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OPERAÇÃO LEGALIDADE
OPERAÇÃO LEGALIDADE
O Movimento Juntos Somos Mais Fortes, composto pelo Sindicato dos Policiais
Civis do Estado da Bahia (SINDPOC); pela Associação dos Investigadores de
Polícia Civil do Estado da Bahia (ASSIPOC); pelo Sindicato dos Peritos em
Papiloscopia do Estado da Bahia (SINDPEP); pela Associação do Movimento
Unificado dos Policiais Civis da Bahia (UNIPOL); e pelo Sindicato dos Escrivães
de Polícia do Estado da Bahia (AEPEB), visa buscar diante do governo do Estado a
regulamentação da Lei Orgânica da Polícia Civil, a estruturação de plano de
cargos e salários e a adequação remuneratória da categoria.
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SUMÁRIO
2. A PCBA, SEUS CARGOS E SUAS ATRIBUIÇÕES...............................05
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III - zelar pela guarda de papéis, documentos, procedimentos, armas e munições sob sua
responsabilidade e de objetos e instrumentos apreendidos vinculados aos procedimentos
policiais referidos no inciso I;
VII - Efetuar prisões e busca pessoal, para fins de apuração de infração penal;
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XX - Preparar cadáveres para necropsia sob orientação do legista, bem como auxiliá-lo
nos exames externos;
“Araques” (De mentira, falso) é o crime de Usurpação de Função Pública Ainda convivemos
com algumas pessoas que, com a determinação das Autoridades Policiais em algumas
localidades, exercem atribuições de Policiais Civis, sem que componha os quadros da
PCBA. Esta situação além de desrespeitar a categoria, ainda se caracteriza crime de
usurpação de função pública, o que pode ser acompanhado de outros possíveis crimes, a
exemplo, do porte ilegal de arma de fogo.
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CÓDIGO PENAL
Usurpação da função pública é crime de ação pública incondicionada. Portanto, a
usurpação da função pública ocorre quando alguém exerce ou pratica ato de uma função
que não lhe é devida, praticando uma função alheia ou algum ato ou vontade
correspondente.
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa. Parágrafo único - Se do fato o
agente aufere vantagem:
Art. 6o É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os
casos previstos em legislação própria e para:
Apesar de este ser um tipo penal previsto inicialmente para pessoas que não são
servidores e exercem as funções destes, a jurisprudência pátria tem ampliado este
entendimento para caracterizar a usurpação também no desvio de função
Art. 7º - As diárias serão concedidas, dentro dos limites dos créditos orçamentários
próprios, mediante autorização do Vice-Governador, dos Secretários de Estado, do
Procurador Geral do Estado, do Chefe da Casa Militar ou do dirigente máximo do órgão ou
entidade em que o servidor público ou o agente político tenha exercício, ou a quem for
delegada essa competência.
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Art. 90 - O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinquenta por
cento) em relação à hora normal de trabalho, salvo em situações especiais definidas em
regulamento.
Art. 4º "São estendidos aos servidores policiais militares os adicionais por serviço
extraordinário e noturno, incidentes sobre o soldo atribuído ao posto ou graduação, nos
mesmos termos e condições previstos nos artigos 90 e 91, da Lei nº 6.677, de 26 de
setembro de 1994, cabendo ao Poder Executivo estabelecer os critérios para a sua
concessão.»
Art. 90 - O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinqüenta por
cento) em relação à hora normal de trabalho, salvo em situações especiais definidas em
regulamento.
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Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
Art. 147 - À Polícia Civil, dirigida por Delegado de carreira, incumbem, ressalvada a
competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações
penais, exceto as militares.
6. DESVIO DE FUNÇÃO
A Constituição Federal no seu art. 37, II determina que a forma de provimento em cargo
ou emprego público deverá ser através de concurso de provas ou provas e títulos. Em
função disto, é vedado o exercício de outras funções que não sejam as estritamente
previstas para o cargo no qual o servidor foi provido por concurso, em função do
princípio da legalidade.
