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1.

Introdução

A Constituição da República de Moçambique (CRM) é a base de qualquer lei , é nela


que as demais leis se firmam e são validadas a, constitucionalidade é bastante
importante no que toca ao tema o regime Jurídico dos direitos colectivos na função
publica .

1.2 Objectivos
1.2.1 Objetivos Gerais
 Analisar o regime Jurídico dos direitos coletivos da função pública
Moçambicano.

1.2.2. Objectivos Específicos

 Ilustrara o conceito de regime jurídico ;


 Mostrar as definições de direito colectivo ;
 Conceituar a função publica;
1.3 Metodologia

Esta pesquisa obedeceu uma metodologia qualitativa e os dados foram recolhidos


através de pesquisa bibliográfica e documental. No que concerne a estrutura, o
trabalho está dividido em três capítulos. O primeiro capítulo ocupa-se com a
introdução, que é acompanhada pela contextualização, problema de pesquisa,
objectivos, justificativa e metodologia. O segundo a revisão da literatura, o terceiro
a conclusão.
2. Revisão da Literatura
2.1 Regime jurídico
Regime jurídico é o conjunto de normas que dispõe sobre certo sujeito, bem ou
atividade.
Quando se fala em conjunto de normas, faz-se referência ao seu sentido amplo. Assim,
normas podem ser princípios, regras, diretrizes e demais espécies normativas.
(Ex.: regime jurídico de direito civil, de direito comercial). No entanto, nem sempre há
a separação completa entre os institutos. Vejamos: Regime jurídico de contratação
administrativa envolve normas de direito civil, direito comercial, direito penal.
Regime jurídico das empresas estatais envolve diversas normas de direito.

2.1.1 Regime jurídico da administração pública e regime jurídico administrativo.


Deve-se diferenciar o regime jurídico da administração pública do regime jurídico
administrativo.
2.1.1.1 Regime jurídico da administração pública: refere-se ao complexo normativo
– seja ele de direito público ou de direito privado – ao qual se submete a Administração
pública. Trata-se de uma definição mais ampla.

2.1.1.2 Regime jurídico administrativo: refere-se ao conjunto de normas que colocam


a Administração Pública em posição de privilégio na relação jurídico-administrativa. É
a relação vertical entre administração e o administrado, envolvendo o binômio
prerrogativas e sujeições.
Existe essa posição privilegiada porque há essa relação vertical entre administração e
administrado. Considerando que o Estado tem o dever de agir na busca do interesse
público, alguns mecanismos são dados à consecução da atividade estatal para que se
alcance esse fim.
Nesse sentido, são concedidos poderes-deveres, com caráter instrumental (pois são
concedidos para determinado fim) para que se possam impor determinadas condutas
(inclusive perante os administrados).

2.1.1.2 Prerrogativas e sujeições


O regime jurídico-administrativo caracteriza-se pelas prerrogativas concedidas ao
Estado e pelas sujeições a ele impostas.
Prerrogativas: São direitos especiais inerentes à administração pública. Em outras
palavras, pode-se dizer que são faculdades que derrogam o direito comum diante da
administração, ou seja, que reservam unicamente à Administração alguns poderes-
deveres.

Sujeições: São restrições impostas à administração para exercer os privilégios inerentes


sua posição. São os princípios, a finalidade pública e os direitos fundamentais.
Relação com a indisponibilidade do interesse público: o interesse público não
pertence ao administrador, mas sim ao povo, à sociedade como um todo. Dessa forma, a
Administração deve submeter-se a restrições a fim de se evitar que o administrador
busque interesses individuais em detrimento do interesse público.

2.1.3 Fundamento do regime jurídico administrativo


Será que existe apenas um fundamento do regime jurídico-administrativo, ou seriam
vários. Existem inúmeros posicionamentos doutrinários, no entanto, pode-se elencar a
preponderância de alguns fundamentos. Trata-se da supremacia e indisponibilidade do
interesse público. Grande parte da doutrina (Celso Antônio Bandeira de Mello, por
exemplo) afirma ser esse o fundamento do regime jurídico-administrativo, pois espelha
o binômio prerrogativas e sujeições.

2.1.3.1 Supremacia do interesse público: superioridade sobre os demais interesses


existentes, como qualquer interesse que seja meramente particular.

2.1.3.1 Indisponibilidade do interesse público: indisponibilidade de transigir ou


sacrificar interesse público. É uma decorrência lógica da supremacia do interesse
público.

