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CARTILHA

OPERAÇÃO LEGALIDADE
OPERAÇÃO LEGALIDADE

1. A que se propõe o MOVIMENTO JUNTOS SOMOS MAIS FORTES e Cartilha


“OPERAÇÃO LEGALIDADE da Polícia Civil”

Caros colegas Policiais Civis,

O Movimento Juntos Somos Mais Fortes, composto pelo Sindicato dos Policiais
Civis do Estado da Bahia (SINDPOC); pela Associação dos Investigadores de
Polícia Civil do Estado da Bahia (ASSIPOC); pelo Sindicato dos Peritos em
Papiloscopia do Estado da Bahia (SINDPEP); pela Associação do Movimento
Unificado dos Policiais Civis da Bahia (UNIPOL); e pelo Sindicato dos Escrivães
de Polícia do Estado da Bahia (AEPEB), visa buscar diante do governo do Estado a
regulamentação da Lei Orgânica da Polícia Civil, a estruturação de plano de
cargos e salários e a adequação remuneratória da categoria.

O presidente do SINDPOC, Eustácio Lopes, expõe que a remuneração da


categoria precisa ser atualizada, efetivando a Lei Orgânica da Polícia Civil do
Estado da Bahia, no seu artigo 46 §1º da Lei nº 11.370 que garante aos servidores
o denominado «SALÁRIO DE NÍVEL SUPERIOR», o que não está sendo cumprido apesar
das exigências dos trabalhadores.

Diante dessa situação as entidades representativas elaboraram em


conjunto uma CARTILHA nos mesmos moldes do SINPOL PE denominada “OPERAÇÃO
LEGALIDADE DA POLICIA CIVIL” que tem como objetivo despertar à consciência aos
amigos Policiais Civis sobre a necessidade de participação de toda a categoria
no combate aos abusos praticados pelo Estado contra seus servidores, os quais
são os que transformam em realidade as responsabilidades do poder público,
estabelecidas pelas diversas legislações e mostrar que somente com o pleno
exercício da cidadania é que iremos conquistar a valorização e o reconhecimento
que nos são sonegados há anos (tais como salários condizentes com nosso papel
social e condizentes com nossas atribuições), dignidade funcional e estrutura
de trabalho.

O Policial Civil é funcionário da sociedade e é a esta que deve servir.


Hoje ele é, como todos, refém das injustiças e dos desmandos que os governantes
cometem contra toda a população, sendo mais uma vítima de tais práticas
socialmente nocivas e que só concorrem para uma não tão eficiente prestação do
serviço investigativo.

Para construirmos uma Polícia Civil de referência, com o intuito de trazer


um maior percentual de solução de crimes, a níveis dos países desenvolvidos, o
que teria por consequência um maior receio dos criminosos em cometerem delitos,
acarretando um maior bem estar social. Para isso é necessário primeiro, mostrar
as razões da crise na segurança pública no Brasil e apontar para a necessária
estruturação da Polícia Judiciária na Bahia, no entanto, tal excelência não virá
sem a valorização da peça fundamental desse processo: o elemento humano.

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Sem Polícia Civil valorizada não há


investigação nem combate à violência.

MANUAL DA OPERAÇÃO LEGALIDADE


EDIÇÃO - 2022

MOVIMENTO JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!

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SUMÁRIO
2. A PCBA, SEUS CARGOS E SUAS ATRIBUIÇÕES...............................05

3. DO PAGAMENTO ANTECIPADO DAS DIÁRIAS...................................................... 09


3.1 DO ADICIONAL POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO ............................10
3.2 DO ADICIONAL NOTURNO................................................10
4. ESCRIVÃO AD HOC (CALÇA CURTA) EM CARATER PERMANENTE .................11
5. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS DA PCBA ..................................11
6. DESVIO DE FUNÇÃO.....................................................11

7. PROCEDIMENTOS POLICIAIS (NATUREZA CRIMINAL)........................................12


7.1 - RECEBIMENTO DAS OCORRÊNCIAS.......................................12
8. DAS DILIGÊNCIAS......................................................12
9. INTIMAÇÃO............................................................12

10. ORDEM DE SERVIÇO....................................................................................................12


10.1. A ORDEM DE MISSÃO.................................................12
11. TRANSPORTE, CUSTÓDIA E CONDUÇÃO/ESCOLTA DE PRESOS ................. 13
12. CONDUÇÃO DE VIATURAS ...............................................14

13. PERITOS TÉCNICOS.....................................................................................................15


13.1 – DO ATUAR SUBORDINADO E EXECUTAR TAREFAS DE APOIO ............... 16
13.2 – DA ATUAÇÃO PAPILOSCÓPICA ........................................16
13.3 – DA DIREÇÃO DE VIATURA EM MISSÃO POLICIAL ........................16
13.4 – DA FOTOGRAFIA ...................................................17
14. LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE .........................................17
15. ASSÉDIO MORAL ......................................................17
16. REMOÇÃO E PERMUTA (INDEVIDA) .......................................18
17. DO ESTÁGIO PROBATÓRIO – LEI 6677/1994 ..............................19
18. CUMPRIMENTO DA CARTILHA OPERAÇÃO LEGALIDADE ........................19
19. DA CENTRAL DE CUSTÓDIA - DPT........................................20
ANEXO 1 DEVERES E PROIBIÇÕES …..........................................21
DENUNCIE ...............................................................23
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................24

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2. A POLICIA CIVIL DA BAHIA, SEUS CARGOS E SUAS ATRIBUIÇÕES


2. Delegado de Polícia Civil;
3. Escrivão de Polícia Civil;
4. Investigador de Polícia Civil;
5. Perito Técnico de Policia Civil;
6. Perito Criminal de Policia Civil;
7. Perito Médico Legista de Policia Civil;
8. Perito Odonto-legal de Policia Civil

Art. 50 - São atribuições privativas do cargo de Delegado de Polícia Civil:


I - Instaurar e presidir inquéritos policiais, formalizar o termo circunstanciado de
ocorrência e outros procedimentos legais, instrumentos e atos oficiais, no âmbito de sua
competência;
II - Exercer as atribuições previstas na legislação processual penal da competência da
autoridade policial;

V - No curso de procedimentos, compete-lhe:

a) expedir ordens de serviço, intimações e requisitar condução coercitiva, em caso de


descumprimento injustificado;
b) comparecer ao local de crime e requisitar a realização de exames periciais
necessários para o esclarecimento do fato;
VII - Assegurar, no âmbito de sua competência, a unidade da investigação policial, bem
como a eficácia dos princípios institucionais da Polícia Civil;
Art. 51 - São atribuições privativas do cargo de Escrivão de Polícia Civil:
I - Lavrar os atos de inquéritos policiais, termos circunstanciados de ocorrência e
outros procedimentos legais, contribuindo na gestão de dados, informações e
conhecimentos;
II - Expedir, mediante requerimento de interessado e despacho da autoridade policial,
de certidões e translados;
III - zelar pela guarda de papéis, documentos, procedimentos, armas e munições sob sua
responsabilidade e de objetos e instrumentos apreendidos vinculados aos procedimentos
policiais referidos no inciso I;
IV - Ter a guarda e responsabilidade, mantendo atualizada a escrituração em livros e/ou
banco de dados;
V - Emitir guia de recolhimento, quando legalmente autorizado e determinado por
autoridade policial; VI - preencher planilhas de controle de inquéritos, processos e
boletins;
VII - Acompanhar a autoridade policial, quando necessário ao exercício funcional;
VIII - Prestar assessoramento especializado e superior no âmbito da estrutura da
Polícia Civil do Estado da Bahia;
IX - Expedir guias para exames periciais;
X - Escrever, subscrever e lavrar atos e termos e demais peças de procedimentos penais
ou administrativos.
Parágrafo único - O cargo de Coordenador de Cartório é privativo do Escrivão de Polícia
Civil da ativa, preferencialmente, Classe Especial ou Classe I.

