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Programa de ensino das Tecnologias de Informação e Comunicação

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Ficha Técnica
Título: Tecnologias de Informação e Comunicação, Programa da 12ª Classe
Edição: ©INDE/MINED - Moçambique
Autor: INDE/MINED – Moçambique
Capa, Composição, Arranjo gráfico: INDE/MINED - Moçambique
Arte final: INDE/MINED - Moçambique
Tiragem: 350 Exemplares
Impressão: DINAME
Nº de Registo: INDE/MINED – 6309/RLINLD/2010

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Prefácio

Caro Professor

É com imenso prazer que colocamos nas suas mãos os Programas do Ensino Secundário Geral.

Com a introdução do Novo Currículo do Ensino Básico, iniciada em 2004, houve necessidade de
se reformular o currículo do Ensino Secundário Geral para que a integração do aluno se faça sem
sobressaltos e para que as competências gerais, tão importantes para a vida continuem a ser
desenvolvidas e consolidadas neste novo ciclo de estudos.

As competências que os novos programas do Ensino Secundário Geral procuram desenvolver,


compreendem um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para a
vida que permitam ao graduado do Ensino Secundário Geral enfrentar o mundo de trabalho numa
economia cada vez mais moderna e competitiva.

Estes programas resultam de um processo de consulta à sociedade. O produto que hoje tem em
mãos é resultado do trabalho abnegado de técnicos pedagógicos do INDE e da DINEG, de
professores das várias instituições de ensino e formação, quadros de diversas instituições
públicas, empresas e organizações, que colocaram a sua sabedoria ao serviço da transformação
curricular e a quem aproveitamos desde já, agradecer.

Aos professores, de que depende em grande medida a implementação destes programas,


apelamos ao estudo permanente das sugestões que eles contêm e que convoquem a vossa
criatividade e empenho para levar a cabo a gratificante tarefa de formar hoje os jovens que
amanhã contribuirão para o combate à pobreza.

Aires Bonifácio Baptista Ali.

Ministro da Educação e Cultura

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Introdução

A Transformação Curricular do Ensino Secundário Geral (TCESG) é um processo que se


enquadra no Programa Quinquenal do Governo e no Plano Estratégico da Educação e
Cultura e tem como objectivos:

• Contribuir para a melhoria da qualidade de ensino, proporcionando aos alunos


aprendizagens relevantes e apropriadas ao contexto socioeconómico do país.
• Corresponder aos desafios da actualidade através de um currículo
diversificado, flexível e profissionalizante.
• Alargar o universo de escolhas, formando os jovens tanto para a continuação
dos estudos como para o mercado de trabalho e auto emprego.
• Contribuir para a construção de uma nação de paz e justiça social.

Constituem principais documentos curriculares:

• O Plano Curricular do Ensino Secundário (PCESG)–documento orientador que


contém os objectivos, a política, a estrutura curricular, o plano de estudos e as
estratégias de implementação;

• Os programas de ensino de cada uma das disciplinas do plano de estudos;

• O regulamento de avaliação do Ensino Secundário Geral (ESG);

• Outros materiais de apoio.

1.1. Linhas Orientadoras do Currículo do ESG

O Currículo do ESG, a ser introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas orientadoras
que visam a formação integral dos jovens, fornecendo-lhes instrumentos relevantes para
que continuem a aprender ao longo de toda a sua vida.

O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre uma
componente pré-vocacional e por outro, permitir aos jovens a aquisição de competências
relevantes para uma integração plena na vida política, social e económica do país.

As consultas já efectuadas apontam para a necessidade de a escola responder às


exigências do mercado cada vez mais moderno que apela às habilidades comunicativas, ao
domínio das Tecnologias de informação, à resolução rápida e eficaz de problemas, entre
outros desafios.

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Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação, assegurando
uma formação integral do indivíduo que assenta em quatros pilares, assim descritos:

Saber Ser que é preparar o Homem moçambicano no sentido estético, espiritual e


crítico, de modo que possa ser capaz de elaborar pensamentos autónomos, críticos
e formular os seus próprios juízos de valor que estarão na base das decisões
individuais que tiver de tomar em diversas circunstâncias da sua vida;

Saber Conhecer que é a educação para a aprendizagem permanente de


conhecimentos científicos sólidos e a aquisição de instrumentos necessários para a
compreensão, a interpretação e a avaliação crítica dos fenómenos sociais,
económicos, políticos e naturais;

Saber Fazer que proporciona uma formação e qualificação profissional sólida, um


espírito empreendedor no aluno/formando para que ele se adapte não só ao meio
produtivo actual, mas também às tendências de transformação no mercado;

Saber viver juntos e com os outros que traduz a dimensão ética do Homem,
isto é, que saber comunicar-se com os outros, respeitar-se a si, à sua família e
aos outros homens de diversas culturas, religiões, raças, entre outros.
Agenda 2025:129

Estes saberes interligam-se ao longo da vida do indivíduo e implicam que a educação se


organize em torno deles de modo a proporcionar aos jovens instrumentos para
compreender o mundo, agir sobre ele, cooperar com os outros, viver, participar e
comportar-se de forma responsável.