2.2 Direitos colectivos


São direitos que incidem sobre a colectividade .
Exemplo: Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, Declaração, Universal dos
Direitos Humanos" proclamada pela ONU em 1947;
2.2.1 Direitos Coletivos em Sentido Estrito
São direitos de grupo, categoria ou classe de pessoas. É possível determinar quem são
os titulares de direitos coletivos em sentido estrito, pois existe uma relação jurídica entre
as pessoas atingidas por sua violação ou entre estas e o violador do direito.
Exemplos:
 Direito dos consumidores de receber serviços de boa qualidade das prestadoras de
serviços públicos essenciais, como de telefonia, de abastecimento de água e de energia
elétrica; 
 Direito dos técnicos de raio-x de receber adicional de insalubridade;
 Direito dos alunos de determinada faculdade de receber serviços educacionais de
qualidade. 

2.3 Regime jurídico do exercício dos direitos colectivos na função pública


moçambicana.
Regime jurídico é o conjunto de normas que dispõe sobre certo sujeito, bem ou
atividade, A Lei nº15/22 no artigo, define se servidor publico.

2.3.1 Categorias dos direitos fundamentais

A análise do catálogo constitucional dos direitos fundamentais de qualquer


ordenamento permite-nos, contudo, concluir que a natureza e o tipo dos bens protegidos
pelas normas de direitos fundamentais são muito diferenciados: é que podem respeitar a
liberdades em sentido restrito, jurídicas ou fácticas, consistindo em faculdades, livres de
obstáculos jurídicos ou fácticos, de conduta activa ou de alternativa de comportamento,
como acontece no caso da liberdade e expressão.
Mas, e não só, também podem respeitar a atributos, valores ou situações do titular do
direito fundamental relacionados com a personalidade ou exigências derivadas da
autodeterminação sobre a sua espera pessoal ou da sua integração social, tal como
acontece com o direito à vida, ao desenvolvimento da personalidade, ao trabalho e outra
infinidade de situações. Não obstante os direitos fundamentais constituírem, em cada
ordenamento constitucional, uma unidade, estes podem ser classificados em categorias
diversas. Contudo, não pretendo aqui estudar as várias classificações dos direitos
fundamentais.

2.3.2 Direitos Fundamentais Individuais e Direitos Fundamentais Institucionais


Para Jorge Miranda, os direitos fundamentais reportam-se à pessoa humana, mas há
bens jurídicos da pessoa que só podem ser salvaguardados no âmbito ou através de
instituições (associações, grupos de qualquer natureza, instituições stricto sensu),
dotadas de maior ou menor autonomia frente aos indivíduos que as constituem, tudo na
perspectiva de protecção, promoção e realização da pessoa, pela atribuição de direitos a
essas instituições (personificadas ou não). É aqui que se justifica a classificação dos
direitos fundamentais em individuais e institucionais. No plano de titularidade, os
direitos fundamentais individuais prendem-se com a pessoa singularmente considerada,
isto é, são direitos que o Estado atribui ao indivíduo enquanto membro de uma
comunidade politicamente organizada. É por isso que, citando Jorge Miranda.
No mesmo, voltados para a salvaguarda da liberdade pessoal, tal é o exemplo do direito
à vida, a objecção de consciência e ao bom nome, constitucionalmente consagrados nos
arts.40 e 41, respectivamente. Os direitos fundamentais institucionais, por seu turno,
reportam-se aos direitos atribuídos às instituições e não às pessoas.

2.3.3 Direitos de Exercício Individual e Direitos de Exercício Colectivo


No plano de exercício, encontramos direitos de exercício individual – que são direitos
de existência, direito ao desenvolvimento da personalidade, a liberdade física, a
liberdade de consciência, a liberdade positiva e negativa de associação, o direito ao
trabalho e, em geral, todos os direitos sociais. Os direitos de exercício colectivo são
aqueles que somente podem ser postos em prática por um conjunto de pessoas, por
exemplo: a liberdade de imprensa, de reunião, de manifestação, o direito à greve, o
direito de sufrágio. Não obstante, refere Jorge Miranda, em nenhuma circunstância, num
Estado de Direito, o exercício colectivo de direitos pode sacrificar a liberdade de
escolha individual das pessoas pertencentes à colectividade. É por isso que o direito de
manifestação implica o de não participar em manifestações contra a própria vontade, o
direito à greve o de não aderir à greve e a liberdade de associação a liberdade negativa
de associação.
2.3.3 Direitos de Liberdade e Direitos Sociais
A concepção dos direitos sociais não acolhe consenso em todos os ordenamentos
jurídicos. Se em alguns ordenamentos, estes direitos são encarados como princípios
políticos, noutros assumem a natureza de normas programáticas, de preceitos
indicadores doe fins do Estado, de princípios jurídicos, de normas organizatórias e, até
mesmo de garantias institucionais, noutros, contudo raros, são considerados como
direitos subjectivos públicos.
No exemplo da Constituição portuguesa, como refere Vieira de Andrade, as normas que
preveem os direitos sociais contêm directivas ao legislador, significando que são normas
impositivas de legislação, não conferindo, apesar disso, aos seus titulares verdadeiros
poderes de exigir. Elas visam, porém, impor ao Estado que tome medidas para uma
maior satisfação ou realização concreta dos bens por elas protegidas. Significa que
vinculam efectivamente os poderes públicos (embora nem sempre de modo imediato) e
não estão revestidos de carácter programático, na medida em que a Constituição fixa
critérios para a determinação do conteúdo mínimo dos interesses dos beneficiários.
Estes direitos sociais, tidos como posições subjectivas face à actividade do poder
público, resultam da conquista dos movimentos sociais ao longo dos séculos e,
actualmente, são reconhecidos no âmbito do direito internacional em documentos como
Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948 e o Pacto Internacional dos
Direitos Económicos, Sociais e Culturais de 1966. Os direitos de liberdade têm como
conteúdo positivo o direito de agir e como conteúdo negativo não sofrer o sujeito
interferência ou impedimento. Segundo Jorge Reis Novais, nos direitos de liberdade a
norma constitucional de direitos fundamentais cria, ela própria, uma área juridicamente
delimitada ou delimitável de livre acesso ou fruição de um bem ou interesse de
liberdade protegido pelo direito fundamental.

