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MOPTC — LABORATORIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL ~ PORTUGAL HOMOLOGAGAO DE NOVOS MATERIAIS E PROCESSOS DE CONSTRUCAO DOCUMENTO DE HOMOLOGAGAO Saas o See ee eo BLOCO TERMICO® stare AIEERGARAAVELNA | BLOCOS DE BETAO LEVE DE AGREGADOS DE ARGILA fr: 234520410 Fax 29482 3068 Feeleeln EXPANDIDA PARA PAREDES DE ALVENARIA HOMOLOGACAO COM CERTIFICAGAO ‘A stuogs vlads do OM pode tr vrata per pected so LEC ou por conan de a dos Docunerse e Honologieo ikon, sete! pl hast DECISAO DE HOMOLOGAGAO © presente Documento de Homologacio, elaborado em cumprimento do artigo 17.° do Regulamento Geral das Edificagdes Urbanas (RGEU) ~ Decreto-Lei n.° 38 382, de 7 de Agosto de 1951, e posteriores alteragoes -, define as caracteristicas @ estabelece as condicgdes de utiizagao, em paredes de alvenaria de edificios, dos blocos de betdo leve de agregados de argila expancida Leca” designados por BLOCO TERMICO®, produzides pela empresa MAXIT ~ Pretabricagdo em Betao Leve, S.A. em Albergaria-a-Velha, A utiizagao destas paredes fica ainda condicionada pelas disposigdes aplicdvels da regulamentagao © da documentagao normativa em vigor. Tratando-se de uma homologago com certificagao, esta 6 concedida na condigdo de a empresa manter permanenterente um controlo interno da qualidade da produgo © se submeter ao controlo externo periédico do LNEC, previsto no quadro da presente homologagao. Esta homologacao ¢ validada anualmente pela emissao, pelo LNEC, de um certiticado de conformidade com este Documento de Homologagto, enquanto se mantiverem as actuais condigSes de produgao e forem satistatérios os resultados dos ensaios @ verificagées promovidos por este Laboratério Nacional no Ambito da certificacao. Lisboa e Laboratério Nacional de Engenharia Civil, em Dezembro de 2004. A DIRECGAO Browns Dus Causa Francisco Nunes Correia Presidente do LNEC LNEC | Departamento do Edicion ‘x. Brasil 101 | 1700-066 LISBON | PORTUGAL Fax: « 351 218 443 028 Inteme:hitp:Trarar Ine pe8000PUBLiowaiLarana nec 41 DESCRIGAO DOs BLOCOS Qs biocos séo fabricados pela empresa MAXIT = Prefabricagdo em Betao Leve, S.A., com sede instalagoes fabris em Albergaria-a-Velha, @ destinam-se ser utlizados na execucdo dos toscos de paredes de alvenaria de editicios, particularmente em paredes exteriores. Os blocos séo constituidos por betao leve de agregados de argila expandida Leca® com massa vvoldmica nominal de 1200 kg/m? disp6em de furagao vertical ¢ de perfis macho @ fémea nas faces de topo, ermitindo a realizacao, por encaixe, de juntas verticals secas. ‘A gama corrente de fabrico compreende quatro tipos de blocos, designados, em fungao da largura, por BT15, BT20, BT25 @ BT30. No quadro 1 apresentam- ‘se as caracteristicas geométricas (comprimento, altura, largura) e massicas dos blocs de acordo com os, valores declarados pelo fabricante. ‘Séo também produzidas placas de forra térmica de betéo com a mesma composigéo dos biocos, as quais se destinam a ser utiizadas na proteogao térmica pelo exterior de elementos de betao intagrados nas paredes. ‘As placas sfo macicas e tém dimensées de fabrico de 490 mm x 190 mm x 50 mm, respectivamente para o comprimento, altura @ largura, e uma massa média, & saida da fabrica, da ordem de 5,2 kg, QUADRO 1 Caracteristicas geométricas massicas dos blocos Dimanstes oxtaires <0 fb] sca mad & _— Geometia dos blocos de formato corrente eaida os fabric (vista superior © seogao transversal) Comp. | atta | Laue (enm) | trum) |e) 0) Bris 490 | 190 | 150 95 er20 490 | 190 | 200 13,7 eres 490 | 190 | 250 153 BT30 490 | 190 | 300 154 Em 7.1 apresentam-se os resultados da caracterizagao experimental dos blocos efectuada no LNEC no Ambito da homologacdo. 2~CAMPO DE APLICAGAO © presente Documento de Homologagao visa 2 utiizagdo dos biocos em paredes exteriores, ou continando com zonas no aquecidas, de ediicios de habitagdo ou serviges, preenchendo malhas estruturais e beldo armado. Os paramentos das paredes devem ser revestidos. Os blocos 8720, BT25 © BT30 Ao partcularmente vocacionados para a realizacéo de paredes simples, sendo os blocs BT1S apenas ullizéveis em paredes exteriores duplas. Caberé ao projectista detinir em cada caso a solugo de parede (simples ou dupla) @ a espessura dos panos, de forma a satistazer as exigéncias requeridas no que respeita a resisténcia mecéinica e estabilidade, seguranga contra incéndio, higiene, sade ¢ ambiente, seguranga na ulilizacéo, protecgo contra 0 ruido, € economia de energia © isolamento térmico, em particular as que decorrem da regulamentagao em vigor. 