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Aula 06

TSE (Analista Judiciário) Passo


Estratégico de Direito Eleitoral - 2022
(Pré-Edital)

Autor:
Fabiano Pereira

09 de Agosto de 2022

Bons estudos -Bons Estudos


Fabiano Pereira
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Sumário

APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................................... 3

Análise Estatística ................................................................................................................................... 4

Roteiro de Revisão e pontos do assunto que merecem destaque ............................................................. 4

Aposta Estratégica ................................................................................................................................ 14

Questões estratégicas ........................................................................................................................... 14

Perguntas com respostas ................................................................................................................................. 32

Lista de Questões estratégicas .............................................................................................................. 35

Gabarito sem comentários .................................................................................................................... 42

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APRESENTAÇÃO
Olá!

A aula de hoje versará sobre tema que precisa de atenção especial do candidato porque
possui bastante incidência em concursos públicos: partidos políticos.

A exemplo de assuntos anteriores, o tópico também pode ser cobrado tanto nas provas de
Direito Eleitoral quanto nas provas de Direito Constitucional, pois está contido no art. 17 da CF/88
e na Lei 9.096/1995.

No Passo Estratégico o nosso objetivo é focar nos tópicos mais relevantes e com maior
probabilidade de cobrança em prova. Todavia, lembre-se de que este material deve ser utilizado em
conjunto com o curso completo, para permitir a absorção de todos os detalhes relativos ao tema
estudado.

Persistindo alguma dúvida ou questionamento, entre em contato comigo, pois o nosso


compromisso é com a sua nomeação!!

Até a próxima aula!

Prof. Fabiano Pereira

Caso você ainda tenha alguma dúvida sobre a organização ou funcionamento do curso, fique à
vontade para esclarecê-las por meio das minhas redes sociais ou do fórum do aluno:

https://www.youtube.com/channel/UC1YEcia-RD3icTwWx5ZBjzw

https://www.instagram.com/fabianopereiraprof

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ANÁLISE ESTATÍSTICA
A fim de que você possa se preparar com mais eficiência e garantir o maior número possível
de acertos no dia da prova, nada mais coerente do que estudar o estilo da banca examinadora.
Entretanto, conforme afirmei nas aulas anteriores, ainda não sabemos qual será a banca
examinadora do Concurso Unificado que será organizado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Diante disso, optei por fazer a análise estatística levando em consideração as principais
bancas que organizam concursos públicos no Brasil, pois, assim, podemos nos preparar para
qualquer situação provável no concurso unificado.

Entendo que se você foca na assimilação e memorização do conteúdo, independentemente


de qual seja a banca examinadora, você tem grandes chances de acertar a questão no dia da prova.

Analisando-se as questões sobre o tema “partidos políticos”, eis o percentual de cobrança,


de cada assunto, nas questões de prova!

ASSUNTO GRAU DE INCIDÊNCIA


Regras constitucionais – art. 17 da CF/88 31%

Disposições preliminares – Lei 9.096/95 17%

Filiação partidária – Lei 9.096/95 15%

Fidelidade partidária – Lei 9.096/95 e Resolução TSE


13%
22.670/2007

Fusão e incorporação – Lei 9.096/95 10%

Das finanças e contabilidade – Lei 9.096/95 9%

Organização e funcionamento – Lei 9.096/95 5%

ROTEIRO DE REVISÃO E PONTOS DO ASSUNTO QUE MERECEM DESTAQUE


A ideia desta seção é apresentar um roteiro para que você realize uma revisão completa do
assunto e, ao mesmo tempo, destacar aspectos do conteúdo que merecem atenção.

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Para revisar e ficar bem preparado no assunto “partidos políticos”, você precisa iniciar o
estudo do texto constitucional e, posteriormente, focar no texto da Lei 9.096/1995, observando o
roteiro a seguir:

1. O art. 17 da CF/88 dispõe que é livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos
políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos
fundamentais da pessoa humana.

1.1. Na fusão, o partido A se une ao partido B, dando origem ao partido C. Nesse caso, os
partidos A e B deixam de existir, pois os seus filiados migrarão para o partido C.

 A fusão entre partidos políticos ocorrerá por decisão de todos os órgãos nacionais de
deliberação das agremiações envolvidas, observando as seguintes normas: I - os órgãos de
direção dos partidos elaborarão projetos comuns de estatuto e programa; II - os órgãos
==13272f==

nacionais de deliberação dos partidos em processo de fusão votarão em reunião conjunta,


por maioria absoluta, os projetos, e elegerão o novo órgão de direção nacional que
promoverá o registro do novo partido.

1.2. Na incorporação envolvendo os partidos X e Y, apenas um deles irá desaparecer.


Suponhamos que o partido X seja incorporado pelo partido Y. Nesse caso, as pessoas que eram
filiadas ao partido X passarão a ser filiadas ao partido Y, que continuará existindo normalmente,
enquanto o partido X é extinto.

 A Lei 9.096/1995, em seu art. 29, § 2º, afirma que, observada a legislação civil, caberá ao
partido incorporando (aquele que deixará de existir) deliberar, por maioria absoluta de
votos, em seu órgão nacional de deliberação, sobre a adoção do estatuto e do programa de
outra agremiação (partido incorporador). Após a decisão do órgão nacional do partido
incorporando, autorizando a adoção do estatuto e do programa do partido incorporador,
realizar-se-á uma reunião conjunta dos órgãos nacionais de ambos os partidos, para a eleição
de um novo órgão de direção nacional, que poderá ser composto por representante dos dois
partidos envolvidos.

1.3. O pluripartidarismo é o princípio que dispõe que não há limite ao número de partidos
políticos no Brasil, portanto, qualquer questão de prova que afirme que a legislação estabelece uma
quantidade máxima de partidos que podem ser criados deve ser considerada incorreta.

2. Os partidos políticos, durante o processo de criação e funcionamento, devem observar os


seguintes preceitos constitucionais:

2.1. Caráter nacional – não se admite a criação de partido político com o propósito de atuar
apenas em uma determinada cidade e/ou Estado.

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2.2. Proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros


ou de subordinação a estes, pois esse comportamento poderia colocar em risco a própria segurança
nacional, caso a agremiação passasse a atuar na defesa de seus financiadores.

2.3. Prestação de contas à Justiça Eleitoral – apesar de receberem recursos provenientes dos
cofres da União, os partidos políticos não estão obrigados a prestar contas ao Tribunal de Contas da
União – TCU e sim à Justiça Eleitoral.

2.4. Funcionamento parlamentar de acordo com a lei, que estabelecerá as diretrizes que
devem ser observadas pelas agremiações partidárias durante a atuação em cada casa legislativa.

3. O § 1º do art. 17 da CF/88 estabelece que é assegurada aos partidos políticos autonomia


para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus
órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os
critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração
nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito
nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina
e fidelidade partidária.

3.1. Ao responder às questões de prova, lembre-se de que essa autonomia não é absoluta ou
ilimitada, pois os partidos devem observar os limites previstos legalmente.

3.2. Apesar da autonomia para definir o prazo de duração de seus órgãos permanentes e
provisórios, deve ficar claro que a Lei 13.831/2019 alterou a Lei 9.096/1995, que passou a dispor
que “o prazo de vigência dos órgãos provisórios dos partidos políticos poderá ser de até 8 (oito)
anos”.

3.3. A emenda constitucional 97/2017 proibiu a celebração de coligações nas eleições


proporcionais, modificação que passou a produzir efeitos apenas nas eleições de 2020.

3.4. O texto constitucional é claro no sentido de que os partidos políticos não estão
obrigados a observar qualquer tipo de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional,
estadual, distrital ou municipal. Em outras palavras, foi superado o entendimento do Tribunal
Superior Eleitoral que determinava a verticalização (vinculação de candidaturas) e atualmente as
agremiações partidárias são livres para definir os critérios de escolha e o regime de suas coligações.

3.5. É vedado ao partido político ministrar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de


organização da mesma natureza e adotar uniforme para seus membros.

4. Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica no Cartório de Registro das


Pessoas Jurídicas de sua sede (que pode estar localizada em qualquer cidade do país), na forma da
lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

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4.1. Lembre-se de que o processo de criação de um novo partido político se divide em três
etapas: 1ª) Registro no Cartório das Pessoas Jurídicas da cidade na qual fica a sua sede; 2ª)
Comprovação do apoiamento mínimo; 3ª) Registro perante o Tribunal Superior Eleitoral.

 Somente o registro do estatuto do partido no Tribunal Superior Eleitoral assegura a


exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos, vedada a utilização, por outros
partidos, de variações que venham a induzir a erro ou confusão.
4.2. A Lei 14.208/2021 alterou a Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/1995) para instituir as
federações partidárias. Dessa maneira, “dois ou mais partidos políticos poderão reunir-se em
federação, que após sua constituição e respectivo registro perante o Tribunal Superior Eleitoral,
atuará como se fosse uma única agremiação partidária” (art. 11-A).

Alguns aspectos da federação de partidos, instituída pela Lei nº 14.208/2021, devem ser
objeto de nossa atenção:

a) a união dos partidos é temporária: a norma prevê o período mínimo de 4 anos. Os


partidos reunidos em federação deverão permanecer a ela filiados durante esse período.
Caso descumpra essa regra, estará o partido sujeito a ficar proibido de ingressar em outra
federação e de celebrar coligação nas 2 eleições seguintes, bem como proibido de
utilizar o Fundo Partidário até completar o prazo mínimo remanescente para completar
os 4 anos. Somente partidos com registro definitivo no TSE podem integrar uma
federação;
b) a federação terá abrangência nacional: todos órgãos partidários (municipal,
estadual/distrital e nacional) das agremiações integrantes se submetem à federação
instituída.
c) preservam-se a identidade e autonomia dos partidos integrantes;
d) a federação poderá ser constituída até a data final das convenções partidárias;
e) depende de registro no TSE;
f) aplicam-se todas as regras relacionadas ao funcionamento parlamentar e à fidelidade
partidária.

5. A CF/88, em seu art. 17, § 3º (inserido pela emenda constitucional 97/2017), dispõe que
somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na
forma da lei, os partidos políticos que alternativamente:

I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos
votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de
2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou

II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um
terço das unidades da Federação.

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5.1. O disposto no § 3º do art. 17 da Constituição Federal quanto ao acesso dos partidos


políticos aos recursos do fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio e na televisão aplicar-se-
á a partir das eleições de 2030.

6. Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter nacional,


considerando-se como tal aquele que comprove, no período máximo de dois anos, o apoiamento
de eleitores não filiados a partido político (se o eleitor é filiado a partido político não pode apoiar
a criação de outra agremiação), correspondente a, pelo menos, 0,5% (cinco décimos por cento) dos
votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não computados os votos em
branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de 0,1% (um
décimo por cento) do eleitorado que haja votado em cada um deles.

6.1. Só o partido que tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral pode
participar do processo eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso gratuito ao rádio
e à televisão, nos termos fixados nesta Lei.

 Deve ficar claro que perante o Cartório de Registro das Pessoas Jurídicas o partido
político adquire apenas a personalidade jurídica, mas ainda não está apto a participar
do processo eleitoral.

7. Para facilitar a resolução de questões na prova, anote quais são as principais informações
cobradas pelas bancas examinadoras sobre o processo de criação de novo partido político:

7.1. Exige-se o número mínimo de 101 membros fundadores, com domicílio eleitoral em, no
mínimo, 1/3 (um terço) dos Estados.

7.2. Adquirida a personalidade jurídica perante o Cartório, o partido promove a obtenção do


apoiamento mínimo de eleitores.

 Para registro perante o Cartório das Pessoas Jurídicas, exige-se: I - cópia autêntica da
ata da reunião de fundação do partido; II - exemplares do Diário Oficial que publicou,
no seu inteiro teor, o programa e o estatuto; III - relação de todos os fundadores com
o nome completo, naturalidade, número do título eleitoral com a Zona, Seção,
Município e Estado, profissão e endereço da residência.

7.3. A prova do apoiamento mínimo de eleitores é feita por meio de suas assinaturas, com
menção ao número do respectivo título eleitoral, em listas organizadas para cada Zona, sendo a
veracidade das respectivas assinaturas e o número dos títulos atestados pelo Escrivão Eleitoral
(Chefe de Cartório), no prazo máximo de 15 dias.

7.4. Protocolado o pedido de registro no Tribunal Superior Eleitoral, o processo respectivo,


no prazo de quarenta e oito horas, é distribuído a um Relator, que, ouvida a Procuradoria-Geral, em

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dez dias, determina, em igual prazo, diligências para sanar eventuais falhas do processo. Se não
houver diligências a determinar, ou após o seu atendimento, o Tribunal Superior Eleitoral registra o
estatuto do partido, no prazo de trinta dias.

8. A Lei 9.096/1995, em seu art. 13, dispõe que "tem direito a funcionamento parlamentar,
em todas as Casas Legislativas para as quais tenha elegido representante, o partido que, em cada
eleição para a Câmara dos Deputados obtenha o apoio de, no mínimo, cinco por cento dos votos
apurados, não computados os brancos e os nulos, distribuídos em, pelo menos, um terço dos
Estados, com um mínimo de dois por cento do total de cada um deles".

8.1. Analisando-se o inteiro teor do dispositivo legal, pode-se concluir que nem todos os
partidos políticos teriam o direito ao funcionamento parlamentar assegurado, pois, para tanto, seria
necessário obter uma quantidade mínima de votos nas eleições, uma cláusula de barreira que
deveria ser atingida.

8.2. Para responder às questões de prova, lembre-se sempre de que a cláusula de barreira
não está mais em vigor, pois foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Sendo
assim, para usufruírem do funcionamento parlamentar os partidos políticos não precisam alcançar
nenhuma quantidade mínima de votos nas eleições.

9. O art. 16 da Lei 9.096/1995 prevê que só pode filiar-se a partido o eleitor que estiver no
pleno gozo de seus direitos políticos. Todavia, o Tribunal Superior Eleitoral, em várias oportunidades,
decidiu que se o eleitor é apenas inelegível - cumpriu a pena imposta em condenação criminal, mas
o crime cometido está previsto na Lei Complementar 64/1990, por exemplo -, poderá se filiar a
partido político normalmente, apesar de não poder disputar cargo eletivo.

9.1. Nos casos de mudança de partido de filiado eleito, a Justiça Eleitoral deverá intimar
pessoalmente a agremiação partidária e dar-lhe ciência da saída do seu filiado, a partir do que
passarão a ser contados os prazos para ajuizamento das ações cabíveis, a exemplo da ação
declaratória de perda de mandato eletivo por infidelidade partidária.

9.2. Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação escrita ao órgão de direção
municipal e ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito. Decorridos dois dias da data da entrega da
comunicação, o vínculo torna-se extinto, para todos os efeitos.

9.3. O art. 22 da Lei 9.096/1995 dispõe que o cancelamento imediato da filiação partidária
verifica-se nos casos de: I - morte; II - perda dos direitos políticos; III - expulsão; IV - outras formas
previstas no estatuto, com comunicação obrigatória ao atingido no prazo de quarenta e oito horas
da decisão; V - filiação a outro partido, desde que a pessoa comunique o fato ao juiz da respectiva
Zona Eleitoral.

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9.4. Havendo coexistência de filiações partidárias (um mesmo eleitor filiado a dois partidos
distintos), prevalecerá a mais recente, devendo a Justiça Eleitoral determinar o cancelamento das
demais.

9.5. No que se refere ao tema fidelidade partidária, a banca pode exigir conhecimentos sobre
os seguintes assuntos, que resumi abaixo:

 O atual entendimento do Tribunal Superior Eleitoral é no sentido de que o mandato


do parlamentar (apenas deputado e vereador) pertence ao partido político, portanto,
no caso de pedido de cancelamento de filiação e/ou mudança de agremiação sem
justa causa, o envolvido está sujeito à perda do mandato eletivo.

 A Súmula nº 67 do TSE dispõe que a perda do mandato em razão da desfiliação


partidária não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema majoritário (Presidente e
vice, Governador e vice, Prefeito e vice, assim como senador).

 A Lei 9.096/1995, em seu art. 22-A, considera como justa causa para desfiliação de
partido política, sem a perda do respectivo mandato: I - mudança substancial ou desvio
reiterado do programa partidário; II - grave discriminação política pessoal; e III -
mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo
de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao
término do mandato vigente.

 É importante esclarecer que o Juiz Eleitoral não possui competência para processar e
julgar ação declaratória de perda de mandato eletivo por infidelidade partidária, nem
mesmo em relação ao cargo de vereador. A Resolução TSE nº 22.610/2007, em seu
art. 2º, dispõe que “o Tribunal Superior Eleitoral é competente para processar e julgar
pedido relativo a mandato federal; nos demais casos, é competente o tribunal
eleitoral do respectivo estado”.

 Eis a competência para processar e julgar as ações declaratórias de perda de mandato


eletivo por infidelidade partidária:

MANDATO ELETIVO COMPETÊNCIA


Vereador, Prefeito, Vice-Prefeito,
Deputado Estadual, Governador e Tribunal Regional Eleitoral
Vice-Governador
Deputado Federal, Senador,
Tribunal Superior Eleitoral
Presidente e Vice-Presidente

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10. É vedado ao partido receber, direta ou indiretamente, sob qualquer forma ou pretexto,
contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável em dinheiro, inclusive através de publicidade de
qualquer espécie, procedente de pessoa jurídica. Apenas pessoas físicas podem realizar doações
para partidos políticos e/ou candidatos, limitadas a 10% (dez por cento) dos rendimentos brutos
auferidos pelo doador no ano anterior à eleição.

10.1. O partido está obrigado a enviar, anualmente, à Justiça Eleitoral, o balanço contábil do
exercício findo, até o dia 30 de junho do ano seguinte. Trata-se da denominada prestação anual de
contas, que possui caráter jurisdicional, e que deve ser apresentada perante os seguintes órgãos:

Órgão Nacional do partido político Prestação de contas perante o TSE

Órgão Estadual do partido político Prestação de contas perante o TRE


Órgão Municipal do partido político Prestação de contas perante o Juiz Eleitoral

10.2. Os órgãos partidários municipais que não hajam movimentado recursos financeiros ou
arrecadado bens estimáveis em dinheiro ficam desobrigados de prestar contas à Justiça Eleitoral e
de enviar declarações de isenção, declarações de débitos e créditos tributários federais ou
demonstrativos contábeis à Receita Federal do Brasil, bem como ficam dispensados da certificação
digital, exigindo-se do responsável partidário, até o dia 30 de junho do anos após o respectivo
exercício financeiro, a apresentação de declaração da ausência de movimentação de recursos nesse
período.

10.3. A desaprovação da prestação de contas do partido não ensejará sanção alguma que o
impeça de participar do pleito eleitoral. Ademais, as decisões da Justiça Eleitoral nos processos de
prestação de contas não ensejam, ainda que desaprovadas as contas, a inscrição dos dirigentes
partidários no Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin).

10.4. O partido pode examinar, na Justiça Eleitoral, as prestações de contas mensais ou anuais
dos demais partidos, quinze dias após a publicação dos balanços financeiros, aberto o prazo de
cinco dias para impugná-las, podendo, ainda, relatar fatos, indicar provas e pedir abertura de
investigação para apurar qualquer ato que viole as prescrições legais ou estatutárias a que, em
matéria financeira, os partidos e seus filiados estejam sujeitos.

10.5. A desaprovação das contas do partido implicará exclusivamente a sanção de devolução


da importância apontada como irregular, acrescida de multa de até 20% (vinte por cento).

 A sanção será aplicada exclusivamente à esfera partidária responsável pela


irregularidade, não suspendendo o registro ou a anotação de seus órgãos de direção
partidária nem tornando devedores ou inadimplentes os respectivos responsáveis
partidários.

 A sanção deverá ser aplicada de forma proporcional e razoável, pelo período de 1


(um) a 12 (doze) meses, e o pagamento deverá ser feito por meio de desconto nos
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futuros repasses de cotas do fundo partidário a, no máximo, 50% (cinquenta por


cento) do valor mensal, desde que a prestação de contas seja julgada, pelo juízo ou
tribunal competente, em até 5 (cinco) anos de sua apresentação, vedada a
acumulação de sanções.

10.6. Da decisão que desaprovar total ou parcialmente a prestação de contas dos órgãos
partidários caberá recurso para os Tribunais Regionais Eleitorais ou para o Tribunal Superior
Eleitoral, conforme o caso, o qual deverá ser recebido com efeito suspensivo.

10.7. Erros formais ou materiais que no conjunto da prestação de contas não comprometam
o conhecimento da origem das receitas e a destinação das despesas não acarretarão a
desaprovação das contas.

10.8. A falta de prestação de contas implicará a suspensão de novas cotas do Fundo


Partidário enquanto perdurar a inadimplência e sujeitará os responsáveis às penas da lei.