Segundo o Prof. Jorge Miranda, tal como nos direitos de liberdade se recorta uma
dimensão positiva, também nos direitos sociais se encontra, pois, uma dimensão
negativa. As prestações que lhe correspondem não podem ser impostas às pessoas
contra a sua vontade, salvo quando envolvam deveres e, mesmo aqui, com certos
limites. Protecção e restrições aos direitos fundamentais Em matéria de protecção dos
direitos fundamentais, vigora o princípio de que os princípios constitucionais
respeitantes aos direitos, liberdades e garantias são directamente aplicáveis e vinculam
entidades públicas e privadas. Nesta perspectiva, os direitos fundamentais, entendidos
como princípios, produzem os seus efeitos em toda a ordem jurídica de tal sorte que
Cristina Queiroz atribui-lhes a característica de eficácia expansiva ou, simplesmente,
“vis expansiva”. Esta eficácia expansiva é, por via de regra, característica dos direitos,
liberdade e garantias mas será que se passa o mesmo em relação aos direitos sociais?
Vinculação dos Poderes Públicos aos Direitos Fundamentais (sociais) .

A partir da CRM, o legislador constituinte fixou a força jurídica dos preceitos relativos
aos direitos, liberdades e garantias individuais, determinando que o próprio legislador
encontrase vinculado, para além do dever de actuar no sentido da concretização dos
direitos fundamentais, à proibição de editar normas que atentem contra o sentido e
finalidade das normas consagradoras de direitos fundamentais. Os direitos fundamentais
são, nos termos do artigo 56 da CRM, de aplicação imediata e vinculam quer ao Estado
quer aos particulares. Assim, na lição, o efeito vinculativo dos direitos fundamentais
alcança não apenas as pessoas jurídicas de direito público, mas outrossim as pessoas
jurídicas de direito privado. Os direito fundamentais reputam-se às normas preceptivas e
de aplicação imediata. Decorre daqui que todos os poderes públicos estão proibidos de
ingerência não legalmente autorizadas na esfera dos direitos fundamentais dos cidadãos,
salvas as situações tipificadas na lei.

2.3.4 Função publica


Assembleia da República: Lei n.º 14/2011: Regula a formação da vontade da
Administração Pública, estabelece as normas de defesa dos direitos e interesses dos
particulares, e revoga a reforma Administrativa Ultramarina (RAU) e o Decreto-Lei n.º
23229, de 15 de Novembro de 1933. Lei n.º 15/2011: Estabelece as normas orientadoras
do processo de contratação, implementação e monitoria de empreendimentos de
parcerias público-privadas, de projectos de grande dimensão e de concessões
empresariais, e revoga algumas disposições da Lei de Electricidade (Lei n.º 21/97, de 1
de Outubro). Lei n.º 16/2011: Estabelece a base jurídica para a prossecução, defesa e
protecção dos direitos e deveres do veterano da Luta de Libertação Nacional e do
Combatente da Defesa da Soberania e da Democracia, e revoga a Lei n.º 3/2002, de 17
de Janeiro. Lei n.º 17/2011: Rege os casos e termos da efectivação da extradição. Banco
de Moçambique: Aviso n.º 4/GBM/2011: Atinente às fontes de alimentação das contas
em moeda estrangeira tituladas por pessoas colectivas residentes.
2.3..5 Lei 14/2011
Para ilustração a aplicação dos direitos colectivos na função pública apresento os
seguintes artigos aplicados na administração publica à actuação da Administração
Pública e de transparência da acção administrativa, nos termos da alínea r) do n.º 2 do
artigo 179 da Constituição, a Assembleia da República determina:

Artigo 4
(princípio da legalidade)
1. A Administração Pública deve actuar em obediência à lei e ao direito, dentro dos
limites e fins dos poderes que lhe estejam atribuídos por lei.
2. Os poderes da Administração Pública não devem ser usados para a prossecução de
fins diferentes dos atribuídos por lei.
3. Os actos administrativos praticados em estado de necessidade, sem observância das
regras estabelecidas pela presente Lei, são válidos, desde que os seus resultados não
pudessem ter sido alcançados de outro modo.
4. Nos casos referidos no número anterior, os lesados têm direito a ser indemnizados
nos termos gerais da responsabilidade da Administração Pública.
5. O estado de necessidade é verificado no momento da decisão de se sacrificar um
direito ou interesse protegido por lei a fim de prevenir o perigo de lesar um direito ou
interesse superior.

Artigo 5
(Princípio da prossecução do interesse público)
A Administração Pública prossegue o interesse público, sem prejuízo dos direitos e
interesses dos administrados protegidos por lei.

Artigo 6
(Princípio da igualdade e da proporcionalidade)
1. Nas suas relações com os particulares, a Administração Pública não deve privilegiar,
beneficiar, prejudicar, privar de qualquer direito ou isentar de qualquer dever jurídico o
administrado por motivo de ascendência, sexo, cor, raça, origem étnica, lugar de
nascimento, estado civil, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução,
situação económica ou condição social.
2. As decisões da Administração Pública em desrespeito a direitos subjectivos ou
interesses legítimos dos particulares só podem afectar essas posições em termos
adequados e proporcionais aos objectivos a realizar.
3. A proporcionalidade implica que, de entre as medidas convenientes para a
prossecução de qualquer fim legal, os agentes da Administração Pública devem adoptar
as que acarretem consequências menos graves para a esfera jurídica do administrado.

Artigo 7
(Princípio da justiça e da imparcialidade)
1. No exercício da sua actividade, a Administração Pública deve tratar de forma justa
e imparcial todos os que com ela entrem em relações jurídicas administrativas.

2. A imparcialidade impõe que os titulares e os membros dos órgãos da Administração


Pública se abstenham de praticar, ordenar ou participar na prática de actos ou contratos
administrativos, designadamente de tomar decisões que visem interesse próprio, do seu
cônjuge ou de quem viva em união de facto, parente ou afim, bem como de outras
entidades com as quais possa ter conflitos de interesse, nos termos da lei.

2.3.6 Liberdade de imprensa

liberdade imprensa é a capacidade de um indivíduo de publicar e dispor de acesso a


informação (usualmente na forma de notícia), através de meios de comunicação em
massa, sem interferência do estado.] Embora a liberdade de imprensa seja a ausência da
influência estatal, ela pode ser garantida pelo governo através da legislação.

 Ao processo de repressão da liberdade de imprensa e expressão chamamos censura.

A liberdade de imprensa é tida como positiva porque incentiva a difusão de múltiplos


pontos de vista, incentivando o debate e por aumentar o acesso à informação e
promover a troca de ideias de forma a reduzir e prevenir tensões e conflitos.Contudo, é
vista como um inconveniente em sistemas políticos ditatoriais, quando normalmente
reprime-se a liberdade de imprensa, e também em um regime democrático, quando a
censura não necessariamente se torna inexistente.
No Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, a liberdade de expressão ocupa a
mesma posição da liberdade de imprensa (Artigo 19) da Declaração Universal dos
Direitos Humanos (DUDH), fornecendo critérios explícitos do que governos precisam
cumprir quando restringem liberdade de expressão. O artigo diz que “todo o indivíduo
tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser
censurado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de
fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão”.

2.3.7 Lei de imprensa e a função publica


A lei de imprensa no seu artigo 3,estabelece que:
Artigo 3
Direito à informação
1. No âmbito da imprensa, o direito à informação significa a faculdade de cada cidadão
se informar e ser informado de factos e opiniões relevantes a nível nacional e
internacional bem como o direito de cada cidadão divulgar informação, opiniões e
ideias através da imprensa.
2. Nenhum cidadão pode ser prejudicado na sua relação de trabalho em virtude do
exercício legítimo do direito à liberdade de expressão do pensamento através da
imprensa

Entendendo mais a fundo o tema em discussão , regime jurídico é o conjunto de normas


que dispõe sobre certo sujeito, bem ou actividade. São direitos de grupo, categoria ou
classe de pessoas. É possível determinar quem são os titulares de direitos coletivos em
sentido estrito, pois existe uma relação jurídica entre as pessoas atingidas por sua
violação ou entre estas e o violador do direito.
Os funcionarios publicos tem direito a liberdade de espressao mesmo que trabalhem na
funcao publica , não podendo simplesmente partilhar informacoes siglosas que podem
colocar em risco ao Estado sobre ataques internos ou externos .