3 FABRICO E CONTROLO DA QUALIDADE 3.1 -Instalagoes Os blocos s40 produzides nas instalagbes de fabrico da empresa em Albergaria-a-Velha, nas designadas unidades de produgéo F2 © F3, que ‘ocupam, respectivamente, uma drea coberta de 960m? @ 1870 m, sendo 490 m® @ 1025 m* correspondentes estutas para a cura dos biocos. ‘A capacidade de produgdo das duas unidades de blocos & de 500.000 tabulsiros/ano por turno de trabalho. Nestas duas unidades séo ainda fabricados outros produtes de betao leve de agregados de argila expandida Lecae, nomeadamente blocos para alvenaria de séries distintas da contemplada nesta homologagéo € biocos de cotragem para lajes de vigotas e para lajes moldadas em obra. 3.2 ~ Proceso de fabrico ‘As matérias-primas utiizadas no fabrico do betao dos blocos sao as seguintes: agregados leves de argila expandida Leca® das classes granulométricas DH 7833 2/4 @ 3/8, areia fina natural, cimento Portland, agua e, ‘eventualmente, cal hidréulica. ( ciclo de produgio dos blocos inciui essencialmente as seguintes operagdes: 1) Fabrico do betao = dosagem volumétrica dos agregados, através de doseadores colocados na base dos silos, @ sou transporte por tapete rolante para a betoneira; = dosagem ponderal dos ligantes, através de bbalanca disposta no topo da betoneira; ~mistura dos diversos constituintes da amassadura, efectuando-se sucessivamente a pré-mistura dos agregados, a adigao da agua de amassadura € a adicao dos ligantes; 'b) Moldagem dos biocos ~ transporte do betao por tapete rolante para a maquina de moldagem; —enchimento dos moldes com vibragao e compactagao do beta = desmoldagem dos blocos sobre tabuleiros de madeira e extracgdo das rebarbas de betio fresco através de escova rotativa; ©) Cura inicial dos blocos ~ disposigéo dos tabuleiros contendo os blocos frescos num ascensor, seguindo-se 0 seu transporte para as estufas por meio de um ‘ransportador multigarfos; = permanéncia dos blocos nas estufas durante cerca de 48 horas, em ambiente natural, at& adauirirem resisténcia suficiente para a sua fembalagem @ movimentacao para 0 parque de armazenamento; 4) Embalagem @ armazenamento — extraogdio dos tabuleiros com os blocos das estutas, por meio do transportador multigarios, sua colocagao num descensor; = retirada dos blocos dos tabuleiros, através de inga mecénica, e seu empilhamento, em 4 ou 5 fiadas, sobre paletes de madeira; = envolvimento do conjunto com pelicula de pléstico termo-retracti: = transporte das paletes, por empilhador, para © parque de armazenamento ao ar livre e sua disposigo em pilhas de, no maximo, trés unidades. DH 783.4 3.3 Idade minima para fornecimento © fornecimento para 0 comércio ou para as obras, nao deve ser efectuado antes de os blocos atingirem a idade minima de um més relativamente & data de fabrico. 3.4~Controlo interno da qualidade Para 0 fabrico dos blocos a empresa disp6e de um sistema de controlo interno da qualidade que incide sobre as matérias-primas @ sobre produto acabado, '8) Controlo das matérias-primas © controlo das matérias-primas efectuado no laboratério da fabrica incide essencialmente sobre 05 agregados — argila expandida @ aria - @ bassia- -s@ em ensaios para determinacao das seguintes caracteristicas: = analise granulométrica (1. vez por més): = massa volimica aparente (1 vez por més); = absorgo de agua (1 vez por més) Os ensaios so executados de acordo com as, normas europeias EN aplicdveis. ) Controlo do produto acabado © controlo dos blocos efectuado no laboratério da fabrica basela-se em ensaios para determinacao das seguintes caracteristicas: = dimens6es exteriores @ espessuras dos septos dos biocos de acordo com a norma EN 772-16 (cada 25 000 ciclos de moldagem); = percentagem de turagao dos blocos de acordo ‘com a norma EN 772-2 (cada 25000 ciclos de moldagem); = resisténcia & compressao dos blocos com as faces regularizadas com argamassa de acordo ‘com a norma EN 772-1 (cada 25 000 cicios de moldagem); = resisténcia A compresséo dos blocos sem as faces regularizadas, com interposicao de placas elastémeras (3 blocos por lote de tabrico); = massa total dos blocos e massa volimica do betéo constituinte de acordo com a norma EN 772-18 (8 blocos por lote de fabrico) Por cada lote de fabrico é ainda felta uma andlise visual para apreciacao do aspecto dos blocos com vista a detectar a existéncia de defeitos considerados significativos, nomeadamente topos fendilhados, fundos rotos @ empenos nos septos. ‘A empresa encontra-se certificada segundo a norma NP EN ISO 9001 (2000) para a actividade de Pretabricagéo de produtos de betéo leve (Certiicado 1 E/005/2003, emitido pela EIC - Empresa Internacional de Cortiticagao, S.A). 