Neste quadro, o desafio da escola é, pois, fornecer as ferramentas teóricas e práticas


relevantes para que os jovens e os adolescentes sejam bem sucedidos como indivíduos, e
como cidadãos responsáveis e úteis na sua família, na comunidade e na sociedade, em
geral.

1.2. Os desafios da Escola

A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa que o
papel da escola transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de transmitir
grandes quantidades de conhecimentos de história, geografia, biologia ou química, entre

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outros. Torna-se, assim, cada vez mais importante preparar o aluno para aprender a
aprender e para aplicar os seus conhecimentos ao longo da vida.

Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena na
vida?

As competências importantes para a vida referem-se ao conjunto de recursos, isto é,


conhecimentos, habilidades e comportamentos que o indivíduo mobiliza para enfrentar
com sucesso exigências complexas ou realizar uma tarefa, na vida quotidiana. Isto
significa que para resolver um determinado problema, tomar decisões informadas, pensar
criticamente e criativamente ou relacionar-se com os outros um indivíduo necessita de
combinar um conjunto de conhecimentos, práticas e valores.

Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola, mas
também à sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas importantes,
tendo em conta a realidade do país.

Neste contexto, reserva-se à escola o papel de desenvolver, através do currículo, não só


as competências viradas para o desenvolvimento das habilidades de comunicação, leitura
e escrita, matemática e cálculo, mas também, as competências gerais, actualmente
reconhecidas como cruciais para o desenvolvimento do indivíduo e necessárias para o seu
bem estar, nomeadamente:

a) Comunicação nas línguas moçambicana, portuguesa, inglesa e francesa;


b) Desenvolvimento da autonomia pessoal e a auto-estima; de estratégias de
aprendizagem e busca metódica de informação em diferentes meios e uso de
tecnologia;
c) Desenvolvimento de juízo crítico, rigor, persistência e qualidade na realização e
apresentação dos trabalhos;
d) Resolução de problemas que reflectem situações quotidianas da vida económica
social do país e do mundo;
e) Desenvolvimento do espírito de tolerância e cooperação e habilidade para se
relacionar bem com os outros;
f) Uso de leis, gestão e resolução de conflitos;
g) Desenvolvimento do civismo e cidadania responsáveis;
h) Adopção de comportamentos responsáveis com relação à sua saúde e da
comunidade bem como em relação ao alcoolismo, tabagismo e outras drogas;
i) Aplicação da formação profissionalizante na redução da pobreza;
j) Capacidade de lidar com a complexidade, diversidade e mudança;

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k) Desenvolvimento de projectos estratégias de implementação individualmente ou


em grupo;
l) Adopção de atitudes positivas em relação aos portadores de deficiências, idosos e
crianças.

Estas competências são relevantes para que o jovem, ao concluir o ESG esteja preparado
para produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir os estudos nos níveis
subsequentes.

Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é,
adaptar-se a uma economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que exigem
cada vez mais novas habilidades relacionadas com adaptabilidade, adopção de
perspectivas múltiplas na resolução de problemas, competitividade, motivação,
empreendedorismo e a flexibilidade de modo a ter várias ocupações ao longo da vida.

1.3. A Abordagem Transversal

A transversalidade apresenta-se no currículo do ESG como uma estratégia didáctica com


vista um desenvolvimento integral e harmonioso do indivíduo. Com efeito, toda a
comunidade escolar é chamada a contribuir na formação dos alunos, envolvendo-os em
situações parecidas com as que se vão confrontar na vida.

No currículo do ESG prevê-se uma abordagem transversal das competências gerais e dos
temas transversais. De referir que, embora os valores se encontrem impregnados nas
competências e nos temas já definidos no PCESG, é importante que as acções levadas a
cabo na escola e as atitudes dos seus intervenientes sobretudo dos professores constituam
um modelo do bem fazer, ser e conviver com os outros.

Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima
definidas de tal forma que as oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente escolar
e fora dele contribuam para o seu desenvolvimento. Assim, espera-se que as actividades
curriculares e co-curriculares sejam suficientemente desafiantes e estimulem os alunos a
mobilizar conhecimentos, habilidades e valores.

O currículo do ESG prevê ainda a abordagem de temas transversais, de forma explícita, ao


longo do ano lectivo. Considerando as especificidades de cada disciplina, são dadas
indicações para a sua abordagem no plano temático, nas sugestões metodológicas e no
texto de apoio sobre os temas transversais.

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1.4 As Línguas no ESG

A comunicação constitui uma das competências considerada chave num mundo


globalizado. No currículo do ESG, são usados o Português, língua oficial, línguas
Moçambicanas, o Inglês e Francês, línguas estrangeiras.

As habilidades comunicativas desenvolvem-se através de um envolvimento conjugado de


todas as disciplinas e não se reserva apenas à disciplinas específicas de línguas. Todos os
professores deverão assegurar que alunos se expressem com clareza e que saibam
adequar o seu discurso às diferentes situações de comunicação. A correcção linguística
deverá ser uma exigência constante nas produções dos alunos.

