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Twisted Loyalties - Cora Reilly PDF
Twisted Loyalties - Cora Reilly PDF
#1 Twisted Loyalties
Série Camorra Chronicles
NEW YORK
Território Famiglia
Luca foi Capo por mais de dez anos, mas as coisas nunca
tinham estado mais fodidas do que estavam agora. Ele estava
empoleirado na beira da larga escrivaninha de mogno enquanto
examinava o mapa amassado que mostrava os limites de seu
território. Sua Famiglia ainda controlava toda a extensão da
Costa Leste, do Maine à Geórgia. Nada mudou em décadas. A
Camorra, no entanto, estendeu seu território para muito além
de Las Vegas, no leste, tendo conquistado Kansas City dos
russos apenas recentemente. Remo Falcone estava começando
a ficar muito confiante. Luca tinha um pressentimento de que
seu próximo passo seria um ataque ao território da Outfit ou
Famiglia. Agora ele tinha que garantir que Falcone mirasse as
cidades de Dante Cavallaro e não as dele. A guerra entre
Famiglia e Outfit já havia matado muitos de seus
homens. Outra guerra com a Camorra os esmagaria. — Eu sei
que você não gosta da ideia, — ele murmurou para seu
soldado.
— O que há de errado?
Aria olhou para Growl. Ele havia fugido de Las Vegas seis
anos antes, depois de matar o Capo da Camorra, Benedetto
Falcone. Pelo que ele havia dito, a Camorra era muito pior que
a Outfit ou a Famiglia. Eles ainda lidavam com escravidão
sexual e sequestro, além do habitual negócio de drogas,
cassinos e prostituição. Mesmo no mundo da máfia, eles eram
considerados encrenca. — Você contatou?
Fabiano Scuderi.
Executor da Camorra.
Capítulo Um
O passado:
Fabiano
Mais dor.
***
Dor.
Profunda.
A esperança reascendeu.
— Pai? — Eu resmunguei.
O sinal da Bratva.
Inútil.
***
— Haverá mais.
— Quem é você?
— Remo Falcone. E eu serei o Capo da Camorra em breve.
— Ele abriu a porta do caminhão e já estava na metade quando
acrescentou. — Você pode ajudar ou pode esperar que a Bratva
te pegue.
Fabiano
— Você deseja.
— Morta ou viva?
— Considere feito.
***
— Não, — eu disse.
— Eu não entendo.
***
— Porque eu estaria?
— Eu falhei como você pode ver. Luca não deixou Aria fora
de sua vista.
Adamo assentiu.
— E o meu telefone?
— Ele vai ser como nós em breve. — Esta vida não lhe
daria uma escolha.
***
***
Fabiano
Nada de prostituta.
— Quando? — Eu pressionei.
Ela não disse que morava com o pai? Que tipo de pai era
ele? Provavelmente tão carinhoso quanto meu pai fora pelo jeito
que ela parecia.
***
Leona
— É por isso que você está aqui certo? Cinco dólares por
hora, mais tudo que você conseguir de gorjetas.
— Ok? — Eu disse incerta.
Quem era essa garota? E por que ela não estava com
medo?
— Um copo de água.
— Tive que morar com meu pai porque minha mãe está de
volta à reabilitação, — disse ela sem hesitação. Não houve
reserva, sem cautela. Presa fácil neste mundo.
— Não, — eu disse.
— Quem?
— Eu, — eu rosnei.
— Você é um deles?
— Você me assustou.
***
Fabiano
Era óbvio que ela era pobre, então era inútil tentar
esconder isso de mim. Stefano não a teria notado se ela não
parecesse um alvo fácil. E o inferno, com este vestido surrado,
sandálias e a porra da mochila mais gasta do planeta, não
precisava ser um gênio para ver o quão pobre ela era.
Eu era, mas não era por isso que eu tinha o carro e tudo
mais. — Não, — eu disse a ela.
Eu era muitas coisas, mas bom não era uma delas. Seu
pai parecia que ia explodir em ira. — Eu não te disse para ter
cuidado por aqui? Você não pode simplesmente sair por aí
falando... — Ele ficou em silêncio, salvando sua própria bunda.
— Eu estou.
***
— Falcone?