4 APRESENTACAO COMERCIAL Os blocos as placas de forra térmica sao fornecidos sobre paletes em conjuntos embalados de dimensbes 1,05 m x 1,05 m x 1,20 m, cintados com pelicula de plastico termo-retréctil, sendo cada conjunto identificado com etiqueta onde consta 0 tipo de bloco, a data e 0 turno de fabrico @ a unidade de produgéo. (© ndmero de biocos por palete & 0 seguinte: 84 para 0 BT15, 60 para o BT20, 48 para 0 BT25 @ 36 para 0 BT30. ‘As paletes de placas de forra térmica contém 216 unidades. ‘5 - EXECUCAO DAS ALVENARIAS, 5.1 —Assentamento dos blocos Qs blocos sao assentes com juntas horizontais de argamassa @ juntas verticais secas, obtidas por encaixe macho-fémea dos topos adjacentes. No caso dos blocos 8120, 8125 e BT30 as juntas horizontais s40 descontinuas, sendo constituidas por dois cordoes de argamassa aplicados sobre as zonas ccogas existentes na face de assentamento dos blocos. Os blocos devem estar suficientemente secos no momento da aplicagdo © ser assentes sem prévio hhumedecimento. As argamassas de assentamento, para além de uma boa trabalhabilidade, devem possuir elevada capacidade de retencao de gua, retraccao reduzida @ resisténcia moderada, recomendando-se, em geral, @ utiizagao de argamassas bastardas de cimento cal argamassas prontas, pré-doseadas, desde que possuam caracteristicas convenientes. As juntas horizontais de argamassa devem ter espessura da ordem dos 10 mm, sendo de evitar espessuras excessivas particularmente nos remates dos panos de alvenaria contra os elementos estruturais superiores (vigas ou lajes) de contorno. ratada. Poderdo ser utiizadas com vantagem Na execugao das juntas horizontals descontinuas, devem ser adoptadas medidas convenientes para impedir a entrada de argamassa através dos furos existentes na zona central da face de assentamento dos bocos. Podera, para o efeito, utiizar-se uma régua ‘de madeira, com seccdo adequada, disposta sobre os furos da face de assentamento ou, em alternativa, um ‘equipamento préprio disponibilizado pela empresa e ‘que consiste basicamente numa caixa de distribuigéio da argamassa. Na execucao das juntas verticais secas, realizadas por encaixe dos periis macho-fémea existentes nos topes dos blocos, deve garantir-se que as juntas fiquem convenientemente techadas em ambas as cextremidades. Os blocos sao em geral aparelhados de forma ‘que as juntas verticais de fiadas consecutivas fiquem Gesencontradas com um destasamento aproximada- ‘mente igual a metade do comprimento dos blocos, sem que, em nenhum caso, esse desiasamento seja inferior a 1/3 do comprimento dos blocos. AAs fracgdes de bloco necessérias para o remate dos panos de alvenaria deverdo ser preferencialmente ‘meios-blocos, sendo 0 seu corte efectuado através de rebarbadora, Na execugao das alvenarias devem ainda ser satisfeitas as regras da boa pratica aplicdvels A generalidade das alvenarias. 5.2 Linteis sobre vaos Para além das solugées tradicionais de lintéis de betdo armado moldados in situ, poderao ser ullizadas pecas prefabricadas de betfo de agregados de argila ‘expandida produzidas pela prépria empresa, sob a designagio de Leca® Perfil As referidas pegas sto pré-estorgadas, tém sec¢do ‘em U com larguras de 0,25 m ou 0,30 m e so cortadas fem tabrica com 0 comprimento necessario aos vaos a vencer. Independentemente da solugéo adoptada, a entrega dos lintéis sobre a alvenaria nao deve ser inferior a 0,20 m om cada um dos apoios. 