Professora:
Prof. Barbara Bomfim
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ESTRUTURA DA DISCIPLINA
Prezado (a) Aluno (a),
Seja bem-vindo (a) ao estudo da disciplina Ciências Sociais, uma disciplina essencial para um melhor
desenvolvimento acadêmico com vistas ao sucesso profissional. Sou Barbara Professora Tutora desta
disciplina.
O mundo moderno em que vivemos está marcado por mudanças rápidas, conflitos profundos, divisões
sociais bem como maiores preocupações com problemas ambientais cada vez mais sérias. Questões
sobre de saúde, segurança, economia e política ocupam os noticiários quase todos os dias. O impacto
do homo sapiens sobre o meio ambiente, seu impacto sobre as estruturais que compõe a sociedade e
sobre a sua própria existência tem gerado debates e tensões entre pessoas nas mais variadas esferas
de convivência. Que rumos as sociedades tomarão no futuro? Quais aprendizagens há do passado?
Quais problemas e quais possíveis soluções estão à vista? Essas questões são as principais
preocupações das ciências sociais.
Enquanto a ciência natural (astronomia, biologia, química, geologia e física) estuda as características
físicas da natureza e de suas interações e mudanças. A ciência social estuda aspectos da sociedade
humana nos campos da sociologia, antropologia, economia, psicologia e ciência política. Os
economistas investigam as formas pelas quais as pessoas produzem e trocam bens e serviços e,
paralelamente a isso, o dinheiro e outros recursos. Os historiadores se interessam pelos povos e
acontecimentos do passado e sua importância para a atualidade. Os cientistas políticos estudam as
relações internacionais, o funcionamento interno de governos e o exercício do poder e da autoridade.
Os psicólogos investigam a personalidade e o comportamento individuais. A sociologia privilegia o
estudo científico dos relacionamentos sociais, a influência da sociedade sobre as atitudes e o
comportamento das pessoas e o modo com que as pessoas moldam a sociedade.
Tendo o ser humano e as sociedades como objeto das ciências sociais, pode-se afirmar um caráter
multi e transdisciplinar desse campo de estudo. No entanto, é importante apontar algumas
delimitações inerentes entre as áreas: Os elementos componentes, objetos e objetivos de estudo
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variam de acordo com a tradição teórica e metodológica de cada área específica. Ilustrando, a
Sociologia não estuda todas as formas de sociedade historicamente existentes, e sim delimita seu
campo de estudo remetendo à sociedade moderna, capitalista. Os sociólogos não estudam as
sociedades pré-históricas ou as sociedades indígenas ainda existentes, nem estuda as sociedades pré-
capitalistas (tal como a sociedade escravista, feudal, tributária, escravista colonial etc.). As sociedades
indígenas se tornaram campo de estudo dos antropólogos, isto é, são objeto de estudo da
Antropologia. As sociedades do passado, tal como a escravista e a feudal, são objetos de estudo dos
historiadores, embora a historiografia também se dedica à sociedade moderna, mas em seu passado
histórico.
Reiterando, as ciências sociais são disciplinas que examinam e explicam os seres humanos e visam
compreender todos os aspectos da sociedade, bem como encontrar soluções para lidar com problemas
sociais. Esse campo de estudo inclui desde a compreensão de como as mentes funcionam até como
as sociedades como um todo funcionam. Contudo, nessa disciplina o foco principal, dentre outros,
serão os seguintes temas gerais:
Para ter sucesso na disciplina, aproveite todas as orientações de estudo apresentadas neste material.
Realize as leituras obrigatórias e os materiais complementares e não deixem de participar nos 4 fóruns
que têm como objetivo a troca de perspectivas, reflexão e aprofundamento acerca aos objetos de
estudo dessa disciplina.
Bons estudos!!!
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HABILIDADES E COMPETÊNCIAS
O ensino superior é a preparação para a vida profissional e acadêmica, por isso, nessa disciplina você
deverá:
Habilidades:
Utilizar a linguagem das Ciências Sociais de forma adequada à visão sistêmica, dinâmica,
holística, sustentável e interdisciplinar da atividade social.
Competências:
Neste material de estudos você encontrará todas as orientações e indicações para o desenvolvimento
da sua formação na disciplina de Ciências Sociais.
Em cada unidade do material você terá que ler as leituras indicadas que, além de ser base para as
atividades dos fóruns e das avaliações, também serão a base do conhecimento para o curso. Para
acessar os livros indicados neste Material Didático, você deve acessar o site do Grupo CEUMA e em
seguida acessar a minha biblioteca. Copie o link e cole na barra de ferramentas.
Além desse material, é fundamental que você participe dos fóruns da disciplina, sendo o Fórum de
Discussão ferramenta que compõe o sistema de avaliação.
Observe que este percurso formativo vai orientar o seu estudo e você precisará de dedicação para
cumprir com o que está proposto. É importante que você separe algumas horas da sua semana para a
realização dos estudos e conte sempre com o professor da disciplina para o esclarecimento das suas
dúvidas pedagógicas e com a equipe acadêmica para as demais informações ou orientações.
LAKATOS, Eva Maria. Sociologia Geral. São Paulo: Atlas, 2019. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597019971/
RAMOS, Caldeira, F. Manual de filosofia política: para os cursos de teoria do Estado e ciência
política, filosofia e ciências sociais. São Paulo: Editora Saraiva, 2018. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553600878/
SCHAEFER, T., R. Fundamentos de Sociologia. Porto Alegre: AMGH, 2016. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580555714/
Bibliografia Complementar:
DIAS, Reinaldo. Ciência Política. São Paulo: Atlas, 2013. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522476725/
JAIME, Pedro. Sociologia das organizações: conceitos, relatos e casos. São Paulo, SP: Cengage,
2017. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522127733/
JUBILUT, L. L. Direitos humanos e meio ambiente: minorias ambientais. São Paulo: Editora
Manole, 2017. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520455753/
MARCONI, M. A. Antropologia: uma introdução. São Paulo: Atlas, 2013. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597022681/epubcfi/6/2[%3Bvnd.vst.i
dref%3Dhtml0]!/4/2/2[7b9033b8-87d0-451e-c092-18b555175a67]%4051:87
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INSTRUÇÕES GERAIS DO FÓRUM DE
DISCUSSÃO
Caro aluno (a),
Fique atento à realização do FÓRUM DE DISCUSSÃO, pois é nele que o nosso contato será mais
intenso com o esclarecimento dos prováveis questionamentos a respeito das atividades propostas em
cada unidade. Anote as suas dúvidas pontuais e participe do debate por meio do FÓRUM DE
DÚVIDAS para saná-las. Compartilhe suas ideias para ser orientado a construir uma nova relação
profissional. Não deixe de participar dos fóruns de discussão e faça as atividades avaliativas propostas
dentro do prazo determinado em calendário acadêmico próprio do EAD.