11. Não é muito comum encontrarmos em provas questões sobre o fundo partidário, mas,
como o nosso objetivo é gabaritar, penso que você deve atentar-se para os seguintes detalhes:

11.1. A Lei 9.096/1995, em seu art. 38, dispõe que o Fundo Especial de Assistência Financeira
aos Partidos Políticos (Fundo Partidário) é constituído por: I - multas e penalidades pecuniárias
aplicadas nos termos do Código Eleitoral e leis conexas; II - recursos financeiros que lhe forem
destinados por lei, em caráter permanente ou eventual; III - doações de pessoa física ou jurídica,
efetuadas por intermédio de depósitos bancários diretamente na conta do Fundo Partidário; IV -
dotações orçamentárias da União em valor nunca inferior, cada ano, ao número de eleitores inscritos
em 31 de dezembro do ano anterior ao da proposta orçamentária, multiplicados por trinta e cinco
centavos de real, em valores de agosto de 1995.

11.2. As instituições financeiras devem oferecer aos partidos políticos pacote de serviços
bancários que agreguem o conjunto dos serviços financeiros, e a mensalidade desse pacote não
poderá ser superior à soma das tarifas avulsas praticadas no mercado.

11.3. Nos termos do art. 44 da Lei 9.096/1995, os recursos oriundos do Fundo Partidário serão
aplicados da seguinte maneira:

 na manutenção das sedes e serviços do partido, permitido o pagamento de pessoal, a


qualquer título, observado, do total recebido, os seguintes limites: a) 50% (cinquenta por
cento) para o órgão nacional; b) 60% (sessenta por cento) para cada órgão estadual e
municipal;

 na propaganda doutrinária e política;

 no alistamento e campanhas eleitorais;

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 na criação e manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e educação


política, sendo esta aplicação de, no mínimo, vinte por cento do total recebido.

 na criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das


mulheres, criados e executados pela Secretaria da Mulher ou, a critério da agremiação, por
instituto com personalidade jurídica própria presidido pela Secretária da Mulher, em nível
nacional, conforme percentual que será fixado pelo órgão nacional de direção partidária,
observado o mínimo de 5% (cinco por cento) do total;

 no pagamento de mensalidades, anuidades e congêneres devidos a organismos partidários


internacionais que se destinem ao apoio à pesquisa, ao estudo e à doutrinação política, aos
quais seja o partido político regularmente filiado;

 no pagamento de despesas com alimentação, incluindo restaurantes e lanchonetes.

 na contratação de serviços de consultoria contábil e advocatícia e de serviços para atuação


jurisdicional em ações de controle de constitucionalidade e em demais processos judiciais e
administrativos de interesse partidário, bem como nos litígios que envolvam candidatos do
partido, eleitos ou não, relacionados exclusivamente ao processo eleitoral;

 na compra ou locação de bens móveis e imóveis, bem como na edificação ou construção de


sedes e afins, e na realização de reformas e outras adaptações nesses bens;

 no custeio de impulsionamento, para conteúdos contratados diretamente com provedor de


aplicação de internet com sede e foro no País, incluída a priorização paga de conteúdos
resultantes de aplicações de busca na internet, mediante o pagamento por meio de boleto
bancário, de depósito identificado ou de transferência eletrônica diretamente para conta do
provedor, o qual deve manter conta bancária específica para receber recursos dessa natureza,
proibido nos 180 (cento e oitenta) dias anteriores à eleição.

12. A Lei 14.291/22 reinseriu a possibilidade de propaganda partidária, dispondo que o partido
político com estatuto registrado no Tribunal Superior Eleitoral poderá divulgar propaganda
partidária gratuita mediante transmissão no rádio e na televisão, por meio exclusivo de inserções,
para:
I - difundir os programas partidários;
II - transmitir mensagens aos filiados sobre a execução do programa partidário, os eventos com
este relacionados e as atividades congressuais do partido;
III - divulgar a posição do partido em relação a temas políticos e ações da sociedade civil;
IV - incentivar a filiação partidária e esclarecer o papel dos partidos na democracia brasileira;
V - promover e difundir a participação política das mulheres, dos jovens e dos negros.
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APOSTA ESTRATÉGICA

Dentro do assunto “partidos políticos”, acreditamos que os dispositivos constitucionais


possuem mais chances de cobrança em prova, o que não afasta a possibilidade de cobrança do
conteúdo da Lei 9.096/1995.
Diante disso, memorize as informações apresentadas nos esquemas seguintes:

É livre a criação, fusão, incorporação e


Com o fim da obrigatoriedade de
extinção de partidos políticos,
VERTICALIZAÇÃO, os partidos NÃO
consequência do pluripartidarismo, sendo
precisam mais vincular as candidaturas em
vedado recebimento de recursos
âmbito nacional, estadual, distrital ou
financeiros de entidade ou governo
municipal.
estrangeiros ou de subordinação a estes.

PARTIDOS POLÍTICOS

Dois ou mais partidos políticos Para concorrer às eleições, o candidato


poderão reunir-se em FEDERAÇÃO, deverá possuir domicílio eleitoral na
que após sua constituição e respectivo
respectiva circunscrição pelo prazo de seis
registro perante o Tribunal Superior
Eleitoral, atuará como se fosse uma meses e estar com a filiação deferida pelo
única agremiação partidária. partido no mesmo prazo.

QUESTÕES ESTRATÉGICAS
Nesta seção, apresentamos e comentamos uma amostra de questões objetivas selecionadas
estrategicamente: são questões com nível de dificuldade semelhante ao que você deve esperar para
a sua prova e que, em conjunto, abordam os principais pontos do assunto.

A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria extensa de questões,
mas que você faça uma boa revisão global do assunto a partir de, relativamente, poucas questões.

Sendo assim, utilizaremos questões de diversas bancas para exemplificar as informações


apresentadas.

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1. (VUNESP – CÂMARA DE ITAQUAQUECETUBA /SP – VUNESP – 2018)

A respeito da Filiação e Fidelidade Partidária, com base na Lei n° 9.096/95 (Lei dos Partidos
Políticos) e na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa correta.

a) Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, ainda que com justa causa,
do partido pelo qual foi eleito.

b) Não perde a função que exerce, na respectiva Casa Legislativa, em virtude da proporção
partidária, o parlamentar que deixar o partido sob cuja legenda tenha sido eleito.

c) É facultado ao partido político estabelecer, em seu estatuto, prazos de filiação partidária


superiores aos previstos na Lei dos Partidos Políticos, com vistas a candidatura a cargos
eletivos.

d) Os prazos de filiação partidária, fixados no estatuto do partido, com vistas a candidatura a


cargos eletivos, podem ser alterados no ano da eleição.

e) A mudança de partido político realizada após a diplomação tem por consequência a perda
do mandato, independentemente de se tratar de cargo proporcional ou majoritário.

Comentários

a) Analisando-se o art. 22-A, da Lei 9.096/1995, constata-se que se o detentor de cargo eletivo
possuir justa causa para a desfiliação do partido político, a exemplo de grave discriminação política
pessoal, não perderá o mandato. Enunciado incorreto!

b) Suponhamos que o PX, em virtude da quantidade de deputados federais que elegeu na última
eleição para a Câmara dos Deputados, tenha o direito assegurado, no regimento do órgão, de indicar
um de seus parlamentares para a função de 1º Secretário da Mesa Diretora. Nesse caso, se Doquinha
foi eleito pelo PX e indicado para essa função, caso, posteriormente, deixe a legenda partidária
(independentemente do motivo), perderá a respectiva função na Mesa Diretora. Enunciado
incorreto!

c) A Lei 9.504/1997, em seu art. 9º, dispõe que “para concorrer às eleições, o candidato deverá
possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com a filiação
deferida pelo partido no mesmo prazo”. Perceba que a legislação apenas se refere a um prazo
mínimo de filiação partidária (seis meses), portanto, os partidos podem estabelecer prazos maiores
em seus respectivos estatutos. Enunciado correto!

d) Os prazos de filiação partidária, fixados no estatuto do partido, com vistas à candidatura a cargos
eletivos, não podem ser alterados no ano da eleição. É o que dispõe o art. 20, parágrafo único, da
Lei 9.096/1995. Em regra, esse é o entendimento que você tem que levar para as provas de
concursos públicos. Enunciado errado!

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e) A Súmula 67 do Tribunal Superior Eleitoral dispõe que “a perda do mandato em razão da


desfiliação partidária não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema majoritário”. Enunciado
incorreto!

Gabarito: “C”.

2. (FUNRIO – AL RR – PROCURADOR – 2018)

De acordo com a Constituição Federal de 1988, é livre a criação, fusão, incorporação e extinção
de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes
preceitos, EXCETO a/o
a) prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e STF, respectivamente.
b) proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou
de subordinação a eles.
c) caráter nacional.
d) funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

Comentários

a) Os partidos políticos devem prestar contas perante os órgãos da Justiça Eleitoral e não perante o
Supremo Tribunal Federal ou Tribunal de Contas da União. Enunciado incorreto!

b) O recebimento de recursos financeiros de entidades ou governos estrangeiros pode ensejar


violação à soberania nacional, em situações mais extremas. Sendo assim, tanto a Constitucional
Federal de 1988 quanto a Lei 9.096/1995 impõe essa vedação. Enunciado correto!

c) Não se admite a criação de partidos políticos com caráter municipal ou estadual (regional). O
caráter nacional do partido político pode ser comprovado, entre outros requisitos contidos no art.
7º da Lei 9.096/1995, por meio do apoiamento de eleitores em, no mínimo, nove Estados brasileiros
(no momento de sua criação). Enunciado correto!

d) A Lei 9.096/1995, em seu art. 13, dispõe que “o partido político funciona, nas Casas Legislativas,
por intermédio de uma bancada, que deve constituir suas lideranças de acordo com o estatuto do
partido, as disposições regimentais das respectivas Casas e as normas desta Lei”. Enunciado correto!

Gabarito: “A”.

3. (VUNESP – TJ RS – JUIZ DE DIREITO – 2018)

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Com o advento da Emenda Constitucional no 97/2017, a partir das eleições de 2020, a


celebração de coligações será
a) vedada nas eleições proporcionais, atingindo, assim, a proibição, os cargos de Vereador,
Deputado Estadual, Deputado Federal e Deputado Distrital.
b) permitida para as eleições majoritárias, ou seja, em relação aos cargos de Vereador,
Deputado Estadual, Deputado Federal e Deputado Distrital.
c) permitida para as eleições proporcionais, ou seja, em relação aos cargos de Prefeito,
Governador, Senador e Presidente da República.
d) vedada em qualquer hipótese, atingindo tanto as eleições majoritárias quanto as
proporcionais.
e) vedada nas eleições majoritárias, atingindo, assim, a proibição, os cargos de Prefeito,
Governador, Senador e Presidente da República.