5.3 - Proteccao térmica de elementos de betéo Na protecgao térmica pelo exterior de elementos de betéo da estrutura integrados em paredes exteriores, caso nao estejam previstas solucdes de isolamento térmico continuo dessas paredes, deverao ser utilizadas DH 7835 placas de forra térmica de constituigéo andloga & dos blocos. ‘As referidas placas devem ser aplicadas de forma a garantirse a sua adequada aderéncia ao suporte, recomendando-se, de preferéncia, que sejam colocadas ‘contra a cofragem dos elementos de betdo a revestir antes da respectiva betonagem. A ligagao das placas aos elementos de betao © a alvenaria deverd ser particularmente cuidada a0 nivel da pormenorizacao construtiva e da correspondente execugao em obra. 5.4~ Instalacéo de tubagens e suspensao de objectos: ‘A abertura de rogos para a instalacao de tubagens nas paredes pode ser electuada manualmente ou com abre-rogos eléctrico, de forma andloga ao correntemente utilizado, devendo reduzir-se ao minimo as dimens6es dos rogos © 0 niimero de septas dos blocos que so afectados. ‘A suspenso ea fixacao de objectos ou equipamentos ‘880 realizadas através de solugbes correntes & base de cavilhas e paratusos, 5.5 ~ Revestimentos de paramentos exteriores 5.5.1 ~ Rebocos tradicion rminerais com base om ligant Os rebocos tradicionais considerados mais adequados s4o 0s de argamassa bastarda com base ‘em cimento, cal hidratada @ areia, Na sua execugdo devem ser respeitadas as regras da boa pratica, no ‘que se refere, nomeadamente, ao nimero e constituigéo das camadas, a idade minima da alvenaria no inicio da aplicagao do reboco, 20 tratamento das juntas e & reparagao geral do suporte, ao intervalo de tempo entre a aplicagao das diversas camadas, © as condigées de A sua espessura final, considerando as diversas camadas, deve ser da ordem dos 20 mm, ‘As argamassas utiizadas podem conter adjuvantes. ara melhoria das caracteristicas de trabalhabilidade @ de impermeabilizagao. As juntas verticais secas devem ser objecto de especial atencao, retechando-as cuidadosamente quando necessério. Nas zonas de transicao alvenaria-betdo, se forem revestidas em continuidade, deve fazer-se, em geral, 0 DH 783.6 reforgo do reboco através de rede de fibra de vidro com tratamento anti-alcalino, malha com abertura da ordem dos 8 2 10 mm @ massa por unidade de superticie ‘do inferior a 100 g/m. A rede deve ficar perteitamente incorporada no seio do raboco e transbordar o minimo de 150 mm para cada um dos lados da zona de transigao entre os diferentes materiais, Qs rebocos devem ainda ser reforgados nas zonas mais susceptivels a fendihacao, nomeadamente nos Angulos dos vaos. 5.5.2 — Rebocos pré-doseados do tipo monocamada 0s reboces pré-deseados do tipo monocamada devem dispor de uma avaliagao técnica tavoravel que cubra a sua aplicagao em alvenarias de blocos de betao de agregados de argila expanida, Na execugao destes rovestimentos devem ser respeitadas as regras definidas nessa avaliagdo técnica, nomeadamente no que se relere a idade minima da alvenaria no inicio da apicagae do ceboco, a tratamento des juntas @ & preparacdo geral do suporte, as condigées atmostéricas a evita, & forma de amassadura do produto em pé € ao tempo maximo de utilizagéo do produto em pasta, © ao processo de aplicacao A aplicagto destes revestimentos requer mao-de- -obra especializada, devendo ser efectuada por empresas credenciadas pelo fabricante ou pelo seu representante sediado no Pais. 5.6 Revestimentos de paramentos interiores 5.6.1 ~ Estuques pré-doseados ndo-tradicionais de gesso Os estuques pré-doseados com base em gesso, ‘especialmente concebidos para aplicacao por projeccao mecanica, devem dispor de uma avaliacao técnica favoravel que cubra a sua aplicagao em alvenarias de blocos de betdo de agregados de argila expandida Na execugao destes revestimentos devem ser respeitadas as rogras definidas nessa avaliagao técnica, nomeadamente no que se refere a idade minima da alvenaria no inicio da aplicagao do estuque, ao {ratamento das juntas e & preparagéo geral do suporte, 8 forma de amassadura do produto em p6 @ ao tempo maximo de utilizagao do produto em pasta, © ao processo de aplicagao. AA aplicagéo destes revestimentos requer mao-de- -obra especializada, devendo ser efectuada por empresas credenciadas pelo fabricante ou pelo seu representante sediado no Pais. 5.6.2—Rebocos tradicionais com b minerals em ligantes: A utilizagao deste tipo de revestimentos om paramentos interiores deve respeitar as condices definidas em 5.5.1 para os paramentos exteriores das paredes, 6~MODALIDADES DE COMERCIALIZAGAO E DE ASSISTENCIA TECNICA 6.1 ~ Comercializagao dos blocos ‘A comercializagao dos blocos ¢ felta pela propria empresa directamente para as obras ou através de armazéns de materiais de construgao. 