Importante: Não serão consideradas as postagens fora da data estabelecida. Além disso, reafirma-se
o estímulo ao debate e a apresentação da sua opinião sobre os pontos a serem explorados! Ponderações
que trazem apenas conceitos, sem qualquer comentário (próprio) a respeito, não é discussão!
Assim, recomenda-se fortemente, que façam suas ponderações acerca dos pontos solicitados.
Você pode apresentar conceitos, mas faça seus próprios comentários sobre eles.
Fiquem alerta sobre a importância de dar os devidos créditos aos autores que pesquisarem conforme
normas da ABNT. Plágios não serão considerados.
No decorrer dos estudos aproveite para tirar suas dúvidas no “fórum de dúvidas”.
Lembre-se: o Fórum de Discussão é avaliativo, por isso, não deixe de participar no prazo, a ser
divulgado no AVA, contribuindo com ideias e com conteúdos abordados no decorrer da unidade. A
resposta NÃO PODE ser no formato de pergunta e resposta. Lembre-se: Em hipótese alguma serão
aceitas cópias da internet.
OBS.: Caso o aluno não participe dos FÓRUNS, não fará jus a pontuação dessas atividades.
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UNIDADE 1 – SOCIOLOGIA
OBJETIVOS
1. Entender o que é Sociologia;
2. Estudar o objeto da Sociologia;
3. Identificar os campos da Sociologia;
4. Entender sobre a história da Sociologia;
5. Identificar as perspectivas sociológicas;
6. Entender as abordagens e métodos de pesquisa da Sociologia;
7. Analisar fatos sociais à luz das principais perspectivas teóricas sociológicas.
FORMAÇÃO TEÓRICA
Em sua vida profissional, você perceberá que tomar decisões assertivas é imperativo para o seu
sucesso profissional, nesse sentido, fazer uso de ferramentas que alavanquemos resultados
pretendidos fará toda a diferença. Ressalta-se que o objetivo básico da Ciência Social é “fornecer
informações sociais para os vários usuários, de forma que propiciem decisões racionais”. A decisão
certa, na hora certa, pode favorecer os resultados das organizações que, diante dos desafios internos
e externos postos, buscam fortalecer a estrutura organizacional melhorando a sociedade e,
consequentemente, concorrendo para a sua continuidade.
Sendo o “social” o objeto de estudo da Sociologia, é importante entender que o termo “social” pode
ser aplicado a tudo que se relaciona com sistemas sociais, suas características e a participação das
pessoas neles. Quando dois amigos conversam, seu comportamento é social na medida em que se
valem da cultura no que interessa à linguagem, às expectativas recíprocas, à compreensão de ambos
do que constitui uma amizade e assim por diante. Note-se, no entanto, que o social não é simplesmente
algo que envolva ou afete muitas pessoas. Por exemplo, todos os seres humanos ingerem alimentos,
mas isso não significa que comer é em si uma atividade social. As ideias sociais (paradigmas) que
influenciam nossa escolha de alimentos, e como e quando os ingerir, contudo, transformam em sociais
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ou socioculturais esses aspectos do ato de comer. De modo análogo, a carência de alimentos, a fome
e a saciedade não são em si mesmas sociais, mesmo que afetem bilhões de pessoas. Mas os arranjos
econômicos, políticos e sociais (estruturas sistematizadas) de outros tipos, através dos quais riqueza,
renda e acesso a alimentos são distribuídos, dão a essas condições humanas um aspecto social
profundo.
No momento em que você está estudando esse material, diversas transformações sociais estão
ocorrendo no Brasil. São vários os fatores que podem provocar a mudança de comportamento e social:
conceitos de culturas sociais, as interveniências nos processos de gestão, estudos dos fenômenos
sociais e suas influências de forma tempestiva que proporcionem decisões estratégicas de curto,
médio e longo prazos. Sendo assim, os temas abordados nessa unidade são de essencial pertinência
para o seu crescimento profissional e pessoal.
Por afetarem significativamente as instituições sociais, as mudanças acabam também por afetar a
intimidade das pessoas, que se obrigam não apenas a constante replanejamentos de suas vidas, mas
também à redefinição de seus objetivos mais amplos e até mesmo de seus ideais. E, por serem
obrigadas a mudar, as pessoas tendem naturalmente a indagar acerca do porquê dessas mudanças, de
seus riscos e vantagens e de seus limites.
Líderes religiosos, escritores, jornalistas, ativistas políticos e qualquer pessoa que se dedique à
reflexão acerca do mundo social acham que são capazes de fornecer algum tipo de explicação acerca
dessas mudanças. O que não deve causar estranheza. Afinal, segundo Descartes, o bom-senso parece
ser a coisa mais bem distribuída neste mundo. Por isso, ao exercitarem o bom-senso, as pessoas
encontram explicações que consideram seguras acerca do que move a sociedade.
Torna-se importante conhecer e compreender essa evolução, bem como a utilização da Ciência Social
como ferramenta indispensável para a evolução da sociedade. Nessa primeira unidade, as leituras e a
videoaula fornecem uma base histórica, teórica e metodológica da Sociologia, uma área que de uma
maneira ou outra permeia os outros campos das ciências sociais.
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Para apoiá-lo (a) a alcançar os objetivos dessa unidade, segue no quadro de conteúdo as leituras
obrigatórias. O estudo cuidadoso dos textos indicados lhe dará um fundamento indispensável para o
estudo das demais unidades e para realizar as atividades, avaliações e trabalho final dessa disciplina.
Quadro De Conteúdo
SCHAEFER, T., LAKATOS, Eva
R. Fundamentos Maria;
de Sociologia. MARCONI,
Porto Alegre: Marina de
AMGH, 2016. Andrade.
Unidade Tema Tópicos
Sociologia Geral.
8. ed. São Paulo:
Atlas, 2019.
