Considerando:
Ÿ A Lei nº 7.498/86, de 25 e junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da
Enfermagem e dá outras providências: Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de
enfermagem, cabendo-lhe: I - privativamente: i) consulta de enfermagem; m) cuidados de
enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e
capacidade de tomar decisões imediatas; e II - como integrante da equipe de saúde: c)
prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina
aprovada pela instituição de saúde;
Ÿ Que a Portaria GM/MS nº 3.161, de 27 de dezembro de 2011, que dispõe sobre a administração da
penicilina nas unidades de Atenção Básica à Saúde, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS),
em seus artigos, afirma:
o Art. 1º Fica determinado que a penicilina seja administrada em todas as unidades de
Atenção Básica à Saúde, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), nas situações em que
seu uso é indicado;
o Art. 2º As indicações para administração da penicilina na Atenção Básica à Saúde devem
estar em conformidade com a avaliação clínica, os protocolos vigentes e o Formulário
Terapêutico Nacional/Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME);
o Art. 3º A administração da penicilina deve ser realizada pela equipe de enfermagem
(auxiliar, técnico ou enfermeiro), médico ou farmacêutico.
Ÿ A Portaria nº 675/2019 – SMS.G, que dispõe sobre as atribuições da Atenção Básica e
Maternidades relacionadas à Linha de Cuidado da Sífilis no Município de São Paulo;
Ÿ A Portaria nº 676, de 1º de outubro de 2019, da Secretaria Municipal da Saúde, que estabelece a
Linha de Cuidados de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)/Vírus da Imunodeficiência
Humana (HIV)/ Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids);
Ÿ A Portaria Nº 088/2020-SMS.G/PM-DST/AIDS da Secretaria Municipal da Saúde, que atribui
funções aos profissionais de enfermagem para a abordagem sindrômica das infecções
Exposição COM RISCO DE TRANSMISSÃO DO HIV Exposição SEM RISCO DE TRANSMISSÃO DO HIV(a)
Sangue Suor
Sêmen Lágrima
Fluidos vaginais Fezes
Líquidos de serosas (peritoneal, pleural,
Urina
pericárdico)
Líquido amniótico Vômitos
Líquor Saliva
Secreções nasais
Fonte: DIAHV / SVS / MS.
(a) A presença de sangue nessas secreções torna esses materiais potencialmente infectantes, caso em que
o uso de PEP pode ser indicado.
Exposição COM RISCO DE TRANSMISSÃO DO HIV Exposição SEM RISCO DE TRANSMISSÃO DO HIV
Percutânea Cutânea em pele íntegra
Membranas mucosas Mordedura sem a presença de sangue
Cutâneas peles não íntegras
Mordedura com presença de sangue
Fonte: DIAHV / SVS /MS
O DTG não está recomendado em pessoas que façam uso de fenitoína, fenobarbital,
oxicarbamazepina, carbamazepina, dofetilida e pilsicainida. Nesses casos, o ATV/r é a medicação
alternativa.
As mulheres que estejam amamentando devem ser orientadas sobre os potenciais riscos de
transmissão do HIV pelo leite materno.
Em tais situações, deve-se orientá-las no sentido da interrupção temporária da amamentação.
Durante o período de janela imunológica, pode-se realizar extração e descarte do leite. Exame de
controle (12ª semana após início da PEP) com resultado HIV não reagente autoriza a reintrodução
do aleitamento materno.
b. Solicitação de exames:
Ÿ Solicitar sorologia para sífilis.
Ÿ Solicitar sorologia para Hepatite A (anti-HAV IgG ou anti-HAV total) e se o resultado for não
reagente, encaminhar para vacinação para hepatite A.
Ÿ Solicitar sorologia para Hepatite B e C. Encaminhar os reagentes para serviços de tratamento de
hepatites. Vacinar para hepatite B os que apresentam resultado não reagente.
Ÿ Avaliação das funções renal e hepática: solicitar creatinina, com cálculo de clearance de
creatinina estimado, TGO, TGP. Todos os exames encontram-se descritos no Quadro 3.
Exames Método
Teste para HIV Teste rápido (TR) para HIV, u lizando amostra de sangue
Teste para sífilis Teste treponêmico (TR, ELISA, FTA-abs, TPPA) e Teste não
treponêmico (VDRL ou RPR ou Trust)
Teste para hepa te A Pesquisa de an -HAV IgG ou an -HAV total
(a)
Teste para hepa te B Pesquisa de HBsAg e An -HBs
(a) Nos pacientes vacinados para HBV, avaliar a soroconversão (Solicitar Anti-HBs quantitativo)
na consulta de retorno. Se for confirmada a soroconversão (presença de Anti-HBS positivo), não há
(b) Necessidade de repetir os exames para hepatite B.