6.2~Assisténcia técnica ‘A empresa, quando solicitada, presta assisténcia técnica aos utlizadores nas fases de projecto e de ‘construgao, dispondo para o efeito de técnicos de ‘engenharia civil e de instrutores de aplicag&o em obra. Fornece ainda informagao técnica da sua responsabiiidade sobre 0 produto e a sua aplicagao em obra através de um “guia de construgao” das alvenarias de blocos Leca®, 7 - ANALISE EXPERIMENTAL 7.1-Blocos 7.1.1 ~ Condigdes de ensaio Os blocos necessarios para a realizagao dos ensaios foram colhides por técnicos do LNEC no parque de armazenamento da fabrica, de paletes de diversos lotes de tabrico. Os ensaios foram executados com base ‘essencialmente nas técnicas de ensaio definidas nas normas europeias da série EN 772 ~"Métodos de ensalo {de blocos para alvenaria’. Apenas num caso foi adoptada uma norma de outra origem: a norma belga NBN B 24-203 “Essais des matériaux de maconnerie — Absorption d'eau aprés 48 h dimmersion”. 7.1.2 Resultados dos ensalos Os resultados dos ensaios realizados s40 resumidamente apresentados no quadro 2. Os resultados ‘QUADRO 2 Valores médias obtidos nos ensaios realizados no LNEC para as caracteristicas dos blocos esunadoe Norma cuctitas ams |erz0 | eras | ers0 3 mN wrmanio | rans | 420 | oo | ass | aes ~- (2000) wa veo | sor | 905 | sons ‘argu sso | 2008 | ase | soe Eapenaa dos oe = zaa| ass | ase | 22a tony one a ee more ata | 221 | 220 | 220 ren Pecenagen | EN sume | rae | an | - | - | os i Mas ce ‘ouenwcos’ | | coo | coo | oso | ao eo: 77243 Tia ica we | “ee ovate rio] = | = | aso thaim?) Foose de ae | an porcine | ran | sx | — sa ‘amy | (ao Tosarto ve aga [NOW worimonic fearaes| 147 | - | | saa cena) | cor =n area] , EM ° arco |mmny | ZEN | 08 a oo soagen aie © part 3° | perda de mmaea | ne wos 57 oo a 0 010 spaesocon (mm maa _|. ame {ar ‘de masse |e massa| 50 mW o Taso wares | EN oneesto | a [sa | - | - | a6 te oy as respectivas condig6es de ensaio sao apresentados ‘em pormenor nos Boletins de Ensaio do LNEC emitidos durante 0 estudo de homologagao. 7.2 Paredes — Ensaios de choque de corpo mole 7.2.1 ~Condigdes de ensaio Foram realizados no LNEC, sobre um provete constituldo por uma parede de biocos BT15 executada DH 783.7 por pessoal da empresa, ensaios de choque de corpo ‘mole de 50 kg, de acordo com os principios estabelecidos ‘no Guia da EOTA “ETAG 003 - Guideline for European Technical Approval for internal partitions kits for use as nnon-loadbearing walls", de Dezembro de 1998. As dimensées faciais do provete foram de, aproximadamente, 2,60 m de altura e 2,00 m de largura. O assentamento dos blocos foi realizado com juntas horizontais de argamassa bastarda com trago Vvolumétrico 1:1:6 e com juntas verticais de encaixe, ndo- -argamassadas. O provete foi revestido apenas no seu aramento anterior, através de um revestimento delgado ‘com base em ligantes sintéticos, © provete foi submetido, sobre o paramento revestido, a um ensaio de choque de utilizacao, correspondente a trés impactos repetidos com energia de 120 Nm (altura de queda do corpo mole de 0,25 m) a um ensaio de choque de seguranca, correspondents ‘2 um Gnico impacto com energia de 200 Nm (altura de ‘queda do corpo mole de 0,40 m). 7.2.2 Resultados dos ensaios Os resultados dos ensaios realizados sobre a parede foram os seguintes: ~ auséncia de fendilhacao deformacao residual reduzida apés a aplicagao dos choques repetidos de 120 Nm; — néo-ocorréncia de penetracao ou colapso apés a aplicagao do choque Unico de 200 Nm. Os resultados e as respectivas condigbes de ensaio sso apresentados em pormenor no Boletim de Ensaio do LNEC emitido durante 0 estudo de homologacao, 8~ CARACTERISTICAS DE COMPORTAMENTO DAS PAREDES: 8.1 -Comportamento mecénico Tendo em atencdo 0 campo de aplicacao previsto para as paredes exteriores (vd. 2), as suas resistencia mecénica @ estabilidade poderao ser asseguradas ‘mediante uma concepeao adequada, considerando em particular os seguintes aspectos: ~ As dimensdes maximas dos panos de alvenaria devem ser detinidas atendendo a existéncia e ao afastamento de elementos verticals e horizontais, ‘que assegurem o seu travamento, DH 783.8 Para os edificios correntes de habitagdo ou sservigos, em que os