Artigo 11
Sector público
1. Constituem o sector público da imprensa a radiodifusão nacional, a televisão
nacional, a agência noticiosa nacional e as demais empresas e instituições criadas para
servir o interesse público neste domínio.
2. Os órgãos de informação do sector público têm como função principal:
a) Promover o acesso dos cidadãos à informação em todo o país;
b) Garantir uma cobertura noticiosa imparcial, objectiva e equilibrada;
c) Reflectir a diversidade de ideias e correntes de opinião de modo equilibrado;
d) Desenvolver a utilização das línguas nacionais.

2.3.8 Sindicatos

2.3.8.1 Liberdade de aderir a um sindicato

Constituição e direito do trabalho garantem a liberdade de associação e permitir


que os trabalhadores e os empregadores a se juntar e formar sindicatos. Esse
direito é regulado pelo Código do Trabalho. A discriminação baseada em
actividades sindicais é expressamente proibida pela Lei do Trabalho, vedando
também práticas análogas ou correlatas, tais como: condicionar a contratação de
um empregado à sua adesão ou não adesão a determinado sindicato ou associação;
obrigá-lo a se retirar de sindicato ou associação a que pertença; aplicar punição a
um empregado porque este promoveu ou participou de da defesa de direitos
coletivos, nos limites legais; transferir o empregado ou impor qualquer forma de
sanção porque a pessoa exerceu seu direito de participar em estruturas de
representação coletiva.

2.3.9 Direito á liberdade de negociação colectiva

Direito à negociação coletiva é reconhecida pelo Código do Trabalho.  Os


sindicatos têm o direito de representar os trabalhadores na negociação e na
assinatura de acordos coletivos de trabalho. O acordo coletivo regulamenta a
relação entre os sindicatos e os empregadores que aderem a ele. São itens
essenciais do acordo coletivo: o seu prazo de validade, o âmbito territorial onde se
aplica, quais os sindicatos, associações de empregadores incluídos. Os acordos
coletivos vigoram até serem modificados ou substituídos por outro acordo coletivo.
O acordo coletivo deve ser depositado no Ministério do Trabalho no prazo de 20
dias a partir da data da assinatura, para o devido registro e verificação da
observância das disposições legais.(Art. 164-193 da Lei do Trabalho 2007)

2.4 A importância do sindicato na sociedade e a relação entre capital e trabalho na


função publica

Os sindicatos são organizações que representam os interesses dos trabalhadores e foram


criadas com o objetivo de defender o cidadão no papel de empregado ou servidor, em
relação ao contratante, em que, por vezes, não tão incomuns, é uma relação desigual e
conflituosa entre capital e trabalho.

os sindicatos exercem um papel fundamental na classe trabalhadora, na luta por uma


sociedade democrática, justa, o menos desigual possível e com o objetivo de pressionar
os órgãos e empregadores para alcançar todos os direitos individuais e coletivos.

Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos


Socioeconômicos) são resultado da ação organizada dos trabalhadores importantes
avanços sociais, entre os quais se destaca a redução gradual da jornada de trabalho, de
um total de até 16 horas, no século XVIII, para as atuais 8 horas ou menos, na maioria
dos países.

infelizmente, é comum que trabalhadores não tenham conhecimento da importância do


papel do sindicato em sua própria carreira e condições de trabalho atuais. Muitas das
conquistas e benefícios que se tem hoje foram anos, até décadas de luta e persistência
das organizações sindicais que precederam a carreira de diversos trabalhadores.  Ter o
conhecimento histórico das conquistas e avanços é parte primordial para entender o
papel do sindicato na sociedade como um todo.

Função essencial dos sindicatos Situados num plano geral, adentro dos nossos tempos e
das nossas formas de vida, isto é, adentro do nosso mundo, a necessidade dos sindicatos
não é um problema, mas uma convicção adquirida. E poderá acrescentar-se que, por ser
pacífica, nem sequer reclama fundamentações de monta. De resto, e em última análise,
bastar-nos-ia o acolhimento que encontra nas constituições políticas para que, pelo
menos postas as coisas em certos termos, a questão nos não apareça como problema em
si, mas, isso sim, como ideia assente a compreender e aplicar2 . Deste modo, dispensar-
nos-emos, sem mais, de quaisquer desenvolvimentos apologéticos3 , para nos fixarmos,
desde já, perante uma pergunta que parece vir muito naturalmente.
O sindicato visa, por definição, a defesa dos interesses da categoria profissional (OU
dos trabalhadores inscritos) que representa. É este o fundamental sentido que assume
em sistema de livre-empresa, o seu escopo originário e essencial. Podem discutir-se as
formas da sua organização e enquadramento (no sistema jurídico-social), bem como o
sinal que deva marcar a sua atitude (adentro ou perante o referido sistema); mas não
pode nunca apagar-se aquela sua essencial razão de ser sem com isso o desnaturar. Um
sindicato que de facto não representa nem defende os interesses que de direito lhe
compete representar e defender não é, de facto, um sindicato; ou é um sindicato
desnaturado. Daqui, uma primeira afirmação poderá tirar-se, com carácter de princípio:
os sindicatos devem, em qualquer caso, representar e defender efectivo/mente os
interesses profissionais correspondentes; nisto reside a base da sua autenticidade
funcional.

