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Comentário lição 09

A Santidade é a Marca do Crente


O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um
subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no
decorrer desta maravilhosa lição.

A SANTIDADE COMO MARCA DO CRENTE NO ANTIGO TESTAMENTO


O chamado à santidade ocorre em todas as páginas bíblicas. Desde os textos
veterotestamentários o Senhor convoca o Seu povo a uma vida separada do povos vizinhos,
que conduziam suas vidas com base em adoração a deuses estanhos e mortos.
Quando Deus chama um povo como seu, chamando-o a separar das demais práticas
dos povos vizinhos, Ele também convida esse povo para aproximar-se dEle e dá o primeiro
passo ao encontro desse povo. O convite para aproximar-se dEle vai além de uma relação
íntima. Ele exige o comprometimento de realizar, como o seu representante, o projeto de
salvação e santidade que Ele tem para a humanidade. Dessa forma, não basta ter um bom
relacionamento com o Deus Santo, o crente deve comprometer-se com a prática da justiça,
pois, como afirma Isaías, “Deus, o Santo, será santificado” (Is 5.16b)1.
A santificação no Antigo Testamento foi a vontade manifesta de Deus para os israelitas;
eles tinham o dever de levar uma vida santificada, separada da maneira de viver dos povos à
sua volta. De igual modo a santificação é um requisito para todo crente em Cristo. As
Escrituras declaram que sem santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14)2.
O próprio Tabernáculo transmitia a importância da santidade através dos seus ritos e
mobílias. Isso fica claro na frase contida na placa de ouro contida na cabeça do Sumo
Sacerdote: Santidade ao Senhor. Hoje, não necessitamos mais de todos os ritos levíticos para
obtermos a lembrança e o entendimento da necessidade de santidade em nossas vidas, pois o
Novo Testamento nos aponta para algo superior trazido com as boas novas de salvação.

A SANTIDADE CONTINUA SENDO EXIGIDA NO NOVO TESTAMENTO

Segundo o Novo Testamento, a santificação não é descrita como um processo lento,


de abandonar o pecado pouco a pouco. Pelo contrário, é apresentada como um ato definitivo
mediante o qual, o crente, pela graça, é liberto da escravidão de Satanás e rompe totalmente
com o pecado a fim de viver para Deus (Rm 6.18; 2 Co 5.17; Ef 2.4,6; Cl 3.13). Ao mesmo
tempo, no entanto, a santificação é descrita como um processo vitalício mediante o qual
continuamos a mortificar os desejos pecaminosos da carne (Rm 8.1-17), somos
progressivamente transformados pelo Espírito à semelhança de Cristo (2 Co 3.18) crescemos
na graça (2 Pe 3.18), e devotamos maior amor a Deus e ao próximo (Mt 22.27-29; 1 Jo 4.10-
12, 17-21)2.
Em Cristo, somos feito, de maneira posicional e imediata, santos. O processo da
salvação nos purifica de todo o pecado e nos justifica diante do Pai, e, através do Espírito
Santo, somos santificados para uma nova vida em Cristo. Entendemos isso através dos
escritos das páginas do Antigo Testamento.
O conceito de santidade está presente em todo o Cânon bíblico, esse tema é central não
somente na teologia, mas também na ética cristã. Pelo que já foi visto até agora, é possível
constatar que a santidade é um atributo essencial de Deus, assim como a justiça e o amor. No
contexto do Antigo Testamento, a santidade de Deus tem um destaque especial relacionada
com a sua justiça e misericórdia, enquanto no Novo Testamento o destaque e dado para o
amor e a graça de Deus, que caminham de mãos dadas com a santidade1.

O CULTO RACIONAL NO NOVO TESTAMENTO


Através das Escrituras Sagradas, somos convidados a entender que hoje a nossa busca
pela santidade não passa mais por um sacrifício de animal, mas sim na consagração do nosso
corpo ao Senhor como sacrifício vivo, santo e agradável a Ele. Hoje somos convidados a
entregar a nossa vida por inteiro a Deus, como verdadeiros adoradores.
Por isso é importante o real entendimento do que é ofertar o corpo como sacrifício vivo.
Não estamos falando sobre subir em um altar de pedra e sermos degolados diante de Deus,
mas sim de fazer com que o nosso corpo seja realmente o Templo e morada do Espírito Santo
de Deus, e assim conhecer a sua boa, perfeita e agradável vontade.
Para conhecermos a boa vontade de Deus, em primeiro lugar, é necessário estudar a
Bíblia, não de forma superficial, mas por meio de um estudo sistemático e com compromisso
[…] Ter uma vida consagrada é estar na vontade agradável, pois, mesmo que as coisas não
aconteçam do jeito que se espera, o cristão terá força e persistência para continuar fazendo o
que agrada a Ele. O cristão que consagra a sua vida estará em harmonia com o Senhor,
conectado com o Espírito Santo e saberá discernir o que é agradável a Deus (Ef 5.10)1.

Esperando Jesus voltar hoje!


Pb. Antonio Vitor de Lima Borba

Referências:
1 – NEVES, Natalino das. Separados para Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.
2 – STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

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