O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas tais como a promoção da
leitura (concursos literários, sessões de poesia), debates sobre temas de interesse dos
alunos, sessões para a apresentação e discussão de temas ou trabalhos de pesquisa,
exposições, entre outros momentos de prática da língua numa situação concreta. Os
alunos deverão ser encorajados a ler obras diversas e a fazer comentários sobre elas e
seus autores, a escrever sobre temas variados, a dar opiniões sobre factos ouvidos ou
lidos nos órgãos de comunicação social, a expressar ideias contrárias ou criticar de forma
apropriada, a buscar informações e a sistematizá-la.

Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das línguas e,
no caso da língua oficial e das línguas moçambicanas, o estudo de obras de autores
moçambicanos constitui um pilar para o desenvolvimento do espírito patriótico e exaltação
da moçambicanidade.

1.5. O Papel do Professor

O papel do professor é preparar os jovens de modo a torná-los cidadãos activos e


responsáveis na família, no meio em que vivem (cidade, aldeia, bairro) ou no trabalho.

Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos,
envolvendo-os em actividades ou projectos, colocando problemas concretos e complexos.
A preparação do aluno para a vida passa por uma formação em que o ensino e as
matérias leccionadas tenham significado para a vida do jovem e possam ser aplicados à
situações reais.

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O ensino - aprendizagem das diferentes disciplinas que constituem o currículo fará mais
sentido se estiver ancorado aos quatro saberes atrás descritos interligando os conteúdos
inerentes à disciplina, às componentes transversais e às situações reais.

Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante que


este consiga:

• organizar tarefas ou projectos que induzam os alunos a mobilizar os seus


conhecimentos, habilidades e valores para encontrar ou propor alternativas de
soluções;

• encontrar pontos de interligação entre as disciplinas que propiciem o


desenvolvimento de competências. Por exemplo, envolver os alunos numa
actividade, projecto ou dar um problema que os obriga a recorrer a
conhecimentos, procedimentos e experiências de outras áreas do saber;

• acompanhar as diferentes etapas do trabalho para poder observar os alunos,


motivá-los e corrigi-los durante o processo de trabalho;

• criar, nos alunos, o gosto pelo saber como uma ferramenta para compreender o
mundo e transformá-lo;

• avaliar os alunos no quadro das competências que estão a ser desenvolvidas,


numa perspectiva formativa.

Este empreendimento exige do professor uma mudança de atitude em relação ao saber, à


profissão, aos alunos e colegas de outras disciplinas. Com efeito, o sucesso deste
programa passa pelo trabalho colaborativo e harmonizado entre os professores de todas
as disciplinas. Neste sentido, não se pode falar em desenvolvimento de competências para
vida, de interdisciplinaridade se os professores não dialogam, não desenvolvem projectos
comuns ou se fecham nas suas próprias disciplinas. Um projecto de recolha de contos
tradicionais ou da história local poderá envolver diferentes disciplinas. Por exemplo:

- Português – elaboração do guião de recolha, estrutura, redacção e correcção


dos textos;

- História – identificação de aspectos técnicos da recolha deste tipo de fontes;

- Geografia – integração de aspectos geográficos, físicos e sócio - económicos


da região;

- Educação Visual – elaboração de ilustrações e cartazes.

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Com estes projectos treinam-se habilidades, desenvolvem-se atitudes de trabalhar em


equipa, de análise, de pesquisa, de resolver problemas e a auto-estima, contribuindo
assim para o desenvolvimento das competências mais gerais definidas no PCESG.

As metodologias activas e participativas propostas, centradas no aluno e viradas para o


desenvolvimento de competências para a vida pretendem significar que, o professor não é
mais um centro transmissor de informações e conhecimentos, expondo a matéria para
reprodução e memorização pelos alunos. O aluno não é um receptáculo de informações e
conhecimentos. O aluno deve ser um sujeito activo na construção do conhecimento e
pesquisa de informação, reflectindo criticamente sobre a sociedade.

O professor deve assumir-se como criador de situações de aprendizagem, regulando os


recursos e aplicando uma pedagogia construtivista. O seu papel na liderança de uma
comunidade escolar implica ainda que seja um mediador e defensor intercultural,
organizador democrático e gestor da heterogeneidade vivencial dos alunos.

As metodologias de ensino devem desenvolver no aluno: a capacidade progressiva de


conceber e utilizar conceitos; maior capacidade de trabalho individual e em grupo;
entusiasmo, espírito competitivo, aptidões e gostos pessoais; o gosto pelo raciocínio e
debate de ideias; o interesse pela integração social e vocação profissional.