Comentários

A emenda constitucional nº 97, promulgada em 04 de outubro de 2017, alterou o artigo 17,


§ 1º, da Constituição Federal de 1988, que passou a prevê que “é assegurada aos partidos políticos
autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração
de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar
os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua
celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em
âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de
disciplina e fidelidade partidária”.

Ademais, a própria EC 97/17, em seu art. 2º, dispõe que “a vedação à celebração de coligações
nas eleições proporcionais, prevista no § 1º do art. 17 da Constituição Federal, aplicar-se-á a partir
das eleições de 2020”.

A propósito, destaca-se que a vedação à formação de coligações não alcança as eleições


majoritárias (Presidente da República e Vice, Governador e Vice, Prefeito e Vice, bem como de
Senadores).

Gabarito: “A”.

4. (FGV – CÂMARA DE SALVADOR – ADVOGADO – 2018)

Maria há anos estava filiada ao Partido Político Delta. Com a alteração de suas concepções
ideológicas, decidiu filiar-se ao partido Alfa, sem que tivesse sido previamente providenciada
a desfiliação do Partido Delta. Na segunda quinzena de outubro do ano da nova filiação, ambos
os Partidos Políticos encaminharam, à Justiça Eleitoral, a relação com o nome de todos os seus
filiados.

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À luz da legislação eleitoral vigente, a Justiça Eleitoral deve:

a) determinar o cancelamento de ambas as filiações;

b) intimar Maria para que opte por uma das filiações;

c) determinar o cancelamento da filiação mais recente;

d) cancelar, pela infidelidade, o alistamento eleitoral de Maria;

e) determinar o cancelamento da filiação mais antiga.

Comentários

a) Se Maria era filiada ao Partido Delta e, posteriormente, filiou-se ao Partido Alfa sem a obrigatória
desfiliação da agremiação anterior, ensejar-se-á coexistência (duplicidade) de filiações, situação
vedada pela legislação eleitoral. Nesse caso, dispõe o art. 22, parágrafo único, da Lei 9.096/1995,
que “prevalecerá a mais recente, devendo a Justiça Eleitoral determinar o cancelamento das
demais”. Enunciado incorreto!

b) No caso em exame, como Maria se filiou aos partidos políticos em datas diferentes, o sistema da
Justiça Eleitoral, automaticamente, realiza o cancelamento da filiação mais antiga. Não há
necessidade de intimação de Maria para que possa optar por uma das filiações. Enunciado incorreto!

c) A filiação mais recente é a que irá prevalecer, sendo cancelada a filiação mais antiga. Enunciado
incorreto!

d) A inscrição eleitoral de Maria, como eleitora, não sofre qualquer alteração em virtude da
coexistência de filiações partidárias. Enunciado incorreto!

e) A Lei 9.096/1995, em seu art. 22, parágrafo único, dispõe que “havendo coexistência de filiações
partidárias, prevalecerá a mais recente, devendo a Justiça Eleitoral determinar o cancelamento das
demais”. Enunciado correto!

Gabarito: “E”.

5. (CESPE – TRE TO – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2017)

A Constituição Federal de 1988 garante aos partidos políticos

a) direito de utilização de entidade paramilitar para resguardar o processo eleitoral.

b) autonomia para fixar o regime de suas coligações eleitorais, desde que haja vinculação entre
as candidaturas em âmbito nacional, estadual e municipal.

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c) autonomia para estabelecer sua organização e seu funcionamento, sendo vedadas


disposições sobre fidelidade partidária.

d) direito ao recebimento de recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao rádio e à


televisão.

e) direito ao recebimento de recursos financeiros de entidades estrangeiras, desde que


resguardada a soberania nacional.

Comentários

a) A Constituição Federal de 1988, em seu art. 17, § 4º, dispõe que “é vedada a utilização pelos
partidos políticos de organização paramilitar”. Enunciado incorreto!

b) O art. 17, § 1º, da Constituição Federal de 1988, afirma expressamente que não há
obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou
municipal. Nesses termos, pode-se afirmar que não vigora mais a obrigatoriedade de verticalização,
interpretação do Tribunal Superior Eleitoral que, em poucas palavras, determinava que se o PX
estivesse coligado ao PY nas eleições para Presidente da República, em âmbito estadual, na eleição
para Governador apenas restariam duas hipóteses para as agremiações: PX e PY também teriam que
formar uma coligação para Governador ou disputar a eleição, cada um deles, de forma isolada (cada
um com o seu próprio candidato). Esses partidos não poderiam formar coligações, nas eleições
estaduais, com outras agremiações que não participavam da coligação de âmbito nacional.
Enunciado incorreto!

c) Os partidos políticos realmente possuem autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e
sobre sua organização e funcionamento. Ademais, seus estatutos devem estabelecer normas de
disciplina e fidelidade partidária". Enunciado incorreto!

d) A Constituição Federal realmente afirma que os partidos políticos terão direito a recursos do
fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei. Todavia, essas prerrogativas
restringem-se às agremiações que, alternativamente: I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos
Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço
das unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma
delas; ou II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um
terço das unidades da Federação. Como a questão foi bem genérica, penso que a falta de
apresentação das condições que devem ser observadas não invalida o enunciado, que deve ser
considerado correto!

e) O recebimento de recursos financeiros de entidades ou governos estrangeiros pode ensejar


violação à soberania nacional, em situações mais extremas. Sendo assim, tanto a Constitucional
Federal de 1988 quanto a Lei 9.096/1995 impõe essa vedação. Enunciado incorreto!

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Gabarito: “D”.

6. (CESPE – TRE TO – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2017)

No que se refere a criação, fusão e incorporação de partidos políticos, assinale a opção correta.

a) A incorporação de partidos políticos implica a elaboração conjunta de novos estatutos e


programa.

b) É vedada a criação de partidos políticos cujo programa atente contra a soberania nacional,
o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana.

c) Para obter seu registro, o partido político precisará comprovar seu caráter nacional,
mediante a apresentação de assinaturas de eleitores filiados a partidos políticos.

d) A lei não impõe limitações à fusão e à incorporação de partidos políticos.

e) A característica do processo de fusão de partidos políticos é a reunião de seus órgãos de


deliberação nacional para eleger uma nova direção conjunta.

Comentários

a) A Lei 9.096/1995, em seu art. 29, § 2º, dispõe que “no caso de incorporação, observada a lei civil,
caberá ao partido incorporando deliberar por maioria absoluta de votos, em seu órgão nacional de
deliberação, sobre a adoção do estatuto e do programa de outra agremiação”. Nesse caso, não há
elaboração conjunta de outro estatuto e/ou programa partidários. Enunciado incorreto!

b) O art. 2º da Lei 9.096/1995 dispõe claramente que “é livre a criação, fusão, incorporação e
extinção de partidos políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime
democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana”. Enunciado
correto!

c) Não podem apoiar a criação de novos partidos políticos eleitores que já sejam filiados a outras
agremiações partidárias. Caso ocorra, as respectivas assinaturas serão excluídas durante a
conferência a ser realizada no âmbito dos Cartórios Eleitorais. Enunciado incorreto!

d) O art. 29, da Lei 9.096/1995, dispõe que “somente será admitida a fusão ou incorporação de
partidos políticos que hajam obtido o registro definitivo do TSE há, pelo menos, 5 anos”. Em outras
palavras, pode-se afirmar que apenas os partidos que possuem, no mínimo, cinco anos de existência,
podem se submeter a um processo de fusão e/ou incorporação. Nesses termos, não há dúvidas de
que se trata de uma limitação imposta legalmente. Enunciado incorreto!

e) Em um processo de fusão, os órgãos nacionais de deliberação dos partidos envolvidos votarão,


em reunião conjunta, por maioria absoluta, os projetos, e elegerão o órgão de direção nacional que

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promoverá o registro do novo partido. Apesar de o enunciado ter ficado um pouco confuso, o fato
é que ocorre uma votação e não simplesmente uma reunião para a tomada de decisão. Enunciado
incorreto!

Gabarito: “B”.

7. (CESPE – MPE RR – PROMOTOR DE JUSTIÇA – 2017)

A respeito de partidos políticos, assinale a opção correta.

a) Os partidos políticos podem utilizar os recursos do fundo partidário para pagar multas
eleitorais decorrentes de infração à Lei das Eleições.

b) Os partidos políticos não são obrigados a cumprir exigências licitatórias para contratar e
realizar despesas com recursos do fundo partidário.

c) O partido político adquire personalidade jurídica com o registro de seu estatuto no TSE.

d) As contas partidárias que forem desaprovadas não poderão receber novas cotas do fundo
partidário até que sejam regularizadas.

Comentários

a) Em resposta à Consulta 3677, respondida na sessão de 07/06/2016, o Tribunal Superior Eleitoral


afirmou que os recursos recebidos do Fundo Partidário são vinculados, devendo ser utilizados para
o custeio de atividades partidárias. Desse modo, é vedada a utilização de recursos do Fundo
Partidário para pagamento de multas eleitorais, decorrentes de infração à Lei das Eleições.
Enunciado incorreto!

b) Os partidos políticos não estão obrigados ao cumprimento das regras contidas na Lei 8.666/1993
no momento da realização de despesas com recursos do fundo partidário. Enunciado correto!

c) A personalidade jurídica do partido político é obtida com o registro perante o Cartório das Pessoas
Jurídicas do local de sua sede e não com o registro no Tribunal Superior Eleitoral. Enunciado
incorreto!

d) A desaprovação de contas partidárias não impede o recebimento de novos recursos do fundo


partidário. Por sua vez, dispõe o art. 37-A, da Lei 9.096/1995, que “a falta de prestação de contas
implicará a suspensão de novas cotas do Fundo Partidário enquanto perdurar a inadimplência e
sujeitará os responsáveis às penas da lei”. Enunciado incorreto!

Gabarito: “B”.

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8. (CESPE – TRE PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2017)

Assinale a opção correta a respeito da prestação de contas partidária.

a) A desaprovação de suas contas sujeita o partido à suspensão do repasse de novas quotas do


Fundo Partidário.

b) A obrigação de prestar contas à justiça eleitoral atinge todos os órgãos partidários


municipais, inclusive aqueles que não hajam movimentado recursos financeiros ou arrecadado
bens estimáveis em dinheiro.

c) A desaprovação das contas do partido impede sua participação no processo eleitoral


subsequente.

d) Caso, no exame das contas, seja constatado recurso de origem não mencionada, o partido
ficará sujeito à suspensão do repasse de novas quotas do Fundo Partidário.

e) Partidos políticos podem receber recursos provenientes de entidades sindicais.