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Art. 51 - São atribuições privativas do cargo de Escrivão de Polícia Civil:

I - Lavrar os atos de inquéritos policiais, termos circunstanciados de ocorrência e


outros procedimentos legais, contribuindo na gestão de dados, informações e
conhecimentos;

II - Expedir, mediante requerimento de interessado e despacho da autoridade policial,


de certidões e translados;

III - zelar pela guarda de papéis, documentos, procedimentos, armas e munições sob sua
responsabilidade e de objetos e instrumentos apreendidos vinculados aos procedimentos
policiais referidos no inciso I;

IV - Ter a guarda e responsabilidade, mantendo atualizada a escrituração em livros e/ou


banco de dados;

V - Emitir guia de recolhimento, quando legalmente autorizado e determinado por


autoridade policial; VI - preencher planilhas de controle de inquéritos, processos e
boletins;

VII - Acompanhar a autoridade policial, quando necessário ao exercício funcional;

VIII - Prestar assessoramento especializado e superior no âmbito da estrutura da


Polícia Civil do Estado da Bahia;

IX - Expedir guias para exames periciais;

X - Escrever, subscrever e lavrar atos e termos e demais peças de procedimentos penais


ou administrativos.

Parágrafo único - O cargo de Coordenador de Cartório é privativo do Escrivão de Polícia


Civil da ativa, preferencialmente, Classe Especial ou Classe I.

Art. 52 - São atribuições privativas do cargo de Investigador de Polícia Civil:

I - Proceder à investigação criminal e ao exercício de Polícia Judiciária, exceto


quando relacionadas à matéria sob jurisdição militar;

II - Participar do planejamento, coordenação, supervisão e fiscalização das atividades


operacionais e administrativas do setor sob sua direção;

III - Participar de levantamento de local de crime e interagir na execução de atividade


investigativa;

IV - Zelar pela incolumidade de preso;

V - Cumprir diligências, mandados e outras determinações de autoridades policiais e/ou


judiciárias competentes, sendo responsável pela produção de dados, informações e
conhecimentos;

VI - Participar de estudos, projetos e pesquisas de natureza técnica ou especializada


sobre ciências criminais, inteligência policial e estatísticas de crimes;

VII - Efetuar prisões e busca pessoal, para fins de apuração de infração penal;

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VIII - Participar de programas e operações de prevenção, repressão, controle da


criminalidade, reconstituição e de ações de inteligência policial;

IX - Executar tarefas de fiscalização de estabelecimentos de hospedagem, diversões


públicas, teatros, cinemas, esportes e produtos controlados pela Polícia Civil, sendo-
lhe assegurado o livre acesso aos locais fiscalizados;

X - Adotar providências sobre qualquer ocorrência policial de que tiver conhecimento,


dando ciência imediata à autoridade competente;

XI - Elaborar os relatórios de investigação criminal, conforme expedição de ordem de


serviço;

XII - Executar as ações necessárias para segurança das investigações;

XIII - Executar em trabalho de equipe operações de resgate de reféns;

XIV - Exercer assessoramento especializado e superior no âmbito da estrutura da Polícia


Civil do Estado da Bahia;

XV - Participar de estudos e pesquisas de natureza técnico-científica ou especializada


sobre administração policial; XVI - alimentar e pesquisar, nos arquivos físicos e
eletrônicos, dados sobre a identificação de pessoas;

XVII - Dirigir viatura em missão de natureza policial;

XVIII - Coordenar e supervisionar a investigação criminal e a atividade de polícia


judiciária, exceto quando relacionada a matéria sob jurisdição militar, e desde que no
exercício da função de coordenação do setor de investigação.

Parágrafo único - Os cargos de Coordenador de Plantão, Setor de Investigação, Setor de


Analise são privativos dos Investigadores de Policia Civil da ativa, preferencialmente
classe Especial ou classe I.

Art. 53 - São atribuições privativas do cargo de Perito Técnico de Polícia Civil:

I - Atuar, subordinado ao Perito Criminal, ao Perito Médico Legista e/ou ao Perito


Odonto-Legal, na execução de exames e perícias;

II - Executar tarefas de apoio à realização de perícias de infração penal e de


laboratório;

III - Exercer as atividades na área de papiloscopia;

IV - Realizar a preparação de equipamentos, peças e reagentes necessários execução dos


trabalhos periciais;

V - Confeccionar pareceres, informações técnicas, croquis, levantamentos topográficos e


outros expedientes administrativos vinculados às atividades de papiloscopia, quando
determinado pela autoridade competente;

VI - Executar o levantamento e a revelação de impressões papilares (digitais, palmares


e plantares) em local de crime e buscar outros vestígios para realização de exames
periciais;

VII - Elaborar pareceres relativos aos confrontos papiloscópicos, mediante coleta de


impressões papilares, para fins de identificação civil e criminal, abrangendo a
identificação neonatal e cadavérica;

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VIII - Colher, classificar e arquivar impressões papilares para fins de identificação;

IX - Executar trabalhos fotográficos ou serviços de identificação civil e criminal e


retrato falado;

X - Realizar confronto, classificação, arquivamento de impressões papilares, em seus


respectivos arquivos ou banco de dados;

XI - Alimentar e pesquisar nos arquivos físicos e eletrônicos, dados sobre a


identificação de pessoas suspeitas, indiciadas, denunciadas ou condenadas;

XII - Realizar, na área papiloscópica, preparação, composição, modelagem, seleção,


classificação de impressões em instrumentos encontrados em local de crime;

XIII - Realizar a identificação civil e criminal na área da papiloscopia;

XIV - Vistoriar veículos envolvidos em acidentes com vítimas, para constatação de


condições técnicas, determinação de danos e elaboração do respectivo laudo;

XV - Elaborar relatórios e levantamentos estatísticos na área da papiloscopia;

XVI - exercer Assessoramento especializado na área da papiloscopia no âmbito da


estrutura do Departamento de Polícia Técnica e da Secretaria da Segurança Pública;

XVII - Realizar pesquisa papiloscópicas individuais quando convocados para fiscalização


de concursos públicos;

XVIII - Vistoriar, examinar e fornecer parecer técnico em veículos automotores;

XIX - Executar trabalhos fotográficos em locais de infração penal e laboratórios


necessários aos exames e ilustração de laudos periciais;

XX - Preparar cadáveres para necropsia sob orientação do legista, bem como auxiliá-lo
nos exames externos;

XXI - Executar tarefas de moldagem de marcas e de impressões em locais de infração


penal;

XXII - Dirigir viatura do Departamento de Polícia Técnica em missão de natureza


policial.