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1. O Ensino - aprendizagem na disciplina das Tecnologias de Informação e


Comunicação (TIC)

Desde os tempos remotos da sua existência o homem, lutou sempre para criar facilidades
na sua vida o que o levou a inventar engenhos simples ou complexos que o auxiliem nos
seus trabalhos, com o objectivo de reduzir o tempo e esforço. Das várias máquinas que o
homem criou, actualmente destaca-se o computador, ferramenta indispensável nas
sociedades modernas, pois ele se mostra o mais versátil devido a sua abrangência,
segurança e velocidade. Sendo a Educação uma das principais armas na luta contra a
pobreza absoluta e com vista a melhoria da qualidade do ensino, o MEC tem como grande
desafio da actualidade a revisão do currículo do Ensino Secundário Geral, nesse âmbito, a
introdução das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) constitui um dos factores
mais salientes dessa revisão a que este sistema educativo tem de ser capaz de responder
rapidamente aos desafios dessas sociedades modernas.
A perspectiva de que a vida do indivíduo se reparte em duas fases, vida escolar e vida
profissional, deixou de fazer sentido no contexto actual, dado que a educação e a
formação se tornaram uma necessidade constante.
O desenvolvimento de uma Sociedade da Informação e do conhecimento é assumido no
Programa do Governo como uma grande aposta nacional, estabelecendo medidas que
visam generalizar o acesso dos Moçambicanos aos meios de informação e de apropriação
do conhecimento bem como melhorar as suas competências nesta matéria.
Neste contexto o MEC através do INDE coordenou a criação de um grupo de trabalho
responsável pelo desenho do programa do ensino da disciplina da Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC). O grupo foi composto por profissionais destacados das
seguintes instituições: Ministério da Educação e Cultura (MEC), Instituto Nacional do
Desenvolvimento da Educação (INDE), Universidade Eduardo Mondlane (UEM),
Universidade Pedagógica(UP), Unidade Técnica de Implementação da Politica de
Informática (UTICT), professores do Ensino Secundário Geral representados pelas Escolas
Secundárias Josina Machel e Francisco Manyanga.

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3 . Objectivos gerais da disciplina

3.1 Alunos
3.1.1. Objectivos da 11ª classe

Ao terminar a classe os alunos devem ser capazes de:

¾ Seleccionar, recolher e organizar informação;

¾ Desenvolver a autonomia, a criatividade, a responsabilidade, e a capacidade de


realização de trabalhos em equipa;

¾ Promover abertura à mudança, à diversidade cultural e ào conhecimento de uma


cidadania responsável através das TIC;

¾ Promover o desenvolvimento de competências na utilização das tecnologias de


informação e comunicação;

¾ Valorizar a função e o poder das novas tecnologias de informação e comunicação;

¾ Desenvolver a capacidade de pesquisar, tratar, produzir e comunicar informação,


quer por tecnologias tradicionais, quer através das novas tecnologias de
informação e comunicação;

¾ Promover as práticas que estejam relacionadas com os condicionalismos das


profissões da área de Informática;

¾ Utilizar as TIC no processo de interacção com a comunidade para o levantamento


de necessidades, ouvir opiniões e propor projectos;

3.1.2. Objectivos da 12ª classe

Ao terminar a classe os alunos devem ser capazes de:

¾ Dominar os conceitos básicos de Base de dados, programação e segurança;


¾ Criar e usar a base de dados no tratamento e armazenamento da informação;
¾ Conhecer as principais fases da elaboração de um projecto e saber implementa-lo
¾ Avaliar convenientemente um projecto;
¾ Aplicar os conhecimentos sobre a segurança de computadores.

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3.2. Professores

O professor deve ser capaz de:

¾ Adoptar atitudes positivas, face a abertura à mudança, receptividade e aceitação


das potencialidades das TIC;

¾ Adaptar–se como mediador e orientador do processo de ensino e aprendizagem


orientado para as TIC;

¾ Promover valores fundamentais no uso das TIC;

¾ Estimular o uso integrado das TIC nas diferentes fases do processo de ensino e
aprendizagem;

¾ Manusear as ferramentas, incluindo softwares utilitários e de gestão pedagógica,


em contexto educativo.

4. Objectivos Gerais no II Ciclo

O aluno deve ser capaz de :

¾ Desenvolver a capacidade de aprender ao longo da vida para resolver problemas


do quotidiano, usando as TIC;

¾ Fomentar o interesse pela pesquisa, pela descoberta e pela inovação;

¾ Desenvolver a capacidade de pesquisar, tratar, produzir e comunicar informação,


quer por tecnologias tradicionais, quer através das novas tecnologias de
informação e comunicação;

¾ Desenvolver capacidades para utilizar adequadamente e manipular com rigor


técnico aplicações informáticas articulando com as aprendizagens e tecnologias
das outras áreas de conhecimento;

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¾ Promover as práticas inerentes as normas de segurança dos dados e da


informação;

¾ Utilizar as TIC no processo de interaja com a comunidade para o levantamento de


necessidades, ouvir opiniões e propor projectos

¾ Capacidade de lidar com a complexidade, diversidade e mudança;

¾ Desenvolvimento de projectos e estratégias de implementação individualmente ou


em grupo.