(c) Caso a pessoa apresente algum fator de risco para doença renal, como hipertensão arterial
ou diabetes mellitus, outros exames devem ser solicitados para avaliação da função renal, tais
como urinanálise para avalição de proteinúria.
Resumo com as informações sobre dose inicial, doses subsequentes e interrupção da PrEP oral
com segurança.
CONSULTAS DE RETORNO:
Após o primeiro retorno (em 15 ou 30 dias), as demais consultas de retorno devem ser
realizadas a cada três meses para acompanhamento clínico e laboratorial. Durante o seguimento é
importante avaliar a ocorrência de infecção aguda pelo HIV, orientando o usuário quanto aos
principais sinais e sintomas. Na suspeita, deve-se discutir o caso com o médico avaliando a
interrupção da PrEP e realização da carga viral HIV.
NO PRIMEIRO RETORNO:
Ÿ Avaliação dos exames. Encaminhamento dos susceptíveis para vacinação de hepatites A e B;
Encaminhamento dos eventuais casos positivos para serviços de tratamento de hepatite B
e/ou C;
Ÿ Avaliação da adesão, dos efeitos adversos e de exposições de risco;
Ÿ Reforço da prevenção combinada e gerenciamento de risco;
Ÿ Realização do teste rápido para HIV (caso este retorno ocorra em pelo menos 30 dias do teste
realizado anteriormente);
Ÿ Avaliação da interrupção da PrEP.
Ÿ Prescrição de antirretrovirais.
Seguimento de PrEP
Avaliações Periodicidade
Teste para hepa te B(b), em caso Pesquisa de HBsAg (ex. TR) e A depender da soroconversão da
de não soroconversão da vacina An -HBs(b) vacina para HBV
Teste para hepa te C Pesquisa de An -HCV (ex. TR) Trimestral
___________________________________
* Disponível em http://www.aids.gov.br/pcdt
Ÿ Corrimento uretral;
(https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/Linha%20de%20Cuidados%20-
%20ISTsAids_%20Finalizada(1).pdf) pag. 70.
Ÿ Úlceras genitais;
(https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/Linha%20de%20Cuidados%20-
%20ISTsAids_%20Finalizada(1).pdf) pag. 74.
Ÿ Corrimentos vaginais;
(https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/Linha%20de%20Cuidados%20-
%20ISTsAids_%20Finalizada(1).pdf) pag. 77.
Ÿ Desconforto e dor pélvica
(https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/Linha%20de%20Cuidados%20-
%20ISTsAids_%20Finalizada(1).pdf) pag. 81.
Ÿ Verrugas genitais
(https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/Linha%20de%20Cuidados%20-
%20ISTsAids_%20Finalizada(1).pdf) pag. 84.
O manejo de IST sintomáticas é preconizado com uso de fluxogramas, que podem utilizar testes
laboratoriais, se disponíveis.
Para o diagnóstico da sífilis, considera-se o Quadro 7 abaixo:
Quadro 7 - Diagnóstico da Sífilis, segundo a fase clínica e resultado de testes treponêmico e não
treponêmico
Resultado do Teste
Tipo de lesão Resultado do Teste
Fase clínica não treponêmico
mais frequente treponêmico
(VDRL)
Sífilis Recente
Sífilis primária Ulceração ou erosão Pode ser reagente ou Pode ser reagente ou
não reagente não reagente
Sífilis secundária Manchas eritematosas, Reagente Reagente
roséolas, pápulas eritematosa-
escamosas (si lides papulosas),
pápulas hipertróficas,
condilomas planos, alopecias,
placas mucosas
Sífilis latente precoce Assintomá co - até 1 ano de Reagente Reagente
infecção
Quadro 8 Esquemas terapêuticos para sífilis adquirida em adultos não gestantes e seguimento
ambulatorial pós-tratamento
Sífilis latente tardia (mais de 1 ano do contato) ou latente com duração ignorada ou sífilis terciária
Penicilina G benza na 2,4 milhões de UI, IM, semanal, sendo 1,2 Seguimento mensal com testes não
milhão de UI em cada glúteo, por 2 semanas. Dose total: 4,8 treponêmico (VDRL)
milhões UI
Sífilis latente tardia (mais de 1 ano do contato) ou latente com duração ignorada ou sífilis terciária
Penicilina G benza na 2,4 milhões de UI, IM, semanal, sendo 1,2 Seguimento mensal com testes não
milhão de UI em cada glúteo, por 3 semanas. Dose total: 7,2 treponêmico (VDRL)
milhões UI
Fonte: São Paulo, Secretaria Municipal da Saúde, Coordenadoria de IST/Aids, Coordenadoria de Vigilância em
Saúde, Coordenadoria de Atenção Básica. Protocolo de prevenção da transmissão vertical da sífilis e da sífilis
congênita. São Paulo, 2021.