“Araques” (De mentira, falso) é o crime de Usurpação de Função Pública Ainda convivemos
com algumas pessoas que, com a determinação das Autoridades Policiais em algumas
localidades, exercem atribuições de Policiais Civis, sem que componha os quadros da
PCBA. Esta situação além de desrespeitar a categoria, ainda se caracteriza crime de
usurpação de função pública, o que pode ser acompanhado de outros possíveis crimes, a
exemplo, do porte ilegal de arma de fogo.

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CÓDIGO PENAL
Usurpação da função pública é crime de ação pública incondicionada. Portanto, a
usurpação da função pública ocorre quando alguém exerce ou pratica ato de uma função
que não lhe é devida, praticando uma função alheia ou algum ato ou vontade
correspondente.

Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública:

Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa. Parágrafo único - Se do fato o
agente aufere vantagem:

Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.

LEI No 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003. - PORTE ILEGA DE ARMA DE FOGO

Art. 6o É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os
casos previstos em legislação própria e para:

II - os integrantes de órgãos referidos, nos incisos I, II, III, IV e V do caput do art.


144 da Constituição Federal e os da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP);

Apesar de este ser um tipo penal previsto inicialmente para pessoas que não são
servidores e exercem as funções destes, a jurisprudência pátria tem ampliado este
entendimento para caracterizar a usurpação também no desvio de função

3. DO PAGAMENTO ANTECIPADO DAS DIÁRIAS


As diárias, disciplinadas nos arts. 68 a 71 da lei 6677/94 (Estatuto do Servidor
Público), consistem em contraprestação ao servidor público que se desloca de sua sede,
eventualmente e por motivo de serviço. Trata-se, assim, de verba de natureza
indenizatória.

LEI nº 6.677/94 – ESTATUTO DO SERVIDOR PÚBLICO


Art. 68 - Ao servidor que se deslocar da sede em caráter eventual ou transitório, no
interesse do serviço, serão concedidas, além de transporte, diárias para atender às
despesas de alimentação e hospedagem.

DECRETO Nº 13.169 DE 12 DE AGOSTO DE 2011


Dispõe sobre a concessão de diárias no âmbito da Administração Pública direta,
autárquica e fundacional do Poder Executivo Estadual.

Art. 7º - As diárias serão concedidas, dentro dos limites dos créditos orçamentários
próprios, mediante autorização do Vice-Governador, dos Secretários de Estado, do
Procurador Geral do Estado, do Chefe da Casa Militar ou do dirigente máximo do órgão ou
entidade em que o servidor público ou o agente político tenha exercício, ou a quem for
delegada essa competência.

Art. 8º - As despesas relativas às diárias, sempre precedidas de empenho em dotação


própria, serão realizadas em processo especial e pagas antecipadamente, exceto nas
seguintes situações:

I - Em casos excepcionais, devidamente justificados, quando serão processadas no


decorrer do afastamento, efetuando-se o crédito correspondente em conta bancária do
servidor público ou do agente político;

II - Quando o afastamento compreender período superior a 15 (quinze) dias consecutivos,


circunstância em que se antecipará, apenas, o pagamento das diárias correspondentes
aos primeiros 15 (quinze) dias.

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3.1 DO ADICIONAL POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO


Todo o serviço realizado fora do horário ordinário do servidor será considerado
- serviço extraordinário e a ele incidirá acréscimo de 50% (cinquenta por cento) em
relação à hora normal de trabalho.

Art. 90 - O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinquenta por
cento) em relação à hora normal de trabalho, salvo em situações especiais definidas em
regulamento.

Parágrafo único - Somente será permitida a realização de serviço extraordinário para


atender situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas)
horas diárias, podendo ser elevado este limite nas atividades que não comportem
interrupção, consoante se dispuser em regulamento.

Redação do Parágrafo único do art. 90 de acordo com o art. 1º da Lei nº 7.023, de 23 de


janeiro de 1997.

Redação original: "Parágrafo único - Somente será permitido serviço extraordinário


para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitando o limite máximo de 02
(duas) horas diárias, conforme disposto em regulamento.»

O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas)


horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 50%
(cinquenta por cento).

Tratando-se de serviço extraordinário, o acréscimo a que se refere este artigo incidirá


sobre a remuneração prevista no artigo anterior. (ART. 91, parágrafo único)

Art. 4º "São estendidos aos servidores policiais militares os adicionais por serviço
extraordinário e noturno, incidentes sobre o soldo atribuído ao posto ou graduação, nos
mesmos termos e condições previstos nos artigos 90 e 91, da Lei nº 6.677, de 26 de
setembro de 1994, cabendo ao Poder Executivo estabelecer os critérios para a sua
concessão.»

Art. 90 - O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinqüenta por
cento) em relação à hora normal de trabalho, salvo em situações especiais definidas em
regulamento.

Parágrafo único - Somente será permitida a realização de serviço extraordinário para


atender situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas)
horas diárias, podendo ser elevado este limite nas atividades que não comportem
interrupção, consoante se dispuser em regulamento. Redação do Parágrafo único do art.
90 de acordo com o art. 1º da Lei nº 7.023, de 23 de janeiro de 1997.

Redação original: "Parágrafo único - Somente será permitido serviço extraordinário


para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitando o limite máximo de 02
(duas) horas diárias, conforme disposto em regulamento."

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4. ESCRIVÃO AD HOC (CALÇA CURTA) EM CARATER PERMANENTE


A figura do escrivão ad hoc é tratada no Ordenamento Jurídico Pátrio ao teor do artigo
305 do Código de Processo Penal Brasileiro:

Art. 305. Na falta ou impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada pela


autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal.

Vislumbra-se, então, a inconstitucionalidade na laboração desses profissionais,


geralmente cedidos por prefeituras, em atividades privativas de policial de carreira,
seja por violação à exigência de aprovação em concurso público da Carta Magna de 1988,
seja por contrariar a Constituição Estadual da Bahia. Senão vejamos:

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

(...)

II - A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso


público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do
cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;

CONSTITUIÇÃO ESTADUAL DA BAHIA DE 05 OUTUBRO DE 1989

Art. 147 - À Polícia Civil, dirigida por Delegado de carreira, incumbem, ressalvada a
competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações
penais, exceto as militares.

Parágrafo único - O cargo de Delegado, privativo de bacharel em direito, será


estruturado em carreira, dependendo a investidura de concurso de provas e títulos, com
a participação do Ministério Público e da Ordem dos Advogados do Brasil.

Destarte, transformar o “escrivão ad hoc” em “escrivão ad aeternum” não só


infringe a legislação vigente, como fere diversos princípios da Administração Pública
– impessoalidade, moralidade e eficiência – acarretando no desvirtuamento da função
policial.

5. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS DA PCBA


Os procedimentos Operacionais dos Policiais Civis estão previstos em algumas
normas estaduais, dentre estas a Lei Estadual nº. 11.370/2009 (Lei Orgânica da Polícia
Civil do Estado da Bahia – LOPC); Lei Estadual nº. 6677/1994 (Estatuto dos Servidores
Públicos Civis do Estado da Bahia), INSTRUÇÃO NORMATIVA GDG/PCBA Nº 001/2013; que serão
referenciadas ao longo dos temas aborda dos neste manual.