Comentários

a) A Lei 9.096/1995, em seu art. 37, dispõe que “a desaprovação das contas do partido implicará
exclusivamente a sanção de devolução da importância apontada como irregular, acrescida de multa
de até 20% (vinte por cento)”. Diante disso, pode-se afirmar que mesmo o partido com contas
desaprovadas pode receber recursos do fundo partidário. Enunciado incorreto!

b) Os órgãos partidários municipais que não tenham movimentado recursos financeiros ou


arrecadado bens estimáveis em dinheiro ficam desobrigados de prestar contas à Justiça Eleitoral,
exigindo-se do responsável partidário, até o dia 30 de junho, apenas a apresentação de declaração
da ausência de movimentação de recursos nesse período. Enunciado incorreto!

c) A Lei 9.096/1995, em seu art. 33, § 5º, dispõe que “a desaprovação da prestação de contas do
partido não ensejará sanção alguma que o impeça de participar do pleito eleitoral”. Enunciado
incorreto!

d) O art. 36, I, da Lei 9.096/1995, dispõe que “no caso de recursos de origem não mencionada ou
esclarecida, fica suspenso o recebimento das quotas do Fundo Partidário até que o esclarecimento
seja aceito pela Justiça Eleitoral”, isto é, por prazo indeterminado.

Suponhamos que o partido tenha recebido, em sua conta corrente bancária, uma doação não
identificada no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Nesse caso, como a agremiação não conseguiu
identificar o nome do depositante (doador), não poderá utilizar o recurso, sendo obrigada a

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depositá-lo em conta corrente da União, por meio do pagamento de uma GRU – Guia de
Recolhimento da União. Enunciado correto!

e) Partidos políticos não podem receber recursos financeiros e/ou doações de quaisquer pessoas
jurídicas, inclusive (e principalmente) entidades sindicais. Enunciado incorreto!

Gabarito: “D”.

9. (CESPE – TRE PE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2017)

Com relação a partidos políticos, assinale a opção correta.

a) O partido político é pessoa jurídica de direto público destinada a assegurar a autenticidade


do sistema representativo e a defesa dos direitos fundamentais.

b) Em ano de eleição, é facultado ao partido político alterar, em seu estatuto, os prazos de


filiação partidária.

c) Apenas o eleitor em pleno gozo de seus direitos políticos pode filiar-se a partido.

d) Para desligar-se do partido, o filiado tem de fazer comunicação escrita ao órgão de direção
regional desse partido e ao tribunal regional eleitoral.

e) Com o registro do estatuto do partido no registro civil das pessoas jurídicas fica-lhe
assegurada a exclusividade de uso dos seguintes elementos identificatórios: denominação,
sigla, símbolos e uniforme.

Comentários

a) Acho que você já percebeu como as bancas “adoram” afirmar que os partidos políticos possuem
personalidade jurídica de direito público, né?! Nem no sonho você pode errar uma questão sobre
esse tema: partidos políticos, sem exceção, possuem personalidade jurídica de direito privado.
Enunciado incorreto!

b) Os prazos de filiação partidária, fixados no estatuto do partido, com vistas à candidatura a cargos
eletivos, não podem ser alterados no ano da eleição. É o que dispõe o art. 20, parágrafo único, da
Lei 9.096/1995. Em regra, esse é o entendimento que você tem que levar para as provas de
concursos públicos. Enunciado incorreto!

c) A Lei 9.096/1995, em seu art. 16, dispõe expressamente que “só pode filiar-se a partido o eleitor
que estiver no pleno gozo de seus direitos políticos”. Todavia, deve ficar claro o Tribunal Superior
Eleitoral possui entendimento no sentido de que “a inelegibilidade não impede a filiação
partidária”. Em outras palavras, se o eleitor for considerado inelegível, mas ainda possuir a
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capacidade eleitoral ativa (possibilidade de votar), poderá filiar-se a partido político. Enunciado
correto!

d) Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação escrita ao órgão de direção municipal e ao
juiz eleitoral da zona em que for inscrito. Esse é o mandamento contido no art. 21 da Lei 9.096/1995.
Enunciado incorreto!

e) Nos termos do art. 7º, §3º, da Lei 9.096/1995, apenas o registro do estatuto do partido no Tribunal
Superior Eleitoral assegura a exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos, vedada a
utilização, por outros partidos, de variações que venham a induzir a erro ou confusão. Entretanto,
destaca-se que o art. 6º da Lei 9.096/1995 veda a adoção de uniforme para os seus membros.
Enunciado incorreto!

Gabarito: “C”.

10. (CESPE – TRE PE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2017)

Acerca de partidos políticos, assinale a opção correta.

a) O partido político tem soberania para definir sua estrutura interna.

b) Filiados mais antigos podem ter mais direitos que os recentes, desde que assim seja previsto
no estatuto do partido político.

c) Os órgãos de direção nacional dos partidos políticos terão pleno acesso às informações de
seus filiados constantes do cadastro eleitoral.

d) A ação do partido é exercida de acordo com seu estatuto e programa, podendo haver
subordinação da agremiação a entidade estrangeira, desde que expressamente consignado em
referidos documentos.

e) É vedada a fusão de partidos políticos.

Comentários

a) Não é correto afirmar que o partido político possui soberania para definir sua estrutura interna,
pois essa expressão possui sentido muito amplo. O texto constitucional assegura autonomia às
agremiações partidárias, que deverão observar várias limitações previstas na Constituição Federal
de 1988 e na legislação eleitoral vigente. Enunciado incorreto1

b) A Lei 9.096/1995, em seu art. 4º, dispõe expressamente que “os filiados de um partido político
têm iguais direitos e deveres”. Enunciado incorreto!

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c) Esse é o mandamento contido na Lei 9.096/1995, mais precisamente em seu art. 19, § 3º. Todavia,
deve ficar claro que o acesso se limitará às informações de seus filiados e não de todos os eleitores.
Enunciado correto!

d) As agremiações partidárias não podem se submeter a governos ou entidades estrangeiras, sob


pena de grave risco à soberania nacional. Enunciado incorreto.

e) Os partidos políticos são livres para promover fusões e/ou incorporações entre si, desde que
respeitadas as condições impostas pela Lei 9.096/1995. Enunciado incorreto!

Gabarito: “C”.

11. (FCC/TRE SP – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2017)

No que tange à prestação de contas de partido político, segundo a Lei Federal n° 9.096/1995,
a desaprovação das contas do partido implicará sanção de

a) aplicação de multa de 30% sobre a importância apontada como irregular.

b) devolução da importância apontada como irregular acrescida de multa de até 20%.

c) suspensão do registro partidário e aplicação de multa de 40% sobre a importância apontada


como irregular.

d) aplicação de multa de 40%, sobre importância recebida de forma irregular.

e) suspensão de participar de pleito eleitoral, enquanto não sanada as irregularidades


apontadas na prestação de contas.

Comentários

Eis uma questão que versa sobre dispositivo que não é muito cobrado em provas de concursos
públicos, o que fez com que muitos candidatos a errassem.

Observe que as alternativas foram elaboradas com fundamento no art. 37 da Lei 9.096/1995, que
assim dispõe: “a desaprovação das contas do partido implicará exclusivamente a sanção de
devolução da importância apontada como irregular, acrescida de multa de até 20% (vinte por
cento)”. As quatro primeiras alternativas simplesmente fazem referência ao percentual da multa
que pode ser aplicada no caso de desaprovação (20%).

Em relação à alternativa “e”, deve ficar claro que o art. 32, § 5º, da Lei 9.096/1995 afirma que “a
desaprovação da prestação de contas do partido não ensejará sanção alguma que o impeça de
participar do pleito eleitoral”.

Gabarito: “B”.
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12. (VUNESP – PREF. DE ALUMÍNIO – PROCURADOR – 2016)

Sobre o sistema eleitoral brasileiro e a filiação partidária, assinale a alternativa correta.

a) Estão permitidas as candidaturas avulsas, desde que o candidato esteja no gozo de seus
direitos políticos.

b) Para concorrer a cargo eletivo, a filiação partidária deverá ocorrer, pelo menos, um ano
antes do pleito.

c) Para se desligar de partido, o filiado deve comunicar por escrito o órgão de direção municipal
e o Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito.

d) Na existência de dupla filiação partidária, ambas são consideradas nulas para todos os
efeitos.

e) Não perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar do partido pelo qual foi
eleito, exceto se concorrer a cargo no executivo.

Comentários

a) A Lei 9.504/1997, em seu art. 11, § 14, dispõe que “é vedado o registro de candidatura avulsa,
ainda que o requerente tenha filiação partidária”. Em outras palavras, pode-se afirmar que para
disputar um cargo eletivo, o eleitor tem que ser filiado ao partido político e ser escolhido em
convenção partidária. Enunciado incorreto!

b) A Lei 9.504/1997, em seu art. 9º, dispõe que “para concorrer às eleições, o candidato deverá
possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com a filiação
deferida pelo partido no mesmo prazo”. Enunciado incorreto!

c) A Lei dos Partidos Políticos afirma expressamente, em seu art. 21 que “para desligar-se do partido,
o filiado faz comunicação escrita ao órgão de direção municipal e ao juiz eleitoral da zona em que
for inscrito”. A propósito, destaca-se que a Resolução TSE nº 23.117/2009, em seu art. 13, § 5º,
afirma que pode ser feita “a comunicação apenas ao juiz da zona eleitoral em que inscrito o filiado
na hipótese de inexistência de órgão municipal ou comprovada impossibilidade de localização do
representante do partido político”. Enunciado correto!

d) Nesse caso, dispõe o art. 22, parágrafo único, da Lei 9.096/1995, que “prevalecerá a mais recente,
devendo a Justiça Eleitoral determinar o cancelamento das demais”. Enunciado incorreto!

e) Atualmente vigora no âmbito do Supremo Tribunal Federal o entendimento de que o mandato do


parlamentar pertence ao partido político, portanto, no caso de pedido de cancelamento de filiação
e/ou mudança de agremiação, o envolvido está sujeito à perda do mandato eletivo, ainda que
pretenda disputar um cargo eletivo no Poder Executivo.

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Cuidado!! A Súmula 67 do Tribunal Superior Eleitoral dispõe que “a perda do mandato em razão da
desfiliação partidária não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema majoritário”. Nesse caso, se
Prefeitos, Governadores, Senadores ou Presidente da República podem se desligar livremente dos
partidos pelos quais foram eleitos, não caracterizando infidelidade partidária. Enunciado incorreto!