5. Competências do ciclo

¾ Partilha a informação quer por tecnologias tradicionais, quer através das novas
tecnologias de informação e comunicação;

¾ Usa e integra várias ferramentas Tecnológicas nas diferentes línguas;

¾ Promove e participa em exposições e concursos em que apresenta e divulga os


trabalhos elaborados por si e pelos colegas;

¾ Opera com diferentes tecnologias, gere e partilha informação e conhecimento de


forma adequada;

¾ Reconhece as suas lacunas e procura supera-las com recurso as TIC;

¾ Aplica, a informação recolhida das diversas fontes, em vários contextos na


realização e apresentação de trabalhos;

¾ Aplica as diferentes tecnologias na resolução de problemas, da comunidade, do


país, e do mundo;

¾ Demonstra os conhecimentos teóricos nas diferentes tecnologias na partilha de


informação entre diferentes projectos;

¾ Comunica, discute e defende descobertas e ideias próprias, respeitando a opinião


dos outros, permitindo a sua participação

¾ Identifica usando as TIC potenciais focos de conflito na implementação de


projectos e propõe soluções respeitando as leis;

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¾ Usa as TIC na divulgação de informação que apele ao uso de leis na gestão e


resolução de conflitos;

¾ Utiliza recursos tecnológicos no processo de interacção com outros cidadãos e


órgãos do estado, no levantamento de opiniões e sugestões para a solução eficaz
de problemas identificados;

¾ Usa as TIC para disseminar a informação que conduz a melhoria no atendimento


medico e saúde da comunidade;

¾ Usa as TIC, para produzir programas uteis baseados na realidade local para
melhorar a sua formação académica e da comunidade;

¾ Fomenta de forma inovadora e continua, a aprendizagem para adaptação a novas


situações usando as TIC;

¾ Desenvolve e divulga projectos que consistem num sistema de comunicação e


interacção regular entre alunos, escolas e comunidade;

¾ Partilha conhecimento de iniciativas de aprendizagem utilizando as TIC na região e


no continente;

¾ Trabalha em equipe com outros alunos para projectar, desenvolver, implementar e


avaliar novos sistemas de educação rural e comunitária favoráveis aos portadores
de deficiência, idosos, crianças e outra população vulnerável

6 . Visão Geral dos Conteúdos II Ciclo

11ª Classe

1. Aplicativos

Sistemas operativos

Processamento de Texto

Folha de cálculos

Criação de apresentações

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Redes

2. Introdução à Metodologia de Trabalho de Projecto

Conceitos básicos

Preparação e planeamento de projectos

Apresentação do projecto

3. Criação de páginas Web

Conceitos básicos

Técnicas

Publicação

12ª Classe

1. Introdução de Base de dados

Conceitos básicos

Introdução às Bases de Dados

Criação e gestão de Bases de Dados

Programa de gestão de Bases de Dados

2. Introdução a programação

Conceitos básicos

Diagramas lógicos

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3. Segurança informática

Segurança e gestão de anti-virus

4. Trabalho de projecto

Técnicas de implementação

Desenho

Avaliação do projecto

Apresentação do projecto

7. Visão geral dos conteúdos da 12ª classe

I Trimestre

1. Introdução de Base de dados

Conceitos básicos .................................................................... 2 h

Introdução às Bases de Dados ................................................... 4 h

Criação e gestão de Bases de Dados .......................................... 18 h

II Trimestre

2. Introdução a programação

Conceitos básicos ............................................................... 4 h

Diagramas lógicos .............................................................. 8 h

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3. Segurança informática

Segurança e gestão de anti-virus .......................................... 12 h

III Trimestre

4. Trabalho do projecto

Técnicas de implementação .......................................................4 h

Desenho ...............................................................................10 h

Implementação e avaliação do projecto......................................10 h

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8 . Plano temático
12ª Classe

Unidade Temática 01 - Introdução de Base de dados

Unidade Objectivos Conteúdos Carga


Competências básicas
Temática específicos Horária

Conceitos básicos • Conhece e aplica as metodologias da 2


Introdução de Base de dados

análise estruturada de sistemas


Conceito de bases de dados
• Adapta-se à evolução dos sistemas
Conhecer e
gestores de bases de dados.
caracterizar uma base
• Estuda e desenvolve modelos.
de dados Introdução às Bases de Dados
• Controla a dimensão e a qualidade da
informação.
Identificar as técnicas Formas de organização de uma base de
• Define procedimentos para segurança,
de desenho de uma dados
salvaguarda e recuperação da informação
base de dados Principais utilizações de uma base de
dados
• Conhece diferentes plataformas ou
Desenhar e gerir uma
Criação e gestão de Bases de ambientes de programação e gestão de
base de dados 18
Dados1 bases de dados

Sistemas de gestão de bases de dados • Cria e gere bases de dados


Modelos de bases de dados

1
O programa de Base de dados recomendo é o MS Access

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Sugestões Metodológicas

Sugere-se que o professor:


Fazça uma breve exposição teórica acompanhada do desenvolvimento do exemplo prático
através da utilização de um sistema de projecção;
Apresente esquematicamente os conceitos de base de dados fomentando sempre que
possível o debate com os alunos;
Fazça uma abordagem teórica e simples por forma a despertar nos alunos a consciência da
importância e da utilização das bases de dados na actualidade;
Ilustre a exposição teórica com exemplos práticos através da utilização de um sistema de
projecção vídeo ou data-show;
Solicite aos alunos que investiguem, na Internet por exemplo, as utilizações mais comuns de
uma base de dados;
Proceda à demonstração do funcionamento global do programa de B.D., fazendo uso do
projector vídeo ou data-show;

Sugestões de tarefas
Os alunos deverão iniciar o processo de criação de uma Tabelade uma base de dados
através de um exemplo concreto, trabalho esse que será em grupo e que poderá ser
considerado no processo de avaliação.
Por exemplo poderão iniciar a construção de uma base de dados, relativa à turma, em que
se inclua informação relativa a alunos, professores, disciplinas, classificações, faltas, etc.
Pode, também como exemplo, ser construída uma base de dados para gestão da biblioteca
escolar, cantina escolar, aniversariantes da turma, etc.
Poderá ainda ser criada a simulação de uma base de dados para uma pequena empresa,
para gestão de stocks, facturas, clientes, fornecedores, ou bases de dados para as
disciplinas de ciências ( Ex. Biologia e Química).