6. DESVIO DE FUNÇÃO
A Constituição Federal no seu art. 37, II determina que a forma de provimento em cargo
ou emprego público deverá ser através de concurso de provas ou provas e títulos. Em
função disto, é vedado o exercício de outras funções que não sejam as estritamente
previstas para o cargo no qual o servidor foi provido por concurso, em função do
princípio da legalidade.

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7. PROCEDIMENTOS POLICIAIS (NATUREZA CRIMINAL)


7.1 - RECEBIMENTO DAS OCORRÊNCIAS

As ocorrências podem chegar até a delegacia de duas formas: ou um cidadão traz a


demanda diretamente à delegacia ou a Polícia Militar traz a ocorrência. Nesta
comunicação, tem-se o primeiro momento no qual a Polícia Judiciária toma conhecimento
de um suposto fato delituoso. No entanto, os procedimentos a serem adotados vão
depender da deliberação do Delegado de Polícia. A Instrução Normativa GDG/PCBA Nº
001/2013 estabelece a Síntese das Atribuições do Delegado de Polícia, determinando que
as diligências a serem realizadas pela Autoridade Policial deverão ser “incontinenti à
ciência da prática de infração penal”. Só o delegado pode receber a ocorrência da PM,
pois a análise jurídica do tipo penal e quais procedimentos deverão ser realizados é ato
privativo da Autoridade Policial. Ou seja, sem o Delegado estar presente, não pode o
Investigador ou Escrivão, INSTAURAR QUALQUER PROCEDIEMNTO POLICIAL nos termos do art.
50,1 da Lei 11.370/09 (LOPC).

8. DAS DILIGÊNCIAS
Ao despachar registros de ocorrência e inquéritos policiais, o Delegado de Polícia
deverá relacionar todas as diligências que entender necessárias. Nenhuma diligência ou
ato de Polícia Judiciária que dependa da iniciativa do DELEGADO, a quem compete dar
condução aos trabalhos, deverá ser realizada sem ter sido expressamente determinada
através do devido despacho (digitado, impresso e assinado), anexado aos autos do
procedimento atrelado.

Art. 52 - São atribuições privativas do cargo de Investigador de Polícia Civil:


X - Adotar providências sobre qualquer ocorrência policial de que tiver conhecimento,
dando ciência imediata à autoridade competente;

9. INTIMAÇÃO
É um tipo de comunicação que se caracteriza como ato persecutório do cargo de
Delegado. Através de tal documento se comunica uma pessoa ligada aos acontecimentos do
procedimento, devendo a pessoa intimada comparecer ao local indicado na intimação no
dia e hora ali descritos, o policial tem sempre que prestar a atenção, pois, no recente
julgamento das ADPF´s 395 e 444, o STF entendeu pela inconstitucionalidade da
utilização da condução coercitiva de réu/investigado para fins de interrogatório
policial/judicial), podendo responder pelo CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE). A intimação
só poderá ser entregue devidamente assinada pelo Delegado de Polícia.

10. ORDEM DE SERVIÇO


As ordens de serviço previstas na alínea a do inciso V do art. 50 da LOPC são
divididas em ORDEM DE MISSÃO – OM e ORDEM DE SERVIÇO ADMINISTRATIVO – OSA.

10.1. A ORDEM DE MISSÃO


10.1.1 – É um documento sigiloso de natureza policial, de uso interno da Polícia
Civil, obrigatório para o cumprimento de missões determinadas pelo DELEGADO DE
POLÍCIA, Art. 50 e executada pelo ESCRIVÃO e INVESTIGADOR DE POLÍCIA, previstas nos
artigos 51 e 52 da LOPC, a fim de:

a) legitimar e disciplinar as ações policiais;


b) facilitar o planejamento e a execução da missão;
c) designar o chefe e os demais integrantes da equipe;
d) estabelecer a data de início e a previsão de término da missão;

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e) informar os dados conhecidos e os necessários ao cumprimento da missão;


f) informar as técnicas, cuidados e detalhes que devem ser observados;
g) especificar os armamentos, as munições e os equipamentos necessários;
h) determinar o vestuário que deverá ser empregado (padronizado ou velado);
i) informar sobre o pagamento de diárias e o custeio de eventuais despesas,
indicando a fonte pagadora e a forma de pagamento, quando for o caso;
j) estabelecer as recomendações e as demais medidas de segurança para a equipe.

10.1.2 – O resultado das investigações realizadas pelo INVESTIGADOR DE POLÍCIA


CIVIL no curso do inquérito policial, conforme o previsto no inciso XI do art. 52 da
LOPC, será trazido aos autos mediante RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL – RIC, sem a
juntada de ORDEM DE MISSÃO ou informações que contenham dados operacionais e
administrativos de exclusivo interesse da Administração Pública.

10.1.3 – Excepcionalmente, se não houver tempo ou condições de expedir a ORDEM DE


MISSÃO antes do início da missão, o policial designado para cumpri-la ou o coordenador
da equipe deverá comunicar o fato ao plantão da unidade, PARA REGISTRO. Se a missão for
sigilosa, a autoridade que a determinou deverá comunicá-la logo que possível ao
Departamento de Inteligência Polícia – DIP.

10.1.4 – O RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL – RIC, tem por objetivo registrar o


resultado da missão e os fatos relevantes para a investigação que haja ocorrido durante
o seu cumprimento, devendo ser elaborado pelo INVESTIGADOR DE POLICIA CIVIL designado
para executá-la ou pelo COORDENADOR DA EQUIPE, o que deverá ser feito logo após o fim da
missão ou em até 02 (dois) dias úteis.

11. TRANSPORTE, CUSTÓDIA E CONDUÇÃO/ESCOLTA DE PRESOS


No transporte de pessoa presa ou apreendida é imprescindível a observância
máxima das regras de segurança, utilizando-se de viatura adequada ao transporte e em
perfeito estado de conservação. Toda e qualquer irregularidade no veículo que ponha em
risco a segurança do Policial Civil ou do conduzido deverá ser comunicada por escrito ao
chefe imediato, ou à autoridade policial. É ILEGAL A CONDUÇÃO DE PESSOAS PRESAS,
DETIDAS OU APREENDIDAS EM VIATURAS SEM “XADREZ”, JÁ QUE PÕE EM RISCO O SERVIDOR. DEVE-SE
TAMBÉM OBSERVAR AS CONDIÇÕES DO “XADREZ”, EVITANDO-SE ASSIM A CONDUÇÃO EM CONDIÇÕES
DESUMANAS (COMO EM CASOS DE SUPERLOTAÇÃO) OU QUE ATENTEM CONTRA AS NORMAS BÁSICAS DE
SEGURANÇA E TRÁFEGO (COMO EM CARROCERIAS DE CAMINHONETES)

A Lei nº 8.653, de 10 de maio de 1993, estabelece em seu artigo 1º a proibição do


transporte de presos em compartimento de tamanho reduzido, com falta de luminosidade ou
ventilação insuficiente.

A Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) nº 626, de 19 de outubro


de 2016, estabeleceu as regras de segurança para veículos de transporte de presos e
outras providências. Dessa forma, a presente resolução traz entre suas considerações a
melhor adequação do veículo para a condução de presos à sua função, ao meio ambiente e
ao trânsito, bem como a necessidade de estabelecer os requisitos de segurança do
veículo. O artigo 2º da Resolução, supracitada apresenta como exceção em seu artigo 2º a
condução provisória e precária, por motivo de força maior, de suspeitos de cometimento
de crime em compartimento de carga de viaturas policiais, ou seja, em caráter
excepcional.

Salienta-se que não há previsão legal na Lei nº 11.370/2009 – Lei Orgânica da Policia
Civil da Bahia, a realização de TRANSPORTE, CUSTÓDIA e ESCOLTA DE PRESOS decorrentes de
prisões cautelares ou definitivas, atendendo aos princípios da Administração Pública,
em especial o da LEGALIDADE, vez que tal atribuição é de competência da Policia Militar,

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OPERAÇÃO LEGALIDADE

nos termos do art. 144 § 5º da CF, art. 148 da CE e então Lei nº 9.848/2005, que
reorganiza a Policia Militar (atual Lei. 13.201/2014 – Lei Orgânica da Policia Militar)
pelo seu Batalhão de Guarda, consoante o disposto no art. 42, §1º, inciso II, alínea d,
da referida Lei Orgânica da Polícia Militar.

Por fim, essa matéria já foi objeto de aprofundada análise nos Processos nºs
1200100044318 e PGE 2011238564-0, conforme PARECER PGE|BA de nº 002560/2015.

LEI ESTADUAL Nº 13.201 DE 09 DE DEZEMBRO DE 2014 -


Art. 42 – As Unidades Operacionais Policiais Militares, subordinadas aos seus
respectivos Comandos, na forma do parágrafo único do art. 16 desta Lei, têm por
finalidade a execução das missões de polícia ostensiva, dentro de suas especialidades, e
terão atuação em todo o Estado da Bahia ou em região definida em regulamentação.

§ 1º As Unidades Operacionais Policiais Militares compreendem:

d) Batalhão de Polícia de Guarda, responsável por planejar, coordenar e executar as


atividades de guarda e preservação da ordem nos estabelecimentos penais do Estado, bem
como da escolta de presos;

12. CONDUÇÃO DE VIATURAS


Este é mais um dos pontos dissonantes e delicados na esfera policial. O servidor,
no afã de prestar o mais breve e eficiente serviço à sociedade, por vezes tenta flexionar
os regramentos da legislação de trânsito vigente, expondo não apenas sua própria vida a
riscos, como também a dos conduzidos e principalmente da população. Todas as viaturas
policiais, caracterizadas ou não, devem observar as exigências do Código de Trânsito
Brasileiro, tanto em relação aos equipamentos obrigatórios, que devem estar em boas
condições de funcionamento (macaco, chave de rodas, triângulo, cinto de segurança,
estepe, etc.), de acordo com a resolução 14/98 – CONTRAN, como em relação às condições
de tráfego, tais como faróis, luz de freio e de direção, conjunto de pneus, suspensão e
freios em bom estado de conservação. As viaturas devem, ainda, ter disponível o
respectivo CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo) do ano em curso,
pois ainda de acordo com o CTB, é documento de porte obrigatório. As viaturas policiais
pertencem ao Estado, ou são por ele locadas, e devem ser utilizadas exclusivamente em
diligências policiais, conforme preconiza o Decreto de nº 9.486/12 de julho de 2005.

Decreto nº 9.486 de 12 de julho de 2005

Art. 9º - Terão direito ao uso individual de veículo de Representação Funcional as


seguintes autoridades:

XII - Delegado-Chefe da Polícia Civil;

XIII - Diretor do Departamento de Polícia Técnica;

O uso indevido de viaturas policiais para fins particulares configura crime de


improbidade administrativa, previsto na Lei Federal nº 8.429/92. Em qualquer
deslocamento com um veículo policial, seja ele caracterizado ou não, é necessária ORDEM
DE MISSÃO previamente assinada pelo Delegado de Polícia. Essa é uma garantia de que o
Policial Civil se encontra em diligências, o que o resguarda em caso de eventuais
acidentes, contratempos ou infortúnios e, também, de acusações levianas. Os resultados
de toda diligência externa (investigar, intimar, cumprir mandado de prisão, etc.),
conforme determinado na ORDEM DE MISSÃO, serão informados através do RELATÓRIO DE
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL – RIC, confeccionada ao fim da respectiva missão. Ademais, outro
ponto a ser observado é que só podem conduzir viaturas os servidores que possuírem curso
específico de CONDUÇÃO DE VEÍCULOS DE EMERGÊNCIA (CVE). Portanto, cabe ao estado

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OPERAÇÃO LEGALIDADE

promover tais cursos específicos, conforme legislação pátria, nos moldes da


normatização regulamentada pelo Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, ficando o
policial legalmente impedido de conduzir tais veículos em caso de não possuir o curso.
Saliente-se que as matérias sobre condução de veículos ministradas em sede de cursos de
formação não são consideradas oficiais, pois, não foram regulamentados nem seguem os
ditames estabelecidos pelo CONTRAN. Com relação às multas/infrações de trânsito, os
veículos de emergência, como são as viaturas policiais, GOZAM DE LIVRE
CIRCULAÇÃO, ESTACIONAMENTO E PARADA, ou seja, não há que se falar em
descumprimento das regras de trânsito quando tais veículos estiverem no exercício do
dever legal, sendo indevida a notificação relacionada a quaisquer suposta infrações.
Por isso, o Policial Civil deve sempre estar munido de Ordem de Missão para comprovar o
exercício de seu dever, impedindo qualquer tentativa de responsabilização por
possíveis notificações, inclusive, sendo responsabilizado perante a Corregedoria.

RESOLUÇÃO Nº 268 DE 15 DE FEVEREIRO de 2008

Art. 1º Somente os veículos mencionados no inciso VII do art. 29 do Código de


Trânsito Brasileiro poderão utilizar luz vermelha intermitente e dispositivo de alarme
sonoro. ...

§3º Entende-se por veículos de emergência aqueles já tipificados no inciso VII do


art. 29 do Código de Trânsito Brasileiro, inclusive os de salvamento difuso “destinados
a serviços de emergência decorrentes de acidentes ambientais”.

LEI 9.503/1997 – CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO

Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação


obedecerá às seguintes normas:

VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia,


os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de
trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de
urgência e devidamente identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e
iluminação vermelha intermitente, observadas as seguintes disposições: ...

Art. 145. Para habilitar-se nas categorias D e E ou para conduzir veículo de


transporte coletivo de passageiros, de escolares, de emergência ou de produto
perigoso, o candidato deverá preencher os seguintes requisitos:

I - Ser maior de vinte e um anos;

II- Estar habilitado: a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no mínimo há um


ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na categoria D; e b) no mínimo há um
ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na categoria E;

III - Não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima ou ser reincidente em
infrações médias durante os últimos doze meses;
IV - Ser aprovado em curso especializado e em curso de treinamento de prática veicular
em situação de risco, nos termos da normatização do CONTRAN.

