwwn-sedep.com brlartigasievolucac-histrice-do-creto-penali~text=a) Vinganga PrivadaY%3A "Olho,como todo 0 seu grupo. sant ‘110272023 07:46 Evcluc histeca do dreto penal ~ SEDEP Em 1980, 0 Minis de Brasilic parte geral ro da Justica incumbiu © professor Francisco de Assis Toledo, da Universidade da reforma do Cédigo em vigor. A exemplo da Alemanha, primeiro se modificou a Em 1981, foi publicado o anteprojeto, para receber sugestdes. Depois de discutido no Congresso, 0 projeto foi aprovado e promulgada a Lei N°7.209 de 11/07/1984, que alterou substancialmente a parte geral, principalmente adotando o sistema vicoriante (pena ou medida de seguranca). Com a nova Parte Geral, foi promulgada a nova Lei de execugao Penal (n° 7.210 de 11/07/1984). € uma lei especifica para regular a execugao das penas e das medidas de seguranga, o que era stiplica geral, tanto que jé se fala na criacdo de um novo ramo juridico: o Direito de execucao Penal. Recentemente, foi o Estatuto repressivo patrio alterado pela Lei n° 9.714/98 no que concerne as penas restritivas de direitos. Incluidos foram mais dois tipos de penas: a prestacao pecuniaria e a perda de bens e valores. Ademais, no que tange a substituicao da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, poderd ela se dar quando, atendidos os requisitos especificos — nao reincidéncia, culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade, motivos e circunstancias do crime favoraveis ~ a pena aplicada no for superior a quatro anos. Vale salientar que, em sendo © crime culposo, haverd a substituigao, qualquer que se seja a pena aplicada. Destarte, é de se vislumbrar que, cada vez mais, 0 aprisionamento deixa de ser regra para se tornar excegao. E que o carcere, comprovado esta, ao invés de proporcionar a ressocializagao, nao raro tem se transformado em verdadeira "Universidade da delingiiencia” CONCLUSAO Apos esta verdadeira jornada através da Historia, observando-se a evolucao do Direito Penal, desde os primdrdios da humanidade, chegou-se, enfim, a 1999. Se houve épocas de pouca evolucao, por outro lado, houve circunstancias em que o Direito Penal deu amplos saltos rumo & modernidade. Por mais evoluido que seja o ser humano hodierno, seu comportamento sera sempre controlado pelo Estado, no exercicio do “jus puniendi". € que, na sociedade, o homem continuaré expressando sua “spinta criminosa’, havendo a necessidade da pena, como “controspinta”. ASEDEP utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiéncia, de acordo com a nossa Politica de Privacidade e, ao continuar navegando, vocé concorda com estas condigées. hitps:lwwn-sedep.com brlartigasievolucac-histrice-do-creto-penali~text=a) Vinganga PrivadaY%3A "Olho,como todo 0 seu grupo. 1307 ye10212029 07:46, Evolugdo histérica do dteito penal - SEDEP JORGE, Willian Wanderley. Curso de Direto Penal. Editora Saraiva, NORONHA, E. MagalhoGes. Direito Penal — Volume 1 (Introducao e Parte Geral). Editora Saraiva. MIRABETE, Julio Fabrini. Manual de Direito Penal. Volume 1. COSTA JUNIOR, Paulo José da. Curso de Direito Penal. Volume 1. Parte Geral. Editora Saraiva. NADER, Paulo. Introdugao ao Estudo do Direito. Editora Forense. Enciclopédia Barsa. Volume 6. Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicages Ltda. < Prisdo civil ST) desconsidera publicacao e restringe acesso a Justica Deixe um comentario O seu endereco de e-mail ndo sera publicado. 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Com base om tose fixada pelo Superior Tribunal de Justica 16 de fevereiro TJ/GO manda empresas de tecnologia JusBrasil retirar 0 nome de uma adolescente e postagens que a relacionam ao fato criminoso pelo qual cumpre medida socioeducativa As empresas de tecnologia Goshme Solucdes pata Internet da. JusBrasil) e Google Brasil Internet Ltda. tem prazo de cinco dias, |.) ASEDEP utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiéncia, de acordo com a nossa Politica de Privacidade e, ao continuar navegando, vocé concorda com estas condicées. hitps:lwwn-sedep.com brlartigasievolucac-histrice-do-creto-penali~text=a) Vinganga PrivadaY%3A "Olho,como todo 0 seu grupo. 15117 yo10212029 07:46 Evolugdo histérica do dteito penal - SEDEP Faz - Software Juridico 7 Gestio de Rotinas Juridicas e Monitoramento de Processos Legal Lake (7 Buscador Juridico de pessoas ou empresas Acompanhamento de Publicagées > Monitoramento de nomes nos Jornais Oficiais icitagbes > Monitoramento de Editais de LicitagSes do MS e MT ias> Pericias em Calculos Judiciais e Financeiros Servigos Sobre a Sedep Noticias Artigos Calculo do IGPM Salério Minimo Modelos de Cartas Modelos de Contrato Modelos de Peticdes Indices de Legislagao Expresses Juridicas Vendas 67 3213 0810 67 99839 3633 © Suporte 0800 647 3433 67 99936 2861 © £m Campo Grande/MS A SEDEP utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiéncia, de acordo com a nossa Politica de Privacidade e, ao continuar navegando, vocé concorda com estas condicées. hitpsiwww.sedep.com.brlartigosievolucao-historics-do-dtelto-penalif~text-a) Vinganga Privada%3A "Olho,como todo 0 seu grupo. 167 ye10212029 07:46, Evolugdo histérica do dteito penal - SEDEP direitos reservado a Sedep € = 2015 A Sedep, ha mais de 40 anos, investe na preparacao e treinamento de funcionarios e na aquisicao de nologia de ponta para a ampliagdo de seu portfélio de servicos voltados para a area juridica, que plam informagé elentes s seguras juces empresariais. vacidade A SEDEP utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiéncia, de acordo com a nossa Politica de Privacidade e, ao continuar navegando, vocé concorda com estas condigées. hitps:wwn-sedep.com brlartigasievoluca-histrice-do-creto-penali~text=a) Vinganga PrivadaY%3A "Olho,como todo 0 seu grupo. a7

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