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8. DAS DILIGÊNCIAS
Ao despachar registros de ocorrência e inquéritos policiais, o Delegado de Polícia
deverá relacionar todas as diligências que entender necessárias. Nenhuma diligência ou
ato de Polícia Judiciária que dependa da iniciativa do DELEGADO, a quem compete dar
condução aos trabalhos, deverá ser realizada sem ter sido expressamente determinada
através do devido despacho (digitado, impresso e assinado), anexado aos autos do
procedimento atrelado.
9. INTIMAÇÃO
É um tipo de comunicação que se caracteriza como ato persecutório do cargo de
Delegado. Através de tal documento se comunica uma pessoa ligada aos acontecimentos do
procedimento, devendo a pessoa intimada comparecer ao local indicado na intimação no
dia e hora ali descritos, o policial tem sempre que prestar a atenção, pois, no recente
julgamento das ADPF´s 395 e 444, o STF entendeu pela inconstitucionalidade da
utilização da condução coercitiva de réu/investigado para fins de interrogatório
policial/judicial), podendo responder pelo CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE). A intimação
só poderá ser entregue devidamente assinada pelo Delegado de Polícia.
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Salienta-se que não há previsão legal na Lei nº 11.370/2009 – Lei Orgânica da Policia
Civil da Bahia, a realização de TRANSPORTE, CUSTÓDIA e ESCOLTA DE PRESOS decorrentes de
prisões cautelares ou definitivas, atendendo aos princípios da Administração Pública,
em especial o da LEGALIDADE, vez que tal atribuição é de competência da Policia Militar,
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nos termos do art. 144 § 5º da CF, art. 148 da CE e então Lei nº 9.848/2005, que
reorganiza a Policia Militar (atual Lei. 13.201/2014 – Lei Orgânica da Policia Militar)
pelo seu Batalhão de Guarda, consoante o disposto no art. 42, §1º, inciso II, alínea d,
da referida Lei Orgânica da Polícia Militar.
Por fim, essa matéria já foi objeto de aprofundada análise nos Processos nºs
1200100044318 e PGE 2011238564-0, conforme PARECER PGE|BA de nº 002560/2015.
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III - Não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima ou ser reincidente em
infrações médias durante os últimos doze meses;
IV - Ser aprovado em curso especializado e em curso de treinamento de prática veicular
em situação de risco, nos termos da normatização do CONTRAN.
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III - não ter cometido mais de uma infração gravíssima nos últimos 12 (doze)
meses;
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13.4 – DA FOTOGRAFIA
Por força das normas que versam sobre a Cadeia de Custódia no CCP na cumulação dos
seguintes artigos:
Art, 158 E- §4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações
deverão ser registradas, consignando-se a identificação do responsável pela tramitação,
a destinação, a data e horário da ação.
O Perito Técnico ao realizar as fotografias deverá identifica-las com sua autoria nos
seus Laudos e demais Laudos a quem servirem a realização de fotografias;
O Escrivão de Polícia deve proceder com as ouvidas, flagrantes ou não, somente com
a presença do Delegado de Polícia. A Lei de Abuso de Autoridade exige que o Escrivão e o
Delegado de Polícia se identifiquem ao preso e ao seu advogado, indagação esta que o
Juiz, Ministério Público e advogados de defesa irão fazer ao preso em audiências de
custódia ou em instrução penal. Apenas nos casos de flagrante delito é permitido o
interrogatório do preso no horário das 21:00h às 05:00 horas.
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Ocorre que a remoção vem sendo utilizada por algumas chefias como forma de punição
àqueles Policiais Civis que não aceitarem sua “forma de trabalho”.
São comuns os casos de perseguição a Policiais Civis com remoções sem qualquer
motivação ou até permuta entre dois policiais.
A remoção precisa de uma motivação no interesse público, de forma que não havendo
motivação do ato, ele poderá ser anulado pelo Poder Judiciário.
A permuta entre Policiais só pode ser feita a PEDIDO dos dois policiais. A
modificação da lotação de um policial para uma outra DELEGACIA TERRITORIAL para
substituição é ilegal, pois não se caracteriza REMOÇÃO e sim permuta ilegal.
Conforme art. 74, III da Lei Estadual 11.370/09 (LOPC), a permuta só pode ser
feita a pedido. O Judiciário também tem anulado tais remoções ilegais.