1. A perspectiva Sociológica
Para uma introdução sobre as bases teóricas, objeto e abordagens metodológicas da Sociologia, leia
o Capítulo 1 do Livro: SCHAEFER, Richard T. Fundamentos de sociologia. 6. ed. Porto Alegre:
AMGH, 2016. 11
Capítulo 1: A perspectiva sociológica.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580555714/cfi/6/18!/4/2/2/4@0:0
Schaefer (2016) define a sociologia como o estudo científico do comportamento social e dos grupos
humanos. Neste primeiro capítulo, o autor apresenta um breve histórico da disciplina e introduz o
conceito da imaginação sociológica de C. Wright Mills (1959). Examina a teoria sociológica,
inclusive as perspectivas contemporâneas, e sugere alguns usos práticos da teoria.
A sociologia é um campo de estudo extremamente amplo. Você irá deparar-se ao longo deste livro
com a imensa gama de tópicos investigados pelos sociólogos – da tatuagem à “tuitagem”, das turmas
de rua aos padrões econômicos globais, da pressão exercida pelos pares à consciência de classe. Os
sociólogos observam como o seu comportamento é afetado pelos outros; como você é afetado pelo
governo, pela religião e pela economia; e como você afeta os outros. Não são questões meramente
acadêmicas. A sociologia é importante pois ilumina a sua vida e o seu mundo, quer você estude,
trabalhe para ganhar dinheiro ou esteja criando uma família.
Não importa o tópico, os sociólogos estudam padrões sociais compartilhados por muitas pessoas. O
foco no grupo é um traço distintivo da sociologia. Como escreveu há mais de meio século o sociólogo
C. Wright Mills (1959), se uma pessoa está desempregada e passando por dificuldades, isso é um
problema pessoal dela, mas se milhares de pessoas estão desempregadas e passando por dificuldades,
isso passa a ser um problema social. Os sociólogos buscam as causas originais desses padrões sociais
no modo como a sociedade se organiza e é governada.
Esse primeiro capítulo apresenta também os princípios do método científico e mostra como os
sociólogos se utilizam deles em suas pesquisas:
4. A perspectiva do conflito, por sua vez, enfatiza a importância do conflito entre grupos
sociais que competem entre si; por isso a mudança social tende a ser rápida e
revolucionária. Uma perspectiva afim, a perspectiva feminista, ressalta o conflito baseado
na desigualdade de gênero.
2. História da Sociologia
Para um embasamento histórico sobre a sociologia, leia os Capítulos 2 do livro: LAKATOS, Eva
Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Sociologia Geral. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
Link do livro (Copie e cole na minha biblioteca):
Lakatos e Andrade (2019) traçam o início do estudo sistemático sobre a sociedade como resposta
às consequências da industrialização. O surgimento da sociologia é provocado pelos abalos causados
pela revolução industrial e pelo avanço da ciência e da filosofia As autoras apontam que o aumento
da população e o crescimento desordenado das grandes cidades não era acompanhado por adequadas
estrutura de moradia, saúde ou serviços sanitários junto com isso foi aumentando fatos sociais tais
como prostituição, suicídio, alcoolismo, infanticídio, criminalidade, violência, e surtos de epidemia.
Os trabalhadores se revoltam contra os donos dos meios de produção e cresce a criação de literatura
com críticas à sociedade capitalista e busca por mudanças e melhorias sociais. Esses representam um
problema, um objeto a ser estudado a fim de descrever, analisar, propõe soluções e modificar a
sociedade.
No início do século XIX, a sociologia começou a ser observada como uma disciplina científica. Os
sociólogos buscavam entender fatos sociais e o que mantinha os grupos sociais em união e tentavam
desenvolver soluções para a desintegração social.
O termo “sociologia” foi criado por Auguste Comte, sendo a união da palavra em latim socius
(associação) e da palavra grega logos (estudo). A estrutura da sociedade se modificou com a
Revolução Industrial que atingiu toda a Europa no século XVIII. Os homens começaram a ser
substituídos por máquinas que produziam muito mais e custavam bem menos. Com isso, os problemas
sociais começaram a aumentar, porque muitas pessoas desse período trabalhavam de forma artesanal,
gerando dessa maneira enorme desemprego. Foi nesse período que a sociedade se decompôs em
burgueses, pessoas que controlavam a economia e detinham as fábricas, e os proletariados, pessoas
que tinham a força de trabalho. O sistema Capitalista se solidificou, aqueles que produzissem mais
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teriam vantagem sobre os demais no mercado. A sociologia surge como consequência das mudanças
trazidas por essas grandes revoluções. As sociedades não se adaptaram às mudanças trazidas por esses
acontecimentos e enfrentaram graves problemas sociais. A sociologia foi chamada “ciência da crise”
e surgiu com o objetivo de organizar a sociedade.
Capítulos 3 do livro: LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Sociologia Geral.
8. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
Link do livro (Copie e cole na minha biblioteca):
Informação complementar:
Fundamentos da sociologia: linha do tempo.
c.1377 Em seu livro Muqaddimah, Ibn Khaldun descrever a asabiyyah, o conceito árabe de
“solidariedade” ou coesão social
1767 Adam Ferguson, na sua obra Essay on the History of Civil Society explica a
importância do espírito cívico como contrapartida à influência destrutiva do
capitalismo na sociedade.
1813 Henri de Saint-Simon propõe uma ciência da sociedade em seu Mémoires sur la
Science de l’homme.
1830 – Auguste Comte, em seu Curso de Filosofia Positiva, detalha a evolução da
sociologia como uma ciência.
1842
1837 No livro Theory and Practice of Society in America, Harriet Martineau descreve as
desigualdades sociais no tratamento opressivo de escravos, mulheres e classa
trabalhadora.
1848 Em O Manifesto Comunista, Karl Marx e Friedrich Engels preveem mudança
social como resultado de uma revolução proletária
1867 Karl Marx produz o primeiro volume de sua abrangente análise do capitalismo, O
capital.
1874 – Herbert Spencer, nos vários volumes de sua obra Sistema de filosofia sintética,
defende que as sociedades evoluem como os organismos vivos, e que só as mais
1885
fortes sobrevivem.
1887 Ferdinand Tonnies diferencia comunidade tradicional e sociedade moderna em
sua obra Gerrmeinschaft und Gesellschaft.