Gabarito: “C”.

13. (CESPE/PC PE – DELEGADO DE POLÍCIA – 2017)

De acordo com as disposições preliminares da Lei dos Partidos Políticos — Lei n.º 9.096/1995
—, assinale a opção correta.

a) Para que determinado partido político de caráter nacional obtenha registro de seu estatuto
junto ao TSE, serão necessários, entre outros requisitos, o apoio de eleitores não filiados a
partidos políticos.

b) O partido político, adquire personalidade jurídica após o registro de seu estatuto junto ao
TSE.

c) O partido político poderá subordinar-se a entidades estrangeiras.

d) O pedido de registro de seu estatuto junto ao TSE, assegura aos partidos políticos a
exclusividade da sua denominação, da sua sigla e dos seus símbolos.

e) O STF considera os partidos políticos como pessoas jurídicas de direito público, devido ao
fato de eles receberem recursos do fundo partidário e de terem acesso gratuito ao rádio e à
televisão.

Comentários

a) Somente eleitores que não sejam filiados a partidos políticos podem apoiar a criação de novas
agremiações. Esse “apoio” será concretizado por meio da assinatura em fichas específicas,
organizadas pelos partidos e depois entregues na Justiça Eleitoral, que se encarregará de verificar se
a assinatura contida na ficha de apoiamento se assemelha à existente no cadastro eleitoral.
Enunciado correto!

b) A personalidade jurídica será obtida pelo partido político com o registro perante o Cartório das
Pessoas Jurídicas do local de sua sede. Enunciado incorreto!

c) O recebimento de recursos financeiros ou subordinação a entidades ou governos estrangeiros


pode ensejar violação à soberania nacional, em situações mais extremas. Sendo assim, tanto a
Constitucional Federal de 1988 quanto a Lei 9.096/1995 impõe essa vedação. Enunciado correto!

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d) Não é o simples pedido de registro junto ao TSE que assegura aos partidos políticos a exclusividade
da sua denominação, da sua sigla e dos seus símbolos. Na verdade, essa exclusividade apenas é
garantida com o deferimento do pedido de registro. Enunciado incorreto!

e) Mais uma vez, enunciado afirmando indevidamente que os partidos políticos possuem
personalidade jurídica de direito púbico, quando o correto é direito privado. Enunciado incorreto!

Gabarito: “A”.

14. (VUNESP – CÂMARA DE MARÍLIA – PROCURADOR – 2016)

Com relação aos partidos políticos, é correto afirmar que


a) a fusão ou incorporação de partidos políticos é admitida àqueles que obtiveram o registro
provisório perante o Tribunal Superior Eleitoral há pelo menos dois anos.
b) a desaprovação da prestação de contas do partido ensejará no impedimento de participação
do pleito eleitoral naquele período respectivo à eleição próxima a ser realizada.
c) é vedado ao partido receber, direta ou indiretamente, sob qualquer forma ou pretexto,
contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável em dinheiro, inclusive através de publicidade
de qualquer espécie, procedente de entidade de classe ou sindical.
d) o Tribunal Superior Eleitoral dará prioridade ao partido político que possuir registro mais
antigo de sua criação, na hipótese de coincidência de data de formação de cadeia de
transmissão de propaganda partidária.
e) a propaganda partidária gratuita no rádio e na televisão é assegurada aos partidos políticos
apenas nos blocos de transmissão regulados pelo Tribunal Superior Eleitoral, ficando as
inserções às expensas da referida agremiação partidária.

Comentários

a) O art. 29, da Lei 9.096/1995, dispõe que “somente será admitida a fusão ou incorporação de
partidos políticos que hajam obtido o registro definitivo do TSE há, pelo menos, 5 anos”. Em outras
palavras, pode-se afirmar que apenas os partidos que possuem, no mínimo, cinco anos de existência,
podem se submeter a um processo de fusão e/ou incorporação. Enunciado incorreto!

b) A Lei 9.096/1995, em seu art. 33, § 5º, dispõe que “a desaprovação da prestação de contas do
partido não ensejará sanção alguma que o impeça de participar do pleito eleitoral”. Enunciado
incorreto!

c) Para responder às questões de prova, lembre-se de que qualquer tipo de doação de pessoa
jurídica a partido político está proibida, inclusive de entidades de classe ou sindical. Enunciado
correto!
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d) Com a publicação da Lei 13.487/2017, extinguiu-se a propaganda partidária gratuita,


regulamentada anteriormente pelos artigos 45 a 49 da Lei 9.096/1995. Com a Lei nº 14.291/2022, a
propaganda voltou a vigorar e incluiu-se o art. 50-A, §5º, segundo o qual, “se houver coincidência
de data, a Justiça Eleitoral dará prioridade ao partido político que apresentou o requerimento
primeiro”. Enunciado incorreto!

e) As inserções na programação podem ser reguladas pelo TSE ou pelo respectivo TRE (art. 50-A,
§7º). A norma não prevê custos para os partidos em relação às inserções de propaganda, vez que é
gratuita. Enunciado incorreto!

Gabarito: “C”.

15. (CESPE – TRE RS – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2015)

Ao final do ano, a direção do partido X reuniu-se para planejar a utilização dos recursos do
Fundo Partidário para o ano vindouro. A situação financeira desse partido encontrava-se
bastante complicada, pois suas receitas eram insuficientes para honrar seus débitos. Para
equilibrar a situação, diversas propostas foram apresentadas e discutidas na reunião.

A propósito dessa situação hipotética, assinale a opção que apresenta uma correta proposta
de solução, também hipotética, para o problema em questão, à luz da legislação vigente.

a) Deslocar os 5% dos recursos do Fundo Partidário que a lei reserva para o estímulo e a
promoção da participação política das mulheres para destinações mais urgentes, e aumentar
esse percentual depois que a situação financeira do partido for estável.

b) Solicitar à fundação de pesquisa do partido que se encarregue, com os recursos provenientes


dos 20% do Fundo Partidário que o partido a ela repassa, de um projeto de capacitação política
voltado para filiados e não filiados, previsto inicialmente para ser feito com recursos do partido.

c) Destinar, para pagamento dos funcionários da direção nacional do partido, mais do que os
50% dos recursos do Fundo Partidário que a lei estipula como limite, apresentando justificação
minuciosa por ocasião da prestação de contas.

d) Repassar para a fundação de pesquisa do partido as despesas anuais com salários e aluguéis,
com a promessa de reembolso posterior.

e) Aumentar a previsão de receita, uma vez que está acordado o ingresso de alguns deputados
no partido e, com o aumento da bancada, a receita do Fundo Partidário deve crescer.

Comentários

a) A Lei 9.096/1995, em seu art. 44, V, dispõe expressamente que parte dos recursos do fundo
partidário deve ser investido na criação e manutenção de programas de promoção e difusão da

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participação política das mulheres, criados e executados pela Secretaria da Mulher ou, a critério da
agremiação, por instituto com personalidade jurídica própria presidido pela Secretária da Mulher,
em nível nacional, conforme percentual que será fixado pelo órgão nacional de direção partidária,
observado o mínimo de 5% (cinco por cento) do total. Enunciado incorreto.

b) A execução dos programas de divulgação da linha programática partidária é matéria interna


corporis dos partidos políticos, portanto, compete à agremiação definir quais projetos e atividades
serão implementadas pelas respectivas fundações de pesquisa e doutrinação política. Enunciado
correto!

c) Os recursos do fundo partidário podem ser utilizados na manutenção das sedes e serviços do
partido, permitido o pagamento de pessoal, a qualquer título, observado, do total recebido, os
seguintes limites: a) 50% (cinquenta por cento) para o órgão nacional; b) 60% (sessenta por cento)
para cada órgão estadual e municipal. A extrapolação desses limites ensejará a desaprovação das
contas partidárias, pois não pode ser considerada uma mera irregularidade. Enunciado incorreto!

d) Os recursos destinados legalmente aos institutos ou fundações de pesquisa e de doutrinação e


educação política (mínimo de 20% do total de recursos recebidos do fundo partidário), não podem
ser utilizados com finalidade diversa, a exemplo de pagamento de pessoal e despesas operacionais.
Enunciado incorreto!

e) Nos termos do art. 41-A, parágrafo único, da Lei 9.096/1995, para efeito de distribuição de
recursos do fundo partidário, proporcionalmente aos votos obtidos na última eleição para a Câmara
dos Deputados, serão desconsideradas as mudanças de filiação partidária em quaisquer hipóteses.
Enunciado incorreto!

Gabarito: “B”.

QUESTIONÁRIO DE REVISÃO E APERFEIÇOAMENTO


A ideia do questionário é elevar o nível da sua compreensão no assunto e, ao mesmo tempo,
proporcionar uma outra forma de revisão de pontos importantes do conteúdo, a partir de perguntas
que exigem respostas subjetivas.

São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na
sua resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas.

Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto.
Assim, ao resolver várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados do
conteúdo, mas muitas vezes acaba não entendendo como esses pontos se conectam.

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Diante disso, buscaremos, na medida do possível, apresentar questões subjetivas que ajudem
você a conectar melhor os diversos pontos do conteúdo.

É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o
exigido na sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo a
facilitar a resolução de questões objetivas típicas de concursos, ok?

Vamos ao nosso questionário:

PERGUNTAS

1. Doquinha e um grupo de amigos decidiram criar um novo partido político para defender os
interesses dos candidatos que se preparam para concursos públicos. Seguindo a orientação de
advogado especializado, a sede da agremiação foi instituída na capital federal e, expressamente
no estatuto, foi estabelecida cláusula dispondo que o prazo mínimo de filiação, para a disputa de
cargo eletivo, seria de doze meses. Levando-se em consideração apenas as informações contidas
no enunciado, pode-se afirmar que fora desrespeitada a legislação vigente? Explique.

2. Coxinha, vereador no município de Fabianolândia-PA, pretende desfiliar-se do partido político


X, em razão da criação do partido político Y, ao qual ele pretende filiar-se. Nessa situação, é
possível a troca de partido sem perda do cargo parlamentar? Explique.

3. O estatuto de determinado partido político elencou várias possibilidades de cancelamento da


filiação partidária, além das previstas na legislação. Nessa situação, pode-se afirmar que há algum
erro no estatuto do partido? O partido político deveria ter previsto apenas as situações elencadas
na legislação? Explique.