Compreensão da função sindical Nos termos essenciais em que foi enunciada, a função
sindical poderia ser entendida num sentido estreito, mais ou menos limitada a operar um
equilíbrio nas relações contratuais de trabalho, pela compensação da inferioridade
contratual do trabalhador isolado perante o patrão. Transpondo-se o debate do plano
inter- -individual para o plano colectivo, obter-se-ia um equilíbrio de forças, necessário
para evitar a injustiça da chamada «ditadura 4 Parecem desnecessários quaisquer
desenvolvimentos justificativos, a este propósito. Note-se que a ideia fulcral em causa
está obviamente consagrada na lei.

Mas não assim nara os sindicatos, onde o paralelo com os diplomas respeitantes aos
grémios denuncia uma maior ênfase na afirmação do princípio da subordinação dos
interesses profissionais aos interesse.

Acção sindical interna. Sindicatos e trabalhadores Que a acção sindical se não deve
limitar a ser uma actividade exclusivamente para o exterior é, bem vistas as coisas, uma
afirmação por demais evidente. Contudo, não será inútil salientar alguns pontos, nem
sempre tidos na devida consideração. Antes de mais, pensamos que, nesta matéria,
convém ter presentes duas ideias básicas. A primeira diz-nos que os interesses dos
trabalhadores não consistem tão-somente na conquista de vantagens à custa de terceiros;
mas referem-se também a certos bens (e não despiciendos) que, pelo menos em
determinada medida, podem e devem ser conseguidos pelos próprios trabalhadores e à
sua própria custa, através de uma coordenação de esforços no seio das organizações
sindicais. A segunda ideia é que, sendo os sindicatos, antes de tudo, associações de
trabalhadores (e não organizações mais ou menos burocráticas de administração dos
seus interesses), deverão eles constituir-se e funcionar correctamente como tais; ou seja,
como verdadeiras associações, onde circulem as iniciativas e contribuições de todos os
associados, numa co-laboração constante e cada vez mais intensa, que constitua,
simultaneamente, o húmus da vida sindical e a forma de inserção e participação dos
trabalhadores.

À luz da primeira ideia, descobrem-se, nomeadamente, as atribuições sindicais que


concernem a educação, formação e informação dos trabalhadores. É ponto assente que
um dos aspectos fundamentais ida função dos sindicatos é a educação e formação dos
trabalhadores. Entendemos por isto uma acção educativa e cultural de ordem geral,
colmando as lacunas dos sistemas públicos de educação e formação, ou as que advêm
do facto de os trabalhadores não poderem aproveitar-se desses sistemas; e ainda, em
qualquer caso, prolongando, vida fora, uma acção que não deve terminar com o início
da actividade profissional. Mas, de modo muito particular, compete aos sindicatos um
papel a desempenhar nos domínios da formação profissional, quer nos seus aspectos
técnicos quer deontológicos. É visível que, com isto, estamos caídos num ponto de
interesse vital para os trabalhadores — e que o é, também, para a colectividade. Jogam
aqui, com efeito, a realização (profissional) das pessoas dos trabalhadores e a
valorização técnica e humana do trabalho (e, portanto, a sua produtividade). De resto, os
trabalhadores são actualmente chamados a uma actividade profissional que cada vez se
reveste de maior complexidade e melindre, designadamente na medida em que, de
simples executantes de uma tarefa, se vão tornando em participantes na vida das
empresas, — através das várias formas e graus em que se vem concretizando, vagarosa
mas efectivamente, a ideia da participação dos trabalhadores na vida das empresas.
Claro está que se torna indispensável, e é mesmo este um dos pontos essenciais da
questão, que os trabalhadores se preparem para estar à altura das novas dimensões do
seu papel. Conexa com esta preocupação educativa e formativa, mas de certo modo
distinta dela, é a de informação. Sabido como é vasto o campo de problemas e questões
que têm incidência sobre os interesses dos trabalhadores, e como, hoje em dia, a sua
postura.