1893 Em Da divisão do trabalho social, Emile Durkheim descreve a solidariedade
orgânica de indivíduos interdependentes
1895 Emile Durkheim funda o primeiro departamento europeu de sociologia, na
Universidade de Bordeaux, e publica As regras do método sociológico
18
1904 – Max Weber, em A ética protestante e o espírito do capitalismo, oferece uma nova
explicação de como as sociedades modernas evoluíram
1905
1946 Charles Wright Mills e Hans Heinrich Gert apresentam as ideias de Weber ao
público de língua inglesa em From Max Weber: Essays in Sociology
1959 Em A imaginação sociológica, Charles Wright Mills defende que os sociólogos
deveriam sugerir formas de melhorar a sociedade
1967 Harold Garfinkel, em Studies in Ethnomethodology, apresenta uma nova
metodologia para a sociologia, observando as ações cotidianas que promovem a
ordem social.
1975 Michel Foucault começa seu estudo da natureza do poder na sociedade em Vigiar
e punir.
1990 Judith Butler questiona as ideias tradicionais de gênero e sexualidade em
Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade
Fonte: THORPE, Christopher et.al., O livro da Sociologia. 2 ed. São Paulo: Globo Livros, 2016.
(original: The Sociology Book).
1
THORPE, Christopher. O livro da Sociologia. 2 ed., São Paulo: GloboLivros, 2016.
19
A humanidade evoluiu de pequenas comunidades ou
agrupamentos homegêneos para a foramção de sociedades
grandes e complexas
2
THORPE, Christopher. O livro da Sociologia. 2 ed., São Paulo: Globo Livros, 2016.
20
A sociedade moderna tem duas grandes classes: a
burguesia, dona das indústrias, e o proletariado.
O proletariado, como maioria, possui
O controle dos meios de produção
pouco e vende seu trabalho para a
enriquece a burguesia, tornando-o capaz
burguesia, permanecendo pobre por causa
de dominar a propriedade privada.
da exploração
A queda da burguesia e a
vitória do proletariado são
igualmente inevitáveis.
Método
Das definições apresentadas, todas, menos a de Hegenberg, confundem método com metodologia.
Método vem do grego methodos (meta = além de, após de + ódos = caminho). Portanto, seguindo a
sua origem, método é o caminho ou a maneira para chegar a determinado fim ou objetivo,
distinguindo-se assim, do conceito de metodologia.
Metodologia
Metodologia, que deriva do grego methodos (caminho para chegar a um objetivo) + logos
(conhecimento). Assim, a metodologia é o estudo dos métodos, seu desenvolvimento, explicação e
justificação. Seu objetivo é compreender o processo de pesquisa e não os seus resultados. São os
procedimentos e regras utilizados por determinado método. Portanto, o método científico é o caminho
da ciência para chegar a um objetivo. A metodologia são as regras estabelecidas para o método
científico, por exemplo: a necessidade de observar, a necessidade de formular hipóteses, a elaboração
de instrumentos etc.
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Técnicas
As técnicas de pesquisa compõem um conjunto de procedimentos organizados sistematicamente que
orientam o investigador na tarefa de aprofundar o conhecimento.
Para um conhecer as principais abordagens e métodos científicos na área das ciências sociais, leia o
capítulo 5 do livro de LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Sociologia Geral.
8. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
Conceitos Básicos
Método
Metodologia
Técnicas
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Abordagens de pesquisa na sociologia
3
THORPE, Christopher. O livro da Sociologia. 2 ed., São Paulo: Globo Livros, 2016.
23
FÓRUM UNIDADE 1
ATIVIDADE PROPOSTA:
Para aplicar o conhecimento desenvolvido a partir do estudo dos conteúdos da Unidade 1, você
realizará a seguinte atividade:
Instruções
1. Leia o capítulo 1 de Schaefer (2016) e os capítulos 2 e 3 de Lakatos e Marconi (2019)
indicados no quadro de conteúdo dessa unidade.
2. Leia os 4 textos motivadores indicados abaixo.
3. Você é um(a) sociólogo(a) que usa a perspectiva do conflito para estudar diversos aspectos
da nossa sociedade. Como você interpretaria a tragédia de Mariana, levando em consideração
que já se passaram 5 anos desde o rompimento da barragem? Contraponha essa visão à
perspectiva funcionalista. Você acha que os seus comentários seriam outros se você adotasse
a visão feminista? Em que sentido? Explique.
4. Posta sua discussão no Fórum 1.
Fonte: SCHAEFER, Richard T. Fundamentos de sociologia. 6 ed. Porto Alegre: AMGH, 2016. Cap. 1
Link: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580555714/cfi/6/18!/4/2/244/2@0:100
FIM DA UNIDADE 1
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UNIDADE 2 – CULTURA E SOCIALIZAÇÃO
OBJETIVOS
1. Compreender conceitos relacionados à cultura;
2. Entender a importância de conceitos culturais no cotidiano especialmente na questão de
socialização, variação cultural e preconceito cultural;
3. Entender a relação entre cultura e língua;
4. Analisar a estratificação social e os diferentes tipos de desigualdade à luz das teorias de
estratificação global.
FORMAÇÃO TEÓRICA
Quando se depara com essas pessoas na rua, qual seria a sua primeira reação? Que significados
culturais atribuímos ao moletom com capuz? Que significados culturais daquele que usa esse tipo de
roupa considerando a cor de pele da pessoa?
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Na unidade 2, aprenderemos sobre cultura e socialização. Cultura é a totalidade de costumes,
conhecimentos, objetos materiais e comportamentos socialmente transmitidos e aprendidos
(LAKATOS; MARCONI, 2019). Consta na cultura a totalidade dos instrumentos, técnicas,
instituições, atitudes, crenças, motivações e sistemas de valores que o grupo conhece (SCHAEFER,
2016). Johnson (1995) percebe a cultura como um conjunto acumulado de símbolos, ideias e produtos
materiais associados a um sistema social, seja ele uma sociedade inteira ou uma família. Juntamente
com ESTRUTURA SOCIAL, POPULAÇÃO e ECOLOGIA, constitui um dos principais elementos
de todos os sistemas sociais e é conceito fundamental na definição da perspectiva sociológica.
Para apoiá-lo (a) a alcançar os objetivos dessa unidade, segue no quadro de conteúdo as leituras
obrigatórias. O estudo cuidadoso dos textos indicados lhe dará um fundamento indispensável para o
estudo das demais unidades e para realizar as atividades, avaliações e trabalho final dessa disciplina.