Todos os conteúdos relativos à tabelas, consultas, formulários, relatórios, páginas, macros e


módulos serão abordados no normal desenvolvimento da construção da base de dados.
Os alunos e o professor deverão iniciar o processo de criação de uma nova Consulta.
Aquando do inicio do processo de criação de um Formulário, o aluno exercita acrescentando
elementos gráficos e cores que tornem a apresentação da informação mais agradável e clara
do que a apresentada nas Tabelas.
Os alunos deverão iniciar o processo de criação de um Relatório que permita imprimir toda a
informação das Tabelas e das Consultas da B.D. elaborada.
Realizar um breve enquadramento teórico do tema e proceder à demonstração do
funcionamento global do software.
Os exemplos devem ser dados sempre com a ajuda do computador.

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Privilegiar as aulas práticas para que os alunos utilizem o computador;


Estimular o trabalho de grupo;

Sempre que possível, o professor deve orientar o aluno para a realização de projectos
tecnológicos (que possa eventualmente ser posto ao serviço da comunidade) no qual
tenham de aplicar os conhecimentos adquiridos.
Apresentar aos alunos situações novas em que tenham de aplicar os conceitos
apresentados.
Fomentar nos alunos actividades de investigação tecnológica ou ligadas a problemas reais
do meio empresarial.
Incutir nos alunos a procura, manuseamento e utilização de outro software do mesmo tipo
do proposto nas aulas.

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Unidade temática 02 - Introdução a programação e segurança de computadores

Unidade Objectivos Conteúdos Carga


Competências básicas
Temática específicos Horária
Conhece algumas linguagens de
Identificar as Conceitos básicos programação. Explica o conceito de
Introdução a programação

diferentes linguagens “objecto orientado” programação 4


de programação Ambiente de programação
Linguagens de programação
Sabe traduzir um processo simples em
Raciocinar Diagramas lógicos diagrama. 8
logicamente na
solução de problemas Algoritmos Conhece as imagens básicas dos
Representação de algoritmos diagramas

Conhece os tipos de vírus e spyware, 12


computadores
Segurança

Gerir a segurança de conhece aforma de limpar e evitar a


Segurança e gestão de anti-virus
computadores infecção de computadores, conhece
formas de procurar informação sobre
de

os vírus.

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Sugestões metodológicas

Sugere-se que na introdução deste tema, o professor apresente exemplos de linguagens


naturais em Português ou Inglês e algumas linguagens de programação como linguagens
formais, referindo o esforço que tem sido feito no sentido da aproximar as últimas das
primeiras, nomeadamente com as linguagens de 4ª geração.

Nas fases subsequentes o professore deve:


Apresentar os conceitos enunciados e exercitar aspectos como os das prioridades dos
operadores e as compatibilidades de tipos.

Levar os alunos a efectuarem em papel o tracing dos seus algoritmos, repetindo-o ao longo dos
itens: estruturas de controlo, arrays e subrotinas.

Apresentar e exercitar o uso de estruturas de controlo, em particular as de selecção ou decisão


e as repetitivas.

Apresentar as estruturas lineares estáticas de dados, assim como alguns algoritmos típicos,
nomeadamente de pesquisa e de ordenação. Levar os alunos a exercitarem algoritmos com
recurso a estas estruturas.

Apresentar os conceitos apoiados em exemplos claros. Levar os alunos a treinar os conceitos,


através de exemplos (orientados, de início).

Exemplificar como usar um diagrama de contexto e a lista de eventos para construir o modelo
ambiental.

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Unidade temática 03 - Trabalho de projectos

Conteúdos
Unidade Temática Objectivos específicos Competências básicas Carga Horária

Desenho

Identificação e formulação do
Desenvolve a capacidade de
problema
trabalhar em grupo e de 4
Registo e interligação das tarefas
cooperar com os outros em
Recursos
tarefas e projectos comuns
Elaborar projecto simples
Trabalho do projecto

Incentiva a autonomia e o
Dominar as técticas de pensamento crítico e criativo
implementação Técnicas de implementação
Capacidade de seleccionar
10
Implementar um projecto Princípios de gestão de projectos informação para a realização do
Etapas de gestão de projecto projecto e do respectivo
Avaliar um projecto resumo
Implementação de um projecto

Desenvolve a capacidade de
Avaliação do projecto
expor ideias, defender e
argumentar 10
Relatórios de progresso

Conclusões e recomendações

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Sugestões metodológicas

O professor deverá proceder a uma avaliação diagnostica de modo a poder orientar os alunos
na planificação do seu projecto. Esta avaliação permitirá ao professor garantir uma gestão
adequada do processo de ensino-aprendizagem.