13. PERITOS TÉCNICOS


13.1 – DO ATUAR SUBORDINADO E EXECUTAR TAREFAS DE APOIO
Subordinar-se quer dizer estabelecer uma ordem de relação entre dois seres vinculados.
No caso do Perito Técnico, no uso de suas atribuições, de direção, fotografia e apoio
técnico, aguardar a relação vinculativa para iniciar o exercício destas atividades;

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OPERAÇÃO LEGALIDADE

Apoio, conforme configurado em recomendação 11/09 GEPAM – 5ª Promotoria do Ministério


Público do Estado da Bahia, tem natureza técnica e não administrativa, não cabendo às
demais classes de peritos fazerem ampliação interpretativa da lei para deliberar sobre
tais atividades.

13.2 – DA ATUAÇÃO PAPILOSCÓPICA


Do que se depreende da Lei em seu art. 53. III, V, VI, VII, VII, IX, X, XI, XII,
XIII, XV, XVI, XVII, XXI, são todas atividades na área da papiloscopia desde a
preparação para os levantamentos papiloscópicos, elaboração dos relatórios e demais
expedientes para o processo penal, bem como toda a custódia até arquivamento;

Ressalta-se que todos as produções documentais sejam laudos, pareceres,


relatórios dos Peritos Técnicos devem ser remetidas aos Inquéritos Policiais por força
da Recomendação Nº 06/2016 do MPBA 7ª Promotoria de Alagoinhas, ainda que porventura as
informações estejam contidas em qualquer outro documento.

13.3 – DA DIREÇÃO DE VIATURA EM MISSÃO POLICIAL

Dirigir viatura do Departamento de Polícia Técnica em missão de natureza


policial.
Art. 145. Para habilitar-se nas categorias D e E ou para conduzir veículo de transporte
coletivo de passageiros, de escolares, de emergência ou de produto perigoso, o
candidato deverá preencher os seguintes requisitos:

I - Ser maior de vinte e um anos;

II - Estar habilitado (...)

III - não ter cometido mais de uma infração gravíssima nos últimos 12 (doze)
meses;

IV - Ser aprovado em curso especializado e em curso de treinamento de prática


veicular em situação de risco, nos termos da normatização do CONTRAN.[

Parágrafo único. A participação em curso especializado previsto no inciso IV


independe da observância do disposto no inciso III.

Alterações no estado físico e mental do condutor afetam diretamente a capacidade de


dirigir com segurança. Os principais fatores adversos que devem ser observados são:
deficiência visual, motora ou auditiva. Cansaço, sono e fadiga. Estados psicológicos
alterados e fatores comportamentais de risco, como por exemplo: pressa, distração,
agressividade, irritação, etc. Estresse: o indivíduo estressado apresenta reações
inadequadas diante de situações de perigo ou tensão. (fonte portal do trânsito)

Segundo Decreto Federal nº 10502/42 a direção de viatura é uma especialidade;

A fim de não perder reflexos, causar fadiga e demais transtornos que incapacitam o


indivíduo para o trânsito o Perito Técnico deve realizar a atividade de modo exclusivo e
com observância dos requisitos legais sobrescritos, fazendo inclusive verificação das
condições técnicas do veículo antes da sua utilização;

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OPERAÇÃO LEGALIDADE

13.4 – DA FOTOGRAFIA
Por força das normas que versam sobre a Cadeia de Custódia no CCP na cumulação dos
seguintes artigos:

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas


seguintes etapas:

III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de


crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por
fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial
produzido pelo perito responsável pelo atendimento;

Art, 158 E- §4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações
deverão ser registradas, consignando-se a identificação do responsável pela tramitação,
a destinação, a data e horário da ação.

O Perito Técnico ao realizar as fotografias deverá identifica-las com sua autoria nos
seus Laudos e demais Laudos a quem servirem a realização de fotografias;

14. LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE


O advento da Lei Federal n° 13.869/2019, ou simplesmente LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE,
define várias condutas cometidas por servidores e agentes públicos como abusivas e
tipificadas como crime. É crime a divulgação de imagens ou informações de pessoas
presas, por isso mesmo orienta-se que não sejam compartilhados ou divulgados vídeos e
fotos de qualquer espécie de presos/investigados/indiciados/conduzidos, ainda que
estejam de costas ou com o rosto com efeito “photoshop” e/ou “voz de pato”, mesmo que
não seja possível a identificação dos mesmos.

O Escrivão de Polícia deve proceder com as ouvidas, flagrantes ou não, somente com
a presença do Delegado de Polícia. A Lei de Abuso de Autoridade exige que o Escrivão e o
Delegado de Polícia se identifiquem ao preso e ao seu advogado, indagação esta que o
Juiz, Ministério Público e advogados de defesa irão fazer ao preso em audiências de
custódia ou em instrução penal. Apenas nos casos de flagrante delito é permitido o
interrogatório do preso no horário das 21:00h às 05:00 horas.

Nesses casos, oriente-se que o ESCRIVÃO e INVESTIGADOR deverá fazer uma


OCORRENCIA ADMINISTRATIVA narrando as condições dos locais de trabalho.

15. ASSÉDIO MORAL


Considera-se assédio moral a conduta de agente público estadual que tenha por
objetivo ou efeito degradar as condições de trabalho de outro agente público estadual,
atentar contra seus direitos ou sua dignidade, comprometer sua saúde física ou mental
ou seu desenvolvimento profissional. O assédio moral caracteriza-se pela exposição dos
servidores a situações humilhantes e constrangedoras, de forma repetitiva e prolongada
no tempo, no exercício de suas funções. Tais situações ofendem a dignidade ou a
integridade psíquica dos servidores. Por vezes, são pequenas agressões que, se tomadas
isoladamente, podem ser consideradas pouco graves, mas, quando praticadas de maneira
sistemática, tornam-se destrutivas.

PORTARIA nº 576 de 30 de dezembro de 2021

“Define ações para implantação de politicas voltadas a coibir possíveis atos de


violência domestica e familiar contra a mulher ou individuo de identidade de gênero
feminina, imputadas aos servidores da Policia Civil da Bahia.

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OPERAÇÃO LEGALIDADE

Art. 1º - Definir ações para implantação de políticas voltadas a coibir possíveis


atos de violência doméstica e familiar contra a mulher ou indivíduo de identidade de
gênero feminina, imputadas aos servidores da Polícia Civil da Bahia - PCBA.

Art. 2º - Incumbe a todos os Diretores, Coordenadores e demais servidores da


Polícia Civil do Estado da Bahia dar ciência, difusão e ampla publicidade à Portaria de
nº 207 de 02 de agosto de 2021, publicada em 03 de agosto de 2021, do Excelentíssimo
Senhor Secretário da Segurança Pública da Bahia.

Art. 3º - As ações propostas deverão ser amplamente divulgadas e efetivadas, no


âmbito da PCBA, definindo políticas para coibir a hipótese de violência doméstica e
familiar contra a mulher ou indivíduo de identidade de gênero feminina, imputadas aos
servidores da PCBA.