Produtos
Práticas
Atitudes
Crenças
Valores
Nesse primeiro subtópico dentro da unidade 2, veremos os conceitos relacionados com cultura e
identidade. O que faz de nós o que somos? São os genes com que nascemos, ou o ambiente em que
crescemos? Um debate tradicional entre os pesquisadores diz respeito à importância relativa dos
fatores biológicos e dos fatores ambientais no desenvolvimento humano; este conflito é conhecido
como natureza versus cultura (ou hereditariedade versus meio ambiente). Atualmente, a maioria dos
cientistas sociais já superou esse debate e reconhece que o que molda o desenvolvimento humano é
a interação das duas variáveis. (HOMANS, 1979 apud SCHAEFER, 2016).
Para entender os conceitos relacionados com a cultura, sistemas identitárias, processos culturais e
socialização, leia os seguintes capítulos:
O que é cultura?
Desenvolvimento da cultura ao redor do mundo
Variação cultural
Língua e cultura
Normas e valores
Guerra cultural global
Cultura e ideologia dominante
Cultura e socialização
Self e socialização
Agentes de socialização
Socialização e curso da vida
Seguem os links dos capítulos 6 e 7 de LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade.
Sociologia Geral. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
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Capítulo 6: Grupos e organização social – tipos de grupos, estruturas e organizações formais.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597019971/cfi/6/32!/4@0:0
Natureza da cultura
Estrutura da cultura
Processos culturais
Diversidade cultural
Cultural material e imaterial
Elementos da cultura
Contracultura
Cultura e sociedade
Cultura global e imperialismo cultural
O segundo subtópico da unidade 2 é sobre desvio e controle social. O ser humano herda quatro
instintos: “simpatia, sociabilidade, senso de justiça e ressentimento ao mau trato”. Estes instintos
permitem o desenvolvimento de relações sociais harmoniosas entre os componentes de grupos e
comunidades pequenas e homogêneas. À medida que a sociedade se torna mais complexa, as relações
sociais tendem a tornar-se impessoais e contratuais. Nesse período de transição, com o
enfraquecimento dos instintos sociais do homem, o grupo tem de lançar mão de determinados
mecanismos sociais a fim de controlar as relações entre seus membros. Esses mecanismos constituem
o controle social, que visa regular o comportamento dos indivíduos e propiciar à sociedade ordem e
segurança. Assim, quando as “sociedades artificiais civilizadas” se distanciam das “comunidades
naturais”, os controles instintivos do homem são substituídos pelos recursos artificiais: a lei, a opinião
pública, a crença, a religião, a sugestão social (tradição, convenções), a influência de certas
personalidades mercantes, a ilusão e a avaliação social. Ao conceituar socialização, encaramos tal
processo como a aprendizagem e a interiorização dos elementos socioculturais, normas e valores do
grupo social que se integram na estrutura da personalidade do indivíduo (pessoa social). É com base
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nesse contexto, “pessoas orientadas para normas sociais interiorizadas como parte de sua
personalidade”, que Johnson (1960, p. 637) compreende os termos “conformidade” e “desvio”.
Conformidade seria a ação orientada para uma norma (ou normas) especial, compreendida dentro dos
limites de comportamento por ela permitido ou delimitado. Dessa maneira, dois fatores são
importantes na conceituação de conformidade: os limites de comportamento permitido e
determinadas normas que, consciente ou inconscientemente, são parte da motivação da pessoa. O
conhecimento das normas não precisa ser explícito, o que seria difícil: por exemplo, em relação aos
modernos sistemas legais, cujo conhecimento aprofundado é da alçada de especialistas; pode ser a
aceitação implícita das mesmas, em seus aspectos gerais.
Por sua vez, o comportamento em desvio é conceituado não apenas como um comportamento que
infringe uma norma por acaso, mas também como um comportamento que infringe determinada
norma para a qual a pessoa está orientada naquele momento; o comportamento em desvio consiste,
pois, em infração motivada.
Nas relações sociais, um dos elementos importantes é a expectativa do comportamento dos outros
componentes do grupo, isto é, a possibilidade de prever suas reações que, por sua vez, influenciarão
nossas futuras ações. Tal possibilidade é essencial para a cooperação e a atuação grupal. A previsão,
portanto, depende de um sistema de normas para o qual se supõe que os componentes do grupo
estejam orientados. Quando o padrão é rompido, através do comportamento desviado, a ruptura
provoca sentimentos negativos, dando origem a um processo de sanções cuja função é punir a
infração, impedir futuros desvios e/ou alterar as condições que originam o comportamento desviado.
Esse processo constitui o controle social.
Para entender sobre sociedade, cultura, desvio e controle social, leia os seguintes capítulos:
Segue o link para o capítulo 4 do livro de SCHAEFER, T., R. Fundamentos de Sociologia. Porto
Alegre: AMGH, 2016.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580555714/cfi/6/24!/4/2/4@0:0
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Nesse capítulo encontrará as seguintes informações:
Controle social
O que é desvio?
Sociológica
Estatística da criminalidade
Seguem os links dos capítulos 9 e 14 do livro de LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597019971/cfi/6/38!/4@0:0
36
Nesse capítulo encontrara as seguintes informações:
Socialização
Agentes de socialização
Controle social
Códigos e sanções
Classificação dos controles
4
THORPE, Christopher. O livro da Sociologia. 2 ed., São Paulo: GloboLivros, 2016.
37
3. Estratificação e desigualdade global
Examinaremos neste capítulo alguns sistemas de estratificação, com especial atenção às teorias
de Karl Marx e Max Weber. Veremos como a classe social afeta as oportunidades de uma pessoa,
inclusive suas chances de ascender na escala social. Iremos nos deter na estratificação nos países
em desenvolvimento, onde as multinacionais sediadas em países desenvolvidos têm sido acusadas
de exploração de mão de obra em suas fábricas.