SIM NÃO
RELATO E
OU SUSPEITA
DE ALERGIAS
INICIAR AVALIAÇÃO DE RISCO PARA
PENICILINA (questionário)
SIM
APLICAR A 1ª DOSE
E RETORNAR
ENCAMINHAR A GESTANTE PARA A GESTANTE PARA A
O SERVIÇO DE REFERÊNCIA - UBS DE ORIGEM –
PARA REALIZAR O TESTE DE PARA APLICAÇÃO
SENSIBILIDADE À PENICILINA DA 2ª E 3ª DOSE DE
PENICILINA
AGENDA REGULADA SIGA
CÓD 020239005 TESTE
INTRADÉRMICO A PENICILINA
NÃO
CONFIRMADO
DIAGNÓSTICO
DE ALERGIA A
RETORNAR A GESTANTE
PENICILINA
PARA UBS DE ORIGEM PARA
AGENDAMENTO DA
SIM DESSENSIBILIZAÇÃO
CONFIRMADO
DIAGNÓSTICO
SIM DE ALERGIA A NÃO
PENICILINA
AGENDAMENTO DA
SEGUIR TRATAMENTO -
DESSENSIBILIZAÇÃO NO
AGENDAR
SERVIÇO DE REFERÊNCIA
APLICAÇÃO DA 2ª E 3ª
(VER COM Interlocução Técnica
DOSE DE PENICILINA
da Saúde da Mulher-CRS)
Anafilaxia:
Ÿ Reação alérgica aguda grave (5 a 30 minutos);
Ÿ Início súbito e evolução rápida;
Ÿ Diagnóstico é clínico;
Ÿ Potencialmente fatal, se o tratamento não for instituído de forma imediata.
Critérios diagnóstico:
I - Início súbito de sintomas envolvendo pele, mucosas ou ambos e mais um dos seguintes:
Ÿ Acometimento de vias respiratórias; Hipotensão ou disfunção orgânica.
Aplicar imediatamente Adrenalina 1:1000 (1mg/ml), 0,5ml, IM, Vasto Lateral da coxa
2 Manter saturação de O2
Oxigênio (O ) Cânula Nasal ou Mascara
Se a Sat < 95% avaliar nova dose de
adrenalina.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle
das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes
Terapêuticas para Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) de Risco à Infecção pelo HIV. Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 52
p. : il. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2017/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-
profilaxia-pre-exposicao-prep-de-risco.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle
das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes
Terapêuticas para Profilaxia Pós-Exposição (PEP) de Risco à Infecção pelo HIV, IST e Hepatites Virais. Brasília:
Ministério da Saúde, 2018. 98p. : il. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2015/protocolo-clinico-e-
diretrizes-terapeuticas-para-profilaxia-pos-exposicao-pep-de-risco.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e
Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas
com Infecções Sexualmente Transmissíveis. - Brasília: Ministério da Saúde, 2020. 248 p. Disponível em:
http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2015/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-atencao-integral-
pessoas-com-infeccoes.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle
das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes
Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos. Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 412 p. : il. Disponível
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pelo-hiv-em-adultos.
SÃO PAULO. Secretaria de Estado da Saúde. Centro de Controle de Doenças. Programa Estadual de DST/Aids. Centro
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SÃO PAULO. Secretaria de Estado da Saúde. Centro de Controle de Doenças. Programa Estadual de DST/Aids. Centro
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SÃO PAULO. Secretaria Municipal da Saúde. Programa Municipal de DST/Aids. Linha de Cuidados em IST/Aids. 1ª.
edição, São Paulo: Secretaria Municipal da Saúde. 2018. 166p. Disponível em:
h t t p s : // w w w. p r e f e i t u r a . s p . g o v. b r/c i d a d e /s e c r e t a r i a s /u p l o a d / L i n h a % 2 0 d e % 2 0 C u i d a d o s % 2 0 -
%20ISTsAids_%20Finalizada(1).pdf.
São Paulo, Secretaria Municipal da Saúde, Coordenadoria de IST/Aids, Coordenadoria de Vigilância em Saúde,
Coordenadoria de Atenção Básica. Protocolo de prevenção da transmissão vertical da sífilis e da sífilis congênita. São
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https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/Protocolo%20TV%20s%C3%ADfilis%20e%20SC_SMS
_revis%C3%A3o_23jul-site.pdf.
Secretaria Executiva
Atenção Básica
SEABEVS Especialidades e
Vigilância em Saúde