4. No exercício contábil de 2019, o diretório estadual do Partido X não recebeu qualquer recurso
financeiro e nem realizou gastos ou despesas. Diante disso, apresentou declaração de ausência de
movimentação financeira perante o respectivo tribunal regional eleitoral no prazo legal, isto é, até
o dia 30 de junho de 2020. Levando-se em consideração apenas as informações contidas no
enunciado, agiu corretamente o partido político? Explique.

5. O órgão nacional do Partido X, no exercício financeiro de 2019, gastou 54% de todo o recurso
recebido do fundo partidário com a manutenção de sua sede e pagamento de seus funcionários.
Além disso, investiu 4% desses recursos na criação e manutenção de programas de promoção e
difusão da participação política das mulheres. Ao prestar contas para o respectivo Tribunal
Regional Eleitoral, observando o prazo limite de 30 de abril de 2020, obteve parecer desfavorável
do Analista Judiciário informado diversas irregularidades na mencionada prestação de contas.

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Levando-se em consideração apenas as informações contidas no enunciado, quais são as supostas


irregularidades que podem ser apontadas pelo Analista Judiciário?

6. Coxinha, filiado ao Partido X desde o ano de 2015, filiou-se ao Partido Y três meses antes da
eleição de 2020, sem efetuar a respectiva comunicação ao órgão municipal do partido anterior e
ao juiz eleitoral. Nas eleições de 2020, pretende concorrer ao cargo de vereador. Diante das
informações apresentadas, Coxinha preenche as condições de elegibilidade para disputar o cargo
eletivo desejado? Explique.

PERGUNTAS COM RESPOSTAS

1. Doquinha e um grupo de amigos decidiram criar um novo partido político para defender os
interesses dos candidatos que se preparam para concursos públicos. Seguindo a orientação de
advogado especializado, a sede da agremiação foi instituída na capital federal e, expressamente
no estatuto, foi estabelecida cláusula dispondo que o prazo mínimo de filiação, para a disputa de
cargo eletivo, seria de doze meses. Levando-se em consideração apenas as informações contidas
no enunciado, pode-se afirmar que fora desrespeitada a legislação vigente? Explique.

De início, deve ficar claro que o enunciado simplesmente afirmou que a sede da agremiação foi
instituída na capital federal. Não há qualquer informação no sentido de que isso apenas ocorreu
porque a legislação assim determinava, portanto, optar (ou não) pela capital federal é uma decisão
que compete exclusivamente aos fundadores do partido. Com o advento da Lei 13.877/2019, não
existe mais qualquer obrigatoriedade de que a sede do partido político seja instalada na capital
federal, podendo ser instituída em qualquer cidade brasileira.

Além disso, destaca-se que o art. 9º da Lei 9.504/1997 dispõe que para concorrer às eleições, o
candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de seis meses e
estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo, salvo se o estatuto partidário estabelecer
prazo mínimo de filiação superior a seis meses.

Diante de tudo o que foi exposto, não há qualquer ilegalidade nas decisões tomadas pelos dirigentes
da agremiação, que estão em conformidade com a legislação vigente.

2. Coxinha, vereador no município de Fabianolândia-PA, pretende desfiliar-se do partido político


X, em razão da criação do partido político Y, ao qual ele pretende filiar-se. Nessa situação, é
possível a troca de partido sem perda do cargo parlamentar? Explique.

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Com a publicação da Lei 13.165/2015, que inseriu o art. 22-A na Lei 9.096/1995, a criação de novo
partido político não é mais considerada justa causa para desfiliação partidária, portanto, não é
possível a troca sem perda do respectivo cargo. Essa hipótese constava na Resolução TSE nº
22.610/2007, cujos artigos que tratavam dessa e outras hipóteses perderam eficácia.

Atualmente, dispõe o parágrafo único, do art. 22-A da Lei 9.096/1995, que podem ser consideradas
justa causa para a desfiliação partidária somente as seguintes hipóteses: I - mudança substancial ou
desvio reiterado do programa partidário; II - grave discriminação política pessoal; e III - mudança de
partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei
para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do mandato vigente.

3. O estatuto de determinado partido político elencou várias possibilidades de cancelamento da


filiação partidária, além das previstas na legislação. Nessa situação, pode-se afirmar que há algum
erro no estatuto do partido? O partido político deveria ter previsto apenas as situações elencadas
na legislação? Explique.
A Lei 9.096/1995, em seu art. 22, dispõe que o cancelamento imediato da filiação partidária verifica-
se nos casos de: I – morte; II – perda dos direitos políticos; III – expulsão; IV – outras formas previstas
no estatuto, com comunicação obrigatória ao atingido no prazo de quarenta e oito horas da
decisão; e V – filiação a outro partido, desde que a pessoa comunique o fato ao juiz da respectiva
zona eleitoral. Nesse caso, constata-se que o próprio dispositivo legal outorgou ao partido político a
possibilidade de criar outras hipóteses de cancelamento da filiação.

4. No exercício contábil de 2019, o diretório estadual do Partido X não recebeu qualquer recurso
financeiro e nem realizou gastos ou despesas. Diante disso, apresentou declaração de ausência de
movimentação financeira perante o respectivo tribunal regional eleitoral no prazo legal, isto é, até
o dia 30 de junho de 2020. Levando-se em consideração apenas as informações contidas no
enunciado, agiu corretamente o partido político? Explique.

A Lei 9.096/1995, em seu art. 32, § 4º, dispõe que os órgãos partidários municipais que não hajam
movimentado recursos financeiros ou arrecadado bens estimáveis em dinheiro ficam desobrigados
de prestar contas à Justiça Eleitoral e de enviar declarações de isenção, declarações de débitos e
créditos tributários federais ou demonstrativos contábeis à Receita Federal do Brasil, bem como
ficam dispensados da certificação digital, exigindo-se do responsável partidário, até o dia 30 de
junho, a apresentação de declaração da ausência de movimentação de recursos nesse período.

Analisando-se o dispositivo legal mencionado, não restam dúvidas de que o diretório estadual não
poderia ter apresentado a declaração de ausência de movimentação financeira, prerrogativa
outorgada apenas aos órgãos partidários municipais.

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5. O órgão nacional do Partido X, no exercício financeiro de 2019, gastou 54% de todo o recurso
recebido do fundo partidário com a manutenção de sua sede e pagamento de seus funcionários.
Além disso, investiu 4% desses recursos na criação e manutenção de programas de promoção e
difusão da participação política das mulheres. Ao prestar contas para o respectivo Tribunal
Regional Eleitoral, observando o prazo limite de 30 de abril de 2020, obteve parecer desfavorável
do Analista Judiciário informado diversas irregularidades na mencionada prestação de contas.
Levando-se em consideração apenas as informações contidas no enunciado, quais são as supostas
irregularidades que podem ser apontadas pelo Analista Judiciário?

Analisando-se o caso em concreto, pode-se identificar diversas irregularidades em relação à


mencionada prestação de contas: 1ª) A agremiação extrapolou o limite legal de 50% para despesas
relativas à manutenção da sede e serviços do partido; 2ª) O art. 44, V, da Lei 9.096/1995, dispõe que
o percentual mínimo que deve ser observado na criação e manutenção de programas de promoção
e difusão da participação política das mulheres é de 5%, o que não foi observado pela agremiação;
3ª) Quanto ao prazo limite para prestação de contas, mencionado no enunciado, lembre-se de que
foi alterado pela Lei 13.877/2019 para o dia 30 de junho.

6. Coxinha, filiado ao Partido X desde o ano de 2015, filiou-se ao Partido Y três meses antes da
eleição de 2020, sem efetuar a respectiva comunicação ao órgão municipal do partido anterior e
ao juiz eleitoral. Nas eleições de 2020, pretende concorrer ao cargo de vereador. Diante das
informações apresentadas, Coxinha preenche as condições de elegibilidade para disputar o cargo
eletivo desejado? Explique.

A Lei dos Partidos Políticos afirma expressamente, em seu art. 21 que “para desligar-se do partido,
o filiado faz comunicação escrita ao órgão de direção municipal e ao juiz eleitoral da zona em que
for inscrito”. Todavia, o enunciado deixa claro que Coxinha não observou essa regra, filiando-se ao
Partido Y e ensejando duplicidade (coexistência) de filiações.

O art. 22 da Lei 9.096/1995, em seu parágrafo único, dispõe que “havendo coexistência de filiações
partidárias, prevalecerá a mais recente, devendo a Justiça Eleitoral determinar o cancelamento das
demais”. Sendo assim, pode-se afirmar que Coxinha não preencherá todas as condições de
elegibilidade para disputar a eleição para o cargo de vereador, pois, no dia do pleito, terá apenas 3
meses de filiação ao partido Y, já que a sua filiação ao partido X será cancelada.

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LISTA DE QUESTÕES ESTRATÉGICAS


1. (VUNESP – CÂMARA DE ITAQUAQUECETUBA /SP – VUNESP – 2018)

A respeito da Filiação e Fidelidade Partidária, com base na Lei n° 9.096/95 (Lei dos Partidos
Políticos) e na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa correta.

a) Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, ainda que com justa causa,
do partido pelo qual foi eleito.

b) Não perde a função que exerce, na respectiva Casa Legislativa, em virtude da proporção
partidária, o parlamentar que deixar o partido sob cuja legenda tenha sido eleito.

c) É facultado ao partido político estabelecer, em seu estatuto, prazos de filiação partidária


superiores aos previstos na Lei dos Partidos Políticos, com vistas a candidatura a cargos
eletivos.

d) Os prazos de filiação partidária, fixados no estatuto do partido, com vistas a candidatura a


cargos eletivos, podem ser alterados no ano da eleição.

e) A mudança de partido político realizada após a diplomação tem por consequência a perda
do mandato, independentemente de se tratar de cargo proporcional ou majoritário.

2. (FUNRIO – AL RR – PROCURADOR – 2018)

De acordo com a Constituição Federal de 1988, é livre a criação, fusão, incorporação e extinção
de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes
preceitos, EXCETO a/o
a) prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e STF, respectivamente.
b) proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou
de subordinação a eles.
c) caráter nacional.
d) funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

3. (VUNESP – TJ RS – JUIZ DE DIREITO – 2018)

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Com o advento da Emenda Constitucional no 97/2017, a partir das eleições de 2020, a


celebração de coligações será
a) vedada nas eleições proporcionais, atingindo, assim, a proibição, os cargos de Vereador,
Deputado Estadual, Deputado Federal e Deputado Distrital.
b) permitida para as eleições majoritárias, ou seja, em relação aos cargos de Vereador,
Deputado Estadual, Deputado Federal e Deputado Distrital.
c) permitida para as eleições proporcionais, ou seja, em relação aos cargos de Prefeito,
Governador, Senador e Presidente da República.
d) vedada em qualquer hipótese, atingindo tanto as eleições majoritárias quanto as
proporcionais.
e) vedada nas eleições majoritárias, atingindo, assim, a proibição, os cargos de Prefeito,
Governador, Senador e Presidente da República.