***
Fabiano
***
Leona
Eu vi Fabiano recuar. Agora que ele não estava mais lá
para me distrair, percebi quantos clientes estavam sentados em
frente a copos vazios. Cheryl e a garçonete de idade não
identificável estavam do outro lado do salão, e só agora
começaram a se aproximar de mim. Eu rapidamente escondi o
dinheiro na minha mochila antes de correr para a primeira
mesa para pegar os pedidos. Poderia dizer que as pessoas
estavam me observando com curiosidade. Essa conversa com
Fabiano atraiu mais atenção para mim do que gostaria.
— Então, ficar longe dele não está indo tão bem, não é? —
disse Cheryl ao parar ao meu lado, carregando uma bandeja
com garrafas de cerveja.
— Leona? É você?
— Isso é tudo?
— Uma boa filha não mentiria para o pai, — disse ele com
raiva.
E um bom pai não roubaria de sua filha. Peguei minha
mochila do chão. Uma das alças agora tinha um rasgo
nela. Lutando contra as lágrimas, corri para o quarto e fechei a
porta.
***
Fabiano
— Seu pai.
— Saia comigo.
Isso era só daqui a dois dias. Não tinha vindo para Vegas
para sair. Jurei a mim mesma manter a cabeça baixa e ficar
longe de problemas. Como ia sair com um membro da máfia
fazendo isso?
— Você irá.
— Hoje não, mas vou ter uma conversa rápida com Roger
sobre quarta-feira.
— Vadia, eu sei que você é nova aqui. Mas não pense que
ele está te comprando coisas porque sente pena de você. Esse
homem não é capaz de sentir pena.
***
Fabiano
***
Leona
— E eu? — Eu perguntei.
Eu não neguei.
***
Leona
Aquele toque inflamou desejos que reprimi por muito
tempo. Fabiano sempre me tocava como se não quisesse que eu
encontrasse alívio dele. Ele sabia o efeito que tinha em mim?
Eu não era muito perspicaz, mas poderia dizer que ele não
estava gostando do rumo da nossa conversa.
— Não. Não nesse sentido que você quer dizer — ele disse
baixinho. — Mas eu renasci aqui.
— Tudo.
***
Tudo.
Tudo.
***
— O que é um Executor?
Eu assenti.
Tudo.
***
Fabiano
Ela não era. Ela era... Não tinha certeza do que ela era
para mim. Ficava pensando nela quando não estava por perto.
Naquelas malditas sardas e aqueles sorrisos tímidos. Sobre
como ela estava sozinha, esteve sozinha, mesmo quando ainda
morava com a mãe. Eu sabia como era estar sozinho em uma
casa com outras pessoas. Meu pai. Sua segunda esposa. As
empregadas domésticas.
Ela hesitou.
— Você não tem que gostar de matar para ser bom nisso.
Mas duvido que você tenha a chance de considerar matar
alguém. Acho que você seria desarmada em pouco tempo e
provavelmente sentiria o gosto da sua própria lâmina. Você tem
que aprender a lidar com uma faca, como segurá-la e onde
mirar.
— Você não negou, — ela sussurrou.
— Negar o quê?
***
— Não importa.
— Importa sim. Eu poderia falar com Fabiano...
Fabiano
— Leona Hall.
— Nada importante.
— Papai?
Ele grunhiu.
***
— E? — Ele perguntou.
— Serviu?
Segurei a faca.
— Ataque.
— Perdão? — Eu perguntei.
Eu fiz uma careta. — Sim. Por quê? Foi tão ruim assim?
***
Fabiano
Eu me agachei na frente dela, observando seus olhos em
choque e cachos desgrenhados. Ela se apoiou nos cotovelos,
mas não fez nenhum movimento para se levantar.
Ela era uma lutadora horrível. Não era sua natureza ferir
as pessoas. Talvez eu pudesse tê-la incitado a bater mais forte
se a tivesse machucado. A dor era um forte catalisador, mas
machucá-la não era algo que eu tinha em mente. Queria fazê-la
gritar, mas não de agonia.