Art. 4º - Qualquer integrante da PCBA que tomar conhecimento da ocorrência de


violência física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral contra a mulher ou
indivíduo de identidade de gênero feminina, assim como importunação sexual, praticada
por servidor, deverá comunicar, imediatamente, o fato ao superior hierárquico e este
para a Corregedoria da Polícia Civil - CORREPOL onde será, obrigatoriamente,
instaurado inquérito policial e, no caso de indiciamento, será instaurado o respectivo
Processo Administrativo Disciplinar - PAD.

16. REMOÇÃO E PERMUTA (INDEVIDA)

A lotação de servidor deve atender ao interesse público e não ao interesse


particular de qualquer servidor público.

Ocorre que a remoção vem sendo utilizada por algumas chefias como forma de punição
àqueles Policiais Civis que não aceitarem sua “forma de trabalho”.

São comuns os casos de perseguição a Policiais Civis com remoções sem qualquer
motivação ou até permuta entre dois policiais.

A remoção precisa de uma motivação no interesse público, de forma que não havendo
motivação do ato, ele poderá ser anulado pelo Poder Judiciário.

A permuta entre Policiais só pode ser feita a PEDIDO dos dois policiais. A
modificação da lotação de um policial para uma outra DELEGACIA TERRITORIAL para
substituição é ilegal, pois não se caracteriza REMOÇÃO e sim permuta ilegal.

Conforme art. 74, III da Lei Estadual 11.370/09 (LOPC), a permuta só pode ser
feita a pedido. O Judiciário também tem anulado tais remoções ilegais.

LEI 11.370/2009 LEI ORGANICA DA POLICIA CIVIL (LOPC) – DA REMOÇÃO

Art. 72 - A remoção dos servidores integrantes dos cargos das carreiras de


Delegado de Polícia e demais carreiras da Polícia Civil do Estado da Bahia, dar-se-á por
ato do Delegado Chefe e do Diretor Geral do DPT, nas áreas de suas competências.

Art. 73 - A remoção a pedido será concedida:

I - Após transcorrido o estágio probatório, observada a conveniência do serviço,


por decisão devidamente fundamentada;

II - A qualquer tempo, por motivo de saúde, do servidor ou de seu ascendente,


descendente, cônjuge ou companheiro, condicionado à comprovação dessa causa por junta
médica oficial.

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OPERAÇÃO LEGALIDADE

Art. 74 - Dar-se-á remoção nas seguintes modalidades:

I - De ofício, no interesse da administração, tempestivamente demonstrada e


justificada fundamentadamente;
II - A pedido, fundamentado, observada a conveniência do serviço, ou em razão de
processo seletivo para lotação de unidades diversas, com prévia publicação de edital;

III - Por permuta entre ocupantes do mesmo cargo, com anuência de ambos
interessados, observados os interesses da Polícia Civil, por meio da prévia
manifestação das respectivas chefias imediatas e decisão do Delegado-Geral da Polícia
Civil.

IV - Por motivo de saúde do servidor, cônjuge ou companheiro ou dependente.

Art. 76 - O servidor poderá ingressar com pedido de reconsideração perante a


autoridade que expediu o ato relativo a remoção a pedido ou de ofício no prazo de 5
(cinco) dias, contado da data da publicação do ato respectivo, o qual deverá ser
decidido em igual prazo, contado da data do protocolo.

17. DO ESTÁGIO PROBATÓRIO – LEI 6677/1994


Art. 27 - Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para o cargo de provimento
permanente ficará sujeito a estágio probatório por um período de 03 (três) anos, durante
o qual sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo,
observados os seguintes fatores:

I - Assiduidade;

II - Disciplina;

III - Capacidade de iniciativa;

IV - Produtividade;

V - Responsabilidade.

18. CUMPRIMENTO DA CARTILHA OPERAÇÃO LEGALIDADE


Para que o Policial Civil seja efetivamente valorizado, necessário se faz que
todos cumpram suas atribuições legais.

É importante que todos cumpram efetivamente a lei, pois a PATRULHA SINDICAL


composta por DIRETORES DO SINDPOC e COORDENADORES do MOVIMENTO JUNTOS SOMOS MAIS FORTES
irá coibir qualquer irregularidade funcional, seja cometida por qualquer das carreiras
policiais: DELEGADO DE POLICIA, ESCRIVÃO DE POLICIA, INVESTIGADOR DE POLICIA E PERITO
TECNICO DE POLICIA

Nenhum servidor pode ser impedido de participar da OPERAÇÃO LEGALIDADE do


MOVIMENTO JUNTOS SOMOS MAIS FORTES, nem mesmo estando em ESTÁGIO PROBATÓRIO.

Este manual foi elaborado com base no Código de Processo Penal, nas legislações
estaduais e nas normas editadas pela própria PCBA.

O direito de petição RDV – REQUERIMENTO DE DIREITO E VANTAGENS é garantido na Lei


Estadual nº 6677/1994 no art. 163 e 164, que assegura ao servidor o direito de requerer
ou representar, pedir, reconsideração e recorrer. Art. 164 - O requerimento será
dirigido à autoridade competente.

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OPERAÇÃO LEGALIDADE

Deveres do Servidor - Lei Estadual nº 6677/1994 no art. 175, VI - levar ao


conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do
cargo;

Através da OPERAÇÃO LEGALIDADE iremos exigir condições de trabalho, respeito


mútuo entre todos os Policiais Civis, assim como, para com toda a população, tornando o
serviço policial mais eficiente.

A mudança de postura no nosso serviço refletirá na valorização profissional e


financeira de todas as categorias profissionais Policial Civil do Estado da Bahia.

19 DA CENTRAL DE CUSTÓDIA - DPT


È natural que nas Delegacias Territoriais os Escrivães de polícia civil, são
cotupelidos a manter sob a sua responsabilidade a custódia de drogas e entorpecentes,
bem como outros materiais que são apreendidos. Considerando que tais servidores têm
suas atribuições definidas na lei Orgânica da Policia Civil no art. 51, III, «zelar pela
guarda de papéis, documentos, procedimentos, armas e munições sob sua responsabilidade
e de objetos e instrumentos apreendidos vinculados aos procedimentos policial
referidos no inciso I»;

Observando a estrita legalidade, os servidores (escrivães), não são obrigados a


guardar o material apreendido, em, particular as substâncias que gerem dependência
fisica ou psíquica que, após a realização da perícia técnica, reservada amostra mínima
pelo setor de perícias da Polícia civil, para o exercício do direito da ampla defesa e
ao contraditório, deverá ser destruída mediante autorização judicial, na forma dos
artigos 32, parágrafo 1º, e 72, ambos da Lei 11.343/2006.

Sendo o mesmo destino - a destruição dada aos petrechos para acondicionamento e consumo
de drogas, tais como objetos nos quais são ocultadas as drogas para carga que restem
contaminados pela substância, além de cachimbos e outros utilitários que são aplicados
na preparação para consumo.