Outro assunto que será discutido diz respeito a desigualdade racial e étnica. Em muitos países,
quem é branco desfruta de inúmeros direitos e imunidades pelo simples fato de ser branco. Mas
raramente admite, para si mesmo ou para pessoas de outras raças, a existência desse privilégio
branco. 2.Raça e etnia são construções sociais. O significado que as pessoas atribuem às
características físicas de certos grupos, frequentemente expressas em estereótipos, confere
relevância social à raça e à etnia. 3.Os grupos raciais distinguem-se entre si por diferenças físicas
óbvias, ao passo que os grupos étnicos distinguem-se primordialmente pela nacionalidade de
origem ou por padrões culturais distintos. 4.Ao longo do século passado, o perfil racial e étnico
da imigração nos Estados Unidos mudou porque as principais nações de emigração mudaram.
Cem anos atrás, predominavam as etnias brancas da Europa; agora, os imigrantes vêm
principalmente da América Latina e da Ásia.
Ainda, discutiremos nessa unidade, um assunto atual, a questão sobre gênero. Para as ciências
sociais e humanas, o conceito de gênero se refere à construção social do sexo anatômico. Foi
incorporado para distinguir a dimensão biológica da dimensão social, baseando-se no raciocínio
38
de que há machos e fêmeas na espécie humana, no entanto, a maneira de ser homem e de ser
mulher é realizada pela cultura.
Sistemas de estratificação
Perspectivas sociológicas sobre estratificação
A estratificação é universal?
39
Estratificação por classe social
Mobilidade social
O hiato global
5
Thorpe, Christopher. O livro da Sociologia, tradução Rafael Longo. 2 ed., SP: GloboLivros, 2016.
41
Fonte: https://www.michaelneill.org/maestro/you-dont-get-anywhere-without-stepping-on-some-people/
FÓRUM UNIDADE 2
Na unidade 2 aprendemos, dentro outros assuntos, sobre a estratificação social. Na introdução
do capítulo 10, Marconi e Lakatos (2019) apontam que os indivíduos e grupos de uma
sociedade diferenciam-se entre si em decorrência de vários fatores, formando uma hierarquia
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de posições, estratos ou camadas mais ou menos duradouros. Esse fato, observado em todas
as sociedades, significa que nelas indivíduos e grupos não possuem a mesma posição e os
mesmos privilégios, mas, sob esse aspecto, diferem entre si. Portanto, inexistem sociedades
igualitárias puras. A essa diferenciação de indivíduos e grupos em camadas hierarquicamente
sobrepostas é que denominamos estratificação.
ATIVIDADE PROPOSTA:
Para aplicar o conhecimento desenvolvido a partir do estudo dos conteúdos da Unidade 2, você
realizará a seguinte atividade:
Instruções
1ª Leia os capítulos 5 de Schaefer (2016) e 10 de Lakatos e Marconi (2019) indicados no quadro de
conteúdo dessa unidade.
2ª Assista os seguintes vídeos:
i. Construção de Chico Buarque: https://www.youtube.com/watch?v=suia_i5dEZc
ii. Análise da Profa. Clara : https://www.youtube.com/watch?v=I8T9TCKPN3M
3ª Reflita sobre a letra da música: https://www.letras.mus.br/chico-buarque/45124/
inevitável e essencial (enfoque funcionalista).
FIM DA UNIDADE 2
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UNIDADE 3 – INSTITUIÇÕES, MOVIMENTOS, MOBILIDADE E
MUDANÇAS SOCIAIS
OBJETIVOS
Entender como a sociedade se organiza e se constitui;
Entender as diferentes perspectivas sociológicas sobre instituições sociais;
Conhecer os tipos, objetivos e organização de movimentos sociais;
Entender os processos de mobilidade social;
Refletir sobre mudança social e os fatores que a influenciam.
FORMAÇÃO TEÓRICA
Denominam-se Instituições Sociais, o conjunto de regras e procedimentos padronizados socialmente,
reconhecidos, aceitos e sancionados pela sociedade. As instituições sociais servem principalmente
como meio de gerenciar as demandas sociais, ou seja, elas se desenvolvem para trabalhar com as
necessidades da sociedade. As instituições sociais servem também de instrumento de regulação e
controle das atividades humanas (CERVA, 2006 apud LAKATOS E MARCONI, 2019).
Os movimentos sociais são a fonte mais poderosa de mudança social. Embora fatores como o meio
ambiente, a população, a tecnologia e a desigualdade social também sejam fontes de mudança, o que
a ocasiona é o esforço coletivo de indivíduos organizados em movimentos sociais. Os sociólogos
usam o termo movimento social para designar uma atividade coletiva organizada a fim de
desencadear ou de resistir a uma mudança fundamental em um determinado grupo ou sociedade
existente (BENFORD, 1992 apud SCHAEFER, 2016)
45
Para apoiá-lo (a) a alcançar os objetivos dessa unidade, segue no quadro de conteúdo as leituras
obrigatórias. O estudo cuidadoso dos textos indicados lhe dará um fundamento indispensável para o
estudo das demais unidades e para realizar as atividades, avaliações e trabalho final dessa disciplina.
1. Instituições sociais
Nesse subtópico veremos sobre instituições gerais na construção individual e social. Num sentido
amplo e comumente empregado, a civilização designa toda uma cultura de determinado povo e o
acervo de seus característicos sociais, científicos, políticos, econômicos e artísticos próprios e
distintos. O conceito “civilização” é complexo, pertencente das áreas de estudo da antropologia e
história. Numa perspectiva evolucionista, civilização é caracterizado basicamente pela fixação do ser
humano ao solo mediante construção de cidades, daí derivar do latim civita que designa cidade e
civile (civil) o seu habitante. A "civilização" também pode se referir à cultura de uma sociedade
complexa, e não apenas à sociedade em si. Toda sociedade, tem um conjunto específico de ideias e
costumes e um determinado conjunto de manufaturas e artes que a tornam única.
Segundo (HAVILAND et al., 2011; KOTTAK, 2011 apud SCHAEFER, 2016). no povo nyinba do
Nepal e do Tibete,- uma mulher pode ser casada com mais de um homem ao mesmo tempo – e,
geralmente, com os próprios irmãos. Com esse sistema, os filhos homens podem partilhar o pouco de
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terra boa que talvez venham a herdar. Entre os betsileus de Madagascar, um homem tem várias
mulheres – cada uma delas morando em uma das diferentes aldeias onde ele cultiva arroz. Aquela
que mora no local onde fica a sua melhor lavoura de arroz é considerada a sua principal, ou primeira,
mulher. Entre os ianomâmis do Brasil e da Venezuela, é considerado adequado ter relações sexuais
com primos do sexo oposto que sejam filhos de um irmão da mãe ou de uma irmã do pai. Mas, se
esses primos forem filhos de uma irmã da mãe ou de um irmão do pai, a mesma prática é considerada
incesto.