panos de alvenaria de biocos preenchem malhas estruturais de betao armado, © travamento desses panos fica normaimente assegurado através de disposigbes construtivas tradicionais, nomeadamente com a aplicagao de ligadores metalicos devidamente protegidos contra a corrosao. = © apoio das paredes exteriores nos bordos das. lajes ou das vigas deve interessar, de preteréncia, toda a largura dos blocos, admitindo-se que a parede fique ligeiramente saliente do apoio has situagdes em que a protecgao térmica da estrutura por meio de placas de forra térmica o torne necessério. Em qualquer caso, 0 apoio da arede sobre 0 suporte nao deverd ser inferior 2 219 da respectiva espessura, devendo ainda adoptar-se disposicoes construtivas adequadas para garantir a establlidade das placas de forra térmica contorme referido em 5.3. ~ A deformabilidade dos elementos de suporte das. Paredes deve ser compativel com a capacidade de deformacdo relativamente reduzida que as paredes @ 0s respectivos revestimentos apresentam, devendo prever-se, sempre que ecessario, alementos de rigiiticacdo dos bordos das lajes nos quais as paredes exteriores se apoiam. Relativamente @ seguranca na utllizagdo, os resultados dos ensaios de choque (vd. 7.2) permitem considerar satistatério 0 comportamento das paredes nas condigdes de uso corrente em edificios de habitacao ou servigos, nos quais os utentes 18m algum cuidado fem evitar a ocorréncia de impactos devide 4 acgao de ‘queda acidental contra as paredes ou de outra accao mecénica equivalente. 8.2—Comportamento em caso de incéndio De acordo com a classiticagao estabelecida na regulamentacto portuguesa de seguranca contra inobadlo em ediicos, os blocos de betdo de agregados de argila expandida so da classe de reaceao 20 ogo MO (material néo-combustvel). Em termos da classificacdo europela estabelecida pela Decisdo 96/603/CE (modificada pela Decis&o 2000/605/CE), os blocos so da Euroclasse At (sem contibuigéo para © ogo). Os resutados de ensaios de resistincia 20 fogo sobre paredes, relizados, por solctagao da empresa ‘no laboratério espanhol LICOF ~ Laboratorio de Investigacion y Control del Fogo, permitem atribuir as Glasses de resisténcia corta-fogo CF 120 6 CF 240 respectivamente as paredes de biocos BT15 ¢ BT20. Tendo em conta as caracteristicas referidas, pode concluir-se que as solugdes correntes de paredes permitem satisfazer as exigéncias aplicdveis as paredes de compartimentagao estabelecidas na regulamentagao portuguesa de seguranca contra incéndio em edificios, ‘om particular as constantes do Regulamento de ‘Seguranga contra Incéndio em Edificios de Habitagdo (Decreto-Lei n* 640/90, de 21 de Fevereiro @ posteriores alteragbes). 8.9 — Estanquidade a agua da chuva A estanquidade A agua da chuva das paredes exteriores devera ser assegurada pelo conjunto tosco- -revestimento. ‘A seleccao da solugdo construtiva devera ter em conta a severidade da exposicao das paredes & chuva e ‘a0 vento, a qual se pode traduzir através de parametros associados localizagao do edilicio, & protecgtio da parede em relagdo a accao do vento e a altura a que se situa 0 topo da parede. ‘Assumindo como genericamente aplicaveis no territério nacional os eritérios do documento normative francés "DTU 20.1 ~ Travaux de batiment ~ Ouvrages ‘en magonnerie de petits éléments ~ paroi et murs. Partie 3: Guide pour le choix des types de mur de facade en fonction du site” de 1994 -, que tipiica as solugbes correntes de paredes de alvenaria com desempenhio satisfatorio face a diferentes graus de severidade de ‘exposigo A chuva @ ao vento -, pode considerar-se que, para os edificios de altura corrente, é possivel assegurar a estanquidade a 4gua da chuva nas zonas ‘opacas das paredes exteriores através de solugées de paredes simples. Assim, face aos referidos critérios, em edificios localizados no interior dos centros urbanos ou em pequenas @ médias povoagtes fora da faixa costeira, a solugdo de parede simples de blocos BT30 com revestimento exterior de impermeabilizagao sera satisfatéria nas seguintes situacdes: — em paredes abrigadas situadas a uma altura acima do solo de, no maximo, 28 m; = em paredes nao-abrigadas situadas a uma altura acima do solo de, no maximo, 18 m. Em situacao de exposicao mais severa deverao ser uitiizadas soluges de parede dupia de, no minimo, dois panos de blocos BT15. ‘A manutengao da estanquidade das paredes ao longo do tempo depende, em larga medida, da auséncia de fendihagao nos revestimentos de impermeabiizacao dos seus paramentos exteriores. Assim, no ambito do projecto dos editicios, deverao ser adoptadas solugdes que permitam reduzir a deformabilidade dos elementos estruturais de suporte das paredes para niveis compativeis com a capacidade de deformagao relativamente limitada que elas proprias, ¢ os respectivas revestimentos, apresentam. 