Ela ficou imóvel. — Não. Não estou. — Sua voz não era
mais brincalhona ou irritada. Olhei para as sardas suaves de
seu nariz e bochecha. Seus olhos encontraram os meus. Ela
estava inquieta e nervosa, mas não assustada. Ela confiava que
eu respeitaria seus limites. Leona poderia ser minha
ruína. Afrouxei meu domínio em seus braços, permitindo que
ela se virasse. Ela inclinou a cabeça para cima, procurando
meu rosto. Eu me perguntei quando ela pararia de procurar
por algo que não estava lá. Pressionei as palmas das mãos na
gaiola ao lado de sua cabeça, deixando minha cabeça cair para
frente até que nossos lábios estivessem a menos de um
centímetro de distância. Seus olhos baixaram e ela me
surpreendeu quando se levantou na ponta dos pés e fechou a
brecha. Seu beijo foi suave e contido. Meu corpo estava
gritando por outra coisa. Eu aprofundei o beijo, em seguida,
peguei sua bunda e levantei-a até suas pernas envolverem
minha cintura. Com suas costas pressionadas contra a gaiola,
eu violei sua boca. Ela se agarrou aos meus ombros, suas
unhas cavando na minha pele e seus calcanhares na minha
bunda. Quando ela se afastou, estava sem fôlego e atordoada.
— Soto me contou.
Ela disse isso com tanto fervor que sabia que ela estava
tentando se convencer tanto quanto eu. — Você realmente
acredita nisso? Você acha que isso te transformou na pessoa
que você é hoje? Porque o amor definitivamente não me fez
quem eu sou. Sangue e ódio e sede de vingança me
mantiveram em movimento. Eles ainda o fazem, assim como
honra, orgulho e lealdade. Então me diga, Leona, o amor te
formou?
***
***
Fabiano
— Diga, — eu pedi.
Porra, se eu soubesse.
***
Diversão.
Droga, Leona.
Fabiano não disse nada, mas por trás de seus olhos azuis
havia algum tipo de conflito interior que eu não entendia.
Estava prestes a sair da cama quando sua mão no meu
ombro me parou. Ele se inclinou para mim para um beijo gentil
que me deixou sem fôlego, depois se afastou. — Este é apenas
o começo.
***
OK. Eu pisquei.
Eu corei. — Eu quero.
Essa parecia ser a última gota. Ele ficou de pé, suas mãos
segurando meus braços. — Eu não sou gentil, Leona. Nunca
fui. Para ninguém.
Mas quem disse que ele faria parte do meu futuro? Ele
definitivamente nunca deu qualquer indicação de querer um
para sempre, que queria mesmo um relacionamento. E o que
eu queria? Não tinha mais certeza. E enquanto seus dedos
trabalhavam minha carne aquecida e eu me agarrava a ele,
decidi deixar minhas preocupações por enquanto. Meu corpo se
rendeu aos sentimentos que se formavam na boca do meu
estômago e ofeguei quando seus dedos me acariciaram. Era
emocionante. Vivo. Eu me senti viva. Ele se moveu mais rápido,
e eu gritei, minha cabeça caindo para trás enquanto correntes
de prazer passavam por mim.
***
Fabiano
— Estou aqui.
— Sua mãe?
— Não, ela não está. Ela não pode lidar com a vida. — Ela
fechou os olhos e eu sabia o que estava por vir. — Ela vende
seu corpo por drogas. E às vezes isso a faz se sentir tão suja e
horrível que ela só quer desistir. Eu não estarei lá para impedi-
la da próxima vez que isso acontecer.
Depois de toda a negligência que Leona sofreu, ela não
deveria se preocupar com a mãe dessa maneira. Isso mexeu
alguma parte de mim que achei estar morta. — Vou encontrá-
la para você, — eu disse a ela. — Onde ela foi vista pela última
vez?
— Austin.
***
— Isso tem algo a ver com suas irmãs e como você foi
abandonado e essa merda?
— Provavelmente.
Porra.
***
Leona
Eu abri a porta.
Eu olhei para ele por cima do meu ombro. Ele andou dois
passos atrás de mim, me observando com aqueles olhos frios e
ilegíveis. Mostrei-lhe o dinheiro. — Talvez você possa dar o
dinheiro ao seu irmão. É do meu pai. Seu nome é Greg Hall.
— Dez mil e isso sem juros. No total, ele nos deve perto de
quatorze mil.
— Só me deixe sair.
— Eu mandei Leona...
— Aquele Falcone.
Enfiei meu punho em seu rosto, quebrando seu nariz e
mandíbula. Eu o teria espancado até a morte se achasse que
havia tempo. Mas se Leona estava a caminho de Remo, não
podia desperdiçar nem um segundo sequer. — Onde
exatamente? — Leona não iria entrar na mansão de Remo,
afinal.
A Sugar trap era o pior lugar que ele poderia ter escolhido,
e eu suspeitava que ele soubesse disso. Ele sacrificou sua
própria filha para salvar sua bunda infeliz. Abri o porta-malas
e o joguei, depois o fechei em seu rosto aterrorizado.