das convenções colectivas em relação a qualquer outro meio de regulamentação das


relações de trabalho (designadamente as leis ou os (decretos). Mas se essas vantagens
não se encontrarem efectivamente traduzidas nq esquema legal» se esce não permitir
que, de facto, a contratação colectiva se processe por forma a realizar correctamente os
méritos que lhe são atribuídos em teoria, então o menos que se pode dizer é que não há
coerência entre os princípios e a sua aplicação. Nesta medicía, é legítimo aos sindicatos
reivindicar uma legislação que lhes possibilite o exercício da sua função no domínio em
causa13 . Alguns pontos, a nosso ver fundamentais, desta legislação, merecem um
cuidado especial por parte do legislador, nomeadamente: uma correcta conceitualização
jurídica da posição dos sindicatos na contratação colectiva de trabalho; e ainda uma
solução eficiente dos chamados conflitos colectivos de trabalho. Aliás, os dois ponto®
encontram-se intimamente relacionados. Com efeito, antes de mais importa assentar
cUaramente em que veste ou a que título podem ou devem os sindicato® pretender ou
exigir a abertura de negociações com vista à celebração de convenções Golectivaa.
Trata-se dje uma atribuição, sem dúvida14; mas é necessário saber que soma de poderes
lhe corresponde. E é em consequência que se estabelecerá a solução para os casos em
que os sindicatos não consigam abrir negociações com as entidades patronais ou, em
suma, celebrar e actualizar (Convenções colectivas de trabalho. Porque é sabido (e aliás
evidente) que não basta os sindicatos pretenderem a celebração de uma convenção
colectiva ou a sua actualização; é necessária a colaboração e aceitação da parte patronal.
E dado que esta última não tem os mesmos interesses dos sindicatos, naturalmente que
aquela colaboração e aceitação não se verificará espontaneamente, em termos tais que
possa deixar-se a actividade de contratação colectiva ao livre impulso de ambas as
partes, no jeito do princípio da liberdade contratual. Impõe-se um sistema de resolução
para os casos de desacordo (controvérsias colectivas de trabalho) a menos que se prefira
deixar a solução destas situações ao jogo das pressões ou das provas de força — sistema
que não pode ser arvorado como solução jurídica de princípio. A não admissão desta
alternativa só poderá conduzir a uma ineficácia prática da atribuição dos sindicatos
respeitante à celebração de convenções colectivas de trabalho.

Sindicatos e poderes públicos Foi dito que os sindicatos têm também uma acção a
realizar perante os poderes públicos; resta enunciar os tópicos (não iremos além disso)
que poderão diax-nos um esquema dessa acção sindical. Antes de tudo, porém, será bom
salientar o fundamento desta direcção da acção sindicai: ela baseia-se em que compete
aos sindicatos a tutela dos interesses dos trabalhadoras (inclusos: osi interesses da
própria organização sindical enquanto organização representativa dos interesses dos
trabalhadores) adentro do sistema socio-politico-económico; e portanto perante todas as
actuações, de forças privadas ou de forças públicas, que possam afectar de algum modo
os referidos interesses. É esta ideia que está consagrada, como vimos, no é ainda a
mesma ideia em que assenta a própria razão de ser da organização sindical. Posto isto,
consideremos, então, os aludidos tópicos. Em primeiro lugar, poderemos dizer que
compete aois sindicatos uma acção de defesa da organização sindical. E em que medida
esta acção se dirige aos poderes públicos.

Na medida em que deles depende o estatuto da organização sindical, bem como a


institucionalização dos meios de actuação dos sindicatos. E mais ainda: na medida em
que a política administrativa, económica e social prosseguida for de molde a pôr em
causa, directa ou indirectamente, a organização sindical, em qualquer dos seus
momentos estruturais ou funcionais. Em segundo lugar, é ainda perante o® poderes
públicos que os sindicatos têm d,e desenvolver uma actuação no sentido da
promulgação de deis e regulamentos de protecção ao trabalho, advogando a sua
necessidade, colaborando; na sua preparação e coadjuvando na vigilância da sua
aplicação. Em terceiro lugar, os sindicatos devem dizer a sua palavra a propósito da$
orientações da política económica e social do governo, em tudo aquilo que coenvolver
os seus interesses, bem como do modo por que encaram as incidências resultantes das
políticas em curso e as perspectivas futura.