8.4—Isolamento térmico Os cosficientes de transmissao térmica das solugdes correntes de paredes, calculados com base na metodologia descrta na norma EN ISO 6946:1996 “Building components and building elements ~ Thermal resistance and thermal transmittance — calculation method’ e em valores convencionais de condutibildades © resisténcias térmicas, s40 05 apresentados no quadro 3. QUADRO 3 Coeficlentes de transmisséo térmica ‘em zona corrente (U) das paredes Cosine de Tipo do} 219898 | tranemoat emia parede dan paredee © Gan'preces |e prea orzo 1a simples | 8125 12 er30 ta Bris + Br'6 oupla | com ana ovr] 0a Wo 50 (*)Paraments exeires: reboco wasconal de 20 mm do espossura Paramenos interes: estuque projectado de 15 mm de espessiza (s valores convencionais que foram adoptados s40 os seguintes: = condutibilidade térmica do betdo constituinte dos blocos (massa volimica seca de 1200 kgm) — condutibiidade térmica da ‘argamassa de assentamento @ de rebooo . = condutibilidade térmica do estugue projectado 2 = 0,48 Wim. °C A= 1,3 Wim.°C A = 0,56 Wim. °C 783.9 ~ resisténcias térmicas superficiais 113 m2CW 0,04 mescAW = resisténcias térmicas dos espacos de ar Valores calculados com base na metodologia defi nida na norma EN ISO 6946:1996 ~ resisténcia térmica da caixa de ar em paredes duplas (e225 mm) R = 0,18 m. °cw Face aos critérios estabelecidos no “Regulamento das Caracteristicas de Comportamento Térmico dos Ezificios" (Decreto-Lei n* 40/90 de 6 de Fevereiro) e 0s valores dos coeticientes de transmissao térmica ‘constantes do quadro 3, 6 possivel concluir 0 seguinte: = As solugées de parede analisadas — paredes simples de blocos BT20, BT25 ¢ BT30 e paredes duplas com dois panos de BT15 — satistazem 4s exigéncias regulamentares quanto acs valores maximos admissiveis dos costicientes de transmissao térmica das paredes da envolvente, ‘em qualquer das zonas climaticas do Pais; = Quanto aos requisitos exigidos, em termos de coeficientes de transmissao térmica em zona corrente, para a verificagao automatica do Regulamento, as reteridas solugdes permitem satisiazé-los em determinadas zonas climaticas de Inverno, conforme a seguir se refere: ~Zona |,: satistazem todas as solugdes de paredes simples © duplas indicadas no quadro 3; Zona |,: satistazem as solugSes de paredes simples de blocos BT25 @ BT30 © a solugéo de parede dupla; = Zona |,; satisfaz a solugao de parede dupla. 5 -Isolamento sonore ‘As exigéncias de isolamento sonoro a satistazer nos edificios s4o as definidas no “Regulamento dos Requisitos Acisticos dos Edificios” (Decreto-Lei 1 129/202, de 11 de Maio). No que respeita as paredes de edifcios de habitacao, este Regulamento estabelece valores minimos, referidos ‘a medigoes in situ, para o indice de isolamento sonoro DH 783.10 a sons de condugdo aérea normalizado, Djq,y OU Day tespectivamente para paredes de fachada e paredes de compartimentagao (nomeadamente paredes de separagao entre fagos e paredes de separagao entre © fogo @ espacos comuns de circulagao). Para previséo do comportamento actstico das zonas das parades incorporando Bloco Térmico*, @ na auséncia de resultados de ensaios realizados segundo a normalizagao europeia aplicavel, & possivel obter uma estimativa do indice de isolamento sonoro em laboratério, A, através da “lei da massa’, de forma idéntica & preconizada para as alvenarias tradicionais, Para esse efeito, os valores médios da massa por unidade de superficie de algumas solugdes correntes de paredes s40 0s indicados no quadro 4. QUADRO 4 Valores médios da massa por unidade de superficie de solucées correntes de paredes Tipo Blocos Massa média das de | constituintes | paredes revestidas “ parede | das paredes (kgm) ‘BT20 210 Simples Bre5 230 B30 235 BT15 + BT1S 145 (ext) Dupla | (com caixa de ar + ‘de 50 mm) 130 (int) (-)Paraments enterire: reboco tacconal de 