— Não acho que você lidar com ela terá o efeito desejado,
— disse Remo. — Você tem visto ela por semanas. Você
transando com ela na minha masmorra não vai mandar uma
mensagem.
— Eu sei que não vou, — disse ele. — Mas talvez você vá.
— Ele fez uma pausa. — Então, lide com ela, Fabiano. — Eu
estava prestes a virar e invadir o porão para Leona, mas sua
mão apertou o meu antebraço. Ele virou-se para a tatuagem da
Camorra. — Você é meu Executor, Fabiano. Você esteve ao
meu lado desde o começo. Você nunca me decepcionou. Não
comece agora.
Foda-me.
Foda-se.
Cuidado, Fabiano.
— Fabiano?
***
Leona
Minhas mãos tremiam quando eu as enfiei entre as
minhas pernas. Fabiano ficou em silêncio ao meu lado
enquanto dirigia seu Mercedes pelo tráfego. Ele estava limpo
agora.
O sangue.
Ainda?
Ele havia armado pra mim. Eu sabia que ele estava com
medo da Camorra, mas eu também.
Fabiano o matou.
Ainda.
Depois de tudo.
— Eu sei.
— Então pare com isso. Seja o que for entre nós, pare com
isso. Agora, — eu sussurrei, olhando em seu rosto frio e bonito.
— Proteger-me? — Eu ecoei.
E amor.
Sangue. Gritos.
Eu olhei para a tatuagem em seu pulso. A Camorra era o
amor da sua vida. Nada poderia competir com isso, muito
menos eu. — Sangue, — murmurei.
Se foi.
***
Fabiano
Ela não disse nada. Rolei para fora dela, porque ficar entre
as pernas dela me deu ideias que eu não precisava. Eu a puxei
para os meus braços. Ela não resistiu. Ela me segurou com a
mesma força. — Eu não vou, — ela murmurou com sono.
— Não vai?
Meu pai era responsável por suas dívidas. Meu pai havia
me avisado. Eu sabia de tudo isso. Mas meu pai, pelo menos,
tinha seu vício como desculpa. Fabiano, no entanto, estava no
controle de suas ações. Ele escolheu ser o Executor de
Remo. Ele escolheu a Camorra todos os dias novamente. Ele
escolheu a escuridão e a violência. Ele escolheu esta vida. E
agora era a minha vez de fazer uma escolha.
— Foi?
— Ele o matou por minha causa, — eu admiti, e me senti
bem em expressar a verdade.
— Sim, — eu sussurrei.
— É o apartamento do papai.
— Mamãe...
Seja feliz.
— Não posso.
Eu desviei o olhar.
Ela deve ter visto algo no meu rosto porque sua expressão
se suavizou. — Ele machucou você também?
E eu fiz.
Ele empalideceu.
Ela assentiu.
— Ei, ouça, cara, se a moça não quer ficar com você, você
tem que deixar ir e aceitar, — disse um cara que parecia não
ver nenhuma maldade no mundo. Algum garoto mochileiro que
veio de uma boa família, teve uma infância protegida e agora
estava fora para alguma aventura. Eu poderia dar a ele mais do
que isso.
Sua coragem escorregou de seu rosto e ele engoliu em
seco.
— Casa.
— Casa?
— Talvez você deva lembrar que sua mãe ainda nos deve
quatro mil dólares.
Eu poderia dizer que ela estava falando sério, mas ela não
sabia nada de tortura. Inclinei-me perto do ouvido dela. —
Vamos ver sobre isso.
Ela abriu a porta e fugiu do carro.
— Leona?
— Bom.
***
— Eu sei.
— Você sabe, se ele não deixar você sair, talvez você
precise vencê-lo com suas próprias armas. Vá junto, deixe-o se
divertir, dê o que ele quer até que não queira mais. Não pode
ser tão difícil?
Eu desviei o olhar.
***
Fabiano
Ela sorriu sem alegria. Não. Era tão errado em seu rosto
sardento. Esses sorrisos eram para os outros. Não para ela. —
E quem vai me fazer sentir o que isso significa? Quem vai me
lembrar das minhas dívidas? Quem vai enviar o Falcone para
fazer o trabalho sujo dele? Quem ele vai mandar para quebrar
meus dedos ou me levar de volta para aquele porão?
Leona
— Você é minha.