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III - Por permuta entre ocupantes do mesmo cargo, com anuência de ambos
interessados, observados os interesses da Polícia Civil, por meio da prévia
manifestação das respectivas chefias imediatas e decisão do Delegado-Geral da Polícia
Civil.
I - Assiduidade;
II - Disciplina;
IV - Produtividade;
V - Responsabilidade.
Este manual foi elaborado com base no Código de Processo Penal, nas legislações
estaduais e nas normas editadas pela própria PCBA.
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Sendo o mesmo destino - a destruição dada aos petrechos para acondicionamento e consumo
de drogas, tais como objetos nos quais são ocultadas as drogas para carga que restem
contaminados pela substância, além de cachimbos e outros utilitários que são aplicados
na preparação para consumo.
Vale salientar que a resolução no 291/19, artigo 13, XI do CNJ, que impede o recebimento
de armas em fóruns; O Ato Normativo Conjunto nº11 de 10 de junho de 2020, oriundo da
presidência do tribunal de justiça da Bahia, que disciplina o procedimento de guarda e
custódia de armas de fogo, artefatos explosivos e acessórios, apreendidos e vinculados
a processos judiciais e administrativos de competência do poder judiciário do estado da
Bahia; Que no artigo 1º do ato normativo conjunto, supracitado, o qual veda o
acautelamento de armas, munições ou quaisquer outros artefatos apreendidos ainda que
simulacro, vinculados a procedimentos judiciais ou administrativo, nas dependências do
poder judiciário do estado da Bahia; Considerando que os cartórios das delegacias de
polícia da capital, RMS e do interior não são locais apropriados para a custódia de
drogas, armas de fogo, acessórios, munições e instrumentos de crime, em face do risco
que representam, sejam em razão do seu potencial ofensivo ou do interesse que desperta
para a prática delituosa, bem como a saúde dos servidores que ali laboram.
Considerando a recente alteração promovida pela Lei 13.964/19, que inseriu o artigo
158-E ao Código de Processo Penal, «que todos os Institutos de Criminalística deverão
ter uma central de custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão
deve ser vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza criminal.
(Incluído pela Lei n o 13.964)
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VIII - guardar sigilo sobre assuntos de natureza confidencial a que esteja obrigado em
razão do cargo;
Parágrafo único - A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via
hierárquica e obrigatoriamente apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual
é formulada, assegurando-se ao representado o direito de defesa.
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VII - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o
desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou da de seu subordinado;
IX - Manter, sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro ou parente até segundo grau
civil;
XVIII - cometer a outro servidor atribuições estranhas às do cargo que ocupa, exceto em
situações de emergência e transitórias;
XIX - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com as atribuições do cargo
ou função e com o horário de trabalho.
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DENUNCIE
Nesta Operação Legalidade o MOVIMENTO JUNTOS SOMOS MAIS 8:30
• Assédio moral;
O Policial Civil deverá apresentar um resumo dos fatos e listar as provas documentais e
testemunhais que presenciarem os fatos para que os coordenadores do MJSM+F redija e
protocole a representação no Gabinete da Delegada Geral na Corregedoria ou no
Ministério Público Estadual - MPE, a depender da situação.
CONTATOS: 71 3016-5451
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
É com muita satisfação que elaboramos esse manual baseado no elaborado pelo SINPOL-PE,
onde pudemos versar sobre aquilo que é direito e o que é dever do servidor Policial
Civil, bem como alertar ao cidadão o que pode ou não ser exigido do Escrivão,
Investigador e Perito Técnico, alertando para as condições das quais a categoria é
submetida.
Procuramos fazer um trabalho extenso para que não restassem brechas que pudessem ser
utilizadas para forçar o servidor a realizar o que não está previsto nas normas e, por
conseguinte, o que não é sua obrigação funcional, pois tal obrigação compete à um
servidor de outro cargo.
Nossa proposta é, não só tornarmos o material uma referência ao Policial Civil baiano,
como também desejamos ensejar o debate em todas as unidades da Federação, discutindo
prerrogativas, fomentando a discussão acerca do papel da Polícia Judiciária no país,
delimitando a atuação de cada cargo.
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