4. (FGV – CÂMARA DE SALVADOR – ADVOGADO – 2018)

Maria há anos estava filiada ao Partido Político Delta. Com a alteração de suas concepções
ideológicas, decidiu filiar-se ao partido Alfa, sem que tivesse sido previamente providenciada
a desfiliação do Partido Delta. Na segunda quinzena de outubro do ano da nova filiação, ambos
os Partidos Políticos encaminharam, à Justiça Eleitoral, a relação com o nome de todos os seus
filiados.

À luz da legislação eleitoral vigente, a Justiça Eleitoral deve:

a) determinar o cancelamento de ambas as filiações;

b) intimar Maria para que opte por uma das filiações;

c) determinar o cancelamento da filiação mais recente;

d) cancelar, pela infidelidade, o alistamento eleitoral de Maria;

e) determinar o cancelamento da filiação mais antiga.

5. (CESPE – TRE TO – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2017)

A Constituição Federal de 1988 garante aos partidos políticos

a) direito de utilização de entidade paramilitar para resguardar o processo eleitoral.

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b) autonomia para fixar o regime de suas coligações eleitorais, desde que haja vinculação entre
as candidaturas em âmbito nacional, estadual e municipal.

c) autonomia para estabelecer sua organização e seu funcionamento, sendo vedadas


disposições sobre fidelidade partidária.

d) direito ao recebimento de recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao rádio e à


televisão.

e) direito ao recebimento de recursos financeiros de entidades estrangeiras, desde que


resguardada a soberania nacional.

6. (CESPE – TRE TO – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2017)

No que se refere a criação, fusão e incorporação de partidos políticos, assinale a opção correta.

a) A incorporação de partidos políticos implica a elaboração conjunta de novos estatutos e


programa.

b) É vedada a criação de partidos políticos cujo programa atente contra a soberania nacional,
o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana.

c) Para obter seu registro, o partido político precisará comprovar seu caráter nacional,
mediante a apresentação de assinaturas de eleitores filiados a partidos políticos.

d) A lei não impõe limitações à fusão e à incorporação de partidos políticos.

e) A característica do processo de fusão de partidos políticos é a reunião de seus órgãos de


deliberação nacional para eleger uma nova direção conjunta.

7. (CESPE – MPE RR – PROMOTOR DE JUSTIÇA – 2017)

A respeito de partidos políticos, assinale a opção correta.

a) Os partidos políticos podem utilizar os recursos do fundo partidário para pagar multas
eleitorais decorrentes de infração à Lei das Eleições.

b) Os partidos políticos não são obrigados a cumprir exigências licitatórias para contratar e
realizar despesas com recursos do fundo partidário.

c) O partido político adquire personalidade jurídica com o registro de seu estatuto no TSE.
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d) As contas partidárias que forem desaprovadas não poderão receber novas cotas do fundo
partidário até que sejam regularizadas.

8. (CESPE – TRE PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2017)

Assinale a opção correta a respeito da prestação de contas partidária.

a) A desaprovação de suas contas sujeita o partido à suspensão do repasse de novas quotas do


Fundo Partidário.

b) A obrigação de prestar contas à justiça eleitoral atinge todos os órgãos partidários


municipais, inclusive aqueles que não hajam movimentado recursos financeiros ou arrecadado
bens estimáveis em dinheiro.

c) A desaprovação das contas do partido impede sua participação no processo eleitoral


subsequente.

d) Caso, no exame das contas, seja constatado recurso de origem não mencionada, o partido
ficará sujeito à suspensão do repasse de novas quotas do Fundo Partidário.

e) Partidos políticos podem receber recursos provenientes de entidades sindicais.

9. (CESPE – TRE PE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2017)

Com relação a partidos políticos, assinale a opção correta.

a) O partido político é pessoa jurídica de direto público destinada a assegurar a autenticidade


do sistema representativo e a defesa dos direitos fundamentais.

b) Em ano de eleição, é facultado ao partido político alterar, em seu estatuto, os prazos de


filiação partidária.

c) Apenas o eleitor em pleno gozo de seus direitos políticos pode filiar-se a partido.

d) Para desligar-se do partido, o filiado tem de fazer comunicação escrita ao órgão de direção
regional desse partido e ao tribunal regional eleitoral.

e) Com o registro do estatuto do partido no registro civil das pessoas jurídicas fica-lhe
assegurada a exclusividade de uso dos seguintes elementos identificatórios: denominação,
sigla, símbolos e uniforme.

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10. (CESPE – TRE PE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2017)

Acerca de partidos políticos, assinale a opção correta.

a) O partido político tem soberania para definir sua estrutura interna.

b) Filiados mais antigos podem ter mais direitos que os recentes, desde que assim seja previsto
no estatuto do partido político.

c) Os órgãos de direção nacional dos partidos políticos terão pleno acesso às informações de
seus filiados constantes do cadastro eleitoral.

d) A ação do partido é exercida de acordo com seu estatuto e programa, podendo haver
subordinação da agremiação a entidade estrangeira, desde que expressamente consignado em
referidos documentos.

e) É vedada a fusão de partidos políticos.

11. (FCC/TRE SP – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2017)

No que tange à prestação de contas de partido político, segundo a Lei Federal n° 9.096/1995,
a desaprovação das contas do partido implicará sanção de

a) aplicação de multa de 30% sobre a importância apontada como irregular.

b) devolução da importância apontada como irregular acrescida de multa de até 20%.

c) suspensão do registro partidário e aplicação de multa de 40% sobre a importância apontada


como irregular.

d) aplicação de multa de 40%, sobre importância recebida de forma irregular.

e) suspensão de participar de pleito eleitoral, enquanto não sanada as irregularidades


apontadas na prestação de contas.

12. (VUNESP – PREF. DE ALUMÍNIO – PROCURADOR – 2016)

Sobre o sistema eleitoral brasileiro e a filiação partidária, assinale a alternativa correta.

a) Estão permitidas as candidaturas avulsas, desde que o candidato esteja no gozo de seus
direitos políticos.
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b) Para concorrer a cargo eletivo, a filiação partidária deverá ocorrer, pelo menos, um ano
antes do pleito.

c) Para se desligar de partido, o filiado deve comunicar por escrito o órgão de direção municipal
e o Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito.

d) Na existência de dupla filiação partidária, ambas são consideradas nulas para todos os
efeitos.

e) Não perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar do partido pelo qual foi
eleito, exceto se concorrer a cargo no executivo.

13. (CESPE/PC PE – DELEGADO DE POLÍCIA – 2017)

De acordo com as disposições preliminares da Lei dos Partidos Políticos — Lei n.º 9.096/1995
—, assinale a opção correta.

a) Para que determinado partido político de caráter nacional obtenha registro de seu estatuto
junto ao TSE, serão necessários, entre outros requisitos, o apoio de eleitores não filiados a
partidos políticos.

b) O partido político, adquire personalidade jurídica após o registro de seu estatuto junto ao
TSE.

c) O partido político poderá subordinar-se a entidades estrangeiras.

d) O pedido de registro de seu estatuto junto ao TSE, assegura aos partidos políticos a
exclusividade da sua denominação, da sua sigla e dos seus símbolos.

e) O STF considera os partidos políticos como pessoas jurídicas de direito público, devido ao
fato de eles receberem recursos do fundo partidário e de terem acesso gratuito ao rádio e à
televisão.

14. (VUNESP – CÂMARA DE MARÍLIA – PROCURADOR – 2016)

Com relação aos partidos políticos, é correto afirmar que


a) a fusão ou incorporação de partidos políticos é admitida àqueles que obtiveram o registro
provisório perante o Tribunal Superior Eleitoral há pelo menos dois anos.
b) a desaprovação da prestação de contas do partido ensejará no impedimento de participação
do pleito eleitoral naquele período respectivo à eleição próxima a ser realizada.
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c) é vedado ao partido receber, direta ou indiretamente, sob qualquer forma ou pretexto,


contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável em dinheiro, inclusive através de publicidade
de qualquer espécie, procedente de entidade de classe ou sindical.
d) o Tribunal Superior Eleitoral dará prioridade ao partido político que possuir registro mais
antigo de sua criação, na hipótese de coincidência de data de formação de cadeia de
transmissão de propaganda partidária.
e) a propaganda partidária gratuita no rádio e na televisão é assegurada aos partidos políticos
apenas nos blocos de transmissão regulados pelo Tribunal Superior Eleitoral, ficando as
inserções às expensas da referida agremiação partidária.

15. (CESPE – TRE RS – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2015)

Ao final do ano, a direção do partido X reuniu-se para planejar a utilização dos recursos do
Fundo Partidário para o ano vindouro. A situação financeira desse partido encontrava-se
bastante complicada, pois suas receitas eram insuficientes para honrar seus débitos. Para
equilibrar a situação, diversas propostas foram apresentadas e discutidas na reunião.

A propósito dessa situação hipotética, assinale a opção que apresenta uma correta proposta
de solução, também hipotética, para o problema em questão, à luz da legislação vigente.

a) Deslocar os 5% dos recursos do Fundo Partidário que a lei reserva para o estímulo e a
promoção da participação política das mulheres para destinações mais urgentes, e aumentar
esse percentual depois que a situação financeira do partido for estável.

b) Solicitar à fundação de pesquisa do partido que se encarregue, com os recursos provenientes


dos 20% do Fundo Partidário que o partido a ela repassa, de um projeto de capacitação política
voltado para filiados e não filiados, previsto inicialmente para ser feito com recursos do partido.

c) Destinar, para pagamento dos funcionários da direção nacional do partido, mais do que os
50% dos recursos do Fundo Partidário que a lei estipula como limite, apresentando justificação
minuciosa por ocasião da prestação de contas.

d) Repassar para a fundação de pesquisa do partido as despesas anuais com salários e aluguéis,
com a promessa de reembolso posterior.

e) Aumentar a previsão de receita, uma vez que está acordado o ingresso de alguns deputados
no partido e, com o aumento da bancada, a receita do Fundo Partidário deve crescer.

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GABARITO SEM COMENTÁRIOS

1. C 11. B
2. A 12. C
3. A 13. A
4. E 14. C
5. D 15. B
6. B
7. B
8. D
9. C
10. C

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