***
Parecia estranho entrar em seu apartamento sem ele. Meu
corpo estava tremendo de adrenalina enquanto subia as
escadas para o quarto. Fabiano matou por mim. E eu
deixei. Eu poderia ter avisado Soto. Uma palavra de
advertência, isso é tudo que teria bastado. Permaneci em
silêncio. Mas não havia culpa.
***
Fabiano
Traição.
Eu quebrei Omertà matando um colega Camorrista.
Por Leona.
***
— Por fazer você pensar que não tinha escolha a não ser
fazer algo tão tolo, por fazer você pensar que não poderia vir a
mim pedir ajuda. Não por matar seu pai. Eu faria de novo se
isso significasse protegê-la.
Ela seguiu meu olhar. — Não pude fazer isso. Porque você
deu para mim.
***
Leona
— Sua irmã?
— Aria, minha irmã mais velha. A última vez que a vi, ela
deu para mim.
O fato de sua irmã ter dado a ele tornava tudo ainda mais
precioso. — Quando você era mais jovem?
Ele riu, um som cru. — Ela deu para mim, então eu daria
a alguém que me ajudaria a lembrar do irmão que ela
costumava conhecer.
***
Fabiano
Eu sentei, chocado.
***
Oh, garoto.
— Me matar.
— Cuidado, — eu avisei.
Eu assenti distraidamente.
Ele não disse nada, mas ele pegou minha mão enquanto
me levava para seu apartamento. Eu apertei para mostrar a ele
que não ia quebrar, que poderia lidar com as coisas
também. No momento em que a porta se fechou, ele segurou
minhas bochechas e me beijou. Ele recuou depois de um
momento. — Você deveria sair de Las Vegas.
***
Fabiano
— O quê? Você me impediu de sair não muito tempo
atrás, — ela disse incrédula, afastando-se de mim.
— Eu duvido.
***
Fabiano
Nada mais.
— Eu vou.
Ele disse isso em uma voz clínica. Para ele, isso era sobre
lógica e pragmatismo. Para Remo, isso era pessoal. Para Remo,
eu era como um irmão e tinha ido contra ele. Nino atravessou a
sala para os irmãos.
— Sim, — eu gritei.
***
Leona
***
Fabiano
— Nunca.
Sagrada Foda.
Não foi romântico, não foi legal. Mas eu não era daquelas
coisas.
— Então estou bem.
— Verdade. Mas quem diz que você vai ter que machucar
as pessoas. Você poderia fazer corridas de rua. É uma grande
parte do negócio, certo? Então seria bom ter um Falcone
mostrando o que ele pode fazer. Eu ouvi que você já é muito
bom.
Adamo estremeceu.
Eu bufei.
— Como você fez para ele, — disse ele com uma inclinação
de cabeça para Fabiano. Não foi uma pergunta.
***
— Eu te amo, — eu respirei.
Ele assentiu. — Mas eu tenho que te dizer que tem que ser
em Vegas. Eu não posso deixar você ir, sendo um bastardo
possessivo e tudo mais.
Meu protetor.
Notas
[←1]
O Omertà é um código de honra que dá importância ao silêncio, à falta
de cooperação com as autoridades e à não interferência nas ações ilegais de
terceiros. Originou-se e continua a ser comum no sul da Itália, onde
organizações criminosas de banditismo e criminosas do tipo Máfia são fortes.
[←2]
Rifle Kalashnikov, uma série de rifles automáticos com base no projeto
original de MikhailKalashnikov.
[←3]
A segunda base é quando um cara sente o seio de uma mulher sobre
roupas, roupas ou sob o sutiã.
[←4]
Uma torneira de cerveja é uma válvula, especificamente uma torneira ,
para controlar a liberação de cerveja. Enquanto em outros contextos,
dependendo da localização, uma “torneira” pode ser uma "torneira", "válvula"
ou "espigão", o uso de “tap” para cerveja é quase universal.
[←5]
A Centaurea cyanus, também conhecida popularmente no Brasil como
escovinha, marianinha (especialmente na Região Sul), botão de solteiro ou
simplesmente centáurea em Portugal, é uma pequena planta anual de flor azul
a violeta, nativa da Europa e pertencente à família Asteraceae. Esta planta é
também comummente, embora de forma incorrecta, chamada de chicória.
[←6]
Pintinho.
[←7]
Luta corpo a corpo ou luta agarrada (em inglês: grappling) é uma
expressão utilizada para generalizar qualquer estilo de luta agarrada, seja em
pé ou no chão.