O que sinalizam esses padrões tão variados da vida familiar / cultural? Que papel desempenha as
instituições sociais na formação cultural / civilizatória?
Leia o capítulo 8 do livro de LAKATOS, Eva Maria. MARCONI, Marina de Andrade. Sociologia
Geral. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
49
Capítulo 8: Instituições sociais
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597019971/cfi/6/36!/4@0:0
Conceito de instituição
Características de uma instituição
Principais instituições sociais
2. Movimentos sociais
Lakatos e Marconi (2019) apresentam vários conceitos de movimento social, entre eles os seguintes:
“Um movimento social existe quando um grupo de indivíduos está envolvido num esforço
organizado, seja para mudar, seja para manter alguns elementos da sociedade mais ampla” (COHEN,
1980, p. 167).
“Movimento social é uma coletividade agindo com certa continuidade, a fim de promover ou resistir
à mudança na sociedade ou no grupo de que é parte” (TURNER & KILLIAN apud HORTON &
HUNT, 1980, p. 403).
50
“Movimento social é ação ou agitação concentrada, com algum grau de continuidade, de um grupo
que, plena ou vagamente organizado, está unido por aspirações mais ou menos concretas, segue um
plano traçado e se orienta para uma mudança das formas ou instituições da sociedade existente (ou
um contra-ataque em defesa dessas instituições)” (NEUMANN, In: FAIRCHILD, 1966, p. 193).
“Agrupamento de grande dimensão de pessoas que se juntam para procurar desencadear ou bloquear
processos de mudança social. Os movimentos sociais existem normalmente em relações de conflito
com organizações a cujos objetivos e perspectivas geralmente se opõem. Contudo, acontece por vezes
que os movimentos que alcançam o poder, uma vez institucionalizados, se transformam em
organizações” (GIDDENS, 2008, p. 697).
Segue o link para o capítulo 11 do livro de SCHAEFER, T., R. Fundamentos de Sociologia. Porto
Alegre: AMGH, 2016
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580555714/cfi/6/38!/4/2/2/4@0:0
51
Nesse capítulo encontrara as seguintes informações:
Movimentos sociais
Teorias da mudança social
Resistencia à mudança social
A tecnologia e o futuro
Segue o link para o capítulo 13 do livro de LAKATOS, Eva MariaMARCONI, Marina de Andrade.
Sociologia Geral. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597019971/cfi/6/46!/4@0:0
52
Nesse capítulo encontrara as seguintes informações:
Para apresentar o conceito de mobilidade social, Lakatos e Marconi (2019) citam Oliveira (2010),
que indica designa mobilidade social como o movimento dos indivíduos ou das unidades familiares
no interior do sistema de categorias socioprofissionais ou do sistema de classes sociais. Para o autor,
a mobilidade social é condição indispensável à estrutura social no capitalismo, pois é a partir dessa
possibilidade de os indivíduos ou grupos de indivíduos se ascenderem nas categorias
socioprofissionais que está a legitimidade dos princípios afirmados na revolução burguesa: liberdade,
igualdade e fraternidade. A mobilidade social pode ser entendida como um movimento dentro da
estrutura social, podendo apresentar-se de duas maneiras: como movimentos interclasse e entre
classes.
Para entender mais sobre o assunto, leia os capítulos 11 e 12 de Marconi e Lakatos (2019):
Seguem os links dos capítulos 11 e 12 do livro de LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de
Andrade. Sociologia Geral. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597019971/cfi/6/42!/4@0:0
6
THORPE, Christopher. O livro da Sociologia. 2 ed., São Paulo: Globo Livros, 2016.
55
FÓRUM DA UNIDADE 3
Na unidade 3 aprendemos sobre conceitos de instituições, movimentos, mobilidade e
mudanças sociais: Instituições sociais consistem numa estrutura relativamente permanente
de padrões, papéis e relações que os indivíduos realizam segundo determinadas formas
sancionadas e unificadas, com o objetivo de satisfazer às necessidades sociais básicas. As
características das instituições são: têm finalidade e conteúdo relativamente permanentes, são
estruturadas, possuem estrutura unificada e valores. Além disso, devem ter função (a meta ou
o propósito do grupo, cujo objetivo seria regular suas necessidades) e estrutura composta de
pessoal (elementos humanos), equipamentos (aparelhamento material ou imaterial),
organização (disposição de pessoal e do equipamento, observando-se uma hierarquia –
autoridade e subordinação), comportamento (normas que regulam a conduta e as atitudes dos
indivíduos). Já os movimentos sociais são ações ou agitações concentradas, com algum grau
de continuidade, de um grupo que, plena ou vagamente organizado, está unido por aspirações
mais ou menos concretas, segue um plano traçado e se orienta para uma mudança das formas
ou instituições da sociedade existente (ou um contra-ataque em defesa dessas instituições).
Por mobilidade social entende-se toda passagem de um indivíduo ou de um grupo de uma
posição social para a outra, dentro de uma constelação de grupos e de estratos sociais. Por
mobilidade cultural entende-se um deslocamento similar de significados, normas, valores e
veículos. Na sociedade Brasileira, altamente estratificada, qual seria a probabilidade e a
frequência da mobilidade social? Mudança social por sua vez é toda transformação,
observável no tempo, que afeta, de maneira não provisória ou efêmera, a estrutura ou o
funcionamento da organização social de dada coletividade e modifica o curso de sua história.
É a mudança de estrutura resultante da ação histórica de certos fatores ou de certos grupos no
seio de dada coletividade.
ATIVIDADE PROPOSTA:
Para aplicar o conhecimento desenvolvido a partir do estudo dos conteúdos da Unidade 3, você
realizará a seguinte atividade:
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Estudo de 2 casos de mobilidade social.