Esta unidade é iniciada no princípio na 11ª classe para que os alunos tenham as ferramentas
necessárias para que ao longo do ano, posam desenvolver o seu projecto.

O professor deverá efectuar uma breve introdução teórica sobre o Trabalho de Projecto .
O papel do professor deve ser o de mmoderador e orientador, proporcionando o
desenvolvimento da autonomia dos alunos.

O professor deve desde cedo, motivar os alunos sobre possíveis projectos a desenvolver e
estimular o trabalho em grupo.

Solicitar aos alunos a apresentação de propostas de realização de projectos (de grupo ou


individuais) devendo a escolha dos temas ser feita de acordo com o seu interesse, tendo em
conta que poderão ser abordados temas de outras disciplinas e outros assuntos relacionados
com os grandes temas mundiais da actualidade.

Os alunos deverão conhecer as fases em que o projecto se vai desenrolar e efectuar uma
planificação do trabalho que tenha em conta os limites do tempo e as condições materiais da
escola.

Os alunos deverão elaborar projectos interdisciplinares que contemplem as aprendizagens


efectuadas ou a efectuar nas unidades desta disciplina, assim como as aprendizagens das
restantes disciplinas do currículo.

Esse trabalho poderá ser individual ou em grupo e ser considerado no processo de avaliação.

9 . Sugestões metodológicas gerais

9.1.1 Métodos

Os conteúdos programáticos serão apresentados através dos métodos: Experimental; Expositivo;


Discussão; Debate; Pesquisa (com recurso a utilização de texto, diapositivos, transparências ou
outros.)

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9.1.2 Estratégias

Os objectivos anteriormente enunciados só podem ser concretizados através da colocação em


prática de propostas metodológicas coerentes com as concepções teóricas defendidas. Nesse
sentido destacam-se algumas das principais ideias que estão na base das actividades a
desenvolver.

Potenciar actividades de indagação e pequenas investigações, incluindo preferencialmente a


utilização de actividades laboratoriais ( sala de informática) e de campo. Privilegiar actividades
praticas suscitadas por situações problemáticas abertas que favoreçam a apresentação das
concepções previas dos alunos, a formulação e confrontação de hipóteses, a eventual planificação
e realização de actividades experimentais e registos de dados, atribuindo uma especial ênfase a
introdução de novos conceitos e a sua integração e estruturação. Neste tipo de actividades, o
professor deve assumir-se como dinamizador e facilitador, envolvendo os alunos na planificação
das actividades práticas.

Estimular o trabalho cooperativo, promovendo um clima de dialogo e de participação, dando


oportunidade aos alunos de explicitar as suas ideias e tornando-os conscientes das suas
concepções e das dos colegas. Oferecer a possibilidade de as confrontar entre si e em simultâneo
com os modelos científicos para que se verifique uma evolução nas suas representações mentais.

Desenvolver actividades de aprendizagem que integrem na medida do possível, os diferentes


conteúdos ao nível dos conceitos, procedimentos e unidades.

Usar as TIC como suporte na pesquisa de informação, no tratamento de dados, na construção de


modelos dinâmicos e na comunicação. Salientar, também, as potencialidades que este tipo de
ferramentas possui na promoção do trabalho cooperativo.

Valorizar o trabalho pratico como parte integrante e fundamental dos processos de ensino e
aprendizagem dos conteúdos de cada unidade. O trabalho prático deve ser entendido como um
conceito abrangente que engloba actividades de natureza diversa, que vão desde as que se
concretizam com recurso a papel e lápis até as novas Tecnologias. Assim, os alunos deverão
desenvolver competências diversificadas.

9.1.3 Actividades

Ao longo do programa são sugeridas diversas actividades que visam a construção e aquisição dos
conteúdos programáticos, a nível de conceitos, procedimentos e atitudes. Pretende-se com estas

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actividades contribuir para criar ambientes de ensino e aprendizagem que permitam aos alunos
construir o seu conhecimento.

Actividades de inquérito – Discussões relacionadas com temas do programa; Analises,


avaliações e discussões de determinados assuntos; Apresentação de trabalhos; realização de
fichas de trabalho; trabalhos em grupo.

Actividades de carácter investigativo: desenvolvimento de trabalhos de pesquisa bibliográfica,


realização de observações de campo.

Actividades de discussão: As actividades de discussão podem ser desenvolvidas por exemplo


através da projecção de filmes ou analise de excertos de textos, analise e comparação de noticias
dos órgãos de comunicação.

Resolução de problemas: É considerada como crucial para o desenvolvimento de capacidades


cognitivas complexas, assim como facilitadora da aprendizagem dos alunos uma vez que constitui
um veiculo de ligação entre conhecimento académico e não académico ou seja entre
conhecimento vinculado pela escola e o dia-a-dia. Existem cinco componentes no processo de
resolução de problemas:

Identificação do problema; Definição do problema; Exploração em possíveis soluções;


Execução de um plano para obter a solução mais correcta; Olhar e aprender pela avaliação.