20 mm de espessura Paramore intros: eetque projecado de 15 rm de espessua Estas solugées de paredes permitirdo, em geral, dar cumprimento as exigéncias regulamentares de isolamento sonoro a que atrés se fez referéncia, sendo ‘que, em cada caso, as solugSes adoptadas deverdo ser devidamente fundamentadas no ambito do projecto de condicionamento acistico do edificio. ‘Tratando-se de paredes de fachada, ha que atender ‘a que 0 isolamento sonoro por elas conterido depende dos diversos elementos que as constituem (zonas ‘opacas de alvenaria, vaos envidragados e caixas de estore), sendo 0 isolamento muito condicionado pelo desempenho acistico dos vaos envidragados nelas existentes. 9— CONCLUSOES DAS VISITAS A OBRAS EM USO Para avaliar © comportamento ao longo do tempo das paredes, foram electuadas visitas a obras j4 concluidas @ em uso. © comportamento das alvenarias nas referidas obras - que apresentavam, & data das visitas, idades centre 6 @ 10 anos ~ revelou-se satisfatério, ndo se tendo detectado quaisquer anomalias signiicativas. 10 - CONDIGOES DE EMPREGO 10.1 ~ Consténcia da qualidade dos blocos ‘A homologagéo com certiticagao comporta um ccontrolo interno da qualidade da producso dos bloces, {da responsabilidade da empresa (vd. 3.4), @ um controlo externo periédico dessa mesma produc, efectuada pelo LNEC. © controlo externo verifica e avaliza 0 controle interno mediante a realizacdo de visitas as instalagses de fabrico e de ensaios sobre blocos colhidos aquando das visitas. © Laboratério Nacional de Engenharia Civil reserva- -s@ 0 direito de cancelar a presente homologagao se constatar através do controlo externo efectuado que as ‘condigées de fabrico nfo asseguram a indispensével cconstancia da qualidade ou que a empresa nao efectua © controle interno nos moldes aprovados pelo LNEC. 10.2 ~ Ensaios de recepcao Os produtos que beneficiam de uma homologagao ‘com certificagao podem em regra ser dispensados da realizagao de ensaios de recepcao em obra. Estes 66 se justiticam a titulo excepcional em caso de divida sobre a identidade do produto fornecido relativamente a0 que foi objecto de homologagao, cabendo as fiscalizagbes decidir da necessidade da sua execucao, Em tal caso, a colheita dos blocos deve ser feita de acordo com 0 Anexo A da norma EN 771-3:2003 "Specification for masonry units — Part 3: Aggregate concrete masonry units (dense ‘and light-weight aggregates)", 0s ensaios deverdo ser ‘efectuados de acordo com as normas EN da série 772 aplicéveis @ os resultados obtidos devem ser analisados com base nos critérios estabelecides no Anexo B da norma EN 771-3:2003. No quadro 5 apresentam-se os valores declarados pelo fabricante © as tolerancias aplicdveis para as caracteristicas a determinar no Ambito dos ensaios de recepgao. QUADRO 5 Valores declarados pelo fabricante ara as caracteristicas dos blocos Valores Caracteriateas | NOTE 6 | GeclraG0$ | ssrancag enasio | pelo fabricante a ero Comprimento om (rm) (casse de 190 lo ana | en 7re16 sie (am 2000 Dt sepundo (2000) | 150 (8T15)| classiicagao 200 (8720) | “da Largura ee 250 (8725) | EN 771-3 200 (8720) | 2009) Espessura minima en 77216 soins 2 | etm beri Mad 120 koi Vacsa voi (e 1056 do essa vtimica | ey 772.19 alo declare, 1 seca gorveae | aon0) | 12 | segundo wom e713 2002) 25 (esietincia eicticla iméda) rentocens, | EN T7724 ca compressio | N77?" | csegoiat| —- (wpa) pee sound: ENT 2003 Aesorgto do qa meme 72" | oo | (ams) Variagbes imensionas 4 Gomes Z| ow | ‘expansio) (mim) DH 783.14 ‘11 REFERENCIAS ‘A empresa produz © comercializa 0 Bloco Térmico* ha cerca de 15 anos. Segundo dados por ela fornecidos, indicam-se seguidamente algumas obras significativas, nas quais foi aplicado um total de aproximadamente 500 000 blocs: — Edificio de habitagao com 5 pisos, Maia ~ Edificio de habitacao com 4 pisos, Esmoriz ~ Edificio de habitagao com 3 pisos, Coimbra — Edificio de habitagao com 4 pisos, Viseu — Edificio de habitagao com 5 pisos, Feira ~ Edificio de habitacao com 6 pisos, Mangualde ~ Conjunto habitacional da Feira do Gado, Vila do Conde ~ Centro de Formagao Profissional, Paredes ~ Escola EB da Boavista, Lousada = Centro de Saide da Boa Nova, Vila Nova de Gaia — Edificio de Mecéinica da Universidade de Coimora (Polo tt) HN Dito 08 East # Are Grint oo INES

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