Instruções
1. Leia sobre a mobilidade social no Schaefer (2016) e no Lakatos e Marconi
(2019). Veja os links aos capítulos no conteúdo programático do material
didático.
a) https://g1.globo.com/politica/noticia/familias-pobres-brasileiras-levariam-
9-geracoes-para-alcancar-renda-media-diz-ocde.ghtml
b) https://www.bbc.com/portuguese/internacional-58658334
c) https://g1.globo.com/mg/grande-minas/noticia/2021/09/03/segurando-
enxada-formanda-em-medicina-homenageia-pais-agricultores-em-
colacao-de-grau-gratidao-enorme-no-coracao.ghtml
OBJETIVOS
1. Entender o conceito de problemas sociais, sua tipologia e possíveis soluções.
2. Compreender 4 temas macrossociais que afetam a maioria da sociedade brasileira: saúde
mental, meio ambiente, pobreza e envelhecimento;
3. Analisar os desafios e possíveis soluções para os problemáticos que se apresentam em cada
temática supracitada.
4. Refletir sobre responsabilidade social pessoal no enfrentamento desses diferentes desafios.
FORMAÇÃO TEÓRICA
A velocidade das mudanças que estamos presenciando no início do século XXI destaca a importância
da ação presente na construção da sociedade e do seu futuro. Nesse processo de profundas
transformações geopolíticas, científicas, técnicas, culturais e ideológicas, e várias experiencias de
degradações sociais, exige-se que as ciências sociais, particularmente a Sociologia, reconsiderem
suas responsabilidades e estatutos teórico-metodológicos. O fracasso do pensamento único, o
surgimento da complexidade e o chamado “fim das ideologias”, produziram um hibridismo teórico e
uma proliferação de abordagens que levam a questionar as fronteiras e a própria definição das ciências
sociais. A interdependência global, as crises socioeconômicas e culturais e um futuro incerto,
precisam da análise e soluções oferecidas por uma Sociologia científica que abandone o
academicismo e se comprometa com o ser e não no ter, com a sustentabilidade, a responsabilidade
social, e tantos outros temas de importância global. Com base nessas colocações, propõe-se a análise
de quatro temas essenciais para uma Sociologia mais comprometida com a maioria da população
brasileira: saúde mental, meio ambiente, pobreza e envelhecimento (LAKATOS, MARCONI, 2019).
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Para apoiá-lo (a) a alcançar os objetivos dessa unidade, segue no quadro de conteúdo as leituras
obrigatórias. O estudo cuidadoso dos textos indicados lhe dará um fundamento indispensável para o
estudo das demais unidades e para realizar as atividades, avaliações e trabalho final dessa disciplina.
Quadro De Conteúdo:
Para entender mais sobre o assunto, leia o capítulo 14 de Marconi e Lakatos (2019):
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Capítulo 14 Degradação e Problemas sociais
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597019971/cfi/6/48!/4@0:0
Degradação social
o Degradação em instituições
Família
Educação
Economia
Política
Problemas sociais
o Conceito de problemas sociais
o Como se determinam os problemas sociais
o Características de problemas sociais
o Questão social
o Tipos de problemas sociais
o Problemas sociais no Brasil
o Soluções
o Desvio social
o Criminologia
o Abuso do álcool e alcoolismo
o Consumo de drogas
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2. Temas macrossociais
Para entender mais sobre o assunto, leia o capítulo 20 de Marconi e Lakatos (2019):
Nesse capítulo encontrara as seguintes informações:
Imagem: https://bahiaeconomica.com.br/wp/2019/11/06/bahia-tem-o-maior-numero-de-pessoas-na-extrema-pobreza-do-brasil/
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FÓRUM UNIDADE 4
Na unidade 4 aprendemos sobre alguns problemas sociais que desafiam o Brasil no presente e que
terão impacto nas futuras gerações. Em temos de IDH, O Brasil caiu cinco posições no ranking de
Índice de Desenvolvimento Humano em 2019, quando comparado ao ano anterior, ainda que seu
desempenho tenha tido uma leve melhora. Considerando os 189 países analisados, os brasileiros
aparecem agora na posição 84, em vez da 79 - que ocupavam em 2018 após perder uma posição no
ranking. Isso apesar de o índice ter subido de 0,762 para 0,765.
ATIVIDADE PROPOSTA:
Para aplicar o conhecimento desenvolvido a partir do estudo dos conteúdos da Unidade 4, você
realizará a seguinte atividade:
Instruções
1. Leiam o capítulo 14 de LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de
Andrade. Sociologia Geral. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
2. Leia os textos motivadores abaixo:
i. Brasil perde cinco posições no ranking mundial de IDH, apesar de uma leve
melhora do índice
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/12/15/brasil-perde-cinco-posicoes-
no-ranking-mundial-de-idh.ghtml
ii. Brasil tem 2ª maior concentração de renda do mundo, diz relatório da ONU
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/12/09/brasil-tem-segunda-maior-
concentracao-de-renda-do-mundo-diz-relatorio-da-onu.ghtml
3. Sintetizando as leituras feitas, escolha um dos problemas sociais no Brasil
apresentados pelos autores no capítulo 14.2.6, brevemente discuta esse
62
problema e apresente uma solução acionável e praticável
contextualizando-a dentro da comunidade local em que vive.
4. A solução proposta deve pautar no axioma de Bentham de “produzir o
máximo de felicidade para o maior número possível de pessoas” numa
dada sociedad ou local.
5. Posta sua discussão no Fórum da Unidade 4.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bibliografia Básica:
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Mariana de Andrade. Sociologia Geral. São Paulo: Atlas,
2019. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597019971/
RAMOS, Caldeira, F. Manual de filosofia política: para os cursos de teoria do Estado e ciência
política, filosofia e ciências sociais. São Paulo: Editora Saraiva, 2018. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553600878/
SCHAEFER, T., R. Fundamentos de Sociologia. Porto Alegre: AMGH, 2016. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580555714/
Bibliografia Complementar:
DIAS, Reinaldo. Ciência Política. São Paulo: Atlas, 2013. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522476725/
GIL, Antônio Reinaldo. Sociologia Geral. São Paulo: Atlas, 2019. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522489930/
JAIME, Pedro. Sociologia das organizações: conceitos, relatos e casos. São Paulo, SP: Cengage,
2017. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522127733/
JOHNSON, Allan G. Dicionário de sociologia, guia prático da linguagem sociológica. Oxford:
Blackwell Publishers. 1997. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788537804551/cfi/6/70!/4/2/4@0:0
JUBILUT, L. L. Direitos humanos e meio ambiente: minorias ambientais. São Paulo: Editora
Manole, 2017. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520455753/
MARCONI, M. A. Antropologia: uma introdução. São Paulo: Atlas, 2013. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522478415/
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