Vale salientar que a resolução no 291/19, artigo 13, XI do CNJ, que impede o recebimento
de armas em fóruns; O Ato Normativo Conjunto nº11 de 10 de junho de 2020, oriundo da
presidência do tribunal de justiça da Bahia, que disciplina o procedimento de guarda e
custódia de armas de fogo, artefatos explosivos e acessórios, apreendidos e vinculados
a processos judiciais e administrativos de competência do poder judiciário do estado da
Bahia; Que no artigo 1º do ato normativo conjunto, supracitado, o qual veda o
acautelamento de armas, munições ou quaisquer outros artefatos apreendidos ainda que
simulacro, vinculados a procedimentos judiciais ou administrativo, nas dependências do
poder judiciário do estado da Bahia; Considerando que os cartórios das delegacias de
polícia da capital, RMS e do interior não são locais apropriados para a custódia de
drogas, armas de fogo, acessórios, munições e instrumentos de crime, em face do risco
que representam, sejam em razão do seu potencial ofensivo ou do interesse que desperta
para a prática delituosa, bem como a saúde dos servidores que ali laboram.

Considerando a recente alteração promovida pela Lei 13.964/19, que inseriu o artigo
158-E ao Código de Processo Penal, «que todos os Institutos de Criminalística deverão
ter uma central de custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão
deve ser vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza criminal.
(Incluído pela Lei n o 13.964)

Portanto, é dever do Estado cumprir a lei!

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OPERAÇÃO LEGALIDADE

ANEXO 1 - DEVERES E PROIBIÇÕES


Aos Policiais civis se aplicam os deveres e obrigações previstos na Lei Estadual nº
6677/1994 (Estatuto dos Servidores Públicos do Estado da Bahia).

Art. 175 - São deveres do servidor:

I - Exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;

II - Ser leal às instituições a que servir;

III - observar as normas legais e regulamentares;

IV - Cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;

V - Atender com presteza:

a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas


por sigilo;

b) aos requerimentos de certidão para defesa de direito ou esclarecimento de situações


de interesse pessoal;

c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública e do Estado.

VI - Levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver


ciência em razão do cargo;

VII - zelar pela economia de material e pela conservação do patrimônio público;

VIII - guardar sigilo sobre assuntos de natureza confidencial a que esteja obrigado em
razão do cargo;

IX - Manter conduta compatível com a moralidade administrativa;

X - Ser assíduo e pontual ao serviço, inclusive comparecendo à repartição em horário


extraordinário, quando convocado;

XI - tratar com urbanidade as pessoas;

XII - representar contra ilegalidade ou abuso de poder.

Parágrafo único - A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via
hierárquica e obrigatoriamente apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual
é formulada, assegurando-se ao representado o direito de defesa.

Das Proibições: Art. 176 - Ao servidor é proibido:

I - Ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe


imediato;

II - Retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou


objeto da repartição;

III - recusar fé a documento público;

IV - Opor resistência injustificada à tramitação de processos ou exceção do serviço;

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OPERAÇÃO LEGALIDADE

V - Promover manifestação de apoio ou desapreço, no recinto da repartição;

VI - Referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às autoridades públicas ou aos


atos do poder público, mediante manifestação escrita ou oral, podendo, porém, criticar
ato do poder público, do ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço, em
trabalho assinado;

VII - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o
desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou da de seu subordinado;

VIII - constranger outro servidor no sentido de filiação a associação profissional ou


sindical, ou a partido político;

IX - Manter, sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro ou parente até segundo grau
civil;

X - Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da


dignidade da função pública;

XI - transacionar com o Estado, quando participar de gerência ou administração de


empresa privada, de sociedade civil, ou exercer comércio;

XII - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo


quando se tratar de percepção de remuneração, benefícios previdenciários ou
assistenciais de parentes até segundo grau e de cônjuge ou companheiro;

XIII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de


suas atribuições;

XIV - aceitar representação, comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro, sem


licença da autoridade competente;

XV - Praticar usura sobre qualquer de suas formas;

XVI - proceder de forma desidiosa;

XVII - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades


particulares;

XVIII - cometer a outro servidor atribuições estranhas às do cargo que ocupa, exceto em
situações de emergência e transitórias;

XIX - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com as atribuições do cargo
ou função e com o horário de trabalho.

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OPERAÇÃO LEGALIDADE

DENUNCIE
Nesta Operação Legalidade o MOVIMENTO JUNTOS SOMOS MAIS 8:30

FORTES irá exigir o cumprimento estrito das atribuições de Sindpoc

cada cargo e estará presente em qualquer situação na qual o


Denuncie!
Policial Civil esteja exposto à uma situação ilegal. 8:30

Estaremos a postos para defendê-lo(a) com uma BLITZ SINDICAL


e com a assessoria jurídica do Sindicato.

Mas para isso, precisamos que você encaminhe para o SINDPOC


as denúncias sobre:

• Abuso por parte da autoridade policial;

• Realização de ouvidas por parte de escrivão sem a presença


do Delegado de Polícia;

• Falta de condições de trabalho em delegacias;

• EPI’s fora da validade;

• Viatura sem documento ou sem condições de trafegabilidade;

• Assédio moral;

• Outros descumprimentos da legislação.

O Policial Civil deverá apresentar um resumo dos fatos e listar as provas documentais e
testemunhais que presenciarem os fatos para que os coordenadores do MJSM+F redija e
protocole a representação no Gabinete da Delegada Geral na Corregedoria ou no
Ministério Público Estadual - MPE, a depender da situação.

ENCAMINHE A DENÚNCIA PARA:


E-mail: jurídico@sindpoc.org.br

CONTATOS: 71 3016-5451

Informe em que condições você trabalha em sua delegacia


pelo WhatsApp do Jurídico SINDPOC
71 99670-2268

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OPERAÇÃO LEGALIDADE

CONSIDERAÇÕES FINAIS
É com muita satisfação que elaboramos esse manual baseado no elaborado pelo SINPOL-PE,
onde pudemos versar sobre aquilo que é direito e o que é dever do servidor Policial
Civil, bem como alertar ao cidadão o que pode ou não ser exigido do Escrivão,
Investigador e Perito Técnico, alertando para as condições das quais a categoria é
submetida.

Procuramos fazer um trabalho extenso para que não restassem brechas que pudessem ser
utilizadas para forçar o servidor a realizar o que não está previsto nas normas e, por
conseguinte, o que não é sua obrigação funcional, pois tal obrigação compete à um
servidor de outro cargo.

Nossa proposta é, não só tornarmos o material uma referência ao Policial Civil baiano,
como também desejamos ensejar o debate em todas as unidades da Federação, discutindo
prerrogativas, fomentando a discussão acerca do papel da Polícia Judiciária no país,
delimitando a atuação de cada cargo.

Buscamos não somente a valorização funcional e salarial do servidor Policial Civil,


mas, principalmente, promover a melhora da investigação e consequente solução de
delitos, diminuindo assim, a criminalidade para que seja alcançado o bem maior que está
em jogo, que é a segurança de toda a sociedade baiana e brasileira.

Este manual estará aberto às propostas, criticas, visando seu permanente


aperfeiçoamento e atualização. Encaminhe sua contribuição pelos contatos telefônicos e
de e-mails abaixo:

Fone: +55 71 3016-4541 / +55 71 99670-2268

E-mail: contato@sindpoc.org.br / juridico@sindpoc.org.br

DIREÇÃO DO MOVIMENTO JUNTOS


SOMOS MAIS FORTES – BA

POLÍCIA CIVIL, PATRIMÔNIO DO POVO BAIANO.


VALORIZE-A!

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