Sindicatos, entidades patronais e poderes públicos Sem prejuízo do plano das relações
(bilaterais) referidas: sindicatos-entidades patronais e sindicatos-poderes públicos, há
lugar para considerarmos um outro sector de relações (trilaterais) : entre osi sindicatos,
as entidades patronais e os poderes; públicos. Esta distinção parece-nos conceitualmente
necessária; e é portadora de vantagens para uma visão arrumada da acçãoi sindical.
Contudo, não postula uma linha de separação nítida e rigorosa entre as matérias que
podem ser tomadas em cada uma daquelas direcções de aoção sindical. Não é tanto o
lado material dasi coisas que está aqui em causa,, como, muito decisivamente, o aspecto
funcional. E este oferece uma certa margem de relativisma Uma ideia (a que tem vindo
a ser atribuída uma importância crescente) domina o âmbito das relações sindicato-
entidadesi patronais-Esftado: a ideia de colaborarão. O domínio de aplicação que lhe é
assinalado costuma ser dividido em três níveis: nível do ramo de actividade económica,
nível regional e nível nacional.
Trata-se, fundamentalmente, de uma participação das organízações sindicais (quer de
trabalhadores, quer de patrões) na resolução dos problemas económicos e sociais que se
põem aos níveis referidos. O desenvolvimento das várias questões susceptíveis; de
serem estudadas e resolvidas em conjunto (Estado-organizações sindicais interessadas)
tem merecido grande atenção; mas está manifestamente fora da economia deste artigo.
Porém, justifica-se uma palavra para salientar a importância deste «mecanismo» de
acção sindical, que permite uma participação dos sindicatos na elaboração e execução
das políticas de desenvolvimento sodo-económico, creditando-se com vantagens de
ordem institucional, para além da eficácia que traga à prossecução dos interesses
profissionais. As referidas vantagens advêm, sobretudo, pelo facto da inserção
institucional dos sindicatos no sistema socio-politico. É sabido que determinadas
correntes doutrinais advogam expressamente uma relevância publicística dos sindicatos,
de que decorrem, para estes, certas funções de interesse público — como sucede no caso
do sistema português21 . Porém, aquela inserção não tem que traduzir-se
necessariamente por uma publicização jurídica dos sindicatos (que oferece, como se
sabe, sérios inconvenientes). E acima de tudo, o que importa é a sua autenticidade
sociológica. Neste ponto residirá a verdadeira eficácia da participação dos sindicatos na
vida político-social—como é acentuado pelos estudiosos adeptos de uma chamada
democracia económica. Porque só quando promovidos e integrado® de facto é que os
sindicatos estarão actuando em sistema, em vez de se lhes deixar apenas lugar para
actuarem no sistemm e, no limite, contra o sistema. Evidentemente que é escusado
assinalar que é precisamente aqui que se insere a magna queâtão da participação dos
sindicatos no estudo, programação e execução dos planos, ãe crescimento económico.
Um ponto que, dada a inspiração deste artigo, merecia que lhe dedicáasemos um certo
desenvolvimento. Porém, o facto é que se trata de uma projecção da acção sindical
porventura a mais elevada e ampla — e que, por isso, só terá verdadeira actualidade
suposto um certo desenvolvimento dà organização sindical. Ora nós situamos a direcção
do nosso artigo em referência a eOementos e questões mais elementares. Por outro lado,
ainda, trata-se de uma questão que coenvolve uma vasta e especial problemática de
princípios, políticas e técnicas do planeamento.
3.Conclusão
O regime jurídico dos direitos colectivos na função publica é muito diverso e complexo
em qualquer abordagem sobre o mesmo ,carece de maior especificação para que não
crie confusão sobre quais deve ser as abordagens e serem trazidas.
Pouco pode se aprofundar este tema devido a sua complexibilidade e não especificação ,
mesmo que seja no contexto publico deve se ter em consideração em exacto do se
pretende abordar .
4.Referência bibliográfica
Constituição da republica de Moçambique
Lei n.º 14/2011: Regula a formação da vontade da Administração Pública, estabelece as
normas de defesa dos direitos e interesses dos particulares, e revoga a reforma
Administrativa Ultramarina (RAU) e o Decreto-Lei n.º 23229, de 15 de Novembro de
1933.
Lei n.º 15/2011: Estabelece as normas orientadoras do processo de contratação,
implementação e monitoria de empreendimentos de parcerias público-privadas, de
projectos de grande dimensão e de concessões empresariais, e revoga algumas
disposições da Lei de Electricidade (Lei n.º 21/97, de 1 de Outubro).
Lei n.º 16/2011: Estabelece a base jurídica para a prossecução, defesa e protecção dos
direitos e deveres do veterano da Luta de Libertação Nacional e do Combatente da
Defesa da Soberania e da Democracia, e revoga a Lei n.º 3/2002, de 17 de Janeiro.
Lei n.º 17/2011: Rege os casos e termos da efectivação da extradição. Banco de
Moçambique: Aviso n.º 4/GBM/2011: Atinente às fontes de alimentação das contas em
moeda estrangeira tituladas por pessoas colectivas.

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