Visitas de estudo: As visitas de estudo não devem ser encaradas como sucede muitas vezes
segundo uma perspectiva recreativa, mas sim como forma de concretizar os conhecimentos
teóricoso, no contacto directo com a aplicação. A não realização de visitas de estudo contribui
para a permanência de conhecimentos teóricos dos alunos. As aprendizagens cognitivas em locais
fora da escola tendem a ser recordadas por um período mais longo.

9.2 Metodologias especificas

A disciplina de TIC tem um carácter predominantemente experimental e pratico. Por isso é


necessário implementar metodologias e actividades que incidam sobre a aplicação pratica e
contextualizada dos conteúdos, a experimentação, a pesquisa e a resolução de problemas. Neste
sentido as aulas deverão privilegiar a participação dos alunos em projectos, na resolução de
problemas e de exercícios que simulem a realidade das empresas e instituições ou que abordem
temas de outras áreas disciplinares.

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A articulação de saberes das varias disciplinas deverá ser posta em pratica através da realização
de pequenos projectos que permitam ao aluno encarar a utilização das aplicações informáticas não
como um fim, mas como uma ferramenta poderosa para facilitar a comunicação, tratamento de
dados e a resolução de problemas. Sugere-se a realização de projectos colaborativos com alunos
de outras escolas ou de outros países, optimizando assim as potencialidades de comunicação via
Internet e Correio Electrónico.

O professor devera adoptar estratégias que motivem o aluno a envolver-se na sua própria
aprendizagem e lhe permitam desenvolver a sua autonomia e iniciativa.

Propõe-se a adopção de uma metodologia orientada para a prática , a experimentação e pesquisa,


flexível as diferentes situações e fases da aprendizagem.

As cargas horárias indicadas para cada unidade deverão ser consideradas como uma sugestão,
que será ajustada às características e necessidades especificas de cada Tema / turma.

10 . Avaliação

Pretende-se que esta disciplina seja essencialmente prática e experimental, orientada para a
formação de utilizadores competentes nestas tecnologias.

Para atingir esta meta, o ensino das TIC deverá ser feito em articulação e interacção com as
demais disciplinas, por forma a que os alunos sejam confrontados com a utilização das aplicações
informáticas mais comuns em contextos concretos e significativos.

Os procedimentos de avaliação dos alunos nesta disciplina têm de ser articulados de


forma coerente com o seu carácter eminentemente prático e experimental.

Assim, a avaliação deverá privilegiar o seu carácter formativo e permitir a orientação do processo
ensino-aprendizagem.

É fundamental que, no início do ano lectivo, seja realizada uma avaliação diagnostica que permita
identificar grupos diferenciados e estabelecer um plano de acção para cada grupo de alunos, não
perdendo de vista o desenvolvimento, para todos eles, das competências do ciclo que se
encontram definidas neste programa.

Deve ser privilegiada a observação directa do trabalho desenvolvido pelos alunos durante as
aulas, utilizando para isso grelhas de observação que permitam registar o seu desempenho nas
situações que lhe são proporcionadas, a sua evolução ao longo do ano lectivo, o interesse e a
participação, a capacidade de desenvolver trabalho em grupo, a capacidade de explorar, investigar

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e mobilizar conceitos em diferentes situações, a qualidade do trabalho realizado e a forma como o


gere, organiza e auto-avalia.

A avaliação é fundamentalmente contínua, permitindo o registo da evolução do aluno aula a aula e


a recuperação, em tempo útil, de qualquer dificuldade. Estão previstos momentos de avaliação
sumativa, procedendo-se à realização de provas de carácter prático ou teórico-prático que
permitam avaliar os conhecimentos adquiridos e as competências desenvolvidas ao longo do
processo de ensino-aprendizagem.

Outra fonte de informação que pode dar um contributo importante para a avaliação reside na
concepção, realização, apresentação e discussão em turma de um ou vários projectos
interdisciplinares, que permitem a mobilização dos saberes adquiridos na disciplina em função de
problemas ou temas de pesquisa que poderão estar ligados a outras áreas do conhecimento.

A classificação a atribuir aos alunos será resultado dos seguintes itens:

Competências e Saberes (75%)

¾ Testes de Avaliação (25%) com componente teórica e prática.

¾ Trabalhos de grupo (20%)

¾ Trabalhos individuais (30%)

• Demonstra empenho e responsabilidade na concretização dos trabalhos

• Executa tarefas de forma autónoma, mobilizando competências para ultrapassar


dificuldades

• Evidencia rigor, organização, qualidade e respeita os tempos de execução na realização


dos trabalhos

• Utiliza adequadamente as TIC em contextos diversos

• Tem capacidade de investigar, desenvolvendo novas competências pelos seus próprios


meios

• Manifesta capacidades de inter ajuda na sala de aula.

Atitudes e Valores (25%)

¾ Comportamento

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¾ Preservação do Material

¾ Cumprimento das Regras de acesso e funcionamento da sala de informática

¾ Participação na aula

¾ Capacidade de organização

¾ Autonomia

¾ Interesse

¾ Pontualidade, Asseio e Assiduidade

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